Codigo rio de Neropolis 2010

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CDIGO TRIBUTRIO

DE

NERPOLIS

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SUMRIO DA LEI 1.572/2010 TTULO I NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTRIO CAPTULO I DISPOSIES PRELIMINARES .............................................................. Art. 1 e 2 CAPTULO II LEGISLAO TRIBUTRIA Seo I Disposies Gerais ..................................................................................................... Art. 3 Seo II Aplicao e Vigncia da Legislao Tributria .................................................. Art. 4 e 5 CAPITULO III OBRIGAO TRIBUTRIA Seo I Disposies Gerais .............................................................................................. Art. 6 e 7 Seo II Fato Gerador.................................................................................................... Art. 8 ao 10 Seo III Sujeito Ativo .......................................................................................................... Art. 11 Seo IV Sujeito Passivo Subseo I Disposies Gerais ................................................................................... Art. 12 e 13 Subseo II Capacidade Tributria ............................................................................. Art. 14 e 15 Subseo III Domiclio Tributrio ............................................................................ Art. 16 ao 19 Seo V Responsabilidade Tributria Subseo I Disposies Gerais .......................................................................................... Art. 20 Subseo II Responsabilidade dos Sucessores .......................................................... Art. 21 ao 25 Subseo III Responsabilidade de Terceiros............................................................... Art. 26 e 27 Subseo IV Substituio Tributria ................................................................................. Art. 28 Subseo V Responsabilidade por Infraes ............................................................ Art. 29 ao 31 CAPTULO IV CRDITO TRIBUTRIO Seo I Disposies Gerais ........................................................................................... Art. 32 ao 34 Seo II Constituio do Crdito Tributrio Subseo I Lanamento ........................................................................................... Art. 35 ao 38 Subseo II Modalidade de Lanamento .................................................................. Art. 39 ao 42 Seo III Suspenso do Crdito Tributrio Subseo nica Disposies Gerais ......................................................................... Art. 43 ao 48 Seo IV Extino do Crdito Tributrio Subseo I Disposies Gerais .......................................................................................... Art. 49 Subseo II Pagamento ............................................................................................ Art. 50 ao 53 Subseo III Pagamento Parcelado ........................................................................... Art. 54 ao 59 Subseo IV Compensao ............................................................................................... Art. 60 Subseo V Transao ...................................................................................................... Art. 61 Subseo VI Arrecadao ........................................................................................ Art. 62 ao 65 Subseo VII Pagamento Indevido ........................................................................... Art. 66 ao 69 Subseo VIII Remisso ............................................................................................ Art. 70 e 71 Subseo IX Prescrio e Decadncia ........................................................................ Art. 72 e 73

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Seo V Excluso do Crdito Tributrio Subseo I Disposies Gerais .......................................................................................... Art. 74 Subseo II Iseno ................................................................................................. Art. 75 ao 77 Subseo III Anistia ................................................................................................. Art. 78 ao 80 Seo VI Benefcios Fiscais ........................................................................................... Art. 81 e 82 CAPTULO V ADMINISTRAO TRIBUTRIA Seo I Autoridades Fiscais .......................................................................................... Art. 83 ao 85 Seo II Fiscalizao .................................................................................................... Art. 86 ao 89 Seo III Dvida Ativa ................................................................................................ Art. 90 ao 100 Seo IV Certido Negativa ..................................................................................... Art. 101 ao 105 CAPTULO VI SISTEMA TRIBUTRIO DO MUNICPIO Seo I Disposies Gerais ....................................................................................... Art. 106 ao 108 Seo II Tributos Municipal ................................................................................................ Art. 109 CAPTULO VII COMPETNCIA TRIBUTRIA Seo I Disposies Gerais .................................................................................................. Art. 110 Seo II Limitao da Competncia Tributria ......................................................... Art. 111 ao 112 TTULO II IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIES CAPTULO I DISPOSIES GERAIS ................................................................................. Art. 113 CAPTULO II IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA Seo I Fato Gerador ................................................................................................ Art. 114 ao 116 Seo II Base de Clculo ......................................................................................... Art. 117 ao 119 Seo III Abatimento da Base de Clculo ............................................................................ Art. 120 Seo IV Clculo do Imposto .............................................................................................. Art. 121 Seo V Sujeito Passivo ...................................................................................................... Art. 122 Seo VI Lanamento .............................................................................................. Art. 123 ao 125 Seo VII Pagamento .......................................................................................................... Art. 126 Seo VIII Reviso de Lanamento .......................................................................... Art. 127 ao 129 Seo IX Reclamao Contra o Lanamento .............................................................. Art. 130 e 131 Seo X Cadastro Imobilirio ................................................................................... Art. 132 ao 139 Seo XI Penalidades ............................................................................................... Art. 140 ao 142 Seo XII Disposies Especiais .............................................................................. Art. 143 ao 147 CAPTULO III IMPOSTO SOBRE TRANSMISSO INTER VIVOS DE BENS IMVEIS Seo I Fato Gerador ........................................................................................................... Art. 148 Seo II Incidncia .............................................................................................................. Art. 149 Seo III Imunidade e No Incidncia ................................................................................. Art. 150 Seo IV Isenes ............................................................................................................... Art. 1513

Seo V Contribuinte e Responsvel ................................................................................... Art. 152 Seo VI Base de Clculo.......................................................................................... Art. 153 e 154 Seo VII Alquotas ............................................................................................................ Art. 155 Seo VIII Pagamento ................................................................................................ Art. 156 e 157 Seo IX Restituio ................................................................................................. Art. 158 e 159 Seo X Obrigao dos Notrios e Oficiais de Registro de Imveis e seus Prepostos .. Art. 160 e 161 Seo XI Penalidades ................................................................................................ Art. 162 e 163 Seo XII Disposies Gerais ..................................................................................... Art. 164 e 168 CAPTULO IV IMPOSTO SOBRE SERVIOS DE QUALQUER NATUREZA Seo I Fato Gerador e da Incidncia .......................................................................... Art. 169 e 170 Seo II No Incidncia .............................................................................................. Art. 171 e 172 Seo III Isenes ............................................................................................................... Art. 173 Seo IV Local da Prestao e da Incidncia ............................................................. Art. 174 e 175 Seo V Contribuinte e Responsvel ........................................................................ Art. 176 ao 185 Seo VI Base de Clculo........................................................................................ Art. 186 ao 191 Subseo I Construo Civil ........................................................................................... Art. 192 Subseo II Servios de Registro Pblicos, Cartorrios e Notoriais ................................. Art. 193 Subseo III Servios de Leasing ou Arrecadamento Mercantil ...................................... Art. 194 Subseo IV Regime Especial ......................................................................................... Art. 195 Seo VII Alquotas ............................................................................................................ Art. 196 Seo VIII Cadastro de Atividade Econmica ..................................................................... Art. 197 Seo IX Lanamento .............................................................................................. Art. 198 ao 201 Seo X Recolhimento do Imposto ...................................................................................... Art. 202 Seo XI Livros e Documentos Fiscais ..................................................................... Art. 203 ao 206 Subseo I Livros Fiscais ..................................................................................... Art. 198 ao 203 Subseo II Documentos Fiscais .......................................................................... Art. 207 ao 214 Subseo III Declaraes Fiscais .................................................................................... Art. 215 Seo XII Infraes e Penalidades ............................................................................ Art. 216 ao 222 Seo XIII Sujeio ao Regime Especial de Fiscalizao ..................................................... Art. 223 Seo XIV Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies ........... Art. 224 CAPTULO V TAXAS Seo I Disposies Gerais .................................................................................................. Art. 225 Seo II Taxas de Licena Subseo I Taxas de Licena para Localizao e para Funcionamento ................ Art. 226 ao 231 Subseo II Taxa de Licena para Funcionamento de Estabelecimento em Horrio Especial......... .................................................................................................................... Art. 232 Subseo III Taxa de Licena para o Exerccio do Comrcio ou Atividade Eventual ou Ambulante ....................................................................................... Art. 233 ao 238 Subseo IV Taxa de Licena para Ocupao de reas em Vias e Logradouros Pblicos............... ........................................................................................................ Art. 239 ao 243 Subseo V Taxa de Licena para Execuo de Obras de Loteamento ................ Art. 244 ao 2474

Subseo VI Taxa de Licena para Explorao de Meios de Publicidade em Geral ...................... ........................................................................................................ Art. 248 ao 260 Subseo VII Taxa de Licena para Abate de Animais ........................................ Art. 261 ao 263 Subseo VIII Taxa de Licena para Explorao e Extrao de Bens Minerais .... Art. 264 ao 266 Subseo IX Taxa de Licena Ambiental ............................................................. Art. 267 ao 270 Subseo X Taxa de Licena Sanitria ................................................................ Art. 271 ao 273 Subseo XI Inscrio..................................................................................................... Art. 274 Subseo XII Isenes .................................................................................................... Art. 275 Subseo XIII Infrao e Penalidades .................................................................. Art. 276 ao 278 Seo III Taxa pela Prestao de Servios Pblicos Subseo I Taxa de Expediente e de Servios Diversos ....................................... Art. 279 ao 284 Subseo II Taxa de Coleta, Remoo e Destinao do Lixo ................................ Art. 285 ao 294 CAPTULO VI CONTRIBUIES Seo I Disposies Gerais .................................................................................................. Art. 295 Seo II Contribuio de Melhoria Subseo I Disposies Gerais ............................................................................. Art. 296 ao 299 Subseo II Contribuinte ........................................................................................ Art. 300 e 301 Subseo III Base de Clculo .......................................................................................... Art. 302 Subseo IV Lanamento e Cobrana .................................................................. Art. 303 ao 307 Subseo V Pagamento .......................................................................................... Art. 308 e 309 Subseo VI Disposies Especiais................................................................................. Art. 310 TTULO III PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTRIO CAPTULO I DISPOSIES GERAIS ................................................................................. Art. 311 CAPTULO II NORMAS PROCESSUAIS Seo I Prazos ............................................................................................................ Art. 312 e 313 Seo II Intimao .................................................................................................... Art. 314 ao 316 Seo III Procedimento Fiscal ................................................................................... Art. 317 e 318 Seo IV Auto de Infrao e Notificao ................................................................. Art. 319 ao 329 Seo V Termo de Apreenso.................................................................................. Art. 330 ao 333 Seo VI Contraditrio ............................................................................................. Art. 334 ao 341 Seo VII Competncia .............................................................................................. Art. 342 e 343 Seo VIII Julgamento em Primeira Instncia .......................................................... Art. 344 ao 351 Seo IX Julgamento em Segunda Instncia .............................................................. Art. 352 e 353 CAPTULO III DEFINITIVIDADE E EXECUO DAS DECISES....................... Art. 354 e 355 CAPTULO IV CONSULTA ........................................................................................ Art. 356 ao 363 CAPTULO V RESPONSABILIDADE DOS AGENTES FISCAIS ........................... Art. 364 ao 3675

