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Econews 4ª Edição

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Revista produzida pelos alunos da 7ª série do CEAT em 2011

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Econews - 4ª Edição é a revista experimental produzida pelos alunos da 7ª série de 2011 do CEAT

Rua Alberto Torres, 297Lajeado-RS - 95900-000Fone: (51) 3748-7000E-mail: [email protected]: www.ceat.net

Expediente

Colégio Evangélico Alberto Torres

Diretor: Ardy Storck

Professores: Juliana Gasparotto

Projeto Gráfico e Diagramação: Nicole Morás

Jardins Botânicos são áreas protegi-das, constituídas, no seu todo ou em parte, por coleções de plantas vivas cientifica-mente reconhecidas, organizadas e docu-mentadas com a finalidade de estudo, pes-quisa e documentação da flora regional, acessível ao público, servindo à educação, à cultura, ao lazer e à conservação do meio ambiente. Nos jardins encontramos coleções botânicas, que são bancos de materiais vivos ou preservados, associados a dados biológicos e geográficos que compõem uma importante base de informações para o desenvolvimento científico em diversas

Coleções Botânicas

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EditorialNas próximas páginas você irá conferir o trabalho realizado pe-las turmas de 7ª série de 2011 do Colégio Evangélico Alberto Tor-res, no componente curricular de Homem e Meio Ambiente. Esta revista virtual contempla dois eixos centrais, com textos divididos en-tre a temática do Jardim Botânico de Lajeado e a água. Você pode conferir a importância acadêmica do JBL, as curiosidades sobre o Centro de Educação Ambiental, a legislação e a fauna deste lugar. Na parte da água, os textos ex-ploram temas locais, como a Bacia

Taquari-Antas e o esgoto domés-tico e a nossa realidade. Há tam-bém textos mais amplos, sobre a classificação da água e o que po-demos fazer como cidadãos para preservar este recurso natural. Convido você para uma leitura e reflexão sobre os temas, partindo do princípio que pode partir de todos nós a iniciativa de um mun-do melhor.

Professora Juliana Schwingel Gasparotto

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áreas. Para estudos botânicos, a elaboração de coleções é impor-tante. Esta metodologia pode ser empregada em diversos tipos de estudos ambientais, como a ar-borização urbana. Hoje, já existe um grande acervo virtual. O Jardim Botânico de Lajeado tem um projeto, que são as coleções botânicas. Neste pro-jeto, a Secretaria de Meio Ambi-ente de Lajeado fez uma pesquisa para descobrir o grau de vegeta-ção na nossa cidade. Descobriu-se que as famí-lias com maior riqueza de espécies foram: a Asteraceae (32) que são os girasóis, a Poaceae (26), que são as gramíneas e a Orchidace-ae (20), que são as orquídeas. Mas no JBL temos as seguintes coleções: horto me-dicinal, mata atlântica, campus/pampas (RS), plantas em extin-ção e por último, temos o “BCO”, que é o bromeliário, cactário e o orquidário. Para montar o BCO eles tiveram ajuda da Certel, Uni-vates e da Prefeitura Municipal de Lajeado, mas o cactário veio de Imigrante. Há pouco tempo criaram o relógio do corpo humano, nele tem plantas medicinais. O relógio é no chão, e no lugar nos núme-ros existem plantas. Por exemplo, no lugar do 1, 2 e 3 estão as al-cachofras, que fazem bem ao fí-gado, baixando o colesterol do corpo e o açúcar do sangue. No objeto também tem plantas para o pulmão, intestino grosso e del-gado, estômago, baço, pâncreas, coração, bexiga, rins, circulação, digestão e vesícula biliar. Para entendermos mais sobre o assunto, realizamos uma pesquisa com o estudioso da uni-versidade Univates, André Jasper: 1)Você participou das

montagens das coleções botânicas do JBL?Sim.

2)Como foram es-colhidas as plantas a serem colocadas?Pensamos que, ao invés de fazer uma coleção com plan-tas vistas normal-mente na região, deveríamos fazer uma coleção que representasse os diferentes lugares do Rio Grande do Sul, então nós pegamos plan-tas de todos os locais e de todos os tipos: plantas herbáceas, das florestas de araucárias, de flores-tas úmidas, entre outras.

3)Você ainda frequenta o JBL?Ultimamente não.

4)Que recado você deixa para as pessoas que visitam o JBL?Eu digo que é uma grande opor-tunidade, principalmente para as pessoas que realmente querem aprender mais sobre a vegetação do Rio Grande do Sul.

5)Como o pessoal do JBL “desco-briu” você para ajudá-los?Através de um convênio que a prefeitura tinha com a Univates chegaram até mim.

6)Além do JBL você ajudou mais algum outro local?Sim, eu ajudei vários locais como a UCs, Unisinos, Frankfourt e até mesmo, na Univates, com as plantas vivas, com o herbário e com alguns projetos de Paleobot-ânica.

7)Desde quando você ajuda o JBL?

Desde 1995.

8)Pensando na quantidade e var-iedade de plantas, que nota você daria para o JBL (de 1 a 10)?Pensando na quantidade e var-iedade das coleções botânicas, daria a nota 8.

9)Você gostaria de dizer mais alguma coisa sobre as coleções botânicas?Que é extremamente impor-tante visitar e aprender coisas do JBL, porque além de permitir que as pessoas conheçam a veg-etação, servem como reserva do patrimônio genético das plantas.

