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CanalMoz nr 1585

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  • www.canalmoz.co.mz | ano 7 | nmero 1585| Maputo, Quarta-Feira 18 de Novembro de 2015

    Director: Fernando Veloso | Editor: Matias Guente | Propriedade da Canal i, lda

    Sede: Av. Samora Machel n. 11 - Prdio Fonte Azul, 2 Andar , Porta 4, Maputo Registo: 18/GABINFO-DEC/2009

    e-mail: [email protected] | [email protected] Telefones: 823672025 - 823053185

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    Entre foras militares do Governo e da Renamo

    Morrumbala vive sob ameaa de novos confrontos militares

    Maputo (Canalmoz) A popu-lao do distrito de Morrumba-la, na provncia de Zambzia, continua debaixo de forte ten-so e medo, devido contnua concentrao de foras mili-tares, sobretudo do Governo.

    Existem receios de que, a qual-quer momento, foras militares do Governo e da Renamo pode-ro entrar em confronto naquele ponto do pas, onde, nos ltimos dias, houve combates entre os partidos beligerantes, nomea-

    damente a Frelimo e a Renamo.A concentrao de efectivos e

    equipamentos militares naquele distrito, para operaes de per-seguio aos homens da Rena-mo para desarm-los, acontece numa altura em que a Frelimo declarou guerra e o desarmamen-to compulsivo dos homens da Renamo. A situao est a criar pnico nas populaes civis.

    Com efeito, foras militares con-juntas do Governo, movimenta-ram-se, no passado domingo, 14 de

    Novembro, nas regies de Guiria e Sabe, no distrito de Morrumbala.

    Segundo fontes naquele ponto do pas, os efectivos da Unidade de In-terveno Rpida e das Foras Ar-madas de Defesa de Moambique entraram naquelas regies a partir de Chimuara, reforados com equi-pamentos militares de alto calibre.

    Segundo as nossas fontes, as tro-pas governamentais esto no en-calo dos homens da Renamo, para desarm-los compulsivamente.

    Tambm fontes ligadas Rena-

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    Moambique aumenta a dvida com Bretton Woods

    Salve-se quem puder nos bairros perifricos

    Beira sem gua potvel h dois meses

    mo naquelas regies confirmaram ao Canalmoz a existncia de movimentaes das tropas do Go-

    Beira (Canalmoz) A crise de gua, que h j alguns meses se est a registar na cidade da Beira, em Sofala, afectando mais de 50.000 pessoas, est j a atingir nveis bastante graves, com o esgotamen-to dos reservatrios destinados ex-clusivamente a casos de emergn-cia. A principal causa do problema fraca qualidade de energia, que no suficiente para pr as bom-bas de captao a funcionarem.

    Segundo o director provin-cial das Obras Pblicas e Habi-tao em Sofala, Manuel Fobra, at s 11.00 horas de tera-fei-ra, apenas funcionava uma das trs bombas instaladas na Es-tao de Captao e Tratamen-to de Mutua, no Dondo, devido baixa qualidade da energia.

    Segundo Manuel Fobra, os bair-

    Maputo (Canalmoz) O Gover-no de Moambique continua a estender a mo s instituies de Bretton Woods, com mais pedidos de emprstimos que podem con-duzir o pas para uma situao de dependncia externa e causar o agravamento do servio da dvida.

    O Conselho de Ministros ratificou ontem dois acordos de crdito ce-lebrados o ms passado em Mapu-

    verno e garantiram que est tudo controlado. Afirmaram que outros efectivos tm estado a ir de Nam-

    ros de Macurrungo, Matacuane, Munhava, Manga, Muchatazina, Ndunda e os bairros que se encon-tram nas zonas de expanso da ci-dade so os que mais esto a sofrer a falta de gua h mais de dois meses.

    Frobra, que falava em confe-rncia de imprensa na cidade da Beira, disse que o problema se agravou nas ltimas semanas de Outubro e em Novembro em con-sequncia dos prolongados cortes frequentes de energia elctrica, o que deixou s escuras por mui-to tempo o centro de tratamento de gua localizado em Mutua.