TTULO IV DISPOSIES FINAIS CAPTULO NICO DISPOSIES GERAIS E TRANSITRIAS ........................ Art. 368 ao 376 ANEXO I TABELA NICA ALQUOTAS DO ISS PROFISSIONAIS AUTNOMOS E LIBERAIS ANEXO II ALQUOTA DAS TAXAS DE LICENA TABELA 01 TAXA DE LICENA PARA LOCALIZAO E PARA FUNCIONAMENTO TABELA 02 TAXA DE LICENA PARA FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTO EM HORRIO ESPECIAL TABELA 03 TAXA DE LICENA PARA O EXERCCIO DE COMRCIO EVENTUAL OU AMBULANTE TABELA 04 TAXA DE LICENA PARA OCUPAO DE REAS EM VIAS E LOGRADOUROS PBLICOS TABELA 05 TAXA DE LICENA PARA EXECUO DE OBRAS E LOTEAMENTO TABELA 06 TAXA DE LICENA PARA EXPLORAO DE MEIOS DE PUBLICIDADE EM GERAL TABELA 07 TAXA DE LICENA PARA ABATE DE ANIMAIS TABELA 08 TAXA DE LICENA PARA EXPLORAO E EXTRAO DE BENS MINERAIS TABELA 09 TAXA DE LICENA AMBIENTAL TABELA 09-A TAXA DE LICENA AMBIENTAL PARA EMPREENDIMENTOS, EFETIVA E POTENCIALMENTE CAUSADORES DE IMPACTO AMBIENTAL NEGATIVO TABELA 09-B ATOS DO RGO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE TABELA 10 TAXA DE LICENA SANITRIA ANEXO III TABELA 01 TAXA DE EXPEDIENTE E DE SERVIOS DIVERSOS

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LEI N 1.572 DE 30 DE SETEMBRO DE 2010.

"Institui o Cdigo Tributrio do Municpio e d outras providncias.

Fao saber que a Cmara Municipal de Nerpolis, Estado de Gois, aprovou e eu, sanciono e promulgo a seguinte Lei:

TTULO I NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTRIO CAPTULO I DISPOSIES PRELIMINARES

Art. 1 Esta Lei estabelece o Sistema Tributrio do Municpio. Art. 2 O Sistema Tributrio do Municpio subordinado: I - s Constituies Federal e Estadual; II - ao Cdigo Tributrio Nacional institudo pela Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, e demais Leis Federais Complementares; III - s Resolues Especficas do Senado Federal; IV - Legislao Estadual, nos limites da respectiva competncia; V - Lei Orgnica do Municpio. CAPTULO II LEGISLAO TRIBUTRIA Seo I Disposies Gerais Art. 3 A Legislao Tributria do Municpio, compreende as leis, decretos e normas complementares que visam, no todo ou em parte, os tributos de competncia municipal e as relaes jurdicas a eles pertinentes. Pargrafo nico. So normas complementares das leis e dos decretos:

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I - os atos normativos, expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decises dos rgos das instncias administrativas; III - a soluo dada consulta, obedecida s disposies legais; IV - os convnios que o Municpio celebre com a Unio, o Estado, o Distrito Federal e outros Municpios. Seo II Aplicao e Vigncia da Legislao Tributria

Art. 4 O Cdigo Tributrio Municipal tem aplicao em todo o territrio do Municpio e estabelece relao jurdica tributria no momento em que tiver lugar o ato ou fato tributrio, salvo se este Cdigo dispuser expressamente de forma diferente. Art. 5 Salvo disposies em contrrio, entram em vigor: I - no exerccio seguinte, aps decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada as disposies legais que institui ou aumenta tributo, bem como, modifica a incidncia e ou a base de clculo de tributos j institudos, excetuando-se as alteraes inerentes ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana que entra em vigor a 1 de janeiro do exerccio seguinte; II - os atos a que se refere o inciso I do pargrafo nico do artigo 3, na data de sua publicao; III - as decises a que se refere o inciso II do pargrafo nico do art. 3, quanto aos seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias aps a data de suas notificaes; IV - a soluo dada consulta a que se refere o inciso III do pargrafo nico do art. 3, na data da cincia ao parecer expedido pela autoridade fiscal competente; V - os convnios a que se refere o inciso IV do pargrafo nico do art. 3, na data neles prevista; VI em 1 de janeiro do exerccio seguinte quele em que ocorra a publicao dos dispositivos de lei que extinguem ou reduzem isenes.

CAPTULO III OBRIGAO TRIBUTRIA Seo I Disposies Gerais Art. 6 A obrigao tributria principal ou acessria.

1 A obrigao principal surge com a ocorrncia de fato gerador que tem por objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniria e extingue-se juntamente com a quitao do crdito dela decorrente.8

2 A obrigao acessria decorre de legislao tributria, que tem por objeto as prestaes nelas previstas no interesse da arrecadao ou da fiscalizao dos tributos. 3 A obrigao acessria, pelo simples fato de sua inobservncia, converte-se em obrigao principal relativamente penalidade pecuniria. Art. 7 Quando no for previsto prazo para cumprimento da obrigao tributria, far-se a intimao do contribuinte fixando-lhe o prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual sero adotadas as medidas previstas neste Cdigo. Seo II Fato Gerador

Art. 8 Fato gerador da obrigao principal a situao definida neste Cdigo, como necessria e suficiente sua ocorrncia. Art. 9 Fato Gerador da obrigao acessria, qualquer situao que na forma da legislao aplicvel, impe a prtica ou absteno de ato que no configure obrigao principal. Art. 10. Salvo disposio de lei em contrrio, considera-se ocorrido o fato gerador e existente os seus efeitos: I - tratando-se de situao de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstncias materiais necessrias a que produzam os efeitos que normalmente lhe so prprios; II - tratando-se de situao jurdica, desde o momento em que esteja definitivamente constituda, nos termos do direito aplicvel. Seo III Sujeito Ativo Art. 11. Sujeito ativo da obrigao tributria o Municpio de Nerpolis, Estado de Gois. Seo IV Sujeito Passivo Subseo I Disposies Gerais Art. 12. Sujeito passivo da obrigao principal a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniria.

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Pargrafo nico. O sujeito passivo da obrigao principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha relao pessoal e direta com a situao que constitua o respectivo fato gerador; II - responsvel, quando sem revestir a condio de contribuinte, sua obrigao decorra de disposio expressa neste Cdigo; III substituto, a pessoa jurdica que assume a responsabilidade, nos termos deste Cdigo, do contribuinte principal em suas obrigaes de pagar o tributo devido. Art. 13. Sujeito passivo da obrigao acessria a pessoa obrigada s prestaes que constituem o seu objeto. Subseo II Capacidade Tributria Art. 14. A capacidade jurdica para cumprimento da obrigao tributria decorre do fato de a pessoa natural ou jurdica se encontrar nas condies previstas em lei, dando lugar referida obrigao. Art. 15. A capacidade tributria passiva independe: I - da capacidade civil das pessoas naturais; II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privao ou limitao do exerccio de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administrao direta de seus bens ou negcios; III - de estar a pessoa jurdica regularmente constituda, bastando que configure uma unidade econmica ou profissional.