Camila Abech de AzambujaCaroline Miller da ConceiçãoEstela Elis KreinLarissa M. Ribeiro Soares

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Fundado em 1995, o Jardim Botânico de Lajeado faz parte do bairro moinhos D’Água, situado em uma área de 25,4 hectares. O Jardim Botânico de Lajeado se destina às atividades de preservação, pesquisa, edu-cação ambiental e lazer. Desde sempre, abriga muitos animais de diferentes espécies. Esses ani-mais são bem tratados pelos fun-cionários e também admirados pelos visitantes que se encantam com a beleza do Jardim Botânico e dos animais que nele vivem. Antigamente, animais que a polícia apreendia, ou que eram encontrados pelas pessoas, eram levados para o Jardim Botânico de Lajeado para serem tratados e viver uma vida natural, longe de caçadores, armadilhas e a urban-

ização da cidade. Para vermos animais no JBL é preferível irmos à noite, mas podemos observar animais de dia fazendo muito silêncio. Lá po-demos observar animais como: mão-pelada, lagarto, gambá, bu-gio, muitos pássaros e roedores, como esquilos, preá, ratos entre outros. Na foto temos um mão-pelada, que se alimenta de sapos, rãs, pererecas e várias espécies de animais aquáticos, especial-mente caranguejos, moluscos e peixes e girinos, mas também come lagartas, besouro, cigarras, minhocas, aranhas, dentre outros animais invertebrados. Ao devorar os sapos, com muita habilidade, ele separa a pele e as glândulas que contém

uma substância leitosa que é, justamente, a defesa do sapo contra predadores. Possui também uma incrível habilidade para capturar girinos nos riachos. A maior parte de sua dieta é de frutas da em-baúba, coquinho-jerivá, palmito, araticum e guabiroba. No caso dos frutos do coqueiro-jerivá e palmito, ele rói estes frutos até remover a polpa e, depois, cospe o coquinho.

Fauna do Jardim Botânico de Lajeado

Guilherme Henrique V. Van Leeuwen Lucas Berti ZanellaRoberto KollingVigo Eduardo Schmidt ElyVinicius Luis Hüber

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As trilhas são um tipo de passeio para conhecer novos lugares. Durante a tril-ha, devemos camin-har calmamente, nunca andar sozin-ho, o grupo deve an-dar um pouco longe um do outro, prestar atenção no caminho e claro, se divertir preservando o local. O Jardim Botânico de Lajeado é um exemplo de local que podemos fazer esta atividade, pois há cinco trilhas. Elas são: a Trilha Au-to-guiada, que leva até a cachoeira, onde ouvimos intensamente o barulho da água; a Trilha da Cascata, onde há muitas pedras com limo, fun-gos e aranhas; a Trilha Especial, destinada a grupos de pesquisas; a Trilha da Regeneração, tendo como início o encontro entre as outras trilhas, nela têm muitas plantações, inclusive de frutíferas; a Trilha do Tatu, onde encontra-mos muitas tocas deste animal, além de encontrarmos diversos rastros de animais como: gambá, mão-pelada, cobra, lagarto, lon-tra, esquilo, tatu, gato-do-mato, etc. Entretanto, é difícil encontrá-los, pois normalmente são notur-nos. As trilhas são agradáveis para caminhar, pois há muitas ár-vores e é fresquinho, mas o ideal seria não ir nos dias próximos aos que ocorreu chuvas, para evitar

tombos, já que nas trilhas há mui-tas pedras escorregadias, decidas e subidas. E se você quiser se divertir, nada melhor que passeios ao ar livre, pois então, venha logo ao Jardim Botânico de Lajeado, que é um dos quatro existentes no Rio Grande do Sul e um dos 35 no Brasil. A inauguração do Jardim Botânico foi em 18 de setembro de 1995 e sua criação foi oficial-izada em 24 de Julho de 1996.O Jardim Botânico está instalado em 25 hectares no Bairro Moin-hos D’Água, às margens da RS-435, sendo uma área para estudo e também de lazer junto à natur-eza. Tendo toda a estrutura di-sponibilizada para visitação e, em especial, para atividades por meio do Centro de Educação Ambien-tal mantido pela Prefeitura, através da Secretaria de Meio Ambiente.

Como são as Trilhas do JBL?

Ciane DutraLetícia Fontana ZamboniLuíza Sartori PariseRafaela Wietholder

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Um centro de Educação Ambiental é um centro onde tra-balham vários profissionais que ensinam várias estratégias de sus-tentabilidade para alunos e para a comunidade local. Em Lajeado, tem um centro de Educação Ambiental, e ele é localizado no Jardim Botânico de Lajeado. O JBL (Jardim Botânico de Lajeado) é localizado no bairro Moin-hos D’Água e é o único Jardim Botânico do Vale do Taquari. É um lugar onde podemos encon-trar espécies de plantas e muitos animais representantes da fauna e flora regional e exótica. Quem coordena o centro de Educação Ambiental (CEA) de Lajeado é a Secretaria do Meio Ambiente. Os cursos e palestras realizados pelo CEA são para escolas e co-munidade e esses são realizados no próprio Jardim botânico e no Aterro Sanitário. Eles falam da im-portância da reciclagem, da mel-

hor forma de separar e dar o des-tino correto a cada tipo de lixo, e de como cuidar da fauna e da flora presente. Os temas das palestras se referem ao meio ambiente, tratando de assuntos que podem ser discutidos por várias faixas etárias. As palestras são:

Meu amigo cão. / Ani-mais de estimação quem te cuida? - os profissionais falam so-bre a alimentação dos cães e as doenças que eles podem passar para o humano.

Tá com sede? Então preserve. / Água eu ainda tenho? - os profissionais falam de como evitar o desperdício da água. Também falam que não podemos jogar lixo no chão e agrotóxicos, pois vão ir para os rios e matar os animais e aves que se alimentam deles. Tam-

bém alerta que estamos poluindo muito com as lavouras e botando o lixo ao céu aberto.

Que lixo é esse? / Lixo será que é um problema meu? / Resíduos, um prob-lema na era do consumis-mo - os profissionais falam como funciona o aterro sanitário, da separação do lixo em orgânico, inorgânico e etc. Além disso, in-formam os dias que o caminhão do lixo passa para fazer a coleta seletiva. Por um mundo mais verde! / Verde é vida. Plan-te essa ideia - os profissionais falam das árvores importantes para a cidade, da fotossíntese das plantas e do tipo das plantas que podem ser plantadas.