    Estamos em correrias para abastecer instituies sensveis como o Hospital Central da Bei-ra, com capacidade instalada de 733 camas, com camies-tan-que, pelo facto de terem aumen-

    to com a Associao Internacional de Desenvolvimento, uma institui-o financeira do Banco Mundial.

    O valor total do emprstimo est avaliado em 65 milhes de dlares americanos, dos quais diz o co-municado do Conselho de Minis-tro 40 milhes esto destinados ao financiamento do projecto de emergncia nas regies do centro e Norte do pas. Os restantes 25

    pula e que a populao tem estado a controlar e a denunciar os seus movimentos. (Bernardo lvaro)

    tado as reclamaes, enquan-to a EDM no diz nada, disse.

    Manuel Fobra prometeu con-tactar directamente a Direc-o Central da EDM, em Ma-puto, pelo facto de localmente no haver esclarecimentos convincentes sobre o assunto.

    As frequentes oscilaes e cor-tes de energia elctrica que se verificam na regio vo continuar at Abril do prximo ano, altura em que se prev a concluso das obras de reabilitao das cen-trais elctricas de Mavzi e Chi-camba, na provncia de Manica.

    Neste momento, a nica linha que abastece a cidade da Beira da Hidroelctrica de Cahora Bassa, que, no entanto, no tem capacida-de para abastecer um elevado n-mero de consumidores. (Jos Jeco)

    milhes de dlares vo financiar a segunda fase de programas de de-senvolvimento de polticas para o sector financeiro moambicano.

    O facto foi anunciado ontem em Maputo por Mouzinho Saide, por-ta-voz do Conselho de Ministros.

    Este mais um esforo do Governo para fazer face cri-se econmica e financeira que

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    Numa semana em todo o pas

    Acidentes matam 32 pessoas

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    Maputo (Canalmoz) Durante a semana passada, 32 pessoas morre-ram, 13 sofreram ferimentos graves e 34 contraram ferimentos ligeiros, em consequncia de 45 acidentes de viao ocorridos nas estradas do pas.

    Incio Dina, porta-voz da Polcia no Comando-Geral, disse ontem imprensa que o corte de prioridade,

    abala o pas, sobretudo depois da tomada de posse, em Feve-reiro passado, do novo Gover-no, chefiado por Filipe Nyusi.

    Algumas organizaes da so-ciedade civil tm manifestado a sua insatisfao em relao aos mtodos de direco adoptados

    o excesso de velocidade, a ultrapas-sagem irregular e a conduo em es-tado de embriaguez so as principais causas dos 45 acidentes de viao.

    As autoridades policiais fis-calizaram 42.900 viaturas. Fo-ram multados 9034 automobi-listas. Foram apreendidos 101

    pelo actual Presidente da Rep-blica, que conduzem ao endivi-damento do pas e a uma situ-ao de guerra com oposio.

    Este mais um pedido de em-prstimo feito pelo Governo s instituies de Bretton Woods, de-pois de, no ms passado, ter sido

    veculos e 269 cartas de conduo.Foram apreendidas oito livretes,

    por diversas infraces ao Cdi-go da Estrada. Foram autuados 56 condutores, pelo facto de estarem a conduzir sob efeito de lcool. Ainda na semana passada, foram detidas 1071 pessoas, por viola-o de fronteiras. (Cludio Sate)

    anunciado um pedido de emprs-timo ao Fundo Monetrio Inter-nacional no valor de 286 milhes de dlares norte-americanos, para o Governo moambicano tentar reduzir os efeitos da crise econ-mica que neste momento se regis-ta no pas. (Eugnio da Cmara)

    De Montepuez a Faberg, o rubi vende bem e arruna bem?

    Um sucesso que esconde alguma coisa.

    por No NhantumboCanal de Opinio

    Beira (Canalmoz) Um pas desenvolve-se atravs de traba-lho e investimentos num ambien-te de tranquilidade, regime jur-

    dico que promova confiana dos investidores e outros requisitos.

    Os investimentos so bem-vindos e, sejam eles nacionais ou interna-

    cionais, no haja pas que possa realizar as suas agendas sem eles.

