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André Dusek/Estadão Conteúdo-20/12/12 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 2 1 9 Página 4 Contas públicas no vermelho Com o aumento das despesas e arrecadação em queda, governo registra déficit de R$ 14,5 bilhões em agosto – o pior resultado da história para esse mês. Pág. 11 A 4 dias das eleições, pesquisas Ibope e Datafolha mostram que eleitores passaram a embalar Marina com menos força, enquanto o tucano Aécio tem ganhado ligeiros empurrões. A presidente-candidata Dilma tem seu balanço confortavelmente mantido nas alturas, à espera do adversário do segundo turno. Pág. 5 Pró-democratas desafiam ordem de desocupar ruas ameaçando duplicar os protestos (foto), mas em paz. Pág.7 Hong Kong: crise pode duplicar. Carlos Barria/Reuters À frente nas pesquisas, Alckmin vira alvo. Antes do debate dos candidatos ao governo de SP, na Globo, pesquisa Ibope mostrou Alckmin com 45%, Skaf, 19% e Padilha, 11%. Pág. 6 O presidente da OAB-DF pediu a impugnação do pedido de inscrição do ex-ministro do STF Ele lista ao menos sete episódios em que Barbosa teria ofendido a classe dos advogados, principalmente no julgamento do Mensalão. Pág.6 OAB põe Barbosa de castigo:sem carteirinha. Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, deixa a prisão hoje e vai para casa, depois que a Justiça aceitou sua delação premiada. Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, condenado no processo do Mensalão a 6 anos e 8 meses de prisão por corrupção ativa, vai cumprir o resto da pena em regime domiciliar. Pág.6 Delator e tesoureiro voltam para casa IBOPE 39% DATAFOLHA 40% IBOPE 25% DATAFOLHA 25% IBOPE 19% DATAFOLHA 20% São Paulo, quarta-feira, 1 de outubro de 2014 Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.219 R$ 1,40

Diário do Comércio - 01/10/2014

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Ano 91 - Nº 24.219 - São Paulo, quarta-feira, 1 de outubro de 2014

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André Dusek/Estadão Conteúdo-20/12/12

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24219

Página 4

Contas públicasno vermelho

Com o aumento das despesas e arrecadação em queda,governo registra déficit de R$ 14,5 bilhões em agosto – o

pior resultado da história para esse mês. Pág. 11

A 4 dias das eleições, pesquisasIbope e Datafolha mostram queeleitores passaram a embalarMarina com menos força,enquanto o tucano Aécio temganhado ligeiros empurrões.A presidente-candidata Dilma temseu balanço confortavelmentemantido nas alturas, à espera doadversário do segundo turno. Pág. 5

Pró-democratas desafiam ordem dedesocupar ruas ameaçando duplicar os

protestos (foto), mas em paz. Pág. 7

Hong Kong: crisepode duplicar.

Carlos Barria/Reuters

À frente nas pesquisas,Alckmin vira alvo.

Antes do debate dos candidatos ao governo deSP, na Globo, pesquisa Ibope mostrou Alckmin

com 45%, Skaf, 19% e Padilha, 11%. P á g. 6

O presidente daOAB-DF pediu aimpugnação do pedidode inscrição doex-ministro do STFEle lista ao menos seteepisódios em queBarbosa teria ofendidoa classe dos advogados,principalmente nojulgamento doMensalão. Pág. 6

OAB põe Barbosa decastigo:sem carteirinha.

Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras,deixa a prisão hoje e vai para casa, depois que aJustiça aceitou sua delação premiada. DelúbioSoares, ex-tesoureiro do PT, condenado noprocesso do Mensalão a 6 anos e 8 meses deprisão por corrupção ativa, vai cumprir o restoda pena em regime domiciliar. Pág. 6

Delator etesoureiro voltampara casa

IBOPE 39%DATAFOLHA 40%

IBOPE 25%DATAFOLHA 25%

IBOPE 19%DATAFOLHA 20%

São Paulo, quarta-feira, 1 de outubro de 2014Conclusão: 23h55

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no 91 - Nº 24.219

R$ 1,40

2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 1 de outubro de 2014

AS URNAS E A CIDADANIA

A política no Brasil não é uma atividade pública voltada para o bem comum, mas um meio de vida.José Márcio Mendonça

O PAÍS DA ELEIÇÃO PERMANENTE

Proposta paramelhorar

o sistemaeleitoral

brasileiro deveir para o lixo

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

Em fase de lustrar a

biografia, depois de

sua polêmica indica-

ção para o Supremo

Tribunal Federal (STF) e tam-

bém por alguns de seus não

menos polêmicos votos no jul-

gamento do Mensalão, o mi-

nistro José Antonio Dias Toffol-

li, no momento no exercício da

Presidência do Tribunal Supe-

rior Eleitoral (TSE), anunciou

que deverá patrocinar duas

propostas para melhorar o sis-

tema eleitoral brasileiro, am-

bas referentes à propaganda

eleitoral e às campanhas par-

tidárias.

Dias Toffolli, em entrevista

concedida ao repórter Juliano

Basile, do jornal Valor Econômi-co disse que pretende sugerir

ao Congresso Nacional a redu-

ção pela metade do tempo de

campanha e le i tora l (dos

atuais três meses para 45

dias) e também a diminuição

do período de propaganda

obrigatória no rádio e na tele-

visão (hoje de 45 dias, para no

máximo três semanas).

Por fim, vai propor tam-

bém mudanças no for-

mato do horário eleito-

ral, erroneamente classifica-

do como gratuito, para acabar

com as "trucagens" e os "efei-

tos especiais". Por fim, o mi-

nistro defende também a fixa-

ção de um limite de gastos por

candidato na campanha e o

estabelecimento de teto para

as doações dos patrocinado-

res de candidaturas.

Mas como ensina o dito po-

pular, de boas intenções o in-

ferno está cheio. No atual

meio ambiente em que vive

(muito dirão chafurda) a políti-

ca brasileira, nenhuma medi-

da de bom senso, como as do

ministro presidente do TSE,

tem a mínima possibilidade de

virar lei. A proposta de Toffolli

está destinada à lata do

lixo do Congresso, se

houver a lguém

com disposição

suficiente até para

a p re s e n t a r u m

projeto desse teor.

A política no Bra-

sil, infelizmente, não

é uma atividade públi-

ca para construção de

políticas para o bem co-

mum, numa clássica e

simples definição de po-

lítica, mas um meio de vi-

da para quem o pratica.

Não é vocação – exc e ç õ e s

que quase nem existem

para confirmar a regra – é

um negócio. Negócio que,

como vemos mais uma vez

nesta eleição, com os Lobão

Filho, Calheiros Filho, Barba-

lho Filho e outros menos nota-

dos, se transfere por heredita-

riedade.

Neste negócio, nada

mais precioso que o

tempo que os partidos

dispõem no horário eleitoral

eletrônico obrigatório, o tem-

po de campanha e, em função

disso, as contribuições para a

propaganda, especialmente

as que saltam dos cofres das

empresas privadas e de eco-

nomia mista. É com esse apa-

rato que os partidos acertam

suas campanhas e garantem a

eterna reprodução dos mes-

mos nos mesmos lugares.

Aí está o PMDB que não dei-

xa ninguém mentir: desde a

redemocratização, dos idos

JORGE MARANHÃO

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

SXC

de 1985, passou apenas al-

guns dias na oposição, no iní-

cio do governo Lula, submeti-

do a um ostracismo pelo ex-

presidente do qual ele até hoje

se arrepende.

Nesse mundo está a

origem do Mensa-

lão, agora do Pe-

trolão, e de outros "ãos"

ainda desconhecidos,

mas que certamente exis-

tem ou existiram. Qualquer

limitação de tempo de televi-

são, de tempo de campanha e

de valores para contribuições

vai contra a natureza das coi-

sas na política brasileira.

O natural é vivermos em

eterna campanha, pois daí

vem daí o que sustenta carrei-

ras e candidaturas. Mal saí-

mos de uma campanha, entra-

mos em outra, num infindável

círculo vicioso. Ainda não tive-

mos nem o primeiro turno da

eleição presidencial , por

exemplo, e pelo menos duas

candidaturas à longínqua su-

cessão de 2018 já se põem na

linha de largada – a do ex-

presidente Luís Igná-

cio Lula da Silva e,

caso Aécio Ne-

ves seja derro-

tado por Dilma

Rousseff ou

Marina Silva, a

do governador

praticamente ree-

leito por São Paulo,

Geraldo Alckmin.

Ai m e n s a

maioria dos

p re f e i t o s

tem negociado seu

apoio a candidatos

aos legislativos fe-

deral e estaduais (segundo

vários contam) em troca do

fornecimento de facilidades e

outras coisas mais para a ree-

leição deles (prefeitos) ou a

eleição de seus indicados da-

qui a dois anos. Nessas condi-

ções, o governo administra

com um olho na condução dos

negócios públicos e os olhos, o

olfato, o tato e os ouvidos vol-

tados para o que ele julga me-

lhor para angariar eleitores.

Não há coisa mais impor-

tante numa democracia do

que uma eleição. Entretanto,

o País não pode viver uma

eterna disputa eleitoral. Mas

quem poderá mudar esse qua-

dro no Brasil, uma vez que o

modo de vida do político é ga-

nhar com a eleição?

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

Hoje não há uma só

voz consciente no

Brasil que diga com

convicção que o processo

eleitoral em curso seja de

fato representativo de

anseios e necessidades

majoritários dos cidadãos.

Temos apenas cumprido

uma obrigação espúria de

votar no menos ruim ou de

optar pelo voto útil para

impedir o pior.

Não é segredo que nosso

sistema político perdeu o

rumo, desviou-se do mister

de salvaguardar as

instituições, de estimular o

cumprimento de deveres, o

exercício da moralidade

pública, de promover

políticas públicas eficientes,

de executar e fiscalizar

orçamentos com correção e,

sobretudo, promover a

justiça. Representação

política e cidadania ocupam

espaços diametralmente

opostos. É o setor mais

atrasado da expressão

cultural de um país que tem

se orgulhado de seu

desempenho em setores

diversos, da música à

engenharia, da medicina ao

agronegócio, da indústria às

artes. Enquanto somos

campeões mundiais na

exportação de alimentos,

nossos políticos continuam

alimentando os piores vícios

da representação política,

como o dando- que-se-

recebe, o aluguel de

legendas ou o puro e

simples desvio de dinheiro

público, práticas que

perpassam partidos e

ideologias sem pudor.

Somos o terceiro maior

mercado de aviação

doméstica e nossa Embraer

está entre as maiores

fabricantes mundiais de

aviões. Mas o que vemos

decolar em nossa cultura

política são os índices de

corrupção. Hoje, somos a

quarta maior fonte de

dinheiro sujo no mundo,

com recursos oriundos da

corrupção, do tráfico de

drogas e do caixa dois de

empresas, segundo

dados da organização

Tax Justice Network.

No setor

financeiro, temos o

mais sofisticado sistema

bancário do mundo, com

grande uso das tecnologias

da informação, mas nossa

cultura política contabiliza

uma enorme falta de

transparência nos

empréstimos do BNDES aos

chamados “campeões

nacionais” e a governos

estrangeiros, alguns deles

reconhecidas ditaduras

latinoamericanas e

africanas. Somos líderes

mundiais de exploração de

petróleo em águas

profundas, mas nossa

representação política

levou as ações da Petrobras

a níveis abissais.

Oprejuízo anual com

sonegação de

impostos, segundo a Tax

Justice, é da ordem de R$

560 bilhões. O prejuízo

anual com corrupção,

segundo a Fiesp, passa

perto de R$ 100 bilhões.

Sem falar na dívida pública,

que bateu R$ 1 trilhão.

Diante destes números ,

como posicionar a

cidadania, ou melhor, o

nosso déficit de cidadania?

Penso que a única ação

que pode mudar esta nossa

miserável cultura política

é a iniciativa articulada

de organizações civis de

empresas, entidades e

cidadãos singulares, no

campo do imaginário social

produzido pela própria

mídia, contra a maior

corrupção existente – que

é a corrupção dos valores

sobre os quais foram

erguidas as tradições de

nossa civilização.

Diante desta mega

ofensiva de demagogia

eleitoral, por exemplo, ao

custo de mais de R$ 500

milhões de reais de

renúncia fiscal do horário

eleitoral "gratuito",

podemos contrapor uma

campanha de mobilização

de cidadãos eleitores e

pagadores de impostos

com o equivalente a apenas

1% do PIB estimado do

mercado publicitário

brasileiro do corrente ano.

Ou seja: bastaria

vontade, engajamento

e articulação das lideranças

de setores vitais e de

excelência, como cultura e

mídia, para mudar em

pouco tempo o cenário de

nossa expressão política,

de como realmente nos

vemos, nos autoestimamos

enquanto verdadeiros

agentes de cidadania, tão

sub-representados pelos

piores de nós mesmos.

A cidadania tem de

recuperar seu sentido de

ação política, sobretudo

da elite mais responsável,

bem como o sentido de

engajamento na vida

pública, de tomar conta dos

mandatos dos eleitos, mas

também da execução dos

orçamentos públicos. E

obrigar o Estado a servir

mais e melhor aos cidadãos

do que estes àquele.

Temos a missão

indelegável de fazer

propostas de políticas

públicas exequíveis,

eficientes e voltadas ao

bem comum, e não a

interesses eleitoreiros.

O momento é o da defesa

intransigente dessa

cidadania, feita por

verdadeiros agentes de

cidadania, cada um

experiente e preparado

no segmento de sua

atuação privada, mas capaz

de fazer propostas de

políticas públicas e de

mobilizar outros cidadãos

para fazer

o mesmo, numa grande

onda de indignação cívica

em prol das reformas do

Estado. E que, não se

iludam, não se realizarão

sob o sistema político atual.

Hoje as instituições

políticas não são o

"espelho da sociedade",

como quer o cinismo de

nossos políticos. E o

processo eleitoral tem sido

apenas uma máquina de

perpetuação dos piores

costumes políticos.

A mobilização da

cidadania mais consciente

e atuante já está mais

do que na hora. Sem isso

nossos jovens voltarão às

ruas, sob o risco dos

mesmos agitadores de

sempre. Ou pior, sob

o risco da perpetuação da

demagogia de cíclicos

salvadores da pátria,

pais dos pobres, coronéis

dos tempos digitais,

que diante da desejável

alternância do poder, estão

sempre a nos ameaçar

com o pior dos mundos:

"Eleições, afinal, pra quê?".

JORGE MARANHÃO É D I R E TO R DO

IN S T I T U TO DE CU LT U R A DE

CI DA DA N I A A VOZ DO CI DA D Ã O.JORGE@AVO Z D O C I DA DAO.COM.BR

SXC

quarta-feira, 1 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

Os custos de fazer o bem

O QUE DE V E VIR DE P O I S ...

R ICOS CONTR IBUEM PARA MUDAR A REAL IDADE DE MI LHARES DE PESSOAS .

Há várias maneiras pelas quaisas fundações são depositáriasdas ações dos filantropos. Eles

podem fazer a doação ainda emvida, por meio de testamento oucriar sua própria fundação.

Com Dilma, é possível que o governo

perca seu rumo, pois as desavenças

internas ficarão mais estridentes.

PAULO SAAB

IVONE ZEGER

Oranking de 2013

das maiores doa-

ções filantrópicas,

elaborado pela pu-

blicação The Chronicle of Phi-

lanthropy, apontou que o jo-

vem criador do Facebook,

Mark Zuckerberg, e sua espo-

sa, Priscilla Chan, doaram 18

milhões de ações à Silicon Val-

ley Community Foundation,

ou Fundação Vale do Silício,

uma instituição sem fins lucra-

tivos localizada na Califórnia.

As ações renderam US$ 992,2

milhões. A segunda maior

doação foi feita por meio de

testamento: um magnata da

exploração de gás natural,

George Mitchel, falecido em

julho de 2013, legou US$ 750

milhões a uma fundação.

Já Bill e Melinda Gates não

constam da lista porque a doa-

ção de US$ 181 milhões, feita

em 2013 para a própria funda-

ção Bill Gates, faz parte de um

aporte de U$ 3,3 bilhões acor-

dados em 2004.

Cito esses três casos para

exemplificar as maneiras di-

versas pelas quais as funda-

ções são depositárias das

ações dos filantropos. Estes

tanto podem doar ainda em vi-

da – e para isso escolhem as

fundações cujas atividades

têm sintonia com seus ideais

ou com as atividades de suas

empresas – ou legar em testa-

mento os bens que comporão

o patrimônio de uma nova fun-

dação. Também podem criar

em vida sua própria fundação,

como fez Gates, deixando ao

pai, Willian H. Gates, a função

de presidi-la.

Éassim que os homens

mais ricos do mundo

contribuem para mudar

a realidade de milhares de

pessoas. Embora o Brasil não

tenha tradição em doações fi-

lantrópicas de altas cifras, as

fundações existem e sua cria-

ção é amparada em leis.

Será que é preciso ser muito

rico para criar uma fundação?

Vejamos como elas funcionam

a partir da seleção de pergun-

tas e respostas elaborada

a b a i xo.

1- Por que alguém resolvecriar uma fundação?

Porque acredita no poten-

cial de seu próprio trabalho e

quer compartilhar sua expe-

riência de sucesso, ou tem

vontade de transformar uma

realidade desfavorável.

2- Quem pode criar umafundação? E uma ONG?

Qualquer cidadão pode

criar uma fundação, desde

que tenha patrimônio disponí-

vel e suficiente para sustentá-

la. ONGs – Organização Não

Governamental – e fundações

têm em comum os objetivos

humanitários e a inexistência

de lucros financeiros, mas di-

ferem quanto à sua organici-

dade. As fundações só exis-

tem a partir de um patrimônio

doado, e têm em seu institui-

dor aquele que determina os

objetivos e áreas de atuação.

Uma ONG também pode ser

criada por qualquer cidadão, e

ele não precisa necessaria-

mente ter recursos financei-

ros ou fazer doações. Mas pre-

cisa ser capaz de estimular,

inspirar e colocar em anda-

mento uma associação de

p e s s o a s c o m o s m e s m o

ideais.

3- Qual a principalcaracterística de umafundação?

As fundações só existem a

partir de uma proposta espe-

cífica, que norteará a utiliza-

ção do seu patrimônio ou

conjunto de bens. Por exem-

plo, a Fundação Roberto Ma-

rinho atua nas áreas ambien-

tal, educacional e cultural. A

Fundação Abrinq atua na

área de defesa dos direitos e

SXC

exercício da cidadania de

crianças e adolescentes.

Mais do que ter foco de atua-

ção, a principal característi-

ca de uma fundação é prestar

serviços de utilidade pública,

sejam religiosos, morais, cul-

turais ou de assistência.

4 - Há atividades proibidas auma fundação?

A lei não elenca atividades

proibidas, mas uma fundação

deve ter objetivos bastante

específicos, como oferecer

tratamento dentário a crian-

ças de dado lugar ou prover re-

cursos para pesquisas na

Amazônia etc. Mas motivos fú-

teis –como, por exemplo, arre-

cadar fundos para os fãs de

uma banda – não justificam a

criação de fundações.

5- O que é preciso para secriar uma fundação?

O primeiro requisito é a von-

tade de criá-la. Para isso, o ins-

tituidor fará, por escritura pú-

blica ou testamento, dotação

especial de bens livres, espe-

cificando o fim a que se desti-

na, e declarando, se quiser, a

maneira de administrá-la.

6- Então o instituidor devedisponibilizar seus bens?

Exatamente. O instituidor

deve ter bens livres, disponí-

veis e alienáveis. Ou seja, não

se pode doar, por exemplo, um

imóvel para uma fundação, ou

destiná-lo como sede de uma

fundação a ser criada, se este

não estiver devidamente qui-

tado ou com impostos em dia.

A escritura pública assinada

dá validade à fundação, mas

sua eficácia depende da trans-

missão do patrimônio. Assim,

os bens apontados nessa es-

critura pública devem ser

transferidos imediatamente

para a entidade beneficiada.

7- E quando o fundador já éfalecido?

A fundação passa a existir,

ou a doação passa a pertencer

a uma fundação já existente

quando terminada a partilha

dos bens. Isso porque, nas leis

brasileiras, metade de todo o

patrimônio de uma pessoa

não está disponível para doa-

ções. É a chamada “legítima” ,

obrigatoriamente destinada

aos herdeiros necessários. A

outra metade –chamada “par-

te disponível” – pode ser lega-

da para uma fundação por tes-

t a m e n t o.

8- Há alguma espécie deaprovação ou análise para a

criação de uma fundação?Sim. Tanto nas doações de

pessoas vivas, quanto das já

falecidas, os trâmites são ana-

lisados pelo Ministério Públi-

co. Por exemplo, se o conjunto

de bens não for suficiente para

custear as atividades da fun-

dação que se deseja criar, o MP

pode determinar que esses re-

cursos sejam transferidos pa-

ra uma fundação já existente.

Essa determinação está ex-

pressa no artigo 63 do Código

Civil. No caso de doações por

testamento, também cabe ao

MP verificar o cumprimento

das leis que regem as suces-

sões.

9- O instituidor, ou fundador,pode elaborar o estatuto?

Além de especificar o fim a

que se destina a fundação, o

instituidor – ou fundador – po-

de definir de que maneira ela

funcionará. Se o fundador não

elaborar o estatuto ou não no-

mear ninguém para fazê-lo,

após o prazo de 180 dias, é o

Ministério Público que fará es-

sa tarefa. As normas são rígi-

das para se evitar fraudes.

IVO N E ZEGER É A DVO G A DA

E S P E C I A L I S TA EM DI R E I TO DE

FAMÍLIA E SU C E S S Ã O, ME M B RO

EF E T I VO DA COMISSÃO DE DI R E I TO

DE FAMÍLIA DA OAB-SP, AU TO R A

DOS L I V RO S “HERANÇA: PE R G U N TA S

E RE S P O S TA S ” E “FAMÍLIA:PE R G U N TA S E RE S P O S TA S ”W W W.I VO N E Z E G E R .COM.BR

Estou cada vez

mais convencido de

que o país precisa

de uma profunda reforma

política, que mude

a viciada estrutura de

nossa democracia

representativa sem,

entretanto, alterar qualquer

regra constitucional

que nos garanta um país

com economia de livre

mercado, liberdades

totais e absolutas de

opinião, expressão e

iniciativa privada.

Digo isso porque,

como defensor da livre

empresa, me preocupa o

vício que impera hoje no

País, em que algumas

empresas que financiam os

principais partidos e

candidatos saem sempre

vencedoras na influência

nefasta que farão no futuro

governo, seja qual for,

porque financiaram a todos.

Mas não é só isso. Atrás

vem a manipulação de

concorrências, geração de

demandas não prioritárias

para garantir arrecadação

às empresas e caixa

dois aos partidos e toda

uma gama de desvios que

mantêm o Brasil fora da rota

correta de gerenciamento

e crescimento.

Seja quem for eleito,

ou eleita, na corrida

presidencial, já existem

"vencedores" que tirarão

vantagem profunda

dos "investimentos" feitos.

Correndo o risco de

esquecer alguma,

os vencedores serão as

empresas de sempre,

como Gerdau, Obdebrecht,

Mendes, JSL, CCR e

muitas outras que apostam

em si e não num projeto

de governo.

Sabendo-se quem são

alguns dos vitoriosos,

pode-se desde já estimar

um padrão de condições

para o País, dependendo de

quem se sentar a partir de

2015 no trono do Planalto.

Começando por Aécio

Neves, do PSDB, hoje em

terceiro lugar na corrida,

pode-se esperar que, em

caso de sua vitória no dia

seguinte à sua posse, Lula,

Stédile, Boulos, Rainha, e

outros contumazes

manipuladores da massa

(mais recentemente com

dinheiro público) estarão

esbravejando ameaças

e organizando

paralisações, greves,

ministérios paralelos,

bravatas e que tais.

O cenário econômico,

para o Brasil, numa vitória

de Aécio seria o melhor

possível, mesmo contando

com o barulho dos neo-

oposionistas acostumados

a se lambuzar de poder nos

últimos três governos.

Aécio é o único capaz de

fazer o economia brasileira

voltar ao trilho em que a

colocou Fernando Henrique

Cardoso, Pedro Malan,

Armínio Fraga, entre outros.

Em caso de vitória de

Marina Silva, pode-se

aplicar aqui o mesmo

descrito acima em relação

aos vencedores, aos que

vão esbravejar, conspirar,

manifestar e buscar

externar seu despeito pela

perda, criando obstáculos

para a vida normal dos

brasileiros. O País poderia

voltar, tanto no caso de

vitória de Aécio quanto de

Marina, a ter patamares de

corrupção abaixo dos

atuais, escancarados pelos

governos petistas a ponto

de minar a própria unidade

interna dos grupos

abrangidos no petismo.

Todo mundo quer participar

do butim. A economia

sob Marina vai penar para

se reencontrar, mas

não ficará pior do que está.