Subseo III Domiclio Tributrio Art. 16. Considera-se domiclio tributrio do sujeito passivo, contribuinte, responsvel ou substituto: I - quanto s pessoas jurdicas de direito privado ou s firmas individuais, a sede da empresa, ou, em relao aos atos ou fatos que derem origem obrigao, o territrio do Municpio; II - quanto s pessoas naturais, a sua residncia habitual, ou, sendo incerta ou desconhecida, o territrio do Municpio; III - quanto s pessoas jurdicas de direito pblico, qualquer de suas reparties no territrio do Municpio. Pargrafo nico. A autoridade fazendria poder recusar o domiclio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadao ou fiscalizao do tributo, aplicando as regras dos incisos deste artigo ou considerando como domiclio o lugar da situao dos bens ou da ocorrncia dos atos ou fatos que deram origem obrigao.10

Art. 17. O domiclio tributrio ser sempre consignado nas notas fiscais de servios, guias, peties, termos de abertura de livros fiscais obrigatrios e outros documentos que os contribuintes tenham o dever de anotar, que dirijam ou devam apresentar Fazenda Pblica Municipal. Art. 18. Uma vez eleito pelo contribuinte ou determinado o domiclio na forma desta Subseo, este se obriga a comunicar a repartio competente, dentro de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da ocorrncia, as mudanas de locais. Art. 19. Com as ressalvas previstas neste Cdigo, considera-se estabelecimento o local, construdo ou no, onde o contribuinte exerce atividade geradora de obrigao tributria, ainda que pertencente a terceiro. 1 Todos os estabelecimentos do mesmo titular so considerados em conjunto para efeito de responder a empresa pelos dbitos, acrscimos, multas, correo monetria e juros referentes a quaisquer deles. 2 O titular do estabelecimento responsvel pelo cumprimento de todas as obrigaes principais e acessrias que esta Lei atribuir ao seu estabelecimento. Seo V Responsabilidade Tributria Subseo I Disposies Gerais

Art. 20. Sem prejuzo do disposto neste Cdigo lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crdito tributrio a terceira pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva obrigao, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo a este em carter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigao, inclusive no que se refere multa e aos acrscimos legais. Subseo II Responsabilidade dos Sucessores

Art. 21. O disposto nesta Seo aplica-se por igual aos crditos tributrios definitivamente constitudos ou em curso de constituio data dos atos nela referidos, e aos constitudos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativo obrigao tributria surgida at a referida data. Art. 22. A pessoa jurdica de direito privado que resultar de fuso, transformao ou incorporao de outra, responsvel pelos tributos devidos at a data do ato, pelas pessoas jurdicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.11

Pargrafo nico. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extino de pessoa jurdica de direito privado, quando a atividade for continuada por qualquer scio remanescente, ou seu esplio, sob a mesma ou outra razo social, ou sob firma individual. Art. 23. A pessoa natural ou jurdica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer ttulo, fundo de comrcio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva explorao, sob a mesma ou outra razo social ou sob a firma ou nome individual, responde pelos tributos relativos ao fundo ou estabelecimento devidos at a data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a explorao do comrcio, indstria ou atividade; II - subsidiariamente, com o alienante, se este prosseguir na explorao ou iniciar, dentro de seis meses a contar da data da alienao, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comrcio, indstria ou profisso. Art. 24. Os crditos tributrios relativos ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, as taxas que gravam os bens imveis e a contribuio de melhoria, sub-rogam-se s pessoas dos respectivos adquirentes ou sucessores, salvo quando conste do ttulo a prova de suas quitaes. Pargrafo nico. No caso de arrematao em hasta pblica, a sub-rogao ocorre sobre o respectivo preo. Art. 25. So pessoalmente responsveis: I o adquirente ou remetente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos, sem que tenha havido prova de sua quitao; II o sucessor a qualquer ttulo e o cnjuge meeiro, pelos tributos devidos at a data da partilha ou adjudicao, limitada esta responsabilidade ao montante do quinho do legado ou da meao; III esplio, pelos tributos devidos pelo de cujus at a abertura da sucesso e desta data at a homologao da partilha ou adjudicao dos bens. Subseo III Responsabilidade de Terceiros

Art. 26. Nos casos de impossibilidade de exigncia do cumprimento da obrigao principal pelo contribuinte, respondem com este nos atos que intervierem ou pelas omisses de que forem responsveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; II - os tutores ou curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III - os administradores dos bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo esplio;12

V - o sndico e o comissrio, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatrio; VI - os tabelies, escrives e demais serventurios de ofcio, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por ele, ou perante eles, em razo de seu ofcio; VII - os scios, no caso de liquidao de sociedade de pessoas; Pargrafo nico. O disposto neste artigo s se aplica, em matria de penalidades, as de carter moratrio. Art. 27. So pessoalmente responsveis pelos crditos correspondentes obrigao tributria resultante de atos praticados com excesso de poderes ou infrao de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatrios, prepostos ou empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado. Subseo IV Substituio Tributria

Art. 28. A autoridade fazendria competente poder, atravs de Termo de Acordo de Regime Especial especfico, estabelecer que o responsvel por indstria, comrcio ou outras atividades passe a substituir o contribuinte principal, quanto a obrigao do pagamento do tributo devido. 1 A substituio tributria se dar quando houver um relacionamento comercial obrigatrio entre o contribuinte principal e o substituto tributrio, de forma a evidenciar a possibilidade de sua efetivao, sem nenhum prejuzo para ambas as partes. 2 Aps a celebrao do Termo de Acordo de Regime Especial a substituio tributria passa a ser obrigatria, em todo o perodo de sua vigncia. Subseo V Responsabilidade por Infraes Art. 29. Salvo disposio de lei em contrrio, a responsabilidade por infraes da legislao tributria, independe da inteno do agente ou do responsvel e da efetividade, natureza e extenso dos efeitos do ato. Art. 30. A responsabilidade pessoal ao agente: I - quanto s infraes conceituadas por lei como crimes ou contravenes, salvo quando praticadas no exerccio regular de administrao, mandato, funo, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; II - quanto s infraes em cuja definio o dolo especfico do agente seja elementar;13

III - quanto s infraes que decorram direta ou exclusivamente de dolo especfico: a) das pessoas referidas nos artigos 26 e 27, contra aquelas por quem respondem; b) dos mandatrios, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado, contra estas. Art. 31. A responsabilidade excluda pela denncia espontnea da infrao, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depsito da importncia arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apurao.

Pargrafo nico. No se considera espontnea a denncia apresentada aps o incio de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalizao relacionado com a infrao. CAPTULO IV CRDITO TRIBUTRIO Seo I Disposies Gerais Art. 32. O crdito tributrio decorre da obrigao principal e tem a mesma natureza desta. Art. 33. As circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso, os seus efeitos, ou as garantias, ou os privilgios a ele atribudos, ou que excluem sua exigibilidade no afetam a obrigao tributria que lhe deu origem. Art. 34. O crdito tributrio regularmente constitudo somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluda, nos casos previstos neste Cdigo, fora dos quais no pode ser dispensado, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivao ou as respectivas garantias. Seo II Constituio do Crdito Tributrio Subseo I Lanamento

Art. 35. Compete privativamente autoridade administrativa constituir o crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o procedimento administrativo necessrio a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicao da penalidade cabvel.14

Pargrafo nico. A atividade administrativa de lanamento vinculada e obrigatria sob pena de responsabilidade funcional. Art. 36. O lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da obrigao e regese pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 1 Aplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliando os poderes de investigao das autoridades administrativas, ou outorgando ao crdito maiores garantias ou privilgios, exceto, neste ltimo caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributria a terceiros. 2 O disposto neste artigo no se aplica aos tributos lanados por perodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. Art. 37. O lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo s pode ser alterado em virtude de:

I - impugnao do sujeito passivo; II - recurso de ofcio; III - iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, nos casos previstos no art. 41, deste Cdigo. Art. 38. A modificao introduzida de ofcio ou em conseqncia de deciso administrativa ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do lanamento somente pode ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente sua introduo.

Subseo II Modalidade de Lanamento

Art. 39. O lanamento efetuado com base na declarao do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislao tributria, presta autoridade administrativa informaes sobre matria de fato, indispensveis sua efetivao. 1 A retificao da declarao por iniciativa do prprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, s admissvel mediante comprovao do erro em que se funde, e antes de notificado o lanamento. 2 Os erros contidos na declarao e apurveis pelo seu exame sero retificados de ofcio15

pela autoridade administrativa a que competir a reviso daquela. Art. 40. Quando o clculo do tributo tenha por base, ou tome em considerao, o valor ou o preo de bens, direitos, servios ou atos jurdicos, a autoridade lanadora, mediante processo regular, arbitrar aquele valor ou preo, sempre que sejam omissos ou no meream f s declaraes ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestao, avaliao contraditria, administrativa ou judicial. Art. 41. Quando das hipteses previstas neste Cdigo, o lanamento revisto de ofcio pela autoridade administrativa nos seguintes casos: I - quando a lei assim o determine; II - quando a declarao no seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislao tributria municipal; III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declarao nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislao tributria, o pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prest-lo ou no o preste satisfatoriamente, a juzo daquela autoridade; IV - quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento definido na legislao tributria, como sendo de declarao obrigatria; V - quando se comprove omisso ou inexatido, por parte da pessoa legalmente obrigada no exerccio da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI - quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que d lugar aplicao de penalidade pecuniria; VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao; VIII - quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no provado por ocasio do lanamento anterior; IX - quando se comprove que, o lanamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omisso, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade essencial. Pargrafo nico. A reviso de lanamento s pode ser iniciada enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica Municipal. Art. 42. O lanamento por homologao, que ocorre quanto aos tributos cuja legislao atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prvio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. 1 O pagamento antecipado pelo sujeito passivo nos termos deste artigo extingue o crdito, sob condio resolutria da ulterior homologao do lanamento. 2 No influem sobre a obrigao tributria quaisquer atos anteriores homologao, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando extino total ou parcial do crdito.16

3 Os atos a que se refere o pargrafo anterior sero, porm, considerados na apurao do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposio da penalidade ou sua graduao. 4 O prazo homologao ser de 05 (cinco) anos, a contar do dia do pagamento de que trata o 1, deste artigo; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pblica Municipal se tenha pronunciado, considera-se homologado o lanamento e definitivamente extinto o crdito.

