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Proibida reprodução deste material em parte ou no todo, propriedade do CIP – Lei n° 9.610 1 APRESENTAÇÃO Caro Aluno, Você está recebendo um material inovador, designer ousado, elaborado para fornecer subsídios que o auxiliem a completar seus estudos. Neste volume, encontrará os assuntos correspondentes a História 1ª Série do Ensino Médio. Os conteúdos selecionados permitem que você desenvolva competências que o conduzam a: ! Ser capaz de continuar aprendendo; ! Preparar-se para o trabalho; ! Desenvolver o senso crítico e estético; ! Inferir a teoria a partir da prática. Abra, leia, aproveite e vença todos os obstáculos, pois o sucesso vai depender de seu esforço pessoal, logo: VocŒ precisa ler todo material de ensino; VocŒ deve realizar todas as atividades propostas VocŒ precisa organiza-se para estudar. Nesse contexto, Göethe recomenda: “Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar, você pode começar. A coragem contém em si mesma o poder, o gênio e a magia”. Bom Estudo! Equipe do Polivalente COLÉGIO INTEGRADO POLIVALENTE Qualidade na Arte de Ensinar

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HISTÓRIA

ENSINO MÉDIO I

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APRESENTAÇÃO

Caro Aluno,

Você está recebendo um material inovador, designer ousado, elaborado para fornecer

subsídios que o auxiliem a completar seus estudos. Neste volume, encontrará os assuntos

correspondentes a História 1ª Série do Ensino Médio.

Os conteúdos selecionados permitem que você desenvolva competências que o conduzam

a:

! Ser capaz de continuar aprendendo;

! Preparar-se para o trabalho;

! Desenvolver o senso crítico e estético;

! Inferir a teoria a partir da prática.

Abra, leia, aproveite e vença todos os obstáculos, pois o sucesso vai depender de seu

esforço pessoal, logo:

• Você precisa ler todo material de ensino; • Você deve realizar todas as atividades propostas • Você precisa organiza-se para estudar.

Nesse contexto, Göethe recomenda: “Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar,

você pode começar. A coragem contém em si mesma o poder, o gênio e a magia”.

Bom Estudo! Equipe do Polivalente

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 1 SUMÁRIO ....................................................................................................... 2 INTRODUÇÃO................................................................................................. 3 OS PRIMÓRDIOS DA CIVILIZAÇÃO ................................................................ 4

EVOLUÇÃO BIOLOGICA DO HOMEM............................................................................................... 4 EVOLUÇÃO CULTURAL DO HOMEM................................................................................................. 5 TEORIAS SOBRE A ORIGEM DO HOMEM DOS ANTEPASSADOS AO HOMEM ATUAL ......................... 5 PRÉ-HISTÓRIA.............................................................................................................................. 5

EXERCÍCIOS ............................................................................................................................. 7 TESTES ..................................................................................................................................... 8

AS CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE I ........................................................... 9 O EGITO ........................................................................................................................................ 9 INDÚSTRIA E COMÉRCIO ............................................................................................................ 10 CIVILIZAÇÕES MESOPOTÂMICAS ................................................................................................ 12 OS HEBREUS ............................................................................................................................... 12

EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 14 TESTES ................................................................................................................................... 15

AS CIVILIZAÇÕES DA ANTIGÜIDADE ........................................................... 17 OS FENICIOS............................................................................................................................... 17 OS GREGOS ................................................................................................................................. 17 ATENAS....................................................................................................................................... 19 GUERRAS GREGAS....................................................................................................................... 20

EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 21 TESTES ................................................................................................................................... 22

AS CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE III...................................................... 24 A MACEDÔNIA............................................................................................................................. 24 CIVILIZAÇÃO HELENÍSTICA ........................................................................................................ 25 OS ROMANOS .............................................................................................................................. 25 ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA SOCIAL E POLÍTICA........................................................................ 25 O IMPÉRIO ROMANO................................................................................................................... 29

EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 31 TESTES........................................................................................................................................ 32

GLOSSÁRIO.................................................................................................. 34 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 35

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INTRODUÇÃO

Você esta recebendo o módulo de História relativo ao Ensino Médio. Você terá contato

com teorias importantes que vão proporcionar um desempenho eficiente durante o seu Curso.

Este material didático foi produzido pela Equipe do Colégio Polivalente, como uma

contribuição que orientará a Educação de Jovens e Adultos, terceiro segmento, constituídos de 1ª, 2ª

e 3ª séries do Ensino Médio.

Nossa linha de trabalho abre um caminho atraente e seguro pelas seqüências das

atividades – leitura, interpretação, reflexão – e por fazer com que o aluno aprenda aliando a teoria à

pratica. Nessa busca temos aprendido que desenvolvemos competências quando vamos além daquilo que

é esperado de um aluno, quando fazemos, mais do que apenas cumprir com o nosso dever.

Foi assim que nos tornamos pioneiros com iniciativas como a “Educação a Distância”,

alternativa que aparece como solução para aqueles que buscam conhecimento acadêmico, não tiveram

acesso à educação na época certa, e têm pouca disponibilidade de tempo.

Para viabilizar iniciativas como essa não bastou uma decisão do Polivalente. Contamos

com a colaboração de muitos profissionais, trazendo informações, visões, experiências, tecnologias, todos

com o objetivo em comum: a coragem de mudar na busca de um ensino de qualidade.

A coordenação e Tutores/Professores irá acompanhá-lo em todo o seu percurso de

estudo, onde as suas dúvidas serão sanadas, bastando para isso acessar o nosso site:

www.colegiopolivalente.com.br.

Equipe Polivalente

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OS PRIMÓRDIOS DA CIVILIZAÇÃO

EVOLUÇÃO BIOLOGICA DO HOMEM

A precariedade de informações limita o conhecimento da origem do homem. As primeiras pesquisas datam do final do séc. XIX; e muitas descobertas de restos humanos ocorrem de modo casual, nem sempre realizadas por especialistas. Até bem pouco tempo, acreditava-se que as primeiras sociedades se formaram a partir do desenvolvimento de um grupo que, depois de se estabelecer em uma região de clima favorável, irradiou-se em ondas sucessivas de migrações até às mais remotas partes. Mas a descoberta de traços culturais comuns em grupos afastados, demonstra que provavelmente, apareceram vários deles em regiões diferentes. De modo geral, dizemos que há um tronco comum no qual se originam os grandes macacos (Pongidae) e os Homens (Hominidae). Em determinado momento da evolução, os dois grupos se separaram; e cada um apresentou sua evolução própria. Os Pongidae assumiram a forma do gorila, chimpanzé e orangotango; os Hominidae (ou Hominídeos), a forma do atual Homo sapiens.

O AUSTRALOPITHECUS O hominídeo mais antigo que se conhece é o Australopithecus, encontrado na África do Sul. Estudos revelaram que viveu entre 1 milhão e 600.000 anos a.C. Apesar do crânio pequeno, possuía traços característicos dos Hominídeos,

como a forma dos dentes; era bípede! e tinha postura ereta.

O HOMO HABILIS E O PITHECANTHROPUS ERECTUS

O Homo habilis viveu há cerca de 2.500.000 anos e foi contemporâneo do Australopithecus, mas com capacidade craniana

! bípede-que tem dois pés.

ampliada. Além das raízes e sementes incluiu carne em sua alimentação, o que provocou alterações em sua arcada! dentária. Segue-se o terceiro tipo de hominídeo, o Pithecanthropus erectus, que deve ter vivido entre 500.000 e 200.000 anos a.C. O Homo erectus, como hoje se denomina, possuía maxilares maciços e dentes grandes, cérebro maior que o do tipo anterior e membros mais bem adaptados à postura ereta. Dentre os exemplares mais conhecidos deste tipo, destacamos:

JAVANTROPO

Encontrado em Java. Tinha ossos da testa muito pronunciados, no máximo 1,5 metros de altura e deve ter passado a maior parte da existência no chão, e não nas árvores.

! arcada-abertura em arco.

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SINANTROPO

Descoberto na China, daí ser também conhecido como Homo Pekinensis (Homem de Pequim). Junto do esqueleto havia grande quantidade de materiais, como facas, raspadores e pontas, o que demonstra elevado estágio de desenvolvimento.

PALEANTROPO

Ou Homo Heidelbergensis (Homem de Heidelberg). A robustez dos ossos e a falta de queixo poderiam indicar que se trata da mandíbula !de um macaco; mas o fato de não apresentar caninos salientes prova que pertencia aos Hominídeos.

O HOMO NEANDERTHALSENSIS

Encontrado em Neanderthal, Alemanha. Houve descobertas semelhantes na França, Iugoslávia, Palestina e África do Sul. Deve ter existido entre 120 000 e 50 000 a.C. Este hominídeo se caracterizava por acentuado

desenvolvimento das margens superiores das órbitas, testa fugidia!, maxilares maciços e sem queixo e aspecto anguloso na região occipital!; capacidade craniana elevada. Já vivia em cavernas e deixou inúmeros traços de sua existência.

O CRO-MAGNON Com o homem de Cro-Magnon atinge-se o Homo sapiens. O homem chegou a esse estágio de desenvolvimento por volta de 40.000 a.C. Bem diferente dos anteriores, o homem de Cro-Magnon era alto, possuía membros retos e peito amplo; fronte mais alta, queixo arredondado. Sua grande capacidade craniana demonstrava elevado grau de inteligência, o que provou através do aperfeiçoamento da arte, da magia e da vida social. As fases da evolução que precederam o Australopithecus ainda são desconhecidas. Quando e onde a elevação dos Hominídeos se separou dos Pongidae, tomando-se independente, só se saberá com a localização de mais material fóssil.

EVOLUÇÃO CULTURAL DO HOMEM

Devido a critérios de valores que levam em consideração o estágio de desenvolvimento de cada exemplar dos Hominídeos, surgiram as ! mandíbula-maxilar inferior. ! fugidia-impalpável. ! occipital-constitutivo da face póstero-inferior do crânio.

classificações de selvageria, barbárie !e civilização. Civilização seria posterior à escrita; selvageria e barbárie, características dos homens da Pré-história. Estes teriam formado comunidades e não sociedades, típicas da civilização; teriam tido cultura e não civilização. Civilização seria um estágio mais complexo da evolução dos Hominídeos, no qual a cultura é apenas um dos seus elementos, além do econômico, social e político. Tal visão apresenta dois defeitos básicos:

• Pretende que a civilização em que vivemos seja o modelo em função do qual se deva julgar todos os outros estágios da evolução;

• Pressupõe que todos os povos da Pré-

história tivessem passado pelas mesmas etapas, o que não corresponde aos documentos históricos encontrados.

Cada povo tem sua própria cultura e

civilização, que devem ser compreendidas no seu momento histórico exato; do contrário, não estaríamos fazendo História, mas tentando demonstrar a superioridade da civilização ocidental.

TEORIAS SOBRE A ORIGEM DO HOMEM DOS

ANTEPASSADOS AO HOMEM ATUAL Segundo as teorias mais aceitas, a Terra surgiu há cerca de 5 bilhões de anos; a vida na Terra há 3 bilhões de anos, e o aparecimento do Homem, há 1,5 milhão de anos. O ancestral mais antigo do homem foi o “Australopithecus” (África). No processo de evolução surgiram o “Pithecantropus erectus” (Java). O “Homem de Neanderthal” (Alemanha) e o “Homo sapiens” (França), ou seja, o Homem atual. O trabalho (a ação do homem sobre a natureza) desempenhou um papel importante no processo de “humanização” da espécie. A posição ereta fez com que o primata! pudesse usar cada vez mais a mão, e o cérebro sofresse maior dilatação, passando a processar melhor as funções cerebrais. Assim, o Homem foi se fazendo mais Homem.

PRÉ-HISTÓRIA

A Pré-história é o período anterior ao aparecimento da escrita, por volta de 4.000 a.C. Seu estudo depende da análise de documentos não-escritos, como restos de armas, utensílios, pinturas e desenhos. O gênero Homo apareceu entre 4 e 1 milhão de anos a.C. Os estudiosos costumam distinguir três etapas na evolução do homem pré-histórico: a) Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada

• Paleolítico Inferior ! barbárie-estado ou condição de bárbaro, selvageria. ! primata-o homem.

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500.000 – 30 000 a.C • Paleolítico Superior • 30.000 – 8.000 a.C

b) Neolítica ou N ova Idade da Pedra:

8.000 – 5.000 a.C

c) Idade dos Metais 5.000 – 4.000 a.C A divisão baseia-se numa visão

evolucionista do processo histórico. Mas, numerosos investigadores da história, contestam tal visão. Afirmam que existe grande diversidade cultural entre os grupos humanos e que, diante de determinado problema, cada homem se organiza de um modo, o que resulta em culturas diferentes. Assim, as várias etapas podem ter ocorrido num mesmo momento. De fato, certos agrupamentos humanos podem ter acelerado um dos estágios e praticamente queimado um deles. As sociedades tribais que existem hoje, não se assemelham em nada às antigas. Isso mostra que elas percorreram caminhos diferentes, transformando-se segundo direções e formas diferentes.

O PALEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA LASCADA (500 000 – 8 000 a.C.) O Paleolítico se divide em Inferior e

Superior.

Paleolítico inferior (500.000 – 30.000 a.C)

É o período mais extenso, ao fim do qual surge a Homo sapiens. A baixa temperatura obrigava o homem a viver em cavernas. Sem conhecer a agricultura e a criação de animais, ele se alimentava da caça, pesca e coleta de frutos, o que o obrigava a uma vida nômade!. Uma descoberta decisiva foi o fogo. Os instrumentos eram, inicialmente, de osso e madeira depois pedra e marfim. O homem também usava um machado de pedra afiada. Com lascas, fabricava facas e outros instrumentos pontiagudos. Por isso o período também se chama Idade da Pedra Lascada.

! nômade-que não tem habitação fixa.

Paleolítico Superior (30 000 – 8 000 a.C.) Um resfriamento intenso, a quarta glaciação, cobriu de gelo o norte da Europa. O homem já era o homem de Cro-Magnon, isto é, o homem propriamente dito, que caçava animais grandes, como mamutes! e renas, com armadilhas. Aparecem novos objetos, como arpões !e agulhas. O longo isolamento por causa do frio, aliado a uma inteligência mais apurada, permitiu o nascimento da arte, com representações de cenas de caça nas paredes das cavernas.

O NEOLÍTICO OU NOVA IDADE DA PEDRA (8.000 –5.000 a.C)

Novas modificações climáticas alteraram a vegetação. O gelo recuou e, junto com ele, sua fauna. Centro e norte da Europa tornam-se temperados. O norte da África fica ressequido! e a região do Saara se transforma num deserto. Homens e animais procuram as margens dos rios. Aumentam as dificuldades para caçar. Tais fatos contribuem para a sedentarização e o desenvolvimento da agricultura, com o plantio de trigo, cevada e aveia. O homem domestica alguns animais e torna-se criador de gado e pastor de ovelhas. Surgem os primeiros aglomerados urbanos, com finalidade principalmente defensiva; por isso, são cercados de fossos e paliçadas!. Nos lagos, o homem passou a construir suas casas sobre estacas, as palafitas. Para armazenar cereais, fazia potes de barro, dando origem à cerâmica. Fabricou os primeiros tecidos de lã e linho, em substituição aos trajes de peles. O período também se chama idade da Pedra Polida, porque a pedra depois de lascada, era esfregada no chão ou na areia, até tornar-se polida. Apareceram os primeiros trabalhos em metais pouco duros, como cobre e ouro. Começaram as viagens por terra e por mar. Desenvolveu-se a cultura dolmênica. Sua manifestação consistia em grandes monumentos funerários, formados por uma extensa pedra chata, colocada sobre duas outras verticais. O conjunto repousava sobre uma laje, sob a qual se colocava o morto com seus pertences. Havia também os monumentos megalíticos!: simples pedras fincadas no chão, os menires, o monumento se chama cromelech quando as pedras se dispõem em fileiras em torno de um dólmem. A construção desses monumentos exigia uma complexa organização social.