Caso Dilma seja reeleita,

no pior cenário

para o Brasil, podemos

esperar uma interpretação

arrogante dos governistas,

de que se trata de uma

chancela das urnas ao seu

modo, como dizem as

notícias na mídia, corrupto,

incompetente, desleal e

medíocre de dirigir os

destinos da Nação –quando

terá sido uma vitória do

poder econômico às custas

do erário, da propaganda

milionária sustentada

pelos vultosos recursos

desviados para a caixa 2

do governo, pela imposição

do medo aplicado aos

pobres a respeito de

cancelamentos (mentira

repetida como mantra) das

bolsas que sustentam a

pobreza e o voto cativo.

Existe no novo mandato

de Dilma a possibilidade

de o governo, de dentro

para fora, perder seu

rumo pelas desavenças

internas que ficarão mais

estridentes num novo

mandato. Comprar o

Congresso renovado em

pelo menos uns 45%, depois

do Mensalão ficará mais

difícil. Comprar refinarias

ou investir em

novas usinas , usando a

Petrobrás como escudo

para superfaturamento ou

desvio de recursos,

será mais complicado e

a fome dos comensais

aumentará muito.

Na economia, as

verdades de Dilma

e da equipe econômica,

seja com Mantega ou sem

ele, são contra os princípios

constuticionais. Querem

a estatização, com eles no

comando das decisões. E

ainda voltará à tona a

questão da censura à mídia,

seja pelo viés econômico

ou direto mesmo, de

cassação do direito de

pensar, opinar, falar.

Haverá sempre um

neologismo criado

para o momento (o atual é

"regulação econômica"

da mídia) de forma e

iludir a população. Como o

petismo é pródigo em criar

metalinguagem!

De qualquer maneira,

em qualquer cenário,

e tudo isso requer

certamente análise mais

aprofundada, o Brasil a

partir de 2015 ainda será

pior do que o atual. Sem

Dilma, com uma chance de

buscar se reencontrar.

Com Dilma, a caminho da

" v e n e z u e l a rg e n t i n i z a ç ã o " .

Mas não vamos,

os brasileiros que não

sugam as entranhas

da Nação, esmorecer.

PAU L O SAAB É J O R N A L I S TA ,PA L E S T R A N T E E E S C R I TO R

SXC

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 1 de outubro de 2014

[email protected] 33333 33333

kkkkk

Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

MAIS: se o segundo turnoficar entre ele e Dilma,repet i rá 2010 quandose manteve neutra enão apoiou José Serra.

MISTURA FINA

Fotos: Thiago Drumond/Divulgação

Maiorqueda

Léa, bemperfumada

333 A atriz francesa LéaSydoux, 29 anos, estrela deBastardos Inglórios, RobinHood, Meia-Noite em Parise que ganhou a Palma de

Ouro em Cannes pelo filme Azul é a Cor Mais Quente, é aprotagonista da campanha de lançamento do novo perfume daPrada Candy Florale. E aparece toda nua, fotografada pelofamoso Steven Meisel. A campanha é mundial e está chegandoao Brasil. No ano passado, ela estava entre as 10 MulheresMais Bem Vestidas, da Vanity Fair. Ex-modelo profissional,Léa mantém as medidas 85-60-90.

Questão de dúvida333 O novo comercial da campanha de PauloSkaf (PMDB) ao governo paulista mostra umcasal que se beija na cama, preparando-separa transar, quando o homem pergunta sobrea luz do ambiente: “Acessa ou apagada?” Elaresponde: “Não sei, hoje estou na dúvida”.

E entra um terceiro na cena, isqueiro aceso na mão: “Tá nadúvida? Então, vota no Skaf para ter segundo turno”. Peloque se vê, depois da falta de tesão de Geraldo Alckmin, DudaMendonça capricha no erotismo.

Versãonacional

Assustada com a novamarcha das pesquisas etemendo a virada de AécioNeves, Marina Silva estámais do que decidida.

333 As novas pesquisas deverãomostrar nova queda de MarinaSilva, o que cria no QG de AécioNeves um clima de esperançapara reverter a situação do mineiro

no primeiro turno. O tucanato, apesar dos protestos dos socialistasmarineiros, que acham que ele deveria ter investido contra DilmaRousseff, está confiante de sua estratégia, segundo a qual eramostrar Marina como outra petista. As últimas horas serãovitais, embora os tucanos não tencionem o esfarelamento totalda candidatura de Marina, o que poderia fazer com que Dilmalevasse no primeiro turno. Mais: a ex-senadora dá sinais decansaço e esgotamento. Nesta semana, Andrea Neves, irmã deAécio, recebeu pesquisa que mostra a vitoria de Dilma sobreMarina no segundo turno com diferença de seis a oito pontos.

Revelações333333333333333 Duas figuras femininas do Rio, disputando o primeiromandato na Câmara Federal, poderão fazer bonito nas urnas.Uma é Cristiane Brasil (PTB), 41 anos, formada em Direito e quejá foi vereadora: ela é filha de Roberto Jefferson, delator domensalão e preso em Niterói. Outra é Clarissa Garotinho (PR), 32anos, jornalista, que já foi vereadora e deputada estadual: é filhade Anthony Garotinho, ex-favorito para o governo do Rio e queagora pode sucumbir diante de Luis Fernando Pezão (PMDB).

Agora, virou moda independentizar o Banco Central. Só me faltaindependentizar a Polícia Federal.”

333 O diretor artístico Alexan-dre Piva resolveu publicar umlivro, onde homenageia divasde todos os tempos, em versãonacional. Com produção e

vestidos assinados por conhecidos estilistas, entre eles,André Lima e Carlos Miele, está transformando famosasdo showbiz em mulheres admiradas em todo o planeta.Da esquerda para a direita, a atriz Sthefany Brito assumeares de Audrey Hepburn em Breakfast at Tiffany’s; AndreaNobrega vira Diana; Bia Arantes encarna Elizabeth Taylor;e Leila Moreno incorpora Whitney Houston.

Despesas pessoais333 O Instituto Democracia eSustentabilidade, criado porMarina Silva, onde iniciou apavimentação de sua candida-tura à Presidência, recebeu R$7 milhões em doações desde2010 de pessoas físicas ejurídicas. Os maiores doadoresforam Neca Setubal e Guilher-me Leal, da Natura. Lá, foramfeitos estudos e projetos, masas verbas do instituto teriamcolaborado para as despesasde Marina Silva e mesmofamiliares. Complementariam,além de arcar com gastos deviagens, o orçamento domésti-co da ex-senadora, inclusive amanutenção do apartamentoem São Paulo. Trabalhandopara o governo do Acre, omarido dela, Fábio Vaz deLima, ganhava R$ 18 milmensais e as palestras deMarina também ajudavam.

TERNO NOVO333333333333333 O governador GeraldoAlckmin anda mais do quecontente devido à sua posiçãonas pesquisas, que sinalizamque será reeleito no primeiroturno. E entusiasmado, estáencomendando dois novosternos – um cinza e um azul-marinho – com seu alfaiatede muitos anos, Milton Silva.Alckmin, para quem não sabe,disputa com FHC a fama demaior mão fechada do altotucanato. As novas roupasseriam para a nova posse.

Mais reforço333 Além de Paulo de Tarso,que já trabalhou em campa-nhas de Lula (é o criador doLula Lá), a campanha deMarina Silva pensou até emcontratar Duda Mendonçapara cuidar do segundo turno,caso ela chegue lá. O baianonão aceitou. Agora, estáquase acertada a entrada deNizan Guanaes, que já cuidoude campanhas de FHC e JoséSerra. Há meses, o mesmoNizan teria apresentado umprojeto de comunicação paraDilma Rousseff, envolvendo operíodo da Copa do Mundo. Naépoca, João Santana e FranklinMartins pressionaram a Chefedo Governo e a secretária deComunicação da Presidência,Helena Chagas, foi demitida(tinha arrumado um encontrode Nizan com Dilma).

TORCIDA333 Na segunda-feira, o ex-presidente Fernando HenriqueCardoso fez uma palestra para1.200 empresários em Fortale-za (no Ceará, Tasso Jereissatideverá ser eleito para oSenado, sem maiores proble-mas) e demonstrou estarconfiante na ida de AécioNeves para o segundo turno.Detalhe: foi só FHC dizer queacreditava na virada para aplateia aplaudir e até gritar onome do mineiro, estilo torcida.

GuerraaoMegaMac333 Nutricionistas e profissio-nais de saúde estão em guerradeclarada, na internet, contra onovo produto lançado pela redeMcDonald’s, o Mega Mac: porum real a mais, pode-se devorarversão maior do Big Mac, que játem duas carnes de hambúrguer,com mais duas, quatro nototal. A razão que está por trásda promoção é a queda defaturamento nas lanchonetes.Especialistas alegam que quatrohambúrgueres carregam super-quantidade de sódio e gordurasaturada, além de incentivara compulsão, especialmenteentre jovens e crianças.

ACRE , NÃO!333333333333333 A candidata Marina Silvaqueria encerrar a campanhacom um grande evento emRio Branco, no Acre, seuberço eleitoral. Achava queacrescentaria um tomemocional ao evento, apesardo domínio petista na região.Walter Feldman preferiu quefosse em São Paulo. Osdilmistas ironizam: espa-lham que Feldman pensaque ir ao Acre necessita depassaporte e vacina. Apesarda gozação, é necessáriovacina para ir ao Acre.

DILMA ROUSSEFF // criando novo verbopara abordar o assunto.

IN OUTh

h

Ternos de listras.Ternos xadrez suave.

333 AS NOVAS peças publicitá-rias da candidatura de CarlosLupi (PDT) ao Senado, pelo Riode Janeiro, mostram o ex-ministrodo Trabalho de Dilma, afastadosob denúncias de permitir ofuncionamento de uma industriade sindicatos na Pasta, apertandoa mão de Leonel Brizola que,à essas alturas, deve estar serevirando na tumba.

333 A NOVA série Felizespara Sempre, de EuclydesMarinho, que terá direção deFernando Meirelles e quedeverá estrear em janeiro naGlobo, terá Paolla Oliveira, queinterpretará uma prostitutalésbica em cenas mais do quesurpreendentes. Beijar outramulher no desenrolar da trama,será pouco diante de outrosembates de total intimidade.

333 MESMO recebendoalguns petardos da campanhade seu amigo no horárioeleitoral, José Serra, favoritonas pesquisas para o Senadoem São Paulo, conversou,há duas semanas, com o ex-prefeito Gilberto Kassab,que também está na mesmadisputa, tentando convencê-lo adesistir e renunciar. Serra achaque Kassab sofreria menosdesgaste e até advertiu quea reeleição de Dilma não eratotalmente certa.

333 RETORNAR à classemédia não significa, para obrasileiro médio, o mesmo quesignifica para o ex-bilionárioEike Batista que, agora, só viajaem aviões de carreira para forado país e em Classe Executiva.Contudo, devido a seu bomrelacionamento com muitasempresas aéreas, sempreacaba embarcando na frentedos demais passageiros.

333 FERNANDA Lima, 37anos, uma das favoritas doimaginário masculino brasileiro,será a atração da nova MarieClaire, onde até respondequestionário de perguntaspicantes. Uma delas: “E sexo atrês, topa?” E ela: “Só solteira”.

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melhante à lira

Financia-mento de-sejado pe-lo atleta

“De Frentecom (?)”,programa

de TV

Nascido na CidadeMaravi-lhosa

(?) sexualde menor:o crime depedofilia

Na (?),forma depreparo

de peixesPeça queauxilia otrabalho

do escultor

A atômicapossui o

formato decogumelo

Figura te-mida pelo coleciona-dor de arte

Que foitomadocomo

modelo

A pessoa perseguidapor “pa-parazzi”

Bandapaulista derock dosanos 80

Tipo de vi-nho muito consumidono verão

OscarNiemeyer,arquitetocarioca

Efeito dadopelo mo-

delador decabelos

Estado queacomete o doentede cama

Estimativa(abrev.)

Batman, em relação

a Alfred(HQ)

EpitácioPessoa,político

paraibano

De (?) a z:do inícioao fim

Moeda corrente naEspanha até 2002Que teve seu valor

excedido (fem.)

Meu, emfrancêsPão de

(?), doceCoulomb(símbolo)

Dom(abrev.)

Empresaque

controla a filial

Motivopara

inclusãodo nomeno SPC

Sentimentode angústia

Braço, em inglês

O do veí-culo com

tecnologia flex podeser álcool ou gasolina

Correr, em inglês

Risos(Internet)

Discursode enalte-cimento

Cerveja dealta fer-

mentaçãocomum naInglaterra

Saudaçãode des-pedida

Prejudicar proposi-talmente

Interjeiçãode apoio

502, emromanos

Cantora mineira de“Pássaro de Fogo”

Impresso publicitárioque decora cinemas

Membrode clube

Neste lugar

Antecessordo CD

A 1ª notamusical

A M O

3/arm — loa — mon — run. 6/cítara — peseta. 8/falsário.

19o | 32oCSol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas

de chuva à tarde e à noite.

Chuvoso durante o dia. À noite pode chuviscar e o

céu ainda fi ca nublado.

Nublado com aberturas de sol à tarde. Pode garoar de

manhã e à noite.

Nublado com aberturas de sol à tarde. Pode garoar de

manhã e à noite.

AMANHÃ, 02/OUT

SEX, 03/OUT

SÁB, 04/OUT

Mín. Máx.

15o | 21o CMáx.

Máx.

Máx.

Mín.

Mín.

Mín.

13o | 19o C

12o | 21o C

1

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quarta-feira, 1 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

SAPO BARBUDO SE COMPARA A CRISTOO ex-presidente Lula resgatou o discurso contra a "elite"

brasileira em carreata em Itapevi, SP. Disse que era criticadoinclusive pela barba. "Mas eles esqueciam que Jesus Cristo

também tinha barba, Tiradentes também tinha barba".

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Aécio e Marinadisputam vaga no2º turno com Dilma

Tucano e pessebista estão distantes cinco pontos porcentuais no Datafolha

Pesquisas de intenção

de voto divulgadas

ontem pelo Ibope e

pelo Datafolha mos-

tram que o candidato do PSDB

à Presidência, Aécio Neves, e a

candidata do PSB, Marina Sil-

va, devem disputar até domin-

go (data da primeira votação)

vaga no 2º turno da eleição pa-

ra brigar com a candidata do

PT e presidente do País, Dilma

Rousseff, se for mantida a ten-

dência atual do eleitorado.

Na pesquisa nacional do

Ibope, Dilma subiu de 38% da

preferência do eleitor para

39%, sendo a margem de erro

de 2 pontos porcentuais para

cima ou para baixo. Já Marina

Silva, sob o bombardeio da pe-

tista, cedeu: caiu de 29% para

25%. O candidato tucano Aé-

cio Neves se manteve com

19% das intenções de votos.

Desde o dia 23 de setembro,

data da pesquisa anterior do

Ibope, ele reduziu de 10 para

seis pontos porcentuais a dis-

tância em relação a Marina.

A pesquisa divulgada on-

tem pelo Datafolha é ainda

mais animadora para o tuca-

no. Aécio subiu de 18% para

20% das intenções de voto, re-

tornando assim ao patamar de

15 de agosto, dois dias depois

da morte do candidato Eduar-

do Campos, em Santos. Cam-

pos foi sucedido por Marina.

No Datafolha, Marina Silva

caiu de 27% na semana passa-

da para 25% nesta semana –

ela já chegou a ter 34% da pre-

ferência do eleitorado no final

de agosto. Portanto, no Data-

folha, a diferença de Aécio pa-

ra Marina é de cinco pontos

porcentuais –se for considera-

da a margem de erro não pode

ser descartada a possibilida-

de deles estarem empatados.

Neste levantamento, a

presidente Dilma aparece

com 40% das intenções de

voto. Se a tendência for man-

tida, ela tem vaga assegura-

da no 2º turno da eleição. A

votação ocorrerá no dia 26 de

outubro. O Ibope ouviu 3.010

eleitores entre os dias 27 e 29

de setembro. O Datafolha ou-

viu 7.520 eleitores na segun-

da e na terça-feira desta se-

mana.

2º TURNOA sondagem do Datafolha

mostra que em um eventual 2º

turno entre Dilma e Marina, a

presidente tem 49% das in-

tenções de voto e a candidata

do PSB, 41%. Na semana pas-

sada, Dilma tinha 47% e Mari-

na, 43%. Na simulação de 2º

turno entre Dilma e Aécio, a

candidata do PT ganharia por

50% a 41%.

No levantamento do Ibope,

o 2º turno é mais acirrado en-

tre Dilma e Marina. Dilma sur-

ge com 42% das intenções de

votos e Marina com 38%.

O secretário nacional de Or-

ganização do PT, Florisvaldo

Souza, afirmou que os resulta-

dos das duas pesquisas eleito-

rais divulgadas são "muito po-

sitivos" para a campanha à re-

eleição de Dilma Rousseff.

Ele disse que ainda trabalha

com disputa no 2º turno contra

Marina Silva, mas, diante da

perda de fôlego da candidata

do PSB, não descarta um con-

fronto contra o tucano Aécio

Neves. Segundo Souza, o de-

bate entre os presidenciáveis

marcado para esta quinta-fei-

ra à noite, na TV Globo, será

decisivo para a campanha

nesta reta final.

Antonio Lacerda/EFE

REJEIÇÃOA pesquisa Ibope/Esta-

dão/TVGlobo mostrou que a

taxa de rejeição da candidata

Marina Silva teve uma nova al-

ta, saiu de 14% para 17% e

agora está em 20%. Segundo

o levantamento, as taxas da

candidata Dilma Rousseff e de

Aécio Neves se mantiveram

em 31% e 19%, respectiva-

mente. No Datafolha, a maior

taxa de rejeição é de Dilma:

31%. A rejeição a Marina é de

25%, enquanto Aécio é rejeita-

do por 23%. Nesse quesito, os

entrevistados puderam esco-

lher mais de um nome.Tucano Aécio Neves tira o chapéu para os empreendedores do País

P E S QU I S A S DE INTENÇÃO DE VOTO

Tucano defende pequenose microempreendedores

Ocandidato à Presidên-

cia da República pelo

PSDB, Aécio Neves,

respondeu ontem às críticas

sobre a divulgação de seu pro-

grama de governo por partes

na última semana de campa-

nha antes do 1º turno das elei-

ções. Segundo ele, o progra-

ma de sua candidatura seria o

mais "bem elaborado".

Ele afirmou que já divulgou

suas propostas para região

Nordeste, para o agronegócio,

projeto para a indústria, sus-

tentabilidade e também para

a segurança pública, com re-

dução da maioridade penal

para crimes hediondos. "Nin-

guém tem um programa mais

bem elaborado, bem acabado

e discutido com propriedade

do que o nosso."

Aécio visitou o Mercadão de

Madureira, na Zona Norte do

Rio. Ele caminharia pelos cor-

redores do centro comercial,

mas devido ao grande tumulto

que se formou, decidiu recuar,

para garantir a segurança.

Antes de ir embora, focou

seu discurso na política eco-

nômica, principalmente nos

incentivos aos pequenos e mi-

croempreendedores. E pro-

meteu que na primeira sema-

na de um eventual governo

enviará ao Congresso uma

proposta de simplificação do

sistema tributário brasileiro.

"Quero reassumir meus

compromissos com o cresci-

mento da economia brasilei-

ra. Só crescendo vamos gerar

empregos e renda. Vamos ter

tolerância zero com a inflação.

Quero permitir, com a simplifi-

cação do nosso sistema tribu-

tário e também com a desbu-

rocratização da vida das em-

presas, que cada vez mais o

empreendedor possa ousar,

contratando gente e amplian-

do seus negócios", prometeu,

lembrando que o Simples foi

criado no governo do PSDB.

(Agência O Globo)

Gabriela Biló/Futura Press

Marina faz um de seus discursos mais acalorados e é ovacionada pela plateia, na Lapa, em São Paulo.

Pessebista devolve o insultoCandidata se irrita com o que chama de mentiras e eleva o tom de indignação

Em um de seus discursos

mais inflamados dos úl-

timos dias, a candidata

Marina Silva (PSB) subiu o tom

contra sua adversária, candi-

data à reeleição Dilma Rous-

seff (PT). "Nunca pensei que

uma mulher pudesse permitir

fazer o que estão fazendo para

destruir a biografia honrada

de outra mulher".

Em evento em São Paulo,

Marina rebateu que teria men-

tido sobre sua postura nas vo-

tações sobre a CPMF no Sena-

do. "Soube que tem uma CPI

paralela vasculhando minha

vida no Senado. Podem vascu-

lhar e, podem ter certeza, tem

gente que não vai entender.

Tem coisa que a gente vota no

principal, mas não vota nas

emendas". E avalizou a expli-

cação de ter defendido a CPMF

em uma comissão mista no

Congresso, mas que votou

contra no plenário pelos proje-

tos não incluírem emendas

que haviam sido acordadas.

"Processo no Congresso pas-

sa por muitos trâmites. Quem

não foi vereadora e vira presi-

denta não entende isso, pune

pela boca do assessor. Não ve-

nha me chamar de mentirosa.

Mentirosa é quem diz que não

sabia de roubo na Petrobras".

Ela atacou o discurso do go-

verno Dilma sobre a eficiência

da investigação da Polícia Fe-

deral em suspeitas de corrup-

ção. "É muito interessante ver

eles dizendo que a Polícia Fe-

deral está investigando, como

se tivesse investigando a pe-

dido do governo. A Polícia Fe-

deral não é de um partido, é do

Estado brasileiro".

Visivelmente irritada, dis-

se: "Em alguns momentos di-

zem que eu sou fraca, em ou-

tros que sou autoritária. Deci-

dam o que vocês querem dizer

que eu sou". Marina começou

o discurso rouca e falou por

cerca de 40 minutos. Ganhou

força, ovacionada pela mili-

tância, e do meio para o fim fa-

lava em tom alto e acalorado.

E repetiu o bordão: "O partido

mais importante da nossa co-

ligação chama-se povo brasi-

leiro". (Estadão Conteúdo)

'Mentir é desvio de caráter', diz petista.Presidente acredita que vence no 2º turno e se aproveita para descascar Marina

No ataque mais

contundente à

adversária do PSB,

Marina Silva, desde o início da

campanha eleitoral, a

presidente e candidata à

reeleição Dilma Rousseff (PT)

apontou "desvio de caráter"

da ex-senadora ao tratar do

tema da votação da CPMF.

Dilma afirmou que Marina

mentiu ao dizer que votou a

favor da contribuição.

"Errar é humano. Mentir é

desvio de caráter", disse. O

tema da CPMF foi abordado

por sua própria iniciativa.

"Um presidente pode se

equivocar, é humano, pode

errar, se confundir. Mas uma

coisa não pode: não pode

mentir. No caso da CPMF, ao

contrário do que a candidata

Marina diz, nas duas ocasiões

em que houve votação, para

criar e para prorrogar, a

candidata Marina votou não.

Ela disse na minha frente e de

todo o Brasil que tinha votado

sim. Não é verdade. É muito

importante que as pessoas

assumam o que fazem". A

presidente comentou ainda a

alta do dólar e a queda da

Bolsa, decorrentes de

pesquisas indicando que ela

venceria no 2º turno.

Dilma mandou imprimir 2

milhões de panfletos sob o

título "Evangélicos com

Dilma", com uma foto sua na

Assembleia de Deus do Brás

(SP) e a frase:" Não se

esqueçam de orar por mim.

Todos os dirigentes deste País

dependem do voto do povo e

da graça de Deus. Eu

também". (EC)

Paulo Whitaker/ Reuters

Dilma, em campanha em Santos, solta a língua para cima de Marina.

Não venha mechamar dementirosa.Mentirosa (Dilma) équem diz que nãosabia de roubona Petrobras.MARINA SI LVA

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Alckmin rebate críticas etenta vitória no 1º turno

Candidatos fazem a última tentativa para que a eleição ao governo de SP não termine no domingo

Victória Brotto

Ocandidato à reelei-

ção pelo PSDB ao

governo do Estado

de São Paulo, Geral-

do Alckmin, virou alvo dos de-

mais candidatos durante de-

bate transmitido ontem à noi-

te pela TV Globo na reta final

da campanha eleitoral. Alck-

min, que aparece com 45%

das intenções de voto na pes-

quisa Ibope divulgada ontem,

foi bombardeado por críticas

de seus rivais, principalmente

de Paulo Skaf (PMDB) e Ale-

xandre Padilha (PT), que ten-

tam uma vaga em eventual 2º

turno das eleições.

A pesquisa Ibope mostra

uma queda de quatro pontos

do governador Alckmin na

preferência do eleitor – a

maior perda de eleitorado

desde o início da campanha,

em julho –, mas o índice do tu-

cano ainda é suficientemente

alto para que a disputa seja

definida no 1º turno.