Seo III Suspenso do Crdito Tributrio Subseo nica Disposies Gerais

Art. 43. Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio: I - a moratria; II - o depsito do seu montante integral; III - as reclamaes e os recursos, nos termos deste Cdigo; IV - a concesso de medida liminar em mandado de segurana; V a concesso de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espcies de ao judicial; VI o parcelamento. Pargrafo nico. O disposto neste artigo no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal cujo crdito seja suspenso, ou dela conseqentes. Art. 44. A concesso de moratria ser objeto de lei especial, atendidos os requisitos do Cdigo Tributrio Nacional. Art. 45. O depsito do montante integral ou parcial da obrigao tributria poder ser efetuado pelo sujeito passivo e suspender a exigibilidade do crdito tributrio a partir da data de sua efetivao aos cofres Pblicos Municipais ou de sua consignao judicial. Art. 46. A impugnao, atravs de defesa e do recurso voluntrio apresentados pelo sujeito passivo, bem como a concesso de medida liminar em mandato de segurana ou outra espcie de ao judicial suspendem a exigibilidade do crdito tributrio, independentemente do prvio depsito. Art. 47. Os efeitos suspensivos cessam pela extino ou excluso do crdito tributrio, pela deciso administrativa desfavorvel, no todo ou em parte, ao sujeito passivo e pela cassao da medida liminar concedida em mandado de segurana ou outra espcie de ao judicial.

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Art. 48. A inexistncia de lei especfica sobre as condies de parcelamento dos crditos tributrios em recurso judicial, importa na aplicao das normas gerais de que tratam os artigos 54 a 59 deste Cdigo. Seo IV Extino do Crdito Tributrio Subseo I Disposies Gerais Art. 49. Extinguem o crdito tributrio: I - o pagamento; II - a compensao; III - a transao; IV - a remisso; V - a prescrio e a decadncia; VI - a converso de depsito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologao do lanamento nos termos que dispuser este Cdigo; VIII a consignao em pagamento julgada procedente; IX - a deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitiva na rbita administrativa, que no mais possa ser objeto de ao anulatria; X - a deciso judicial passada em julgado; XI a dao em pagamento em bens imveis, na forma e condies estabelecidas em lei.

Subseo II Pagamento Art. 50. O pagamento de tributos e penalidades pecunirias ser efetuado, dentro dos prazos fixados neste Cdigo ou no Calendrio Fiscal, baixado por Ato Normativo. 1 O pagamento efetuado em moeda corrente ou autorizao eletrnica para dbito em conta bancria (bankline). 2 O pagamento efetuado sempre em estabelecimento de crdito, na forma de convnio celebrado pelo Chefe do Poder Executivo; ressalvada em seu impedimento, no rgo arrecadador do Municpio. 3 Quando a legislao tributria no fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crdito ocorre 30 (trinta) dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lanamento.

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Art. 51. O pagamento de um crdito no importa em presuno de pagamento: I quando parcial, das prestaes em que se decomponha; II quando total, de outros crditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. Art. 52. Nenhum pagamento intempestivo de tributo poder ser efetuado sem que o infrator pague, no ato, as penalidades correspondentes, sob pena de responsabilidade funcional, ressalvados os casos de remisso ou compensao na forma prevista neste Cdigo. Pargrafo nico. A imposio de penalidades no exime o pagamento integral do crdito tributrio. Art. 53. Os pagamentos com desconto no valor do crdito tributrio, previstos neste Cdigo, por antecipao ou integralidade em quota nica, quando cabvel parcelamento, no podero ultrapassar a 70% (setenta por cento) do seu total. Pargrafo nico. A concesso de desconto ser regulamentada pelo Calendrio Fiscal, aprovado anualmente por Ato do Poder Executivo. Subseo III Pagamento Parcelado Art. 54. Poder ser concedido pela autoridade fazendria competente, o parcelamento de dbitos fiscais de contribuintes de tributos municipais e penalidades inerentes, independentemente do procedimento fiscal. Art. 55. O parcelamento somente ser concedido quando solicitado pelo contribuinte atravs de processo regular, o qual ter efeito de confisso de dvida, reconhecendo o interessado a certeza e liquidez de seu dbito fiscal. Art. 56. O parcelamento poder ser concedido a critrio da autoridade fazendria competente, em at 24 (vinte e quatro) parcelas mensais e sucessivas. 1 vedada a concesso do parcelamento: I - quando o contribuinte no se encontrar regularmente cadastrado; II - quando se tratar de dbito ou parcela de dbito j beneficiada anteriormente; III com parcelas mensais inferiores a 20 (vinte) vezes a Unidade de Referncia Fiscal do Municpio; IV quando se tratar de dbito j ajuizado, sem a devida homologao do pedido pela autoridade judicial. 2 No clculo do parcelamento sero includas as penalidades cabveis, os juros de mora e a correo monetria, se houver.19

3 Tratando-se de parcelamento de dbito relativo ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, caso ocorra a transmisso de propriedade, as parcelas vincendas devero ser pagas antecipadamente. Art. 57. O no pagamento de 02 (duas) parcelas consecutivas, nas datas nelas previstas, importar no cancelamento ex-ofcio do parcelamento e a conseqente inscrio do dbito remanescente em Dvida Ativa. Art. 58. A concesso do parcelamento na forma prevista no artigo 56, obriga ao beneficiado, sob pena de suspenso do benefcio, ao resgate tempestivo dos dbitos fiscais subseqentes, decorrentes de outras operaes tributveis.

Art. 59. Ocorrendo o cancelamento do parcelamento, por qualquer motivo previsto neste Cdigo, acrescentar-se-o ao dbito remanescente, os juros moratrios decorridos no perodo de defasagem entre o vencimento da ltima parcela e a data da inscrio em Dvida Ativa.

Subseo IV Compensao

Art. 60. A compensao s ser concedida com a autorizao do Prefeito, mediante demonstrao, pelo sujeito passivo, em processo, da liquidez e certeza dos seus crditos vencidos e vincendos. Pargrafo nico. Sendo vincendo o crdito do sujeito passivo ser feita apurao do seu montante, no podendo haver dedues nos valores dos tributos. Subseo V Transao

Art. 61. A autoridade competente para prover a transao o Prefeito Municipal. 1 lcito aos interessados prevenirem ou terminarem o litgio mediante concesses mtuas. 2 O poder de transigir no importa o de firmar compromissos.

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Subseo VI Arrecadao

Art. 62. A arrecadao dos tributos, multas, depsitos ou caues, ser efetuada na forma do artigo 50 deste Cdigo, excetuando-se as hipteses de depsitos ou caues que ficaro a cargo da Tesouraria do Municpio. Art. 63. Pela cobrana a menor de tributos e penalidades, respondem imediatamente perante a Fazenda, em partes iguais, os funcionrios responsveis, aos quais cabe o direito regressivo contra o sujeito passivo, a quem, o erro no aproveita. 1 Os funcionrios enquadrados neste artigo, podero requerer ao fiscal contra o contribuinte que se recusar a atender notificao do rgo arrecadador, no cabendo, porm, nenhuma cominao de multa, salvo em caso de dolo ou evidente m f. 2 No ser de responsabilidade imediata dos funcionrios a cobrana a menor que se fizerem em virtude de declarao falsa do contribuinte, quando ficar provado que a fraude foi praticada em circunstncia e sob forma tais que se tornou impossvel tomar as providncias necessrias defesa do errio municipal. Art. 64. O Executivo Municipal celebrar convnio com estabelecimento de crdito com sede, agncia ou escritrio no Municpio, para o recebimento dos tributos. Pargrafo nico. No compete ao estabelecimento de crdito, a fiscalizao de declarao de contribuinte. Art. 65. Nenhum procedimento ou ao se intentar contra o contribuinte que pagar tributo ou cumprir outras obrigaes fiscais de acordo com a deciso administrativa irrecorrvel, ainda que posteriormente essa deciso seja revogada ou modificada. Pargrafo nico. O disposto neste artigo aplica-se ao contribuinte que praticar atos nele previstos, de conformidade com as instrues emanadas do rgo fazendrio, regularmente publicadas.

Subseo VII Pagamento Indevido Art. 66. O contribuinte tem direito, independentemente de prvio protesto, restituio total ou parcial do tributo, nos seguintes casos: I - cobrana ou pagamento espontneo do tributo indevido ou maior que o devido em face da legislao tributria municipal aplicvel, ou da natureza ou circunstncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;21

II - erro na identificao do sujeito passivo dos tributos diretos, na determinao da alquota, no clculo do montante do dbito ou na elaborao ou conferncia de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulao, revogao ou resciso de deciso condenatria. Pargrafo nico. Nenhuma restituio se far sem ordem da autoridade fazendria, a quem compete, em todos os casos, conhecer dos respectivos pedidos. Art. 67. A restituio total ou parcial do tributo d lugar restituio, na mesma proporo, dos juros de mora e das penalidades pecunirias, salvo as referentes a infraes de carter formal no prejudicada pela causa da restituio. 1 O direito de pleitear a restituio extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos contados: I - nas hipteses dos incisos I e II do artigo 66, da extino do crdito tributrio; II - na hiptese do inciso III do artigo 66, da data em que se tornar definitiva a deciso administrativa ou passar em julgado a deciso judicial que tenha reformado, revogado ou rescindido a deciso condenatria. 2 O prazo de prescrio interrompido pelo incio da ao fiscal, recomeando o seu curso, por metade, a partir da data da intimao validamente feita ao representante judicial da Fazenda Municipal. 3 Para efeito de restituio prevista neste artigo consideram-se tambm restituveis despesas judiciais decorrentes de inscrio indevida em Dvida Ativa. Art. 68. Prescreve em 02 (dois) anos, a ao anulatria da deciso administrativa que denegar a restituio. Pargrafo nico. O prazo de prescrio interrompido pelo incio da ao judicial, recomeando o seu curso, por metade, a partir da data da intimao validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pblica Municipal. Art. 69. Comprovada a negligncia ou impercia no processo de lanamento ou inscrio do dbito em Dvida Ativa, do qual decorra a arrecadao por via judicial e a conseqente restituio com prejuzo Fazenda Pblica, o funcionrio responder pela diferena entre o valor efetivamente recolhido e a restituio. Subseo VIII Remisso Art. 70. O Prefeito Municipal poder proceder remisso total ou parcial do crdito tributrio, por despacho fundamentado, atendendo:22