O mundo invisível dos parasitas - os profissionais

Centro de Educação Ambiental

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falam dos parasitas intestinais que afetam o homem.

Meio Ambiente re-sponsabilidade de todos nós - os profissionais falam sobre o meio ambiente em geral, sobre como cuidar dele!

Trabalhos de campo po-dem ser realizados no Jardim Botânico. Para fazer a visitação o

grupo deve ser constituído, por no mínimo, 10 pessoas para cada grupo. O CEA sempre dispõe de um guia qualificado. O roteiro é visitar o horto florestal, que é composto pelo relógio medicinal e algumas outras plantas. Depois somos levados ao orquidário, bromeliário e cactário, para re-conhecer as orquídeas, bromélias e cactos. Após isso, é feita uma tril-ha de interpretação ambiental. O

grupo escolhe qual é a trilha que mais se identifica com o que está sendo estudado. Além das trilhas, feitas com acompanhamentos, há uma auto guiada, onde recebe-mos um folder e podemos ver as árvores que estão numeradas e identificadas.

Julia Giacomini HeineckLaura Peuhs Fleck.Luiza PedralliValentina Fiorioli

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Neste trabalho, iremos mostrar a história do JBL (Jardim Botânico de Lajeado), desde quando a sua área era particu-lar, o seu surgimento, até como está nos dias de hoje. O JBL foi e é o primeiro Jardim Botânico de Lajeado, e é um dos quatro que existe no estado do Rio Grande do Sul - RS. Os jardins botânicos servem para desempenhar um papel vital na conservação vege-tal e das espécies nativas, porém, sem uma atuação ativa em um processo de educação, os jardins botânicos se tornam incapazes de atingir suas metas, pois os ob-jetivos principais da instituição são a educação e a conscientização das pessoas sobre a importância das plantas na vida dos seres hu-manos e no ecossistema global. O primeiro jardim botâni-co do Brasil foi fundado em 1808 no Rio de Janeiro – RJ. Ele contém uma diversidade da flora brasileira e estrangeira, com mais de 6.500 espécies, distribuídas em 54 hect-ares. Antes de ser o JBL, a área em que ele se encontra era par-ticular, e era usada em trilhas de jipes e motos, o que destruía muito a vegetação. A área foi adquirida pela prefeitura com o objetivo de insta-lar o Distrito Industrial de Lajeado. Porém, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) vetou o projeto por entender que a área possuía características naturais importantes, inclusive um córrego que cruza suas terras, e

que deveriam ser preservadas. Então, a área permaneceu aban-donada, até que surgiu a idéia de aproveitar o local para implanta-ção de um jardim botânico mu-nicipal. Em 1994 começaram as preparações para fundação do JBL. O Jardim Botânico de Lajeado foi inaugurado em 18 de setembro de 1995, e possui uma área de aproximadamente 25 hectares. Porém, para que a área nunca possa ser destruída para outros fins, era necessário transformar o JBL em uma Unidade de Conser-vação, o que tornaria a instituição e toda sua área protegida por lei. Este processo foi demorado e teve de envolver muita gente No primeiro aniversário do Jardim Botânico foi plantada a alameda de jerivás, que é a árvore símbolo do botânico.

Eduardo Sturmer da SilvaJoão Antônio L. CocconiJosé Pedro Barboza LopesLeonardo Antônio E. Bertoglio

A história do Jardim Botânico

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Muitas pessoas acham que só é necessário que haja grande diversidade de flora e fauna em um local público, para este ser considerado um jardim botânico, mas na verdade existe uma leg-islação, que deve ser respeitada rigidamente para que exista um Jardim Botânico. Mas afinal, o que é legislação? Legislação, no caso dos jardins botânicos, é um conjunto de leis que tem como principal objetivo preservar a flora e fauna nativa e exótica. Além disso, tem como objetivo manter o jardim botânico aberto para o público, com o intuito das pessoas adquiri-rem maior conhecimento sobre a fauna e flora nativa de onde moram. Outra importância é sa-berem como preservar e cuidar

A importância da legislação para a cria-

ção e manutenção de jardins botânicos:

sem ela não há Jardim Botânico

dos vários tipos de ecossistemas, de adquirirem conhecimento so-bre como e por que, certos tipos de plantas, precisam viver em am-bientes específicos e não podem ser retiradas do lugar de onde es-tão. A legislação brasileira so-bre Jardins Botânicos foi criada em 31 de agosto de 1931, pelo Conselho Nacional do Meio Am-biente, (CONAMA), sendo regula-mentada por um decreto no dia 6 de junho de 1990. Leopoldo Feldens, em1995 (cinco anos após o decreto da lei), resolveu idealizar um Jardim Botânico em Lajeado, durante sua gestão como prefeito municipal.A legislação fala principalmente sobre os cuidados que um Jardim Botânico deve ter com a flora e

fauna nativa, ou o que deve ter para ser considerado um Jardim Botânico. O Jardim Botânico de Lajeado, por ser mais novo, não possui um banco de germoplas-ma (DNA de planta), assim como diz a lei, porém, ao invés disso, ele possui um banco de mudas.Um Jardim Botânico só é recon-hecido como tal, assim que se en-caixar na lei, pois caso contrário, além de não ser considerado jardim botânico, não é protegido. Atendendo os requisitos legais, o atual Jardim Botânico de Lajeado está protegido.

Júlia EidelweinLetícia Gabriele EckhardtMeise Schünke DelandreaMilena Maria da SilvaRafaela Dresch Pereira.