! mamutes-elefante fóssil que viveu na Europa e Ásia na era quartenária. ! arpões-fisga grande de aferrar peixes ou cetáceos; arma indiana. ! ressequido-seco; mirrado. ! paliçadas-estacada defensiva. ! megalíticos-monumentos pré-historicos, feitos de grandes blocos de pedras.

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Estamos falando da chamada comunidade primitiva. O solo pertencia a todos. A comunidade se baseava nos laços de sangue, idioma e costumes. A economia se baseava na exploração da natureza. Iniciava-se a transformação da natureza pelo homem. A evolução dessas comunidades esteve ligada ao desenvolvimento de novas formas de produção – agricultura, criação de gado, artesanato; e processou-se em duas direções: no sentido da extensão da posse e da propriedade individual dos bens e no sentido da transformação das antigas relações familiares.

A IDADE DOS METAIS (5.000 – 4.000 A.C) O primeiro metal a ser fundido foi o cobre,

graças a sua pouca dureza. Seguiu-se o estranho, o que permitiu a obtenção do bronze, resultante da liga dos dois primeiros. Por volta de 3000 a.C, produzia-se bronze no Egito e na Mesopotâmia. Introduzido em Creta, passou à Grécia e chegou à Península Ibérica cerca de 2500 a.C.

A metalurgia do ferro é posterior. Tem início apenas por volta de 1500 a.C., na Ásia Menor. Sendo o minério mais difícil de extrair e de ser trabalhado, difundiu-se lentamente. Mas, devido à sua superioridade para a fabricação de armamentos, o ferro contribuiu decisivamente para a supremacia dos povos que souberam aperfeiçoa-lo com esta finalidade.

EXERCÍCIOS 01. Assinale a alternativa correta: b) O surgimento da escrita determina o fim da

Idade Antiga. c) Os povos pré-históricos eram hábeis

metalúrgicos. d) A revolução agrícola fixou o homem pré-

histórico nos vales dos grandes rios. e) No Paleolítico já existia a agricultura. f) O pensamento atual originou-se no Paleolítico. 02. Responda à questão abaixo: Qual a principal característica da pré-história? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

03. Assinale V para verdadeiro e F para falso: ( ) A idade da Pedra Lascada é caracterizada pelo

domínio da agricultura. ( ) A idade da Pedra Polida também é conhecida

por Período Neolítico. ( ) A idade dos Metais é marcada pela formação

das primeiras comunidades. ( ) A idade da Pedra Polida é conhecida pela caça,

coleta de frutos e raízes. 04. Responda à questão abaixo:

Por que numerosos investigadores da história contestam a visão evolucionista? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

05. Assinale a alternativa correta: a) De modo geral, dizemos que há um tronco

comum no qual se originam os grandes macacos e os homens. Em determinado momento da evolução, os dois grupos se separaram; e cada um apresentou sua evolução própria.

b) O Homo habilis não tem capacidade craniana ampliada.

c) O Homo erectus possuía maxilares maciços e dentes pequenos.

d) Existem povos inferiores e superiores. e) O ancestral mais antigo do homem é o Homo

sapiens. 06. Responda à questão abaixo:

Em quais fases se divide a pré-história? O que caracteriza cada fase? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

07. Assinale V ou F. ( ) O trabalho (a ação do homem sobre a

natureza) desempenhou um papel importante no processo de “humanização” da espécie.

( ) O longo isolamento no Paleolítico superior, por causa do frio, aliado a uma inteligência mais apurada permitiu o nascimento da arte.

( ) O primeiro metal a ser fundido foi o ouro, graças a sua pouca dureza. Junto com o estanho, obteve-se o bronze.

( ) O ferro difundiu-se rapidamente porque é fácil sua extração.

Amado Deus, ajuda-me a fazer o que puderpara ampliar o Teu reino e deixar o restoconTigo. Em nome de Jesus. Amém.

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TESTES 01. O que eram as “comunidades primitivas”? a) Organizações sociais igualitárias, onde todos

produziam e pagavam tributos a um soberano. b) Sociedades onde predominavam a propriedade

privada e o Estado centralizado. c) Grupos humanos onde predominava a

propriedade coletiva dos meios de produção e não havia um poder centralizado.

d) Sociedade onde predominava a desigualdade entre seus membros e inexistia um poder central.

e) Sociedades dominadas por um Estado teocrático, onde o soberano se dizia enviado dos deuses para governar.

04. As principais atividades econômicas das

comunidades primitivas eram: a) Caça, pesca e coleta. c) Agricultura e pecuária. d) Indústria e agricultura. e) Agricultura e artesanato. f) Caça, pesca e agricultura. 04. A sedentarização do ser humano só foi possível

graças: a) Ao desenvolvimento das atividades extrativas. b) Ao desenvolvimento das atividades agrícolas e

da pecuária. c) Ao desenvolvimento do artesanato. d) Ao desenvolvimento industrial. e) À construção de reservatórios de água que

favoreciam à agricultura. 04. Chamamos idade dos Metais o período Pré-

histórico que corresponde: a) Ao uso da pedra lascada. b) Ao uso da pedra polida. c) Ao desenvolvimento da metalurgia. d) Ao uso de instrumentos feitos de osso. e) Ao uso de instrumentos feitos de barro. 05. (FGV-SP)– A transição do Paleolítico Superior

para o Neolítico (entre 10000 a.C e 7000 a.C) foi acompanhada por algumas mudanças básicas para a humanidade. Entre essas, poderíamos citar:

a) O aparecimento da linguagem falada. b) A domesticação de animais e plantas, isto é, o

aparecimento da agricultura e do pastoreio. c) O aparecimento da magia e da arte. d) O povoamento de amplas áreas não povoadas,

como a Europa Central e Ocidental. e) O aparecimento de vários novos instrumentos,

como agulha de osso, os arpões, os anzóis, a machadinha, a lança e a faca.

06. (FUVEST-SP) – Sobre o surgimento da agricultura – e seu uso intensivo pelo homem – pode-se afirmar que:

a) Foi posterior, no tempo, ao aparecimento do Estado e da escrita.

b) Ocorreu no Oriente Próximo (Egito e Mesopotâmia) e daí se difundiu para a Ásia (Índia e China), Europa e, a partir desta, para a América.

c) Como tantas outras invenções, teve origem na China, donde se difundiu até atingir a Europa e, por último, a América.

d) Ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente Próximo (Egito e Mesopotâmia), na Ásia (Índia e China) e na América (México e Peru).

07. Das alternativas abaixo, quais estão corretas? 01) A divisão da Pré-História baseia-se na grande

diversidade cultural entre os povos. 02) No Paleolítico Superior ocorreu a sedentarização

do homem. 04) Os critérios de valores consideram o estágio de

desenvolvimento de cada exemplar dos Hominídeos.

08) Neanderthal e Cro-Magnon foram locais de descoberta dos fósseis de hominídeos.

16) O Homo-erectus é a espécie atual de hominídeos.

08. Complete a frase, utilizando a alternativa

correta: “O primeiro metal a ser fundido foi o ____________ graças a sua pouca dureza.”

a) Ferro b) Bronze c) Cobre d) Ouro. 09. “A comunidade primitiva se baseava nos laços

de sangue, idioma e costumes.” A que período da Pré-História se refere a afirmação acima?

a) Paleolítico Inferior. b) Neolítico. c) Idade dos Metais. d) Paleolítico Superior.

Obrigado, Senhor, pela Tua Palavrae pelo Teu cuidado diário para comtodos nós. Em nome de Jesus.Amém.

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AS CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE I

O EGITO

EVOLUÇÃO POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA

O problema da água sempre foi vital para os povos do Oriente Médio, onde predominam planaltos e montanhas, o clima é seco e, em algumas partes, desértico. Nas férteis planícies do Egito e da Mesopotâmia desenvolveram-se civilizações agrícolas. Nas faixas costeiras do Mediterrâneo, predominaram civilizações marítimo-mercantis. A vida era mais difícil para os habitantes dos planaltos e das depressões que, entre Síria e Palestina, ligavam a Mesopotâmia ao Egito. Os povos do Oriente Médio pertenciam a várias origens. Havia dois grupos principais: os arianos!, ou indo-europeus, e os semitas!. Os arianos, provavelmente habitavam as planícies da Rússia. Dispersaram-se entre o segundo milênio e cerca de 1500 a.C. Os aqueus instalaram-se na Península Balsâmica; os hititas!, na Ásia Menor e no curso médio do Rio Eufrates; os medos !e os persas!, no Planalto do Irã. Os semitas deslocaram-se da Arábia e da Síria a partir do IV milênio a.C. Desse grupo faziam parte: assírios, hebreus e fenícios.

O EGITO ANTIGO

A civilização egípcia desenvolveu-se no nordeste da África, numa região caracterizada pela existência de desertos e pela vasta planície banhada pelo Rio Nilo. As nascentes do rio ficam onde hoje se encontram os limites da Etiópia, Sudão e Uganda.

! arianos- família lingüística indo-européia. ! semitas-família etnográfica e lingüística, que compreende os hebreus, os assírios, os aramaicos, os fenícios e os árabes; em sentido restrito, os judeus. ! hititas-povo da antiguidade que ocupou a Ásia Menor. ! medo-homem natural da antiga média. ! persas-habitante da Pérsia.

Na região, caem abundantes chuvas de junho a setembro, provocando as enchentes. Quando voltam ao normal, as águas deixam nas terras um limo ou húmus!, muito fértil. A vida girava em torno do ciclo de cheias e vazantes do Nilo, que os Egípcios consideravam um deus: a ele dirigiam, preces e cânticos. O rio divide o país em duas partes distintas: o Alto e o Baixo Egito.

O HOMEM A população misturava diferentes povos, com predominância de povo hamítico. Mais tarde outros, de origem semítica !e Núbia!. Os primeiros povoadores apareceram no Período Paleolítico, quando o clima era muito úmido. Os primeiros núcleos populacionais formaram-se com a estabilização do clima, no Neolítico. A história do povo egípcio era pouco conhecida até o início do século XIX, porque ainda não tinham sido decifrados os caracteres de sua escrita, os hieróglifos!. Em 1798, um oficial de Napoleão encontrou a pedra de Roseta, na cidade egípcia de mesmo nome. Era um fragmento de basalto com inscrições em hieróglifos, grego e outras duas linguagens egípcias mais conhecidas. Comparando os sinais, o arqueólogo francês Jean-François Champollion decifrou os hieróglifos em 1822. Uma das características da civilização egípcia foi seu isolamento, graças à localização do território, cercado de desertos. O isolamento permitiu o desenvolvimento de traços culturais razoavelmente homogêneos.

O ANTIGO IMPÉRIO (3200- 2200 A.C) A história do Egito começa quando as populações que viviam às margens do Nilo tornam-se sedentárias, formando comunidades dedicadas mais à agricultura que à caça ou à pesca. No IV milênio a.C., esses aglomerados evoluem para pequenas unidades políticas, chamadas nomos!. Da unificação dos 22 nomos existentes, formaram-se dois reinos, um no norte e outro no sul. Por volta de 3200 a.C., o faraó Menés (ou Narmer) unificou os dois reinos, com capital em Tínis, daí o período chamar-se tinita. Durou até 2800 a.C. Os sucessores de Menés organizaram uma monarquia poderosa, atribuindo-lhe origem divina. O soberano governava com poder absoluto, auxiliado por altos funcionários que administravam os nomos, agora em número de 42. Havia um

! húmus-matéria orgânica em decomposição, rica em elementos nutritivos para as plantas. ! semítica-relativo aos judeus. ! núbia-habitante da Núbia (África). ! hieróglifos-escrita ilegível. ! nomos-divisão territorial do antigo Egito.

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funcionário responsável pelo controle das inundações do Nilo e um arquiteto real. Foi a fase de maior prosperidade do Antigo Império. Entre 2700 e 2600 a.C., foram construídas as célebres pirâmides de Gizé, atribuídas aos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, da terceira dinastia, fundada por Djoser em cerca de 2850 a.C. A nova capital era Mênfis.

O MÉDIO IMPÉRIO (2000 – 1750 a.C.)

Depois de uma crise de autoridade, com ascensão dos monarcas, apoiados pela nobreza, os faraós reconquistaram o poder. Permitiram o ingresso de elementos das camadas inferiores no exército e, com isso, submeteram a Palestina, onde descobriram minas de cobre, e a Núbia, onde encontraram ouro. Os metais fortaleceram o Estado. Entre 1800 e 1700 a.C., chegam os hebreus, mas são os hicsos, vindos da Ásia, que vão criar as maiores dificuldades. Usam o cavalo e carros de combate, que os egípcios desconhecem. Dominaram o país e instalaram-se no delta de 1750 a 1580 a.C.

O NOVO IMPÉRIO (1580 – 1085 a.C.)

A expulsão dos hicsos, marca nova fase, de enorme desenvolvimento militar, a ponto de transformar o Egito em potência imperialista. O período começou sob o reinado de Amósis I e continuou com Tutmés I e Hatshepsut, regente durante a menoridade de Tutmés III. Hatshepsut foi a primeira egípcia a atribuir-se poderes de faraó. Mas foi Tutmés III que estendeu a dominação até o Rio Eufrates. No apogeu, Amenófis IV, casado com a rainha Nefertili, empreendeu uma revolução. Substitituiu o deus tradicional Amon-Rá por Áton, simbolizado pelo disco solar. A medida tinha também caráter político, pois Amenófis queria livrar-se dos sacerdotes. Ameólis os expulsou, construiu um templo em Hermópolis e passou a chamar-se Aquenáton: supremo sacerdote do novo deus. O sucessor, Tutancáton, restaurou o deus Amon e pôs fim à revolução. Mudou inclusive, o próprio nome para Tutancámon. Os faraós da dinastia da Ramsés II (1320-1232 a.C.) enfrentaram novos obstáculos, com a invasão dos hititas, vindos da Ásia Menor. O Império entrava em declínio, inimigo ameaçavam as fronteiras. Internamente, a resistência enfraquecia com a rivalidade entre o faraó e grandes senhores enriquecidos pela guerra. Por volta do século VII a.C., os assírios invadem o país. Em 525 a.C., o rei persa Cambises bate o faraó. Psamético III. A independência acabou. Nos séculos seguintes, os povos do Nilo seriam dominados pelos gregos e, finalmente, cairiam nas mãos do imperialismo romano, em 30 a.C.

ECONOMIA E PRODUÇÃO AGRÍCOLA O Nilo movia a economia. Alimentava milhares de pessoas numa área de 3000 quilômetros de comprimento por 15 quilômetros de largura. Garantia unidade à civilização egípcia. Mas dava trabalha, como a construção de diques e canais de irrigação, o que exigia um poder forte e centralizado. Assim, o Egito pode ser visto mais como país agrícola que mercantil. Funcionários mediam e demarcavam as propriedades. Impostos eram cobrados de acordo com o tamanho delas. Haviam descontos se a colheita fosse prejudicada por enchente excessiva. Trigo, cevada, legumes, papiro! e uvas eram as principais culturas. Também havia pomares. A pesca, a caça e a criação de animais complementavam os trabalhos da terra.