I - a situao econmica do sujeito passivo; II - a pequenez da importncia do crdito tributrio; III - as consideraes de equidade, em relao com as caractersticas pessoais ou materiais do caso; IV - as condies peculiares a determinado bairro ou setor de sua zona urbana. Pargrafo nico. A remisso, de que trata este artigo, no atinge, sob qualquer hiptese ou aspecto, o crdito tributrio em desfavor de sujeito passivo proprietrio de mais de um imvel. Art. 71. O despacho que conceder a remisso, no gera direito adquirido e ser revogado, de ofcio, sempre que se apure que o beneficirio no satisfazia ou deixou de satisfazer as condies exigidas, ou no cumprira os requisitos para concesso do favor, cobrando-se o crdito com acrscimos de multa, juros de mora e correo monetria. Subseo IX Prescrio e Decadncia Art. 72. O direito da Fazenda Pblica Municipal de constituir o crdito tributrio extinguese aps 5 (cinco) anos contados: I - do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado; II - da data que se tornar definitiva a deciso que houver anulado, por vcio formal, o lanamento anteriormente efetuado; Pargrafo nico. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciado a constituio do crdito tributrio pela notificao, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatria indispensvel ao lanamento. Art. 73. A ao para a cobrana do crdito tributrio prescreve em 05 (cinco) anos, contados da data da sua constituio definitiva.

Pargrafo nico. A prescrio se interrompe:

I pelo despacho do Juiz que ordenar a citao em execuo fiscal; II - pelo protesto judicial; III por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do dbito pelo devedor.

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Seo V Excluso do Crdito Tributrio Subseo I Disposies Gerais Art. 74. Excluem o crdito tributrio: I a iseno; II a anistia. Pargrafo nico. A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias, dependente da obrigao principal cujo crdito fora excludo, ou dela conseqente. Subseo II Iseno Art. 75. A iseno, ainda quando prevista em contrato, sempre decorrente de lei que especifique as condies e requisitos exigidos para a sua concesso, os tributos a que se aplica e, sendo o caso, o prazo de sua durao. Pargrafo nico. Salvo disposio da lei em contrrio, a iseno no extensiva: I s taxas e s contribuies; II aos tributos institudos posteriormente sua concesso. Art. 76. A iseno exceto se concedida por prazo certo e em funo de determinadas condies, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso VI do art. 5, deste Cdigo. Art. 77. A iseno, quando no concedida em carter geral, efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concesso. Pargrafo nico. Tratando-se de tributo lanado por perodo certo de tempo, o despacho referido neste artigo ser renovado antes da expirao de cada perodo, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do perodo para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da iseno. Subseo III Anistia

Art. 78. A anistia abrange exclusivamente as infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a concede, no se aplicando:24

I aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenes e aos que, mesmo sem essa qualificao, sejam praticados com dolo, fraude ou simulao pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefcio daquele; II s infraes resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurdicas, salvo disposio de lei em contrrio. Art. 79. A anistia pode ser concedida: I em carter geral; II limitadamente: a) s infraes da legislao relativas a determinado tributo; b) s infraes punidas com penalidades pecunirias at determinado montante, conjugadas ou no com penalidades de outra natureza; c) sob condio do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que conceder, ou cuja fixao seja atribuda pela mesma lei autoridade administrativa. Art. 80. A anistia, quando no concedida em carter geral, efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concesso. Seo VI Benefcios Fiscais

Art. 81. O Chefe do Poder Executivo autorizado, nas condies e nos limites estabelecidos nesta Seo, a conceder benefcios fiscais como estmulo implantao ou ampliao de estabelecimento industrial, comercial ou de servios no territrio do municpio. 1 Compreende-se como benefcio fiscal: I A iseno, por prazo determinado e limitado ao mximo de 10 (dez) anos, de impostos imobilirios e taxas previstos neste Cdigo; II a aplicao da alquota mnima do Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza, quando o seu recolhimento for de responsabilidade direta ou de obrigao de reteno na fonte pelo beneficirio; III o diferimento do prazo de pagamento de tributo, no superior a 24 (vinte e quatro) meses, sem correo monetria ou penalidades pecunirias; IV a reduo da base de clculo do Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza, em at 95% (noventa e cinco por cento), quando da nacionalizao de servios importados. 2 O disposto neste artigo subordinado observncia dos seguintes requisitos pelas empresas solicitantes: I comprovao, atravs de projeto, da criao de empregos diretos no Municpio;25

II celebrao com o Municpio de um Termo de Acordo de Regime Especial de Tributao em que constem as obrigaes da empresa e a abrangncia dos benefcios e as datas de incio e fim de suas vigncias. Art. 82. Os benefcios concedidos, nos termos desta Seo, podero ser suspensos ou revogados, a qualquer tempo, se ocorrer: I a no admisso ou a reduo do nmero de empregados previstos no projeto; II a conduta ou atividade lesiva ao meio ambiente, tipificada nos artigos 29 a 61 da Lei Federal n 9.605, de 02 de fevereiro de 1998 e de suas alteraes posteriores; III a paralisao das atividades; IV o desvirtuamento do projeto e a utilizao inidnea dos benefcios recebidos; V o encerramento das atividades, do projeto ou da empresa. Pargrafo nico. A suspenso ou a revogao da concesso dos benefcios fiscais resultam no vencimento antecipado de todas as obrigaes estatudas pelo Termo de Acordo de Regime Especial de Tributao.

CAPTULO V ADMINISTRAO TRIBUTRIA Seo I Autoridades Fiscais

Art. 83. Autoridades Fiscais so as que tm competncia, atribuies e jurisdio definidas em lei, regulamento ou regimento. Art. 84. Compete Secretaria Municipal de Finanas, orientar em todo o Municpio a aplicao das leis tributrias, d-lhes interpretao, dirimir-lhes as dvidas e omisses e expedir Atos Normativos, Regulamentos, Resolues, Ordens de Servios e as demais instrues necessrias ao esclarecimento dos atos decorrentes dessas atividades. Art. 85. Todas as funes referentes a lanamento, cobrana, recolhimento e fiscalizao dos tributos municipais, aplicao de sanes por infrao de dispositivos deste Cdigo, bem como, as medidas de preveno e represso fraudes sero exercidas pelos setores prprios da Secretaria Municipal de Finanas, segundo as atribuies constantes da lei que estabelece o sistema administrativo do governo municipal e do respectivo regimento, se houver. Seo II Fiscalizao

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Art. 86. A fiscalizao direta dos impostos, taxas e contribuies competem Secretaria Municipal de Finanas e aos fiscais municipais, e a indireta s autoridades administrativas e judiciais, e aos demais rgos da administrao municipal na forma e condies estabelecidas no Cdigo de Processo Civil e Cdigo Judicirio e s demais legislaes pertinentes.

Art. 87. O servidor municipal incumbido da fiscalizao quando, no exerccio de suas funes, comparecer ao estabelecimento do sujeito passivo, lavrar obrigatoriamente termos circunstanciados de incio e de concluso da verificao fiscal realizada, nos quais consignaro o perodo fiscalizado, bem como a execuo dos trabalhos, a relao dos livros e documentos examinados, as concluses a que chegar, e tudo mais que for de interesse para a fiscalizao. 1 Os termos sero lavrados no livro fiscal correspondente ao imposto devido, e, na sua falta, em documentos parte, emitido em duas vias, uma das quais ser entregue ao contribuinte ou seu preposto. 2 Todos os funcionrios encarregados da fiscalizao e arrecadao dos tributos municipais, so obrigados a prestarem assistncia tcnica ao contribuinte, ministrando-lhe esclarecimentos sobre a inteligncia e fiel observncia das leis tributrias. 3 A omisso de informaes ou a prestao de declarao falsa s autoridades fazendrias, constitui crime contra a ordem tributria. Art. 88. Mediante intimao escrita so obrigados a prestar autoridade administrativa todas as informaes de que disponham com relao aos bens, negcios ou atividades de terceiros: I - o sujeito passivo e todos os que participarem das operaes sujeitas aos impostos; II os tabelies, escrives e demais serventurios de ofcio; III os bancos, casas bancrias, Caixas Econmicas e demais instituies financeiras; IV - as empresas transportadoras e os proprietrios de veculos encarregados do transporte de mercadorias e objetos, por conta prpria ou de terceiros, desde que faam do transporte profisso lucrativa; V as empresas de administrao de bens; VI - os sndicos, comissrios, inventariantes e liquidatrios; VII - os leiloeiros, corretores, despachantes oficiais; VIII - as companhias de armazns gerais; IX - todos os que, embora no sujeitos ao imposto, prestam servios considerados como etapas do processo de gerao do crdito tributrio. Art. 89. Sem prejuzo do disposto na legislao criminal, vedada a divulgao, por parte da Fazenda Pblica ou de seus servidores, de informaes obtidas em razo de ofcio sobre a situao econmica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negcios ou atividade.27

