DECLEI

Embed Size (px)

DESCRIPTION

decreto lei crea

Citation preview

D E C R E T O S - L E I S

DECRETO-LEI N 24.693, DE 12 JUL 1934

Regula o exerccio da Profisso de Qumico

O Chefe do Governo Provisrio da Repblica dos Estados Unidos do Brasil, na conformidade do art. 1 do Decreto n 19.398, de 11 de novembro de 1930, resolve subordinar o exerccio da profisso de qumico s disposies seguintes:Art. 1 - No territrio da Repblica, s podero exercer a profisso de qumico os que possuirem diploma de qumico industrial agrcola, qumico industrial, ou engenheiro qumico, concedido por escola superior oficial ou oficializada e registrado no Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio. 1 - Aos diplomados no estrangeiro ser aplicada a legislao federal do ensino superior no que concerne revalidao do respectivo diploma. 2 - Como regime de adaptao, gozaro tambm dos foros de qumico aqueles que, por ocasio da publicao deste decreto, provarem achar-se no exerccio efetivo de funo pblica, ou no de particular, para a qual seja exigida a qualidade de qumico, devendo dentro do prazo de um ano, a contar da data da referida publicao, efetuar o seu registro na repartio competente.Art. 2 - No preenchimento de cargos pblicos de qumico, a partir da publicao deste decreto, ser exigido, como condio essencial e imprescindvel, que os candidatos satisfaam as prescries do art. 1.Art. 3 - S os profissionais que tenham satisfeito o disposto no art. 1 podero usar o ttulo de qumico.Art. 4 - O exerccio da profisso de qumico compreende:a) a fabricao de produtos e subprodutos, em seus diversos graus de pureza;b) anlise qumica, pareceres, atestados e projetos de especialidade, e sua execuo, percia civil ou judiciria; direo e responsabilidade de laboratrios ou departamentos qumicos de indstrias e empresas comerciais;c) magistrio nos cursos superiores especializados em qumica;d) engenharia qumica.Art. 5 - Faro f pblica os certificados de anlises qumica, pareceres, atestados, percias e projetos da especialidade assinados por profissionais que satisfaam as condies do art. 1.Art. 6 - facultado aos qumicos habilitados nos termos do art. 1 , o ensino de sua especialidade nas escolas superiores oficiais e oficializadas, sendo-lhes, na hiptese de concurso, assegurada a preferncia, uma vez verificado igualdade de condies.Art. 7 - Fica atribuda, aos qumicos habilitados de acordo com o art. 1 a execuo dos servios no especificados no presente decreto que, por sua natureza, exijam o conhecimento da qumica.Art. 8 - O nmero de qumicos estrangeiros em cada servio no poder exceder 1/3 (um tero) dos profissionais brasileiros nele engajados.Art. 9 - Ser suspenso do exerccio de suas funes, independentemente das penalidades em que incorrer o qumico que incidir em algum dos seguintes itens:a) improbidade profissional, falso testemunho, quebra de sigilo profissional, falsificao;b) concorrer, com os seus conhecimentos cientficos para a prtica de crimes ou atentados contra a Ptria, a ordem social, ou sade pblica.Art. 10 - A apresentao do ttulo registrado ou de certificado de registro de qumico ser exigido, pelas autoridades federais, estaduais ou municipais, para assinatura de contratos, termos de posse de cargos e desempenho de quaisquer funes inerentes respectiva profisso.Art. 11 - Os indivduos que exercerem a profisso de qumico sem terem preenchido as condies do art. 1, ou sem haverem efetuado o seu registro, incorrero na multa de duzentos mil ris (200$000) a cinco contos de ris (5.000$000), que ser elevada ao dobro em caso de reincidncia.Pargrafo nico - A inobservncia de disposies do presente decreto por parte das firmas ou profisses cujos servios estejam nele previstos, ser punida com a multa estipulada neste artigo.Art. 12 - A fiscalizao de execuo deste decreto cabe ao Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio.Art. 13 - Os recursos que houverem de ser interpostos das decises proferidas em virtude deste decreto e a cobrana executiva das multas por efeito do mesmo aplicados obedecero ao disposto no decreto n 22.131, de 23 de novembro de 1932.Art. 14 - O presente decreto entrar em vigor na data de sua publicao.Art. 15 - Revogam-se as disposies em contrrio.

Rio de Janeiro, 12 de julho de 1934, 113 da Independncia e 46 da Repblica

GETLIO VARGASJoaquim Pedro Salgado Filho

DECRETO-LEI N 3.995, DE 31 DEZ 1941 ((1) Revogado tacitamente pela Lei n 5.194/661)

Estabelece para os profissionais e organizaes sujeitas ao regime do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, a obrigao do pagamento de uma anuidade aos Conselhos Regionais de que trata o mesmo decreto. e d outras providncias.

O Presidente da Repblica, usando da atribuio que lhe confere o Art. 180 da Constituio, decreta:

Art. 1 - Os profissionais, diplomados ou no, habilitados de acordo com o Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, ficam obrigados ao pagamento de uma anuidade de 20$000 (vinte mil-ris) ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura a cuja jurisdio pertencerem. ((2) Alterado pelo Art. 21 do Decreto-Lei n 8.6202)

1 - O pagamento da anuidade ser efetuado at 31 de maro de cada ano, devendo, no primeiro ano de exerccio da profisso, realizar-se na ocasio de ser expedida a carteira profissional ou o carto de autorizao. ((3) Alterado pelo Art. 23 do Decreto-Lei n 8.6203)

2 - O pagamento da anuidade fora do prazo estabelecido pelo 1 far-se- em dobro da importncia estabelecida neste artigo. ((4) Ibidem(5) Alterado pelo Art. 22 do Decreto-Lei n 8.6204)

Art. 2 - As firmas, sociedades, empresas, companhias ou quaisquer organizaes que explorem qualquer dos ramos da Engenharia, da Arquitetura ou da Agrimensura ficam obrigadas a pagar uma anuidade de 100$000 (cem mil-ris) ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura a cuja jurisdio pertencerem. ((6) Ibidem5)

1 - O pagamento da anuidade dever ser feito dentro do prazo estabelecido no 1 do Art. 1, observado, para os casos de pagamento fora de prazo, o que estabelece o 2 do mesmo artigo.

