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Ano IX - Edição nº 30 – Abril de 2008 www.sindaguadf.org.br – [email protected] V CONSAN direciona lutas da categoria Nos dias 28, 29 e 30 de março, o Sindágua realizou na Contag, Núcleo Bandeirante, o V Congresso dos Trabalhadores em Saneamento do DF – V CONSAN. Ficou claro no Congresso que a categoria não aceitará nenhuma retirada de direito na data-base que se aproxima, como a garantia de emprego, por exemplo. Repor os salários com índices acima da inflação e resolver de uma vez por todas os problemas com a Medial também foram deliberações do CONSAN. O Congresso votou que devemos continuar a luta contra as terceirizações irregulares, fazer uma campanha contra a venda de ações e pela prorrogação do prazo de validade do concurso público, que expira no dia 20 de abril. Veja mais deliberações nas páginas 4 e 5. A imagem do descaso Quem visita as ETE Melchior e Gama ou trabalha naquelas unidades custa a acreditar que elas foram entregues pelas empreiteiras construtoras há me- nos de cinco anos, tamanhas são as di- ficuldades para ope- rá-las. O Sindágua esteve mais uma vez nas duas estações e mostra nesta edição alguns dos problemas detectados. Página 11 Pauta de reivindicações já está com a Empresa Luta dos servidores públicos ganha força com a criação da UNIHASP Página 10 Direito à moradia ETE Melchior e Gama Em quase todo o País, manifestações expuseram mentiras do governo Lula Página 12 1.º de abril N o dia 28 de março, o Sin- dágua encami- nhou à Caesb a pauta de reivin- dicações discu- tida e aprovada pela categoria em assembléia geral. A manu- tenção de todas as conquistas asseguradas no ACT atual é a prioridade desta data-base, mas trabalhadores e Sindicato defendem que é preciso avançar em cláusulas como a que trata do PPR – conquista da linearidade –, jornada de seis horas, mudança da escala de 12 por 36 horas para 10 por 38 horas, licença-maternidade de seis meses e melho- ria do plano de saúde, entre outras. A pauta de reivindicações está publicada nesta edição. Páginas 6 a 9 Foto: Ronaldo Barroso Foto: Sindágua Abandono: é nas condições acima que se encontram alguns equipa- mentos da ETE Gama

Edição Abril/2008

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Jornal do Sindágua

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Page 1: Edição Abril/2008

Ano IX - Edição nº 30 – Abril de 2008www.sindaguadf.org.br – [email protected]

DATA-BASE 2008-2010 V Consan direciona lutas da categoria

Nos dias 28, 29 e 30 de março, o Sindágua realizou na Contag, Núcleo Bandeirante, o V Congresso dos Trabalhadores em Saneamento do DF – V CONSAN. Ficou claro no Congresso que a categoria não aceitará nenhuma retirada de direito na data-base que se aproxima, como a garantia de emprego, por exemplo. Repor os salários com índices acima da inflação e resolver de uma vez por todas os problemas com a Medial também foram deliberações do CONSAN. O Congresso votou que devemos continuar a luta contra as terceirizações irregulares, fazer uma campanha contra a venda de ações e pela prorrogação do prazo de validade do concurso público, que expira no dia 20 de abril.

Veja mais deliberações nas páginas 4 e 5.

a imagem do descasoQuem visita as ETE Melchior e Gama ou trabalha naquelas unidades custa a acreditar que elas foram entregues pelas empreiteiras construtoras há me-nos de cinco anos, tamanhas são as di-ficuldades para ope-rá-las. O Sindágua esteve mais uma vez nas duas estações e mostra nesta edição alguns dos problemas detectados. Página 11

Pauta de reivindicações já está com a Empresa

Luta dos servidores públicos ganha força com a criação da UnIHasP

Página 10

Direito à moradia

ETE Melchior e Gama

Em quase todo o País, manifestações expuseram mentiras do governo Lula

Página 12

1.º de abril

No d i a 28 de março, o Sin-

dágua encami-nhou à Caesb a pauta de reivin-dicações discu-tida e aprovada pela categoria em assembléia geral. A manu-tenção de todas as conquistas asseguradas no ACT atual é a prioridade desta data-base, mas trabalhadores e Sindicato defendem que é preciso avançar em cláusulas como a que trata do PPR – conquista da linearidade –, jornada de seis horas, mudança da escala de 12 por 36 horas para 10 por 38 horas, licença-maternidade de seis meses e melho-ria do plano de saúde, entre outras. A pauta de reivindicações está publicada nesta edição. Páginas 6 a 9

Foto: Ronaldo Barroso

Foto: Sindágua

Abandono: é nas condições acima que se encontram alguns equipa-mentos da ETE Gama

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SINDÁGUA-DF – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Distrito Federal – Endereço: SDS – Ed. Venâncio VI – Sobrelojas 13/15 – Telefone: 3323-8881 – Fax: 3323-1196 – E-mail: sindicato@sindáguadf.org.br

Secretaria de Política Externa: Pedro C. Medeiros (Catitu), Ambrósio J. Albuquerque (Sucuri) e Waldery N.da Silva. Secretaria de Formação Sindical e Cultura: Josafá M. da Silva, Margonário de P. Marques e Francisco E. M. da Silva. Secretaria de Finanças e Administração: Jeferson Rodrigo Justino P. Lima, Geórgia Gomes Medina e Waldeck F. Leite. Secretaria de Assuntos Jurídicos e Trabalhistas: Luiz Carlos de Jesus Tavares, Roberto A. de Souza Júnior e Deusan C.de Souza. Secretaria de Pesquisa, Tecnologia e Assuntos Estratégicos: Gesmar R. dos Santos, Eric C. Fernandes e Marcelo Camargo Guimarães. Secretaria de Políticas Sociais: Maurivan S. de Paula, Luiz R. Soares e Camila de Armelin Ribeiro. Secretaria de Imprensa e Divulgação: Divino Wander, Edvan A. de Queiroz (Pacheco) e Luiz G. Martins. Secretaria de Saúde, Higiene, Segurança do Trabalho e Aposentados: Luciana R. M. Silva, Walkmar P. de Araújo e Wilton P. dos Santos. Secretaria de Relações Sindicais: Domingos Medeiros de Castro. Comissão de Ética: Missiane G. Ramos, Irat D. dos Reis e Cláudio A. da Silva. Conselho Fiscal (Biênio 2007/2009): Heber S. Figueira, Laécio C. Rodrigues, Wilton A. de Oliveira, Ataídes G. da Silva e Carlos S. C. Martins. Redação e edição: Lécia Viana (RP 2715/DF) – Editoração eletrônica e arte-final: Wilson Moura. Tiragem: 1.800 exemplares

EXPEDIENTE

Categoria reafirma, no V Consan, disposição de não permitir a retirada de conquistas

EDITORIAL

Como manter os direitos atuais e avançar em novas conquistas para os caesbianos? Como mobilizar a categoria contra a venda de ações da Caesb? Como organizar e envolver a classe trabalhadora na luta contra as desigualdades so-ciais? Essas são apenas algumas das questões que pairam sobre quem procura fazer sindicalismo com seriedade. O Sindágua, buscando discuti-las e respondê-las, realizou nos dias 28, 29 e 30 de mar-ço, na Contag, Núcleo Bandeirante, o V CONSAN – Congresso dos Trabalhadores em Saneamento do DF ( veja matéria na páginas 4 e 5).

Foram três dias de intenso debate que deixa-ram clara a disposição da categoria de não per-mitir retirada de conquistas na próxima data-base. Deliberou-se, entre outras coisas, que a garantia de emprego é cláusula pétrea, da qual os trabalha-dores não abrem mão. Serão também prioridades o aumento real de salário, o horário corrido de seis horas para o atendimento ao cliente e nas bancadas de laboratório e a licença-maternidade de seis meses.

Uma das decisões do CONSAN teve efeito ime-diato: no último dia 2, o Sindágua fechou, por três horas, o posto de serviços do Recato das Emas. A medida foi tomada devido ao imenso número de reclamações dos trabalhadores quanto à prática de alguns gerentes que “encostam” funcionários do quadro próprio e repassam os serviços para as firmas terceirizadas.

Para o plano externo, o Congresso deliberou que a direção do Sindágua deve promover um grande debate na categoria para decidir, ainda no primeiro semestre, sobre a filiação à Conlu-tas. As discussões serão feitas em assembléias, nos boletins e nos locais de trabalho, para que os trabalhadores tenham todas as informações necessárias ao processo de decisão.

Este jornal faz um balanço do V CONSAN, denuncia as péssimas condições de trabalho em algumas unidades da Caesb e divulga a pauta de reivindicações apresentada à Empresa no dia 28 de março.

À luta, caesbianos!

O s associados do Sindá-gua que comparece-ram à assembléia geral realizada no último dia

28 de março, no refeitório do SIA, ouviram esclarecimentos e aprovaram a prestação de con-tas da entidade relativa a 2007. Também aprovaram a retirada da rubrica “Créditos Diversos” (dívida referente a pagamento de liberação de ex-diretor com ônus para o Sindicato e ressarcimento a associados que tiveram um dia de trabalho cortado na greve de 2001) da prestação de contas. Foi aprovada ainda a previsão orça-mentária para 2008.

