20
Mais de 40 seções de produtos e serviços à disposição do seu condomínio. Pág. 09 TV Digital Homenagem Pág. 07 Classificados A transmissão digital já é realidade em condomínios da Grande São Paulo. Entrevistamos o zelador Eduardo, em ho- menagem ao dia dos funcionários de con- domínio. Pág. 20 www.sindiconews.com.br [email protected] GRATUITO PARA SÍNDICOS DE EDIFÍCIOS 25.000 EXEMPLARES - SÃO PAULO ANO XVII - Nº 199 - FEVEREIRO/2008 VEJA PÁG. 16 Classíndico Pág. 10 Legislação Confira os casos em que alterar varanda é alterar fachada do prédio. Administrativo As contas para o ano de 2008 devem ser previstas logo nos primeiros meses. 11 de Fevereiro Dia do Zelador e Funcionários de Condomínio FOTO: Caio Castanho / 2008

Edição de Fevereiro/08

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Veja informações sobre Terceirização, Jurisprudência, Segurança, Legislação e muito mais...

Citation preview

Page 1: Edição de Fevereiro/08

Mais de 40 seçõesde produtos e

serviços à disposiçãodo seu condomínio.

Pág. 09

TV Digital

Homenagem

Pág. 07

Classifi cados

A transmissão digital já é realidade em condomínios da Grande São Paulo.

Entrevistamos o zelador Eduardo, em ho-menagem ao dia dos funcionários de con-domínio.

Pág. 20

www.sindiconews.com.br [email protected]

GRATUITO PARA SÍNDICOS DE EDIFÍCIOS 25.000 EXEMPLARES - SÃO PAULOANO XVII - Nº 199 - FEVEREIRO/2008

VEJA PÁG. 16

C lassíndico

Pág. 10

LegislaçãoConfi ra os casos em que alterar varanda é alterar fachada do prédio.

AdministrativoAs contas para o ano de 2008 devem ser previstas logo nos primeiros meses.

11 de FevereiroDia do Zelador e Funcionários

de Condomínio

FOTO

: Cai

o C

asta

nho

/ 200

8

Page 2: Edição de Fevereiro/08

Fevereiro/2008 www.sindiconews.com.br02

Carnaval no início de fe-vereiro é tudo que precisa o Brasil para começar a fun-cionar mais cedo. É claro que nem todo mundo fi ca morgando entre natal e car-naval, mas é nítida a dife-rença de ritmo de trabalho após a folia. Um país como o Brasil, que busca se desen-volver em todos os setores, não pode ter essa mentalida-de de parar por quase dois meses.

Pode até ser que as férias anuais de muitos coincida com esse intervalo de 25 de dezembro até a quarta-feira de cinzas. Mas uma grande parte dos trabalhadores não está de folga. Todo trabalha-dor precisa de descanso. Po-rém, fazer corpo mole no serviço durante essa época é

deixar transparecer preguiça e relaxo.

Quem trabalha com afi n-co desde o início do ano, pode tirar as merecidas fé-rias mais tarde. Sem se preocupar em não ter dado o máximo antes da folga. Os síndicos e síndicas tam-bém devem pensar no con-domínio desde o começo do ano.

Em fevereiro, é bom o síndico já ter programado a assembléia ordinária, levan-tado números do ano ante-rior e bolado idéias para o futuro. Com isso, os condô-minos não terão do que re-clamar no que for respeito à antecipação.

Confi ra alguns pensa-mentos sobre o trabalho, de algumas das maiores fi guras

de nossa história, e refl ita por um momento:

“O único lugar onde o sucesso vem antes do traba-lho é no dicionário” - Albert Einstein

“Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fecha-da” - Albert Einstein

“Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida” - Confúcio

“Que ninguém se enga-ne, só se consegue a simpli-cidade através de muito tra-balho” - Clarice Lispector

“Para o trabalho que gos-tamos levantamo-nos cedo e fazemo-lo com alegria” - William Shakespeare

“Transportai um punhado

de terra todos os dias e fareis uma montanha” - Confúcio

“Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele” - Henry Ford

“Adoro o trabalho. Sou capaz de fi car horas simples-mente olhando para ele” - Robert Benchley