INDÚSTRIA E COMÉRCIO

As pirâmides permitem concluir que os egípcios dispunham de pedreiras bem organizadas. Jazidas de ouro entre o Nilo e o Mar Vermelho deram origem a uma diversificada indústria de ourivesaria. Fabricavam móveis, sarcófagos!, carros de guerra de madeira, armas de bronze. O comércio conheceu certo dinamismo, apesar da rígida hierarquia da sociedade, que dificultava a formação de uma classe mercantil. Do mar Mar Negro, da Núbia e da Síria vinham pedras preciosas, marfim, perfumes e madeira. Pagavam exportando cereais, vinho, óleos vegetais e papiro, internamente, era impossível realizar trocas, mas ouro e prata também funcionavam como moeda.

O SISTEMA ECONÔMICO

Podemos dizer que o sistema econômico era do tipo dirigido. O faraó encarregava-se de fornecer aumentos a todos. Os agricultores consideravam a terra como propriedade do faraó e a si mesmos como funcionários do Estado. Ficavam com uma parte muito pequena da produção. O trabalho em minas, pedreiras, fabricação de móveis e objetos de ouro também era dirigido por funcionários do faraó. Os trabalhadores, como os do campo, recebiam um pequeno pagamento, sob a forma de produtos. O dirigismo era conseqüência natural da geografia: o Estado precisava intervir para regularizar o uso das águas do Nilo. O coletivismo na agricultura estendeu-se aos demais setores. Em tal sistema, a iniciativa privada ficava prejudicada, dificultando o progresso técnico. O trabalho humano era usado até o máximo de sua capacidade. Pode-se enquadrar a economia egípcia no modo de produção asiático, em que coexistiam !comunidades caracterizadas pela propriedade coletiva do solo, e organizadas sobre as relações de ! papiro-planta utilizada pelos egípcios, na escrita. ! sarcófagos-sepulturas. ! coexistiam-existir simultaneamente.

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parentesco, e um poder estatal que representava a unidade verdadeira ou aparente dessas comunidades. Uma característica marcante era a ausência de propriedade privada do solo. A produção mais desenvolvida, no entanto, permitia que houvesse um excedente, o que implicava maior divisão do trabalho e separação entre agricultura e artesanato. A produção não era orientada para o mercado, o uso da moeda era limitado; em outras palavras, predominava a economia natural. O Estado, enquanto coordenava os trabalhos para o aproveitamento dos recursos naturais, tomava posse das terras. O proprietário delas era o faraó; as comunidades ficavam apenas com a posse e o direito de usufruto.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL, RELIGIOSA E CULTURAL

Isolados geograficamente, os egípcios criaram uma civilização original. A sociedade, intensamente marcada pela religião, era hierarquizada em camadas.

A HIERARQUIA SOCIAL

O faraó era considerado filho de Amon-Rá, o deus Sol, e encarnação de Horus, o deus falcão. Por isso, o governo do Antigo Egito é chamado de teocrático.! Parentes do faraó, altos funcionários do palácio, oficiais do exército, chefes administrativos e sacerdotes formavam a nobreza. Os sacerdotes exerciam considerável influência política e, no período do Novo Império, muitos deles tentaram tomar o poder. Os escribas formavam-se nas escolas do palácio e aprendiam a traçar os complicados caracteres da escrita, os hieróglifos. Os soldados não eram muito estimados pela população. Viviam dos produtos recebidos como pagamento e dos saques realizados durante as conquistas. A camada inferior da sociedade era composta de camponeses e artesãos. Deles dependia a prosperidade do país. Recebiam míseros pagamentos em forma de produtos, moravam em cabanas, vestiam-se pobremente e comiam pouco. Os escravos eram em geral, bem tratados. Os egípcios ofereciam segurança aos seus escravos, numerosos em tempos de guerra. ! teocrático-governo em que o poder reside na classe sacerdotal.

CRENÇAS E DEUSES Os egípcios eram politeístas!, isto é, adoravam vários deuses. E os deuses eram antropozoomórficos: apresentavam forma de homem e animal. A dependência das cheias do Rio Nilo, explica a deificação! da natureza.

A CRENÇA NA IMORTALIDADE Para os egípcios, a morte apenas separava o corpo da alma. A vida poderia durar eternamente, desde que a alma encontrasse no túmulo o corpo destinado a servir-lhe de moradia. Por isso, era preciso conservar o corpo. Com esta finalidade, os egípcios desenvolveram a técnica a mumificação. Os especialistas nesse trabalho eram muito bem pagos. Eles extraíam as vísceras e imergiam o corpo numa mistura de água e carbonato de sódio. Dentro do corpo, punham substâncias aromáticas, que evitavam a deterioração, como mirra e canela. Envolviam o corpo em faixas de pano, sobre as quais passavam uma cola especial para impedir o contado com o ar, e colocavam num sarcófago, para levá-lo a um túmulo. Segundo acreditavam os egípcios, agora Anúbis conduziria o morto até Osíris. Ele seria julgado na presença de 42 deuses. Seu coração, posto numa balança, deveria pesar menos que uma pena. Se fosse condenado, sua alma seria devorada por uma deusa com cabeça de crocodilo. Os túmulos variavam de simples covas a imensas pirâmides. Nobres e sacerdotes importantes eram sepultados nas mastabas, construções com câmaras subterrâneas. Os faraós tinham lugar reservado numa câmara secreta dentro das pirâmides.

ARTES E CIÊNCIAS As grandes manifestações da arquitetura egípcia foram os templos, as pirâmides, as mastabas e os hipogeus, túmulos subterrâneos cavados nas barrancas do Nilo, como no Vale dos Reis. A escultura também era predominantemente religiosa e atingiu o auge com os sarcófagos, de pedra ou madeira. Os artistas procuravam reproduzir as feições dos mortos, para ajudar a alma a encontrar o corpo. Chegavam a incrustar, nos olhos, pupilas de cristal ou esmalte branco. A pintura tinha função decorativa e retratava cenas do dia-a-dia, o que permite reconstituir o gênero de vida dos egípcios. Os estudos de Matemática e Geometria tinham finalidade prática: a construção civil. Os egípcios conheciam a raiz quadrada e as frações e chegaram a calcular a área do círculo e a do trapézio.

! politeístas-religião em que há pluralidade de deuses; paganismo. ! deificação-divinização.

Amado Deus, ajuda-nos a equilibrar aatividade com a comunhão, o louvor ea atenção. Em nome de Cristo.Amém.

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A preocupação com as cheias e vazantes do Nilo e com a natureza, estimulou-os a estudar Astronomia. Localizaram alguns planetas e constelações. Construíram um relógio de água e organizaram um calendário solar. Dividiram o dia em 24 horas e a hora em minutos, segundos e terços de segundo. Tinham semana de dez dias e mês de três semanas. O ano, de 365 dividia-se em estações agrárias: Cheia, Inverno e Verão. Na Medicina, os egípcios realizaram progressos razoáveis. Os médicos faziam operações até no crânio. Conheciam a circulação do sangue e as infecções dos olhos e dentes. Tantos conhecimentos chegaram a nós por meio da escrita egípcia. Havia três modalidades básicas: hieroglífica, a escrita sagrada dos túmulos e templos; hierática, uma simplificação da anterior; e demótica, a escrita popular, usada nos contratos redigidos pelos escribas. Em geral, os escritos se inspiravam em temas morais, poéticos ou religiosos, como o Texto das Pirâmides e o Livro dos Mortos. Conhece-se também alguns contos e uma literatura maliciosa, como A Sátira das Profissões, que mostra os inconvenientes de cada profissão. A cultura egípcia pouco tomou emprestada, mas pouco contribuiu para a evolução de outras. Condicionada pela singular situação geográfica em que se desenvolveu, a civilização do Nilo não podia ajustar-se ao meio ambiente de outras regiões. Foi uma cultura profundamente original.

O rosto do Faraó Tutancamon foi coberto com sua máscara mortuária, feita de puro ouro e decorada com pedras preciosas e vidro colorido.

CIVILIZAÇÕES MESOPOTÂMICAS Mesopotâmia é a região da bacia dos rios Tigre e Eufrates, no Oriente Médio. A região foi ocupada e disputada por vários povos, sendo os mais importantes; os sumários, os acádios, os assírios e os caldeus. A região sul foi dominada pelos caldeus, cuja capital era Babilônia. Daí terem fundado o 1º Império Caldeu ou 1º Império Babilônico. Nessa ocasião se destacou o rei Hamurábi, que fez uma

revisão no antigo “Código de Hamurábi”, ou “Lei do Talião” (Olho por olho, dente por dente...). Tal código influenciou quase todas as civilizações da Antigüidade. Segundo o Código de Hamurábi, o escravo que contestasse os direitos do seu senhor sobre sua pessoa, deveria ter uma orelha cortada. Com a decadência dos caldeus, os assírios, que habitavam o norte, dominaram a região e depois, formaram um vasto Império. Dominaram inclusive o Egito. Com a decadência do Império Assírio, os caldeus voltaram a dominar a região e formaram o 2º Império Babilônico. Dessa época, datam os famosos “jardins suspensos da Babilônia”. Foram, depois, conquistados pelos persas. Vivendo o modo de produção escravista, os povos da Mesopotâmia eram dominados pela classe dos guerreiros e dos sacerdotes, que detinham todos os poderes, eram os proprietários das terras e formavam uma casta privilegiada. No campo das ciências, os babilônios desenvolveram a Matemática (álgebra), a Astronomia (Zigurate = torre para observação dos astros) e a Medicina.

OS HEBREUS

A Bíblia é a principal fonte histórica para o estudo dos hebreus. Muito antes de se fixarem na Palestina, os hebreus eram nômades, viviam do pastoreio na Mesopotâmia. Deslocaram-se de Ur, na Caldéia, sob o comando de Abraão, o primeiro dos patriarcas. Depois de se instalarem na Palestina, quando foram governados por Abraão, Isaac e Jacó, deslocaram-

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se no governo destes para o Egito. Lá o povo se organizou em 12 tribos. Após um período de escravidão, conseguem voltar para a Palestina, sob a liderança de Moisés: foi o “êxodo”. Ao voltarem do Egito, os hebreus encontraram a Palestina ocupada por outros povos, principalmente os filisteus e os cananeus. Seguiu-se então, uma época de muitas lutas, cujos chefes guerreiros eram chamados de “Juízes” (Josué, Gedeão, Jefté, Sansão e Samuel). Devido às disputas de terras pelas 12 tribos, os hebreus optaram por adotar a realeza como forma de governo. Saul foi o primeiro rei. Seguiu-se o rei Davi, o unificador do reino com capital em Jerusalém e autor do livro “Salmos”. Seu sucessor foi Salomão, que promoveu forte centralização do poder, construiu o Templo de Jerusalém e revoltou o povo com sua política de aumento de impostos e de trabalhos forçados. Após Salomão, aconteceu o “Cisma! Hebraico”, com a divisão das tribos em dois reinos: o de Israel (conquistado pelos assírios) e o de Judá (mais tarde conquistado pelos babilônios – o “cativeiro da Babilônia” – e depois, pelos romanos). As lutas freqüentes contra os romanos culminaram com as revoltas de 70 e 135 d.C., quando então, os judeus foram expulsos da Palestina: a Diáspora!. A região hebraica deu os fundamentos do monoteísmo! ao mundo ocidental. Contida nas “Escrituras”, ela foi organizada por Moisés, nos primeiros 5 livros da Bíblia, principalmente no Deuteronômio. O Judaísmo ou Moseísmo, se fundamentou em idéias básicas como: • o mecanicismo: o Universo segue uma ordem mecânica, sem que haja transformação alguma; • o determinismo: a vida humana é fruto do destino e do determininismo divino; • o ceticismo: é impossível conhecer as causas últimas; • o pessimismo: tudo é vaidade e pura inquietação do espírito; • a moderação: os extremos da virtude e os extremos dos prazeres devem ser evitados. Suas festas mais importantes são: a Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos. A religião e a moral bíblica serviram de base para a Moral e o Direito Ocidental, uma vez que Jeová – o Deus hebraico – representava um forte conteúdo ético.

! cisma-separação do corpo e da comunhão de uma religião. ! diáspora-dispersão de povos por motivos políticos ou religiosos. ! monoteísmo-adoração de um só Deus; sistema dos que admitem a existência de um único Deus.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA DE ABRAÃO À PALESTINA

Vários povos habitaram a Palestina antes dos hebreus. Cananeus e filisteus viviam no litoral; nômades semitas, como os amalecitas, no sul; edomitas, moabitas e arameus, a leste e norte. A língua dos arameus, o aramaico, era falada por todos os comerciantes do Oriente Médio e tornou-se a língua oficial do Eufrates ao Egito, na época dos persas. Hebreu significa “povo do outro lado do rio”. Esse povo de origem semita iniciou seus deslocamentos por volta do II milênio a.C. No Primeiro Império Babilônico, vivia perto de Ur. A Bíblia conta que os descendentes de Noé, sobreviventes do Dilúvio, foram os primeiros patriarcas. Um deles, Abraão, conduziu seu povo à terra prometida por Deus, Canaã ou Palestina. Historicamente consta que os hebreus chegaram ali no século XVIII a.C. O sucessor da Abraão foi Isaac; e o de Isaac, seu filho Jacó, posteriormente chamado Israel, forte contra Deus, porque, segundo a Bíblia, lutou contra um anjo enviado pelo Senhor. Cerca de 1800 a.C., as secas obrigaram os hebreus a emigrar para o Egito. Talvez tenham sido afugentados pelos hicsos. A Bíblia conta que José, um dos doze filhos de Israel (Jacó), foi vendido pelos Irmãos a um mercador egípcios. No Egito, José chegou a ministro do faraó e chamou os irmãos. Esta é a origem das doze tribos em que se dividiu o povo israelita. Depois da expulsão dos hicsos (15870 a.C.), a vida tornou-se difícil e os hebreus, perseguidos, deixaram o Egito por volta de 1250 a.C. Foi o Êxodo, ou fuga, sob a liderança de Moisés. Ele tinha sido criado pela filha de um faraó, que o encontrou boiando em uma cesta no rio. Segundo a Bíblia, os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, atingiram a Península do Sinai e vagaram quarenta anos pelos deserto, antes de chegar à Palestina. No deserto, Deus se revelou através de Moisés. No alto do Monte Sinai, ele recebeu as Tábuas da Lei, que apresentou ao povo. Apesar da crença no único Deus, Javé (Aquele que é), os hebreus se desviaram do monoteísmo várias vezes, como quando adoraram um bezerro de ouro. Moisés morreu antes de ver seu povo entrar na Terra Prometida.

O FIM DO SISTEMA TRIBAL E O NASCIMENTO DO ESTADO

Os israelitas lutaram dois séculos para se instalar na Palestina. A sedentarização fez renascer práticas ideológicas sob influência das antigas populações locais. Mas a resistência dos cananeus e filisteus, com seus carros de guerra e armas de ferro, tornava indispensável a união das doze tribos e a restauração da fidelidade a lave. Surgiram assim, os juízes, escolhidos pelas tribos. Os mais famosos foram: Gedeão, Jefté e Sansão (que liderou a vitória contra os filisteus). Samuel, o último juiz, escolheu Saul como primeiro

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rei, em 1010 a.C. Os filisteus voltarem a atacar e derrotaram os hebreus na Batalha de Gilboé, levando Saul a suicidar-se para não cair nas mão do inimigo. Depois de derrotar o gigante filisteu Golias. Davi tornou-se o novo rei. Sob seu comando, os israelitas venceram os cananeus e tornaram Jerusalém, que transformaram em sua capital. O rei roforçou o exército e organizou uma guarda de mercenários. Vitórias contra moabitas e arameus asseguraram a independência do Reino de Israel. Os últimos anos do reinado de Davi foram perturbados pela revolta de seu filho Absalão.