Em virtude dos gastos com a ampla reforma da sede, troca de um veículo e redução da mensalidade de 1,5% para 1,2% a partir de outubro de 2007 (com

perda de receita de R$ 20 mil por mês), o resultado financeiro do ano passado foi negativo. Ainda assim, as contas do Sindágua permanecem equilibradas e a entidade conta agora com uma estrutura bem melhor para dar encaminhamento às lutas da categoria. Como resultado dessa política de uso responsável e absolutamente transparente dos recursos dos associados, aliada à ação permanente em defesa dos direitos e conquistas dos trabalha-dores, o Sindágua orgulha-se de registrar um dos mais altos índices de sindicalização do País, fato que impressiona muitos dirigentes de outros sindicatos.

É importante também destacar os resultados positivos obtidos com a mobilização e a veiculação de campanha em emissoras de

TV e rádio, em maio de 2007, por ocasião da data-base. A maioria das reivindicações negociadas com a Empresa foi conquistada, a exemplo do reajuste dos salários, incorporação da gratificação de ACT, criação da comissão paritá-ria para elaborar o novo PCCS e corrigir distorções salariais, além da contratação de aproxima-damente 500 concursados até o fim de 2007. Foram vitórias importantes da categoria, mas é preciso lembrar que a luta contra a terceirização irregular continua, pois a Empresa não dá sinais de que pretende interromper essa prática. O Sindágua mantém o tra-balho junto ao Ministério Público e ao GDF para que o concurso seja prorrogado e haja mais contrata-ções, conforme deliberação do V CONSAN.

Categoria aprova prestação de contas de 2007 e previsão orçamentária para este ano

IMPosTo sInDICaL sERÁ DEVoLVIDo

Embora seja alta a previsão de gastos para esta data-base, o Sindicato continuará a política de de-volução do imposto sindical para os associados que fizerem o requerimento. A devolução é uma descisão de diretoria, o Sindicato não tem a obrigação de fazê-la.

O imposto sindical foi criado por lei federal e o seu valor equivale a um dia trabalho de cada empregado. Do total descontado, os sindicatos recebem 60%; o Ministério do Trabalho recebe 20% e os outros 20% ficam com as federações e as confederações de cada categoria.

O Sindágua é contrário à cobrança desse imposto porque ele serve para financiar sindicatos “fantasmas”, ou seja, que só abrem as portas no mês de recolher a contribuição. No Sindágua, os recursos da categoria são muito bem utilizados, mas se você optar pela devolução, fale com Cristiane ou Mariana pelo tele-fone 3323 8881 e informe o número da conta para depósito.

Provedor retira site do sindágua do ar

Quem tenta acessar o site do Sindágua desde o dia 13 de mar-ço não tem tido sucesso. É que o provedor Terra, responsável pela hospedagem de nossa página, retirou-a do ar sem autorização ou comunicação ao Sindicato. Vários contatos para resolver o problema foram tentados pela entidade, porém sem êxito. Por essa razão, o Sindágua está pro-cessando o Terra por perdas e danos e solicitou à Justiça liminar para que recoloquem o site em operação o mais rapidamente possível. Embora o problema não seja de responsabilidade do Sindicato, pedimos descul-pas aos trabalhadores por esse transtorno.

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Correção das distorções e promoções no PCCs vigente

Enquanto aguarda posicionamento da Caesb sobre a in-tenção de usar ou não a avaliação como um critério a mais no processo de promoções atrasadas, a comissão tem feitos outros importantes estudos e simulações com o objetivo de corrigir as distorções internas e em relação ao mercado e efetivar as pro-moções que a Empresa tem em dívida com os trabalhadores.

A expectativa da comissão é encerrar esse trabalho na pri-meira quinzena de abril. Adiantando sua opinião, o Sindágua considera que o estudo tem aspectos bastante positivos, no geral corrige as distorções existentes e não se confunde com a data-base 2008. Quanto ao pagamento, o Sindicato continua defendendo que deve ser imediato à conclusão do trabalho, na forma do ACT.

Elaboração do novo PCCsRepresentantes da Caesb e do Sindágua continuam dis-

cutindo a criação do novo PCCS, embora a Empresa tenha desmarcado seguidamente várias reuniões. A intenção do Sindicato é construir um plano que possibilite a todos a ascensão na carrreira, sem criação de castas ou privilégios individuais. O Sindicato está elegendo, nas reuniões setoriais, representantes de todos os cargos para auxiliar na discussão de PCCS junto à Companhia. A idéia é permitir a participação direta dos traba-lhadores na comissão criada pelo ACT/2007.

E xecutando delibera-ção do V CONSAN, no último dia 2 o Sindá-gua fechou durante

três horas o posto de ser-viços do Recanto das Emas. A paralisação foi motivada pelas várias denúncias que o Sindicato recebeu desde que a manutenção de Samam-baia e Gama foi centralizada no Recanto, tais como:

• t rabalhadores caes-bianos foram “encostados”, enquanto os serviços eram repassados às firmas tercei-rizadas;

• bombeiros profissionais com mais de 20 anos de casa passaram a fazer serviços de capina;

• carro-fossa da Caesb parado, enquanto algumas fossas transbordam para o rio Melchior;

• truculência, autoritaris-mo e arrogância de alguns gerentes no trato com os empregados.

Quem lucra com tudo isso são as firmas terceirizadas,

que executam os serviços por meio de OS. O Sindicato já havia alertado a gerência da unidade sobre as graves irregularidades constatadas no local, mas nenhuma pro-vidência foi tomada.

Durante a paralisação, o Sindágua entregou aos empregados cartilha do Mi-nistério Público sobre as-sédio moral no ambiente de trabalho. O Sindicato foi autorizado pelos trabalhado-

res a formalizar as denúncias à Delegacia Regional do Trabalho e à Justiça. O que se espera, no entanto, é que a própria gerência da uni-dade e a diretoria da Caesb assumam a responsabilidade pelos problemas e tomem providências para resolvê-los o quanto antes.

Em tempo – O Sindágua vai verificar denúncias de que situ-ação semelhante está aconte-cendo no PS de Sobradinho.

Diante de denúncias, Sindicato fecha PS do Recanto

por três horas

Sindágua faz campanha pela prorrogação do concurso público

Nos últimos dias, o Sindicato tem espa-lhado faixas por locais estratégicos do DF rei-vindicando da Caesb e do GDF a prorrogação do concurso público, uma vez que ainda há uma quantidade considerável de vagas a ser preenchida na Empresa. O Sindágua levou essa solicitação também ao Ministério Público, ao GDF e à própria Caesb, lem-brando que a medida não significa aumento de custos para a Companhia.

Mais uma reforma estrutural na CaesbTROCANDO SEIS POR MEIA DúzIA?

Pelo que o Sindágua an-dou apurando, a Caesb está preparando a quinta reforma da estrutura organizacional da Companhia na era Fernando Leite. A intenção que motivou a mudança ainda não foi di-vulgada, mas, ao observarmos como e por que foram feitas as outras, algumas perguntas

não podem deixar de ser feitas: será que ouviram os técnicos antes? É uma medida para reduzir gastos e otimizar os serviços ou será uma deci-são política sem sentido? E o chefes de si mesmos, continu-arão existindo? Divulgaremos as respostas nos próximos boletins.

Trabalhadores autorizam Sindágua a formalizar denúncias à DRT e à Justiça

Fotos: Sindágua

Comissões

Licença-prêmio: ações continuam na Justiça

O Sindágua está entrando na Justiça do Trabalho com no-vas ações de licença-prêmio. Dois trabalhadores já obtiveram sentença favorável em última instância e os cálculos judiciais já estão sendo feitos. Se você pretende converter sua licença em pecúnia, solicite a documentação a um diretor do Sindágua. Se sua ação já foi feita e você quer saber qual o resultado até agora, entre em contato com Mariana, pelo número 3323 8881.

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V CoNSAN – AVANÇAR NAS LUTAS

O Sindágua realizou nos dias 28, 29 e 30 de março, no Cesir-Contag, no Núcleo Bandeirante, o V Congresso dos Trabalha-dores em Saneamento do DF – V CON-SAN. Data-base, Alternativas para o Setor de Saneamento do DF e Entorno e Venda de Ações/Terceirização da Caesb foram os assuntos principais deste Congresso. Os participantes também debateram e deliberaram sobre o tema Liberalismo e Luta de Classes: Os desafios à Classe Tra-balhadora.

Durante todo o evento, o Sindágua recebeu dirigentes do SindMetrô, Sindical (sindicato dos servidores do Legislativo local) e Conlutas, além de vários represen-tantes de movimentos sociais e de opo-sição a sindicatos cutistas. O Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) também enviou representante.

No primeiro dia, o diretor Pacheco abriu os trabalhos afirmando que as dire-ções do Sindágua, SindMetrô e Sindical caminham no rumo do classismo, em oposição ao sindicalismo governista ou partidário praticado pela maioria dos sindicatos e aos governos que desferem ataques aos trabalhadores. O diretor Ges-mar Santos lembrou que a retomada do Sindágua em 1999 e a desfiliação à CUT recolocaram o Sindicato no caminho da luta em defesa dos trabalhadores. Ele des-tacou que o Sindágua conquistou quase todas as reivindicações nos últimos oito anos, mas nem por isso pode permitir o abrandamento das conquistas.

Gesmar ressaltou ainda que as delibe-

rações dos congressos foram até agora todas vitoriosas – a exemplo do concurso público, mudança no plano previdenciá-rio, garantia no emprego e estudos inter-nos do PCCS – e que o Sindágua sempre saiu fortalecido depois dos congressos.

