CARAMBOLA

A carambola é pouco calórica e

rica em vitaminas e minerais.

Acredita-se que a carambola (Averrhoa carambola L.) seja originária da Ásia tropical, de regiões da Malásia e parte da Indonésia. Aos poucos, o cultivo da fruta começou a se espalhar pelo mundo (por aqui chegou em 1817). Atualmente, Brasil, Guiana, Malásia, Estados Unidos, Hong Kong e Cingapura são os maiores consumidores do alimento.

A caramboleira mede até 8 metros. Seu tronco é tortuoso com ramos flexíveis e folhas que formam uma copa densa. Antes da frutificação, a árvore traz belas flores de cor violeta com o meio esbranquiçado que chegam a cobrir todo o tronco. O fruto é alongado e oval com 5 gomos salientes e de coloração amarelo-ouro. Sua polpa é macia, suculenta e de sabor ácido (quando está verde), tendo apenas pequenas sementes em cada gomo. Quando cortado no sentido transversal, o alimento adquire um aspecto perfeito de estrela de 5 gomos, daí o apelido de fruta estrela.

A carambola é rica em minerais, como cálcio, ferro e fósforo, e vitaminas A, do complexo B e C. Por ser de baixo valor calórico (35 calorias por unidade média), o alimento pode ser adicionado a dietas de emagrecimento. A carambola também possui polifenóis “famosos por sua ação antioxidante, que combate os radicais livres e previne o envelhecimento precoce das células”, explica a nutricionista Priscila Camarosani Garcia, da Clínica de Medicina Geral do Futuro. Além disso, os taninos (do grupo dos polifenóis) possuem ação antisséptica, inibindo a proliferação de microorganismos, o que evita infecções por ação de bactérias e combate seu principal sintoma, a febre.

Por ser rica em ácido oxálico, substância que bloqueia a absorção de ferro, a fruta deve ser consumida com cautela por indivíduos que apresentam carência desse mineral. Já os polifenóis encontrados na carambola possuem ação antidiarreica, portanto, pessoas com prisão de ventre devem tomar cuidado com o consumo da carambola. Pacientes com insuficiência renal crônica também não podem saborear o alimento. “A neurotoxina presente na fruta é de difícil absorção nos rins deficientes, por conta disso, a toxina vai para a corrente sanguínea e caminha para o sistema nervoso, causando soluços incontroláveis e vômitos”, adverte a nutricionista.

A fruta deve ser firme, com a casca brilhante e uniforme, evitando as de aspecto murcho e as de cor amarela muito acentuada. O alimento conserva-se muito bem à temperatura ambiente (por até 4 dias), “mas quando refrigerada chega a durar mais de 15 dias”, indica Priscila Camarosani Garcia. As receitas com carambola variam de extratos, xaropes, sucos, saladas, molhos, geléias e compotas.