    Quando se fala de rubis, nos dias de hoje, Montepuez pertence ao

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    vocabulrio dos que esto nessa indstria, pois l esto localizados importantes depsitos desta pedra preciosa de grande valor monetrio.

    O que no est claro o tipo de ne-gcio ou negociata por detrs deste lucrativo negcio. H informaes que apontam para factos relaciona-dos com a continuao da pobreza e indigncia dos residentes perifricos mina. H informaes de os leiles at agora realizados renderam mi-lhes de dlares. Isso so boas not-cias, pois um recurso mineral nacio-nal est trazendo dinheiro para o pas.

    Mas persistem indicaes de que nem tudo so boas notcias. O esta-belecimento da explorao dos rubis ter obedecido a uma frmula simi-lar ao Empoderamento Econmico Negro de estilo sul-africano. Se na RSA existe algum enquadramento le-gal que suporta o EEN, em Moam-bique parece que a sua aplicao segue a lei do mais forte e, de prefe-rncia, portador de carto vermelho.

    Uma vez tendo ficado claro que a redescoberta de minerais estava a beneficiar integrantes de famlias com ligaes directas ao poder em Maputo, nasceu uma normal tendn-cia, entre outros moambicanos, no sentido de beneficiarem do que fos-se descoberto ou redescoberto nas suas terras de origem. A avalanche de refugiados dos Grandes Lagos e frica Ocidental concentrados no Norte de Moambique agudizaram a procura de minerais preciosos.

    No h quem no aprenda com o meio em que vive, e, logo que se soube que havia rubis em Monte-puez, algum se julgou com direi-tos especiais a esta pedra. Porque

    os corredores da burocracia esto completamente dominados por fun-cionrios ligados a um partido que partidarizou o aparelho de Estado moambicano, no foi difcil a uma famlia moambicana reivindicar propriedade da concesso mineira.

    At a no h problemas de maior, mas, quando esta famlia decide vender uma boa parte do negcio a um grupo estrangeiro, ter sido na excitao de receber alguns dla-res, julgados uma fortuna, na altura. Tendo em conta o valor de vendas alcanado nos leiles j havidos, s se pode concluir que foi um mau negcio, pois a parte de leo tem quem detm 75% da concesso. E, na verdade, controla os aspectos tcnicos e financeiros da operao. Diro que no havia localmente pe-rcia nem recursos financeiros para alavancar uma operao daquela dimenso. Tambm diro que essa foi a melhor maneira de acelerar um desenvolvimento com potencial de alterar profundamente a vida de toda uma regio. Esta ltima questo no se est concretizando. Tudo o que se-riam os benefcios das comunidades ribeirinhas mina no esto acon-tecendo, e o Governo, que , afinal, o garante do cumprimento da legis-lao atinente explorao minei-ra, no diz coisa alguma. Tambm seria ilusrio e utpico esperar que um administrador de distrito ou um governador de provncia possam atrever-se a dizer alguma coisa a uma famlia histrica e colossal. As pessoas podem murmurar sobre factos, mas muito longe de elas con-frontarem quem no cumpre as leis.

    O que sobressai como verdade que o luxo e requinte de Londres ou

    Genebra existem em ligao um-bilical com uma empobrecida re-gio de Montepuez, Moambique.

    Em termos simples e claros, acon-teceu o abocanhar de uma rica regio mineira por um grupo de compatriotas, na esteira do que foi feito por outros noutras regies do pas. Esta apropriao a coberto de leis simpticas para eles e agrestes para a maioria tem efeitos desesta-bilizadores a mdio e longo prazo.

    O que est acontecendo t-pico de situaes em que os preceitos da democracia polti-ca e econmica so ignorados.

    Financiar operaes mineiras faz--se s claras ou s escuras e com a porosidade fronteiria caracterstica do pas neste momento corre-se o perigo de que alguns dos comprado-res de pedras preciosas possam en-veredar por financiar garimpeiros, da mesma forma como os chineses e vietnamitas financiam a aquisi-o de madeira e trofus de caa.

    Por objectivos consubstancian-do enriquecimento ilcito e rpido, tem-se visto o Governo descurando das suas obrigaes ou agentes do Governo enriquecendo por fecha-rem os olhos a ilicitudes gravssimas.