PLANOS DE ATAQUE DO GOVERNO ARRUDA à

CLASSE TRABALHADORA O representante da Conlutas, Ricardo

Guillen, alertou que o governo Arruda prepara novos planos de ataque à classe trabalhadora. Em troca dos empréstimos conseguidos junto ao Banco Interameri-cano de Desenvolvimento (BID), Arruda precisa terceirizar os principais serviços

públicos (Caesb, Metrô e BRB são exem-plos). “O CONSAN é importante para barrar a ofensiva do governo Arruda. O governo Lula, por sua vez, quer flexibilizar as leis trabalhistas. Com a reforma previdenciária, pretende dificultar a aposentadoria de milhões de brasileiros. Lula governa para a burguesia, como mostram os sucessivos lucros recordes dos bancos, enquanto o salário mínimo foi reajustado em apenas R$ 35,00”, frisou o dirigente da Conlutas. Ele convidou os trabalhadores da Caesb a participarem das discussões e lutas encaminhadas pela entidade.

NEOLIBERALISMO E SANEAMENTO EM DEBATEPara debater sobre neoliberalismo

e os desafios à classe trabalhadora, o Sindágua convidou o professor Edíl-son José Graciolli, estudioso do tema e autor de livros sobre o impacto das terceirizações na qualidade dos serviços públicos. Para Edílson, a terceirização não é uma medida que visa apenas à redução de custo das empresas, e sim um instrumento ideológico utilizado para enfraquecer a classe trabalhadora na luta contra a exploração capitalista. Para discutir as alternativas para o setor de saneamento no DF e Entorno, os convidados foram o engenheiro Adauto Santos e a engenheira da Caesb Norma Lúcia, que atualmente encontra-se cedida ao Ministério das Cidades. Norma Lúcia

fez uma explanação sobre a previsão de investimentos para o DF, demostrando que a prioridade serão as grandes obras, como o sistema São Bartolomeu, por exemplo. O engenheiro Adauto, que apresentou a evolução dos serviços e da arrecadação da Caesb nos últimos 14 anos, discorda da linha adotada pelo GDF e pelo governo federal. Para ele, revitalizar e expandir os sistemas que estão em operação seria mais adequado do que investir em grandes sistemas como Corumbá e São Bartolomeu. O Sindágua continuará discutindo o tema com a categoria; para tanto, já solicitou à diretoria técnica da Caesb a realização de outro seminário como o que ocorreu no dia 6 de março, na sede da Empresa.

Garantir as conquistas do ACT atual, continuar a luta contra a terceirização irregular e fazer campanha contra a venda de ações da Caesb foram as principais deliberações do V Congresso dos Trabalhadores em Saneamento do DF

Mesa de abertura do V CONSAN ocorrida na noite de 28 de março, com debate sobre conjuntura nacional e internacional

Prof. Edílson Graciolli

Delegados e convidados acompanharam com atenção as explanações e os debates

Fotos: Ronaldo Barroso

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DELIBERAÇÕESLUTAS INTERNAS

OrganizaçãO pOlíticO-sindical• Continuar e ampliar os cursos de formação política para todos os associa-

dos.• Realizar cursos avançados e introdutórios sobre movimento sindical, história

das lutas da classe trabalhadora, Previdência pública e fundos de pensão.

Questões ecOnômicas e sOciais• Garantir todas as conquistas do ACT atual.• Acelerar o processo de implantação do novo PCCS.• Aumento real de salário.• Continuar a campanha contra a terceirização irregular. • Campanha contra a venda de ações/privatização.• Implantar a licença-maternidade de seis meses e o horário corrido nos

escritórios regionais e laboratórios.

LUTAS EXTERNAS• Fazer um grande debate junto a categoria para decidir a filiação ou não à

Conlutas.• Continuar e ampliar as ações junto aos movimentos sociais.• Apoiar os movimentos populares que lutam por melhores condições de

vida.

DATA-BASEOs delegados aprovaram a luta prioritária da data-base deste ano – ma-

nutenção das conquistas – e os avanços que a categoria espera obter. (Veja páginas 6 a 9)

FILIAÇÃo À CoNLUTAScOntribuiçãO aO debate

Diante da deliberação do V CONSAN de que o Sindágua deve decidir em breve sobre a filiação ou não à Coordenação Nacional de Lutas, divulgamos a seguir algumas informações importantes que podem contribuir para o deba-te que se inicia agora e que culminará na votação em assembléia geral a ser convocada pelo Sindicato.

O QUE É UMA CENTRAL SINDICALDe acordo com a Lei n.º 11.648, de 31.03.08, que regulamentou a atuação

das centrais sindicais no Brasil, a central sindical é uma "entidade de repre-sentação geral dos trabalhadores" que terá como atribuições e prerrogativas apenas "exercer a representação dos trabalhadores, por meio das organizações sindicais a ela filiadas" e "participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo social que possuam composi-ção tripartite, nos quais estejam em discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores".

As centrais oficiais são: Central única dos Trabalhadores (CUT, historicamente ligada ao PT e ao presidente Lula), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores UGT) e Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB), que passam a ser financiadas com recursos do imposto sindical obrigatório. Todas estão a serviço de governos ou de partidos políticos.

CONLUTAS – COMO E POR QUE SURGIU A Conlutas vai muito além do que determina o governo com a lei recen-

temente editada. Trata-se de uma coordenação de sindicatos, movimentos sociais, organizações populares e entidades estudantis, nascida para levar adiante a luta em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores e explo-rados do nosso País. Uma das características mais importantes da Conlutas é a possibilidade de filiação individual. Ela surgiu em resposta à necessidade de unir a classe trabalhadora, na medida em que outras organizações abandona-ram esse papel e passaram a defender o governo. A Conlutas nasceu lutando contra as reformas sindical e trabalhista, a reforma universitária, apoiando as mobilizações das campanhas salariais e enfrentando a política econômica que o governo Lula aplica no Brasil a mando do FMI.

Em maio de 2006, durante o Congresso Nacional dos Trabalhadores (CONAT), realizado em São Paulo com a participação de 4.500 pessoas, entre elas 12 delegados do Sindágua, foi oficialmente fundada a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) e apontadas as principais bandeiras de luta da nova entidade. A partir daí, a Conlutas intensificou sua atuação em todo o País, incluindo o Distrito Federal, onde tem recebido o apoio do Sindágua e de outros sindicatos e movimentos classistas e combativos.

Congressistas debatem alternativas para o saneamento no DF e Entorno

Os congressistas se dividiram em grupos para discutir os temas do Congresso

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Pauta de reivindicações já está com a Empresa

PAUTA DE REIVINDICAçõES à DATA-BASE 2008/2010clÁusula primeira – das Questões Financeiras:

A CAESB reajustará o salário nominal e os anuênios dos seus empregados em 13,47% (treze vírgula quarenta e sete por cen-to) a partir de 1.º/05/2008. Este percentual corresponde a 8,47% (oito vírgula quarenta e sete por cento) do IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado da FGV), a título de reposição do poder aquisitivo, e 5% (cinco por cento) a título de ganho real.

clÁusula segunda – prOgrama de participaçãO nOs resultadOs – ppr:

A CAESB manterá o Programa de Participação nos Resultados – PPR, cujas metas (globais e setoriais) serão definidas por comissão paritária com mem-bros indicados pela Diretoria da

Caesb e pelo Sindágua.Parágrafo Primeiro. O valor

máximo a ser distribuído será de 60% (sessenta por cento) do resultado do exercício, apurado antes dos tributos e participa-ções contidos na DRE – Demons-tração do Resultado do Exercício, limitado a uma folha média e meia de remuneração mensal.

Parágrafo Segundo: A folha média de remuneração mensal prevista no parágrafo anterior será apurada dividindo-se por 12 (doze) o somatório anual dos valores líquidos das rubricas de créditos contidas no Sistema de Elaboração de Folha de Paga-mento da CAESB, compreen-dendo: 1) Salário–Cod.100; 2) Honorário de Diretor–Cod.102; 3) Honorário Complementar–Cod. 103; 4) Opção Decreto 20%–Cod.104; 5) Opção Decreto

55%– Cod. 105; 6) Complemen-to Auxílio–Doença-Cod. 106; 7) Complemento Acidente de Trabalho–Cod.107; 8) Emprega-do em Comissão–Cod.110; 9) Salário-Maternidade–Cod.112; 10) Média Prov. Salário-Mater-nidade–Cod.113; 11) Licenças-prêmio Gozadas–Cod.114; 12) Anuênio–Cod.116; 13) Anuênio Adicional–Cod. 117; 14) Van-tagem Pessoal–Cod.118; 15) Função Gratificada–Cod. 120; 16) Substituição–Cod.121; 17) Ajuda Transporte Incorporada–Cod.122; 18) Auxílio-Creche–Cod.123; 19) Horas Extras–Cod.125; 20) Horas Extras Noturnas–Cod.126; 21) Adicional Noturno–Cod.128; 22) Condutor Especial–Cod.129; 23) Sobreaviso–Cod.130; 24) Adicional Feriado–Cod.131; 25) Periculosidade–132; 26) Insa-lubridade–Cod 133; 27) Incor-

poração Judicial–Cod.135; 28) Instrutoria–Cod. 137; 29)Comple-mento Gratificação– Cod.143; 30)Incentivo Educação–Cod.144; 31) Salário Advogado–Cod.147; 32) Gratificação de ACT–Cod.154; 33) Férias–Cod.155; 34) Média de Provisão de Férias–Cod.156; 35)Adicional 1/3 férias–Cod.157; 36) Adicional de férias com-plementar–Cod.158; 37)Abono Pecuniário–Cod.159; 38) Adi-cional 1/3 Abono Pecuniário–Cod.160; 39) Adicional Abono Complementar–Cod. 161; 40) Periculosidade–Cod.162; 41) 13º Salário–Cods.: 163,166 e 170; 42) Auxílio Financeiro–Cod.165; 43) Vantagem Pessoal ACT–Cod.176; 44) Saldo Salário–Cod. 177; 45) Opção 55%-EC–Cod.198; 46) Gra-tificação de Desempenho–Cod. 400; 47) Abono Temporário–Cod. 401; 48)DIF AB TEMP–Cod

412.Parágrafo Terceiro. Serão

beneficiários do PPR os empre-gados do quadro permanente em efetivo exercício, bem como aqueles em gozo de licença-médica, auxílio-doença do INSS complementado pela CAESB, os cedidos e ou requisitados com ônus para a CAESB.