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O assunto escolhido para este trabalho foi: A Utilização do JBL pela Univates - Univates é a Universidade do Vale do Taquari. Lajeado possui um dos quatro Jardins Botânicos do Rio Grande do Sul. Neste local, en-contra-se um parque de preserva-ção ambiental e cultivo de plan-tas, com uma área de 25 hectares destinada à atividades de preser-vação, pesquisa científica, edu-cação ambiental e lazer, além de oferecer passeios por trilhas ecológicas, que proporcionam um contato direto com a natur-eza, integrando a flora e a fauna. O Jardim Botânico de Lajeado foi recentemente refer-enciado no livro “Jardins Botâni-cos do Brasil”, que trata da espe-cialidade contando a história e a área de atuação de cada um dos 34 jardins botânicos existentes no país. A secretária do Meio Ambiente de Lajeado, Simone Schneider, explica que o livro, lançado pela Editora Matalivros, é resultado de quatro anos de pesquisa do ecólogo Evaristo

de Miranda, e mostra cerca de 300 imagens de todos os jardins botânicos brasileiros feitas pelo fo-tógrafo especialista em natureza, Fábio Colombini. Este livro está disponível na Biblioteca Municipal de Lajeado, onde pode ser retirado para leit-ura. A utilização do JBL pela Univates Em 2009 a Univates assin-ou um convênio com a Prefeitu-ra Municipal de Lajeado e com o Jardim Botânico para que os estudantes de Ciências Biológicas tivessem a possibilidade de utilizar o espaço do Jardim Botânico da cidade para a realização de aulas práticas. Segundo a Coordenadora do Curso, Professora Claudete Rempel, “As aulas realizadas num espaço como o do Jardim Botâni-co permitem aos alunos contato direto com as relações ecológicas, facilitando a compreen-são de conceitos da Bio-logia.” A Univates utiliza o Jardim Botânico como

fonte de pesquisas medicinais, um exemplo disso é o “relógio” das plantas medicinais, onde ex-istem vários chás, para diferentes órgãos, o relógio também aponta em que horário o chá faz mais efeito, ou seja, quando ele é mais aproveitado pelo órgão do corpo humano. A Univates, juntamente com a Prefeitura Municipal de Lajeado, criou o Bromeliário, Cac-tário e Orquidário (BCO); o es-paço se localiza dentro do Jardim Botânico e é muito parecido com uma estufa. No dia 27/11 a nossa turma foi visitar o JBL, lá fizemos uma trilha e também recebemos explicações sobre todos os assun-tos de pesquisa, fizemos também uma trilha pelo Jardim, que pode ser realizada por qualquer pessoa que visitar o Botânico.

O Jardim Botânico e sua importância

acadêmica

S i m o -ne e Laura exibem com orgulho as fotos do JBL no livro.

Jacson Henrique Camargo Rodri-guesLuis Augusto Stoll

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Você já ouviu falar de al-gum Horto Florestal? Sabe se tem na sua cidade? Sabe se tem algu-ma importância? No texto abaixo falaremos sobre um horto florest-al, contaremos exatamente o que é, explicaremos sua importância para a nossa cidade e os porquês da sua escassez no país. Também falaremos sobre o orquidário, bromeliário e cactário do Jardim Botânico de Lajeado. O Jardim Botânico de Lajeado abriu espaço, no seu Horto Florestal, para uma grande coleção de flores, 18 espécies de bromélias, 12 de cactos e 44 tipos de orquídeas. Mais de 500 mudas para cada espécie, totalizando mais ou menos, 15 mil mudas. Este lugar tem como objetivo a preservação das espécies, e ativi-dades para a preservação ambi-ental. O bromeliário, cactário e o orquidário têm como maior ob-jetivo proporcionar ao visitante o conhecimento das principais es-pécies exóticas introduzidas no estado. A coleção de Bromélias, Orquídeas e Cactos está abrigada no Viveiro de Epífitos do Jardim Botânico de Lajeado. As plantas existentes nesse viveiro foram res-gatadas da área de inundação da Pequena Central Hidroelétrica Salto Forqueta, em São José do Herval/RS, dentro do projeto de pesquisa “Levantamento e Eco-logia de Bromeliácea, Cactácea e Orquidácea na Bacia Hidrográfica do Rio Taquari”. Estando hoje, no Jardim Botânico de Lajeado, no Bairro Moinhos D’Água, estrada geral que liga Lajeado e Santa Clara do Sul.

Horto Florestal tem alguma

importância?!

O outro objetivo do viveiro é tornar-se um instrumento para preservação de biodiversidade do patrimônio biológico da família Bromeliácea, Cactácea, Orquidá-cea, ocorrentes na bacia hidro-gráfica do Rio Taquari. Também serve de espaço para ampliação de pesquisas científicas.

Giovanna Jaqueline de MoraesLaura Grabin SchererPaola Reis BogorniRebeca K. Aamot Nelson

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O esgoto pode ser todo o resíduo líquido que provém de in-dústrias e domicílios em geral, ele necessita de um tratamento es-pecífico onde suas impurezas são removidas e ele pode então retor-nar à natureza sem causar danos ambientais e à saúde humana. Na maioria das vezes a natureza se encarrega de decompor esta ma-téria orgânica presente em rios e lagos; os esgotos também podem ser chamados de efluentes. O lu-gar onde esse resíduo é tratado se chama Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no qual eles ba-sicamente reproduzem a ação da natureza, mas de uma forma mais rápida. Podemos apresentar a di-visão do tratamento de efluente domiciliar basicamente em qua-

tro etapas: nível preliminar, trata-mento primário, tratamento se-cundário e pós-tratamento. Na primeira etapa são utilizadas para reter os líquidos maiores, caixas de areia, grades ou peneiras. Esta etapa é importante tanto para facilitar o transporte do efluente, quanto para não causar danos às próximas unidades de tratamento. Logo depois, no nível primário, os resíduos são decanta-dos com o objetivo de remover os sólidos dissolvidos. Em seguida os microorganismos, se alimentan-do da matéria orgânica irão transformá-la em gás carbônico e água no tratamento secundário. E então, no último processo são removidos os poluentes específi-cos que podem nos causar doen-ças.