2 - O pagamento da primeira anuidade dever realizar-se na ocasio de ser feita a inscrio inicial no Conselho Regional. (6)

Art. 3 - Quando um profissional ou uma organizao que explore qualquer dos ramos da Engenharia, da Arquitetura ou da Agrimensura tiver exerccio em mais de uma Regio, dever pagar a anuidade ao Conselho Regional em cuja circunscrio tiver sede, devendo, porm, registrar-se em todos os demais Conselhos interessados e comunicar por escrito a esses Conselhos, at 30 de abril de cada ano, a continuao de sua atividade, ficando o profissional, alm disso, obrigado, quando requerer o registro em determinado Conselho, a submeter sua carteira profissional ao visto do respectivo presidente.

Art. 4 - S podero ser admitidos nas concorrncias para servios pblicos de Engenharia, Arquitetura e Agrimensura, e encarregados da execuo de tais servios, profissionais e organizaes que exibam recibo que prove quitao de suas anuidades, de acordo com o que o presente Decreto estabelece.

Art. 5 - Ao Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura caber a quinta parte de todas as rendas brutas dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura, exceo das provenientes de doaes, legados e subvenes, derrogado o Art. 24 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933.

Art. 6 - Ficam assim reduzidas as multas estabelecidas pela alnea "b" do Art. 38 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933: ((7) Revogado pelo Art. 34 do Decreto-Lei 8.6207)

(I) por infrao do Art. 8 e seus pargrafos, de 300$000 ( trezentos mil ris) a 500$000 (quinhentos mil ris);

(II) por infrao do Art. 17, de 500$000 (quinhentos mil ris) a 1:000$000 (um conto de ris).

Art. 7 - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura podero, por procuradores seus, promover, perante o Juzo da Fazenda Pblica e mediante o processo do executivo fiscal, a cobrana das contribuies ou penalidades previstas no Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, e neste Decreto-Lei.

Art. 8 - Incorrer na multa de 1:000$000 (um conto de ris) a 2:000$000 (dois contos de ris) e na suspenso do exerccio da profisso pelo prazo de seis meses a um ano, o profissional diplomado que acobertar, com seu nome ou com sua assinatura, o exerccio ilegal da profisso.

Pargrafo nico - A infrao deste Artigo considerada ato desabonador, ficando, conseqentemente, o profissional no-diplomado que a praticar sujeito sano do pargrafo nico do Art. 3 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933.

Art. 9 - O profissional suspenso do exerccio da profisso fica obrigado, sob pena de busca e apreenso, ao pagamento de custas e multa de 1:000$000 (um conto de ris) a 2:000$000 (dois contos de ris), a depositar a carteira ou documento de registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura que tiver aplicado a penalidade, at expirao do prazo de suspenso. ((1) Revogado tacitamente pela Lei n 5.194/66(2) Ibidem(3) Ibidem1)

Art. 10 - O profissional no-diplomado que tiver sua licena ou autorizao cassada fica obrigado, sob pena de busca e apreenso, ao pagamento de custas e multa de 2:000$000 (dois contos de ris) a 5:000$000 (cinco contos de ris), a devolver a carteira ou carto de autorizao ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura que tiver aplicado a penalidade, dentro de 15 (quinze) dias da cincia da deciso final, dada por edital ou notificao direta.

Art. 11 - A falta de pagamento de uma multa devidamente confirmada, que tenha sido aplicada de acordo com o Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, ou com o presente Decreto-Lei, importar, depois de decorridos 30 (trinta) dias da notificao, feita diretamente ou por meio de edital, na suspenso, por 90 (noventa) dias, do profissional ou da organizao que tiver incorrido nesta falta.

Art. 12 - Para que seja possvel a inscrio das anotaes estabelecidas por este Decreto-Lei, o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura instituir um novo tipo de carteira profissional e de carteira de autorizao para ser adotado em todas as Regies, em substituio s atuais carteiras profissionais e aos atuais cartes de autorizaes. (2)

Pargrafo nico - A substituio das carteiras e dos cartes antigos pelos do novo tipo ser feita sem que possa ser exigido qualquer pagamento aos profissionais. (3)

Art. 13 - Os casos omissos verificados no Decreto Federal n 23.569, de 11 DEZ 1933, e no presente Decreto-Lei sero resolvidos pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura.

Art. 14 - Revogam-se as disposies em contrrio.

Rio de Janeiro, 31 DEZ 1941; 120 da Independncia e 53 da Repblica.