SALOMÃO

Sucessor

de Davi, foi um dos maiores reis de Israel. Desenvolveu o comércio, fez acordo com os fenícios, para trocar trigo e óleo pela madeira deles, transportava cavalos da Ásia Menor para o Egito com lucros enormes. No Golfo de Acaba, no Mar Vermelho, construiu uma fundição de cobre, um porto e uma frota equipada por fenícios.

Os outrora pobres israelitas, agora podiam construir templos luxuosos, projetados por arquitetos fenícios, segundo o modelo mesopotâmico e egípcio. Lá ficavam guardadas as Tábuas da Lei e o Candelabro de 7 braços. O culto a Javê estava a cargo dos sacerdotes (rabinos) tirados da Tribo de Levi. Deus era louvado com sacrifício, preces e oferendas.

instituirão as festas religiosas: Sabbat, comemorativo ao 7° dia da criação; Páscoa, a saída do Egito; Pentecostes, o recebimento das Tábuas da Lei; Tabernáculos (tendas), os templos do deserto.

Com a morte de Salomão em 933 a.C., deu-se uma divisão (cisma) entre as tribos. Duas, de Benjamim e Judá, apoiaram o sucessor legítimo. Roboão, e constituíram o Reino de Judá, com capital em Jerusalém. As outras se agruparam em torno do usurpador Jeroboão e fundaram o Reino de Israel, com capital em Samaria. As causas da divisão foram as diferenças entre as regiões: o norte do Reino de Israel, mais agrícola e pastoril. O norte desviou-se do culto de Javé, permitindo a entrada de cultos estrangeiros, enquanto o sul permaneceu fiel à religião tradicional.

DIÁSPORAS!

Jeroboão, filho de uma das 700 esposas e 300 concubinas de Salomão, aderiu ao paganismo. Tentou até implantar o culto de Baal, deus fenício. Profetas como Elias, levantaram-se contra os ! diásporas-dispersão de povos por motivos políticos ou religiosos.

desvios, Israel acabou anexado por Sargão II ao Império Assírio, por volta de 722 a.C. Enquanto isso, Judá levava a vida calma, graças a neutralidade em relação aos vizinhos. Em alguns momentos, o povo também adorou ídolos e realizou cerimônias em lugares altos, a exemplo dos persas, quando eram oferecidos sacrifícios de crianças. Com a queda do Império Assírio, seus territórios passaram a ser disputados por Egito e Babilônia. Judá aliou-se à Babilônia contra o Egito e perdeu a guerra. Então, nem mesmo o Profeta Jeremias conseguiu desviar o povo da infidelidade a Javé. Depois, vieram os babilônios, comandados por Nabucodonosor, em 587 a.C. Muitos israelitas foram deportados: foi o Cativeiro da Babilônia, que durou cinqüenta anos. Outros se espalharam pelo mundo, na Diáspora (dispersão). Ciro toma a Babilônia em 539 a.C., e os hebreus podem voltar á Palestina, formando um Estado vassalo do império Persa, no território que correspondia à antiga tribo de Judá: seus habitantes passaram a ser chamados de judeus. Subjugados por vários povos, os judeus promoveram muitas rebeliões, a última delas em 135 d.C., depois que o general romano Tito, em 70 d.C., destruiu Jerusalém, inclusive o templo. Foram então obrigados a se dispersar pelo mundo.

EXERCÍCIOS

01. Sobre o quadro geográfico onde desenvolveu-se a civilização egípcia, assinale a resposta certa:

a) Era um pântano b) Era uma região desértica e o rio Nilo era

essencial para a sobrevivência da população; c) Era uma floresta tropical, bem servida por

inúmeros rios, tais como o Danúbio; d) Era uma caatinga; e) Chovia constantemente numa parte do ano, e

nevava noutra parte do ano. 02. Relacione os períodos da evolução política do

Egito com suas características: ( ) Antigo Império; ( ) Médio Império; ( ) Novo Império. ( ) A invasão do Egito pelos romanos ( ) A construção das pirâmides de Gizé ( ) Invasão dos hicsos 03. Complete as lacunas: a) O caos político no final do __________ provocou

uma ____________ do poder b) A _________ determinou a feudalização do

Egito. c) A _________ constituía-se por castas.

Buscar-me-eis, e me achareis, quandome buscardes de todo o vossocoração. Jeremias 29.13

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04. Assinale a alternativa correta: De quem eram as terras no Egito?

a) Dos padres b) Dos agricultores. c) Do Faraó. d) Dos escravos. 05. Responda à questão abaixo:

Os hebreus são de que origem? _______________________________

06. Assinale V ou F.

Qual foi o maior legado do povo hebreu? ( ) A Bíblia. ( ) As pirâmides. ( ) O monoteísmo. ( ) A descoberta dos números. ( ) O comércio. 07. Assinale a alternativa correta: a) O faraó era considerado filho de Deus, por isso o

governo era considerado teocrático. b) Os sacerdotes não exerciam muita influência

política no Egito Antigo. c) Os escribas aprendiam a escrever os hieróglifos

e depois ensinavam os escravos. d) Os soldados eram adorados pela população

como verdadeiros semideuses. e) Os escravos eram muito mal tratados no Egito

Antigo. 08. Responda à questão abaixo:

Como era a religião dos egípcios? ___________________________________________________________________________________________________________________________ 09. Complete as lacunas: a) Para os egípcios, a morte apenas separava o

_______________________________ da alma. b) A vida poderia durar ______________, desde

que a alma encontrasse no túmulo o corpo destinado a servir-lhe de moradia.

c) O processo de _____________era muito comum. Eles extraíam as ___________________e imergiam o corpo numa mistura de água e carbonato de sódio.

TESTES

01. Foi capital dos Assírios: a) Ur. b) Ninive. c) Lagash. d) Babilônia. e) Agadé.

02. “A Suméria era um território novo (...) estava coberta de grandes pântanos, cheia de juncos altos, interrompida por bancos de barro e areia periodicamente inundados pelas enchentes. Através de canais tortuosos entre juncos, as águas barrentas dos dois rios corriam lentamente para o mar. Mas eram piscosas, e os juncos abrigavam muitas aves silvestres e outros animais e, nos terrenos que emergiam as tamareira proporcionavam todos os anos uma quantidade considerável de frutos nutritivos”.

(Gordon Childe) A região descrita acima refere-se: a) Ao fértil território ocupado pelos fenícios. b) Ao vale do Jordão, onde se aglutinaram as tribos

hebraicas conduzidas por Abraão. c) Ao vale do Indo e Ganges, alcançado por tribos

arianas em busca de terras férteis, por volte de 2000 a.C.

d) Aos vales do Nilo, intensamente disputado, por sua fertilidade, pelas tribos dos reinos do alto e baixo Egito.

e) A Mesopotânia, intensamente disputada pelas tribos semitas nômades e vindas do deserto da Arábia.

03. Assinale a alternativa correta. “Egito presente

do Nilo”. Desta frase do historiador grego Heródoto, podemos afirmar que:

a) O sistema econômico dos egípcios repousava, principalmente, numa base agrária alimentada em função do Nilo.

b) O Nilo propiciava excelente meio de transporte para mercadorias que alimentavam um grande comércio.

c) As “indústrias” das aldeias no curso do Nilo eram incentivadas à produção pela facilidade oferecida pelo transporte fluvial.

d) As obras monumentais, muitas existentes até hoje, eram adornadas pelo ouro de lavagem, oferecido pelo rio.

e) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 04. Some as alternativas corretas

Sobre os egípcios é correto se afirmar que: 01) A religião era do tipo politeísta e foi o elemento

que mais influenciou a cultura. 02) As mastabas eram templos em honra ao deus

Osíris. 04) Os egípcios acreditavam na imortalidade da

alma. 08) O faraó exercia um poder meramente

decorativo. 16) O governo egípcio era fortemente influenciado

pelos trabalhadores livres.

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05. Quando os descendentes de Abraão emigraram para o Egito, este era governado:

a) Pela classe sacerdotal. b) Pelo príncipes de Tebas. c) Pelos hicsos. d) Pelos representantes de Mênfis. e) Por uma composição Menfítico-Tebana, que sava

a resistência aos hititas. I. A cultura hebraica sofreu marcante influência

dos povos do Egito e da Mesopotâmia II. A religião hebraica evolui do politeísmo para III. Liderado por Moisés, o povo hebreu realizou

Diáspora, saindo do Egito para retornar à Palestina.

IV. Na Palestina, a sociedade criada pelos hebreus desenvolveu precocemente a propriedade privada da terra. Considerando as alternativas acima, pode-se afirmar que são corretas as de números:

a) I, II, III, IV b) I, II, III c) I, II, IV d) I, III, IV e) II, III, IV 07. Foi na Literatura, na Filosofia e, sobretudo no

Direito que o gênio hebraico foi mais perfeito. A finalidade do Código criado por eles era infundir na sociedade judaica um caráter mais democrático e igualitário. A esse código foi dado o nome de:

a) Código de Hamurabi. b) Jus Civile. c) Leis das Doze Tábuas. d) Código Deuteronômico. e) Código Secreto da Cabala 10. Some as alternativas corretas.

Quanto à História é válido afirmar 01) O Povo hebreu teve sua origem na

Mesopotâmia. 02) Moisés liderou o êxodo hebreu. 04) O Cisma foi a separação das 12 tribos, formando

dois reinos. 08) A Diáspora foi a dispersão dos judeus por ordem

do imperador romano Adriano. 16) O judaísmo é uma religião monoteísta. 9. Na antigüidade, a economia da Mesopotâmia

apresentava alguns pontos de contato com a do Egito, porque:

a) O Estado não tinha qualquer tipo de

influência,predominando a iniciativa privada. b) A propriedade geral das terras era do Estado,

que recebia rendas sob a forma de impostos. c) A classe sacerdotal zelava para que os

agricultores fossem os beneficiários exclusivos das rendas das terras.

d) O escravismo era altamente desenvolvido, em face da natureza do trabalho agrícola.

e) A nobreza e a classe militar detinham a propriedade privada da terra.

10. (Santa Casa) O período do Cativeiro da Babilônia (586 – 539 a.C) foi importante na evolução da religião hebraica, pois, graças ao contato com os neobabilônios, os judeus:

a) passaram a conceber Jeová como identificado com seus problemas sociais:

b) ficaram imbuídos de concepções animistas, adorando as forças da Natureza;

c) adoraram a idéia do fatalismo e do caráter transcendental de Deus;

d) abandonaram praticas ligadas à magia, como por exemplo, a necromancia;

e) conceberam Jeová em termos antropomórficos, inclusive com qualidades próprias dos homens.

11. Na questão utilize o seguinte código: a) Se I, II e III forem corretas. b) Se I, II e III forem incorretas. c) Se apenas I e II forem corretas. d) Se apenas I e III forem corretas. e) Se apenas II e III forem corretas. I. Embora a Palestina tenha sido teoricamente

dividida entre as tribos hebraicas, a tribo de Levi, por ser destina às funções sacerdotais, não possuía um território especifico.

II. As lutas ofensivas e defensivas contra os povos que haviam se instalado na Palestina levavam os hebreus à unificação política.

III. A historiografia moderna admite que os poderes dos juizes hebreus restringiam-se a pequena parte da Palestina e não ao país em sua totalidade.

12. (FAAP) A Astronomia e a Matemática foram os

primeiros ramos da ciência que ocuparam a atenção dos egípcios. Ambas se desenvolveram com fins práticos. Cite dois resultados para os quais essas ciências deram sua contribuição.

13. (PUC) A atuação do Estado na vida econômica

dos povos da Antiguidade Oriental, principalmente em relação à agricultura, foi bastante acentuada, sendo justificada por eles como:

a) forma de garantir a produção de gêneros de primeira necessidade sem excedentes lucrativos;

b) necessária para assegurar as provisões para consumo do Exercito;

c) decorrente da necessidade de controlar a produção em tempo de guerra;

d) única maneira de garantir a distribuição eqüitativa da riqueza entre os súditos;

e) responsabilidade atribuída aos governantes para zelarem pelo bem comum.

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AS CIVILIZAÇÕES DA ANTIGÜIDADE

OS FENICIOS

Habitando uma estreita faixa de terras áridas entre as montanhas do Líbano e o Mar Mediterrâneo, os fenícios se dedicaram ao comércio marítimo. Nunca formarem uma unidade política. Estavam organizados em cidades-estado, governados por uma oligarquia mercantil. Possuíam filiais de suas companhias de comércio entre todos os povos do Mar Mediterrâneo, com os quais comercializavam. Pela necessidade de comercialização, ao manterem contato com outros povos, organizaram um código de escrita, inteligível pela maioria dos povos: o alfabeto fonético. Ao mesmo tempo em que comercializavam, fundavam colônias ao longo do Mar Mediterrâneo. Cartago foi a mais importante delas. Desenvolveram uma boa indústria, destacando-se as indústrias de ourivesaria!, do vidro colorido e da tecelagem (principalmente do tecido vermelho): a púrpura.

COMÉRCIO MARÍTIMO

Habilidosos nos negócios, transformavam, as matérias-primas trazidas do estrangeiro em produtos manufaturados e os reexportavam. Produziram armas de ferro e bronze, vasos de cerâmica e vidro, jóias e tecidos de lã cor púrpura, de grande aceitação, tingidos com resina extraída do múrice, um caracol. Seus pequenos navios a remo e a vela seguiam por caminhos que mantinham em segredo. Orientavam-se por constelações, como a Ursa Maior. Chegaram a Bretanha. E sabe-se que contratados pelo faraó Necau II, deram a volta à África, numa viagem de 3 anos: partiram do Mar Vermelho e voltaram pelo Estreito de Gibraltar. Para os fenícios, comércio e pirataria eram a mesma coisa. Aprisionavam fregueses, vendiam mulheres e crianças como escravas.

FORMAÇÃO DE COLÔNIAS

Os fenícios habitavam a região que atualmente é o Líbano, numa faixa de 200 km de comprimento, entre o mar e as montanhas. Para a agricultura dispunham das costas setentrionais do Mar Vermelho. Ao longo dos séculos, misturaram-se com povos de várias raças. A situação geográfica levou-os a atividades predominantemente marítimas. No estreito litoral da Fenícia, surgiram várias cidades: Ugarit, Arad, Biblos, Sidon e Tiro. Eram verdadeiras cidades-estado, independentes. Um rei exercia o poder, assistido por um conselho escolhido entre os grandes comerciantes e

! ourivesaria- arte de ourives; oficina ou loja de ourives.

proprietários agrícolas. Assim, a oligarquia de comerciantes e proprietários controlava o governo. Os poderes locais impediram a Fenícia, de formar um Estado unificado. As cidades preferiam aliar-se a Estados mais fortes, como o Egito. Por volta de 1500 a.C., após a destruição da Cnossos, os fenícios substituíram o comércio cretense. Os gregos controlavam o norte do Meditarrâneo Oriental e os Fenícios, o Sul.

A Expansão Marítima dos Fenícios

OS GREGOS Habitando a região sul da Penísula Balcânica, num território muito acidentado, os gregos eram formandos por

variados povos do grupo indo-europeu. Tais povos migraram do centro da Europa em levas e épocas diferentes. Os primeiros a chegarem na região foram os aqueus. Depois de vencerem os cretenses, fundaram a civilização micênica. Entre os anos 2000 a.C. a 1200 a.C, ocorrerem várias migrações: a dos aqueus, a dos eólios, a dos jônios e dos dórios (os últimos). A chegada violenta dos dórios provocou uma enorme migração de gregos para outras margens do Mar Mediterrâneo: foi a 1ª diáspora grega. Com isso, os gregos iniciaram a fundação de muitas colônias. Esse início da civilização grega é conhecido como os Períodos Pré-Homérico e Homérico. A “Guerra de Tróis” bem serve para narrar essa época. Os gregos chamavam-se a si mesmos de “helenos”. Na realidade eles eram formados por

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vários povos que misturaram parte da sua cultura, embora preservassem sua identidade própria.