Seo III Dvida Ativa Art. 90. Constituem dvida ativa do Municpio os crditos tributrios ou no provenientes dos tributos e multas de qualquer natureza, previstos neste Cdigo, e nos demais Cdigos Municipais, tarifas ou preos de servios pblicos, desde que regularmente inscritos no rgo competente, depois de esgotados os prazos estabelecidos para pagamento, pela lei ou por deciso final proferida em processo administrativo regular, transitada em julgado. 1 Encerrado o procedimento administrativo para recebimento do crdito tributrio, o rgo competente providenciar a inscrio dos dbitos fiscais, por contribuinte. 2 Independentemente do trmino do exerccio financeiro, os dbitos fiscais no pagos em tempo hbil podero ser inscritos em dvida ativa, exceto os casos previstos pelo artigo 96 deste Cdigo. 3 As multas por infrao de leis e regulamentos municipais, sero consideradas como dvida ativa no tributria, e imediatamente inscritas, assim que findar o prazo para interposio de recurso ou quando interposto no obtiver provimento. 4 Antes da inscrio do dbito fiscal em dvida ativa, o contribuinte dever ser notificado extra-judicialmente e ter o prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da cincia, para quitar o seu dbito, vista ou parceladamente, na forma do artigo 56 deste Cdigo. 5 Para a dvida ativa, de que tratam os pargrafos anteriores deste artigo, desde que legalmente inscrita, ser extrada imediatamente a respectiva certido a ser encaminhada cobrana executiva. 6 As dvidas relativas ao mesmo devedor, quando conexas ou conseqentes de um mesmo tributo, podero ser reunidas em um s processo. 7 Extrada a certido de inscrio do dbito em dvida ativa, pelo titular do rgo fazendrio ou por quem este delegar competncia, cessa a possibilidade de sua cobrana administrativa. Art. 91. Para todos os efeitos legais, considera-se como inscrita a dvida registrada em livros tipogrficos ou processados eletronicamente, mantidos pela Secretaria Municipal de Finanas. Art. 92. O termo de inscrio da dvida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicar obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo o caso, dos co-responsveis, bem como, sempre que possvel, o domiclio e/ou a residncia de um e de outros; II - a quantia devida, sendo o caso, por cada ms, e a maneira de calcular a atualizao28

monetria e os juros de mora acrescidos; III - a origem e a natureza do crdito, mencionada especificamente dispositivo da lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo o caso, o nmero do processo administrativo de que se originou o crdito. Pargrafo nico. A certido conter, alm dos requisitos deste artigo, a indicao do livro e da folha da inscrio. Art. 93. A dvida regularmente inscrita goza de presuno de certeza e liquidez e tem efeito de prova pr-constituda. Pargrafo nico. A presuno, a que se refere este artigo, relativa e pode ser instruda por prova inequvoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a quem aproveite. Art. 94. Sero considerados legalmente prescritos os crditos tributrios inscritos ou no em Dvida Ativa, aps decorridos 5 (cinco) anos da data de sua constituio pelo lanamento. 1 O prazo a que se refere este artigo se interrompe: I pela citao pessoal do devedor, feita judicialmente ou pela notificao administrativa; II pelo protesto judicial; III por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV por qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do dbito pelo devedor. 2 Os dbitos legalmente prescritos somente sero cancelados mediante Decreto do Executivo Municipal ou deciso judicial. Art. 95. O recebimento de crditos tributrios constantes de certides j encaminhadas para cobrana executiva, ser feito exclusivamente vista de guias de recolhimento expedidas pelos escrives ou procuradores. Pargrafo nico. As guias de recolhimento, de que trata este artigo, sero datadas e assinadas pelo emitente e contero obrigatoriamente: I - o nome do devedor e seu endereo; II - o nmero de inscrio da dvida; III - a identificao do tributo ou penalidade; IV - a importncia total do dbito e o exerccio a que se refere; V - a multa, os juros de mora e a correo monetria a que estiver sujeito o dbito; VI - as custas judiciais; VII - outras despesas legais.29

Art. 96. A dvida ativa proveniente do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, bem como, das taxas e contribuies arrecadadas juntamente com este, sero cobradas amigavelmente at 180 (cento e oitenta) dias aps o trmino do exerccio financeiro a que se referir. Pargrafo nico. Findo o prazo previsto no caput deste artigo e cumprida a norma estabelecida pelo 4 do artigo 90, a dvida ser inscrita e encaminhada para cobrana executiva, medida que forem sendo extradas as certides. Art. 97. Ressalvados os casos de autorizao legislativa, no se efetuar o recebimento de crditos inscritos em dvida ativa com dispensa de multas e juros de mora. Pargrafo nico. Verificada, a qualquer tempo, a inobservncia do disposto neste artigo, fica o funcionrio responsvel obrigado, alm de pena disciplinar a que estiver sujeito, a recolher aos cofres municipais o valor da quantia que houver dispensado. Art. 98. solidariamente responsvel com o servidor quanto reposio das quantias relativas reduo, multa e aos juros de mora mencionada no artigo anterior, a autoridade superior que autorizar ou determinar aquelas concesses, salvo se o fizer em cumprimento de mandado judicial. Art. 99. A inscrio, a cobrana amigvel e a expedio da certido da dvida ativa competem Secretaria Municipal de Finanas. Pargrafo nico. Encaminhada a certido da dvida ativa para a cobrana executiva, cessar a competncia da Secretaria Municipal de Finanas para agir ou decidir quanto a ela, cumprindolhe, entretanto, prestar as informaes solicitadas pelo rgo encarregado da execuo e pelas autoridades judicirias. Art. 100. Aplica-se a dvida ativa do Municpio o que dispe a Lei Federal n. 6.830, de 22 de setembro de 1980 e suas modificaes posteriores. Seo IV Certido Negativa Art. 101. A prova de quitao dos tributos municipais ser feita, quando exigvel, por Certido Negativa, expedida por meio eletrnico ou vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informaes necessrias identificao de sua pessoa, domiclio tributrio, ramo de negcio ou atividade, localizao e caracterizao do imvel, inscrio no Cadastro Fiscal, quando for o caso, e o fim a que se destina a certido. 1 A certido negativa tratando-se do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, ser expedida por imvel, conforme sua inscrio junto ao Cadastro Imobilirio do Municpio.

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2 A certido negativa ser expedida nos termos em que tenha sido requerida, instantaneamente via eletrnica ou no prazo mximo de 03 (trs) dias da entrada do requerimento no rgo competente. Art. 102. A certido negativa expedida com dolo ou fraude que contenha erro contra a Fazenda Pblica considerada nula de pleno direito e responsabilizar pessoalmente o funcionrio que a expedir pelo crdito tributrio e juros de mora acrescidos. Pargrafo nico. O disposto neste artigo no exclui a responsabilidade criminal e funcional que no caso couber. Art. 103. assegurado a qualquer pessoa o direito de requerer, s reparties pblicas municipais, certides para defesa de direitos e esclarecimentos de situaes. Pargrafo nico. O pedido ser indeferido se o interessado recusar-se a apresentar provas ou documentos necessrios apurao dos fatos relacionados com a legitimidade do pedido. Art. 104. As certides negativas relativas a tributos anuais tero validade por 03 (trs) meses, as demais por 30 (trinta) dias. 1 Nos casos de dbitos parcelados, e estando as parcelas rigorosamente em dia, a certido, embora positiva, poder, dentro das validades deste artigo, ter efeito de negativa. 2 Tem os mesmos efeitos previstos no pargrafo anterior a Certido de que conste a existncia de crdito no vencido, em curso de cobrana executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou, cuja exigibilidade esteja suspensa. Art. 105. A certido negativa exigida nos seguintes atos: I Certido Negativa de Tributos Municipais: a) inscrio no cadastro de licitantes do Municpio; b) participao em licitaes pblicas do Municpio, inclusive nos casos de dispensa ou inexigibilidade; c) pedido de concesso de servios de competncia municipal; d) contrato de locao de bens mveis e imveis a rgos pblicos municipais; e) pedido de reconhecimento de imunidade ou de concesso de benefcios fiscais. II Certido Negativa do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana e, quando for o caso, da contribuio de melhoria: a) concesso de licena para construo, ampliao ou reforma; b) concesso de habite-se; c) concesso de numerao oficial; d) aprovao de plantas de reurbanizao e ou de loteamento;31

e) pedido de remanejamento de rea, desmembramento ou remembramento; f) lavratura ou registro de quaisquer atos relativos a imveis, inclusive escrituras de anfiteuse, auticrese, hipoteca, arrendamento ou locao. Pargrafo nico. A certido ser obrigatoriamente referida nos atos de que trata este artigo. CAPTULO VI SISTEMA TRIBUTRIO DO MUNICPIO Seo I Disposies Gerais Art. 106. Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Art. 107. A natureza jurdica especfica do tributo determinada pelo fato gerador da respectiva obrigao, sendo irrelevante para qualific-la: I - a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei; II - a destinao legal do produto de sua arrecadao. Art. 108. Os tributos so impostos, taxas e contribuio de melhoria. 1 Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independentemente de qualquer atividade especfica, relativa ao contribuinte. 2 Taxa o tributo que tem como fato gerador o exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposio; no podendo ter base de clculo prpria de impostos. 3 Contribuies de Melhoria o tributo institudo para fazer face ao custo de obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria. Seo II Tributos Municipais Art. 109. Compem o sistema tributrio do Municpio os seguintes tributos: I Impostos: a) sobre a propriedade predial e territorial urbana; b) sobre a transmisso "inter vivos", a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis,32

por natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos a sua aquisio; c) sobre servios de qualquer natureza, no compreendidos na competncia estadual, definidos em lei complementar. II - Taxas: a) de licena, decorrente do exerccio regular do poder de polcia; b) pela utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposio. III - Contribuio: a) de melhoria de obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria. Pargrafo nico. Os servios pblicos a que se refere o inciso II, "b", deste artigo, consideram-se: I - utilizado pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufrudo, a qualquer ttulo; b) potencialmente, quando, sendo de utilizao compulsria, sejam postos disposio mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento. II - especfico, quando possam ser destacados em unidades autnomas de interveno, de utilidade ou de necessidade pblica; III - divisveis, quando suscetveis de utilizao, por parte de cada um dos seus usurios. CAPTULO VII COMPETNCIA TRIBUTRIA Seo I Disposies Gerais Art. 110. A atribuio constitucional de competncia tributria compreende a competncia legislativa plena para instituir, lanar, arrecadar e fiscalizar os tributos municipais, ressalvadas as limitaes contidas na Constituio Federal, na Constituio Estadual e na Lei Orgnica do Municpio, e observado o disposto neste Cdigo.