GETLIO VARGASDulphe Pinheiro Machado

Publicado no D.O.U. DE 12 DE JAN 1946 e 24 DE JAN 1946

DECRETO-LEI N 5.452, DE 01 MAI 1943

Aprova a Consolidao das Leis do Trabalho

Seo XIIIDos Qumicos

Art. 325. livre o exerccio da profisso de qumico em todo o territrio da Repblica, observada as condies de capacidade tcnica e outras exigncias previstas na presente Seo:a) aos possuidores de diploma de qumico, qumico industrial, qumico industrial agrcola ou engenheiro qumico, concedido, no Brasil, por escola oficial ou oficialmente reconhecida;b) aos diplomados em qumica por instituto estrangeiros de ensino superior, que tenham de acordo com a lei e a partir de 14 de julho de 1934, revalidado os seus diplomas;c) aos que, ao tempo da publicao do Decreto 24. 693, de 12 de julho de 1934, se achavam no exerccio efetivo de funo pblica ou particular, para a qual seja exigida a qualidade de qumico e que tenham requerido o respectivo registro at a extino do prazo fixado pelo Decreto-lei 2. 298, de 10 de junho de 1940. 1 Aos profissionais includos na alnea c deste artigo se dar, para os efeitos da presente Seo, a denominao de "licenciados". 2 O livre exerccio da profisso de que trata o presente artigo s permitido a estrangeiros, quando compreendidos:a) nas alneas a e b independentemente de revalidao do diploma, se exerciam legitimamente na Repblica, a profisso de qumico em a data da promulgao da Constituio de 1934;b) na alnea b, se a seu favor militar a existncia de reciprocidade internacional, admitida em lei, para o reconhecimento dos respectivos diplomas;c) na alnea c, satisfeitas as condies nela estabelecidas. 3 O livre exerccio da profisso a brasileira naturalizados, est subordinado prvia prestao do servio militar, no Brasil. 4 S aos brasileiros natos permitida a revalidao dos diplomas de qumicos, expedidos por institutos estrangeiros de ensino superior.Art. 326. Todo aquele que exercer as funes de qumico obrigado ao uso da Carteira de trabalho e Previdncia Social, devendo os profissionais que se encontrarem nas condies das alneas a e b do Art. 325, registrar os seus diplomas de acordo com legislao vigente. 1 A requisio de carteiras de trabalho social para uso dos qumicos, alm do disposto no Captulo "Da Identificao Profissional" somente ser processada mediante apresentao dos seguintes documentos que provem:a) ser requerente brasileiro, nato ou naturalizado, ou estrangeiro;b) estar, se for brasileiro, de posse dos direitos civis e polticos;c) ter diploma de qumico industrial, qumico industrial agrcola ou engenheiro qumico expedido por escolas superior oficial ou oficializada;d) ter, se diplomado no estrangeiro, o respectivo diploma revalidado nos termos da lei;e) haver, o que for brasileiro naturalizado, prestado servio militar no Brasil;f) achar-se o estrangeiro, ao ser promulgada a Constituio de 1934, exercendo legitimamente, na Repblica, a profisso de qumico, ou concorrer a seu favor a existncia de reciprocidade internacional, admitida em lei, para o reconhecimento de diplomas dessa especialidade. 2 A requisio de que trata o pargrafo anterior deve ser acompanhada:a) do diploma devidamente autenticado no caso da alnea b do artigo procedente, e com as firmas reconhecidas no pas de origem e na secretaria de estado das Relaes Exteriores, ou da respectiva certido, bem como do ttulo de revalidao, ou certido respectiva, de acordo com a legislao em vigor;b) do certificado ou atestado comprobatrio de ser o requerente na hiptese da alnea c do referido artigo ao tempo da publicao do Decreto 24. 693, de 12 de junho de 1934, no exerccio efetivo de funo pblica, ou particular, para a qual seja exigida a qualidade de qumico, devendo esses documentos ser autenticados pelo delegado regional do trabalho, quando se referirem a requerentes moradores nas capitais dos Estados ou coletor federal, no caso de residirem os interessados nos municpios do interior;c) de Trs exemplares de fotografia exigidos pelo Art. 329 e de uma folha com declaraes que devem ser lanadas na Carteira de Trabalho e Previdncia Social, de conformidade com o disposto nas alneas do mesmo artigo e seu pargrafo nico. 3 Reconhecida a validade dos documentos apresentados, os Conselhos Regionais de Qumica registraro, em livros prprios, os documentos a que se refere a al. c do 1 e, juntamente com a Carteira de Trabalho e Previdncia Social emitida, os devolvero ao interessado.Art. 327. Revogado implicitamente pelo art. 26 da Lei n 2.800, de 18.06.56.Art. 328. S podero ser admitidos a registro os diplomas, certificados de diplomas, carta e outros ttulos, bem como atestado e certificados que estiverem na devida forma e cujas firmas hajam sido regularmente reconhecidas por tabelio pblico e, sendo estrangeiros, pela Secretaria do Estado das Relaes Exteriores, acompanhados estes ltimos da respectiva traduo, feita por intrprete comercial brasileiro.Pargrafo nico. Revogado implicitamente pela alnea e do art. 8 e pela alnea d do art. 13, da Lei n 2.800/56.Art. 329. A cada inscrito, e, como documento comprobatrio do registro, ser fornecida pelo Departamento Nacional do Trabalho no Distrito Federal, ou pelas Delegacias Regionais, nos Estados, uma carteira de trabalho e previdncia social numerada, que, alm da fotografia, medindo 3 por 4 centmetros tirada de frente, com a cabea descoberta, e das impresses do polegar conter as declaraes seguintes:a) o nome por extenso;b) a nacionalidade e, se estrangeiro, a circunstncia de ser ou no naturalizado;c) a data e lugar do nascimento;d) a denominao da escola em que houver feito o curso;e) a data da expedio do diploma e o nmero do registro no Ministrio do Trabalho;f) a data da revalidao do diploma, se de instituto estrangeiro;g) a especificao, inclusive data, de outro ttulo ou ttulos de habilitao;h) a assinatura do inscrito.Pargrafo nico. A carteira destinada aos profissionais a que se refere o 1 do Art. 325 dever, em vez das declaraes indicadas nas als. d, e e f deste artigo, e alm do ttulo - licenciado - posto em destaque, conter a meno do ttulo de nomeao ou admisso e respectiva data, se funcionrio pblico, ou do atestado relativo ao exerccio, na qualidade de qumico, de um cargo em empresa particular, com designao desta e da data inicial do exerccio.Art. 330. A Carteira de Trabalho e Previdncia Social, expedida nos termos desta Seo, obrigatria para o exerccio da profisso, substitui em todos os casos o diploma ou ttulo e servir de carteira de identidade.Art. 331. Nenhuma autoridade poder receber impostos relativos ao exerccio profissional de qumico, seno vista da prova de que o interessado se acha registrado de acordo com a presente Seo, e essa prova ser tambm exigida para a realizao de concurso periciais e todos os outros atos oficiais que exijam capacidade tcnica de qumico.Art. 332. Quem, mediante anncio, placas, cartes comerciais ou outros meios capazes de ser identificados, se propuser ao exerccio da qumica, em qualquer dos seus ramos, sem que esteja devidamente registrado, fica sujeito s penalidades aplicveis ao exerccio ilegal da profisso.Art. 333. Os profissionais a que se referem os dispositivos anteriores s podero exercer legalmente as funes de qumico depois de satisfazerem as obrigaes constantes do Art. 330 desta Seo.Art. 334. O exerccio da profisso de qumico compreende:a) a fabricao de produtos e subprodutos qumicos em seus diversos graus de pureza;b) a anlise qumica, a elaborao de pareceres, atestados e projetos de especialidade e sua execuo, percia civil ou judiciria sobre essa matria, a direo e a responsabilidade de laboratrios ou departamentos qumicos, de indstria e empresas comerciais;c) o magistrio nas cadeiras de qumica dos cursos superiores especializados em qumica;d) a engenharia qumica. 