O MEIO GEOGRÁFICO A Grécia Antiga começava no sul do Monte Olimpo, ao sul dos Bálcãs. O golfo de Corinto corta ao meio o território, que se assemelha a uma mão aberta no Mar Mediterrâneo. Ao norte do golfo, fica a Grécia Continental; ao sul, a Grécia Peninsular. Existe ainda a Grécia Insular, formada pelas ilhas do Mar Egeu. A Grécia Continental é montanhosa, com planícies férteis isoladas. O relevo explica o surgimento de Estados locais, pois as comunicações eram difíceis. Já na Grécia Peninsular, de litoral recortado por golfos e baías, navega-se facilmente de um ponto a outro da costa. Na Grécia Insular, as numerosas ilhas permitiam a navegação com terra sempre à vista, o que era fundamental numa época de técnica naval tão precária. Esses condicionamentos geográficos explicam a tendência grega de integração com o exterior, mais do que com o interior.

COLONIZAÇÃO

Os gregos ou helenos (de Hélade, primitivo nome da Grécia) são de origem indo-européia. Os indo-europeus, ou arianos começaram a chegar à Grécia, mais ou menos em 2000 a.C. Primeiro chegaram os aqueus, com seus rebanhos e ocuparam as melhores terras. Tornaram-se sedentários e assimilaram os povos mais antigos. Formaram núcleos urbanos, como Micenas, Tirinto e Argos. Os habitantes de Aicenas entraram em contato com a Ilha de Creta, onde havia uma civilização mais avançada. As duas culturas se integraram e desenvolveram a civilização creto-micênica. Por volta de 1700 a.C., os núcleos arianos na Grécia foram fortalecidos com a chegada de novos grupos arianos: os jônios e os eóleos. Estes se integraram parcificamente com os habitantes que encontraram na Grécia. A civilização creto-micênica chegava ao auge.

Os cretenses dominavam o Mar Egeu. Os aqueus aprenderam deles técnicas agrícolas, navais e valores religiosos. Acabaram superando os mestres e destruíram a civilização cretense, por volta de 1400 a.C. Os aqueus estenderam então, suas atividades comerciais e piratas até as costas da Ásia Menor, na rota do peixe seco e do trigo, na entrada do Mar Negro. No início do século XII a.C., os gregos destruíram Tróis (Ílion, em grego), cidade que ocupava posição estratégica nos estreitos, entre o Egeu e o Negro. Isto lhes deu o controle do tráfego marítimo na região. Quando a civilização micênica se expandia em direção à Ásia, chegaram os dórios, último grupo de povos arianos a penetrar na Grécia. Mais aguerrido, nômades ainda, conhecedores de armas de ferro, os dórios arrasaram as cidades gregas. A população fugiu. Numerosas colônias gregas surgiram nas constas da Ásia Menor e em outros lugares do Mediterrâneo. Foi a primeira diáspora (dispersão) grega.

PERÍODO HOMÉRICO O período se chama Homérico porque seu estudo se baseia em duas atribuídas a Homero: a Ilíada e a Odisséia. A Ilíada narra a tomada de Tróia pelos gregos. O autor concentra-se na figura do herói Aquilles, descrevendo sua cólera contra Agamenon, que lhe roubou a escrava Briseida. Inicialmente, Aquilles nega-se a participar dos cambates, mas a morte de seu amigo Patroclo o fez voltar atrás. Uma parte importante da Ilíada, descreve o cavalo de madeira com o qual os gregos “presenteiam” os troianos para tomar sua cidade. A maior parte da Odisséia descreve o retorno do guerreiro Ulisses ao Reino da Ítaca. Mas a obra ocupa-se de três temas fundamentais: a viagem de Telêmaco, as viagens de Ulisses e o

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massacre dos pretendentes de sua mulher. Penélope. Apesar de atribuídas a Homero, Ilíada e Odisséia são diferentes no vocabulário e no estilo. Na Ilíada o autor não menciona o uso do ferro; na Odisséia há referências constantes ao metal. Provavelmente, as obras foram criadas com intervalo de cinqüenta anos entre uma outra: a Ilíada no fim do século IX a.C.; a Odisséia em meados do século VIII a.C. A Ilíada seria talvez obra de um poeta jônio da costa da Ásia Menor. A Odisséia poderia ser de um poeta das ilhas. Além disso, as obras sofreram alterações dos aedos, poetas que transmitiam os poemas oralmente, através das gerações. A Ilíada e a Odisséia só ganharam forma escrita no século VI a.C., em Atenas, durante o governo do tirano Psístrato.

ESPARTA

Esparta localizava-se ao Sul da Grécia, numa planície fértil, porém, com dificuldades de contatos externos. Foi fundada pelos dórios, que viviam de uma economia agrária, fechada, auto-suficiente e estatal. Sua sociedade se destacava pelo imobilismo social. Somente os dórios poderiam ser cidadãos (os “esparciates homoioi”). Os estrangeiros (“periecos”) não eram bem vistos. Os escravos (“ilotas”) formavam uma enorme classe trabalhadora dominada. O Estado espartano era uma oligarquia militar. Dois reis comandavam o Exército (“Diarquia”). Os gerontes formavam a assembléia dos governantes. Cinco juízes “éforos” supervisionavam e julgavam a vida na cidade. Todos os cidadãos (dórios) eram militares. Educados pelo Estado (homens e mulheres) para a vida militar, e dominados pelo Estado, os espartanos eram conservadores, xenófobos (tinham aversão a estrangeiros) e lacônicos (falavam pouco, para evitar o espírito crítico).

ATENAS Ocupando uma área pouco fértil, porém, próximo ao mar, os jônios ateniensas vão se dedicar ao mar, à navegação, ao comércio. Isso fez surgir uma economia dinâmica e dependente do mercado externo. Os proprietários das terras férteis constituíam a camada dominante da cidade: os “eupâtridas”. Existiam, porém, outros homens livres, como os “georgol” (pequenos e pobres agricultores), os “tetas” (trabalhadores temporários), “demiurgos” (artesãos e comerciantes) e “metecos” (estrangeiros). Os escravos, no entanto, constituíam a maioria dos habitantes da cidade. No início de sua história, Atenas foi uma Realeza: um rei e uma assembléia dos eupátridas formavam o governo. As crises internas levaram as elites a criarem uma forma de governo oligárquico, chamada Arcontado, porque os governantes chamavam-se “arconte”. Diante das revoltas populares, o legislador Drácon compilou o primeiro código escrito em Atenas. Eram leis severas que, na realidade, não asseguravam os direitos do povo, que continuava nas mãos das elites. Mais tarde, diante de novas crises internas, o legislador Sólon fez várias reformas em Atenas: aboliu a escravidão por dívida, reformulou a economia e institiu uma nova forma de governo chamada de Timocracia ou Plutocracia. Nota, todas as camadas populares poderiam participar, mas de modo proporcional à riqueza. Uma das suas realizações mais importantes foi a criação do Tribunal Popular, que tirava a aplicação da justiça das mãos dos eupátridas. Seguiu-se um período de Tirania (governo de um grupo dos elites que buscava apoio nas massas, manipulando-as). Após uma série de revoltas populares, principalmente devido ao crescimento das camadas que se dedicavam ao comércio e ao artesanato. Atenas chegou a uma forma de governo mais participativa: a Democracia, em 507 a.C., Clístenes foi o estruturador e Péricles, o consolidador da democracia ateniense. Nela, cada parte do povo (demos) escolhia seus representantes para o Conselho dos 500, que discutia os problemas da cidade e elaborava os projetos de lei, mas não os aprovava. A lei era aprovada pela Assembléia dos Cidadãos (Eclésia) em praça pública: era a “democracia direta”. Para afastar aqueles que tramassem contra a democracia, foi criada a leia do “Ostracismo”: cassação dos direitos políticos e dos bens, além da condenação ao exílio. Mas, quem era cidadão em Atenas com direito a voto? De 250 000 eram apenas 4000. não

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tinham direito à cidadania os escravos (perto de 50% da população), as mulheres, os estrangeiros e os menores de 21 anos!...

GUERRAS GREGAS AS GUERRAS PÉRSICAS OU MÉDICAS

Nos séculos VI, V e IV a.C., os gregos chegaram ao auge de sua civilização. Nessa mesma época, porém, os persas também alcançavam o auge da sua história, destacando-se por formar um vasto império. Seu expansionismo ameaçou as colônias gregas do Oriente Médio e a própria Grécia.

Atenas, que detinha uma certa liderança entre algumas cidades gregas, passou a comandar a defesa da Grécia. Os persas atacaram por várias ocasiões. Ora comandados pelo rei Dario (Batalha de Maratona); ora comandados pelo rei Xerxes (Batalha das Termópilas e Batalha de Salamina). Atenas passou, então, a liderar uma liga de cidades gregas para a defesa: a “Confederação de Delos”. Os persas foram vencidos. Atenas impôs sua hegemonia.

A GUERRA DO PELOPONESO A rivalidade interna aumentou, quando então, Esparta também passou a compor um bloco de cidades: a “Liga do Peloponeso”. Por motivo de dispustas comerciais, os dois blocos entram numa guerra civil: a Guerra do Peloponeso. Após alguns acordos e períodos de tréguas. Esparta vence Atenas, e impõe sua hegemonia na Grécia. Durou pouco tempo. Mais tarde. Tabas sobrepujou Esparta, e se impôs na Grécia. E, finalmente enfraquecidos, os gregos foram conquistados pelos macedônios, de Alexandre Magno. Alexandre difundiu a cultura grega, pelo vasto império que conquistou, fundindo-a com outras culturas. A isso, chamou-se de “Helenismo” (cultura grega + oriental).

CULTURA A ausência de uma religião dogmática e uma casta dominante de sacerdotes, possibilitou aos gregos o desenvolvimento da cultura, principalmente da filosofia e das ciências.

A RELIGIÃO Era do tipo “Politeísta Antropomórfica”. Seus deuses representavam as forças cósmicas naturais e humanas. Zeus, Hélios, Atena, Palad, Afrodite e Dionísio eram os mais apreciados. Sua mitologia religiosa também incluía semideuses: Hércules, Teseu, Perseu e Édipo são os mais famosos.

Festejam suas divindades com festas, ora populares (As Panatenéias, as Dionisicas, as Olimpíadas), ora secretas (os Mistérios Órficos e os Eléusis).

A FILOSOFIA

No início, a grande preocupação era explicar o cosmos (Filosofia Cosmogônica!). Aí se destacaram: Tales de Mileto, Pitágoras e Demócrito (a Estrutura Atômica).

Depois, evoluiu para a filosofia humanística, na tentativa de explicar as coisas da vida humana. Destacaram-se os “sofistas”, os “filósofos clássicos” - Sócrates (a Moral) Platão (o mundo das idéias e o ! cosmogônica-sistema hipotético da formação do universo.

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livro “A República”) e Aristóteles (“A Lógica e a Política”) – os “Epicuristas” (que empregavam a filosofia do prazer) e os “Estóicos” (para quem a felicidade consiste no controle das emoções e na resignação).

AS CIENCIAS Os gregos fizeram a síntese científica das culturas da Antigüidade.

• Pitágoras, Tales e Euclides científica das culturas da Antigüidade;

• Arquimedes desenvolveu a Física; • Eratóstenes, Cláudio Ptolomeu e Aristarco de Samos, estudavam Astronomia;

• Hipócrates de Cós (“Pai da Medicina”), Empédocles e Aristóteles se dedicaram à Medicina e à Anatomia.

A LITERATURA

Depois da poesia, na qual se destacou Homero, o grande destaque grego foi para o teatro. Criação grega em homenagem ao deus Dionísio, o teatro se destacou com escritores como: Sófocles (“Édipo Rei”, “Antígona” e “Elactra”), Ésquilo e o autor de comédias, Aristófanes.

A ARQUITETURA E A ESCULTURA Foram altamente desenvolvidas, destacando-se os estilos de colunas gregas: o jônico, o dórico e o coríntio. Entre as grandes obras destacaram-se o Partenon e o Erectélon. Na escultura, merece destaque a “Vênus de Milo”.

EXERCÍCIOS 01. Complete as lacunas: a) Habilitando uma estreita faixa de terras áridas

entre as montanhas do Líbano e o Mar ____________, os fenícios se dedicaram ao ___________________marítimo.

b) Os _________________nunca formaram uma unidade política. Estavam ______________________ em cidades-estado, governados por uma ___________________mercantil.

c) Os fenícios possuíam filiais de suas companhias de ________________________entre todos os povos do Mar Mediterrâneo, com os quais comercializavam.

d) Os fenícios organizaram um código de _________________________, inteligível pela maioria dos povos: o ___________________________fonético.

02. Responda à questão abaixo: Como eram as habilidades dos fenícios? _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ 03. Assinale a alternativa correta: a) Os fenícios orientavam-se por constelações,

como a Ursa Maior. b) Para os fenícios, o comércio e a pirataria sem

atividades completamente diferentes. c) Os fenícios formaram um Estado unificado. d) Os gregos controlavam o sul do Mediterrâneo e

os fenícios, o norte. 04. Responda à questão abaixo: Como era o meio geográfico da Grécia? _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ 05. Assinale V ou F. ( ) Primeiro chegaram os aqueus, na Grécia,

com seus rebanhos, e ocuparam as melhores terras.

( ) Os cretenses dominavam o Mar Egeu. ( ) O período se chama Homérico, porque seu

estudo se baseia em duas obras atribuídas a Homero: A Moreninha e O Guarani.

( ) A maior parte da Odisséia descreve o retorno de Ulisses ao Reino de Ítaca.

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06. Complete as lacunas: a) Esparta localizava-se ao sul da ____________

numa ____________ fértil. b) Esparta foi fundada pelos

___________________ que viviam de uma economia agrária.

c) O Estado espartano era uma _____________ militar.

d) Os espartanos eram ______________xenófobos e ______________________. 07. Responda à questão abaixo:

Quem constituía a maioria dos habitantes de Atenas?

08. Assinale V ou F. ( ) No início de sua história, Atenas foi uma

Realeza: um rei e uma assembléia dos Eupátridas formavam o governo.

( ) Diante de crises internas, o legislador Sólon fez várias reformas em Atenas.

( ) Todos tinham direito à cidadania em Atenas. ( ) Atenas nunca teve a hegemonia em relação

às outras cidades gregas. 09. Complete as lacunas: a) A rivalidade interna aumentou, quando então,

______________________também passou a compor um bloco de cidades: a ________________.

b) Após alguns acordos e períodos de ____________________. Esparta vence Atenas, e impõe sua _________________na Grécia.

c) Alexandre difundiu a _________________grega pelo vasto império que conquistou, fundindo-a com outras _______________________.

d) A Arquitetura e a Escultura foram altamente _____________________, destacando-se os estilos de colunas gregas __________________, _________________e o ______________.

TESTES 01. As Cidades-Estado, na Grécia: a) Eram politicamente autônomas. b) Apresentavam organização econômica solidária. c) Estavam unidas pela política de colonização do

Mediterrâneo. d) Possuíam princípios religiosos antagônicos. e) Mantiveram política comercial comum.