Parágrafo Quarto. O paga-mento será proporcional nos casos de ingresso ou encerra-mento da condição de benefício na vigência do Programa.

Parágrafo Quinto. O valor individual será reduzido por motivo de faltas injustificadas ao trabalho no período de vigência do Programa, na seguinte pro-porção: 1f–10%; 2f–20%; 3f–30%; 4f– 40%; 5f–50%; 6f–60%; 7f–70%; 8f–80%; 9f–90%; 10f–100%.

Parágrafo Sexto. Para fins

CAMPANHA SALARIAL 2008

Depois de abrir para os trabalhadores a oportunidade de apresentarem

suas sugestões, o Sindágua realizou assembléia geral, no último dia 18 de março, para discussão e aprovação da pauta de reivindicações da data-base 2008-2010. No dia 28, a diretoria do Sindicato encaminhou a pauta à Empresa e está aguardando a contrapro-posta da diretoria.

Conforme deliberação do V CONSAN, a prioridade desta data-base será a manutenção de todas as conquistas, uma vez que o Acordo Coletivo será totalmente negociado. Além disso, Sindicato e categoria consideram fundamental avançar nas seguintes questões:

• Proposta financeira – PPR linear e aumento real de salário

• horário de seis horas e mudança da escala de 12 por 36 horas para 10 por 38 horas

• licença-maternidade de seis meses• melhoria do plano de saúde• adicional de periculosidade e insalu-

bridade

DATA-BASE É CoISA SÉRIA!É comum na época da data-base o surgimento de boatos e denún-

cias vazias sobre o Sindicato, espalhados por quem trabalha contra a categoria. Neste momento não poderia ser diferente. Embora esse tipo de coisa nunca tenha surtido nenhum efeito devido ao elevado nível de esclarecimento dos trabalhadores sobre a postura do Sindágua, é bom ficar atento. Data-base é coisa séria! E é com a seriedade de sempre que iremos defender o direito dos trabalhadores nesta que se aproxima.

Inflação dobrou em 2007Puxados pela alta dos alimentos, que chegou a 200% em alguns produ-

tos, todos os principais índices de inflação tiveram elevação acentuada em 2007. O IPCA, a “inflação oficial” usada pelo Banco Central para definição das metas de inflação, ficou em 4,46%, uma alta de 42% sobre o indicador de 2006, que subiu 3,14%. Também na passagem de 2006 para 2007, na medição pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), a inflação dobrou, passando de 3,79% para 7,89%. O IGP-M, índice que regula o preços dos aluguéis, subiu 7,75% no ano passado.

EIxoSComo eixos da campanha, o

Sindicato escolheu a garantia de emprego, Caesb pública e ganho real.

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exclusivos de aplicação do pa-rágrafo anterior, não serão con-sideradas faltas injustificadas ao trabalho aquelas decorrentes de paralisações coletivas e ou de punições administrativas que ainda não tenham sido confirmadas pela Comissão de Direitos e Deveres (CDD) de-finida pela Cláusula Trigésima Segunda deste Acordo Coletivo de Trabalho.

Parágrafo Sétimo. O be-nefício previsto no parágrafo anterior só terá eficácia se for comprovado pelo empregado ou preposto deste, por meio de protocolo na CDD de petição de revisão da pena, com data não superior a trinta dias úteis após ter o empregado tomado ciência da referida penalidade adminis-trativa. As faltas decorrentes de greve não se incluem nos termos deste parágrafo.

Parágrafo oitavo. A CAESB pagará os valores do PPR em duas parcelas, sendo a primeira, a título de antecipação, no mês de outubro do ano de vigência do Programa, e a segundo em abril do exercício subseqüente, condicionado à apuração das metas estabelecidas no Pro-grama.

Parágrafo Nono. A distri-buição do valor total referente à PPR, durante a vigência deste ACT, será de 100% linear, ou seja, valores distribuídos igualmente a todos os trabalhadores.

Parágrafo Décimo. Os ca-sos omissos serão definidos pela Diretoria da CAESB e pelo Sindágua.

clÁusula terceira – dO anuÊniO:

A CAESB concederá mensal-mente aos empregados, a título de anuênio, 2% (dois por cento) do salário nominal por ano de serviço prestado à Empresa, limitado a 35% (trinta e cinco por cento).

clÁusula Quarta – dO abOnO-assiduidade:

A CAESB concederá 10(dez) dias por ano de Abono-Assidui-dade aos empregados que não tiverem falta injustificadas ou suspensão disciplinar, conforme Regulamento n.º14/2000-CAESB, cujo período aquisitivo corres-

ponderá a 12 (doze) meses de efetivo exercício no serviço, contados a partir da data de admissão ou cessão.

Parágrafo Único. Aos empre-gados que trabalham em escalas de revezamento, o abono será equivalente a 5 (cinco) plantões, sem prejuízo do funcionamento das áreas operacionais.

clÁusula Quinta – da licença-prÊmiO:

A CAESB garantirá a seus empregados admitidos até 31 de outubro de 2000 o direito à licença-prêmio adquirida, nos seguintes termos:

Parágrafo Primeiro. O saldo dos dias deste benefício, existen-te em decorrência de Acordos anteriores, serão usufruídos em períodos não inferiores a dez dias, a pedido do empregado até 30/04/2012.

Parágrafo Segundo. Ocor-rendo rescisão contratual de tra-balho sem justa causa, aposenta-doria com afastamento, adesão a programa de antecipação de aposentadoria e ou óbito do empregado admitido até 31 de outubro de 2000, os períodos de licença-prêmio decorrentes do direito adquirido e não gozados, serão pagos aos respectivos titu-lares ou herdeiros devidamente habilitados, a título de verba indenizatória, respeitando-se os preceitos legais.

Parágrafo Terceiro. Para fins de quitar débitos do empregado para com o empregador, ou a quem o empregado tenha au-torizado desconto em folha de pagamento, será facultado ao empregado utilizar-se do total ou parte de seu saldo de licença-prêmio, mediante assinatura de termo próprio.

Parágrafo Quarto. Por op-ção do empregado, a Caesb converterá o gozo da licença-prêmio em verba indenizatória, conforme quantidade de dias especificada a pedido do em-pregado.

Parágrafo Quinto. Não ha-verá prejuízo ao pagamento da função gratificada do emprega-do, ocupante desta, que usufruir o benefício da licença-prêmio em períodos inferiores a 15 (quinze) dias.

clÁusula seXta – dO Vale-transpOrte

A CAESB manterá o forne-cimento do vale-transporte a todos os empregados que utili-zarem ônibus ou metrô no seu deslocamento ao trabalho.

Parágrafo Primeiro. A con-cessão do benefício do vale-transporte será assegurado por meio de pagamento em espécie ou em conta bancária com des-tinação específica, efetivado até o dia 5 de cada mês.

Parágrafo Segundo. A CA-ESB obriga-se a oferecer trans-porte para os empregados que trabalham em unidades distan-tes do terminal rodoviário ou da via por onde circula o transporte coletivo, sem prejuízo do paga-mento do vale-transporte.

clÁusula sÉtima – dO auXíliO- crecHe:

A CAESB concederá, mensal-mente e mediante comprovação de dependência, auxílio-creche aos seus empregados que ti-verem filhos ou dependentes, inclusive adotados, até 6 (seis) anos, 11 (onze) meses e 29 dias (vinte e nove) dias, no valor de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais).

Parágrafo Primeiro. Caso ambos os cônjuges sejam em-pregados públicos, somente a um deles será concedido o direito ao auxílio, mediante de-claração do empregado afirman-do o não-recebimento deste benefício pelo cônjuge.

Parágrafo Segundo. O bene-fício de que trata o “caput” é de caráter meramente indenizatório e será concedido em função do dependente menor, não sendo considerado verba salarial nem se incorporando à remuneração do empregado, sob nenhuma hipótese ou para qualquer causa ou efeito de direitos.

clÁusula OitaVa – dOs pOrtadOres de necessidades especiais:

A CAESB pagará mensalmen-te aos empregados que pos-suírem filhos ou dependentes portadores de necessidades es-peciais que os tornem incapazes de prover a própria subsistência, comprovado mediante laudo médico, auxílio financeiro no

valor de R$ 240 (duzentos e qua-renta reais), independentemente da idade dos incapazes.

Parágrafo Primeiro. Caso ambos os cônjuges sejam em-pregados públicos, somente a um deles será concedido o direito ao benefício, desde que comprovado pela declaração do empregado.

Parágrafo Segundo. O be-nefício de que trata o “caput” é de natureza estritamente huma-nitária e de caráter indenizatório, é concedido em função do defi-ciente, mediante comprovação, não sendo considerado verba salarial, nem se incorporando à remuneração do empregado benefício sob nenhuma hipó-tese ou para qualquer causa ou efeito de direito.