1 Aos qumicos, qumicos industriais e qumicos industriais agrcolas que estejam nas condies estabelecidas no Art. 325, alneas a e b, compete o exerccio das atividades definidas nos itens a, b e c deste artigo, sendo privativa dos engenheiros qumicos a do item d. 2 Aos que estiverem nas condies do Art. 325, alneas a e b, competem, como aos diplomados em medicina ou farmcia, as atividades definidas no Art. 2 , alneas d, e f do Decreto 20.377, de 8 de setembro de 1931, cabendo aos agrnomos e engenheiros agrnomos as que se acham especificadas no Art. 6. , al. h, do Decreto 23. 196, de 12 de outubro de 1933.Art. 335. obrigatrio a admisso de qumicos nos seguintes tipos de indstria:a) de fabricao de produtos qumicos;b) que mantenham laboratrio de controle qumico;c) de fabricao de produtos industriais que so obtidos por meio de reaes qumicas dirigidas, tais como: cimento, acar e lcool, vidro, curtume, massas plsticas artificiais, explosivos derivados de carvo ou de petrleo, refinao de leos vegetais ou minerais, sabo, celulose e derivados.Art. 336. No preenchimento de cargos pblicos, para os quais se faz mister a qualidade de qumico, ressalvadas as especializaes referidas no 2 do Art. 334, a partir da data da publicao do Decreto 24. 693, de 12 de julho de 1934, requer-se, como condio essencial, que os candidatos previamente hajam satisfeito as exigncias do Art. 333 desta Seo.Art. 337. Fazem f pblica os certificados de anlises qumicas, pareceres, atestados, laudos de percia e projetos relativos a essa especialidade, assinados por profissionais que satisfaam as condies estabelecidas nas alneas a e b do Art. 325.Art. 338. facultado aos qumicos que satisfizerem as condies constantes do Art. 325, alneas a e b, o ensino da especialidade a que se dedicarem, nas escolas superiores, oficiais ou oficializadas.Pargrafo nico. Na hiptese de concurso para o provimento de cargo ou emprego pblico, os qumicos a que este artigo se refere tero preferncia, em igualdade de condies.Art. 339. O nome do qumico responsvel pela fabricao dos produtos de uma fbrica, usina ou laboratrio, dever figurar nos respectivos rtulos, faturas e anncios, compreendida entre estes ltimos a legenda impressa em cartas e sobrecartas.Art. 340. Somente os qumicos habilitados, nos termos do Art. 325, alneas a e b, podero ser nomeados ex officio para os exames periciais de fbricas, laboratrios e usinas e de produtos ai fabricados.Pargrafo nico. No se acham compreendidos no artigo anterior os produtos farmacuticos e os laboratrios de produtos farmacuticos.Art. 341. Cabe aos qumicos habilitados, conforme estabelece o Art. 325, alneas a e b, a execuo de todos os servios que, no especificados no presente regulamento, exijam por sua natureza o conhecimento de qumica.Art. 342. A fiscalizao do exerccio da profisso de qumico incumbe aos Conselhos Regionais de Qumica.Art. 343. So atribuies dos rgos de fiscalizao:a) examinar os documentos exigidos para o registro profissional de que trata o Art. 326 e seus 1 e 2 e o Art. 327, proceder respectiva inscrio e indeferir o pedido dos interessados que no satisfizerem as exigncias desta Seo;b) registrar as comunicaes e contratos, a que aludem o Art. 350 e seus pargrafos e dar as respectivas baixas;c) verificar o exato cumprimento das disposies desta Seo, realizando as investigaes que forem necessrias, bem como o exame dos arquivos, livros de escriturao, folhas de pagamento, contratos e outros documentos de uso de firmas ou empresas industriais ou comerciais, em cujos servios tome parte um ou mais profissionais que desempenhem funo para qual se deva exigir a qualidade de qumico.Art. 344. Aos sindicatos de qumicos devidamente reconhecidos facultado auxiliar a fiscalizao, no tocante observao da al. c do artigo anterior.Art. 345. Verificando-se pelos Conselhos Regionais de Qumica, serem falsos os diplomatas ou outros ttulos dessa natureza, atestados, certificados e quaisquer documentos exibidos para os fins de que trata esta Seo, incorrero os seus autores e cmplices nas penalidades estabelecidas em lei.Pargrafo nico. A falsificao de diploma ou outros quaisquer ttulos, uma vez verificada, implicar a instaurao, pelo respectivo Conselho Regional de Qumica, do processo que no caso couber.Art. 346. Ser suspenso do exerccio de suas funes, independentemente de outras penas em que possa incorrer, o qumico, inclusive o licenciado, que incidir em alguma das seguintes faltas:a) revelar improbidade profissional, dar falso testemunho, quebrar o sigilo profissional e promover falsificaes, referentes prtica de atos de que trata esta Seo;b) concorrer com seus conhecimentos cientficos para a prtica de crime ou atentado contra a ptria, a ordem social ou a sade pblica;c) deixar, no prazo marcado nesta Seo, de requerer a revalidao e registro do diploma estrangeiro, ou o seu registro profissional no respectivo Conselho Regional de Qumica.Pargrafo nico. O tempo de suspenso a que alude este artigo variar entre 1(um) ms e 1(um) ano, a critrio do Conselho Regional de Qumica, aps processo regular, ressalvada a ao da justia pblica.Art. 347 Aqueles que exercerem a profisso de qumico sem ter preenchido as condies do Art. 325 e suas alneas, nem promovido o seu registro, nos termos do Art. 326, incorrero na multa de 12 a 300 vezes o valor de referncia regional, que ser elevada ao dobro, no caso de reincidncia.Art. 348. Aos licenciados a que alude o 1 do Art. 325 podero, por ato do Departamento Nacional do Trabalho, sujeito aprovao do ministro, ser cassadas as garantias asseguradas por esta Seo, desde que interrompam, por motivo de falta prevista no Art. 346, a funo pblica ou particular em que se encontravam por ocasio da publicao do Decreto 24. 693, de 12 de julho de 1934.Art. 349. O nmero de qumicos estrangeiros a servio de particulares, empresas ou companhias no poder exceder de um tero aos dos profissionais brasileiros compreendidos nos respectivos quadros.Art. 350. O qumico que assumir a direo tcnica ou cargo de qumico de qualquer usina, fbrica, ou laboratrio industrial ou de anlise dever, dentro de 24(vinte e quatro) horas e por escrito, comunicar essa ocorrncia ao rgo fiscalizador, contraindo, desde essa data, a responsabilidade da parte tcnica referente sua profisso, assim como a responsabilidade tcnica dos produtos manufaturados. 1 Firmando-se contrato entre o qumico e o proprietrio da usina, fbrica ou laboratrio, ser esse documento apresentado, dentro do prazo de trinta dias, para registro, ou rgo fiscalizador. 2 Comunicao idntica de que trata a primeira parte deste artigo far o qumico quando deixar a direo tcnica ou o cargo de qumico, em cujo exerccio se encontrava, a fim de ressalvar a sua responsabilidade e fazer-se o cancelamento do contrato. Em caso de falncia do estabelecimento, a comunicao ser feita pela firma proprietria.