02. “A partir do século VIII, os gregos viveram um segundo processo de dispersão, espalhando-se pelo Mediterrâneo e fundando, no literal da Itália, França e Espanha, inúmeras colônias, cidades que mantinham uma série de laços, principalmente culturais, com os lugares de origem dos colonizadores”. O texto diz respeito à fundação de colônias na Grécia Antiga; o fator determinante para essas migrações foi:

a) O crescimento populacional e a escassez de terras cultiváveis no território grego.

b) O expansionismo político, defendido pelo regime democrático das cidades gregas.

c) A invasão dos persas e a conseqüente destruição das cidades na Grécia Continental.

d) A derrota grega na Guerra de Tróia, responsável pelo declínio econômico da Grécia.

e) O desenvolvimento da navegação e a busca de recursos minerais.

03. A vida econômica da Grécia no período homérico

(século XII a VIII a.C.) tinha como um dos seus traços marcantes o fato de:

a) Basear-se fundamentalmente na criação de animais, especialmente o cavalo, por sua importância militar.

b) Explorar o trabalho escravo, por ser o trabalho considerado uma atividade indigna pelos proprietários (hipei).

c) Dedicar-se ao comércio marítimo, estabelecendo ligações entre vários pontos do continente europeu.

d) Apresentar uma característica doméstica, concentrando-se quase que exclusivamente, no pastoreio e na agricultura.

e) Explorar numerosas colônias, sobretudo na Magna Grécia, tendo em vista a pobreza do solo continental.

04. Com relação à Grécia Antiga, some as

afirmações corretas: 01) As colônias gregas eram politicamente

independentes das cidades fundadoras. 02) Eólios, dórios, aqueus e jônios foram tribos

gregas primitivas. 04) Os gregos antigos descendem do povo semita. 08) A Ilíada e a Odisséia são poemas atribuídas ao

poeta Homero. 16) O tema principal da Ilíada é a evolução da

democracia. 05. Os poemas atribuídos a Homens – a Ilíada e a

Odisséia – falam, respectivamente: a) Das histórias de Zeus, rei dos deuses gregos, e

do herói Teseu que matou o Minotauro. b) Da sociedade atenianse e da sociedade

espartana c) Da Eclésia, o órgão mais importante da

democracia ateniense; e do Aeópago, o tribunal mais antigo de Atenas.

d) Da guerra de Tróia e da viagem de Ulisses. e) Da Lei das Doze Tábuas e do cavalo de Tróia.

Pai de amor, que nos carrega nosbraços com tanto carinho, ajuda-nosa entregar nossos caminhos a ti, aconfiar que tudo esta nas tuas mãose descansar. Amém.

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06. A economia espartana tinha como uma de suas características básicas o fato de que:

a) O trabalho dos periecos sustentava os cidadãos. b) Os hilotas exerciam o domínio dos meios de

produção. c) A escravidão foi abolida pelo poder central. d) O comércio era a atividade exclusiva os

espartiadas. e) A propriedade das melhores terra era do Estado. 07. Os eupátridas integravam a sociedade ateniense

na condição de: a) Membros da camada dirigente, aristocrática,

possuidora das melhores terras. b) Descendentes de pais estrangeiros e mães

atenienses. c) Membros da plebe, sem direitos políticos ou

posses. d) Servos dedicados ao trabalho doméstico. e) Escravos na mais completa sujeição econômica. 08. Qual o papel social dos hilotas em Esparta? a) Cidadãos, com todas as funções políticas,

dedicados principalmente às tarefas militares. b) Estrangeiros, geralmente comerciantes e

artesãos, sem participação política. c) Servos, em geral trabalhadores braçais, sem

direitos políticos reconhecidos. d) Governantes de Esparta nos períodos de guerra

e líderes nas assembléias gerais dos cidadãos. e) Responsáveis pelas tarefas religiosas e membros

da assembléia de anciões. 09. Pela instituição do ostracismo em Atenas,

atribuída às reformas de Clístenes, um indivíduo considerado perigoso para o Estado podia ser banido da cidade:

a) Para sempre, cassados os seus direitos civis porém conservando suas propriedades.

b) Pelo espaço de dez anos, além do confisco de suas propriedades e perda dos direitos civis.

c) Para sempre além do confisco de suas propriedades e perda dos direitos civis.

d) durante dez anos, porém conservando suas propriedades e direitos civis.

e) Durante vinte anos, porém conservando suas propriedades.

10. (MAUÁ-LINS) Qual foi a contribuição da

civilização fenícia para a cultura e a tecnologia das civilizações orientais?

11. (FUVEST) Qual foi a principal atividade

econômica desenvolvida pelos fenícios e cretenses na Antiguidade? Indique duas justificativas.

12. Esparta apresentou um desenvolvimento histórico distinto da maioria das cidades-gregas, pois:

a) Formou-se a partir de um governo conservador e assumiu um sistema político democrático, com a participação de todos os cidadãos.

b) Organizou-se na forma de governo oligárquico, cujo objetivo principal era preservar os interesses da aristocracia.

c) Transitou de um governo monárquico para o regime de tirania, o que proporcionou uma política de equilíbrio entre as camadas sociais.

d) Assumiu a forma republicana de governo, sem possibilidade de ascensão dos grupos sociais.

e) Caracterizou-se por um governo autocrático, no qual o grupo dirigente reunia poderes temporais e espirituais.

13. Comparando-se a educação ateniense com a

espartana, conclui-se que: a) Os atenienses valorizavam a formação

intelectual e física do homem, enquanto os espartanos, o militarismo.

b) As relações democráticas em Atenas possibilitavam que muitas mulheres se destacassem na sociedade.

c) Em Atenas desenvolveu-se o laconismo e em Esparta a xenofobia.

d) Os espartanos valorizavam o militarismo e o desenvolvimento da cidadania.

e) O desenvolvimento intelectual ateniense permitiu a instituição da democracia e o fim da escravidão.

14. Da coesão temporária entre aristocratas e

populares, provocada pela luta contra um inimigo comum, aproveitou-se Clístenes para fazer a reforma que implantou a democracia em Atenas. A democracia surgiu:

a) Com o fim das disputas entre as facções políticas, formalizadas pela aliança entre a elite e o povo.

b) A partir da ascensão de Clístenes ao poder, do partido popular, que aliado a ex-escravos derrotou os aristocratas.

c) Para atender aos interesses políticos da nova elite, os mercadores, e preservar certos privilégios da antiga aristocracia, como o latifúndio e a escravidão.

d) Como forma de promover maior desenvolvimento da cidade, equiparando-se agricultura e comércio, baseados nos trabalhos do thetas.

e) Devido às pretensões da elite agrária, em fazer de Atenas cidade hegemônica, como ocorreria no século seguinte.

Deus está muito mais preocupadocom o seu futuro do que vocêmesmo. Tenha certeza disso.

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AS CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE III

A MACEDÔNIA Os macedônios tinham origem ariana!,

como os gregos, que os consideraram bárbaros por muito tempo. Habitavam ao norte da Grécia e mantinham-se isolados, ameaçados por inimigos de todo lado, como a Ilíria, a Trácia e o Épiro. Não dispunham de saída para o mar, usavam o porto grego de Olinto para escoar os produtos de sua atrasada economia agrária. Sua organização política caracterizava-se pela concentração do poder nas mãos da nobreza da terra.

A CONQUISTA DA GRÉCIA

Filipe II interveio na Grécia depois que os focídios, povo da Tessália, invadiram terras do Santuário de Delfos. A pedido dos sacerdotes, que ele subornou, Filipe esmagou os focídios e tornou-lhes o lugar na Liga Anfictiônica, constituída apenas por Estados gregos. Demóstenes, o grande orador ateniense, passou a alertar os cidadãos sobre as intenções do macedônio, em discursos que firam conhecidos como Filípicas!. Filipe usava de habilidade diplomática. Procurava instigar nos gregos o ódio aos persas, contando com a colaboração de Isócrates, que pregava uma cruzada contra os antigos inimigos, e de Esquines, que, pago pelo ouro do macedônio, defendia a união em torno de Filipe e combatia Demóstenes. Quando os gregos acordaram era tarde. Em 338 a.C., na Batalha de Queronéia, as forças macedônias derrotaram atenienses e tebanos e, em seguida, Filipe se apoderou da Grécia. Com astúcia política, conhecedor do individualismo das cidades-estados, respeitou-lhes a autonomia. Assim, podia reivindicar o direito de chefiar uma liga contra os persas, a Liga de Corinto, da qual foi proclamado hegemon (líder). Sob o comando de Parmênion, uma força da Liga, já havia estabelecido uma cabeça-de-ponte na Ásia, quando um aristocrata assassinou Filipe II durante a cerimônia de casamento da própria filha. Quem foi o mandante do crime? Os nobres macedônios desapropriados? As cidades gregas que queriam recuperar a independência? Sua mulher Olímpia e seu filho Alexandre, para que este ocupasse o trono? As perguntas ficaram sem resposta.

CONQUISTAS DE ALEXANDRE MAGNO Alexandre Magno, filho de Filipe II, tinha um caráter complexo. Considerava-se descendente de Aquiles por parte de mãe e de Hércules por parte de pai: um deus em potencial. A mãe, Olímpia, tinha ciúme doentio do marido Filipe, por causa de seus casamentos políticos; cultuava

! ariana-relativo aos árias ou à família lingüística indo-europeia; sectário do arianismo ! filípicas-discurso violento e injurioso.

Dionísio e dormia enrolada em serpentes. Transmitiu ao filho o ódio por Filipe. Alexandre recebeu poderosa influência de Aristóteles, escolhido por Filipe para seu preceptor. O filósofo lhe incutiu o gosto pela cultura grega, pela Illiada e a Odisséia, por Ésquilo e Euripedes; a aversão pelos persas (Aristóteles os vira torturar um amigo até a morte, na Ásia Menor). Alexandre assumiu o trono com uma Macedônia organizada e seu exército formado. Restavam dois problemas; a revolta das cidades gregas, após a morte de Filipe, e os numerosos herdeiros deixados pelo pai. Alexandre usou a violência. Arrasou as cidades gregas, exceto Atenas, e inclusive Tebas, onde só ficaram em pé os templos e a casa de Pindaro. Convidou os irmãos por parte de pai para um banquete de divisão de herança e, no meio da festa, mandou assassinar a todos. Precedido por Parmênion, que havia partido antes de Filipe morrer, Alexandre rumou para a Ásia com 40.000 homens, 12 000 deles na infantaria, o forte de seu exército. Como líder supremo do helenismo, deveria libertar as cidades da Ásia e levar os gregos à vingança contra os persas. Venceu os sátrapas às margens do Rio Granico em 334 a.C., e avançou para a Frigia, em cuja capital, Górdio, lhe apresentaram um nó inextricável, preso no timão de um carro. Um oráculo havia predito a sorte de conquistar a Ásia a quem o desatasse. Alexandre usou a violência: cortou o nó górdio !com um golpe de espada. Na planície de Issos, em 333 a.C., Alexandre pôs em fuga Dario III, que deixou para trás até a mãe, a mulher, as filhas e um grande espólio. Para anular o poderio marítimo dos persas, tomou o porto fenício de Tiro em 332 a.C., Rumou então para o Egito, onde foi recebido como salvador e, no templo de Amon-Rã, como o filho do deus. Recusando o acordo de paz oferecido por Dario III, derrotou-o em pleno centro do Império Persa em 331 a.C. Uma a uma, caíram as cidades de Babilônia, Susa, Persépolis. Dário acabou assassinado pelo sátrapa Besso, que depois Alexandre liquidou. Proclamado imperador persa, avançou para a Índia, percorreu a região do Rio Indo e só não chegou ao Rio Ganges, porque os soldados se recusaram a segui-lo. De volta a Susa, desposou a filha de Dario e se preparava para nova campanha, provavelmente contra Cartago, no norte da África, quando o acometeu uma febre violenta. Morreu na Babilônia, em 323 a.C., com 33 anos, deixando um dos mais vastos impérios já criados até então.

! nó górdio-nó dificil de ser desatado.

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CIVILIZAÇÃO HELENÍSTICA A civilização helenística! resultou da fusão da cultura helênica (grega) com a cultura do Oriente Médio, principalmente persa e egípcia. Seu centro deslocou-se da Grécia e do Egeu para o Oriente Médio, para os novos pólos irradiadores de cultura: Alexandria, Antioquia, Pérgamo. Na Grécia, Esparta agonizava e Atenas decaia. Alexandria ganhava fama no Ocidente e no Oriente, com a população numerosa, indústria artesanal, museus e uma biblioteca com 400 000 obras. A vida intelectual era intensa: Matemática, Geometria e Medicina se desenvolveram. O pensamento filosófico dividia-se em duas correntes: estoicismo!, que acentuava a firmeza de espírito, indiferença à dor e submissão à ordem natural das coisas; e epicurismo, que aconselhava a busca do prazer. Na literatura, destacou-se o cantor da natureza e da simplicidade da vida no campo, o poeta Teócrito. A arquitetura projetou templos grandiosos. Surgiram novos deuses, não-gregos, como Isis e Serápis; e ganharam força os mais jovens, como Afrodite, Apolo e o pequeno Eros, deus do amor (Cupido). Os artistas retratavam a natureza viva, o movimento dos corpos, a transparência das vestes.

OS ROMANOS A Itália é uma península que penetra do Mar Mediterrâneo, entre duas outras: a Península Balcânica e a Ibérica. Tem a leste o Mar Adriático, a Oeste o Tirreno e ao Sul o Jônico. O Relevo é simples. No Norte, os Alpes descem em direção à planície do Rio Pó; os apeninos percorrem o corpo central da península até a Sicília, no Sul, separando as regiões litorâneas: do Tirreno, com as planícies do Lácio e da Campanha, e do Adriático, onde se destaca a Planície da Apúlia. O solo fértil permitiu à população sempre crescente, produzir os alimentos necessários a sua sobrevivência. A falta de bons portos causou certo isolamento da região.

! helenística-período histórico que vai das conquistas de Alexandre à conquista romana. ! estoicismo-escola filosófica fundada na Grécia por Zênon, e que pretendia tornar o homem insensível aos males físicos e morais.

ORIGEM DE ROMA No início do 1° milênio a.C., havia na Itália, vários povos de diferentes origens e culturas. Entre eles, é importante lembrar os etruscos, os latinos, os sabinos e os gregos. O surgimento de uma organização defensiva reunindo aldeias de agricultores latinos e sabinos – Liga dos Sete Montes – em fins do século IX, deu origem à cidade de Roma. Para os romanos, ela teria surgido em 753 a.C.

A REALEZA Governo centralizado e monárquico. A cidade teria sido governada por sete reis, sendo o primeiro Rômulo (a quem os romanos atribuíam a fundação de Roma), e personagem envolto em lendas. Os romanos estavam organizados primitivamente em três tribos. Cada tribo congregava cem gentes (clãs). Do conselho, em que, às vezes, reuniram-se os chefes das “gentes”, parece ter surgido o senado (Conselho dos Anciões), do qual o rei devia ser um delegado.

ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA SOCIAL E POLÍTICA

A economia baseava-se em atividades agro-pastoris. A terra era a riqueza fundamental, o que definia o caráter aristocrático da sociedade. Os proprietários, patrícios, formavam a camada social dominante. Chamavam-se as gentes, porque se agrupavam numa unidade básica, o gens ou clã, cujos membros se reuniam em torno do mesmo chefe e cultuavam o mesmo antepassado. Havia também os parentes pobres, os clientes, que prestavam serviços e beneficiavam-se da proteção da família. O chefe tinha autoridade sobre todos. Os patrícios agrupavam-se em associações religiosas chamadas cúrias!. Quem não pertencesse a um clã, era considerado plebeu. Essa camada era em geral formada por estrangeiros, artesãos, comerciantes e donos de pequenos lotes pouco férteis. Vigorava o regime de governo monárquico. O rei tinha funções de chefe supremo, grande sacerdote e supremo juiz; seu poder era tido como de origem divina. A realeza se apoiava no Imperium (comando supremo) e no Auspicium (conhecimento da vontade divina). O Conselho de Anciãos, Senado, composto pelos chefes das famílias e sacerdotes, assessorava o rei. A Assembléia Curiata reunia os patrícios adultos, membros das 30 cúrias romanas. Os cidadãos dividiam-se em três tribos, ramnes e luceres, cada uma dividida em 10 cúrias. A tribo contribuía para a defesa do Estado com 100 cavaleiros a 10 centúrias – centúria era a unidade básica do exército romano, composta por 100 soldados armados à sua própria custa. No fim do ! cúrias-tribunal eclesiástico dos bispados; antiga divisão das tribos romanas; senado romano; lugar onde se reunia esse senado.

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período monárquico, toda a população foi repartida em distritos administrativos territoriais, com 4 tribos na cidade e 17 (depois 31) no campo. Isto deu origem à Assembléia Tribal, quebrando o monopólio patrício da Assembléia Curiata. Mas os patrícios ainda detinham a primazia das decisões, pois possuíam 17 tribos rurais, enquanto a plebe se repartia pelas 4 urbanas (cada tribo, um voto).

MONARQUIA: LENDA E HISTÓRIA

Não há informações historicamente exatas sobre esse período. Os dados foram obtidos a partir de lendas sobre os sete reinados. A lenda do rapto das sabinas dá a entender que ocorreu um processo de integração entre romanos e sabinos!, na época de Rômulo, primeiro rei de Roma. Numa Pompílio, Sabino de origem, organizou o culto religioso. Túlio Hostílio destruiu Alba Longa, conforme a lenda que narra a luta entre os Irmãos Horácios, campeões de Roma, e os Irmãos Curiácios, campeões de Alba. O quarto rei, Anco Márcio, fundou o porto de óstia e construí a ponte Sublicia sobre o Tibre. A partir de 640 a.C., Roma passa a ser governada por róis etruscos. Tarquínio, o Artigo, iniciou a construção de grandes obras. Sérvio Túlio fez o primeiro muro dividiu a cidade em 4 tribos urbanas e repartiu a população em cinco categorais sociais, de acordo com as posses de cada um. Tarquínio, o Soberbo, edificou o templo de Júbiter e a cioaca máxima, no sistema de esgotos. Foi deposto e expulso em 509 a.C., porque segundo a lenda, seu filho Sexto Tarquínio, violentou Lucrecia, filha de um aristocrata influente. O afastamento do terceiro rei etrusco marca o início do período republicano na história de Roma. Por que a aristocracia teria abolido a monarquia? Uma explicação teria sido a aproximação de Tarquínio com as camadas baixas, provocando reação do patriciado. Mas isto só teria sido possível, porque o império Etrusco estava em decadência, assaltado pelos gauleses e enfraquecido pela derrota para os gregos na Sicília. De qualquer modo, deve-se destacar que a República surgiu pela ação dos patrícios. Quem deu o golpe foi o Conselho dos Anciãos, que pretendia retornar o poder e o assumiu, de fato, no período republicano.

! sabinos-antigo povo da Itália que se reuniu com os latinos para formar um só povo com o nome de quirites.

A REPÚBLICA

• • Os Cônsules: eram encarregados do poder executivo. Eram em número de dois. Só governavam em época de paz. O “Cônsul Armatus” comandava a guerra e o “Cônsul Togatus” cuidava da administração. • • O Ditador: assumia o poder em época de guerra ou de perigo eminente. Era um só e governava apenas por seis meses. • • Os Pretores: faziam o poder judiciário. • • Os Censores: faziam o recenseamento a cada cinco anos e zelavam pelos bons costumes. • • Os Questores: cuidavam dos impostos e do tesouro do Estado. • • Os Edis: faziam o policiamento, organizavam os jogos e cuidavam do serviço de limpeza da cidade. • • Os Pontífices: cuidavam dos assuntos religiosos. • • Tribunos da Plebe (494 a.C.): representantes dos plebeus, buscavam defender seus direitos e julgar as causas pequenas surgidas entre eles. Os “Tribunos da Plebe” tinham o direito do verto.

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GUERRAS PÚNICAS

• Causas Choque entre Roma e Cartago pelo domínio do Mediterrâneo e disputa entre as suas cidades pela posse de Sicília. A guerra durou longos anos intercalados de períodos de paz. Nela se destacaram os generais Amílcar e Aníbal, cartagineses. E Cipão Emiliano, o general romano que comandou a destruição de Cartago. • Conseqüências das Guerras Púnicas As Guerras Púricas foram o marco da transformação de Roma numa grande potência mundial. Fizeram-na adonar-se do Mediterrâneo. Assinalaram o início do imperialismo romano. Com as guerras e conquistas, o luxo e a cultura helenística penetraram em Roma. Terminou a fase estóica e austera. No aspecto social e econômico, o proletariado urbano e o campesina to se arruinaram, multiplicou-se o número de escravos, uma rica burguesia financeira e mercantil (Éqüites) passou a revalizar em ostentação e poder com a nobreza senatorial (Nobilitas), que se apoderou das terras conquistadas (Ager Publicus), e as transformou em imensos latifúndios. O “Ager Publicus” era o conjunto de terras do Estado. Depois das Guerras Púnicas, o abismo surgido entre uma minoria opulenta e uma massa marginalizada ocasionou a proliferação de lutas civis, e acarretou a instabilidade e a falência das instituições.

AS CONQUISTAS DA REPUBLICA Os romanos, entre os anos 400 a.C. e 270 a.C., conquistaram os povos da Península Itálica. Com as Guerras Púnicas, os romanos conquistaram a Espanha e o Norte da África. O Oriente foi conquistado, boa parte, pelo general Crasso: Macedônia, Grécia e Síria. Julio César conquistou as Gálias (atual França) e o Egito.

Durante o Império, Roma aumentou mais ainda seus domínios.

AS LUTAS SÓCIO-POLÍTICAS

• Patrícios X Plebeus A luta entre os patrícios e os plebeus começou em 494 a.C., e só terminou por volta de 286 a.C. No fim desse período, os plebeus tinham conseguido uma certa igualdade de direitos em relação aos patrícios. A primeira revolta da plebe ocorreu em 494 a.C., quando os plebeus de Roma se retiraram para o Monte Sagrado, e resultou na criação do Tribuno da Plebe, que tinha o direito do veto. A segunda revolta aconteceu em 450 a.C., quando os plebeus exigiram a redação da lei, que foi então codificada em doze tábuas de bronze (as primeiras leis escritas de Roma). A terceira revolta, em 445 a.C., terminou com a criação da Lei Canuléia, que permitia o casamento entre patrícios e plebeus. A quarta revolta resultou a Lei Licínia Sextia, que praticamente aboliu a escravidão por dívida, e abriu aos plebeus a participação no Consulado. Durante a quinta revolta (287 – 286 a.C.), foi conseguida a vitória mais importante, quando o plebiscito passou a ter forma de lei, pela Lei Hortência. A luta da plebe foi longa e penosa, mas gradativamente, foi conquistado o direito à participação em todas as magistraturas da República; da Ditadura ao Pontificado: Lei Oguinia. A miséria das classes inferiores provocadora de revoltas de escravos e plebeu pobres, severamente reprimida, preocupou profundamente dois tribunos: Tibério e Caio Graco, filhos de um nobre. Os Graco tentaram reagir contra a oligarquia (governo nas mãos de classe aristocrática), esforçando-se para restabelecer a classe média dos pequenos proprietários rurais, que haviam feito a grandeza de Roma. Tibério Graco propôs a Lei Agrária, segundo a qual ninguém deveria possuir mais do que trezentos e dez acres de terra, ficando o excedente para o Estado, que assim poderia arrendá-la aos cidadãos pobres. Essa lei foi aprovada, e Tibério assassinado pelos patrícios, prejudicados com tal lei. Em 123 a.C. Caio Graco, eleito tribuno da plebe, introduziu reformas eleitorais, concedeu aos cavaleiros privilégios da classe senatorial; e criou a famosa Lei Frumentária: distribuição de trigo a preços mais baixos. Caio Graco e seus partidários foram massacrados pelos patrícios.

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• Revolta de Espártaco

Era um gladiador que chefiou uma série de revoluções servis contra o domínio romano, alguns anos depois da morte de Sila; terminou derrotado e morto (73-71 a.C).

• Cícero e Catilina Catilina, nobre arruinado, decidiu fazer uma conspiração contra o Senado. Descoberto por Cícero, foi denunciado por este, e morto (62 a.C.). Os discursos de Cícero deram origem às “Catilinárias”.

OS TRIUNVIRATOS A expansão romana provocou uma grave crise interna em Roma. A guerra, ao mesmo tempo em que favorecia o enriquecimento dos patrícios e de alguns membros da plebe, agravava, por outro lado, a situação geral dos plebeus. Os comandos dos exércitos eram disputados pelo prestígio político. As dificuldades se agravavam e, repetidamente, para estabelecer a ordem, o Senado era obrigado a entregar o governo a um “ditador” (magistrado que, durante seis meses, exercia o poder sem limitações).

• 1º Triunvirato Em 60 a.C., César, Pompeu e Crasso formaram o Primeiro Triunvirato. Os triúnviros! dividiram entre si a República: César ficou com a Gália, Pompeu com a Espanha e Crasso com a Síria. Após uma acirrada disputa entre eles, César saiu vencedor, conquistando o poder como Ditador Vitalício. César transformou o Egito em protetorado, governado pela rainha Cleópatra. Depois passou a eliminar os herdeiros de Pompeu, na África e na Espanha. A ditadura de César, em Roma, foi marcado pelo acúmulo de títulos, como nunca tinha acontecido antes. César tornou-se: Sumo Pontífice, Ditador Perpétuo, Censor Vitalício, Cônsul Vitalício, Tribuno da Plebe.

! triúnviros-cada um dos três magistrados romanos incumbidos da suprema administração; membro de um triunvirato.

Realizou várias reformas: limitou a distribuição de trigo, construiu obras públicas e reformou o calendário, trazendo o sábio Sosígenes, do Egito, para reformular o calendário. César pretendia tornar hereditários os seus poderes, que já eram vitalícios. Para conseguir esse objetivo, tinha que se tornar rei. Mas acabou assassinado por um grupo de senadores liderados por Bruto e Cássio.

• 2° Triunvirato Com o assassinato de César, surgiu o

Segundo Triunvirato, formado por Otávio, Marco Antonio e Lépido.

Marco Antônio, no Egito, tentou um golpe, juntando-se a Cleópatra. Porém, acabou derrotado por Otávio. Ao conquistar o Egito, Otávio apoderou-se dos caleiros de trigo e das riquezas dos faraós: formou então, um poderoso exército, o passou a abastecer de trigo a plebe romana. Regressando do Egito, Otávio foi recebido em triunfo, e implantou o Império (27 a.C.).

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O IMPÉRIO ROMANO

O primeiro imperador de Roma foi Otávio César Augusto, que governou até 14 d.C. Otávio governou sob a denominação de Augusto (venerável). Manteve em teoria, uma estrutura republicana. Assumiu, primeiramente, o título de “Princeps” (1° cidadão), mais tarde imperador. Na prática, juntou ao poder supremo conferido pelo “imperium” (donde imperador), as atribuições administrativas e judiciárias das várias magistraturas e o pontificado máximo. O senado e os “comícios” passaram a abdicar anualmente de seus poderes, para o imperador. Recebeu ainda, o título de César e de Pontífice Máximo.

Foram realizações de Augusto: - Criação de guarda pretoriana. -Organização de um novo sistema de

impostos. - Embelezamento de Roma

- Desenvolvimento econômico. - Paz interna (“Pax Romana”). - Desenvolvimento da literatura.

foi durante o governo de augusto, que nasceu jesus cristo, na província romana da judéia.

Os “Doze Césares” – a expressão “César” passou a significar título político. Onze imperadoras receberam esse título, formando assim, os Doze Césares, somados a Júlio César. Eis alguns dos mais famosos imperadores:

Césares: − Augusto (27 a.C. a 14 d.C.). − Tibério (14-37): morte de Cristo, déspota. − Calígula (37-41): déspota. − Cláudio (41-54): boa administração,

déspota. − Nero (54-68): perseguição aos cristãos,

déspota. Antônios:

− Trajano (98-117): boa administração, máxima extensão territorial.

− Adriano (117-138): reformulação do direito, boa administração, êxodo judeu.

− Marco Aurélio (161-180): filósofo, moralização, luta para conter o avanço bárbaro.

Outros Imperadores famosos:

− Diocleciano (284-312): dividiu o império para melhor governar, formando a tetrarquial. O latim tornou-se língua oficial do Império. Fortaleceu o Império. Permitiu o estabelecimento dos bárbaros nas fronteiras. Perseguição aos cristãos: “Era dos Mártires”.

− Constantino (306-337): fez o “Edito de Milão” (313): liberdade de culto aos cristãos. Aproximou Igreja-Estado. Construiu Constantinopla, nova capital do Império. Fez grandes reformas administrativas, visando deter o enfraquecimento do Império.

− Juliano (361-363): foi bom administrador. Voltou-se ao paganismo e fez uma das mais violentas perseguições aos cristãos, o que lhe valeu o cognome de “Juliano, o Apóstata”.

− Teodósio (392-395): o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império: “Edito de Tessalônica”, em 390. Permitiu aos bárbaros se

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instalarem pacificamente dentro das fronteiras do Império. Dividiu o Império entre seus filhos: Honório (Império do Ocidente) e Arcádio (Império do Oriente) em 395.

A CULTURA ROMANA

Uma das características do espírito romano, era a dedicação à pátria e a obediência às leis consagradas no Direito Romano. O Direito Público abrangia: • Jus Civile (Direito Civil): lei de Roma e dos seus cidadãos. • Jus Gentium (Direito Estrangeiro): era a lei comum a todos os homens, sem considerar a sua nacionalidade. • Jus Naturale (Direito Natural): uma filosofia, não um produto de prática jurídica. Essa filosofia era derivada das doutrinas estóicas. Cícero foi o pai do direito natural. O Direito Pretoriano! era o conjunto dos editos dos pretores. Os romanos não eram grandes apreciadores da arte e das coisas do espírito, dedicavam-se mais aos problemas práticos. A influência grega chegou aos romanos, através das colônias gregas do sul da Itália. A arte das civilizações primitivas da Península itálica. Deixou alguns conceitos importantes, como os de simetria e axialidade, além da noção de conjunto. A manifestação mais significativa da arte romana foi a arquitetura; os romanos utilizavam materiais novos, como o cimento e os tijolos; técnicas novas, como o arco e a abóbada; seu estilo foi irritado pelas igrejas cristãs. A literatura manifestou-se com os escritores: Catão, Cícero (“As Catilinárias”), Júlio César (“De Bello Galico”), Vergílio (“Eneida”), Petrônio e Sêneca. Na escultura, a arte romana destacou-se na produção de bustos, caracterizados pela reprodução exata do modelo, longe da idealização dos gregos, devem ser mencionados também, os baixos relevos comemorativos das grandes vitórias.