De acordo com a Sec-retaria do Meio Ambiente de Lajeado, cada residência deveria ter sua própria fossa séptica, que é uma unidade de tratamento primário de esgoto onde é feita a transformação da matéria sólida contida no esgoto. É uma forma de tratamento barata e simples, porém indicada para zonas ru-rais ou residências isoladas. De qualquer forma, seu tratamento não é completo o suficiente para ser comparado a uma Estação de Tratamento de Esgotos, podendo ainda contaminar os lençóis freáti-cos com as substâncias que não foram purificadas. Em Lajeado, mesmo sen-do lei que todas as residências tenham suas fossas, muitas pes-soas que não querem, ou não

Esgoto doméstico

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tem condições de pagar por ela, usam a chamada ''boca de lobo'', onde todo o esgoto das residên-cias não tratado é jogado ilegal-mente, indo direto para o Rio Taquari. Nos últimos cinco anos, o projeto do ''Viva o Taquari Vivo'' vem recolhendo muito lixo do-méstico que poluem não só o rio, como prejudica a saúde das pes-soas que moram na cidade e o meio ambiente. Na última edição do projeto, as pessoas, que são sempre voluntárias, recolheram mais de 5,5 toneladas de lixo doméstico do Rio Taquari, nos municípios de Lajeado e Estrela. Entre os materiais recolhidos esta-vam presentes: cerâmica, móveis, plástico, vidro, eletrônicos, roupas,

material de construção e diversos. Foram mais de 300 voluntários e a quantidade de lixo recolhido ex-cedeu a anterior. A Prefeitura Municipal de Lajeado, juntamente com a CORSAN, construíram a primeira Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Lajeado, que irá atender mais de 1.600 habitantes. A primeira ETE vai beneficiar direta-mente 500 domicílios no mês de setembro de 2011 e, mais tarde, a prefeitura está se preparando para interligar outras redes co-letoras que irão abranger mais uma parte do bairro Moinhos e Florestal. Podemos concluir que muitas pessoas e a prefeitura es-tão fazendo sua parte para aju-

dar o Rio Taquari, que está sendo poluído constantemente por pes-soas que não tem consciência e que não estão preocupadas com o estado do rio e com o meio ambiente em geral. Poluindo o Taquari, não estamos somente poluindo o rio em si, estamos po-luindo o solo, a cidade, o meio ambiente e o futuro de nosso planeta, e quem faz isso sem ter a noção de que está fazendo er-rado, está com a mente poluída.

Augusto Jung AntoniazziLeonardo Petuco GonçalvesJoão Francisco H. MunhozJoão Paulo Ballico

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A classificação das águas, desde que foi regulamentada, es-tabelece normas e padrões para a qualidade dos recursos hídri-cos. Determinados através das composições químicas, os diver-sificados usos das águas são en-quadrados essencialmente para esclarecer como e onde este va-lioso elemento natural deve ser usado. Assim, as resoluções feitas promovem o bem-estar da socie-dade, que se torna alerta e con-scientizada. A água é um elemento natural essencial à vida no plan-eta, mas é utilizada como insumo básico na imensa maioria das ativ-

idades econômicas. É encontrada na natureza em quantidades que variam, e seu uso em um local, afeta grande parte do ambiente em volta; o que ocorre principal-mente por fluxos (os rios e arroios podem transportar água contam-inada, por exemplo). Além disso, tem sido cada vez mais frequente, em nível mundial, o fenômeno da escassez dos recursos hídricos. Tal condição exige a gestão eficiente das águas, de forma a promover o bem-estar da sociedade e o meio natural. Essa gestão, no Brasil, é feita por comitês criados de acordo com a Constituição de 1988. As leis

Os motivos e benefícios da classificação

das águas

dizem que suas funções primárias são propor objetivos de qualidade da água e determinar os valores a ser cobrados pela mesma. Para tanto, é necessária uma análise que revele a condição dos recur-sos hídricos. A classificação das águas é resultado da observação de muitos elementos presentes nos mananciais (oxigênio, nitrogênio, fósforo, ferro, PH e etc.), visando o enquadramento das águas em diferentes classes. Cada uma delas foi regulamentada seguindo os usos humanos, que se estendem desde o consumo até meramente a navegação. Dessa forma, a pop-

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ulação torna-se ciente do que se pode fazer com a água, podendo também tentar melhorá-la através da preservação ambiental, para fins mais proveitosos. Segundo Cíntia Agostini, secretária-executiva do CODE-VAT (Conselho de Desenvolvi-mento do Vale do Taquari), um enquadramento das águas exige mudanças na sociedade: “As leis são boas e existem, mas poucas pessoas as cumprem”. Um bem maior da natureza, talvez demore algum tempo, pois hoje em dia a maioria reconhece a sua im-portância, porém, poucos cuidam dela. Assim também, muitos sa-bem do benefício da classificação -uma minoria faz acontecer. Uma das formas de trans-formar a mentalidade de qualquer corpo social é a educação. De nada adianta um investimento grande, como tratar as águas, se a população persevera a poluir. É necessário instruir as pessoas, fa-lando de quais atitudes podemos tomar em relação às águas - o bem público e comum mais val-ioso. No entanto, todos per-cebemos que algumas campan-has da atualidade, a favor do mun-do sustentável, vêm mostrando a população em alerta, são um de vários sinais de melhoramentos. O caráter preventivo é ideal.