Joaquim Pedro Salgado Filho

DECRETO-LEI N 8.620, DE 10 JAN DE 1946 ((1) Revogado tacitamente pela Lei n 5.194/661)

Dispe sobre a regulamentao do exerccio das profisses de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, regida pelo Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, e d outras providncias.

O Presidente da Repblica, usando da atribuio que lhe confere o artigo 180 da Constituio, eCONSIDERANDO o que representou o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, quanto necessidade de completar disposies, dirimir dvidas e preencher omisses que a prtica tem revelado na regulamentao do exerccio das profisses de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, regida pelo Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933;CONSIDERANDO que o Decreto-Lei n 3.995, de 31 DEZ 1941, contm disposies que devem ser modificadas ou revogadas;CONSIDERANDO que a finalidade e organizao dos Conselhos de Engenharia e Arquitetura exigem novos moldes;CONSIDERANDO que j se tornou imprescindvel a soluo de questes relativas aos tcnicos de grau superior e mdio, estrangeiros e nacionais;CONSIDERANDO que outras medidas de carter geral e transitrio devem ser adotadas para completar, esclarecer, modificar ou revogar disposies do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, e do Decreto-Lei n 3.995, de 31 DEZ 1941;CONSIDERANDO a convenincia de que sejam definidas pelas prprias classes interessadas atravs do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura as especializaes da Engenharia e da Arquitetura, que se desenvolvem e se caracterizam com o progresso da tcnica e da cincia,

DECRETA:

CAPTULO IDos Conselhos de Engenharia e Arquitetura

Art. 1 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura e seus Conselhos Regionais, criados pelo Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, constituem em seu conjunto uma autarquia, sendo cada um deles dotado de personalidade jurdica de direito pblico.Art. 2 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura ser constitudo de brasileiros natos ou naturalizados, legalmente habilitados, de acordo com o Art. 8 deste Decreto-Lei e obedecer seguinte composio:a) Um presidente, nomeado pelo Presidente da Repblica, escolhido entre os nomes de lista trplice organizada pelos membros do Conselho;b)seis (6) conselheiros federais efetivos e trs (3) suplentes, escolhidos em assemblia constituda por um delegado eleitor de cada Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura.

c)trs (3) conselheiros federais efetivos, escolhidos pelas Congregaes de Escolas-Padro federais, sendo um engenheiro pela Escola Nacional de Engenharia, um engenheiro pela Escola de Minas e Metalurgia, e um engenheiro-arquiteto ou arquiteto pela Faculdade Nacional de Arquitetura.Art. 3 - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura sero constitudos de brasileiros natos ou naturalizados, legalmente habilitados, de acordo com o Art. 8 deste Decreto-Lei, e tero a lotao que for determinada pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura. 1 - Na composio dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura ser atendida a representao das escolas superiores de engenharia ou arquitetura existentes na Regio, oficiais ou reconhecidas pelo Governo, bem como as das associaes de profissionais de Engenharia e de Arquitetura, legalmente habilitados, de acordo com o Art. 8 deste Decreto-Lei, quando quites com suas obrigaes em relao ao respectivo Conselho Regional. 2 - A escolha dos Conselheiros se efetuar separadamente em assemblias realizadas nos Conselhos Regionais, por delegados-eleitores das escolas interessadas e das associaes de classe registradas no Conselho Regional respectivo.Art. 4 - O Conselheiro Federal ou Regional de Engenharia e Arquitetura que durante um ano faltar, sem licena prvia, a seis sesses consecutivas ou no, embora com justificao, perder, automaticamente, o mandato, que passar a ser exercido em carter efetivo pelo suplente que for sorteado.Art. 5 - O mandato dos Conselheiros de Engenharia e Arquitetura, inclusive o dos Presidentes dos respectivos Conselhos, ser honorfico e durar trs (3) anos.Pargrafo nico - O nmero de Conselheiros ser anualmente renovado pelo tero.Art. 6 - O exerccio da funo de membros dos Conselhos de Engenharia e Arquitetura, por espao de tempo no inferior a dois teros do respectivo mandato, ser considerado servio relevante.Pargrafo nico - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura conceder aos que se acharem nas condies deste artigo o certificado de servio relevante, independentemente de requerimento do interessado, at sessenta (60) dias aps a concluso do mandato.Art. 7 - O pessoal a servio do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura continuar sujeito ao disposto no Art. 2 do Decreto-Lei n 3.347, de 12 JUN 1941.