Os dois principais adversá-

rios do governador, Paulo Skaf

e Alexandre Padilha, registra-

ram índices mais altos que os

do dia 23 deste mês, mas só o

petista subiu acima da mar-

gem de erro de 2 pontos – ele

cresceu de 8% para 11%. Skaf

foi de 17% para 19%.

Ontem, no debate, Skaf

acusou Alckmin de diminuir

leitos de saúde no SUS. "O SUS

vem sendo muito prejudicado

por falta de financiamento. Os

leitos públicos não podem ser

vendidos ou emprestados pa-

ra a medicina suplementar.

Quando Alckmin assumiu pela

primeira vez tínhamos 75 mil

leitos, hoje temos 59,500 mil

perdemos quase 18 mil. É por

essa razão que você não sente

melhora nenhuma, porque ele

fecha mais leitos do que abre",

disse Skaf em pergunta a Gil-

berto Natalini, do PV.

A crise do abastecimento de

água no Estado surgiu logo em

seguida na boca do petista Pa-

dilha. Ele, que não dirigiu sua

pergunta diretamente a Alck-

min, mas a fez a Laércio Benko

(PHS), falou em "perversidade

do PSDB". "Essa falta da água

é uma das demonstrações da

perversidade do PSDB no es-

tado de São Paulo. Alckmin foi

alertado que iria ter seca e não

fez nada. E quem mais sofre

são os mais pobres", afirmou o

petista, que foi seguido por

Benko. "Ao invés de ficar cul-

pando São Pedro vamos parar

de fazer chover dólar para os

acionistas da bolsa de Nova

York. Água não é mercadoria,

água é vida", afirmou Benko.

Mas o governador Alckmin

soube rebater os adversários.

"O que o candidato falou é

mentira. O cartel são de três

empresas e o governo do Esta-

Alex Silva/EC

do de São Paulo as está pro-

cessando. Nenhuma das três

doou um centavo para o meu

partido", disse ao se defender

sobre acusação de financia-

mento de campanha.

Alckmin atacou Padilha na

área da Saúde. Padilha, que

momentos antes criticara o

tucano por não ter investido

na Santa Casa, ficou, segundo

Alckmin, "quietinho" quando

o governo federal deixou de in-

vestir na saúde do Estado de

São Paulo. "Eu vejo o candida-

to falar de saúde, mas ficou

quietinho quando houve redu-

ção forte do governo federal

nos investimentos."

Candidatos ao governo do Estado de São Paulo disputam a atenção dos eleitores no estúdio da TV Globo

Opresidente da seccional doDistrito Federal da Ordem

dos Advogados do Brasil,Ibaneis Rocha Barros Junior,pediu a impugnação do pedidode inscrição na OAB feitopelo ex-ministro do SupremoTribunal Federal,Joaquim Barbosa.

Por meio do pedido deinscrição, os bachareis emDireito, incluindo ex-ministros,fazem carteirinha na entidade,um documento obrigatóriopara o exercício da advocacia.

Os pedidos são analisadospela Comissão de Seleção daseccional onde foram feitos.Barbosa fez sua solicitação nodia 19 de setembro.

No pedido de impugnação,encaminhado à Comissão deSeleção da OAB/DF, no dia 26,Ibaneis listou ao menos seteepisódios em que Barbosa teria

BARBOSA

Oex-tesoureiro do PT DelúbioSoares, condenado no

processo do Mensalão a 6 anose 8 meses de prisão porcorrupção ativa, vai cumprir oresto da pena em casa. A partirde ontem, quando ficasubmetido às mesmas regras daprisão domiciliar – ou seja, teráde ficar em casa das 21h às 5h enão poderá sair do DistritoFederal sem autorizaçãojudicial. Delúbio assinou natarde de terça-feira o termo decompromisso na Vara deExecuções Penais (VEP) do

DELÚBIO FOI PARA CASA ONTEM...

.Ó..R B I TA

ofendido a classe dosadvogados. Entre eles está aposição de Barbosa ao analisar opedido de trabalho do ex-ministro José Dirceu.

"Quando o Requerente(Barbosa) ocupou a Presidênciado Conselho Nacional de Justiçae do STF, seus atos e suasdeclarações contra a classe dosadvogados subiram de tom eganharam grande repercussãonacional", alega Ibaneis Junior.

Distrito Federal. Ao sair, o ex-tesoureiro apenas declarou:

"Bom trabalho pra vocês",disse aos repórteres.

Segundo a legislaçãobrasileira, a cada três diastrabalhados, o preso podediminuir um dia na pena total.Hoje, Delúbio trabalha naCentral Única dos Trabalhadores(CUT). Matematicamente, eletem direito à progressão deregime desde 30 de agosto.Foram descontados da pena117 dias. Delúbio deixou a VEP eseguiu para o trabalho na CUT.

André Dusek/Estadão Conteúdo

Puxadores devoto 'povoam' BrasíliaCampeões nas urnas beneficiam colegas de partido graças à legislação

Os chamados "puxa-

dores de voto" aju-

dam a eleger candi-

datos à Câmara dos

Deputados, em Brasília, que

recebem votações modestas.

Um dos exemplos mais conhe-

cidos é o do humorista Tiririca

(PR-SP) que nesta eleição apa-

rece nas pesquisas de inten-

ção de votos como favorito no

Estado de São Paulo. O ex-pa-

lhaço, hoje candidato à reelei-

ção na Câmara, foi eleito em

2010 com 1,35 milhão de vo-

tos e conseguiu levar para

Brasília três nomes de sua co-

ligação, o ex-delegado Protó-

genes Queiróz (PC do B), Oto-

niel Lima (PRB) e Vanderlei Si-

raque (PT).

Outros casos famosos são

do finado Enéias Carneiro, ex-

candidato pelo Prona, do ex-

governador Anthony Garoti-

nho (PR-RJ), do deputado fede-

ral ACM Neto (DEM-BA) e da

ministra do Tribunal de Contas

da União (TCU), Ana Arraes

(PSB-PB).

Juntos esses "puxadores de

votos" levaram 41 candidatos

de suas coligações em 2010

para a Câmara. É, praticamen-

te, uma bancada inteira.

Isso acontece graças ao

chamado "quociente eleito-

ral", cálculo feito para definir a

distribuição de cargos a depu-

tado federal às coligações par-

tidárias. Para calculá-lo, divi-

de-se o número de cadeiras

disponíveis na Câmara para

uma região pelo total de votos

válidos a todos os candidatos

ao cargo daquele Estado.

Calculado o quociente, divi-

de-se o número total de votos

que uma coligação teve por

esse quociente. O resultado

será, então, o número de ca-

deiras que a coligação terá di-

reito na Câmara dos Deputa-

dos. Por exemplo, se uma coli-

gação ou partido recebeu 100

mil votos e o quociente eleito-

ral foi 10 mil, a coligação terá

direito a 10 cadeiras na Câma-

ra. Essas 10 cadeiras deverão

ser distribuídas entre os can-

didatos mais votados dentro

da coligação ou partido. Não

importa se o mais votado teve

apenas um ou dois votos.

Pes q ui sa – Em São Paulo,

pesquisa do Ibope aponta que

os cinco candidatos a deputa-

do federal que mais têm inten-

ção de voto são Tiririca (PR),

Celso Russomanno (PRB),

Paulo Maluf (PP), Baleia Rossi

(PMDB) e Pastor Marco Felicia-

no (PSC). Os partidos dos três

principais candidatos à Presi-

dência – PT, PSB e PSDB – não

têm nenhum puxador de vo-

tos de destaque no Estado. O

deputado Tiririca deve termi-

nar seu primeiro mandato

sem ter feito um único discur-

so na Câmara. Feliciano, 12º

mais votado há quatro anos, fi-

cou famoso por declarações

de tom homofóbico.

Maluf e Russomano são con-

siderados "figuras carimba-

das", enquanto Baleia Rossi é

filho de Wagner Rossi, o ex-mi-

nistro da Agricultura "faxina-

do" no começo do governo Dil-

ma sob suspeita de irregulari-

dades. No Rio, a lista de candi-

datos à Câmara é encabeçada

por Clarissa Garotinho (PR), fi-

lha do ex-governador Garoti-

nho. Entre os mais citados es-

tão ainda o conservador Jair

Bolsonaro (PP) e Leonardo Pic-

ciani (PMDB). ( V. B . )

Fabiana Beltramin/Folhapress

Ed Ferreira/Estadão Conteúdo

Eleito com ajuda:Jean Wyllys.

Alexandra Martins/Câmara dos Deputados

Puxador: Marco Feliciano.

Beto Oliveira/Agência Câmara

Líder no Rio: Jair Bolsonaro.Reprodução

Tiririca: surpreende o eleitor em paródia de canção de Roberto Carlos.

André Coelho/Agência O Globo

... E COSTA, O DELATOR, DEVE IR HOJE.

FHC, UM PRÊMIO NOBEL PARA DILMA.

O ex-diretor deAbastecimento da

Petrobrás, Paulo Roberto Costa,alvo maior da Operação LavaJato, ganhou ontem o benefícioda prisão domiciliar por ordemjudicial. Mas terá que devolverUS$ 25,8 milhões, pagar multade R$ 5 milhões e devolver aRange Rover avaliada em R$ 300mil que ganhou de presente dodoleiro Alberto Youssef–segundo acordo de delaçãopremiada com o MinistérioPúblico Federal.

Costa será transferido para oRio, onde mora. A PF seráresponsável pela transferência efiscalização de sua prisãodomiciliar, com tornozeleiraeletrônica. Aacusado deintegrar esquema de desvio de

recursos da Petrobras com odoleiro Alberto Youssef, elerecebeu US$ 23 milhões paraintermediar contratos comempresas fornecedoras daestatal e R$ 1,5 milhão para "nãoatrapalhar" a compra dePasadena, nos Estados Unidos.

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Hélvio Romero/Estadão Conteúdo

Oex-presidente FernandoHenrique Cardoso ironizou

a presidente Dilma Rousseff emFortaleza, na segunda-feira, aofalar para 1.200 empresários."Ela merece o Prêmio Nobel daEconomia, pois conseguiuarrebentar tudo ao mesmotempo. Isso é muito difícil defazer em economia".

Outra crítica a Dilma foi apassagem dela na Organizaçãodas Nações Unidas (ONU) nasemana passada. "É tristequando a presidente do Brasildiz que vamos negociar comquem quer degolar", afirmou,referindo-se à sugestão deDilma de estabelecer umdiálogo com os terroristas doEstado Islâmico.

Acompanhado do candidatoao Senado, Tasso Jereissati

(PSDB-CE), FHC pediu votospara o presidenciável AécioNeves e admitiu: "Se fosse pelasqualidades dele, iria (para um 2ºturno), mas a máquina federalestá muito organizada parareeleger a presidente e o apelode Marina é forte".

Enéias, dono do bordão "Meu nome é Enéias", favoreceu aliados.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

AFEGANISTÃOAssinado acordocom EUA parapermanência detropas após 2014

UCRÂNIAMais uma estátua deLenin é derrubadaem Kharkiv, naregião leste do país.

Proteção contrabombas de gás.E agora, da chuva.Em meio a uma forte tempestade, o guarda-chuva, símbolo dosprotestos pró-democracia em Hong Kong, voltou a ser usado emsua função original pelos manifestantes. A chuva, porém, nãodiminuiu os ânimos dos manifestantes, que ameaçam intensificar apressão contra Pequim no feriado do Dia Nacional da China.

Bobby Yip/Reuters

Nem a tempestade

com chuva forte,

trovões e raios, nem

os apelos das auto-

ridades do território para que

voltassem para casa, nem o

tom de ameaça da China fo-

ram suficientes, ontem, para

tirar das ruas de Hong Kong as

dezenas de milhares de pes-

soas que desde domingo de-

safiam de forma pacífica o go-

verno central em Pequim.

Num efeito contrário ao dese-

jado, os manifestantes refor-

çaram barricadas, estocaram

suprimentos, ameaçaram in-

tensificar os protestos e tomar

prédios do governo durante o

Dia Nacional da China, cele-

brado hoje.

Uma das primeiras come-

morações oficiais do dia (horá-

rio local), o hasteamento da

bandeira chinesa, foi marcada

pela tensão. Policiais foram

chamados para evitar que ma-

nifestantes invadissem o

evento. Mas as ameaças de

atos violentos não concretiza-

ram. Alguns manifestantes

conseguiram ultrapassar a

barreira policial, mas fizeram

um protesto pacífico.

No momento em que a ban-

deira foi hasteada, alguns ma-

nifestantes viraram as costas.

Outros, mais exaltados, pedi-

ram a renúncia do chefe de go-

verno de Hong Kong, Leung

C h u n -y i n g .

Nas primeiras horas da ma-

nhã de hoje (horário local),

centenas de manifestantes já

se reuniam em torno das lojas

e montavam barricadas ante-

cipando possíveis atritos nos

bairros Central e Admiralty,

pulmão financeiro da cidade e

perto da sede do governo lo-

cal. Como na maior parte das

regiões de Hong Kong, a pre-

sença policial era pequena.

Em algumas áreas, foram

instalados postos de recicla-

gem para que os guarda-chu-

vas quebrados - os protestos já

estão sendo chamados de "Re-

volução do Guarda-chuva" -

fossem destruídos para apro-

veitar o material impermeável.

Os líderes estudantis ha-

viam dado um ultimato para

que o chefe de governo de

Hong Kong se pronunciasse às

multidões antes da meia-noi-

te de terça-feira, ameaçando

ocupar mais vias e prédios pú-

blicos se ele não o fizesse.

Leung, por sua vez, pediu o

fim imediato dos protestos e

se recusou a dialogar.

A China também reagiu. Te-

merosa de um efeito dominó e

do contágio dos protestos -

que já são o maior desafio ao

Partido Comunista desde o

Massacre da Praça Celestial

em Pequim, em 1989 - respal-

dou as autoridades locais, de-

clarando os protestos ilegais.

Os manifestantes exigem

sufrágio universal sem condi-

ções e não aceitam a ingerên-

cia de Pequim sobre a escolha

de candidatos nas eleições

para o governo local, previstas

para 2017. Como primeiro

passo, eles reivindicam a re-

núncia de Leung.

A China governa Hong Kong

sob a fórmula “um país, dois sis-

temas”, que concede à ex-colô-

nia britânica um certo grau de

autonomia e liberdades não

usufruídas no continente.

"Nossos pais e avós vieram

a Hong Kong pela liberdade e

pelo império da lei. Isto (a ma-

nifestação) é para manter

nosso sistema legal de 160

anos para a próxima geração”,

disse M. Lau, aposentado de

56 anos. (Agências)

Manifestantes e seus guarda-chuvas bloqueiam o distrito de compras de Causeway Bay. Eles ameaçam bloquear mais vias, após o líder de Hong Kong ter se recusado a dialogar.

Britânicostambém partempara o ataque

Aviões britânicos realiza-

ram bombardeios aé-

reos contra combaten-

tes do grupo extremista Esta-

do Islâmico (EI) no Iraque pela

primeira vez ontem.

Os ataques marcam a entra-

da do Reino Unido na campa-

nha liderada pelos Estados

Unidos com o objetivo de der-

rotar o grupo, que assumiu o

controle de grandes partes do

território do Iraque e da Síria.

Segundo o secretário de De-

fesa britânico, Michael Fallon,

dois jatos Tornado atingiram

um posto de armas pesadas e

um veículo equipado com uma

arma usado por extremistas

que atacavam combatentes

curdos no noroeste do Iraque.

O Reino Unido decidiu na

sexta-feira se unir aos ata-

ques norte-americanos que

começaram em agosto no Ira-

que, apesar de se manter, por

enquanto, afastado das mis-

sões na Síria.

Ainda ontem, os EUA condu-

ziram 11 ataques na Síria sem

a assistência de aliados do

Oriente Médio e 11 no Iraque,

disseram autoridades.

Os pesados ataques aéreos

ajudaram as forças curdo-ira-

quianas a capturarem um es-

tratégico cruzamento de fron-

teira e diversas vilas das mãos

do EI no norte do Iraque.

Uma fonte política curdo-ira-

quiana disse à Reutersque com-

batentes peshmergas curdos

tomaram controle do cruza-

mento de fronteira de Rabia,

porta de entrada para a Síria,

em uma batalha que começou

antes do amanhecer, num mo-

mento em que o Exército ira-

quiano avança pelo sul.

“É o ponto mais estratégico

de cruzamento. Uma vez to-

mado, vai cortar a rota de

abastecimento e tornar mais

fácil a operação para chegar a

Sinjar ”, disse a fonte, referin-

do-se à montanha mais ao sul

onde a minoria yazidi está em-

boscada por radicais do EI.

A capacidade de cruzar a

fronteira livremente tem sido

uma grande vantagem tática

para os extremistas do EI. Eles

foram da Síria para o norte do

Iraque em junho e voltaram

com armamentos pesados

após terem dominado forças

do governo iraquiano, e têm

utilizado essas armas para ex-

pandir seu território na Síria.

Va t i c a n o - O papa Francisco,

que expressou alarme com o

avanço do EI e o sofrimento

dos cristãos no Oriente Médio,

convocou seus enviados à re-

gião para uma rara reunião, no

próximo dia 2, para discutir

uma reação à crise, informou o

Vaticano ontem.

Indagado sobre o EI no mês

passado, Francisco endossou

a ação da comunidade inter-

nacional para deter a “ag res-

são injustificada”. (Agências)

Catalunhaem espera

Ogoverno regional da Ca-talunha informou ontema suspensão da campa-

nha de promoção da indepen-dência da região, um dia depoisda decisão do Tribunal Constitu-cional da Espanha ter impedido oreferendo de seguir adiante.

O governo catalão vai abrir umrecurso à decisão, disse o porta-voz Francesc Homs, mas por orasuspendeu a campanha pelo ple-

biscito, marcado para 9 de no-vembro, para evitar expor os ser-vidores públicos a possíveis pro-blemas legais por desafiar umadecisão judicial.

"Como medida de precaução,não podemos colocar servidorespúblicos e cidadãos contra ascordas", disse Homs. Ele descre-veu a suspensão como algo "tem-porário", acrescentando que ci-dadãos privados estão livres pa-

ra promover o referendo se assimo desejarem.

O fervor catalão pela separaçãofoi impulsionado pelo referendode independência da Escócia emsetembro, ainda que este tenhaterminado com a vitória do "não".

Madrid argumenta que a con-sulta, solicitada pelo líder cata-lão Artur Mas, violaria a lei por-que só seria realizado na Catalu-nha, e não no país inteiro, e ape-

lou na segunda-feira ao TribunalConstitucional espanhol paraque proíba sua realização, o queautoridades catalãs agora que-rem tentar reverter.

Homs disse ontem que a sus-pensão não significa que Mas es-tá desistindo de realizar a vota-ção. "Nada terminou ontem e adeterminação do governo (re-gional) é seguir em frente", afir-mou ele. (Ag ê n c i a s )

Autoridades locais suspendem referendo deindependência após decisão judicial

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 1 de outubro de 2014

C O N V I T EO Conselho de Política Urbana - CPU da Associação Comercial de São Paulo – ACSP convida para palestra com o Prof. Ilkwon Chae - Professor da Universidade Nacional da Coreia do Sul, consultor do

Banco Mundial em política de transporte sustentável e infraestrutura de transporte e de governos de países asiáticos, como Malásia, Sin-gapura, Filipinas, Vietnan e Indonésia, especialista em planejamento

e gerenciamento de transporte e consultor do governo coreano.

Tema“Adensamento construtivo e populacional em Eixos de Transporte de Média e Alta Capacidade – Os casos das Cidades Asiáticas”

Dia: 2 de outubro de 2014 (quinta-feira). Horário: 10 horasLocal: Associação Comercial de São Paulo

Rua Boa Vista, 51 - 9° andar

Informações: 3180-3144

VAGAS LIMITADAS

Antonio Carlos PelaCoordenador Geral do Conselho de Política Urbana - CPU

Água: se não vier do céu, virá da terra.Caso não chova o suficiente, Prefeitura planeja abrir poços artesianos, alternativa viável para a crise hídrica. Mas é preciso ficar atento para a qualidade da água.

Valdir Sanches

Oprojeto do prefeito

Fernando Haddad

de construir poços

artesianos em sub-

prefeituras, hospitais e cre-

ches municipais pode se dis-

solver com a chegada das chu-

vas. Mas é uma precaução

compreensível, para o caso da

estiagem se prolongar.

Esse método de extrair água

não é novo na cidade. Estudo

feito há poucos anos mostrou a

existência de 475 poços tubula-

res (artesianos e semiartesia-

nos) em uma área de 100 quilô-

metros quadrados em torno da

Capital. Na média, quase cinco

por quilômetro quadrado.

Há duas semanas, a Secre-

taria de Coordenação das Sub-

prefeituras anunciou licitação

para a construção dos poços. A

forma escolhida foi a ata de re-

gistro, mais rápida do que a li-

citação normal. Permitiria abrir

um poço a cada vinte dias.

O assistente técnico de

obras e serviços, José Carlos

Masi, explicou que os poços só

serão abertos em caso de ne-

cessidade. Se isso acontecer, a

empresa vencedora da licita-

ção é contratada. Ela providên-

cia as autorizações do DAEE,

órgão estadual para água e

energia, e da Cetesb, do meio

ambiente, e constrói o poço.

Em maio, 24 das 32 subpre-

feituras mandaram para a se-

cretaria endereços de 60 lo-

cais, onde estão algumas de

suas sedes administrativas,

hospitais e creches. Estes po-

derão receber poços.

Os poços previstos são arte-

sianos ou semiartesianos, de-

pendendo das características

do solo. A profundidade estima-

da é de 120 metros. Os preços

ficam em redor de R$ 35 mil. A

diferença entre os poços é que,

nos artesianos, a água do sub-

solo jorra na superfície. Nos se-

miartesianos, não –a água sobe

com auxílio de bomba.

C o n ta m i n a çã o – O DAEE ex-

plica que a abertura de poços

precisa atender a exigências.

Se o projeto estiver adequado

à água existente no subsolo, o

departamento concede a ou-

torga, ou licença de perfura-

ção. Mas a licença depende de

um parecer da Cetesb, um

atestado de que a água não

está contaminada.

Instalado o poço, é preciso

pedir ao DAEE um teste de

bombeamento. E apresentar

o resultado de análise físico-

química e bacteriológica da

água, para comprovar que ela

está dentro dos padrões de po-

tabilidade, logo sem contami-

nação. O departamento suge-

re que o projeto do poço seja

feito por um geólogo.

A gerente comercial da em-

presa São Paulo Poços, Flávia

Mayer, diz que, no geral, a

água do subsolo da cidade é

potável. Estudos da Secreta-

ria Estadual do Meio Ambiente

confirmam isso.

A empresa trabalha em par-

ceria com um laboratório, que

faz análise da água para saber

se está dentro dos parâmetros

de VMP – Viabilidade Máxima

Permitida. A análise pode indi-

car problemas como excesso

de ferro, ou mesmo coliformes

fecais. Flávia diz que as imper-

feições podem ser facilmente

sanadas. “No caso dos colifor-

mes usamos cloro. Um galão

custa R$ 20”.

Rocha – Perfurar o poço pode

demorar de dois a três dias. É

preciso chegar à rocha, sob a

qual está a água. E perfurá-la. A

rocha pode estar a trinta, qua-

renta metros de profundidade.

Ou muito mais, dependendo do

terreno. Uma vazão de 2 m³ por

hora é considerada ótima por

Flávia. Mas há também o risco

de não se encontrar água.

Algo como 38% da água sub-

terrânea da cidade abastece

casas, locais públicos e comér-

cio. Outros 62% vão para a in-

dústria. A água está no lençol

freático, formado por infiltra-

ção de chuva no solo. Ela ocupa

espaços vazios entre rochas.

Abaixo do freático está o lençol

artesiano, mais profundo.

Nos segmentos doméstico e

comercial atuam pequenas

Haddad deveinvestir menos

em 2015

Oprefeito Fernando

Haddad (PT) estima

investir R$ 7,8 bilhões em

melhorias na cidade em

2015. O valor, que consta na

proposta de lei orçamentária

enviada ontem à Câmara, é

27% menor do que a meta

estipulada para este ano.

Segundo a Prefeitura, a

suspensão da lei que previa

alta de até 35% no Imposto

Predial e Territorial Urbano

(IPTU) continua a atrapalhar

os planos de investimentos

da gestão. Sem a

arrecadação extra de quase

R$ 800 milhões, faltam

verbas no caixa municipal

para pagar as contrapartidas

necessárias para firmar

novos convênios com a

União, justifica o governo.

Mas, com ou sem o

aumento do IPTU, a Prefeitura

não conseguiria atingir a

meta de R$ 10,7 bilhões em

investimentos neste ano.