Parágrafo Terceiro. Para fins de aplicação deste benefício, serão consideradas necessidades especiais as patologias definidas em lei e ainda os casos de doen-ças graves que forem reconhe-cidos pelo serviço de Medicina e Segurança do Trabalho da Caesb.

clÁusula nOna – dO prOgrama de alimentaçãO dO trabalHadOr:

O Programa de Alimenta-ção do Trabalhador da CAESB, na forma da legislação federal pertinente, é representado pelo fornecimento mensal de 22 (vinte e dois) vales-alimentação/refeição a cada empregado, no total de 264 (duzentos e sessenta e quatro) vales anuais, no valor facial unitário de R$ 27,00 a partir de maio de 2008.

Parágrafo Primeiro. A par-ticipação financeira do empre-gado no custo do Programa, prevista na atual regulamen-tação interna da Empresa, será reduzida por meio da correção da tabela de participação do empregado, equivalente ao ín-dice inflacionário do INPC (ou o maior índice) calculado para os últimos 6 anos.

Parágrafo Segundo. Nos ca-sos de afastamento da atividade laboral, por motivo de doença, licença-gestante, ou de aciden-te do trabalho, o Programa de Alimentação do Trabalhador da CAESB será mantido enquanto perdurar o afastamento.

Parágrafo Terceiro. A CAESB concederá a cada empregado no mês de dezembro, a título de abono-natalino, 22 (vinte e dois) vales-alimentação/refeição, no valor facial unitário de R$ 27,00.

clÁusula dÉcima – dO adiciOnal de insalubridade:

O pagamento do adicional de insalubridade terá como referên-cia o salário-base do trabalhador e será correspondente ao grau de exposição ao ambiente in-salubre.

Parágrafo Único. Todos os empregados que trabalham nos sistemas de esgotos (ETEs, elevatórias, emissários e redes, caminhões-fossa) terão direito ao recebimento ao adicional, mantendo-se as demais áreas, a partir de 1.º de maio de 2007.

clÁusula dÉcima primeira – dO adiciOnal de periculOsidade:

A CAESB pagará o adicional de periculosidade, em 30% do salário base do empregado, para aqueles que trabalham em contato com equipamentos submetidos a tensão igual ou superior a 380 volts, bem como para aqueles que trabalham em contato com inflamáveis e ex-plosivos, de forma a padronizar o pagamento.

clÁusula dÉcima segunda – dO sObreaVisO:

A CAESB pagará o equiva-lente a 1/3 (um terço) da hora normal, a título de adicional de prontidão, a todos os empre-gados que permanecerem em regime de prontidão, conforme normas internas.

Parágrafo Primeiro. O so-breaviso será limitado a 144 (cento e quarenta e quatro) horas mensais.

Parágrafo Segundo. Aos empregados em regime de prontidão, será fornecido um aparelho de telefone celular ou de rádio-chamada, a critério da CAESB.

Parágrafo Terceiro. O em-pregado que estiver de pron-tidão e for chamado para rea-lização de trabalho fará jus ao recebimento de horas extras trabalhadas, ficando suspenso

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o regime de prontidão neste período.

Parágrafo Quarto. Para fins de cálculo do regime de pron-tidão, serão consideradas 16 (dezesseis) horas nos dias úteis e 24 (vinte e quatro) horas nos feriados e fins de semana.

Parágrafo Quinto. Nos dias em que estiver em regime de prontidão, fica autorizado ao empregado recolher, em sua re-sidência, o veículo da Caesb para uso exclusivo em serviço.

Parágrafo Sexto. O empre-gado que realizar hora extra durante o período fará jus ao descanso de 11/diárias, antes de nova jornada de trabalho, con-forme estabelece a legislação.

clÁusula dÉcima terceira – dO adiciOnal de cOndutOr especial:

A CAESB pagará mensalmen-te, a partir de 1.º de maio de 2008, ao empregado cuja atividade principal não seja dirigir veículo da Empresa, mas que necessite ocasionalmente conduzi-lo, o valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) a título de Adicional de Condutor Especial.

Parágrafo Primeiro. 50% do valor do Adicional de Condutor serão pagos ao empregado de-vidamente autorizado a dirigir, independentemente do tempo em que este ficou responsável pelo veículo.

Parágrafo Segundo. Os ou-tros 50% serão pagos tendo como base o efetivo tempo em que o veículo ficar sob a respon-sabilidade do condutor.

clÁusula dÉcima Quarta – da gratiFicaçãO de FÉrias:

A CAESB pagará a gratificação de férias (Artigo 7.º, Inciso XVII da Constituição Federal) nas condi-ções descritas a seguir.

Parágrafo Primeiro. A CA-ESB manterá o pagamento de 50% (cinqüenta por cento) do valor da remuneração de férias.

Parágrafo Segundo. A CA-ESB concederá o fracionamento do gozo de férias para seus empregados, mediante reque-rimento do interessado, em períodos de gozo de 10 (dez), 15 (quinze) ou 20 (vinte) dias.

Parágrafo Terceiro. O des-conto do adiantamento de férias

será feito, mediante opção do empregado, em até dez vezes, permanecendo a carência de 60 (sessenta) dias para o início do desconto.

Parágrafo Quarto. Todas as regras estabelecidas no “caput” desta cláusula e nos respectivos parágrafos se aplicam a todos os empregados da CAESB, garantin-do-se ainda o parcelamento de férias para os empregados com idade acima de 50 anos, quando por ele solicitado.

clÁusula dÉcima Quinta – da licença nãO-remunerada:

A CAESB concederá licença não-remunerada de até 1 (um) ano, prorrogável por igual pe-ríodo, aos empregados que contarem com pelo menos 02 (dois) anos de efetivo serviço prestado à Empresa por ocasião da solicitação do benefício.

clÁusula dÉcima seXta – da escala de reVezamentO:

A CAESB manterá as seguintes escalas de revezamento: 10x38 e 12x24/12x72 (horas de trabalho por horas de folga), na forma e condição abaixo:

Parágrafo Primeiro. Quando o trabalho for executado em dias considerados feriados ou de ponto facultativo oficial, será concedido, a título de abono, um adicional de 50% (cinqüenta por cento) sobre as horas traba-lhadas.

Parágrafo Segundo. A CA-ESB divulgará, a cada mês de janeiro, os feriados oficiais, reli-giosos e dias facultativos para fins de aplicação do previsto no Parágrafo Primeiro.

Parágrafo Terceiro. Somen-te em caso de necessidade imperiosa ou de força maior, poderá a jornada de trabalho ser prorrogada, mediante compen-sação ou pagamento de horas extras, na forma da legislação em vigor.

Parágrafo Quarto. CAESB e Sindágua estabelecem que, no caso de empregado que atue em escala de revezamento, em unidades que funcionam em locais de difícil acesso e ou com percurso que possa comprometer a sua segurança, o ingresso ou saída do turno de

trabalho poderá ser antecipado ou retardado em no máximo 1 (uma) hora, sem que caracterize hora-extra, mediante acordo com a chefia imediata.

Parágrafo Quinto. A CAESB somente poderá adotar a escala de revezamento de 10x38 (horas de trabalho por horas de folga) em plantões diurnos e, mesmo neste caso, apenas em locais em que exista somente um turno de trabalho.

Parágrafo Sexto. A Caesb concederá aos empregados que trabalham em escala de reveza-mento o direito de efetuar três trocas de plantão ao mês.

clÁusula dÉcima sÉtima – dO prOgrama de saÚde:

A CAESB aumentará a sua base contributiva em 15 % dos valores atuais com o plano de saúde, mantendo as condições atualmente contratadas, inde-pendente da metodologia de gestão a ser praticada.

Parágrafo Primeiro. A CA-ESB manterá a Fundiágua como gestora do plano de saúde e do seguro de vida em grupo obrigatório, garantindo foro permanente de fiscalização da qualidade e das contas do Plano, acatando modificação contra-tual ou a substituição da ope-radora, quando deliberado em assembléia dos trabalhadores, convocada em conjunto pelo Sindágua e pela Fundiágua.

Parágrafo Segundo. Os débitos de empregados e ex-empregados referentes ao uso do Plano de Saúde extinto em 1999 ficam extintos por força deste Acordo Coletivo de Tra-balho, considerando a vigência de um novo modelo de Plano de saúde desde 1999.

Parágrafo Terceiro. O em-pregado desligado da Empresa por qualquer tipo de aposen-tadoria fará jus ao plano de saúde durante 5 (cinco) anos, nas mesmas condições da ativa. Nos casos de afastamento por motivo de acidente no trabalho, na forma da lei, o empregado fará jus ao plano de saúde, com a mesma participação da CAESB no momento da aposentadoria, até completar 70 (setenta) anos de idade.

clÁusula dÉcima OitaVa –

dO acOmpanHamentO de dependentes pOr mOtiVO dOença:

A CAESB considerará como dia trabalhado ao empregado que comprovar a internação em estabelecimento hospitalar de seus dependentes, reconheci-dos pela área de Benefícios, ou ainda de seus genitores.

Parágrafo Primeiro. As au-sências, a partir do terceiro dia de internação, serão analisadas pela área de Benefícios da Empresa, que informará ao gerente do empregado o período que terá de ser abonado.

Parágrafo Segundo. Em caso de dependente enfermo ou portador de necessidades especiais como deficiência física, em recuperação domiciliar ou que necessite de cuidados de lo-comoção/higiene/alimentação, as ausências ou atrasos serão autorizados após análise pela área de Benefícios, após solici-tação e comprovação prévia do empregado, por meio de laudo médico justificando a necessida-de de acompanhamento.

clÁusula dÉcima nOna – dO aFastamentO pOr mOtiVO de dOença:

A CAESB pagará a diferença, se houver, entre a remuneração do empregado e o valor por este recebido a título de auxílio-doença do INSS, mediante ava-liação da área de Medicina e Se-gurança do Trabalho, nos casos de afastamento por motivo de doença superior a quinze dias.

clÁusula VigÉsima – da melHOria da Qualidade de Vida:

A CAESB compromete-se a manter e aperfeiçoar programas e ações que visem à melhoria da qualidade de vida de seus empregados, principalmente os programas de vacinação e conscientização de prevenção de doenças.