CAPTULO IIDo exerccio profissional

Art. 8 - O exerccio das profisses de engenheiro, arquiteto e agrimensor, em todo o territrio nacional, somente permitido a quem for portador da carteira de profissional expedida pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura.Art. 9 - A prova do exerccio da profisso, na data da publicao do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, de que trata o Art. 4 do mesmo decreto, poder ser feita, em qualquer tempo, perante os Conselhos Regionais, desde que o profissional efetue o pagamento da multa, ou multas, em que houver incorrido.Pargrafo nico - A prova documentada do exerccio da profisso de engenheiro ou de arquiteto, por cinco (5) anos consecutivos, anteriormente ao decreto supracitado, poder a juzo do Conselho Regional respectivo substituir a prova do exerccio da profisso mencionada neste Artigo.Art. 10 - Aos profissionais diplomados de acordo com as exigncias do Art. 1 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, cujos ttulos no correspondam a nenhuma das especializaes profissionais descritas no Captulo VI do mesmo decreto, permitido o exerccio efetivo da profisso, dentro dos limites de atribuies que o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura estabelecer, tendo em vista os respectivos cursos.Art. 11 - Aos profissionais diplomados de que trata o Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, e que, data da regulamentao de novas especialidades da Engenharia e Arquitetura, estiverem exercendo funes dessas especialidades, ser garantida a continuao do exerccio de tais funes, mediante anotao em sua carteira profissional.Pargrafo nico - Aos no-diplomados que estiverem nas condies deste Artigo ser aplicado o que dispe o Art. 2 do referido Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933.Art. 12 - Aos portadores de carteiras de diplomados, quando habilitados, na forma do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, e deste Decreto-Lei, ao exerccio efetivo de qualquer especializao profissional, fica, em segunda inscrio, assegurado o direito de participar de concurso para cargos de repartio federal, estadual ou municipal, ou de organizaes autrquicas ou paraestatais, ainda que tais cargos correspondam a ramos diferentes daqueles cujo exerccio esteja garantido pelos seus ttulos, desde que no tenham inscrito profissionais devidamente especializados.Art. 13 - Ao brasileiro diplomado por escola ou instituto tcnico superior estrangeiro de engenharia, arquitetura ou agrimensura, reconhecido idneo pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, aps curso regular e vlido para o exerccio da profisso no pas onde se achar situada a referida escola ou instituto, assegurado o direito ao exerccio da profisso como diplomado, com as atribuies correspondentes aos seus cursos, sem a exigncia da prova de revalidao do diploma.Art. 14 - A todos os que apresentarem certificados de aprovao em exames realizados nas escolas a que se refere o Art. 1 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, ou nas que, com as suas caractersticas, posteriormente tenham sido ou venham a ser criadas, ser concedida pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura autorizao temporria para o exerccio das atividades correspondentes s matrias de aplicao em cujo exame final foram aprovados.Pargrafo nico - O disposto neste Artigo somente ser aplicado s regies do pas onde se verificar a escassez de profissionais diplomados.Art. 15 - O Art. 6 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, passa a ter a seguinte redao: - Nos trabalhos grficos, especificaes, oramentos, pareceres, laudos, termos de compromisso de vistorias e arbitramentos e demais atos judicirios ou administrativos obrigatria, alm da assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade, instituio ou firma a que interessarem, a declarao do nmero da carteira do profissional diplomado e a meno explcita do ttulo legal que possuir.

CAPTULO IIIDas especializaes

Art. 16 - Fica autorizado o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura a proceder consolidao das atribuies referidas no captulo IV do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, com as das suas Resolues, bem como a estabelecer as atribuies das profisses civis de engenheiro naval, construtor naval, engenheiro aeronutico, engenheiro metalrgico, engenheiro qumico e urbanista.Art. 17 - Sendo modificados os cursos-padro existentes, criados outros ou modificada a estrutura do ensino tcnico superior, o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, em reunio de que participar um representante de cada Conselho Regional, proceder reviso das atribuies profissionais. Pargrafo nico - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura consubstanciar as modificaes introduzidas em resoluo aprovada por maioria absoluta de votos, dando publicidade aos respectivos atos.

CAPTULO IVDos tcnicos de grau superior e mdio

Art. 18 - Tornando-se necessrio ao progresso da tcnica, da arte ou do Pas, e a critrio do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, verificada a escassez de profissionais habilitados e especializados, os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura podero autorizar, a requerimento de firmas, empresas ou instituies interessadas, pblicas e particulares, o contrato de tcnicos de grau superior ou mdio, especializados em ramos ou atividades de Engenharia ou de Arquitetura, nacionais ou estrangeiros, julgados capazes pelos referidos Conselhos. 1 - Os tcnicos a quem for concedida a autorizao aludida sero registrados nos respectivos Conselhos Regionais, e suas atribuies cessaro automaticamente na data do trmino dos seus contratos de trabalho. 2 - As autorizaes referidas sero vlidas pelo perodo mximo de trs anos, podendo ser renovadas ou revalidadas pelos Conselhos Regionais que as concederam. 3 - As firmas, empresas ou instituies contratantes sero obrigadas a manter, junto aos tcnicos contratados, por determinao dos Conselhos Regionais, profissionais brasileiros diplomados por escolas superiores ou tcnicas, conforme se trate de tcnicos de grau superior ou mdio.Art. 19 - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura estabelecero o registro dos tcnicos de grau mdio formados pelas escolas tcnicas da Unio ou equivalentes, concedendo-lhes carteiras profissionais em que constaro as respectivas atribuies fixadas pelo Conselho Federal.

CAPTULO VDos auxiliares de engenheiro

Art. 20 - Ficam substitudas em todo o territrio nacional, inclusive nas reparties federais, estaduais e municipais e nas entidades paraestatais, as denominaes de Prtico de Engenharia, Engenheiro-Prtico ou equivalentes, pela de Auxiliar de Engenheiro, sem prejuzo dos vencimentos e vantagens dos atuais possuidores de tais ttulos, devendo as modificaes necessrias ser executadas pelas autoridades competentes dentro do prazo de um ano.Pargrafo nico - Os Auxiliares de Engenheiro sero registrados nos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura mediante prova de capacidade e tero suas atribuies limitadas a conduzir trabalhos projetados e dirigidos por profissionais legalmente habilitados.