Segundo a Secretaria de

Finanças, o valor final deve

chegar a R$ 4,4 bilhões. Para

2015, o Orçamento do

Município previsto é de R$

51,3 bilhões. (EC)

Padrasto presopor maltratar

enteada de 2 anos

Um empresário de 35 anos

foi preso em Araçatuba

(SP) suspeito de maltratar a

enteada de 2 anos de idade,

dentro de casa, quando,

supostamente, a mãe da

criança não estava. A polícia

analisa os vídeos encontrados

no celular que teriam sido

feitos pelo próprio padrasto,

Maurício Moraes Scaranello.

Imagens do celular mostram

a criança com uma cebola nas

mãos. Ele diz que é uma maçã:

"Come maçã para mostrar

para a mamãe. Mordeu?

Morde forte. Só mais uma

mordida", diz o homem.

Em outra gravação, a

menina está com muito sono,

mas ele não deixa ela se

deitar. "Não, senta", ordena.

Depois dá um susto na criança

que está quase dormindo

sentada. Haveria também

fotos da menina nua.

De acordo com as

investigações, a menina

sofria as agressões durante a

noite, período em que a mãe

estava estudando. A mãe da

menina disse que não sabia

dos vídeos nem das fotos.

( AO G )

Sem-teto voltamàs ruas na Capital

Integrantes do Movimento

dos Trabalhadores Sem-Te-

to (MTST) fizeram um pro-

testo ontem à noite, no Mo-

rumbi, contra a reintegração

de posse do terreno ao lado do

cemitério Gethsemani, na zo-

na sul. Os manifestantes da

Ocupação Chico Mendes se

reuniram em frente ao cemité-

rio e, por volta das 19 horas,

chegaram à Avenida Francis-

co Morato, onde fizeram barri-

cadas com pneus na altura do

número 4.000. Os dois senti-

dos da via foram bloqueados.

Depois de 40 minutos blo-

queando a avenida, os mani-

festantes encerraram o ato e

começaram a voltar à ocupa-

ção Chico Mendes.

"Demos nosso recado, a im-

prensa cobriu e o governo fi-

cou sabendo. Se não tivermos

uma resposta da Prefeitura,

essa semana vai ter mais lu-

ta", disse uma das líderes do

MTST Natália Szermeta.

Os bombeiros chegaram pa-

ra apagar as chamas, mas ne-

nhum policial apareceu para

conter o ato. De acordo com o

MTST, cerca de 800 pessoas

participaram da manifestação.

Copa – Mais cedo, sem-teto

marcharam na zona leste para

cobrar da administração mu-

nicipal cumprimento de um

acordo para limpeza do terre-

no onde estava localizado a

ocupação Copa do Povo, entre

maio e agosto. (EC)

Daniel Teixeira/EC

Sem-teto em passeata na zona leste: acordo para limpeza do terreno.

TERROR EM SANTA CATARINA – Os últimos dois dias foram os mais tensos desde a retomada dosataques em Santa Catarina. Entre segunda e terça-feira foram pelo menos quatro atentados a ônibus, quatroataques a bases e casas de policiais e um homicídio contra um agente prisional aposentado em Criciúma.

Guto Kuerte/ A

gência RBS

empresas de perfuração de po-

ços semi artesianos. Uma delas

funciona em casa. O equipa-

mento todo é levado em um ca-

minhãozinho. Mas a eficiência é

garantida. Passou de pai para fi-

lho, em trinta anos de ativida-

de. A clientela é de casas e sí-

tios, hotéis, motéis e lava-rápi-

dos - que usam muita água.

No local escolhido, uma bro-

ca com uma ponta de vídea

(metal muito duro) fará a perfu-

ração do solo sem abalos. A bro-

ca pode passar pela pissarra,

terra vermelha com pequenas

pedras. Depois por uma cama-

da de argila e chegar ao lençol

freático. A profundidade co-

mum é de 50 a 60 metros. A

água é extraída por uma bomba

elétrica. Se for o caso, mandam

analisar a água. Preço do poço:

R$ 5.500 a R$ 6.500.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

B R A S I L I DA D E

Muito além da festa juninaAna Barella

Desvendan

do oPo rto

Carlos Orcesi

O Porto tradicio-nal é tinto, em-

bora haja tambémbranco. Que região éessa? D o u ro ! Pela ló-gica deveria se cha-mar vinho do Douro,a s s i m c o m o B o r-deaux ou Borgonhanão são vinhos de...Paris. Ocorre que oMarques de Pombal,além de delimitar a re-gião duriense comm a r c o s d e p e d r a(1792), decretou queo vinho apenas pode-

ria ser engarrafado e co-mercializado no Porto, pouco

acima da foz no Oceano Atlântico. Di-tatorial mas inteligente; queria controlar

melhor a produção e... os impostos.Ali perto da foz o Douro faz uma curva à esquer-

da, o que propiciou a construção de um ancoradou-ro. Daí se desenvolveu a cidade, cujo centro histórico é

tombado pela Unesco. Na outra margem batia menos sol, oque aos poucos levou os produtores, até pelo preço baratodos terrenos, a instalar suas grandes adegas em Vila Novade Gaia. O início do país se deu ali, como revela o nome quemistura Porto e Gaia, Portugaia ou Portugal.

Dois ou três dias depois do começo da fermentação,quando o mosto alcança 6% a 7% de álcool, adiciona-seaguardente. Além de interromper a fermentação, conservara fruta e a doçura, o conjunto é for tificado, elevando o graualcoólico para 20°. Por isso o Porto é preferido com a sobre-mesa. Quase 90% dos vinhos do Porto são simples e paraconsumo rápido, prensados no Douro e mantidos em cubasde inox (embora isso não se divulgue), até o transporte paraengarrafamento em Gaia. Os vinhos são misturas de várioslotes e safras. Também as videiras, de variadas espécies,eram plantadas ao léu nas herdades e quintas; hoje os pro-dutores estão separando as espécies, tentando manter cer-ta ordem e uniformidade na confecção do bl e n d .

O Ruby é o porto de entrada, envelhecido por três anos emenormes balseiros cheios de 30 mil litros, sem oxigenação. Co-mo o vinho mantém pouco contato com a madeira, conserva acor original (daí o nome da pedra rubi, vermelho escura), ao sa-bor de fruta vermelha, ameixa e mais tarde figo. São várias sa-fras misturadas, sem data no rótulo. Vários degraus acima emtermos de sofisticação e preço, há reser vas e no topo da pirâ-mide, os vintag es. Eles são feitos ao estilo Ruby, embora cus-tem três (reserva) ou dez vezes mais (vintage).

A 2ª categoria, do mesmo preço e pouca sofisticação, é dosTa w n y . A diferença está na armazenagem, dois anos e meio nosmesmos balseiros de 30 mil litros, passando depois às pipas(tonéis) de 550 litros, sem preencher todo o volume, o que induzà oxigenação do vinho e algum contato com a madeira, acele-rando o envelhecimento e puxando o gosto a fruta seca, comonoz e amêndoa, aromas tostados a café e chocolate. Com a mi-cro-oxigenação o t aw ny perde a cor vermelha, ganhando toqueamarelado (âmbar) de onde deriva o nome "aloirado". Depoisde três ou quatro anos de descanso vão a mercado.

A 3ª categoria é talvez "a que melhor identifique" o Porto(já falando nos 10% da produção), os Tawny velhos divididosem dois tipos: "anos" e "colheitas". Nessa categoria é im-portante a técnica do enólogo ao misturar vinhos velhos, daíos Tawny "10 Anos", "30 Anos" ou mais, com estrutura e so-fisticação. A indicação de idade é controlada pelo IVDP – I n s-tituto do Vinho do Douro e Porto, conforme a média do bl e n d .Se um Tawny tem 25% de 10 Anos (vivacidade), 25% de 40(grande maturidade) e 50% de 30 Anos (alguma evolução),será um Graham’s ou Taylor’s "30 Anos".

Os Colheita são vinhos de um só ano, mas não-vintage, quetodavia ficam muito tempo envelhecendo, não raro evoluindomelhor (ou de modo diferente) do que os grandes vintag e.

Há uma 4ª categoria cujo consumo vem crescendo: osLBV (late bottled vintage), ou, traduzindo, colheitas espe-ciais engarrafadas tardiamente. Enquanto o vintage, de pre-ferência, merece envelhecer 10, 20 ou 50 anos, os baby vin-tag e ficam mais alguns anos em contato com a madeira, equando engarrafados se consideram prontos a beber. Pode-se resumir, grosseiramente, que ficam no meio entre os "ve-lhos tawny" e os "grandes vintage ruby". Com mais madeira,mas nem tanto, têm preço inferior ao da categoria seguinte,pelo que alguns o qualificam de "vintage dos pobres".

Por fim a 5ª categoria, algo como 4% do total, Vintage querdizer safra, com significado de "grande safra", verões quentese invernos frios, chuva na primavera jamais no outono, dias fir-mes na vindima. Qualquer produtor pode declarar o seu vinho'vintage'. Mas se declarar demais ou avaliar mal a safra, perderácredibilidade. Há outra regra não escrita (raras vezes descum-prida) de que apenas três safras em cada década sejam decla-radas grandes. Nas lendárias, a última das quais 2011, a decla-ração é geral. O tipo vem a mercado três anos depois da colhei-ta. Ora, também os comuns r u by e t aw ny são vendidos depoisde três anos. O que afinal distingue um vintage? Como dito, cli-ma, aguardente de melhor qualidade, cuidados especiais navindima, na seleção de uvas, na madeira, vinho não filtrado, pre-disposição para evoluir, sem esquecer o toque divino.

Como explicar? É como no futebol: há os titulares e os re-servas; os bons e os craques. Às vezes o reserva salva o timeno 2º tempo. Como dito, um reserva "40 Anos" ou um colheita(de ano não declarado vintage), de repente, ombreia e ultra-passa um vintage. Agricultura não é uma ciência exata. SeDeus não joga dados, por vezes gosta de surpreender. Ofe-reça a resposta ao retirar a rolha. Se eflúvios complexos ex-plodirem nas suas papilas gustativas, e o líquido volumoso,quase mastigável, atravessar a sua goela deixando traços deparaíso, vá em frente e grite: é gol. Ou, como dizem em Por-

tugal, é golo. Esteja preparado, porque quem prova umbom Porto fica escravo para sempre!

HISTÓRIA DE AMORA tradicional paçoca Amor

é sinônimo de nostalgia - ela écinquentona. A marca até virou

referência pop: estamparoupas, acessórios e objetos de

decoração descolados.

Fotos: divulgação

Luis Fernando Plazza passou

por uma verdadeira caça

ao tesouro no começo de

julho. Visitou 12 mercados atrás

de uma recompensa para lá de

especial: um pote de Paçoquita

Cremosa. O produto, que é uma

espécie de pasta de amendoim

doce, causou verdadeira como-

ção nas redes sociais na época

de seu lançamento.

Quase cinco meses após o fenô-

meno paçoquita

cremosa, chefs de

restaurantes e do-

cerias hypes con-

tinuam surfando

nessa onda.

As apostas são

tão altas que mui-

tos já elevaram o

status de suas so-

bremesas à base

de paçoca mudan-

do os doces dos

menus sazonais (especialmente

os da época das festas juninas) pa-

ra os fixos.

Depois de muita procura, Pla-

zza conseguiu por suas mãos em

seu pote de Paçoquita Cremosa.

O assistente jurídico, porém, não

se contentou com apenas um:

comprou logo seis. E admite ter

raspado o fundo de todos com o

dedo indicador. Isso em apenas

uma semana.

"Eu corri atrás porque sou lou-

co por paçoca e, na internet, foi

um verdadeiro surto. Todo mun-

do comentando sobre a tal paço-

ca e o fato de ser algo maravilho-

so e impossível de localizar", ex-

plica. E ele não foi o único que

não encontrava o desejado do-

ce, que chegou primeiramente

em pequenos mercados, dificul-

tando a localização.

A comoção redes sociais pela

busca do produto rendeu até um

mapa no google maps com o no-

me dos mercados que vendiam o

produto, e, obviamente, as suas

respectivas localizações.

APOSENTANDO O CHAPÉUO doce de paçoca é brasileirís-

simo: "Po-çoc", quer dizer "esmi-

galhar" em tupi. A paçoca dos ín-

dios, porém, era feita com fari-

nha de mandioca e carne seca. Já

o doce de amendoim que conhe-

cemos é típico do interior paulis-

ta. Daí a fama caipira...

De acordo com Luciana Persoli,

gerente de marketing da Santa

Helena, que produz a Paçoquita, a

festa junina "in-

crementa o volu-

me de vendas em

função do aumen-

to de consumo de

doces de amen-

doim". Para au-

mentar as vendas

no resto do ano, a

marca investiu em

outras roupagens

da paçoca: cremo-

sa, para ser consu-

mida no café da manhã, como ba-

la, diet, com aveia, como picolé...

e a lista segue.

Para Marcelo Grosso, chef da lo-

ja de bolos caseiros Bolo à Toa, al-

guns ainda resistem em usar a pa-

çoca em suas sobremesas por

causa do estigma junino.

Marcelo, por sua vez, apostou

no doce – e garantiu sucesso. O

bolo de paçoca da loja, que mi-

grou do cardápio junino para o fi-

xo por pedidos do público, leva

massa branca à base de paçoca

em sua receita. A cobertura de

leite condensado é finalizada

com farofa de paçoca.

"A nossa proposta é exatamen-

te essa: a da simplicidade. Então

colocamos sem medo nenhum o

bolo no cardápio", conta Grosso.

DUPLADINÂMICAAté mesmo

a franquia Bri-

gaderia, que

gourmetizou o

também queri-

díssimo briga-

deiro se ren-

deu à paçoca.

Nana, a chefe

responsável pelas escolhas do

cardápío incluiu o brigadeiro de

paçoca no menu tradicional devi-

do ao sucesso com o público na

época junina.

A dupla brigadeiro e paçoca

também aparece em uma sobre-

mesa do restaurante Brado: tor-

ta de brigadeiro com sorvete de

paçoca, feito na casa, coberto

com farofa do doce. Mas a Tarta d'

amor não tem preço de querme-

çe junina: R$ 18.

PAÇOQUINHA FAMOSINHAA paçoca precisou de um em-

purrãozinho do marketing da

Santa Helena – que fez uma cam-

panha onl ine com a hashtag

"acheiotesouro" – para alcançar

o status cool. Os estabelecimen-

tos hypes, como o food truck

Kombosa Sha-

ke , t a m b é m

ajudaram.

A Kombosa

tem menos de

cinco meses

de "estrada" –

i s t o p o r q u e

não tem um lu-

gar fixo, roda

por São Paulo,

anu nc i a ndo

sua localização 24 horas antes

pelo Facebook – e já apostou no

doce, com muito sucesso.

"Nós temos 180 sabores de

milkshake, e 19 cardápios diferen-

tes, com cerca de 20 escolhas em

cada. O sabor paçoca é muito pe-

dido, por isso, colocamos ele em

quase todos os cardápios", conta

Diego Fernando Juliano, proprie-

tário da Kombosa. Ele traz o doce

em dois sabores: um de paçoca, e

outro de paçoca overdose, que le-

va doce de leite na receita.

"A paçoca é aquele doce que

você come e quer mais. Achei

que combinava com o nosso

milkshake, que é só dar um gole e

você já quer outro", brinca.

A sorveteria Los Paleteros, mais

uma no mundo das paleteris, tam-

bém traz o doce como protagonis-

ta em seu menu.

O picolé de paçoca é uma boa

pedida dentre sabores como io-

gurte com amora e morango com

leite condesado. Artesanal, leva

creme de leite, pasta de amen-

doim e pedaços de paçoca. R$ 8.

Não tem como resistir.

# PA Ç O C AEm 1º de julho a Paçoquita

Cremosa foi lançada.A dificuldade para encontrá-la

causou compartilhamentoem massa nas redes sociais

dos sortudos.

GOURMETIZAÇÃOOs chefs pegam carona no

hit Paçoquita Cremosa e usam eabusam do tradicional doce

em suas sobremesas. Se antesparecia uma rolha, hoje posa

de sorvete a bolo.

Faça a sua paçocaSe agora a moda é a paçoca com outras roupagens, prepare asua e acrescente criatividade:

Ingredientes:2 xícaras de amendoim sem pele2 xícaras de farinha de mandioca torrada2 xícaras de açúcar1 colher (chá) rasa de sal

Modo de preparo:1- Toste os amendoins no forno2 - Triture no liquidificador3 - Coloque todos os ingredientes em uma tigela e misturebem, amassando com as mãos4 - Coloque em forminhas para moldar a sua paçoca.

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 1 de outubro de 2014

.R..EDES SOCIAIS

Elloameaça oFacebook

.P..R I VA C I D A D E

.L..OTERIAS

Concurso 1320 da DUPLA-SENA

Segundo sorteio

04 11 13 29 47 50

Concurso 3601 da QUINA

02 06 07 31 79

.S..UR TO

EUA confirma 1º caso de ebolaA

utoridades de saúde

dos EUA confirmaram

ontem que foi diagnos-

ticado no país o primeiro pa-

ciente infectado com o vírus

ebola. Embora este seja o pri-

meiro caso diagnósticado no

país, hospitais dos EUA já tra-

taram três pessoas e atendem

mais uma, todas diagnostica-

das fora do país.

Segundo o Centro de Con-

trole e Prevenção de Doenças

dos EUA o vírus foi contraído

por um paciente que viajou da

Libéria para os EUA no dia 19

de setembro "para visitar pa-

rentes" que vivem no Texas.

O paciente apresentou os

primeiros sintomas de mal-es-

tar quatro ou cinco dias depois

de chegar aos EUA e procurou

Chr

istop

he K

arab

a/EF

E

LAGERFELD FEMINISTA - O estilista alemão Karl Lagerfeld levou a moda para a rua e

apresentou ontem, em Paris, a coleção que criou para a temporada primavera-verão 2015 da

grife Chanel encenando uma manifestação feminista. Entre as modelos, a top Gisele Bündchen.

s

.M..ÚSICA

YouTube reformuladoO Google deve

reformular o YouTube nas

próximas semanas, a fim

de fortalecer sua presença

na arena musical da

internet, cada vez mais

competitiva. O YouTube

deve lançar novos serviços

de músicas com anúncios e

a possibilidade de tocar

diversas faixas em

sequência. Uma assinatura

de US$ 10 por mês

também virá em breve e

deve incorporar o serviço

Songza.

.T..ECNOLOGIA

Com o goTenna seu celular nunca fica sem

conexão com a internet. A ideia é da brasileira

Daniela Perdomo e surgiu quando ela peercebeu

que em situações de emergência, como um

furacão, poder mandar uma mensagem com

sua localização pode salvar sua vida.

w w w. g o t e n n a . c o m

Primeiro sorteio

06 23 24 35 41 43

Batman: sete décadase meia de existência.

O serviço postal dos EUA criou uma

série de selos para comemorar os 75 anos

de criação do personagem Batman, da DC

Comics. Os selos trazem imagens icônicas do

super-herói dos quadrinhos e também mostram a transformação do símbolo que é visto no

centro do peito do homem-morcego. A coleção reúne o trabalho de vários artistas responsáveis

por criar os quadrinhos de Batman ao longo de seus 75 anos, entre eles Jim Lee, Neal Adams,

Dick Sprang e Bob Kane. Além disso, o conjunto de selos, que só pode ser comprado nos EUA,

ganhou uma moldura especial, que reúne 20 imagens, quatro versóes do bat-símbolo e uma

ilustração representando Gotham City. A festa oficial de aniversário de Batman acontecerá em

Nova York em 9 de outubro.

Invi

sível

na

foto

Mark Rolston teve uma ideia para acabar com a

indiscrição das fotos nas redes sociais: o Snapchat IRL. O

colar capta a luz da câmera e emite um flash de volta. E

você não aparece na foto. Ainda é apenas um conceito.

w w w. a r g o d e s i g n . c o m

A rede social Ello ainda está

em fase de testes, mas já

ganhou a atenção total dos

internautas que enxergam na

opção uma alternativa ao

Facebook. Segundo o site

BetaBeat, pedidos de

inscrição chegam em

quantidade absurda: mais de

30 mil por hora. A este ritmo,

a rede duplica o número de

usuários a cada três ou quatro

dias. A grande novidade da

Ello é se declarar pró-

privacidade, justamente em

um momento em que os

internautas se mostram cada

vez mais preocupados com a

confidencialidade de suas

informações. O respeito à

privacidade não é a única

diferença em relação ao

Facebook. A Ello também

promete um espaço não

publicitário para os

internautas. No momento, a

rede só pode ser utilizada por

usuários convidados. Mas os

atuais usuários não podem

convidar os amigos. Para

obter o convite, é preciso ser

um dos milhares de

internautas que solicitam

inscrição. Quer tentar?

Acesse o link.

ello.co

um hospital em Dallas. No dia

28, ele foi colocado em "estrito

isolamento" no mesmo hospi-

tal por apresentar sintomas

compatíveis com o ebola.

As pessoas que tiveram

contato direto ou indireto com

o paciente no avião estão sen-

do observadas para evitar que

a doença se propague.

Este é considerado o pior

surto já registrado do vírus

ebola.

Segundo os dados mais re-

centes da Organização Mun-

dial de Saúde (OMS), mais de 3

mil pessoas já morreram ao

contraírem o vírus no oeste da

África e 6,5 mil pessoas podem

estar infectadas nos três paí-

ses mais afetados da região:

Libéria, Guiné e Serra Leoa.

Desconectado, jamais.

Imag

ens:

Reu

ters

quarta-feira, 1 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

Eleição dá o tom aos investimentosSetembro foi mês de reviravolta: o dólar, desvalorizado ante o real até agosto, deu um salto; a Bolsa de Valores, que vinha acumulando ganhos, despencou.

Rejane Tamoto

Maurício Lima/AFP

Contasp ú bl i c a s :

quar tomês no

ver melho.

Fotos: Givaldo Barbosa/AG

Augustin (noalto) acreditaem melhoraaté dezembro,mas Maciel vêo cumprimentoda meta fiscalmais distante.

Moody's pode antecipar reavaliação do PaísO

elo mais fraco na polí-

tica econômica brasi-

leira é a área fiscal, na

avaliação de Mauro Leos, vice-

presidente para a América La-

tina da agência de classifica-

ção de risco Moody's. Segun-

do ele, as relações dívida bru-

ta/PIB encargo de juros/recei-

ta do Pa í s sempre fo ram

elevadas. Agora, no entanto,

existe um “fator novo": a que-

da do superávit primário e ao

crescimento do déficit em

conta corrente nos últimos

quatro anos

Ontem, em São Paulo, Leos

informou que se as condições

da economia piorarem, a

agência poderá rebaixar a no-

ta de rating do Brasil em 2015.

Atualmente em Baa2, com

perspectiva negativa, a nota

deve ser reavaliada num pe-

ríodo entre 12 e 18 meses. Só

depois o rating do País será

reavaliado. Com condições

agravadas, a reavaliação po-

derá ser antecipada. Se rebai-

xado, ainda permanecerá em

grau de investimento, mas no

último nível, Baa3.

“Há duas possibilidades. Se

as coisas melhoram, vamos

esperar para uma reavalia-

ção, que poderá acontecer até

o primeiro semestre de 2016.

Se as coisas pioram, antecipa-

mos essa avaliação. Isso inde-

pendente de quem for eleito

p re s i d e n t e ”, disse Leos.

Com o baixo crescimento da

economia, queda do consumo

e do investimento privado,

provocado pela desconfiança

do empresariado, a Moody's

reduziu de estável para nega-

tiva a perspectiva do Brasil no

mês passado.

“Uma das principais razões

para o rebaixamento da pers-

pectiva de estável para nega-

tiva foi o crescimento da eco-

nomia abaixo de seu potencial

de 3% durante quatro anos”,

explicou Leos, que é responsá-

vel pelo rating do Brasil.

Hoje o País tem a mesma

avaliação de Colômbia, Pana-

má, e Uruguai. (Agências)

Déficit do setorpúblico, de R$ 14,5bilhões em agosto,foi o pior resultado

da história paraesse mês.

OBrasil teve o pior resul-

tado primário da histó-

r i a p a r a m e s e s d e

agosto, prejudicado pelo im-

pacto da fraqueza econômica

na arrecadação e aumento

das despesas, informou on-

tem o Banco Central. Assim, fi-

cou ainda mais distante de

cumprir a meta fiscal deste

ano mesmo com manobras

contábeis pretendidas pelo

g o v e rn o.

No setor público consolida-

do – governo central, estados,

municípios e estatais – o défi-

cit foi de R$ 14,46 bilhões, acu-

mulando no ano saldo positivo

de R$ 10,25 bilhões, cerca de

10% da meta para 2014. Em

12 meses até agosto, a econo-

mia feita para pagamento de

juros foi equivalente a 0,94%

do Produto Interno Bruto (PIB),

pior resultado para a série, ini-

ciada em 2001. A meta já ajus-

tada neste ano de superávit

primário é de R$ 99 bilhões ou

1,9% do PIB.

O resultado de agosto foi o

quarto mensal negativo se-

guido e foi pior do que a expec-

tativa de analistas, que fala-

vam em déficit primário de R$

5,1 bilhões.