Parágrafo Primeiro. Visan-do à qualidade de vida e ao bem-estar dos trabalhadores, a CAESB compromete-se a fazer a lotação de seus empregados o mais próximo possível de suas residências.

Parágrafo Segundo. A CA-ESB obriga-se a oferecer móveis

e instalações em condições ergonômicas adequadas à saúde e ao bem-estar do trabalhador da Empresa, providenciando de imediato a substituição das ca-deiras dos Escritórios Regionais de Atendimento ao Cliente.

clÁusula VigÉsima primeira – das rOupas prOFissiOnais e eQuipamentOs de segurança:

A CAESB fornecerá, priorita-riamente, uniformes e equipa-mentos de proteção individual e coletivo aos empregados, visando a eliminar os possíveis riscos, conforme recomendação da área de Medicina e Segurança do Trabalho.

Parágrafo Primeiro. A CA-ESB fornecerá, como EPI, filtro solar, conforme especificação e critérios que serão definidos pela área de Medicina e Segurança do Trabalho, por meio de Norma Interna da Companhia.

Parágrafo Segundo. A CA-ESB elaborará um cronograma anual de implantação das me-lhorias das condições de segu-rança e medicina de trabalho, elaborado pelas respectivas Cipas, incluindo-se o aumento do efetivo de vigilantes em todas as áreas, pelo menos no mesmo quantitativo existente em 2006.

clÁusula VigÉsima segunda – da indenizaçãO pOr mOrte Ou inValidez:

A CAESB pagará ao depen-dente legal ou ao empregado, indenização por morte ou invali-dez total decorrente de acidente de trabalho no efetivo exercício das funções, no valor de 40 ve-zes o piso salarial da categoria profissional.

clÁusula VigÉsima terceira – da licença lutO:

A CAESB assegurará licença remunerada de 08 (cinco) dias corridos em caso de falecimento de irmão, ascendente e descen-dente de 1.º grau, cônjuge ou equiparados.

clÁusula VigÉsima Quarta – dO prOgrama de educaçãO:

A CAESB concederá a seus

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empregados cursos de alfabe-tização e telecurso de 1.º e 2.º graus, podendo ser ministrados em suas dependências.

Parágrafo Primeiro. Para todos os empregados que es-tejam cursando o 3.º grau ou pós-graduação (mestrado e doutorado), língua estrangeira e cursos pré-vestibulares, em esta-belecimento particular, a CAESB reembolsará 70% (setenta por cento) das despesas de matrícula e mensalidades.

Parágrafo Segundo. A CA-ESB concederá a seus emprega-dos que estiverem cursando o ensino médio ou fundamental, em estabelecimento de ensino particular ou público, o valor mensal de R$ 250,00 (duzentos e cinqüenta reais), benefício esten-dido também aos empregados que estejam cursando o 3.º grau em universidades federais.

Parágrafo Terceiro. Para os empregados que estejam cur-sando educação profissional de nível técnico, correlacionada às atividades desenvolvidas na CA-ESB, o ressarcimento será de 80% (oitenta por cento) das despesas de matrícula e mensalidades.

Parágrafo Quarto. O empre-gado poderá transmitir a 1 (um) dependente legal o direito de usufruir os benefícios constantes nos parágrafos primeiro, segun-do e terceiro desta cláusula, quando dela não for beneficiário direto.

Parágrafo Quinto. Os bene-fícios a que se referem os pará-grafos anteriores desta cláusula não poderão ser cumulativos e serão regulamentados por meio de normas internas.

clÁusula VigÉsima Quinta – dOs cursOs prOFissiOnalizantes:

A CAESB compromete-se a viabilizar programação de cursos profissionalizantes e de aper-feiçoamento que atendam aos seus interesses, considerando as exigências para movimen-tação e desenvolvimento das habilidades e competências dos empregados nas atividades constantes do Plano de Cargos, Carreiras e Salários.

clÁusula VigÉsima seXta – da liberaçãO de

dirigentes sindicais:Tendo como parâmetro de

referência o estabelecido na Lei n.º 1.138, de 10 de julho de 1996, a liberação de emprega-dos para o Sindágua, com ônus para a CAESB, fica restrita a 07 (sete) diretores. Outros diretores poderão ser liberados mediante requerimento, com ônus para o Sindágua.

clÁusula VigÉsima sÉtima – dO calendÁriO de pagamentOs:

Em janeiro de cada exercício, a CAESB definirá o calendário de pagamentos, garantindo datas de antecipação na quinzena.

clÁusula VigÉsima OitaVa – da reVisãO da prOpOsta ecOnômica:

Na data-base da categoria, em maio de 2009, CAESB e Sin-dágua abrirão negociação para tratar das cláusulas financeiras contidas neste Acordo Coletivo de Trabalho, dentre estas as que tratam de: Salário, Gratificação de ACT, Auxílio-Creche, Auxílio a Portadores de Necessidades Especiais, Vale-Alimentação/Refeição, Adicional de Condutor Especial, Programa de Participa-ção nos Resultados e Programa Educação.

clÁusula VigÉsima nOna – dO prOgrama HabitaciOnal:

A CAESB envidará esforços junto à Secretaria de Habita-ção visando a contemplar a demanda por moradia de seus empregados, junto aos progra-mas de habitação em curso pelo Governo do Distrito Federal e Governo Federal.

Parágrafo Único. Quando um empregado da CAESB con-trair financiamento para aqui-sição de habitação própria, a CAESB compromete-se a fazer o desconto consignado na folha de pagamento das parcelas de-finidas em contrato e repassar o valor às instituições credoras.

clÁusula trigÉsima – dO descOntO e repasse de cOntribuiçãO:

A CAESB compromete-se a efetuar o desconto da men-salidade de associados e da

contribuição sindical na folha de pagamentos de seus emprega-dos e repassá-las ao Sindágua, como determina a legislação pertinente.

Parágrafo Único. No mês subseqüente à aprovação deste Acordo Coletivo de Trabalho, a CAESB compromete-se a des-contar do salário a contribuição de fortalecimento sindical em favor do Sindágua, na forma definida por lei.

clÁusula trigÉsima primeira – da preVençãO das lesões pOr esFOrçOs repetitiVOs:

A CAESB implementará pro-vidências para prevenir as situ-ações e comportamentos que possam vir ocasionar lesões por Esforços Repetitivos (LER)/Distúrbios Ósteo-musculares Relacionado ao Trabalho (DORT), conforme orientação da Coorde-nadoria de Segurança e Medici-na do Trabalho- PRGS.

clÁusula trigÉsima segunda – da cOmissãO de direitOs e deVeres:

Ficam mantidos os termos e as condições do Regulamento n.º 01 – Avaliação da Atuação Profissional e do Regulamento nº 02 – Regras e Procedimentos para os Casos de Demissão, Relocação Funcional e de Pe-nalização de Empregados, de-correntes da Cláusula Vigésima Terceira do Acordo Coletivo CA-ESB/SINDÁGUA-DF 2000-2002, conforme cláusula Primeira do Primeiro Aditivo ao Acordo Co-letivo da CAESB/SINDÁGUA-DF 2000-2002.

clÁusula trigÉsima terceira – dO auXíliO-Funeral:

A CAESB concederá ao de-pendente legal do empregado falecido o auxílio-funeral de 15 (quinze) vezes o salário mínimo vigente na data do óbito.

clÁusula trigÉsima Quarta – anuÊniO para empregadO dO QuadrO permanente prOmOVidO pOr curcursO pÚblicO:

Para empregado do quadro permanente contratado a par-tir de 1.º/05/2006, aprovado e

admitido em cargo superior ao que ocupa mediante concurso público promovido pela CAESB, o tempo de casa para fins de cálculos do anuênio incluirá o(s) período(s) do(s) cargo(s) anterior(es), sendo que o paga-mento definido por essa nova metodologia será devido a partir de 1.º/06/2007.

clÁusula trigÉsima Quinta – licença-maternidade:

A CAESB concederá licen-ça-maternidade de 6 meses à empregada que fizer jus ao benefício, mantendo-se todos os seus direitos.

clÁusula trigÉsima seXta – JOrnada de seis HOras:

Todos os empregados das áreas de atendimento ao público (atendimento comercial), coleto-res de amostras e bancadas de laboratórios terão jornada de 6 horas diárias, a partir do mês de junho de 2008.

Parágrafo Primeiro. Todos os empregados portadores de necessidades especiais farão jus à jornada de seis horas, inde-pendentemente do local onde estejam lotados.

Parágrafo Segundo. Para os demais locais de trabalho e atividades, a CAESB e o Sindágua manterão negociações perma-nentes com vistas à implantação da jornada de 6 horas.

clÁusula trigÉsima sÉtima – atiVidades Que cOlOcam em riscO a integridade Física dO trabalHadOr e penOsas:

A CAESB pagará, a partir de 1º de maio de 2008, a seus em-pregados sujeitos a atividades nomeadas risco à integridade física do trabalhador, o adicional correspondente, no valor de 20% do salário nominal do em-pregado, a ser regulamentado em norma interna, no prazo de 2(dois) meses da assinatura deste ACT, com a participação de dois membros indicados pelo Sindá-gua e 2dois pela CAESB.