Padrões de qualidade das águas Classe Especial – águas destinadas ao consumo humano, com desinfecção. Classe 1 – águas que po-dem ser destinadas ao consumo humano após tratamento sim-plificado, à recreação de contato primário (tais como natação), à irrigação de hortaliças futuramente consumidas cruas. Classe 2 – águas destinadas para o consumo humano após tratamento convencional, à irrigações de parques, jardins, campos de esporte; aquicultura, recreação de contato primário e pesca. Classe 3 – águas que podem ser destinadas ao consumo humano após tratamento avançado, à pesca amadora, à irriga-ção de culturas arbóreas, à recreação de contato secundário. Classe 4 – águas que podem ser destinadas à navegação, harmonia paisagística.

Afonso Cima BergeschArtur Luis HennemannBruno Pattussi CéLeonardo Feil Vidart

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O texto tem como objeti-vo apresentar e explicar o que é a Educação Ambiental e a relação entre o meio ambiente e educa-ção para a cidadania. Quando nos referimos a Educação Ambiental, falamos de uma proposta de como educar as pessoas para viver corretamente em qualquer ambiente. É nesse momento que nós, como socie-dade envolvemos o rio por fazer parte deste local. A sociedade haverá de sa-ber como preservar a natureza e ter consciência do que está cor-reto. A educação ambiental é um ato de transformação social, que tem como objetivo ensinar a popula-ção que o homem, a natureza e o universo fazem parte do mesmo espaço. De acordo com a 3ª Co-ordenadoria de Educação (CRE) de Estrela, do Vale do Taquari (RS): “O desafio de fortalecer a ci-dadania para a população como um todo, e não para um grupo restrito, se concretiza a partir da possibilidade de cada pessoa ser portadora de direitos e deveres e se converter, portanto, em ato cor-responsável pela defesa da quali-dade de vida. O principal eixo de atuação ambiental deve buscar, acima de tudo, a solidariedade, a igualdade e o respeito à diferença, através de formas democráticas de atuação baseadas em práti-cas interativas e dialógicas. Isso se consubstancia no objetivo de criar

novas atitudes e comporta-mentos em face do consu-mo na nossa sociedade e de estimular a mudança de valores individ-uais e coleti-vos. ’’ E m nossa opin-ião, Educação Ambiental se refere a uma maneira de trabalhar com adultos e cri-anças, para ensinar como cuidar do meio ambiente de uma forma bem simples, e n s i n a n d o o que você pode fazer na sua casa para salvar o nosso planeta. Ela pode estar presente em escolas, empresas, universidades, ONG’s, reuniões e conferências mundi-ais, como projetos que visam à preservação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais. O seu objetivo é atingir todos os alunos em fase escolar, com auxilio de professores em tarefas como, projetos ambientais e out-ros. Portanto, a Educação Ambi-

Ajudar o próximo pode estar mais

perto do que você imagina

ental é muito importante, pelo fato do envolvimento com ações, para qualquer ambiente.

Laura Scapini WeiandLetícia HenzLuíza do Amaral CoraSophia Schneider

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Esta pesquisa está direta-mente relacionada aos afluentes do rio Taquari, principalmente na região de Lajeado no Rio Grande do Sul. Um rio se constitui de aflu-entes para que ele se mantenha abastecido, o rio Taquari não é diferente, possuindo 98 dos mes-mos. Afluente é o nome dado aos rios e cursos menores que deságuam no rio principal, por exemplo: o rio Taquari. O Taquari tem suas na-scentes em Cambará do Sul e Bom Jesus no extremo leste do Estado do Rio Grande do Sul. O rio desce na direção norte-sul para o sudeste do estado, até a foz no rio Jacuí, fazendo um per-curso de 530 km; sendo muito importante para a economia do estado do Rio Grande do Sul. De acordo com o historiador Ferri (1991), o rio Taquari nasce com denominação “Antas”, na Serra Geral, região Nordeste do RS. Já em Lajeado, o rio Taquari é muito importante para a cidade, possuindo o arroio Sara-quá e o arroio do Engenho como os principais afluentes. O arroio Saraquá tem suas nascentes a oeste do município de Santa Clara do Sul, desenvol-vendo-se no sentido sudoeste em direção ao bairro Centro, até desembocar no Rio Taquari, com uma extensão de aproxima-damente 12 Km. Lajeado possui 54,10% do arroio Saraquá, Santa Clara detém 35,64% e Cruzeiro do Sul tem 10,26 do arroio. Também

Rio Taquari e seus afluentes

o arroio tem seus grandes proble-mas de poluição. Esses problemas seriam o esgoto cloacal das áreas residenciais de Lajeado e Santa Clara do Sul Já o Arroio do Engenho nasce no bairro Centenário e vai se desenvolvendo em plena zona de urbanização. Em seu percurso, o arroio atravessa os bairros: Mon-tanha, Olarias, Florestal, Hidráu-lica, São Cristovão, Americano e Centro, até desembocar no rio Taquari. Após passar pelo Parque do Engenho, no Bairro Ameri-

cano, o arroio, já em seu trecho final nas proximidades do centro da cidade, sofre inundações por represamento e refluxo devido às cheias do rio Taquari. Atualmente este arroio apresenta sérios problemas de po-luição por efluentes domésticos e industriais e por esgoto cloacal.