O chefe do Departamento

Econômico do BC, Tulio Maciel,

reconheceu que ficou mais

distante o cumprimento da

meta fiscal. O secretário do Te-

souro Nacional, Arno Augus-

tin, no entanto, argumentou

que acontecerão "muitos

eventos" até dezembro que

ajudarão nas contas públicas.

Augustin citou receitas ex-

traordinárias pelo programa

de refinanciamento de dívidas

tributárias (Refis) e o uso de R$

3,5 bilhões do Fundo Sobera-

no do Brasil (FSB), ferramenta

recentemente anunciada pe-

lo governo. A estratégia de

usar manobras fiscais para fe-

char as contas vem sendo

adotada há alguns anos e aca-

bou minando a confiança de

agentes econômicos. Revi-

sões sobre a política fiscal,

acrescentou Augustin, so-

mente serão feitas em novem-

bro, isto é, após as eleições

p re s i d e n c i a i s .

O otimismo do secretário do

Tesouro, contudo, dificilmen-

te se concretizará. O leilão de

licenças para serviços de

quarta geração de telefonia

móvel realizado ontem garan-

tirá R$ 5 bilhões aos cofres pú-

blicos, frustrando o governo,

que esperava R$ 8 bilhões. E

as empresas vencedoras do

leilão ainda avaliam se paga-

rão pelas licenças à vista ou a

p r a z o.

RATING EM RISCOO mau resultado de agosto

veio sobretudo do governo

central, com déficit primário

de R$ 11,95 bilhões, muito aci-

ma do saldo negativo de R$ 55

milhões visto um ano antes.

Os governos estaduais tive-

ram rombo de R$ 2,34 bilhões

e as estatais, de R$ 173 mi-

lhões.

Com os dados de agosto, o

déficit nominal – receitas me-

nos despesas, incluindo paga-

mento de juro – ficou em R$

31,48 bilhões, enquanto a dí-

vida pública representou

35,9% do PIB.

Na segunda-feira, o próprio

BC reconheceu que a política

fiscal neste ano não é neutra, e

que acabou pressionado a in-

f l a ç ã o.

Em agosto, entraram nos

cofres públicos receitas ex-

traordinárias do Refis, de R$

7,13 bilhões, insuficientes,

contudo, para evitar que a Re-

ceita Federal cortasse à meta-

de a previsão de crescimento

real da arrecadação neste

ano, para alta de 1%, ante an-

teriores 2%.

"A erosão da postura fiscal

está elevando a dívida líquida

e bruta, o que, se continuar,

aumenta o risco de rebaixa-

mento do rating soberano.

Além disso, o ativismo fiscal

está minando a eficácia da po-

lítica monetária em seus es-

forços para realinhar e anco-

rar a inflação atual", escreveu

em relatório Alberto Ramos,

diretor de pesquisa econômi-

ca do Goldman Sachs para

América Latina. (Reuters)

Marcado pelas expectativas em torno das

eleições, setembro foi um mês de inversão

nas aplicações de renda variável. O dólar,

que estava desvalorizado frente ao real

até agosto, deu um salto. E a Bolsa de Valores perdeu

os ganhos acumulados no mesmo período.

A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 2,449

ontem, com queda de 0,74% no dia, mas encerrou o

mês em alta de 9,38%. No ano, acumulou valorização

de 3,95%. "A pressão sobre o dólar no último mês deve

seguir pelo menos até domingo, quando teremos a de-

finição sobre um vencedor ou de quem estará no se-

gundo turno. De qualquer maneira, o dólar se valori-

zou frente a outras moedas, como o euro e o iene", diz

João Medeiros, diretor da Pioneer Corretora de Câm-

bio. Nesse movimento, o euro encerrou o mês valori-

zado em 5,11% frente ao real, mas ainda acumulou

prejuízo no ano, de 4,83%. A escalada do dólar tam-

bém influenciou ativos como o ouro, cujo preço é co-

tado na moeda norte-americana. No mês, o metal su-

biu 2,70% e no ano, 4,97%.

Segundo Medeiros, o dólar nesse patamar é bom pa-

ra o exportador e para quem tinha (e manteve) aplica-

ção financeira na moeda. Ele avalia que o Banco Cen-

tral tem feito todo o esforço necessário, mas o fato é

que a escalada da moeda está relacionada não só ao

pleito eleitoral, mas também à recuperação da econo-

mia norte-americana.

A possível alta do juro nos Estados Unidos antes do

segundo semestre de 2015 também trouxe queda pa-

ra a bolsa de valores, segundo Fabio Colombo, admi-

nistrador de investimentos e autor do ranking. "Efeito

que aqui foi alavancado pela eleição", diz. O Ibovespa,

que ainda está positivo em 5,06% no acumulado do

ano, despencou 11,70% em setembro, anulando todo

o ganho de 9,78% de agosto, quando a bolsa ainda su-

bia puxada pela expectativa de que um concorrente

da oposição ao atual governo subisse nas pesquisas.

Pedro Galdi, estrategista de investimentos da SLW

Corretora, diz que as ações do "kit eleições", como as

de Petrobras, Eletrobrás e Banco do Brasil puxaram o

resultado negativo. "Foi um mês de realização de lucro

pesada. Esta semana ainda promete volatilidade,

com pesquisas eleitorais", afirma.

RENDA FIXA

Na renda fixa, a melhor aplicação do mês foi o fundo

DI, com rendimento bruto de 0,80% a 0,95%. No ano,

com retorno médio de 7,96%, esse fundo rendeu menos

do que o título público indexado ao Índice de Preços ao

Consumidor Amplo (IPCA), que acumulou retorno de

8,79%. No mês, o título público teve ganho mais modes-

to, com rendimento bruto de 0,65% a 0,80%, dependen-

do do prazo do papel. Quem obteve retorno superior foi o

Certificado de Depósito Bancário (CDB), com remunera-

ção de 0,75% a 0,90% em setembro, dependendo do va-

lor investido e do risco de crédito do banco. No ano, a apli-

cação rendeu 7,63%.

Os fundos de renda fixa ofereceram um retorno bruto

menor no mês, de 0,60% a 0,75%, mas um desempenho

melhor no ano, de 8,49%.

A caderneta de poupança com aniversário hoje ren-

deu 0,59% no mês e 5,22% no ano.

12 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 1 de outubro de 2014

quarta-feira, 1 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

Dívida de empresas doSimples chega a R$ 14 bi

O fisco começou a notificar devedores, estimados em 9% do total dos cadastrados no regime simplificado. Eles podem ser excluídos.

Silvia Pimentel

Empresas optantes do

Simples Nacional es-

tão sob a lupa da Re-

ceita Federal. Neste

mês, quase quatrocentas

(precisamente 396) empre-

sas participantes do regime

tributário simplificado foram

notificadas pelo fisco para re-

gularizarem débitos junto à

Receita ou à Procuradoria Ge-

ral da Fazenda Nacional, sob o

risco de serem excluídas do

sistema. Em nota, a Receita in-

formou que a dívida total dos

devedores intimados é de

R$ 14 bilhões, montante que

deverá ser pago por meio de

programas de parcelamen-

tos. A expectativa do fisco é

que 90% dos inadimplentes

regularizem seus débitos.

O universo de contribuintes

avisados por meio de Ato De-

claratório Executivo (ADE)

corresponde a 9% do total de

micro e pequenas empresas

inscritas no Simples Nacional,

cuja legislação foi modificada

recentemente para permitir o

ingresso de novas atividades

de serviços. “A ação visa ofere-

cer oportunidade para que de-

vedores regularizem suas dí-

vidas e possam, desta forma,

continuar usufruindo dos be-

nefícios do Simples Nacional”,

diz a nota.

PRAZOS

O contribuinte pode acertar

as suas contas pagando a dívi-

da à vista ou fazer a adesão ao

parcelamento de 60 meses,

diretamente na página da Re-

ceita Federal. Não é necessá-

rio seguir até uma unidade de

atendimento da Receita. O

prazo para quitar o débito à

vista ou aderir ao pagamento

em parcelar é de 30 dias con-

tados a partir da data de rece-

bimento do comunicado.

Quem descumprir a regra per-

derá os benefícios do sistema

simplificado a partir de janeiro

do próximo ano.

Para os dois últimos meses

de 2014, de acordo com nota

da Receita, a arrecadação es-

timada é de R$ 423 milhões. O

fisco não tem expectativa de

pagamento à vista.

De acordo com a assessora

tributária da King Contabilida-

de, Elvira de Carvalho, o con-

tribuinte deve ficar atento ao

prazo de 30 dias para a regula-

rização do débito, sob o risco

de exclusão do sistema tribu-

tário. “É uma forma de aumen-

tar a arrecadação eliminando

a inadimplência”, afirmou.

RECURSO

Em situações excepcionais,

o contribuinte pode apresen-

tar um pedido de impugnação,

dirigida à Delegacia da Recei-

ta Federal, também respeitan-

do o prazo de 30 dias. Essa op-

ção é recomendada para os

contribuintes que foram noti-

ficados da existência de débi-

tos em aberto, mas que reco-

lherem o tributo e possuem o

comprovante de pagamento.

“Não é comum, mas não é im-

possível de acontecer”, afir-

ma Elvira.

Em seu escritório, oito clien-

tes foram notificados por pos-

suírem débitos contraídos em

2013. Mas a Receita Federal

pode ter avisado contribuin-

tes com dívidas mais recentes

ou até mais antigas. Se as

mesmas foram processadas

no sistema, nada impede a co-

brança de ser feita.

Para o diretor executivo da

Confirp Consultoria Contábil,

Richard Domingos, o fato da

maioria dos débitos serem do

ano de 2013 mostra que o fisco

está agindo rápido. “A ação já

era esperada e veio até com

certo atraso, pois está previs-

ta na legislação do Simples

Nacional a exclusão de deve-

d o re s ”, ressalta.

Brasil é emergente commaior rombo externo

OBrasil bateu um recor-

de indesejável nas

contas externas: tor-

nou-se, em 2013, a nação

emergente com o maior défi-

cit externo do mundo, de acor-

do com o relatório trimestral

"Panorama da Economia Mun-

dial" do Fundo Monetário In-

ternacional (FMI) divulgado

ontem. Em oito anos, o País

deixou de apresentar saldo

positivo nas suas transações

com o resto do mundo – c o-

mércio exterior, fluxo de in-

vestimentos, gastos de turis-

tas, empréstimos etc. – p ar a

apresentar rombo de US$ 81

bilhões, o equivalente a 3,6%

do PIB e 0,11% do PIB global.

Em 2006, base de compara-

ção escolhida pelo Fundo por

ser o último período integral-

mente livre de abalos que cul-

minariam na grande crise de

2008, o Brasil não integrava as

listas de maiores déficits ex-

ternos nem de maiores défi-

cits. Ou seja, apresentava

contas mais equilibradas. Es-

tados Unidos e Reino Unido

ocupam os primeiros lugares

no ranking, respectivamente.

O Brasil também subiu, em

2013, na lista de países com o

maior nível de endividamento

no exterior, pulando da sexta

para a terceira posição, atrás

apenas dos EUA e da Espanha.

A dívida externa total atingiu

US$ 750 bilhões, ou 33,4% do

PIB (1,01% do PIB global). "Na

maioria dos casos (emergen-

tes), as posições de maior en-

dividamento não foram acom-

panhadas de ampliação dos

investimentos fixos (como in-

fraestrutura) e crescimento

maior", observa o FMI.

Déficits externos não são

necessariamente sintomas

de crise e desequilíbrios gra-

ves. Mas, nota o FMI, "déficits

grandes, e os compromissos

externos (endividamento) lí-

quidos associados a eles, no

entanto, expõem o país a ris-

cos de interrupção abrupta de

financiamento ou da rolagem

desses compromissos".

A observação é genérica. O

relatório do FMI não analisa

detalhadamente a situação

brasileira, mas sugere que,

apesar do avanço, não é grave

no curto prazo o caso de vulne-

rabilidade externa do País.

Ainda assim, nota que o Brasil

faz parte de um grupo de paí-

ses na contramão do quadro

geral internacional.

INFRAESTRUTURADe forma geral, de 2006 a

2013, os principais desequilí-

brios externos no mundo fo-

ram reduzidos. Os dez maio-

res déficits, que somavam

2,3% do PIB global, passaram

a representar 1,2%. Também

houve desconcentração: os

cinco maiores rombos soma-

vam 80% do total em 2006 e

menos que 65% em 2013. Os

Estados Unidos reduziram à

metade seu déficit externo, de

carona na desaceleração pro-

vocada pela recessão de

2008/2009.

Já a China, que preocupava

analistas pelo efeito do supe-

rávit que acumulava sobre a

economia mundial, reduziu

seu saldo positivo e cedeu o to-

po do ranking superavitário à

Alemanha. A economia chine-

sa ampliou no período investi-

mentos domésticos, utilizou

política fiscal expansionista e

enfrentou desaceleração da

demanda externa. No lado do

superávit, o grupo dos 10

maiores, que acumulava 2,1%

do PIB global, amealha 1,5%.

Apesar dos movimentos, o

FMI diz que é cedo para saber

se a redução do desequilíbrio

externo global é permanente.

Em outro capítulo do Pano-

rama, o Fundo advoga que

chegou a hora de o setor públi-

co dos países, independente-

mente do porte e do grau de

desenvolvimento de suas eco-

nomias, investirem pesada-

mente em infraestrutura.

(Agência Globo)

E c o no m i amundialvolta aacelerarem 2015

Aagência de

classificação de risco

Fitch prevê uma

desaceleração no

crescimento das

economias emergentes

de 4,7% em 2013 para 4%

neste ano, antes de

alguma recuperação em

2015 e 2016. "O iminente

aperto monetário nos

Estados Unidos, as

tensões geopolíticas e os

menores preços das

commodities apresentam

riscos negativos", afirmou

a Fitch em relatório.

Entre os países do

grupo conhecido como

BRICs, a Fitch avaliou que

o Brasil está em recessão

e que a Rússia está perto

disso e comentou que

espera que ambos

tenham apenas uma

recuperação limitada em

2015 e 2016, com

desempenho abaixo da

maioria das grandes

economias avançadas no

horizonte analisado.

A Fitch calcula que o

Produto Interno Bruto

(PIB) da China vai crescer

7,2% em 2014, 6,8% em

2015 e 6,5% em 2016,

mas observou que o

destaque entre os países

do BRIC será a Índia. "A

Índia será o único país do

BRIC onde o crescimento

vai ganhar força em 2014

para 5,6% e se acelerar

para 6,5% em 2015 e

2016, graças à esperada

melhora no ambiente de

negócios", afirmou a

agência.

Crescimento global –Para a Fitch, a economia

global deve acelerar em

2015 e 2016, mas os

riscos são negativos. A

agência espera um

avanço de 3% para o ano

que vem e de 3,1% para

2016, ambos acima da

previsão para este ano, de

2,6%.

As estimativas para

2014 e 2015 estão 0,1

ponto porcentual abaixo

da projeção de junho.

Para o PIB dos Estados

Unidos, a Fitch prevê um

crescimento de 2,2% em

2014, acelerando para

3,1% em 2015 e 3% em

2016. A melhora deve ser

impulsionada por mais

consumo das famílias e

mais investimentos das

e m p re s a s .

América Latina – A

economia da América

Latina está sofrendo

devido aos fortes laços

que mantém com a China,

um dos maiores

consumidores de

commodities do mundo e

que atualmente vê sua

atividade desacelerar,

afirmou a agência. Pelos

cálculos da Fitch, o PIB da

América Latina deve

crescer 1,2% em 2014 e

2% em 2015. A agência

ressalta que o Brasil está

em recessão técnica e há

a previsão de que a

Venezuela siga o mesmo

caminho neste ano.

A Argentina também

corre esse risco, devido ao

default anunciado

recentemente. Já as

economias do Chile e do

Peru estão desacelerando

rapidamente devido ao

enfraquecimento do

investimento e das

exportações, enquanto o

México mantém

crescimento moderado, e

a expansão da atividade

na Colômbia está

aumentando (EC)

14 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Leve reação nos supermercadosFaturamento emagosto teve altade 2,63% anteigual mês de2013. O setor

que no primeirosemestre tevedesempenhofraco fica mais

animado.

As vendas reais dos su-

permercados no Bra-

sil subiram 2,63% em

agosto ante igual

mês do ano passado, confir-

mando expectativas de um

desempenho melhor na se-

gunda metade do ano após um

fraco primeiro semestre, di-

vulgou ontem a associação do

setor, Abras.

Na comparação com julho, o

crescimento das vendas de-

flacionadas em agosto foi de

2,53%, em resultado impacta-

do pela ocorrência de cinco fi-

nais de semana no mês, perío-

do que tradicionalmente re-

gistra vendas mais altas, in-

formou a Abras.

No acumulado dos oito pri-

meiros meses de 2014, as ven-

das dos supermercados no

Brasil tiveram elevação de

1,63% –bem abaixo do avanço

de 4,95% registrado em igual

etapa de 2013.

A Abras já havia reduzido no

mês de agosto sua projeção de

aumento das vendas no ano

para 1,9% ante estimativa an-

terior de 3%, citando a dimi-

nuição do crescimento da ren-

da da população e a inflação

elevada como fatores que

contribuíram para o consumi-

dor ir menos aos pontos de

venda neste ano.

Em comunicado, o presi-

dente do Conselho Consultivo

da Abras, Sussumu Honda, in-

formou que o desempenho do

setor em agosto vai ao encon-

tro das previsões da entidade

divulgadas anteriormente, de

vendas melhores no segundo

s e m e s t re .

Honda completou que o

consumidor deve ficar mais

estimulado a comprar com a

proximidade das festas de fim

de ano, principalmente depois

de outubro.

Alimentos O presidente da

Associação Brasileira das In-

dústr ias de A l imentação

(Abia), Edmundo Klotz, apre-

sentou, ontem, uma projeção

de crescimento para a econo-

mia brasileira de 0,9% neste

ano. Em 2015, a instituição

prevê avanço entre 1,5% e

1,7% para o Produto Interno

Bruto (PIB).

O empresário destacou um

recuo da produção e da de-

manda interna de alimentos

neste ano, muito ligado à Copa

do Mundo. Segundo Klotz, o

setor desacelerou pela pri-

meira vez em 15 anos. Ele pro-

jeta alta de 2,2% na produção

de alimentos em volume para

2014, com aumento de 2,5% a

2,7% no ano que vem.

Klotz espera, porém, uma

recuperação moderada em

2015 e sinalizou para o possí-

vel avanço das exportações

de alimentos para a Rússia

após as sanções impostas so-

bre o país pelos EUA e a Euro-

pa. As exportações, disse ele,

devem ter um leve avanço, de

US$ 38 bilhões neste ano para

US$ 40 bilhões em 2015.

O empresário afirmou que o

segmento de alimentação de-

ve seguir com balança comer-

cial superavitária neste ano,

em cerca de US$ 30 bilhões,

devido principalmente à parti-

cipação brasileira no mercado

mundial de carnes. Klotz pon-

derou, no entanto, que o resul-

tado poderia ser mais positi-

vo, citando a queda dos preços

de commodities agrícolas co-

mo a soja. (Agências)

Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

Nos oito meses de 2014, as vendas subiram 1,63% – abaixo do avanço de 4,95% em igual etapa de 2013, mas ainda assim no campo positivo.

Minimer cadoExtra terá 250lojas em 2014

OGrupo Pão de Açú-

car (GPA) inaugu-

rou ontem, cinco unida-

des do Minimercado Ex-

tra, bandeira de loja de

proximidade. A empresa

informou que até o final

do ano, deve abrir mais

de 40 unidades, encer-

rando 2014 com cerca

de 250 lojas do tipo.

Apenas para a abertu-

ra dessas cinco unida-

des, o GPA informou que

investiu mais de R$ 6 mi-

lhões. As novas unida-

des estão na capital pau-

l ista, Praia Grande e

Guarulhos. Com esses

novos pontos, o formato

de proximidade da mar-

ca Extra passa a ter 213

lo j as em São Pau lo ,

Grande São Paulo, Bai-

xada Santista, além de

Campinas e Sorocaba.

No formato de loja de

proximidade, que se ca-

racteriza pela área de

vendas menor do que

outros modelos, o GPA

opera ainda a bandeira

Minuto Pão de Açúcar.

No Minimercado Extra,

por exemplo, o sorti-

mento de produtos con-

ta com cerca de 3,5 mil

itens alocados em uma

área de aproximada-

mente 300 metros qua-

drados. A previsão é que

nas duas marcas desse

formato de proximida-

de, o GPA abra mais de

300 unidades até o final

de 2016. (EC)

ABF revisou a projeção deexpansão para até 7%

Karina Lignelli

tados", afirma.

Plano B – Ainda de acordo

com o levantamento, a aber-

tura de pontos de venda au-

mentou 3,6% no segundo tri-

mestre – estabilidade ante os

primeiros três meses do ano,

quando o indicador teve alta

de 3,4%. O número de unida-

des fechadas no mesmo perío-

do pelas marcas que respon-

deram à pesquisa foi de 1,2%

também estável ante o pri-

meiro trimestre (1%). Com ba-

se nisso, a ABF espera que o

franchising chegue ao final de

2014 com um aumento de 9%

a 10% no número de unidades

franqueadas.

Segundo Schifino, essa evo-

lução continuará sendo puxa-

da principalmente pelas mi-

crofranquias de serviços (lim-

peza doméstica, manutenção

predial, e estética e beleza)

assim como por lojas de ves-

tuário. "Quando a economia

começa a andar um pouco de

lado, o franchising vira alter-

nativa para o executivo de

grandes empresas que vê o

emprego em risco, procura

um plano B e decide começar a

empreender dentro desse mo-

delo de negócio. É o perfil típi-

co de quem tem economias de

R$ 300 mil, R$ 500 mil e apro-

veita por investir em micros ou

pequenos negócios para dri-

blar a crise", finaliza.

Newton Santos/Hype

Microfranquias de serviços como estética e beleza revelam dinamismo

Vai longe: a Copa do Mun-

do ainda mostra seus

efeitos no desempenho

da economia. Junto com a que-

da no poder de consumo da

população, ambas impacta-

ram o crescimento do franchi-

sing brasileiro negativamente

e fizeram o setor revisar suas

projeções de crescimento pa-

ra 2014. Mesmo com alta de

5,4% no primeiro semestre

deste ano ante igual período

de 2013 e de 1,6% no segundo

trimestre em relação a igual

período de 2013, o setor de

franquias apresentou recuo

de 1% entre os dois primeiros

três meses do ano, conforme

revela a "Pesquisa Trimestral

de Desempenho" da Associa-

ção Brasileira de Franchising

(ABF) referente ao período

abril/maio/junho de 2014.

Apesar de no primeiro trimes-

tre o franchising ter avançado

10%, o comportamento do se-

gundo trimestre, aliado aos re-

sultados negativos do varejo

divulgados pela Fecomer-

cio/SP e pelo IBGE, levaram a

ABF a rever as perspectivas de

crescimento de 9% para algo

entre 5,5% e 7% para o ano.

Segundo Gustavo Schifino,

vice-presidente da ABF, em

vista de um desempenho do

PIB próximo a zero ou mesmo

negativo, o franchising tem

demonstrado ser o último se-

tor a entrar em crise e o primei-

ro a sair. "Apesar de revisar-

mos a projeção para menos,

esses ainda são números mui-

to interessantes para a econo-

mia, uma espécie de 'padrão

China'. Se mesmo com os 31

dias de Copa do Mundo no pri-

meiro semestre, o setor cres-

ceu 5,4%, o segundo deve ser

mais favorável. Ainda desco-

nhecemos o cenário pós elei-

ções, mas esperamos recupe-

ração ou pelo menos estabili-

dade entre os números proje-

quarta-feira, 1 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 13/00016/14/05.OBJETO: CONFECÇÃO E INSTALAÇÃO DE PLACAS EM AÇO INOX ESCOVADO PARAPRÉDIOS ESCOLARES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE

g g ç Ç Ç Çcomunica às empresas

interessadas que se acha aberta licitação para: Confecção e Instalação de Placas em Aço Inox Escovado para Prédios Escolares da Rede Estadualde Ensino.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 01/10/2014,no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.brou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horáriodas 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública deprocessamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 14/10/2014, às 09:30 horas, e seráconduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridadecompetente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meioeletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A datado início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 01/10/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. ANTONIO HENRIQUEFILHO - Respondendo pela Presidência da FDE - PORTARIA FDE Nº 138/2014.