    Se o modelo estabelecido em Mon-tepuez for seguido em outras regies do pas, teremos conflitos onde j se descobriram diamantes, onde h ouro ou outro minrio apetecvel.

    E vir algum depois dizer que as questes econmicas no me-recessem nem devem ser discu-tidas, porque so prerrogativa do Estado atravs do Governo.

    Quem quer o fim dos facto-res que promovem crises no in-venta tabus. (No Nhantumbo)

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    A Unidade de Interveno Rpida est em peso no julgamento. J houve confrontaes entre a Polcia e grupos de manifestantes do lado de fora

    da sala do julgamento. Imprensa angolana diz que houve um ferido

    Jornalistas e corpo diplomtico interditos de acompanhar o julgamento de activistas em Angola

    Maputo (Canalmoz) Jornalis-tas e corpo diplomtico acredita-do em Angola esto interditos de acompanhar o julgamento dos 17 activistas angolanos, 15 dos quais em priso preventiva desde Junho, acusados pelo Ministrio Pblico de co-autoria de um crime de ac-tos preparatrios de uma rebelio e de um atentado contra o presidente angolano, Jos Eduardo dos Santos.

    O julgamento decorre desde a pas-sada segunda-feira, dia 15, no Tribunal de Benfica, nos arredores de Luanda.

    O Maka Angola publicao editada pelo jornalista angolano Rafael Marques escreve, na edic-o de ontem, tera-feira, que re-

    presentantes de corpo diplomtico acreditado em Luanda voltaram hoje a no ter acesso ao julgamento dos 17 activistas acusados de preparem uma rebelio em Angola. O jornal tambm faz referncia comunica-o social, que no tem acesso sala do julgamento. Segundo a publica-o, os jornalistas s tero acesso sala de audincias nas alegaes finais do processo e na leitura do acrdo. A publicao diz ainda, em relao ao corpo diplomtico, que, por norma, as representaes diplomticas assistem enquanto observadores internacionais, aos vrios julgamentos em Angola. O Maka Angola escreve ainda que

    a medida extensiva aos repre-sentantes da Embaixada dos Estados Unidos, por falta de autorizao.

    Interveno da Polcia faz pelo menos um ferido

    Famosa por recorrer violncia para reprimir manifestantes contra o regime angolano, a Polcia est em peso no julgamento. Segun-do o Maka Angola, na segunda--feira (primeiro dia do julgamen-to), a Polcia agiu com violncia contra alguns manifestantes que se encentravam porta do Tribunal de Benfica. A publicao diz que houve um ferido. (Andr Mulungo)

    Na quinta e sexta-feira

    Realiza-se na cidade de Maputo terceira conferncia de empreendedorismo

    Maputo (Canalmoz) Realiza-se na quinta e sexta-feira, na cidade de Maputo, a terceira conferncia na-cional de empreendedorismo, orga-nizada pela Associao Nacional de Jovens Empresrios (ANJE), e que tem como tema: Por uma economia in-clusiva, sustentvel e competitiva.

    Tnia Tom, directora da Ecokaya e porta-voz da ANJE, disse que, nes-ta conferncia, sero debatidas pro-postas e solues concretas de pro-moo do empreendedorismo em

    Moambique e o papel dos diversos intervenientes na nossa sociedade.

    A reunio servir ainda para de-bater metodologias de criao e implementao de um ecossistema empreendedor capaz de tornar a economia moambicana mais in-clusiva, sustentvel e competitiva.

    Tnia Tom afirma que o empre-endedorismo uma das formas de fazer face s elevadas taxas de de-semprego que se registam no pas.

    Participaro no encontro: poten-ciais empreendedores que bus-cam servios de apoio para iniciar negcios; empreendedores que pretendem desenvolver novos ne-gcios; clientes; fornecedores; pro-fessores universitrios interessados em estudar e debater o empreen-dedorismo; membros do Governo.

    Os participantes vo debater pers-pectivas, programas e estratgias para a promoo do empreendedorismo em Moambique. (Raimundo Moiane)