Seo II Limitao da Competncia Tributria

Art. 111. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado ao Municpio: I exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea;33

II instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente, proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercida, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos; III cobrar tributos: a) em relao a fator geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado; b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituir ou aumentou, observando o disposto na alnea b; excetuando-se as alteraes inerentes ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana que entra em vigor a 1 de janeiro do exerccio seguinte; IV utilizar tributo com efeito de confisco; V estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens por meio de tributos municipais; VI instituir impostos sobre: a) o patrimnio, a renda ou os servios da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; b) os templos de qualquer culto; c) o patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos do artigo seguinte; d) o livro, o jornal e os peridicos, e o papel destinado sua impresso. 1 O disposto no inciso VI, a, deste artigo extensivo s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios vinculados suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes. 2 As vedaes do inciso VI e do pargrafo anterior no se aplicam ao patrimnio, renda e aos servios, relacionados com explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exonera o promitente comprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao bem imvel. 3 O dispositivo do inciso VI, b, deste artigo extensivo aos templos manicos. Art. 112. O disposto no inciso IV, c do artigo anterior subordinado observncia dos seguintes requisitos, pelas entidades nele referidas: I no remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos servios prestados; II aplicarem integralmente seus recursos na manuteno e desenvolvimento dos seus34

objetivos; III manter escriturao completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades legais e capazes de assegurar sua exatido; IV conservar em boa ordem, pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados da data da emisso, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivao das despesas, bem assim a realizao de quaisquer outros atos ou operaes que venham a modificar a sua situao patrimonial; V apresentar, anualmente, Declarao de Rendimentos da Pessoa Jurdica e da Pessoa Fsica dos dirigentes; VI assegurar, por ato constitutivo, a destinao de seu patrimnio a outra instituio que atenda as condies de gozo da imunidade, no caso de incorporao, fuso, ciso ou de encerramento de suas atividades, ou a rgo pblico. 1 O disposto no inciso VI do art. 111, no exclui a atribuio, por lei, s entidades nele referidas, da condio de responsveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e no as dispensa da prtica de atos, previstos em lei, assecuratrios do cumprimento de obrigaes tributrias por terceiros. 2 Os servios a que se refere o inciso VI, c do artigo anterior, so, exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades nele referidos, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos. 3 As instituies previstas no inciso VI, c do artigo anterior, anualmente, devero requerer Secretaria Municipal de Finanas, a Declarao de Reconhecimento da Imunidade Tributria. 4 Perder a imunidade tributria a instituio enquadrada no inciso VI, c do artigo anterior, que deixar de atender aos requisitos legais.

TITULO II IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIES CAPTULO I DISPOSIES GERAIS

Art. 113. So impostos de competncia do Municpio: I - sobre a propriedade predial e territorial urbana; II - sobre a transmisso intervivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica e de direitos reais sobre imveis, exceto os da garantia, bem como de direitos a sua aquisio; III - sobre servios de qualquer natureza, no compreendidos na competncia estadual, definidos em lei complementar.

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CAPTULO II IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA Seo I Fato Gerador Art. 114. O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana tem como fato gerador propriedade, o domnio til ou a posse de bem imvel por natureza ou por acesso fsica como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Municpio. 1 Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal, que fixa o permetro urbano contnuo e descontnuo, observado o requisito mnimo da existncia de melhoramentos indicados em pelo menos dois dos incisos seguintes, constitudos ou mantidos pelo Poder Pblico: I meio-fio ou calamento, com canalizao de guas pluviais; II abastecimento de gua; III sistema de esgotos sanitrios; IV rede de iluminao pblica, com ou sem posteamento para distribuio domiciliar; V - escola primria ou posto de sade a uma distncia mxima de trs quilmetros do imvel considerado. 2 So consideradas urbanas as reas urbanizveis ou de expanso urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos rgos competentes, destinados habitao, indstria ou ao comrcio, ao lazer, recreio ou de outros servios, mesmo que localizadas fora das zonas definidas nos termos do pargrafo anterior, em que existam os melhoramentos indicados no pargrafo anterior. Art. 115. A incidncia, sem prejuzo das cominaes cabveis, independe do cumprimento de quaisquer exigncias legais, regulamentares ou administrativas. Art. 116. Considera-se ocorrido o fato gerador em 1 de janeiro, exceto: I na data da expedio do Decreto de aprovao, no caso de loteamento novo; II na data da concesso do habite-se, nos casos de condomnios residenciais ou comerciais. Pargrafo nico. Nas hipteses dos incisos I e II deste artigo, o valor do imposto ser proporcional aos duodcimos que faltarem para o encerramento do exerccio. Seo II Base de Clculo

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Art. 117. A base de clculo do Imposto o valor venal do imvel, apurado e atualizado, anualmente, com fundamento na planta genrica de valores imobiliria. Pargrafo nico. Na determinao da base de clculo, no considera: I - o valor dos bens mveis mantidos, em carter permanente ou temporrio no imvel, para efeito de sua utilizao, explorao, aformoseamento ou comodidade; II - as vinculaes restritivas de direito de propriedade e o estado de comunho. Art. 118. A Planta Genrica de Valores Imobilirios dever ser aprovada anualmente, pela Cmara Municipal. Art. 119. A Planta Genrica de Valores Imobilirios referida no artigo anterior ser elaborada e revista, anualmente, por comisso prpria composta de at 7 (sete) membros, a ser constituda pelo Chefe do Poder Executivo. 1 O projeto de lei contendo a Planta Genrica de Valores Imobilirios, dever ser encaminhado Cmara Municipal, pelo Executivo, at 90 (noventa) dias antes do trmino do ano legislativo. 2 No sendo encaminhado o projeto de lei at a data estabelecida no pargrafo anterior, perde o Poder Executivo o direito de atualizar os valores venais dos imveis, vigorando-se para o ano seguinte os mesmos valores vigentes no ano anterior, reajustados, por ato do Executivo, somente pelo percentual da inflao acumulada dos 12 (doze) meses imediatamente anteriores. Seo III Abatimento da Base de Clculo Art. 120. Ser concedido abatimento de 10% (dez por cento) no valor da base de clculo do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, individualmente para cada imvel, independentemente de ser o seu contribuinte pessoa fsica ou jurdica, quando a edificao obedecer a projeto de arquitetura devidamente aprovado e licenciado pelo rgo competente municipal e possuir o termo de habite-se, devidamente averbado. Pargrafo nico. Para efeito do abatimento, ser considerada a informao constante do Cadastro Imobilirio at o dia 30 de novembro do exerccio anterior ao lanamento do Imposto, cabendo ao contribuinte a responsabilidade de sua comprovao. Seo IV Clculo do Imposto Art. 121. O Imposto ser calculado aplicando-se as seguintes alquotas sobre o valor da base de clculo:37

I - para os imveis edificados 0,5% (cinco dcimos por cento); II - para os imveis no edificados 1,0% (um inteiro por cento) 1 O imvel no edificado considerado na lei do Plano Diretor, como improcedente sua finalidade social, nos termos dos artigos 6 e 7 da Lei Federal n 10.257/01 Estatuto da Cidade, ter sua alquota progressiva, a partir do ano seguinte ao da vigncia deste Cdigo, e a cada exerccio ser acrescida, em 100% (cem por cento), at o limite mximo de 15% (quinze por cento) de seu valor venal. 2 A alquota voltar a ser a constante do caput deste artigo, no ano seguinte ao da adequao do imvel sua finalidade social. Seo V Sujeito Passivo Art. 122. Contribuinte do Imposto o proprietrio do imvel, o titular do seu domnio til ou o seu possuidor a qualquer ttulo. 1 Conforme conceitua a Lei Civil: I proprietrio possuidor do ttulo de propriedade, devidamente registrado, e do domnio direto ou eminente do imvel; II titular do seu domnio til o possuidor dos poderes de uso, gozo e disposio do imvel, outorgado pelo seu proprietrio, no configurando, entretanto, o titular do domnio eminente; III possuidor a qualquer ttulo todo aquele que tem de fato o exerccio, pleno ou no, de algum dos poderes inerentes propriedade, situando-se dentre estes o compromissrio comprador, o proprietrio de cota do terreno de condomnio horizontal e o possuidor do seu usufruto. 2 Extende-se o conceito de contribuinte do Imposto ao titular do direito de construir, de que dispe o artigo 1.369 do Cdigo Civil. Seo VI Lanamento Art. 123. O lanamento do imposto anual e ser feito um para cada imvel com economia independente, com base nos elementos existentes no Cadastro Imobilirio. Art. 124. No caso de condomnio, figurar o lanamento em nome do contribuinte correspondente a cada uma das unidades econmicas independentes, na proporo de sua parte e, sendo esses desconhecidos em nome do condomnio. 1 Quando se tratar de loteamento figurar o lanamento em nome de seu proprietrio, at que seja outorgada e registrada a escritura definitiva da unidade vendida.38