Parágrafo Primeiro. São consideradas perigosas ativida-des de interrupção de forneci-mento de água (corte), fiscaliza-ção de ligações clandestinas e fiscalização de mananciais.

Parágrafo Segundo. As ati-vidades penosas de que tratam o “caput” desta cláusula se re-ferem àquelas nas quais o em-pregado se expõe a riscos tais como intempéries, remoção de produtos químicos e contato com condições adversas de trabalho, a serem especificadas pela mesma comissão mencio-nada no “caput”.

clÁusula trigÉsima OitaVa – da cOmpOsiçãO da diretOria da FundiÁgua:

Fica assegurado aos em-pregados da Caesb o direito de eleger, por eleições diretas, 1 (um) um representante na diretoria da Fundiágua.

clÁusula trigÉsima nOna – dOs reaJustes salariais:

Todos os reajustes salariais dos empregados do quadro próprio da CAESB terão que, necessariamente, ser feitos por meio de termo aditivo a este Acordo Coletivo de Trabalho.

clÁusula QuadragÉsima – cOrreções de distOrções salariais e pccs:

Ficam mantidas, na íntegra, as cláusulas nona e décima do 2.º Termo Aditivo ao ACT 2006/2008.

clÁusula QuadragÉsima primeira – dO descumprimentO dO acOrdO cOletiVO pela caesb:

O descumprimento das cláu-sulas estabelecidas no presente ACT sujeita, ainda, a Caesb à multa correspondente a 1(um) salário mínimo, por infração, a cada mês, que será revertida em favor de cada empregado ou par te prejudicada, sem prejuízo das demais multas constantes neste Acordo.

clÁusula QuadragÉsima segunda – da VigÊncia dO acOrdO:

O presente acordo terá va-lidade de dois anos, contados de 1.º.05.2008 a 30.04.2010, comprometendo-se as partes a cumpri-lo nos seus termos e condições, mantida a data-base em 1.º de maio.

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Direito à moradia

A Associação Habitacional dos Empregados da Caesb filiou-se à União Habitacional dos Servi-dores Públicos do Distrito Fede-

ral e da União (UNIHASP), organização que surgiu com o objetivo de lutar pelo fim do déficit habitacional entre os ser-vidores públicos e que reivindica do GDF e do governo federal a implantação de um programa que atenda às condições sócioeconomicas desse segmento de trabalhadores. Estima-se que, somente no DF, mais de 30 mil servidores pagam aluguel. Esse número se justifica pelos baixos salários, falta de FGTS e de uma política de valorização do servidor, es-peculação imobiliária e, principalmente, ausência de um programa de governo direcionado a contemplar os servidores públicos sem moradia.

Com a criação da UNIHASP, a discus-

são habitacional toma outro rumo e ganha novo impulso. Junto com os sindi-catos de cada categoria, a nova entidade assume o papel de construir propostas que realmente atendam às condições orçamentárias de cada servidor. Está claro que o déficit habitacional não será resolvido apenas com um projeto. É imperioso um amplo estudo dessa de-

manda e a elaboração de várias opções que possibilitem o acesso à moradia.

A UNIHASP já levou sua pauta de rei-vindicações aos representantes do GDF e do governo federal. A CODHAB, empresa do GDF responsável pela implantação de programas habitacionais, deixou claro que vai agilizar o atendimento às demandas do servidores. Da Gerência de Patrimônio da União, a UNIHASP cobrou a concessão de áreas no DF para suprir a demanda habitacional dos servidores e sugeriu um acordo com a Caixa Eco-nômica Federal com vistas à criação de uma linha de crédito imobiliário especí-fica para o servidor público.

Considerando que os servidores têm a garantia de estabilidade funcional, a UNIHASP defende que os bancos criem linhas de crédito próprias, com juros menores, para esse segmento. Por sua

vez, o GDF e o governo federal devem tornar possível o desconto em folha de pagamento. A nova entidade já manteve contatos com representantes do BRB e da CEF, que demonstraram interesse em estudar as reivindicações dos servidores. A Caixa Econômica até mesmo se com-prometeu a reduzir os juros do crédito imobiliário para o servidor caso o gover-no autorize o desconto em folha.

DIRETORIAA diretoria da UNIHASP é formada

por representantes das áreas de Saúde, Educação, Administração Direta e Indi-reta do GDF e por representantes de servidores da União Federal. O diretor do Sindágua Domingos Medeiros está na Secretaria de Assuntos Jurídicos da entidade.

LUTA DOS SERVIDORES PúBLICOS GANHA FORçA COM A CRIAçãO DA UNIHASP

Membros das Cipas para o mandato 2008-2009 serão eleitos em maio

Sindágua e conselheiros eleitos debatem plano de saúde

Estão abertas até o dia 6 de maio as inscrições de trabalhadores e trabalha-doras interessados em participar das eleições para as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Cipas) da Caesb. A Gerência de Enge-nharia de Segurança e Medicina do Tra-balho – responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral – informa que a votação ocorrerá nos dias 19, 20 e 21 de maio próximo, das 8h30 às 17h, em locais a serem informa-dos com antecedência.

Todos os trabalhadores da Caesb po-dem concorrer e votar neste importante processo. Os interessados deverão pre-encher a ficha de inscrição e entregá-la nas Cipas setoriais, no horário das 8h às 17h. O mandato dos membros eleitos pela CIPA terá duração de 1 (um) ano, sendo permitida uma reeleição.

O objetivo da Cipa é atuar na pre-venção de acidentes e doenças decor-rentes do desempenho das funções, de modo a tornar permanentemente compatível o trabalho com a preserva-

ção da vida e a promoção da saúde do trabalhador, conforme a Norma Regu-lamentadora – NR 5 da Portaria 3.214, de 8.6.1978, da Lei 6.514 de 22/12/77 do Ministério do Trabalho e Emprego.

O Sindágua avalia que é de extrema importância a participação dos trabalha-dores na Cipa, para lutarem por melhores condições de trabalho e contra a falta constante de EPIs.

A diretoria executiva do Sindá-gua reuniu-se com os conselheiros eleitos da Fundiágua, Dalila Bran-dão, João Marcos, Washington e Atacil, no último dia 2 de março, com o objetivo de tratar de vários assuntos relacionados à Fundação. O Sindicato solicitou que os con-selheiros elaborem propostas que possam resolver os problemas do plano de saúde, apresentou as cláu-sulas da pauta de reivindicações que tratam dessa e de outras ques-tões do âmbito da Fundiágua e sugeriu um trabalho conjunto para fiscalizar a atuação da entidade.

Uma das primeiras iniciativas propostas pelo Sindicato e pelos conselheiros é a realização de pesquisa que mostre alternativas de planos de saúde capazes de atender de fato às necessidades dos trabalhadores. A democrati-zação das decisões dos conselhos e a revisão das taxas de emprésti-mos a servidores também foram discutidas pelos participantes da reunião.

Os conselheiros pretendem ana-lisar a possibilidade de mudanças no estatuto da Fundiágua a fim de formalizar a eleição de um diretor pelos participantes, o que no passa-do já existiu na prática, e melhorar o processo eleitoral com o intuito de permitir a participação de todos os trabalhadores. O grupo decidiu ain-da realizar reuniões periódicas para avaliar o encaminhamento dessas questões e tratar de outros assun-tos de interesse dos participantes do fundo de pensão. O Sindicato considera fundamental o debate diretamente com a categoria, por isso abrirá espaço para os conse-lheiros em todas as assembléias daqui por diante.

Após a reunião, o diretor Gesmar e a conselheira Dalila informaram ao presidente da Fundiágua essas proposições e solicitaram a reali-zação da pesquisa sobre o plano de saúde. Também esclareceram a intenção da categoria em relação às reivindicações constantes na pauta da próxima data-base.

PREVENÇÃo DE ACIDENTES FUNDIÁGUA

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ETE Melchior e Gama: a imagem do descasoQ uem visita as ETE Melchior e Gama ou tra-

balha naquelas unidades custa a acreditar que elas foram entregues pelas empreiteiras construtoras há menos de cinco anos, tama-

nhas são as dificuldades que os trabalhadores enfren-tam para operá-las. Na ETE Melchior há problemas antigos para os quais os gerentes já solicitaram pro-vidências à Caesb. Mas, até agora, nada. O Sindágua esteve mais uma vez nas duas estações e relaciona a seguir alguns dos problemas detectados.

ETE MELCHIOR

prOblemas estruturais:• iluminação precária, aliada ao número insuficiente

de vigilantes e mato alto, colocam em risco a vida dos funcionários, pois a unidade localiza-se em uma região isolada, por onde constantemente pessoas estranhas transitam sem nenhum tipo de controle;

• bebedouros e pontos com água potável insuficien-tes;

• não há lavadora a jato para os mecânicos fazerem a retirada da sujeira que se acumula nas peças;

• ausência de tanque adequado para a desinfecção das peças e para o recolhimento de produtos quí-micos;

• não há abrigo para os operadores na centrífuga, por isso eles têm que ficar expostos ao frio e ao vento;

• como o cilo de dosagem de produtos químicos não funciona, a Caesb está improvisando um elevador para os sacos de cal, mas a obra está parada;

• não há sistema mecânico para movimentar as caçambas da centrífuga, e os trabalhadores são obrigados a movimentá-las no braço.

prOblemas gerenciais:• mecânicos dirigem e não recebem o adicional de

condutor;• a ETE fica em local distante do terminal rodoviário,

porém a Caesb não oferece transporte aos empre-gados que não têm carro, como faz na sede e em outras unidades;

• operadores realizam algumas ativida-des perigosas, como acender o tocha e fazer o dreno na rede do gás, mas não recebem adicional de periculosidade.