INFINITY FIVE PARTICIPAÇÕES S.A.-CNPJ/MF: 12.979.930/0001-18 - NIRE: 35.300.387.627 em 25/11/2010ATA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA-1. Data e Local: 15/09/2014, às 10:00 horas, na sede dacompanhia, em São Paulo, SP, à Avenida Jurandir, 856, sala 3, Planalto Paulista, 04072-900. 2. Convocação: Sanada a falta depublicação, nos termos da Lei 6.404, de 15/12/1976, artigos 124, § 4º, e 133, § 4º. 3. Presenças: Acionistas representandoa totalidade do capital social com direito a voto, conforme assinaturas lançadas no “Livro de Presenças de Acionistas”, cujoBoletim é o Anexo 1. 4. Mesa: Presidente: Ricardo Breim Gobbetti. Secretário: Sergio Gobbetti. 5. Ordem do Dia: I -Ordinariamente: (i.) Aprovação, exame, discussão e votação das demonstrações financeiras dos exercícios de 2011, 2012 e2013, bem assim das contas dos administradores; (ii.) Destinação dos resultados dos exercícios de 2011, 2012 e 2013; (iii.)Reeleição dos administradores; (iv.) Outros assuntos de interesse social. II - Extraordinariamente: (v.) Redução do Capital Socialmediante capitalização de Reservas de Lucros e créditos, aporte de dinheiros e entrega de ativos a acionista que permanece nacompanhia; (vi.) Aprovação do novo prazo dos mandatos da Diretoria e (vii.) Alteração dos Artigos 5º e 7º do Estatuto Social. 6.Deliberações: Foram aprovados expressamente e por unanimidade, sem restrições ou ressalvas, pela totalidade dos acionistasda companhia: I - Ordinariamente: 6.1. Os Balanços Patrimoniais e as Demonstrações Financeiras encerradas em 31 dedezembro de 2011 (Anexo 2), 2012 e 2013, bem assim as contas dos administradores, encontrando-se as cópias de todos osrelatórios contábeis e gerenciais arquivados na sede social, tendo sido publicadas em 13/09/2014 no Diário Oficial Empresariale no Diário Comercial do Estado de São Paulo as demonstrações referentes aos exercícios de 2012 e 2013 (Anexos 3/4). 6.2. Adestinação dos prejuízos apurados nos exercícios de 2011, 2012 e 2013, nos valores, respectivamente, de (i.) R$ 8.473,96(oito mil, quatrocentos e setenta e três reais e noventa e seis centavos), (ii.) R$ 2.190.027,44 (dois milhões, cento e noventamil, vinte e sete reais e quarenta e quatro centavos) e (iii.) R$ 290.137,45 (duzentos e noventa mil, cento e trinta e sete reais equarenta e cinco centavos) à conta de Prejuízos Acumulados, para compensação com lucros da companhia. 6.2.1. ConformeNota Explicativa 7 às demonstrações financeiras referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, foi reconhe-cido naquele ano resultado positivo de equivalência patrimonial referente ao exercício anterior, no valor de R$ 3.734.594,14(três milhões, setecentos e trinta e quatro mil, quinhentos e noventa e quatro reais e quatorze centavos), o qual, lançado emReservas de Lucros no balanço patrimonial encerrado naquela data, amortizou integralmente os prejuízos de 2011 e 2012.6.3. A reeleição dos membros da Diretoria para o triênio corrente, observada a deliberação de que trata o item 6.6., infra,com mandato inclusive até a próxima Assembleia Geral Ordinária que deliberar sobre a nova eleição, a saber: (i.) Ricardo BreimGobbetti, RG. 15.923.147-4/SSP-SP, CPF/MF: 021.988.658-07, brasileiro, separado judicialmente, aeronauta, residente e do-miciliado em São Paulo, SP, à Rua Araguari, 449, apartamento 52, Moema, 04514-040, e (ii.) Sergio Gobbetti, RG. 1.453.521/SSP-SP, CPF/MF: 008.331.428-87, brasileiro, casado, empresário, residente e domiciliado em São Paulo, SP, à Rua LomasValentinas, 233, Lapa, 05084-010, que expressamente declaram não estarem incursos em qualquer dos crimes previstos em leique os impeçam de exercer a atividade empresarial. 6.3.1. Fixa-se para os membros da Diretoria uma remuneração mensal, atítulo de pró-labore, no valor total de R$ 2.000,00 (dois mil reais). 6.4. A não instalação do Conselho Fiscal para o presenteexercício. II - Extraordinariamente: 6.5. A redução do capital social, de R$ 611.684,00 (seiscentos e onze mil, seiscentos eoitenta e quatro reais) para R$ 10.000,00 (dez mil reais), conforme Boletim de Posição Acionária do Anexo 5, assim: 6.5.1. Sãolevados a crédito do capital social da companhia, aumentando-o, R$ 1.293.566,00 (um milhão, duzentos e noventa e três mil,quinhentos e sessenta e seis reais), mediante (a.) capitalização em favor dos acionistas de R$ 1.242.595,71 (um milhão, duzen-tos e quarenta e dois mil, quinhentos e noventa e cinco reais e setenta e um centavos) das Reservas de Lucros; (b.) capitalizaçãodo crédito que o acionista Ricardo Breim Gobbetti detém contra a companhia, no valor de R$ 33.362,58 (trinta e três mil,trezentos e sessenta e dois reais e cinquenta e oito centavos), e (c.) aporte de R$ 17.607,71 (dezessete mil, seiscentos e setereais e setenta e um centavos) pelos acionistas, na proporção das participações detidas, em boa e corrente moeda nacional.6.5.2. São levados a débito do capital social, reduzindo-o, R$ 1.895.250,00 (um milhão, oitocentos e noventa e cinco mil, du-zentos e cinquenta reais), por meio da cessão e transferência ao acionista Ricardo Breim Gobbetti de Investimento mantido pelacompanhia na Global Aviation S.A., sociedade anônima com sede em São Paulo, SP, à Avenida Jurandir, 856, sala 3, PlanaltoPaulista, 04072-900, inscrita no CPF/MF: 12.979.877/0001-55, correspondente a 611.682 (seiscentas e onze mil, seiscentase oitenta e duas) ações ordinárias, sem valor nominal, totalmente subscritas e integralizadas, representativas de 35% (trinta ecinco por cento) de seu capital social, como forma de dação parcial em pagamento de participações acionárias que em mesmomontante são canceladas com a operação. 6.5.3. Reconhecem os acionistas que todas as rubricas contábeis mencionadasnesta Cláusula constam de Balancete Patrimonial encerrado em 31/08/2014, arquivado na sede social, sendo certo que osvalores levantados sustentam as operações pretendidas. 6.6. O novo prazo dos mandatos da Diretoria, que passa a ser de3 (três) anos, permitida a reeleição. 6.7. A nova redação dos Artigos 5º e 7º do Estatuto Social, este último correspondenteao Artigo 11 do Estatuto Social consolidado adiante, em decorrência das modificações aprovadas: Artigo 5º O capital socialé de R$ 10.000,00 (dez mil reais), totalmente subscrito e integralizado, em boa e corrente moeda nacional, representado por10.000 (dez mil) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Artigo 11 A companhia será administrada por uma Diretoriacomposta por 2 (dois) membros, ambos com a designação de Diretores, eleitos pela Assembleia Geral para um mandato de3 (três) anos, permitida a reeleição. Parágrafo Único Os Diretores ficam dispensados de prestar caução e seus honoráriosserão fixados pela Assembleia Geral que os eleger, em um montante individual ou global. 7. Ata e Publicação: A presente écópia fiel do original lavrado em livro próprio, autorizada a feitura e publicação da ata na forma resumida do artigo 130 daLei 6.404/76, tendo sido todos os seus Anexos, em número de 5 (cinco), autenticados pela Mesa. Lida e aprovada, é assinadapor todos os presentes. 8. Assinaturas:Mesa: Presidente - Ricardo Breim Gobbetti; Secretário - Sergio Gobbetti. Acionistas:a totalidade dos acionistas com direito a voto, a saber, Ricardo Breim Gobbetti e Infinity One Participações S.A.Mesa: RicardoBreim Gobbetti - Presidente; Sergio Gobbetti - Secretário. Visto da Advogada: Raquel Kaori Yamakami - OAB.SP: 198.287

Tamanduá Energia S.A.CNPJ (MF) nº 06.112.685/0001-44

Demonstrações Financeiras referentes aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2013 e 2012 (Valores expressos em Reais)Balanços Patrimoniais Comparativo

Demonstrações dos Resultados31/12/2013 31/12/2012

Receita Bruta Operacional – –Lucro Bruto Operacional – –Receita e (despesas) operacionaisDespesas administrativas (17.924) (72.374)

(17.924) (72.374)Resultado Operacional (17.924) (72.374)Prejuízo Líquido (17.924) (72.374)

Demonstração das Mutações do Patrimônio LíquidoPrejuízos Total do

Capital Acumu- PatrimônioSocial AFAC lados Líquido

Saldos em 31/12/2011 1.267.518 1.075.164 (1.073.924) 1.268.758Adiantamento futuroaumento de capital – 70.498 – 70.498

Resultado do Exercício – – (72.374) (72.374)Saldos em 31/12/2012 1.267.518 1.145.662 (1.146.298) 1.266.882Adiantamento futuroaumento de capital – 15.002 – 15.002

Resultado do Exercício – – (17.924) (17.924)Saldos em 31/12/2013 1.267.518 1.160.664 (1.164.222) 1.263.960

Demonstrações do Fluxo de CaixaDas atividades Operacional 31/12/2013 31/12/2012Lucro líquido do exercício (17.924) (72.374)Ajustes para conciliar o resultado às disponibi-lidades geradas pelas atividades operacionais:

Aumento (diminuição) passivoFornecedores – 1.611Obrigações sociais e trabalhistas 2.922 265Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas)atividades operacionais (15.002) (70.498)

Fluxo de caixa das atividades com investimentosPropriedade de investimentos – –Caixa líquido aplicados nas (gerados pelas)atividades de investimentos – –

Das atividades de financiamento com acionistasAdiantamento futuro aumento de capital 15.002 70.498Caixa líquido aplicados nas (gerados pelas)atividades de financiamento 15.002 70.498

Aumento líquido (redução) de caixae equivalência de caixa – –

Variação das disponibilidadesAumento líquido de caixa e equivalência de caixa – –

Carlos André Andrioni Salgueiro LourençoDiretor Presidente

Ativo 31/12/2013 31/12/2012Ativo Circulante – –Ativo Não Circulante 1.271.691 1.271.691Imobilizado Líquido 1.271.691 1.271.691Total do Ativo 1.271.691 1.271.691

Passivo 31/12/2013 31/12/2012Passivo Circulante 7.731 4.809Fornecedores 1.611 1.611Obrigações Trabalhistas e Tributária 6.119 3.197Passivo Não Circulante – –Patrimônio Líquido 1.263.960 1.266.882Capital Social 1.267.518 1.267.518Adiantamento para aumento de Capital 1.160.664 1.145.662Prejuízos acumulados (1.164.222) (1.146.298)Total do Passivo e Patrimônio Líquido 1.271.691 1.271.691

Carlos Henrique Florencio dos SantosContador CRC 1SP 182.351/O-0

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOCONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 013/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Com-pras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, aCP nº 13/14, referente à “contratação de empresa especializada de engenharia,com fornecimento de material,mão de obra e equipamentos,para manutençãopredial de próprios públicos das secretarias de educação, saúde e esporte,compreendendo serviços de manutenção preventiva e corretiva em infraestru-tura, instalações civis,hidráulica e elétrica”, com encerramento dia 04/11/2014,às 9h, e abertura às 9h30. A garantia deverá ser feita até o dia 03/11/2014, às15 horas, na Tesouraria, valor de R$ 14.716,00. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h00 às 17h00, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 30 de setembro de 2014.

PREGÃO Nº 284/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Com-pras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, oPP nº 284/14, referente à “Aquisição de medicamentos, para atender aos pacientes dos Programas Saúde da Mulher, infectologia, oftalmologia e me-dicamentos injetáveis”, com encerramento dia 13/10/2014, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br.Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 30 de setembro de 2014.

Data/Hora/Local: 11/09/2014, às 14 horas, sede social, SP/SP. Presença: Totalidade. Mesa: Presidente-Renato Souza Neto,Secretário-Daniel Stiebler Leite Villela. Deliberações Aprovadas por Unanimidade: 1.Alteração do endereço da sede, apro-varam a alteração do Artigo 2º do Estatuto Social, o qual passa a vigorar com a seguinte redação: Artigo 2ª-A Companhia temsede, SP/SP, Rua Professor Adalgiso Pereira, 190, casa 3, CEP 04276-060. §Único-A Companhia, por resolução de acionis-tas, poderá abrir, transferir ou encerrar filiais, no território nacional ou no exterior. 2.Redução do capital social, por julgá-loexcessivo frente ao objeto social , com base no artigo 173 da Lei das S.A., passando o capital social de R$1.301.000,00 paraR$651.000,00, sendo a redução, portanto, no valor total de R$650.000,00, realizada sem o cancelamento de ações. 3.Consig-naram que o valor total da redução do capital social aprovada no item 5.2 acima será entregue aos acionistas a título derestituição parcial do capital investido, na proporção de suas respectivas participações, mediante pagamento do valor devidopela Companhia aos acionistas. 4.A redução de capital ora aprovada será efetivada após decorrido o prazo de 60 dias conta-dos da publicação da Ata desta Assembleia e desde que não haja oposição de credores, conforme mencionado no artigo 174da Lei das S.A. 5.Aceitaram a renúncia de Ricardo Stern, RG 6.951.830-SSP/SP, CPF/MF 082.386.318-23; Marcos AlbertoLederman, RG 12.396.303-5-SSP/SP, CPF/MF 054.398.358-73; Daniel Stiebler LeiteVillela, RG 32.991.174-0-SSP/SP, CPF/MF 289.932.368-79, dos cargos de membros do Conselho de Administração. 6.Elegeram, para ocupar os cargos vagos demembros do Conselho de Administração: Rafael Giaretta, RG 6059853421-SJS/RS, CPF/MF 004.824.660-30, e RodrigoKlamt Motta, RG 12866341999-6-SSP/MA, CPF/MF 013.603.603-10, para 1 mandato a se encerrar na AGO que aprovar ascontas do exercício social findo em 31/12/2014. Um dos cargos de membro do Conselho de Administração ficará vago até novadeliberação dos acionistas. 7.Reelegeram, para o cargo de membro do Conselho de Administração, Renato Souza Neto, RG22.550.000-0-SSP/SP, CPF/MF 830.349.436-87, designado o Presidente do Conselho de Administração, para 1 mandato a seencerrar na AGO que aprovar as contas do exercício social findo em 31/12/2014. 9.Alteração da forma de representação daCompanhia, a qual passará a ser representada pela assinatura individual de 1 Diretor, ou pela assinatura conjunta de 1 Diretore de 1 procurador, ou ainda, pela assinatura conjunta de 2 procuradores. Em vista desta deliberação, o caput do Artigo 18 doEstatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: Artigo 18-A Companhia obrigar-se-á quando representada: (a) pelaassinatura individual de 1 Diretor; (b) pela assinatura conjunta de 1 Diretor e de 1 procurador constituído para representar aCompanhia, este último desde que assim previsto no instrumento de mandato e de acordo com a extensão dos pode-res nele contidos; e (c) pela assinatura conjunta de 2 procuradores constituídos para representar a Companhia,desde que assim previsto nos respectivos instrumentos de mandato e de acordo com a extensão dos poderes nelescontidos. Documento arquivado na sede da Companhia: Termos de Posse e de Renúncia dos membros do Conse-lho de Administração. Encerramento: A Ata foi lida, aprovada e assinada por todos os presentes. SP, 11/09/2014.Renato Souza Neto-Presidente, Daniel Stiebler Leite Villela-Secretário. Acionistas: Renato Souza Neto, Daniel StieblerLeite Villela, Rafael Giaretta e Rodrigo Klamt Motta. Conselheiros Eleitos e Reeleitos: Renato Souza Neto, Rafael Giarettae Rodrigo Klamt Motta. JUCESP nº 378.813/14-6 em 18/09/2014. Flávia Regina Britto-Secretária Geral em Exercício.

1.Data/Hora/Local: 03/09/2014, às 9h30, sede social, Rua Nigéria, 36, Itaim Bibi, SP/SP, CEP 04538-020. 2.Convoca-ção: Dispensada. 3.Presença: Totalidade. 4.Mesa: Presidente-Bernardo dos Guimarães Bonjean; Secretário-José MarioAndreoni Ambrósio. 5.Ordem do Dia: Deliberar sobre: (a) a rerratificação da quantidade total de ações emitidas pelaCompanhia, indicado no caput do artigo 5º do Estatuto Social, alterado conforme deliberação da AGE realizada em 01/04/2013; (b) a conversão de ações ordinárias em ações preferenciais Série A; (c) transferência de ações entre os acionistas; e(d) o aumento do capital da Companhia. 6.Deliberações: Analisada, discutida e votada as matérias constantes da Ordemdo Dia, os acionistas aprovaram, por unanimidade de votos, sem ressalvas ou restrições: 6.1.A rerratificação da quantidadetotal de ações emitidas pela Companhia, a qual, por um lapso, foi indicada no caput do artigo 5º do Estatuto Social (altera-do pela AGE realizada em 01/04/2013) como sendo 687.187 ações nominativas, sem valor nominal, quando, na realida-de, a quantidade correta da totalidade das ações nominativas, sem valor nominal emitidas pela Companhia até aqueladata é de 687.167. 6.2.A conversão de 81.979 ações ordinárias, detidas pelo acionista Bernardo dos Guimarães Bonjean,em 81.979 preferenciais Série A, a razão de 1 ação ordinária para 1 ação preferencial Série A, tendo sido os diretoresautorizados a realizar os lançamentos correspondentes no Livro de Registro de Ações da Companhia. 6.3.A transferênciade 166.204 ações detidas pelo acionista Bernardo dos Guimarães Bonjean, sendo: (a) 81.979 preferenciais Série A paraFAP-Favela Participações e Empreendimentos Ltda., CNPJ/MF 17.653.821/0001-20, representada por seu administrador,Celso Athayde, RG 065933541 IFP/RJ, CPF/MF 771.402.227-20; (b) 49.187 ações ordinárias para Rui Felipe David, RG89134102 SSP/PR, CPF/MF 049.754.349-46; (c) 8.101 ações ordinárias para José Mario Andreoni Ambrósio, RG8.786.954-8 SSP/SP, CPF/MF 104.780.228-75; (d) 14.640 ações ordinárias para Davi Costa Viana, RG 91002147398SSP/CE, CPF/MF 001.385.263-97; e (e) 12.297 ações ordinárias para Nathalie Jeanne Yvonne Maricourt Gaston, RG27.869.806-2 SSP/SP, CPF/MF 165.883.838-60. Os demais acionistas expressaram estar de acordo com as transferênciasdeliberadas acima e renunciaram a eventual direito de preferência que lhes cabe. 6.4.O aumento do capital da Compa-nhia de R$ 1.420.000,00 para R$ 3.060.571,25, um aumento, portanto, no valor de R$ 1.640.571,25, por meio da emis-são de 132.625 ações, sendo 23.490 ações ordinárias e 109.135 ações preferenciais Série B, todas nominativas, semvalor nominal, com preço de emissão de R$ 12,37 cada uma, fixado de acordo com os critérios do Artigo 170, § 1º, inciso Ida LSA. As ações ora emitidas foram totalmente subscritas e integralizadas nesta data nos termos dos Boletins de Subscriçãoque integram a presente ata como Anexo A. Os acionistas dispensaram a fixação de prazo para o exercício do direito depreferência, tendo em vista a renúncia a este direito em favor dos subscritores do aumento do capital ora aprovado. 6.5.Aalteração do caput do Artigo 5º do Estatuto Social da Companhia para refletir as deliberações acima aprovadas, o qual passaa vigorar com a seguinte redação: Artigo 5º-O capital social da Companhia é de R$ 3.060.571,25, dividido em 819.792ações nominativas, sem valor nominal, totalmente subscritas e integralizadas em moeda corrente nacional (as “Ações”), sendo:i) 503.231 ações ordinárias (as “Ações Ordinárias”); ii) 140.259 ações preferenciais série A (as “Ações Preferenciais Série A”); eiii) 176.302 ações preferenciais série B (as “Ações Preferenciais Série B”). 7.Encerramento: A Ata foi lida aprovada e assinadapor todos os presentes em 3 vias de igual teor e forma. 8.Assinaturas: Mesa: Presidente-Bernardo dos Guimarães Bonjean;Secretário-José Mario Andreoni Ambrósio. Acionistas: (i) Bernardo dos Guimarães Bonjean; (ii) José Mario Andreoni Ambrósio;(iii) Celso Cardoso Pitta Junior, p.p.José Mario Andreoni Ambrósio; (iv) Davi Costa Viana; (v) Rui Felipe David; (vi) FAP-FavelaParticipações e Empreendimentos Ltda. p.Celso Athayde; (vii) Gustavo Macedo Salomão; (viii) João Carlos de Almeida Gaspar,p.p.José Mario Andreoni Ambrósio; (ix) Larine Gestão de Negócios Ltda. p.Ademar Sanches Larine; (x) Maria FernandaPrestes Fróes, p.p.José Mario Andreoni Ambrósio; (xi) Clécio Donizette Lima; (xii) Rodolfo Fróes da Fonseca Almeida e Silva; e(xiii) Nathalie Jeanne Yvonne Maricourt Gaston. São Paulo/SP, 03/09/2014. Mesa: Bernardo dos Guimarães Bonjean-Presi-dente, José Mario Andreoni Ambrósio-Secretário. JUCESP nº 362.749/14-0 em 11/09/2014. Flávia R. Britto-Secretaria Geral.

Leilão de 4Gfrustra as

expectativas

Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Claro, TIM e VIVO arremataram as licenças

Venda de carros recua 9% no ano

Carla Carniel/EC

As três maiores opera-

doras móveis do Brasil

arremataram licenças

nacionais de frequên-

cia para oferta de serviços de

quarta geração, em um leilão

que rendeu bem menos que o es-

perado para os cofres públicos.

A Claro e a TIM Participações

ficaram com os lotes 1 e 2, res-

pectivamente, oferecendo ca-

da uma R$ 1,947 bilhão pelas li-

cenças, apenas 1% de ágio nos

dois casos. A Telefônica Brasil

(que opera sob a marca Vivo)

pagará o lance mínimo de R$

1,928 bilhão pelo lote 3.

A operadora regional Algar

Telecom, que poderia elevar

seu status para se tornar uma

companhia nacional de telefo-

nia, optou por fazer oferta ape-

Pelo lado das contas públicas,

a frustração das expectativas

com o leilão pode ser atribuída à

ausência de outras empresas

relevantes no leilão promovido

pela Agência Nacional de Tele-

comunicações (Anatel). Oi e

Nextel optaram por não partici-

par da licitação.

Com apenas quatro empre-

sas no leilão, dois dos seis lotes

oferecidos não atraíram inte-

ressados: um que abrange o ter-

ritório nacional com exceção

das áreas de cobertura das ope-

radoras CTBC e Sercomtel e ou-

tro regional. Os preços mínimos

desses lotes eram de quase R$

1,9 bilhão e de R$ 5,3 milhões,

re s p e c t i v a m e n t e .

A soma das ofertas vencedo-

ras foi de R$ 5,85 bilhões, mas o

governo terá

que assumir

uma parcela do

custo de limpe-

za da frequên-

cia de 700 MHz,

a t u a l m e n t e

ocupada pela

r ad i o di f u sã o

analógica, já

que duas licen-

ças continua-

r ã o c o m a

União, segun-

do explicou o presidente da Ana-

tel, João Rezende.

O custo total da limpeza da fai-

xa de 700 MHz é estimado em

R$ 3,6 bilhões, dos quais cerca

de três quartos serão pagos pe-

las empresas vencedoras do lei-

lão e o restante pelo governo.

As operadoras móveis pode-

rão utilizar as novas faixas para

completar suas ofertas de 4G,

após um primeiro leilão de fre-

quências de 2,5 gigahertz (GHz)

para esses serviços, em 2012,

que levantou um total de R$

2,93 bilhões. (Reuters)

nas pelo lote 5 de frequências

em sua área de atuação, com

proposta de R$ 29,6 milhões,

praticamente o mínimo previs-

to no edital da disputa.

O governo federal correu para

realizar o leilão de 4G neste ano,

porque precisa do dinheiro da

venda das licenças para ajudar

as contas públicas. A expectativa

do Ministério da Fazenda era ter

uma receita extraordinária de

R$ 8 bilhões com o leilão de 4G,

mas os lotes vendidos pelo go-

verno vão reforçar o caixa do Te-

souro Nacional em R$ 5 bilhões.

Omercado de veículos brasi-

leiro seguiu deprimido em

setembro, com queda nas

vendas na comparação

anual, mas mostrando ligeira melhora

sobre o fraco mês anterior, segundo

dados preliminares de emplacamen-

tos informados por uma fonte com co-

nhecimento do assunto ontem.

A venda de carros, comerciais leves,

caminhões e ônibus em setembro até a

véspera somou cerca de 279 mil unida-

des, marca correspondente a aproxi-

madamente 13,3 mil veículos novos

emplacados por dia útil, queda de 4,5%

na comparação com igual etapa do ano

p a s s a d o.