2 Equivale-se a escritura, para efeito do disposto no pargrafo anterior, o contrato de compromisso de compra e venda ou de cesso de direito, devidamente averbado no Cartrio de Registro de Imveis. 3 Verificando-se o registro de que tratam os pargrafos anteriores, os lotes vendidos ou compromissados sero lanados em nome do comprador ou do compromissrio comprador, no exerccio subseqente ao que se verificar a modificao no Cadastro Imobilirio. 4 Quando o imvel estiver sujeito a inventrio, figurar o lanamento em nome do esplio e, feita a partilha, ser transferido para os nomes dos sucessores, os quais se obrigam a promover a transferncia perante o Cadastro Imobilirio do Municpio, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da partilha ou da adjudicao. 5 Os imveis pertencentes a esplio, cujo inventrio, esteja sobrestado, sero lanados em nome do mesmo, o qual responder pelo tributo at que, julgado o inventrio se faam s necessrias modificaes. 6 O lanamento do imvel pertencente massa falida ou sociedade em liquidao, ser feito em nome das mesmas, mas a notificao ser endereada aos seus representantes legais, anotando-se os nomes e endereos nos registros. Art. 125. Considera-se regularmente efetuado o lanamento com a entrega da notificao a qualquer dos contribuintes indicados no artigo 122 ou a seus prepostos, familiares ou empregados, pessoalmente ou por via postal registrada. 1 Equivale-se notificao, o prprio talo ou boleto para pagamento do imposto. 2 Comprovada a impossibilidade em duas tentativas, de entrega da notificao a qualquer das pessoas referidas neste artigo, ou no caso de recusa de seu recebimento por parte daquelas, a notificao far-se- por edital, na forma deste Cdigo e do Cdigo de Processo Civil. 3 O edital poder contemplar a notificao para todos os contribuintes que se encontram na situao prevista no pargrafo anterior, desde que faa constar os dados individualizados de cada imvel. Seo VII Pagamento

Art. 126. O imposto ser pago de uma s vez ou parceladamente, na forma, local e no prazo previsto na notificao.

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Pargrafo nico. O calendrio fiscal a ser aprovado anualmente por Ato do Poder Executivo, fixar, dentro do limite da lei, o desconto a que ter direito o contribuinte que optar pelo pagamento do imposto em quota nica. Seo VIII Reviso de Lanamento Art. 127. O lanamento, regularmente efetuado e aps notificado ao sujeito passivo, s poder ser alterado em virtude de: I - iniciativa de ofcio da autoridade lanadora, quando se comprove que no lanamento ocorreu erro na apreciao dos fatos, omisses ou falha da autoridade que o efetuou ou quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no provado por ocasio do lanamento; II - deferimento, pela autoridade administrativa, de reclamao ou impugnao do sujeito passivo, em processo regular, obedecidas s normas processuais previstas neste Cdigo. Art. 128. Far-se- ainda reviso de lanamento sempre que se verificar erro na identificao do imvel ou na fixao do valor venal, ainda que os elementos indutivos dessa fixao hajam sido apurados diretamente por servidores pblicos. Art. 129. Uma vez revisto o lanamento com obedincia s normas e exigncias previstas nos artigos anteriores, ser reaberto prazo para pagamento de 20 (vinte) dias ao sujeito passivo. Seo IX Reclamao Contra o Lanamento

Art. 130. A reclamao ser apresentada no rgo competente em requerimento escrito, obedecidas s formalidades regulamentares e assinada pelo prprio contribuinte ou por quem dele fizer s vezes ou ainda por procurador legalmente constitudo, observando-se o prazo de 20 (vinte) dias, contados da cincia da notificao de que trata o art. 125, deste Cdigo. 1 Do requerimento ser dado recibo ao reclamante. 2 Se o imvel a que se referir a reclamao estiver com os dados incompletos no Cadastro Imobilirio, a autoridade administrativa intimar o reclamante para proceder a sua atualizao, no prazo de 08 (oito) dias, esgotado o qual, sem cumprimento, ser o processo indeferido e arquivado. 3 Na hiptese do pargrafo anterior, no caber pedido de reconsiderao ao despacho que houver sido indeferida a reclamao. 4 A reclamao contra o lanamento ser julgada pelas instncias administrativas, nas formas e condies estabelecidas neste Cdigo, inclusive quanto aos prazos e recursos.

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Art. 131. A reclamao, apresentada dentro do prazo previsto no artigo anterior ter efeito suspensivo quando: I - houver engano quanto ao sujeito passivo; II - existir erro quanto base de clculo ou do prprio clculo. Pargrafo nico. O contribuinte que tiver sua reclamao indeferida responder pelo pagamento de multas e outras penalidades j incidentes sobre o tributo. Seo X Cadastro Imobilirio

Art. 132. Todos os imveis, inclusive os que gozam de imunidade ou iseno, situados na zona urbana do Municpio como definida neste Cdigo, devero ser inscritos pelo contribuinte ou responsvel no Cadastro Imobilirio. Art. 133. Tratando-se de imvel pertencente ao poder pblico, a inscrio ser feita, de ofcio, pela autoridade responsvel pelo Cadastro. Art. 134. A inscrio dos imveis que se encontrarem nas situaes previstas nos pargrafos 4, 5 e 6 do artigo 124 ser feita pelo inventariante, sndico ou liquidante conforme o caso. Art. 135. A fim de efetivar a inscrio no Cadastro Imobilirio o responsvel obrigado a comparecer ao rgo cadastrador do Municpio, munido de ttulo de propriedade ou outro documento equivalente, para as necessrias anotaes. Art. 136. Em caso de litgio sobre o domnio do imvel, a ficha de inscrio mencionar tal circunstncia, bem como os nomes dos litigantes e dos possuidores do imvel, a natureza do feito, o juzo e cartrio por onde correr a ao. Pargrafo nico. Incluem-se tambm, na situao prevista neste artigo, o esplio, a massa falida, e as sociedades em liquidao. Art. 137. Tratando-se de rea loteada ou remanejada, cujo loteamento ou remanejamento houver sido licenciado pela administrao municipal, fica o responsvel obrigado, alm da apresentao do ttulo de propriedade, a entregar ao rgo cadastrador uma planta completa, em escala que permita a anotao dos desdobramentos, logradouros, das quadras e dos lotes, rea total, reas cedidas ao patrimnio municipal, as reas compromissadas e as reas alienadas, com as suas respectivas matrculas junto ao Cartrio de Registro de Imveis. Art. 138. Devero ser obrigatoriamente comunicadas ao rgo cadastrador, no prazo de 30 (trinta) dias, todas as ocorrncias verificadas com relao ao imvel, que possam afetar a base de clculo e41

a identificao do sujeito passivo da obrigao tributria. Art. 139. Os Cartrios de Registro de Imveis ficam obrigados a exigir, sob pena de responsabilidade na forma do artigo 134, do Cdigo Tributrio Nacional, certido negativa do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, para efeito de lavratura do instrumento de transferncia ou venda do imvel, bem como, enviar ao rgo cadastrador municipal, relao mensal dos imveis transferidos, para as devidas anotaes no Cadastro Imobilirio do novo ttulo de propriedade. Pargrafo nico. A relao de que trata este artigo dever ser remetida at o 10 (dcimo) dia do ms subseqente ao evento. Seo XI Penalidades Art. 140. Pelo descumprimento de normas constantes do Captulo II, do Ttulo II deste Cdigo, sero aplicadas as seguintes multas, relativas ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana: I - 0,05% (cinco centsimos por cento) do valor do imposto, por dia acumulativo de atraso, quando pago fora dos prazos regulamentares, at o limite de 15% (quinze por cento); II - 25 (vinte e cinco) vezes a Unidade de Referncia Fiscal do Municpio - URFM, aos que deixarem de proceder o cadastramento como previsto nos arts. 132 e 134, deste Cdigo. III - 30 (trinta) vezes a Unidade de Referncia Fiscal do Municpio - URFM, aos que deixarem de proceder inscrio ou comunicao de que tratam os artigos 137, 138 e 139 deste Cdigo. Art. 141. As alquotas fixadas pelo artigo 121 deste Cdigo sero acrescidas de 25% (vinte e cinco por cento), quando o imvel, situado em logradouro pavimentado, dotado de meio-fio, no dispuser de calada. Pargrafo nico. A penalidade prevista neste artigo ser imposta automaticamente, no ato do lanamento do tributo, a partir do exerccio seguinte ao de vigncia deste Cdigo, prazo em que todos os contribuintes infratores devero ser notificados. Art. 142. Os dbitos no pagos nos prazos regulamentares ficam acrescidos de multa diria prevista no inciso I do art. 140 deste Cdigo, dos juros moratrios de 1% (um por cento) ao ms, contado a partir do ms seguinte ao de vencimento e ainda de atualizao monetria com base no IPCA ndice de Preo ao Consumidor Amplo, da Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE. Seo XII Disposies Especiais Art. 143. O imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana constitui nus real e acompanha o imvel em todos os casos de transmisso da propriedade ou de direitos reais a ele relativos.

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Art. 144. O Executivo Municipal, atendendo a condio prpria de determinado bairro e ou setor da zona urbana ou a fatores supervenientes aos critrios de avaliao j fixados, poder reduzir em at 25%