CAPTULO VIDas anuidades e taxas

Art. 21 - Os profissionais habilitados, de que tratam o Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, e este Decreto-Lei, ficam obrigados ao pagamento de anuidade de Cr$ 50,00 (cinqenta cruzeiros) ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura a cuja jurisdio pertencerem.Art. 22 - As firmas, sociedades, empresas, companhias ou organizaes que explorem quaisquer dos ramos da Engenharia, da Arquitetura ou da Agrimensura, ou tiverem a seu cargo alguma seco dessas profisses, ficam obrigadas a pagar a anuidade de Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura a cuja jurisdio pertencerem.Art. 23 - As contribuies fixadas nos artigos 21 e 22 sero pagas at 31 MAR de cada ano. 1 - No primeiro ano de exerccio da profisso, esse pagamento devido na ocasio de ser expedida a carteira profissional. 2 - O pagamento da primeira anuidade das firmas, empresas, companhias ou organizaes realizar-se- por ocasio do respectivo registro, nos termos do Art. 8 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933. 3 - O pagamento da anuidade fora do prazo estabelecido ter o acrscimo de 20`% a ttulo de mora.Art. 24 - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura cobraro as seguintes taxas:a)Cr$ 50,00 (cinqenta cruzeiros) pela expedio ou substituio da carteira de profissional ou da carteira de autorizao;b)Cr$ 50,00 (cinqenta cruzeiros) pela renovao anual das licenas precrias;c)Cr$ 50,00 (cinqenta cruzeiros) por certido referente anotao de responsabilidade tcnica ou de registro de firma.

CAPTULO VIIDas multas e penalidades

Art. 25 - O Art. 7 do Decreto-Lei n 3.995, de 31 DEZ 1941, fica acrescido do seguinte pargrafo: Para o fim de que trata este Artigo, os Conselhos Regionais procedero ao lanamento da sua dvida ativa nos moldes dos regulamentos fiscais vigentes, sendo-lhes extensivas as disposies do Decreto-Lei n 960, de 17 DEZ 1938.Art. 26 - So fixadas em Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) a Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros) as multas referidas na alnea "a" do Art. 38 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, pela infrao do disposto no Art. 7 e seu pargrafo desse Decreto.Art. 27 - Tratando-se de infrao primria, que se apure tenha resultado de incompreenso da Lei, podero os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura relevar a penalidade respectiva, sem prejuzo do disposto no Art. 44 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, e do pagamento das despesas de expediente que se tornarem devidas.

CAPTULO VIIIDisposies gerais

Art. 28 - Enquanto no houver em nmero suficiente profissionais habilitados em determinada especialidade na forma deste Decreto-Lei, em municpio ou distrito compreendido na sua jurisdio, podero os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura permitir, a ttulo precrio, a execuo de trabalhos previstos no Art. 5 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, por pessoas idneas, dentro das atribuies que fixarem.Art. 29 - Sempre que a execuo de uma obra ou de algumas de suas partes no couber diretamente ao autor do projeto, ou ao profissional responsvel pela firma executora, devero constar da respectiva placa, ou de outra contgua, os nomes dos profissionais executantes, acompanhados da indicao da parte que lhes cabe, da de seus ttulos de habilitao e dos nmeros de suas carteiras de profissional, correndo por conta deles a responsabilidade pela colocao da placa devida.Art. 30 - As entidades a que se refere o Art. 8 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, bem como as que necessitem, sob qualquer modalidade, da assistncia tcnica do engenheiro ou do arquiteto, ou tenham, na sua composio, qualquer seco de um dos ramos da Engenharia ou da Arquitetura, ficam obrigadas a apresentar ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura a cuja jurisdio pertencerem o esquema de sua organizao tcnica, especificando os seus departamentos, seces, subseces e servios, com as respectivas atribuies.Art. 31 - So nulos de pleno direito os contratos referentes a qualquer ramo da Engenharia ou da Arquitetura, inclusive a elaborao de projeto, direo ou execuo das obras respectivas, quando firmados por entidade pblica ou particular com pessoa fsica no-habilitada legalmente a exercer no Pas a profisso de engenheiro ou de arquiteto, ou com pessoa jurdica no-habilitada legalmente a executar servio de Engenharia ou de Arquitetura.Pargrafo nico - Tais contratos no podero ser levados a registro, tornando-se passveis da multa de Cr$ 1.000,00 (mil cruzeiros) o notrio que houver lavrado a respectiva escritura e o oficial que houver efetuado o registro.Art. 32 - Excetuam-se das exigncias do Art. 5 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, as construes residenciais, de pequena rea, com um s pavimento, isoladas, que no constituam conjuntos residenciais, nem possuam arcabouos ou pisos de concreto armado, bem como as de pequenos acrscimos em edifcios residenciais existentes, a juzo dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura.Pargrafo nico - Os Conselhos Regionais podero conceder, a ttulo precrio, de acordo com as necessidades de cada Regio, municpio ou distrito, certificado de habilitao para executar essas construes a pessoas idneas ou a tcnicos de grau mdio diplomados por escolas tcnicas.Art. 33 - As autoridades federais, estaduais e municipais devero fornecer, quando solicitadas pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura, as informaes que possam concorrer para o exato cumprimento da legislao profissional do engenheiro, do arquiteto e do agrimensor.Art. 34 - Ficam revogados o pargrafo nico do Art. 20 e o Art. 48 do Decreto n 23.569, de 11 DEZ 1933, os Arts. 6, 9 e 12 e seu pargrafo do Decreto-Lei n 3.995, de 31 DEZ 1941, e o Decreto-Lei n 8036, de 4 OUT 1945.Art. 35 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura baixar as Resolues que se tornarem necessrias para o cumprimento das disposies deste Decreto-Lei.Art. 36 - Os casos omissos verificados neste Decreto-Lei sero resolvidos pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura.

CAPTULO IXDisposies transitrias

Art. 37 - De acordo com a resoluo aprovada na reunio do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura com os Presidentes e representantes dos Conselhos Regionais, realizada nesta capital de 14 a 21 DEZ 1945, para melhor cumprimento deste Decreto-Lei e organizao das indispensveis resolues, o exerccio das funes do atual Presidente do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura fica mantido at 31 DEZ 1948, e o mandato dos Presidentes dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura terminar nas datas correspondentes aos perodos para os quais foram, respectivamente, escolhidos e eleitos.Art. 38 - Revogam-se as disposies em contrrio, entrando o presente Decreto-Lei em vigor na data de sua publicao.