O CRISTIANISMO Surgiu na Judéia, reino governado por Herodes, aliados dos romanos. Sua doutrina era universal: ensinava o bem, o amor ao próximo e a existência de uma vida extraterrena. Os apóstolos ficaram encarregados de difundir a doutrina ensinada por Jesus. Entre os apóstolos, destacou-se Paulo, judeu, convertido ao cristianismo que fez diversas viagens e escreveu 14 cartas (epístolas). O fato de respeitarem o Imperador como um deus, e praticarem uma doutrina que significava

! pretoriano-relativo ao pretor; cartório de casamentos.

uma ameaça à estrutura do Império, fez com que os cristãos fossem perseguidos. Nero desencadeou a 1ª perseguição, depois ocorreram mais nove, a mais violenta no governo de Diocleciano. Constantino mandou parar as perseguições e legalizou o cristianismo pelo Edito de Milão, introduzindo, no Império a liberdade religiosa. Com Teodósio, em 390, o cristianismo tornou-se a religião oficial do Estado; o paganismo foi abolido.

A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO

No século III, o Império enfrentou grave crise. Com a morte de Cômodo, o último dos Antoninos, iniciou-se uma violenta disputa pelo poder. As principais causas da decadência do Império Romano foram:

− O enfraquecimento do governo, provocado pelas lutas pelo poder e pela incompetência de muitos governantes. − O enfraquecimento do exército que, formado sem muita seleção, tornava-se fiel ao general que o comandava, e não ao Império. − As constantes revoltas nas províncias de se multiplicavam, na medida em que o governo romano se enfraquecia. − A pressão dos povos bárbaros, que eram tribos seminômades e constituíram uma séria ameaça à integridade do Império. − A decadência dos costumes, que provocou o relaxamento dos princípios morais e a despreocupação com o destino do Império.

OS POVOS BARBAROS

Os principais povos bárbaros foram os germanos (francos, visigodos, ostrogodos, lombardos, gauleses, anglo-saxões), os eslavos, os tártaros (hunos e mongóis) e celtas. A maioria desses povos viviam o “Modo de Produção Germânico”. Trouxeram consigo seu sistema econômico: trocas naturais e exploração coletiva da terra, por meio de cultivos agrícolas e da criação de rebanhos. Modos de produção: combinavam a propriedade comum e a propriedade individual do solo. Mas, aos poucos, os camponeses livres foram perdendo a sua independência individual, sendo submetidos à autoridade de uma nova nobreza. As leis germânicas baseavam-se no “wegeid”, que consistia numa reparação do prejuízo causado. Quando um crime era cometido e não havia testemunhas, procurava-se produzir provas através dos “Ordálios” e do “Duelo Judicial” ou “Juízo de Deus”. Quando se estabeleceram no Império Romano, a economia estava em grande decadência.

Deus cuida de nós, mesmo quando nãotemos consciência disso. Ele sempre enviaa Sua Luz.

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AS INVASÕES E SUAS CONSEQÜÊNCIAS Atraídos pela riqueza do Império, muitos povos bárbaros o invadiram. Principalmente os visigodos, os ostrogodos, os vândalos, os anglo-saxões e os lombarbos. As conseqüências dessas invasões foram: • Fragmentação do Império Romano do Ocidente; o rei dos hérulos, Odoacro, destronou o último imperador romano do Ocidente – Rômulo Augustulo, em 476 d.C. • Ruralização da economia. • As instituições bárbaras contribuíram para o aparecimento do feudalismo. • Abandono da língua latina, dando lugar no aparecimento das línguas anglo-saxônicas. • Interesse pela liberdade e pelos usos simples e sadios. • Os reinos cristãos

Três importantes reinos bárbaros surgiram na Europa, além de outros menores:

EXERCÍCIOS

01. Responda à questão abaixo: Qual a origem dos macedônios? ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ 02. Assinale a alternativa correta: a) Filipe II interveio na Grécia depois que os

focídios, povo da Tessália, invadiram terras do Santuáriode Deifos.

b) Filipe era um péssimo diplomata.

c) Alexandre Magno assumiu o trono de um Egito organizado.

d) Alexandre Magno nunca usou de violência para conquistar as cidades gregas.

03. Assinale V ou F. ( ) A civilização helenística resultou da fusão da

cultura helênica (grega) com a cultura do Oriente Médio, principalmente persa e egípcia.

( ) O estoicismo acentuava a firmeza de espírito, indiferença à dor e submissão à ordem natural das coisas.

( ) O epicurismo aconselhava a busca do prazer.

( ) No início, Roma tinha a economia baseada em atividades agropastoris.

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04. Responda à questão abaixo: Qual é a origem de Roma?

________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ 05. Complete as lacunas: a) Os patrícios agrupavam-se em associações

____________________chamadas cúrias. b) Quem não pertencesse a um clã, era

considerado _______________________. c) A lenda do ________________das sabinas dá a

entender que ocorreu um processo de integração entre __________________ e sabinos.

d) A República surgiu pela ação dos_________. 06. Relacione as colunas: a) Cônsules. b) Ditador. c) Pretores. d) Censores. ( ) Assumia o poder em época de guerra ou de

perigo eminente ( ) Eram dois, e eram encarregados do poder

executivo nos tempos de paz. ( ) Faziam o recenseamento a cada cinco ano e

zelavam pelos bons costumes. ( ) Faziam o poder judiciário.

07. Responda à questão abaixo:

Quais foram as causas das Guerras Púnicas? ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ 08. Assinale V ou F. ( ) As Guerras Púnicas foram o marco da

transformação de Roma numa grande potência mundial.

( ) Com as guerras e conquistas, o luxo e a cultura helenística penetraram em Roma.

( ) Depois das Guerras Públicas, o abismo surgido entre uma minoria opulenta e uma massa marginalizada, ocasionou a proliferação de lutas civis.

( ) Durante o Império, Roma aumentou mais ainda seus domínios.

09. Assinale a alternativa correta: a) A expansão romana provocou uma grave crise

interna em Roma. b) O primeiro imperador de Roma, foi D. Pedro I. c) Foi durante o governo de Teodósio que nasceu

Jesus Cristo. d) O cristianismo surgiu no Egito, na época de

Cleópatra.

TESTES 01. Associe corretamente as colunas e assinale a

alternativa correta: I. Autoridade máxima da República Romana. II. Administravam a justiça em Roma. III. Organizavam jogos e festividades públicas em

Roma. IV. Autoridade máxima da Monarquia Romana. V. Título de Júlio César. ( ) Ditador perpétuo. ( ) Senado. ( ) Prestores. ( ) Edis. ( ) Rei. a) V – I – II – III – IV b) V – II – III – I - IV c) V – IV – III – II – I d) I – IV – III – V - II e) IV – V – I – II – III 02. Na administração da Roma Antiga, o pretor era

o encarregado de: a) Chefiar os exércitos nas campanhas militares. b) Promover o censo qüinqüenal. c) Fiscalizar a execução orçamentária. d) Ministrar justiças. e) Zelar pelo abastecimento. 03. Some as alternativas corretas.

Na República Romana destacam-se determinados elementos estruturais:

1) Na estrutura político-social, a presença de traços monárquicos (magistraturas), aristocráticos (senado) e democráticos (assembléias).

2) Na estrutura social, a obtenção gradativa de certa igualdade de direitos pela plebe em relação aos patrícios.

4) Na estrutura espacial, a conquista do Mediterrâneo que passou a ser Mar Romano.

8) Na estrutura administrativa, a variedade na concessão de estatuto a cada povo conquistado, como estratégia de organização.

16) Na estrutura cultural, a assimilação da influência helênica e helenística.

04. Eram funções básicas dos cônsules, os mais

importantes magistrados durante a República Romana.

a) Administrar as finanças públicas. b) Administrar a justiça. c) Comandar o exército, dirigir o Estado e convocar

o Senado. d) Cuidar do recenseamento dos cidadãos e da

vigilância dos costumes.

e) Administrar aspectos da vida da cidade de Roma como: abastecimento, festas públicas, edifícios públicos, policiamento e outras.

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05. “É quando são feridos de morte que os animais dão mordeduras mais venenosas. Assim, Cartago, meio destruída, causou mais tormentos do que quando estava de pé (...) quando não houve mais esperança, 40 mil homens renderam-se e, coisa incrível, o seu chefe Asdrúbal rendeu-se com eles (...) Mas sua mulher, arrastando seus dois filhos, atirou-se do alto de sua casa ao meio das chamas, e essa camificina e o incêndio duraram oito dias”.

(Políbio, “Histórias”) O texto acima trata de um conflito violento na história romana. Sobre ele podemos concluir que:

a) Não produziu efeitos maiores para a sociedade romana, que se estagnou.

b) Seus efeitos foram passageiros, não alterando a economia romana.

c) Levou à consolidação de Cartago como potência hegemônica no Mediterrâneo.

d) Conduziu Roma à condição de maior potência do Mediterrâneo e a novas conquistas.

e) Basicamente, terminou como um empate técnico entre Roma e os cartagineses.

06. “Os animais selvagens da Itália têm cada um a

sua toca, o seu covil; e aqueles que lutam, combatem e morrem pela Itália têm apenas o ar e a luz (…) guerreiam o morrem unicamente para o incremento do luxo e da opulência dos outros: são chamados senhores do mundo e não têm para eles nem um pedaço de terra”.

(Tibério Graco) Pelo texto podemos concluir que:

a) Os processos de conquistas foram benéficos para o conjunto da sociedade romana.

b) Os romanos lutavam, viviam e morriam para que seus filhos tivessem um bom futuro.

c) Na realidade, as conquistas não trouxeram alterações para o povo de Roma, que manteve um estilo humilde de vida.

d) Nada podemos concluir, pois o texto não nos oferece subsídios para isso.

e) As conquistas conduziram à acumulação de capitais nas mãos de elite e levaram ao empobrecimento do povo.

07. A expansão de Roma durante a República, com

o conseqüente domínio da bacia do Mediterrâneo, provocou sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as quais:

a) Marcado processo de industrialização, êxodo urbano, endividamento do Estado.

b) Fortalecimento da classe plebéia, expansão da pequena propriedade, propagação do cristianismo.

c) Crescimento da economia agro-pastorial, intensificação das exportações e aumento do trabalho livre.

d) Enriquecimento do Estado romano, aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes, aumento do número de escravos.

e) Diminuição da produção nos latifúndios, acentuado processo inflacionário, escassez de mão-de-obra escrava.

08. Uma das mais importantes contribuições dos

romanos para a posteridade foi o direito. Sobre a famosa “Lei das Doze Tábuas”, análise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta:

I. Trata-se de lei editada no período de Júlio

César. II. Considera-se a primeira lei escrita e

sistematizada do Direito Romano. III. Permitia o casamento entre patrícios e plebeus. IV. Foi elaborada pelos decênviros. V. Admitia, ainda, a pena de Talião. Estão corretas as afirmativas: a) I, III e IV b) II, IV e V c) I, IV e V d) II, III e V e) II e III 09. Some as alternativas corretas.

Na estrutura de poder da República Romana, o Senado constitui o órgão de maior expressão política, tendo, à época, importantes atribuições, dentre as quais se destacam as seguintes:

1) Encarregar-se da cobrança de imposto. 2) Dirigir a política externa. 4) Autorizar despesas. 8) Preparar lei junto aos cônsules. 16) Recrutar tropas. 10. A penetração dos bárbaros no Império Romano: a) foi realizada sempre através de invasões

armadas; b) realizou-se a partir do século VI, quando o

Império entrou em decadência; c) verificou-se inicialmente sob a forma de

migrações pacificas e, posteriormente, através de invasões.

d) Foi realizada sempre de maneira pacifica; e) Verificou-se principalmente nos séculos II e III. 11. (FAAP) Entre os principais povos bárbaros que

invadiram o Império Romano, podemos citar: a) os vândalos; b) os francos; c) os visigodos; d) os ostrogodos; e) todas as anteriores.

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GLOSSÁRIO ! bípede-que tem dois pés. ! arcada-abertura em arco. ! mandíbula-maxilar inferior. ! fugidia-impalpável. ! occipital-constitutivo da face póstero-inferior do crânio. ! barbárie-estado ou condição de bárbaro, selvageria. ! primata-o homem. ! nômade-que não tem habitação fixa. ! mamutes-elefante fóssil que viveu na Europa e Ásia na era quartenária. ! arpões-fisga grande de aferrar peixes ou cetáceos; arma indiana. ! ressequido-seco; mirrado. ! paliçadas-estacada defensiva. ! megalíticos-monumentos pré-historicos, feitos de grandes blocos de pedras. ! arianos- família lingüística indo-européia. ! semitas-família etnográfica e lingüística, que compreende os hebreus, os assírios, os aramaicos, os fenícios e os árabes; em sentido restrito, os judeus. ! hititas-povo da antiguidade que ocupou a Ásia Menor. ! medo-homem natural da antiga média. ! persas-habitante da Pérsia. ! húmus-matéria orgânica em decomposição, rica em elementos nutritivos para as plantas. ! semítica-relativo aos judeus. ! núbia-habitante da Núbia (África). ! hieróglifos-escrita ilegível. ! nomos-divisão territorial do antigo Egito. ! papiro-planta utilizada pelos egípcios, na escrita. ! sarcófagos-sepulturas. ! coexistiam-existir simultaneamente. ! teocrático-governo em que o poder reside na classe sacerdotal. ! politeístas-religião em que há pluralidade de deuses; paganismo. ! deificação-divinização. ! cisma-separação do corpo e da comunhão de uma religião. ! diáspora-dispersão de povos por motivos políticos ou religiosos. ! monoteísmo-adoração de um só Deus; sistema dos que admitem a existência de um único Deus. ! diásporas-dispersão de povos por motivos políticos ou religiosos. ! ourivesaria- arte de ourives; oficina ou loja de ourives. ! cosmogônica-sistema hipotético da formação do universo ! ariana-relativo aos árias ou à família lingüística indo-europeia; sectário do arianismo ! filípicas-discurso violento e injurioso. ! nó górdio-nó dificil de ser desatado. ! helenística-período histórico que vai das conquistas de Alexandre à conquista romana. ! estoicismo-escola filosófica fundada na Grécia por Zênon, e que pretendia tornar o homem insensível aos males físicos e morais.

! cúrias-tribunal eclesiástico dos bispados; antiga divisão das tribos romanas; senado romano; lugar onde se reunia esse senado. ! sabinos-antigo povo da Itália que se reuniu com os latinos para formar um só povo com o nome de quirites. ! triúnviros-cada um dos três magistrados romanos incumbidos da suprema administração; membro de um triunvirato. ! pretoriano-relativo ao pretor; cartório de casamentos

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste módulo, você encontrou conteúdos, textos e interpretações para apoiá-lo no seu Curso.

Aqui foi lançado um olhar diferenciado para a Educação de Jovens e Adultos, acolhendo seus

conhecimentos, motivações e interesses.

Não pretendemos de forma alguma ditar receitas infalíveis. Nosso desafio é possibilitar todos os

usos possíveis da palavra como elemento de conquista da competência comunicativa de auto-realização e

da cidadania. Mas esse desafio é um caminho a ser trilhado e trabalhado. Portanto, estudem

intensamente, pois o estudo é o ponto central da nossa vida. Todavia, nós professores advertimos que é

uma grande necessidade para competirmos no mercado em igualdade de oportunidades.

Agora, vamos ao seu desempenho. Estude os assuntos detalhadamente. Se tiver duvidas, ligue

por telefone (61 – 30378860), ou acesse o nosso site (www.colégiopolivalente.com.br) . O importante é

que você passe para o tema seguinte quando dominar bem o que constava do anterior.

O seu sucesso é o sucesso do CIP,

Afinal, o CIP é você!!!!!