ETE GAMA

prOblemas estruturais:• gradeamento grosseiro sem guarda-

corpo na borda da grade;• a caçamba que recolhe os resíduos

sólidos do gradeamento grosseiro é transportada manualmente pelo operador até as caçambas maiores;

• o classificador do desarenador está quebrado há mais de um ano, sem

previsão para conserto;• a esteira, equipamento caríssimo, que deveria subs-

tituir as caçambas pesadas e carregadas de “torta” da centrífuga, está abandonada e jogada ao relento desde setembro de 2007. Com isso, os operadores são obrigados a empurrar as caçambas com as mãos (cada uma, carregada, pesa cerca de 3 toneladas);

• equipamentos eletrônicos caríssimos de coleta e análises nunca funcionaram;

• o equipamento de dosagem de cal está danificado há mais de um ano. Devido a isso, desde o fim de 2006 o tratamento é feito sem a dosagem do produto;

• o cilo de dosagem de cal não funciona;• ausência de bomba reserva no sistema de alimen-

tação de lodo para a centrífuga;• a parte elétrica das válvulas de descarte dos flota-

dores e do DAD, que deveriam ser automatizadas, foram substituídas por manivelas grosseiramente improvisadas. Aos operadores cabe realizar mano-bras em posições críticas dentro de estreitas caixas de cimento;

• não há abrigo adequado para o operador da centrí-fuga;

• devido aos defeitos constantes nas bombas de pres-surização e a flotadores mal projetados, a flotação não funciona de modo satisfatório há cerca de um ano;

• ausência de bomba reserva de recalque de água de serviço;

• falta de peças, ferramentas e EPIs na manutenção;• utilização de peças “paralelas”;• os rádios de comunicação não funcionam.

prOblemas gerenciais:Até hoje não se explicou por que a gerência de obras

recebeu das empreiteiras uma Estação com tantas falhas e problemas.

Diante do caótico e revoltante quadro descrito, não resta opção ao Sindágua senão exigir da dire-toria da Caesb providências imediatas. É necessário, urgentemente, não apenas estancar o processo de sucateamento dessas estações, mas também apurar a responsabilidade pelo recebimento de obras e equi-pamentos mal feitos ou inacabados.

Fotos: Sindágua

O classificador do desarenador está quebrado há cerca de um ano

A esteira que deveria substituir as caçambas encontra-se abandonada

Nas duas unidades falta abrigo adequado para os operadores da centrífuga, como mostra a foto acima

Na ETE Melchior falta material adequado para fazer a limpeza de equipamentos como a grade meva

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Em quase todo o País, manifestações expuseram mentiras do governo Lula

Pontes fechadas, acampamentos e ocu-pações, paralisações de trabalhadores, panfletagens em diversas cidades, atos públicos, debates, manifestações.

Apesar do silêncio da mídia, o 1.º de abril de-nunciou as mentiras do governo e dos patrões por todos os lados neste País.

Todas as atividades denunciaram as men-tiras alardeadas pelo governo Lula em rela-ção ao projeto de transposição do rio São Francisco e outras mentiras cabeludas. Entre elas, a campanha de que as reformas da Pre-vidência e universitária e a privatização dos serviços públicos podem ser benéficas aos trabalhadores e à população; ou ainda de que a flexibilização de salários e direitos imposta pelo empresariado gera empregos. “É tudo mentira”, diziam os manifestantes.

O dia de mobilização foi coordenado por entidades sindicais, organizações sociais e populares e comunidades da região do rio São Francisco. Alguma delas: Campanha contra a Transposição do São Francisco, Conlutas, MTST, Via Campesina, MAB, CPT (Comissão Pastoral da Terra), ANDES e inúmeras entida-

des e organizações de todo o País.Houve manifestações em São Paulo, Minas

Gerais, Bahia, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Maranhão. No Rio de Janeiro, após uma semana de protestos (ato dos movimentos sociais na porta do BNDES dia 27 de março e ato dos estudantes no dia seguinte), no dia 1.º de abril aconteceram uma passeata e novo ato público com a presença de mais de 500 manifestantes. Com “nariz de Pinóquio”, faixas e bandeiras, o conhecido “dia da mentira” desmentiu os governos federal, estadual e municipal e denunciou a escandalosa epide-mia de dengue.

Fonte: Conlutas

MANIFESTAçãO NO DFSindágua e SindMetrô distribuíram, na

plataforma superior da Rodoviária, o primeiro boletim conjunto das entidades, no qual de-nunciam que o “governo Arruda diz governar para os pobres, mas governa para os ricos”, e que ameaça vender o BRB, o Metrô e a Caesb, empresas que são patrimônio do DF,

além de uma das sedes da Novacap. Arruda anunciou a substituição de professores por te-lecursos e se nega a realizar concurso público, benefi-ciando apenas os empresários, que lucram com as terceirizações. O sucateamento dos serviços públicos essenciais, que há anos vem ocorren-do nas empresas públicas, é o início da privatização, que representa enormes perdas à população, de-missões em mas-sa, prestação de péssimos serviços e lucro para os em-preiteiros.

Dirigentes do Sindágua, SindMetrô, Conlutas e repre-sentantes de oposições a sin-dicatos cutistas (Sinpro, Sindser, Correios, Gráficos e outros) par-ticiparam, no último dia 5, do lançamento do Fórum contra a Privatização e a Terceiriza-ção e em Defesa dos Serviços Públicos. O evento aconteceu no auditório do SindMetrô, localizado na cobertura do Ed. Venâncio V. O Fórum foi criado com o objetivo de combater o

sucateamento e a privatização das empresas públicas do DF, política que está em curso no governo Arruda.

As entidades que integram esse movimento pretendem realizar um grande ato no dia 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, contra as políticas neoliberais dos governos federal e local. Mais informações e a convoca-ção para que os trabalhadores da Caesb participem serão di-vulgadas oportunamente.

Lançado o Fórum contra a Privatização e a Terceirização

Estudantes ocupam prédio da reitoria da UnB

1.° de abril

MoVIMENTo ESTUDANTIL

No último dia 4 de abril, cerca de cem estudantes da UnB ocuparam o prédio da reitoria da Universidade (fotos) para pro-testar contra os gastos de quase meio milhão de reais na reforma do apartamento funcional do reitor e pedir a saída de Timothy Mulholland.

Com resultado da mobilização, no último dia 10 o reitor pediu afastamento do cargo por 60 dias. Os estudantes, no entanto, decidiram manter a ocupação, agora pela saída do substituto de Mulholland, também suspeito de irregularidades.

Os estudantes também reivindicam eleições diretas e paritárias para a reitoria, abertura das contas da Fundação e contratação de professores.

O Sindágua avalia que a decisão dos estudantes foi correta e apoiou o protesto desde o início. O movimento estudantil, que foi o principal ator no combate à ditadura, precisa dar mostras de que está vivo e disposto a lutar contra a corrupção e as desigualdades sociais, e não ficar preso apenas a demandas corporativas.

Brasília-DF, 28 de março de 2008 – Boletim informativo nº 1/2008

OPOSIÇÃO AO SINDSER INFORMA

1º DE ABRIL

O GOVERNoARRUDA dizgovernarpAraos pobres,mas governapara os ricos!

CHEGA DE MENTIRAS!

Nas empresas do GDF, o governador não tem se preocupado com a reposição salarial dos funcionários públicos e tem in-centivado as terceirizações. Continua com sua política de descaracterizar os objetivos da Novacap: urbanizar e cuidar da cidade. Não realiza concurso público para contratar mais de mil trabalhadores que são necessá-rios e tem contratado �rmas terceirizadas, que pagam menos aos seus funcionários que aos concursados.

LANÇAMENTO DO FÓRUM EM DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

Dia 5/4/2008 (sábado), às 9hLocal: Auditório do SindMetrô/DF SDS (CONIC) Ed. Venâncio V, Cobertura Telefone: 3322-4778

COMPAREÇAM!!!

OPOSIÇÃO AO SINPRO INFORMA

Arruda mente para a população quan-do diz que quer melhorar a educação. Os professores tiveram um plano de carreira que não repõe as perdas salariais e conti-nuam ganhando metade do que ganham os policiais militares. O governo está fechando as Escolas de Jovens e Adultos (EJA), prejudicando principalmente os tra-balhadores que só podem estudar à noite. Além disso, o governo está contratando professores temporários e funcionários ter-ceirizados, que ganham muito menos que os professores e auxiliares concursados.

As ações do governo Arruda não atendem à população, mas sim a inte-resses particulares dos ricos, atacando os trabalhadores de todas as formas. O Governador ameaça vender o BRB, o METRÔ e a CAESB, empresas que são pa-trimônio da população do DF. Também pretende vender uma das sedes da NO-VACAP. Arruda anunciou a substituição de professores por telecursos e se nega a realizar concurso público, bene�ciando apenas os empresários que lucram com as terceirizações. O sucateamento dos serviços públicos essenciais, que há anos vem ocorrendo nas empresas públicas, é

o início da privatização, que representa enormes perdas à população, demissões em massa, prestação de péssimos servi-ços e lucro para os empreiteiros. Vejam o caso do transporte coletivo, que vive um quadro caótico: preço alto, péssimas condições e falta de segurança.

Vender empresas públicas significa aumentar preços e reduzir ainda mais a qualidade dos serviços.

Por tudo isso, diga não à terceirização e à privatização das empresas públicas! CONCURSO PÚBLICO PARA TODAS AS EMPRESAS DO DF JÁ! PRORROGAÇÃO DO CONCURSO DA CAESB JÁ!