Guilherme Roberto GohlLuis Fernando JasperPaulo Vinícius Kist BüchnerYan Krug Gerhardt

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Com o passar dos anos, as pessoas começaram a poluir os rios e as ruas, achando que não haveria consequências, porém, por menor que seja o lixo, a po-luição e os problemas vão surgir, pois não é apenas uma pessoa que joga, e sim várias. Nesse trabalho pretend-emos entender um pouco sobre o que o governo anda fazendo para que as pessoas se conscien-tizem do problema que estão cau-sando ao nosso planeta. Vamos apresentar leis, pesquisas e ent-revistas, sendo o tema abordado o Rio Taquari, que se localiza em nossa região - Vale do Taquari.No dia 30 de dezembro de 1994 foi estabelecida a lei estadual 10.350 - a primeira lei ambien-tal das águas -, que foi instituída após perceberem que os proble-mas ambientais estavam se agra-vando. A lei aborda a água como um re-curso natural de disponibilidade limitada, sendo que o governo deverá oferecer, periodicamente, relatórios sobre o estado quantita-tivo e qualitativo da água. O artigo 32 da lei 10.350 propõe que os valores arrecada-dos na cobrança pelo uso da água, nas empresas e residências, seriam aplicados na gestão dos re-cursos hídricos, mas infelizmente este artigo não está sendo apli-cado. O que é ruim, pois assim há menos conscientização, portanto o uso da água é abrangente, sem nenhuma cobrança adicional. No valor, mensalmente cobrado pelo uso da água, será levado em conta, a destinação da água, a quantidade usada, e classe de uso. Já na cobrança pelo lan-

çamento de eflu-entes, de qualquer e s p é c i e , são con-siderados, a natureza da ativi-dade gera-dora do ef luente , a quan-t i d a d e l a n ç a d a , juntamente com seus parâmet-ros físicos, químicos e biológicos. Mesmo assim, os responsáveis pe-los lançamentos não ficam deso-brigados do cumprimento das normas e padrões ambientais. No dia 17 de maio de 2011, fomos até a Brigada Am-biental para entrevistar o biólogo Émerson L. Musskopf, sobre as leis ambientais que protegem o Rio Taquari e que servem para punir irregularidades com o uso da água. Aqui na região temos ag-ricultores que utilizam a água do Rio Taquari para irrigar suas plantações. O biólogo afirmou que vários agricultores abusam do direito de usar as águas e que são feitas várias campanhas para tentar fazer com que não abusem da água dos rios. Como dizem os agricultores: “o meu direito vai até o direito do outro”, ou seja, eu posso usufruir da mesma, até que não atinja outra pessoa; apesar deles estarem abusando dos dire-itos de uso da água. O projeto que está sendo debatido na cidade de Estrela é o do corredor ecológico, que visa

plantar várias árvores nas mar-gens do Rio Taquari, para minimi-zar os desmoronamentos de ter-ras para dentro do rio e, quando houver cheias, amenizar a situa-ção. Entretanto, para isso acon-tecer, pequenos agricultores vão perder uma parte de suas terras e alguns animais terão de ser retira-dos, o que não está sendo aceito pelos proprietários de terras. Como podemos ver, há vários projetos e leis para amenizar a poluição do nosso rio, porém é difícil colocar em prática, pois há muitas pessoas que não concor-dam, como os agricultores que não querem perder suas terras; as fábricas que não querem gastar dinheiro para não poluir, e a falta de conscientização das pessoas, por acharem que ainda não há problema em jogar um lixo no chão. Se cada um fizer sua parte, nosso mundo será mais verde.

Andréia ScapiniGiovanna ZagonelLauren Moretto BernerSara Strauss da Oliveira

Você é legal?

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O objetivo deste texto é explicar o que as ONGS e fundações Am-bientais de Lajeado desenvolvem em seu trabalho sobre questões referentes aos rios. Mas afinal o que é ONG? Organização Não Gover-namental com objetivos próprios, não visando lucro, apenas con-tentamento com o resultado do seu trabalho. A ideia de ampliar as organizações não governa-mentais surgiu no Rio de Janeiro em 1992, em uma conferência - a Rio 92. A partir daí, essa ideia se espalhou, e muitas ONGS foram criadas no RS inclusive a Funda-ção Pró Rio Taquari, que foi visi-tada.

Seus gestos causam mudanças

no nosso futuro

Fundada no mês de dezembro de 1994, a Funda-ção Pró Rio Taquari tem como objetivo promover a melhoria da qualidade de vida na região e promover o desenvolvimento sócio-econômico do local. Esta fundação faz seu trabalho, através de parcerias governamentais e privadas. A Fundação já realizou ações para “limpar” as margens do Rio Taquari na localidade de Lajeado, com expedições como a que ocor-reu no dia 14 de maio de 2011. Esta foi promovida pela ONG Viva Taquari Vivo com a ajuda da Fundação Pró Rio Taquari.A Fundação Pró Rio Taquari já real-

izou algumas atividades relaciona-das à conscientização das pessoas como o Abraço ao Rio Taquari, que era realizado no parque dos Dick, que contava com palestras, teatros, caminhadas e outras pro-gramações. Esta atividade era re-alizada com o apoio do Hospital Bruno Born e outras instituições. Após seis edições, a atividade não está mais sendo realiza por falta de recursos.

Ana Paula Castagnara SutiliFernanda Maria Bratti Volken Myrele Vettorazzi RochaRafaela Hesse

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Você tem ciência do que você anda bebendo? Água ple-namente potável? A água é um direito de todos, afinal, temos o direito de viver. Para isto depen-demos da colaboração das in-dústrias e do tratamento que elas dão a seus efluentes. Para isto, também precisamos da CORSAN, que completa o tratamento. Mas será que as indústrias retiram to-dos os resíduos não consumíveis que cambem a elas retirarem? Como antigamente as empresas/indústrias não davam tanta importância à reutilização da água, hoje, devido à escassez da mesma a importância é muito maior. Com isso, as empresas /in-dústrias mudaram a importância dada à água, e hoje o trabalho da CORSAN já é muito mais fácil. Um dos fatos desta mudança são as leis, que hoje em dia exigem que seja feito um tratamento da água antes que esta volte aos rios.