Rio de Janeiro, 10 JAN 1946; 125 da Independncia e 58 da Repblica

JOS LINHARESR. Carneiro de MendonaRaul Leito da Cunha

Publicado no D.O.U DE 12 JAN 1946 e Ret. no D.O.U. DE 24 JAN 1946 - Seo I - Pg. 197.

DECRETO-LEI N 9.585, DE 15 AGO 1946

Concede o ttulo de Engenheiro Agrnomo aos diplomados por estabelecimento de ensino superior de Agronomia.

O Presidente da Repblica, usando da atribuio que lhe confere o artigo 180 da Constituio, decreta:Art. 1 - Aos alunos que terminarem o Curso da Escola Nacional de Agronomia e dos estabelecimentos congneres, reconhecidos pelo Governo Federal, ser conferido o ttulo de Engenheiro Agrnomo com direito a registro na Superintendncia do Ensino Agrcola e Veterinrio, do Ministrio da Agricultura, na forma da legislao em vigor.Art. 2 - Os ttulos de Agrnomo, j registrados na Repartio competente, podero ser apostilados, a requerimento do interessado, naquela Superintendncia.Art. 3 - Revogam-se as disposies em contrrio.

Rio de Janeiro, 15 AGO 1946; 125 da Independncia e 58 da Repblica.

EURICO G. DUTRANetto Campelo JniorRoberval Cordeiro de Farias

Publicado no D.O.U. de 17 AGO 1946 - Seo IV - Pg. 11.811

DECRETO-LEI N 241, DE 28 FEV 1967

Inclui entre as profisses cujo exerccio regulado pela Lei n 5.194, de 24 de dezembro de 1966, a profisso de engenheiro de operao.

O Presidente da Repblica, usando da atribuio que lhe confere o artigo 9, pargrafo 2 do Ato Institucional n 4, de 7 de dezembro de 1966, decreta:Art. 1 - Os engenheiros de operao, diplomados em cursos superiores legalmente institudos, com durao mnima de trs anos, ficam para todos os efeitos, includos entre os profissionais que tm o exerccio das suas atividades regulado pela Lei nmero 5.194, de 24 de dezembro de 1966.Art. 2 - Este Decreto-Lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.

Braslia, 28 FEV 1967, 146 da Independncia e 79 da Repblica.

H. CASTELLO BRANCORaymundo Moniz de Arago

Publicado no D.O.U. de 28 FEV 1967 - Seo I

DECRETO-LEI N 968 - DE 13 OUT 1969

Dispe sobre o exerccio da superviso ministerial relativamente s entidades incumbidas da fiscalizao do exerccio de profisses liberais.

Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exrcito e da Aeronutica Militar, usando das atribuies que lhes confere o artigo 1 do Ato Institucional n 12, de 31 AGO 1969, combinado com o 1 do Art.. 2 do Ato Institucional n 5, de 13 DEZ 1968, decretam:Art. 1 - As entidades criadas por Lei com atribuies de fiscalizao do exerccio de profisses liberais, que sejam mantidas com recursos prprios e no recebam subvenes ou transferncias conta do oramento da Unio, regular-se-o pela respectiva legislao especfica, se no lhes aplicando as normas legais sobre pessoal e demais disposies de carter geral relativas administrao interna das autarquias federais. Pargrafo nico - As entidades de que trata este Artigo esto sujeitas superviso ministerial prevista nos artigos 19 e 26 do Decreto-Lei n 200, de 25 FEV 1967, restrita verificao da efetiva realizao dos correspondentes objetivos legais de interesse pblico. (1(1) Revogado pelo Decreto-Lei n 2.299/86)Art. 2 - Este Decreto-Lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.

Braslia, 13 OUT l969; 148 da Independncia e 81 da Repblica.

Augusto Hamann Rademaker GrnewaldAurlio de Lyra TavaresMrcio de Souza e MelloNewton Burlamaqui Barreira Hlio Beltro.

Publicado no D.O.U. de 20 OUT 1969 - Seo I - Parte II Pg. 8.890.

DECRETO-LEI N 2.299, DE 21 NOV 1986

Altera o Decreto-Lei n 200, de 25 FEV 1967, e d outras providncias.

O Presidente da Repblica, no uso da atribuio que lhe confere o artigo 55, item II, da Constituio,

DECRETA:

Art. 1 - Os dispositivos adiante indicados do Decreto-Lei n 200, de 25 FEV 1967,passam a vigorar com a seguinte redao:"Art. 4 ................................................................................................................ 1 ..................................................................................................................... 2 - As fundaes institudas em virtude de lei federal ou de cujos recursos participe a Unio integram tambm a Administrao Federal indireta, para os efeitos de:a)subordinao aos mecanismos e normas de fiscalizao, controle e gesto financeira;b)incluso de seus cargos, empregos, funes e respectivos titulares no Plano de Classificao de Cargos institudo pela Lei n 5.645, de 10 de dezembro de 1970. 3 - Excetuam-se do disposto na alnea "b" do pargrafo anterior as fundaes universitrias e as destinadas pesquisa, ao ensino e s atividades culturais"."Art. 178 - As autarquias, as empresas pblicas e as sociedades de economia mista, integrantes da Administrao Federal Indireta, bem assim as fundaes criadas pela Unio ou mantidas com recursos federais, sob superviso ministerial, e as demais sociedades sob controle direto ou indireto da Unio, que acusem a ocorrncia de prejuzos, estejam inativas, desenvolvam atividades j atendidas satisfatoriamente pela iniciativa privada ou no previstas no objeto social, podero ser dissolvidas ou incorporadas a outras entidades, a critrio e por ato do Poder Executivo, resguardados os direitos assegurados aos eventuais acionistas minoritrios, nas Leis e Atos constitutivos de cada entidade".Art. 2 - Este Decreto-Lei entra em vigor da data de sua publicao.Art. 3 - Revogam-se as disposies em contrrio, em particular o artigo 3 do Decreto-Lei n 900, de 29 SET 1969, e o pargrafo nico do artigo 1 do Decreto-Lei n 968, de 13 OUT 1969.

JOS SARNEYPresidente da Repblica

Dilson Domingos FunaroJoo SayadAluzio Alves

Publicado no D.O.U. de 25 NOV 1986 - Seo II - Pg. 17.614