Mantido o ritmo de vendas ontem, o

mês deve fechar com licenciamentos

de 292,3 mil veículos novos, 5,7% abai-

xo de setembro de 2013.

Com isso, o volume vendido no acu-

mulado do ano até este mês pode so-

mar 2,52 milhões de unidades, queda

de 9% no comparativo anual, bem

maior que a estimativa de baixa anual

de 5,4%, esperada pela associação

que representa o setor, Anfavea.

O segmento encerrou agosto com

estoque de 385,7 mil veículos e queda

de 5,5% no nível de emprego sobre um

ano antes. Essa indústria, que empre-

gava em agosto 148,9 mil funcioná-

rios, tenta ajustar sua produção desde

pelo menos o início do ano, diante da

queda do mercado interno e fraqueza

da Argentina, principal destino das ex-

portações do setor.

Medidas como suspensão de contra-

tos de trabalho e férias coletivas têm si-

do adotadas há meses pelo setor, que

tem sido beneficiado pelo governo fede-

ral por redução decarga tributária e evi-

tado comentar sobre eventuais demis-

sões em massa em um ano eleitoral.

"Acho que daqui para o final do ano,

passada a eleição, teremos anúncios

(de demissões). O setor já mexeu em

todas as frentes de custos imaginá-

veis", afirmou o gerente de desenvolvi-

mento de negócios da empresa de pes-

quisa de mercado Jato Dynamics, Milad

Kalume Neto.

"Estamos vendo um afundamento de

vendas do mercado no segundo semes-

tre e as melhores projeções para 2015 in-

dicam que o mercado vai andar de lado",

acrescentou. Segundo ele, as vendas de

veículos leves no Brasil neste ano vão

cair de 10% a 12%. "Além disso, estamos

sem produtos para exportar. Carro bom

para exportação teremos só em 2016,

com a alteração de ciclo de produtos no

Brasil motivada pelo Inovar Auto", afir-

mou Kalume Neto, em referência ao re-

gime automotivo em vigor no País desde

o ano passado e que incentiva a melho-

ria na eficiência dos veículos nacionais.

(Reuters)

BRAÇOS CRUZADOS – Os bancários fecharam pelo menos 6.572 agências e centros administrativos em todo o Brasilno primeiro dia da greve nacional. Esse total representa 427 unidades fechadas a mais na comparação com o primeiro dia da grevenacional do ano passado, segundo a Contraf-CUT. Os bancários aprovaram na segunda-feira, 29, à noiteo início da greve por tempo indeterminado. Entre as principais propostas, o Comando Nacional da categoria reivindicareajuste salarial de 12,5%, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu aumento de 7,35%, sendo que para o piso dacategoria o aumento proposto foi de 8%.

16 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 1 de outubro de 2014

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Algodão entre cristaisBrasil e Estados Unidos estão prestes a chegar a um acordo e pôr fim a uma briga já antiga

OBrasil e os Estados

Unidos estão próxi-

mos de fechar um

acordo sobre uma

disputa relacionada a subsí-

dios ao algodão que já dura

uma década, apontando para

o que poderá ser o primeiro

passo concreto de reaproxi-

mação entre os dois países,

cujas relações foram abaladas

após um escândalo de espio-

nagem.

Washington está próximo

de alcançar um acordo com

produtores brasileiros de al-

godão que pedem compensa-

ção por subsídios recebidos

por produtores norte-ameri-

canos, disse fonte de alto es-

calão do governo brasileiro.

"Estou bastante confiante

de que um acordo será alcan-

çado", disse a autoridade.

Duas outras fontes próximas

das negociações também dis-

seram que um acordo está em

fase final.

As relações entre Brasil e Es-

tados Unidos foram estreme-

cidas no ano passado por reve-

lações de que a Agência Na-

cional de Segurança dos EUA

(NSA, na sigla em inglês) es-

pionou a presidente Dilma

Rousseff com programas de

vigilância digital, segundo do-

cumentos vazados pelo ex-

ana l i s t a da NS A Edward

Snowden. Negociações diplo-

máticas em diversos setores –

desde dupla tributação até re-

gras para emissão de vistos –

foram congeladas.

Em 2004, o Brasil venceu na

Organização Mundial do Co-

mércio (OMC) uma disputa

contra os subsídios recebidos

por produtores de algodão dos

EUA, ficando com o direito de

impor sanções contra produ-

tos norte-americanos no valor

de US$ 830 milhões. O Brasil

concordou em suspender a

punição caso os EUA deposi-

tassem dinheiro em um fundo

de assistência para produto-

res brasileiros de algodão.

Os EUA pararam de pagar a

compensação mensal em ou-

tubro do ano passado, devido

a divergências no Congresso

norte-americano sobre o orça-

mento federal, o que levou o

governo brasileiro a ameaçar

impor tarifas mais altas para

produtos dos EUA. A retaliação

poderia aumentar as tensões

diplomáticas entre os dois paí-

ses, disseram na época autori-

dades e especialistas.

O vice-presidente dos Esta-

dos Unidos, Joe Biden, encon-

trou-se com Dilma em junho,

na esperança de virar a página

do episódio de espionagem.

Ele assegurou à presidente

que Washington mudou a ma-

neira que realiza vigilância

eletrônica. (Reuters)

Microsoft/EFE

A VOLTA DO MENU INICIAR – A Microsoft anunciou ontem oWindows 10, nova versão do sistema operacional da empresaque irá rodar em PCs, smartphones e tablets. Ele marca o retornodo menu "Iniciar" à sua função original. (Agências)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17

Provider Indústria e Comércio S.A. - CNPJ/MF nº 02.138.483/0001-10 - NIRE 35.300.387.562Edital de Convocação - Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária

Convocamos os acionistas daCompanhia para se reunirememAGOEa ser realizada dia 6/10/14, às 10 horas, na sede, Louveira/SP, Avenida Alexandre Biazi, 645, Bairro Estiva, para deliberar as matérias da ordem do dia: Em AGO: (i) tomar as contas daAdministração e examinar, discutir e votar o relatório da administração, as demonstrações financeiras e o balanço patrimonial,acompanhados do parecer dos Auditores Independentes da Companhia para o exercício social encerrado em 31/12/13; (ii)eleger os Membros do Conselho de Administração para o próximo mandato, que irá vigorar até a AGO que deliberar sobre asdemonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31/12/14; e (iii) fixar a remuneração global da Administração daCompanhia para o exercício fiscal a se encerrar em31 de dezembro de 2014.EmAGE: (iv) deliberar sobre o aumento de capital,com a consequente alteração do Artigo 5º do Estatuto Social.Todos os documentos relacionados às matérias da ordem do diada AGOE ora convocada foram oportunamente disponibilizados aos senhores acionistas e encontram-se também disponíveisna sede. Louveira, 25/9/14.Vitor Manuel Pereira Neves-Presidente do Conselho de Administração. (26, 27 e 30/9/2014)

Total Pack Indústria e Comércio S.A. - CNPJ/MF nº 71.913.248/0001-91 - NIRE 35.300.387.571Edital de Convocação - Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária

Convocamos os acionistas da Companhia para reunirem emAGOE a ser realizada dia 6/10/14, 11 horas, na sede, Louveira/SP,Rua Karl Kielblock, 972, Santo Antonio, para deliberar sobre a ordem do dia:Em AGO: (i) tomar as contas da Administração eexaminar, discutir e votar o relatório da administração, as demonstrações financeiras e o balanço patrimonial, acompanhados doparecer dosAuditores Independentes para o exercício social encerrado em31/12/13; (ii) deliberar sobre a destinação do resultadodo exercício encerrado em 31/12/13; (iii) eleger os Membros do Conselho de Administração para o próximo mandato, que irávigorar até a AGO que deliberar sobre as demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31/12/14; e (iv) fixar aremuneração global da Administração para o exercício fiscal a se encerrar em 31/12/14.EmAGE: (v) deliberar sobre o aumentode capital, com a consequente alteração do Artigo 5º do Estatuto Social. Todos os documentos relacionados às matérias daordemdo dia daAGOEora convocada foramoportunamente disponibilizados aos acionistas e encontram-se tambémdisponíveisna sede. Louveira, 25/9/14.Vitor Manuel Pereira Neves-Presidente do Conselho de Administração. (27, 30/9 e 01/10/2014)

Colep Provider Aerossol S/A - CNPJ/MF nº 12.579.559/0001-05 - NIRE 35.300.384.041Edital de Convocação - Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária

Convocamos os acionistas para se reunirem em AGOE a ser realizada dia 6/10/14, às 15 horas, na sede, em Itatiba/SP, RuaEugenio Estoco, 251, Gleba 1-E, Distrito Industrial Alfredo Rela, para deliberar sobre as seguintes matérias que compõema ordem do dia: Em AGO: (i) tomar as contas da Administração e examinar, discutir e votar o relatório da administração, asdemonstrações financeiras e o balanço patrimonial, acompanhados do parecer dos Auditores Independentes para o exercíciosocial encerrado em 31/12/13; (ii) eleger os Membros do Conselho de Administração da Companhia para o próximomandato,que irá vigorar até a AGO que deliberar sobre as demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31/12/14; e (iii)fixar a remuneração global da Administração da Companhia para o exercício fiscal a se encerrar em 31/12/14.Em AGE: (iv)deliberar sobre o aumento de capital da Companhia, com a consequente alteração do Artigo 5º do Estatuto Social.Todos osdocumentos relacionados às matérias da ordem do dia da AGOE ora convocada foram oportunamente disponibilizados aosacionistas e encontram-se também disponíveis na sede da Companhia. Itatiba, 25/9/14. (27, 30/9 e 01/10/2014)

RB CAPITAL SECURITIZADORA S.A.CNPJ nº 03.559.006/0001-91 - NIRE 35.300.322.924

Edital de Convocação - Assembleia Geral de Titulares dos CRIFicam convocados os Srs. Titulares dos Certificados de Recebíveis Imobiliários da 53ª Série da 1ª Emissão da RB CapitalSecuritizadora S.A. (“CRI” e “Emissora”, respectivamente), nos termos da Cláusula 11.2 do Termo de Securitização dosCertificados de Recebíveis Imobiliários da 53ª Série da 1ª Emissão da RB Capital Securitizadora S.A. (“Termo deSecuritização”), a reunirem-se em Assembleia Geral de Titulares dos CRI, a se realizar no dia 23 de outubro de 2014,às 9:30, em primeira convocação, e às 10:00, em segunda convocação, na Cidade de São Paulo, Estado de SãoPaulo, na Rua Amauri, nº 255, 7º andar, CEP 01448-000, para deliberar sobre: (i) a complementação da definição de ContaCentralizadora no Termo de Securitização, para a inclusão das informações da conta corrente de titularidade da Emissoraperante a Caixa Econômica Federal (“Conta Emissora Caixa”), a qual será utilizada exclusivamente para o depósito derecursos oriundos da conta corrente de titularidade da Devedora também perante a Caixa Econômica Federal (“ContaDevedora Caixa” e, conjuntamente com a Conta Emissora Caixa, as “Contas Caixa”), tendo sido a Conta Devedora Caixaaberta pela Devedora a fim de viabilizar o repasse de unidades dos Empreendimentos e o recebimento, portanto, deCréditos Imobiliários, conta corrente esta que encontra-se vinculada ao Contrato de Prestação de Serviços deAdministração de Contas e de Recursos Financeiros celebrado em 11 de setembro de 2014 entre Devedora, de um lado; aCaixa Econômica Federal, do outro lado; e a Emissora, como interveniente anuente, e que tem como objetivo permitir quea Emissora possa controlar a sua movimentação conjuntamente com a Devedora, na qual foi constituído penhor dosdireitos em favor da Emissora, conforme documento disponibilizado no endereço eletrônico abaixo; e (ii) a ratificação dautilização do Patrimônio Separado para o mantimento das Contas Caixa, nos termos do Termo de Securitização. Os termosora utilizados em letras maiúsculas e aqui não definidos terão os significados a eles atribuídos no Termo de Securitização.Os Titulares dos CRI que se fizerem representar por procuração, deverão entregar o instrumento de mandato, com poderesespecíficos para representação na Assembleia Geral de Titulares dos CRI, nas instalações do Agente Fiduciário, aPentágono S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, situada na Avenida das Américas, nº 4.200, Bloco 08, ala B,Salas 303 e 304, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, com, pelo menos, 24 (vinte e quatro) horas deantecedência da referida assembleia. Os documentos referentes à ordem do dia encontram-se à disposição dos Titularesdo CRI no endereço eletrônico da RB Capital - www.rbcapital.com.br, cujo link direto encontra-se abaixo:http://www.rbcapital.com/arquivos/2014/Assembleias/RB_Capital_Prestacao_Servicos_CEF_20140911.pdf

São Paulo, 27 de setembro de 2014.RB CAPITAL SECURITIZADORA S.A.

Auto Posto Poli Estação Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Renovação da Licençade Operação ,32007566 vál. até 22/09/2019, para Combustíveis e Lubrificantes para Veícu-los, com. varejista sito a R. José Alves F.Filho ,19 -Centro - Franco da Rocha /SP

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA GERTRUDESPregão Presencial 35/2014

A Prefeitura do Município de Santa Gertrudes torna público que, no dia e hora especificados,nas dependências do Paço Municipal, à Rua 01A, 332, Centro, Santa Gertrudes/SP, realizar-se-álicitação, na modalidade Pregão Presencial 35/2014, objetivando o registro de preços, pelo tipo menorpreço global, com vistas a eventual e futura contratação de empresa objetivando o fornecimentode gases medicinais, de forma parcelada e a pedido, para os serviços de saúde pública. O editalcompleto poderá ser retirado no endereço supracitado, no horário das 09:00 às 16:00 horas oupelo site www.santagertrudes.sp.gov.br. Não serão enviados editais pelo correio ou por e-mail. Osenvelopes com as propostas e os documentos de habilitação devem ser protocolados até as 08:30horas do dia 14/10/2014 no Paço Municipal. A sessão de lances e julgamento será neste mesmo diaàs 09:00 horas. Santa Gertrudes/SP, 30 de setembro de 2014. Danielle Zanardi Leão – Pregoeira.

Posto de Serviços Lins Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença de Operação,30009424, válida até 30/09/2019, para comércio varejista de combustíveis e lubrificantespara Veículos, sito à Av. Conselheiro Carrão,800- Vila Carrão - São Paulo-SP

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:COMUNICADO

A Comissão Julgadora de Licitações comunica a SUSPENSÃO da abertura da Tomada de Preços nº 73/00557/14/02, referente à Reforma de PrédioEscolar na EE Feitiço da Vila - São Paulo/SP, que seria realizada no dia 07/10/2014, às 14:00 horas.

Aos 19/09/2014, às 10:00 horas, em sua sede na Cidade de São Paulo-SP, à Rua Aliança Liberal, no 1015 apto. 123 BL D2, bairro Vila Leopoldina na cidade de São Paulo-SP CEP 05088-000 com seu Contrato Social registrado no 7o Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo sob no 17.498 em 12/07/2000. DA CONVOCAÇÃO E PRESENÇA: Os sócios representando a totalidade do capital social, declararam cientes do local, data, hora e ordem do dia, dispensadas as formalidades da convocação previsto no artigo 1072, § 2o da Lei 10.406 de 10/01/2002, escolheram para presidir os trabalhos o sócio LAZARO PAULINO DA ROSA, brasileiro, natural de Joaquim Távora-PR, divorciado, empresário, portador da Cédula de Identidade R.G. no 4.211.938-0/SSP-SP, inscrito no C.P.F. sob no 390.538.908-82, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo - SP, na Rua Aliança Liberal, no 1015, apto. 123, bairro Alto da Lapa, CEP 05088-000, e LIGIA PAULINO DA ROSA, brasileira, natural de São Paulo-SP, divorciada, empresária, portadora da Cédula de Identidade R.G. no 20.636.328 - SSP/SP, inscrita no C.P.F. sob no 179.791.008-67, residente e domiciliada no Município de Mairiporã - SP, Estado de São Paulo, a Alameda Jequitibas, no 1.135, bairro Parque Petrópolis V CEP 07600-000. DA COMPOSIÇÃO DA MESA: Havendo a existência de quorum legal, os presentes indicaram o sócio LAZARO PAULINO DA ROSA, para presidir os trabalhos, o qual convidou a mim, sócia, LIGIA PAULINO DA ROSA para secretária. DAS DELIBERAÇÕES: Iniciando os trabalhos. Os sócios deliberaram sobre a redução do valor do Capital Social por motivo do atual ser superior à necessária atividade, de R$ 18.640.000,00. (dezoito milhões seiscentos e quarenta mil reais), divididos em 18.640.000 (dezoito milhões, seiscentas e quarenta mil) quotas, para 10.440.000,00 (Dez milhões, quatrocentos e quarenta mil reais) divididos em 10.440.000 (De milhões quatrocentas e quarenta mil) quotas, com restituição de parcela do mesmo ao sócio LAZARO PAULINO DA ROSA e cancelamento das respectivas quotas. Posto a ordem do dia em discussão e votação, aprovaram sem reservas e restrições. Assim, fi ca alterada a cláusula do Contrato Social. O Capital Social é de R$ 10.440.000,00 (Dez milhões quatrocentos e quarenta mil reais), divididos em 10.440.000 (dez milhões quatrocentas e quarenta mil) quotas de R$ 1,00 (um real) cada uma. PARÁGRAFO PRIMEIRO - As quotas do Capital Social são assim distribuídas entre os sócios; (a) - LAZARO PAULINO DA ROSA, detém 10.439.999 (dez milhões, quatrocentas e trinta e nove mil, novecentas e noventa e nove) quotas de R$ 1,00 (um real) cada uma, no valor total de R$ 10.439.999,00 (Dez milhões, quatrocentos e trinta e nove mil, novecentos e noventa e nove reais). (b) - LIGIA PAULINO DA ROSA, detém 1 (uma) quota de R$ 1,00 (um real), no valor de R$ 1,00 (um real). PARÁGRAFO SEGUNDO - A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. As demais cláusulas permanecem inalteradas. Terminados os trabalhos, inexistindo qualquer outra manifestação, lavrei a presente ata que foi lida, aprovada, e assinada pelo Presidente e por mim, Secretária, para apresentação e arquivamento no 7o Ofi cial de Registro de títulos e Documentos e civil de Pessoas Jurídicas da Capital. Presidente - LAZARO PAULINO DA ROSA; Secretária - LIGIA PAULINO DA ROSA; Advogado - Luiz Cavichioli Junior - OAB/SP no 89.873.

T. Easy Softwares Para Comércio Exterior Ltda.CNPJ 11.714.270/0001-80 – NIRE 35.224.112.341 - (“Sociedade”)Ata de Reunião de Sócios Realizada em 30 de Setembro de 2014

1. Data, Hora e Local:Aos 30 dias do mês de setembro de 2014, às 10h00min, na sede da Sociedade, na Cidade e Estado de SãoPaulo, na Avenida Doutor Cardoso de Melo, 1.855, 8º andar, conj. 81, Vila Olímpia, CEP 04548-005. 2. Convocação: Dispensada,conforme o disposto no artigo 1.072, § 2º, do Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/02), uma vez presentes os sócios representando atotalidade do capital social. 3. Presença: Sócias representando a totalidade do capital social da Sociedade: (i) T.Global ParticipaçõesSocietárias S.A., sociedade por ações com sede na Cidade de Campinas, Estado de São Paulo, na Rua Conceição, 233, sala 604,Centro, CEP 13010-050, registrada na JUCESP sob o NIRE 35.300.378.881, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 11.872.641/0001-52,neste ato representada nos termos do seu estatuto social, por Santiago Ayerza, argentino, casado, economista, portador da Cédula deIdentidade de Estrangeiro RNE nºV677184-4 – Permanente com validade até 03/02/2020, inscrito no CPF/MF sob o nº 234.220.368-30, com endereço comercial na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Doutor Cardoso de Melo, 1.855, 13º andar,Vila Olímpia, CEP 04548-005; e Menotti Antonio Franceschini Neto, brasileiro, casado, analista de sistemas, portador da Cédula deIdentidadeRGnº 27.116.693-9SSP/SP, inscrito noCPF/MFsob o nº 267.308.898-96, residente e domiciliado naCidade deCampinas,Estado de São Paulo, na Rua Alaor Faria de Barros, 1.371, casa 220, Condomínio Housing 2, Alphaville, CEP 13098-393,e (ii) TSL –Tecnologia emSistemas de Legislação Ltda., sociedade empresária limitada com sede na Cidade e Estado de São Paulo, na AvenidaDoutor Cardoso de Melo, 1.855, 8º e 13º andares, conjuntos 82 e 132, Vila Olímpia, CEP 04548-005, registrada na JUCESP sob oNIRE 35.226.848.310, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 00.910.509/0001-71, neste ato representada nos termos do seu contrato social,por Adrian Orlando Fognini, argentino, casado, contador, portador da Cédula de Identidade RNE nº G030951-N, inscrito no CPF/MFsob o nº 237.208.128-47, residente e domiciliado na Cidade e Estado de São Paulo, com endereço comercial na mesma cidade, naAv. Dr. Cardoso de Melo, nº 1855, 13º andar, cj. 132, Vila Olímpia, CEP: 04548-005, e Marcelo Chaves de Mello, brasileiro, casado,advogado, inscrito naOAB/RJ sob o nº 94.453, portador da Cédula de Identidade RG nº 98648272– IFP/RJ, inscrito no CPF/MF sob onº 028.307.747-60, comendereço comercial naCidade eEstado deSãoPaulo, na AvenidaDoutor Cardoso deMelo, 1.855, 13º andar,conj. 132, Vila Olímpia, CEP 04548-005. 4. Mesa: Presidente: Santiago Ayerza; Secretário: Marcelo Chaves de Mello. 5. Ordem doDia: Aberta a sessão, declarou o Sr. Presidente da Mesa que, naquela reunião, seria apreciada e votada a redução do capital socialda Sociedade, nos termos do artigo 1.082, inciso II, do Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/02).6.Deliberações:Foi amatéria objeto daordem do dia submetida à discussão, tendo sido deliberado, por unanimidade, o quanto segue: 6.1.Considerando que o capital socialencontra-seexcessivoemrelaçãoàsatividadesdesempenhadaspelaSociedadeeconformeautorizadopelo inciso II doartigo1.082doCódigoCivil (Lei 10.406/02), as sócias aprovarama redução do capital social da Sociedade ematéR$ 200.000,00 (duzentosmil reais),mediante a redução proporcional do valor nominal de todas as quotas daSociedade.6.2.As sócias tambémdecidiramque a devoluçãodo capital social será paga proporcionalmente a cada quota, com base no número de quotas de emissão da Sociedade pertencentesa cada uma das sócias, mediante: (i) a transferência de 100% (cem por cento) dos direitos sobre todos os softwares pertencentes àSociedade, com base nos seus respectivos valores contábeis; e (ii) a transferência, emmoeda corrente nacional, do valor restante daredução do capital social. 6.3. As sócias declaram-se cientes de que a eficácia da presente deliberação fica subordinada à publicaçãoda presente ata e decurso do prazo de 90 (noventa) dias, nos termos do disposto no artigo 1.084 do Código Civil Brasileiro. 6.4.Ficamos Diretores da Sociedade autorizados a praticar todos os atos necessários à formalização da redução do capital social aprovada noitem 6.1. e seguintes supra, dentre elas, mas a ela não se limitando, a alteração de contrato social. 7. Encerramento: E, como nadamais havia a tratar, foi oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso, mas, como ninguém semanifestou, foi suspensa a reuniãopelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual, depois de lida e aprovada, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 30 desetembro de 2014.Mesa:SantiagoAyerza -Presidente daMesa;Marcelo Chaves deMello -Secretário daMesa.Sócias:T.GlobalParticipaçõesSocietáriasS.A.-SantiagoAyerza -MenottiAntonioFranceschiniNeto.TSL–TecnologiaemSistemasdeLegislaçãoLtda. - Adrian Orlando Fognini - Marcelo Chaves deMello.