Tratando a água com carinho

Uma empresa que dá uma grande importância à água é a Minuano. Conforme Fernan-do, que trabalha na área de trata-mento das efluentes da Minu-ano, o tratamento é dividido em 3 partes: “O tratamento é dividido em pré tratamento, trata-mento primário e tratamento se-cundário” Ele nos contou que, no pré tratamento, são tirados re-síduos grossos, ou seja, com mais de 5mm. Para retirar estes resídu-os, faz-se uso de uma peneira. Depois, colocam-se na água os floculantes. Os flocos ficam boiando, separando os sóli-dos do líquido. Para finalizar, são removi-dos os sólidos dissolvidos, sendo que este tratamento é feito através de lodos ativados. Para assegurar que a água devolvida será limpa, existe duas lagoas: a facultativa e a de poli-mento. Depois deste processo,

toda a água é despejada no ar-roio Saraquá, sem resíduos muito perigosos, ou seja, tudo dentro da lei. A água usada na limpeza do ambiente de abate da empresa é de postos artesianos, com cloro. Tudo é feito com água limpa para manter a higiene. E se alguma empresa não estiver cumprindo estas normas? É importante lembrar que não podemos fazer muito con-tra uma empresa, mas é nosso dever como cidadãos fiscalizar, e na medida do possível, pressio-nar os órgãos competentes para que estes identifiquem e punam as empresas que não cumprem as normas. Denuncie, afinal de contas, de que adianta o Brasil ter uma das melhores leis ambientais se estas não são cumpridas?

Fernando Koefender IsseJoão Victor Brancher da SilveiraLucas Henrique FauriMatheus Alan Bergmann

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Gerenciamento de Bacias Hidrográficas

Resolvemos direcio-nar o nosso trabalho para o tema Gerenciamento de Bacias Hidrográficas. Para começarmos, Bacia Hidro-gráfica – BH, é um con-junto de rios e arroios que deságuam em um grande rio, formando um corpo d’água. No caso da Bacia do Taquari, ou mais conhe-cida por Taquari-Antas, ela começa no município de Cambará do Sul e termina em Triunfo. Sendo nove rios que deságuam no Taquari. Pelo lado esquerdo, Rio Camisas, Rio Tainhas e Rio Lajeado Grande. Pelo lado direito, Rio Quebra-Dentes, Rio Turvo-Humaitá, Rio Car-reiro, Rio Guaporé, Rio Forqueta e Rio Taquari-Mirim. Fomos até o comitê de Gerenciamento das Bacias Hidro-gráficas Taquari-Antas, que fica na Univates e conversamos com a secretaria executiva, Cintia Ago-stini. A partir das informações re-cebidas, descobrimos que no Rio Grande do Sul existem 25 bacias hidrográficas, duas dessas são federais, ou seja, invadem dois ou mais estados, e 23 bacias são es-taduais, que percorrem somente um estado, no caso o RS. Cintia nos informou que um dos ob-jetivos a serem alcançados pelo comitê é que nós, consumidores comuns, paguemos pela água e não apenas pelo seu tratamento, como acontece atualmente. Tam-bém fomos informadas que está

prevista uma reunião para 2012, onde o assunto tratado será o en-quadramento da água, ou seja, como queremos que seja nossa água, a sua qualidade, enfim para botarmos em prática a opinião da população sobre as questões hídricas. Gerenciamento de B.H. é quando diversos órgãos se unem para organizar, administrar e ger-enciar uma bacia hidrográfica. Trata-se de administrar a quali-dade e a quantidade da água e fazer com que tenha uma melhor utilização da mesma. São propor-cionadas 50 vagas, 20 delas são para usuários da água, como a CORSAN, 20 são para consumi-dores (população), 8 são vagas estaduais e 2 são federais; cada um com o seu papel em colaborar com os recursos hídricos. Como

as águas de um rio são usadas por várias pessoas, os Comitês de Bacias precisam que tenham muitos agentes com interesses diferentes e, é necessário que to-dos participem de alguma forma deste processo, com negociações e decisões tomadas pelo grupo. Além de muitos benefícios que as B.H. trazem para a socie-dade, como o abastecimento das cidades, também vem trazendo alguns problemas, principalmente ao longo dos últimos tempos. Os principais problemas são os quan-titativos, que é quando existe es-cassez ou excesso de água, e os qualitativos, que é quando existe poluição. Estes dois tipos estão muito relacionados, pois sempre que há poluição, há menos água de boa qualidade e sempre que acontece escassez de água em

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um rio a tendência é piorar a quali-dade. Estes problemas podem ser causados pelos seres humanos, e podem se desenvolver em espa-ços longes do leito de um rio. Os problemas de uma B.H. só são percebidos quando o corpo d’água não tem mais condições para enfrentar um, ou mais usos (quando uma cidade cresce e necessita mais água do que o rio pode fornecer), quando surgem novas maneiras de usá-lo (o rio era apenas usado para lazer e de uma hora para outra passa a ser usado para despejo de resídu-os industriais), ou quando acon-tecem intervenções que os novos usos provocam (a construção de barragem para a geração de en-ergia). Esses problemas nun-ca afetam somente um corpo d’água, eles também causam muitos problemas ao ambiente e as formas de vida existentes neles. A água, assim como outros ele-mentos naturais, é essencial para a vida, e um corpo d’água é o habitat de muitas espécies. Tudo

que acontece com as águas de um rio refletem nas suas características, estejam estas águas na atmosfera (chuva), solo (nascentes, torrentes e afluentes), ou no subsolo (águas subterrâneas). Então, através das epidemias e doenças que temos no mundo podemos concluir, com os estudos científicos, que as curas normal-mente tem origem nos seus próprios causa-dores. Tendo isso como base, podemos afirmar com toda a certeza que os problemas ambientais, que estamos enfrentando hoje, somos nós mesmos que devemos curar. Mas, sem esquecer de que nós humanos, já estamos acostu-mados com esta forma de vida, então para curar o planeta, não podemos drasticamente tirar to-dos os recursos que nos trazem luxo, pois não conseguiremos sobreviver da mesma forma que

vivíamos há milhares de anos atrás (sem energia elétrica, sem encanamentos...).

Eduarda Anderle da SilvaLaura Giacomini HeineckLuiza Fritz LawischMorgana Klein

Cíntia Agostini