Softleasing Comércio e Serviços de Informática Ltda.CNPJ 67.816.959/0001-70 – NIRE 35.210.799.136 - (“Sociedade”)Ata de Reunião de Sócios Realizada em 30 de Setembro de 2014

1. Data, Hora e Local:Aos 30 dias do mês de setembro de 2014, às 09:00 horas, na sede da Sociedade, situada na Avenida DoutorCardoso de Melo, 1.855, 13º andar, conjunto 131, Vila Olímpia, CEP 04548-005, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. 2.Convocação: Dispensada, conforme o disposto no artigo 1.072, § 2º, do Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/02), uma vez presentesos sócios representando a totalidade do capital social.3. Presença:Sócias representando a totalidade do capital social da Sociedade:(i) T. Global Participações Societárias S.A., sociedade anônima com sede na Cidade de Campinas, Estado de São Paulo, na RuaConceição, 233, sala 604, Centro, CEP 13010-050, registrada na JUCESP sob o NIRE 35.300.378.881, inscrita no CNPJ/MF sob o nº11.872.641/0001-52, neste ato representada nos termos do seu estatuto social, por Santiago Ayerza, argentino, casado, economista,portador da Cédula de Identidade de Estrangeiro RNE nº V677184-4 – Permanente com validade até 03/02/2020, inscrito no CPF/MF sob o nº 234.220.368-30, com endereço comercial na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Doutor Cardoso deMelo, 1.855, 13º andar, Vila Olímpia, CEP 04548-005; e Menotti Antonio Franceschini Neto, brasileiro, casado, analista de sistemas,portador da Cédula de Identidade RG nº 27.116.693-9 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 267.308.898-96, residente e domiciliadonaCidade deCampinas, Estado deSãoPaulo, naRuaAlaor Faria deBarros, 1.371, casa 220, CondomínioHousing 2, Alphaville, CEP13098-393, e (ii) TSL –Tecnologia emSistemas de Legislação Ltda., sociedade empresária limitada com sede na Cidade e Estado deSão Paulo, na Avenida Doutor Cardoso deMelo, 1.855, 8º e 13º andares, conjuntos 82 e 132,Vila Olímpia, CEP 04548-005, registradanaJUCESPsoboNIRE35.226.848.310, inscrita noCNPJ/MFsobonº00.910.509/0001-71, nesteato representadanos termosdoseucontrato social, por AdrianOrlandoFognini, argentino, casado, contador, portador daCédula de IdentidadeRNEnºG030951-N, inscritono CPF/MF sob o nº 237.208.128-47, residente e domiciliado na Cidade e Estado de São Paulo, com endereço comercial na mesmacidade, na Av. Dr. Cardoso de Melo, nº 1855, 13º andar, cj. 132, Vila Olímpia, CEP: 04548-005, Marcelo Chaves de Mello, brasileiro,casado,advogado, inscritonaOAB/RJsobonº94.453,portadordaCédulade IdentidadeRGnº98648272– IFP/RJ, inscritonoCPF/MFsob o nº 028.307.747-60, com endereço comercial na Cidade e Estado de São Paulo, na Avenida Doutor Cardoso deMelo, 1.855, 13ºandar, conj. 132,Vila Olímpia, CEP 04548-005.4.Mesa:Presidente:Santiago Ayerza;Secretário:Marcelo Chaves deMello.5.OrdemdoDia:Aberta a sessão, declarou o Sr.Presidente daMesa que, naquela reunião, seria apreciada e votada a redução do capital socialda Sociedade, nos termos do artigo 1.082, inciso II, do Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/02).6.Deliberações: Foi amatéria objeto daordem do dia submetida à discussão, tendo sido deliberado, por unanimidade, o quanto segue: 6.1.Considerando que o capital socialencontra-se excessivo em relação às atividades desempenhadas pela Sociedade e conforme autorizado pelo inciso II do artigo 1.082do Código Civil (Lei 10.406/02), as sócias aprovaram a redução do capital social da Sociedade em até R$ 42.000,00 (quarenta e doismil reais), mediante a redução proporcional do valor nominal de todas as quotas da Sociedade. 6.2. As sócias também decidiram quea devolução do capital social será paga proporcionalmente a cada quota, com base no número de quotas de emissão da Sociedadepertencentes a cada uma das sócias, mediante: (i) a transferência de 100% (cem por cento) dos direitos sobre todos os softwarespertencentesàSociedade, combasenosseus respectivosvalorescontábeis;e (ii) a transferência,emmoedacorrentenacional, dovalorrestante da redução do capital social. 6.3.As sócias declaram-se cientes de que a eficácia da presente deliberação fica subordinada àpublicação da presente ata e decurso do prazo de 90 (noventa) dias, nos termos do artigo 1.084 do Código Civil Brasileiro. 6.4. Ficamos Diretores da Sociedade autorizados a praticar todos os atos necessários à formalização da redução do capital social aprovada noitem 6.1. e seguintes supra, dentre elas, mas a ela não se limitando, a alteração de contrato social. 7. Encerramento: E, como nadamais havia a tratar, foi oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso, mas, como ninguém semanifestou, foi suspensa a reuniãopelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual, depois de lida e aprovada, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 30 desetembro de 2014.Mesa:SantiagoAyerza -Presidente daMesa;Marcelo Chaves deMello -Secretário daMesa.Sócias:T.GlobalParticipaçõesSocietáriasS.A.-SantiagoAyerza -MenottiAntonioFranceschiniNeto.TSL–TecnologiaemSistemasdeLegislaçãoLtda. - Adrian Orlando Fognini - Marcelo Chaves deMello.

VotorantimMetais S.A.CNPJ/MF nº 18.499.616/0004-67 - NIRE nº 35300340477

Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 31 de Julho de 20141.Data,Horário e Local -Dia 31 de julho de 2014, às 8:00h, na sede social daVotorantimMetaisS.A.,naAvenida Dr. José Artur Nova, nº 1.309, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo (“Companhia”).2. Convocação-Dispensadaemvirtudedapresençada totalidadedosacionistas.3.Presença-Acionistasrepresentando a totalidade do capital social, conforme assinaturas lançadas no livro “Presença deAcionistas”. 4.Mesa Dirigente -Tito Botelho Martins Junior, Presidente e Mario Antonio Bertoncini,Secretário.5.OrdemdoDia -A ordem do dia da presente Assembleia Geral Extraordinária compreende adeliberação, por parte dos acionistas, quanto (i) exame, discussão e aprovação do Protocolo e Justificaçãode Cisão Parcial da Companhia com Versão da Parcela Cindida para a Votorantim Metais Zinco S.A.,celebradoem29de julhode2014(“Protocolo”),que integraapresenteatacomoAnexoI,entreaCompanhiae a VotorantimMetais Zinco S.A.,na Rodovia BH/Brasília, BR 040, Km 284,5, na cidade de Três Marias,EstadodeMinasGerais, inscritanoCadastroNacionaldaPessoaJurídicadoMinistériodaFazenda(“CNPJ/MF”) sob o nº 42.416.651/0001-07, com seu Estatuto Social devidamente registrado na Junta Comercial doEstado de Minas Gerais (“JUCEMG”) sob o NIRE 31300000583 (“VMZ”); (ii) ratificação da nomeação dosperitos contábeis que procederam à avaliação do patrimônio da Companhia e elaboração do laudo deavaliação, com base no balanço patrimonial da Companhia, na data base de 01 de julho de 2014, da parcelacindida da Companhia a ser incorporada pelaVMZ, e que integra a presente ata como Anexo II (“Laudo deAvaliação”); (iii) exame, discussão e aprovação do Laudo de Avaliação; (iv) aprovação da incorporação daparcela cindida da Companhia pela VMZ, se aprovados os itens anteriores da Ordem do Dia; (v) alteraçãodoArtigo5ºdoEstatutoSocial daCompanhia;(vi) aprovara transferênciadosdireitoseobrigações relativosaoAtoConcessóriodeDrawbacknº20120054868,válidoaté09deabrilde2015,obtidoporestaCompanhiaà VMZ, caso os itens anteriores da Ordem do Dia sejam aprovados; e (vii) autorização à Diretoria daCompanhiaapraticar todososatosnecessáriosà implementaçãodaoperaçãoreferidanos itensanteriores.6. Deliberações - foi aprovada por unanimidade de votos dos acionistas presentes: (i) após a leitura doProtocolo, parte integrante desta Ata como “Anexo I”, o Protocolo foi unanimemente aprovado pelosacionistas.O Anexo I, ora rubricado pelos acionistas, ficará arquivado na sede da Companhia; (ii) ratificar anomeação dos seguintes peritos contábeis Sergio Rodrigo Machado de Medeiros, brasileiro, casado,contador, domiciliado em Curitiba - à Rua Capitão João Ribas de Oliveira, 415, portador da Carteira deIdentidade RG sob nº 8.048.120-9 e registro no Conselho Regional de Contabilidade do Paraná CRCPRsobnºPR-055771/O-7,RafaelReva,brasileiro,casado,contador,domiciliadoemCampoMagro-àAvenidaNorte Sul, 471 - A, portador da Carteira de Identidade RG sob nº 7.955.992-0, e registro no ConselhoRegional de Contabilidade do Paraná CRCPR sob nº PR-053271/O-0 e Brayan Machado, brasileiro,solteiro, contador, domiciliado em Curitiba - à Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 327, Apartamento 204,portadordaCarteiradeIdentidadeRGsobnº5.138.126-2,eregistronoConselhoRegionaldeContabilidadedo Paraná CRCPR sob nº PR-047832/O-0, responsáveis pela avaliação da parcela cindida da Companhia,a ser vertida para aVMZ, e elaboração do Laudo de Avaliação; (iii) aprovar o Laudo de Avaliação, anexo aoProtocolo;(iv) aprovar a cisão parcial da Companhia, de acordo com o previsto no Artigo 229 da Lei das S.A.econsoanteos termosecondiçõesprevistosnoProtocoloe, consequentementea reduçãodocapital socialda Companhia no montante de R$220.675.093,84 (duzentos e vinte milhões seiscentos e setenta e cincomil noventa e três reais e oitenta e quatro centavos), equivalente ao valor da parcela do patrimônio líquidoda Companhia a ser cindida e vertida à VMZ, bem como do valor R$217,68 (duzentos e dezessete reais esessenta e oito centavos), de modo que o capital da Companhia passará de R$ 3.321.172.887,73 (trêsbilhões, trezentos e vinte e um milhões, cento e setenta e dois mil, oitocentos e oitenta e sete reais e setentae três centavos) para R$3.100.497.576,41 (três bilhões cem milhões quatrocentos e noventa e sete milquinhentos e setenta e seis reais e quarenta e um centavos), bem como o cancelamento de 398.348(trezentas e noventa e oito mil e trezentas e quarenta e oito) ações ordinárias, nominativas e sem valornominal, sendo, desta quantidade a totalidade, é dizer, 398.348 (trezentas e noventa e oito mil e trezentase quarenta e oito) ações detidas pela acionistaVotorantim Industrial S.A., sociedade anônima com sedena Rua Amauri, nº 255, 13º andar, conjunto “A”, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, inscrita noCNPJ/MF sob o nº 03.407.049/0001-51, com seu Estatuto Social devidamente registrado na JUCESP soboNIRE35300313216(“VID”),umavezaVIDfoiaúnicaacionistadaCompanhiaaparticipardacisãoparcial;(v) consequentemente, a alteração do artigo 5º do Estatuto Social da Companhia para refletir a redução decapital social realizada “Artigo 5º - “Artigo 5º.O capital social da Companhia, subscrito e integralizado, é deR$ 3.100.497.576,41 (três bilhões e cem milhões e quatrocentos e noventa e sete mil quinhentos e setentae seis reais e quarenta e um centavos), dividido em 3.660.232 (três milhões seiscentos e sessenta mil eduzentos e trinta e duas) ações ordinárias nominativas e sem valor nominal; (vi) aprovação da transferênciados direitos e obrigações relativos ao Ato Concessório de Drawback nº 20120054868, válido até 09 de abrilde 2015, obtido por esta Companhia à VMZ; e (vii) autorizar a Diretoria da Companhia a praticar todos osatosnecessáriasàimplementaçãodaoperaçãoaprovadanostermosdositensanteriores.7.Encerramento- Os trabalhos foram suspensos para a lavratura da presente ata, que tendo sido lida e achada conforme,foi assinadapeloPresidente,Secretárioeacionistaspresentes:pelaCompanhiaBrasileiradeAlumínio,TitoBotelhoMartinsJunior,MarioAntonioBertoncini,Diretores;VotorantimIndustrialS.A.,LuizMarceloPinheiroFinseJoãoCarvalhodeMiranda,Diretores.Apresente transcriçãoécópia fieldaata lavradano livropróprio.São Paulo, 31 de julho de 2014.Tito Botelho Martins Junior - Presidente;Mario Antonio Bertoncini -Secretário.JUCESPnº 349.069/14-1 em 04/09/2014.Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOCONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 015/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Com-pras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, aCP nº 15/14, referente à “Contratação de empresa especializada, com forne-cimento de material e mão de obra, para execução de reforma e ampliação da Escola Municipal Padre Zezinho, na Vila São Benedito”, com encerramento dia 05/11/2014, às 9h, e abertura às 9h30. A garantia deverá ser feita até o dia 04/11/2014, às 15 horas, na Tesouraria, valor de R$ 12.516,00.O edital estará dis-ponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br.Maiores informações poderão serobtidas no endereço supra, das 8h00 às 17h00, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 30 de setembro de 2014.

PREGÃO Nº 273/2014A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Com-pras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1,400, Bairro Alto do Cardoso, oPP nº 273/14, referente à “Contratação de Empresa especializada para prestaçãode serviços de acesso a solução integrada de colaboração de comunicação corporativa baseada em nuvem pelo período de 36 meses”, com encerramen-to dia 14/10/2014, às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 30 de setembro de 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 259/2014

A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Com-pras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, oPP nº 259/14, referente à “Aquisição de equipamentos médicos hospitalares para o Pronto Atendimento Infantil”, com encerramento dia 14/10/2014, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 30 de setembro de 2014.

ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA – ASFA ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA – ASF torna público que se acha aberto procedi-mento licitatório de SELEÇÃO DE FORNECEDORES – COLETA DE PREÇO Nº 026/2014,PROCESSO ASF Nº 059/2014, OBJETIVANDO A CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZA-DA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA DE EQUI-PAMENTOS ODONTOLÓGICOS PARA UNIDADES DE SAÚDE GERIDAS PELA ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA, PELO CRITÉRIO MENOR PREÇO GLOBAL. O edital na íntegra poderá ser consultado no sítio ASF: www.saudedafamilia.org e ou retirado na sede da Associação, situa-da à Praça Mal. Cordeiro de Farias, 65, Tel: (11) 3154.7050. Informações no endereço eletrônico: [email protected] | Data da Sessão Pública: 14/10/2014, às 9:30h – Local da Sessão: Associação Saúde da Família, Praça Mal. Cordeiro de Farias, 65 – Higienópolis – São Paulo/SP.

18 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Alibaba, uma fábrica de milionários.Milhares de funcionários da gigante do e-commerce, que guardaram as ações que ganharam ao longo dos anos, contam os lucros após a abertura do capital.

Andrew Jacobse Neil Gough

The New York Times

Oarborizado centro

industrial de Hang-

zhou , que f i ca a

duas horas a su-

doeste de Xangai é famoso por

seu lindo lago, pelos pagodes

budistas e pela deliciosa sopa

de cabeça de peixe.

Com a entrada do gigante

chinês do e-commerce Aliba-

ba Group, na bolsa de valores,

Hangzhou ganhará uma nova

cara com os milhares de novos

milionários da cidade.

Criado na cidade em 1999, o

Alibaba seguiu o modelo da

Microsoft, do Google e de ou-

tras empresas de tecnologia

norte-americanas, entregan-

do cotas generosas da empre-

sa para funcionários de todos

os níveis, de executivos sênio-

res a recepcionistas.

A empresa criou uma diás-

pora de riqueza raramente

vista na China, onde a econo-

mia ainda é dominada por em-

presas estatais, e empresas

privadas geralmente reser-

vam suas fortunas aos execu-

tivos dos escalões mais altos.

A abertura de capital da em-

presa, realizada no dia 19 de

setembro na Bolsa de Nova

York, que levou seu valor a US$

168 bilhões, irá gerar dividen-

dos ao estilo do Vale do Silício.

No Alibaba e seus afiliados,

cerca de 6.000 funcionários e

ex-funcionários eram donos

de praticamente US$ 8 bilhões

em papéis antes da oferta ini-

cial de ações. E esse total re-

presenta apenas uma peque-

na parcela das ações entre-

gues aos funcionários ao lon-

go dos anos, parte das quais

foram vendidas antes por um

valor menor, mas ainda assim

l u c r a t i v o.

"Dá pra imaginar quanta ri-

queza isso está gerando?",

perguntou Sanjay Varma, ex-

vice-presidente do Alibaba,

ainda dono de muitas ações da

empresa. "É inacreditável".

A ascensão do Alibaba e seu

fundador, Jack Ma, serviu de li-

ção para toda a geração de jo-

vens chineses – não apenas

um guia para se tornar muito

rico, mas uma lição de indivi-

dualismo empresarial. Atual-

mente, milhares desses jo-

vens criam suas próprias em-

presas, guiados pela visão de

que, não importa o que façam,

precisam ser grandes.

O dinheiro do Alibaba aju-

dou a fomentar uma conste-

lação de empresas online na

China. Ao longo da última dé-

cada, ex-funcionários ajuda-

ram a criar 130 companhias,

número sem precedentes no

país, de acordo com o site It-

juzi.com, que registra o in-

vestimento em empresas de

tecnologia chinesas. Um dos

exemplos é a Mushroom Stre-

et, site de compras voltado

para mulheres; o Didi Dache,

aplicativo para chamar táxis

que já conta com 100 milhões

de usuários na China; e o

Tongcheng, site de viagens

fundado por um antigo mem-

bro da equipe de vendas do

Alibaba, que já conta com

mais de 2.000 funcionários.

MUDANÇA CULTURAL

Há três anos, Lai J ie, 33

anos, ex-gerente de produtos

do Alibaba, vendeu boa parte

de suas ações e abriu a Wi-

Town com três colegas. Atual-

mente, a empresa, que ofere-

ce serviço de internet sem fio

em lugares públicos, como ae-

roportos, já conta com quase

80 funcionários, a maioria em

Hangzhou. "A cidade está re-

pleta de talentos", afirma Lai.

O Alibaba tem educado os

funcionários a respeito dos ris-

cos inerentes à riqueza repen-

tina. Em e-mail enviado a eles

em julho, Ma falou sobre a

abertura de capital e alertou

que o rápido crescimento do

Alibaba poderia levar os pre-

ços a aumentarem considera-

velmente na cidade, compa-

rando ao que ocorreu em Seat-

tle com a Microsoft, ou no Vale

do Silício com o Facebook.

"Nosso trabalho duro não

ocorreu só para que a gente se

transformasse em um bando

de tuha o", escreveu, utilizan-

do o termo da gíria chinesa

que se refere aos novos ricos

do país.

Desde os primeiros dias,

executivos do alto escalão, co-

mo o atual vice-diretor Joseph

Tsai, reuniram a empresa toda

para falar a respeito de coisas

básicas como o gasto e a eco-

nomia do dinheiro recebido,

explicando todas as opções de

ações.

"Falamos sobre a liberdade

de escolha em 2002 e 2003",

conta Savio Kwan, principal o

executivo de operações do Ali-

baba na época, e que ainda

tem ações da empresa. "As

pessoas perguntavam o que

era isso. Eu dizia que é quando

você fica tão rico que não pre-

cisa mais trabalhar. Você pode

escolher e continuar vindo ao

trabalho no Alibaba, pode se

aposentar, ou fazer outra coi-

sa. Era difícil explicar isso para

alguém que estivesse ga-

nhando apenas alguns milha-

res de yuans por mês", acres-

centa, referindo-se aos cerca

de US$ 250 mensais que ga-

nhavam os funcionários na

época. "Mas a empresa estava

crescendo loucamente".

A mentalidade exige, em

parte, uma mudança cultural

por parte dos trabalhadores

que, mesmo para os padrões

chineses, haviam se acostu-

mado a salários modestos.

Assim como uma série de

outros funcionários que rece-

beram diversas opções de

ações, Su Jie, de 33 anos, dei-

xou a empresa há poucas se-

manas para abrir uma con-

sultoria de gestão de produ-

tos, em parte financiada pe-

las ações do Al ibaba.E le

admite que a dec isão de

abandonar o que muitos chi-

neses consideram um em-

prego estável e desejável

não foi fácil, especialmente

por conta da pressão de seus

pais, que preferiam que ele

encontrasse um emprego

p ú b l i c o.

"Uma das coisas que você

pode dizer a respeito do Aliba-

ba é que a empresa dá um sen-

tido para a vida dos funcioná-

rios, além da crença de que tu-

do é possível", afirma Su, que

entrou para o grupo há oito

anos, logo depois de sair da fa-

culdade.

PARA EMPREENDEDORES

Tradicionalmente depen-

dente da indústria manufatu-

reira, Hangzhou, cidade de

seis milhões de habitantes,

começou a incentivar o setor

de alta tecnologia. Autorida-

des do Partido Comunista têm

promovido a cidade como

uma espécie de imã de star-

tups, ajudando a criar zonas

econômicas especiais, incu-

badoras de alta tecnologia, e

capital de baixo custo para jo-

vens empreendedores. Lai, o

ex-gerente de produtos do Ali-

baba, arrecadou US$ 81 mil

para sua empresa, acrescen-

tando a seus fundos pessoais

o dinheiro de investidores an-

jos e de empréstimos com ju-

ros zero concedidos pelo go-

verno local.

"As pessoas da cidade real-

mente valorizam quem é ou-

sado e aceita correr riscos, e o

governo também é muito

bom, o que é uma raridade na

China", afirma Lai. Nos últi-

mos anos, o departamento de

ciência e tecnologia de Hang-

zhou distribuiu US$ 130 mi-

lhões a 152 startups, de acor-

do com seu site.

Divulgação Alibaba

Essa combinação – o suces-

so do Alibaba e o apoio do po-

der público – ajudou Hang-

zhou a se transformar em um

centro de empreendedoris-

mo. No ano passado, a indús-

tria de e-commerce trouxe 39

bilhões de yuan (ou US$ 6,3 bi-

lhões) à economia local, 56% a

mais que em 2012, de acordo

com os dados do governo. Na

zona onde se concentram as

empresas de alta tecnologia

da cidade, o e-commerce foi

responsável por 25% de toda a

atividade comercial da região,

ante 7% em 2011, de acordo

com o jornal Hangzhou Daily.

A Universidade de Zhe-

jiang, uma das melhores do

país, se transformou em uma

espécie de pasto de engorda

para as empresas que não

param de contratar os re-

cém-formados. Incubado-

ras, que reúnem diversas

startups sob o mesmo teto,

estão pipocando pela cidade.

Embora as concessionárias

de carros de luxo e as cons-

trutoras estejam esperando

que o lançamento das ações

do Alibaba faça os gastos au-

mentarem na cidade, muitos

funcionários com um grande

volume de ações afirmam

que vão evitar grandes com-

pras, preferindo utilizar o di-

nheiro para financiar suas

startups. Su, o ex-gerente de

produto do Alibaba, garante

não ter planos de trocar seu

Ford Mondeo de dois anos por

um carro mais caro.

Agora, viagens são outro as-

sunto, afirmou. Assim como

outros jovens saídos do Aliba-

ba, ele conta que tirou poucas

férias nos últimos oito anos,

fiel à regra de trabalhar até

desmaiar, comum na empre-

sa. Há algumas semanas, pou-

co depois de pedir as contas,

Su e um grupo de amigos re-

solveu fazer uma viagem de

dois meses a pé pelo Tibet.

"Antes disso, o único mo-

mento em que tive férias do

trabalho foi durante minha

lua-de-mel", afirmou pouco

antes de ir embora. "Para mui-

tos funcionários do Alibaba, fi-

nalmente é uma chance de

aproveitar a vida".

A empresa seguiu o modelo da Microsoft, do Google e de outras empresas, entregando cotas generosas da empresa para funcionários.

Qilai Shen/The New York Times

Todd Heisler/The New York Times

Jack Ma alerta osfuncionários a

respeito dos riscosinerentes à riqueza

repentina. Em e-mail enviado a eles

aconselhou:"Nosso trabalhoduro não ocorreu

só para que agente se

transformasse emum bando denovos ricos".

Em breve, banco próprio.

AZhejiang Ant Small &

Micro Financial

Services Group,

afiliada do Alibaba, recebeu

aprovação do governo

chinês para criar um banco

privado – passo mais

recente da investida da

companhia de comércio

eletrônico no setor de

serviços financeiros. A

empresa – que abriga a

Alipay, braço de

processamento de

pagamentos e de serviços

financeiros do Alibaba –

terá 30% do novo banco.

"Continuaremos a

atender as necessidades

financeiras de pequenas e

micro empresas e

indivíduos ao elevar nossa

capacidade de análise de

dados e tecnologia de

internet e cumpriremos as

exigências da autoridade

reguladora dentro do prazo

dado", disse uma porta-voz

da Zhejiang em

c o m u n i c a d o.

As aprovação do governo

prenuncia o surgimento de

uma nova fornada de

bancos privados na China,

parte de um programa

piloto lançado neste ano e

primeiro passo da tentativa

do país de abrir seu setor

bancário a investidores

privados. (Reuters)

Lai Jie (de braçoscruzados) vendeuboa parte de suas

ações e abriu aWiTown, que

oferece um serviçode internet sem fio

em lugarespúblicos – comoaeroportos – e já

contratou quase 80funcionários. "A

cidade está repletade talentos", ele

garante.