“O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções” - Karl Marx

“Sua tarefa é descobrir o seu trabalho e, então, com todo o coração, dedicar-se a ele” - Buda

“O prazer no trabalho aper-feiçoa a obra” – Aristóteles

“Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu te-nho” - Thomas Jefferson

Publicação mensal daSANTA LUIZA EDITORA LTDAEmpresa autorizada para uso da

marca Jornal Classíndico Rua Domingos de Morais, 1794 - Cj. 13

Vila Mariana - 04010-200 - São Paulo - SP

PABX: (11) 5573-0333

Jornalista Responsável:Caio Girardi - MTB 39543Diagramação, Composição:Santa Luiza Editora LtdaImpressão:Comercial OESP Gráfi ca - NascimentoMSN: [email protected]@grupoestado.com.br9168-8258 / 3856-2401 / 3856-2424

Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização por escrito da Santa Luiza Editora LtdaA Santa Luiza Editora Ltda não se responsabiliza por conceitos ou idéias emitidos em artigos ou matérias pagas ou assinadas.

A Santa Luiza Editora Ltda tem o direito de não editar publicidade sem fundamen-tar motivação de recusa.

Outras Praças dePublicações Associadas:

P. Alegre - RS ............... (51) 3023.3675

Diretor: ...............................Airton Roxo

J. Pessoa - PB ............. (83) 3044.7100

Diretor: ............................ Inaldo Dantas

Recife - PE ................... (81) 3221.9083

Diretor: ............................ Inaldo Dantas

Natal - RN ..................... (84) 3223.5593

Diretor: ............................ Inaldo Dantas

S. J. do Rio Preto - SP .... (17) 9708.2506

Diretor: .........................Hércules Garcia

Fortaleza - CE .............. (85) 3254.7415

Diretor: ............................ Inaldo Dantas

Brasília - DF ................. (61) 3226.8810

J. Síndico .............. (Fundação: Abril/84)

Diretor: .............................Vicente Vecci

[email protected]

Tiragem - 25.000 exemplaresDistribuição - Gratuita para síndico de condomíniosDirigido a - condomínios residen-ciais e comerciais, administradoras, hotéis, shoppings, construtoras.Público leitor - síndicos, zelado-res, conselheiros, administradores, construtores, prestadores de servi-ços em geral.Periodicidade - mensal Área de distribuição - Capital de São Paulo, Taboão da Serra, Guarulhos, Osasco, Mogi das Cruzes, Santo André, Maúa, S. Caetano do Sul, S. Bernardo do Campo, Diadema.

EditorialClassíndico

Page 3: Edição de Fevereiro/08

www.sindiconews.com.br Fevereiro/2008 03

VendavalIndenização - danos ma-

teriais e morais - seguro de condomínio - danos causa-dos a terceiros motivado por fenômeno da natureza, ven-daval - previsão de ressarci-mento a terceiros genérica - cláusula que não exclui expressamente a cobertura a bens de terceiros - indeniza-ção devida

O Código de Defesa do Consumidor (art. 47) deter-mina a interpretação das cláusulas contratuais mais favoravelmente ao consu-midor. Danos morais tam-bém devidos pela frustração causada ao segurado, pelo não pagamento pela segura-dora dos bens dos terceiros, causando constrangimento daqueles junto a estes. Re-curso improvido

Acórdão Vistos, relatados e discu-

tidos estes autos de Apela-ção Cível nº 82.627.4/6, da Comarca de Valinhos, em que é apelante Unibanco Se-guros S/A, sendo apelado Condomínio Residencial Mo-rada dos Pinheiros: Acor-dam, em Segunda Câmara de Direito Privado do Tribu-nal de Justiça do Estado de São Paulo, por votação unâ-nime, negar provimento ao recurso. A r. sentença julgou procedente ação de indeni-zação por danos materiais e morais movida por Condo-mínio Residencial Morada dos Pinheiros, contra Uni-banco Seguros S/A. Irresig-nado, apela o vencido, ale-gando, em síntese, que o contrato de seguro não co-

bre bens de terceiros com danos decorrentes de venda-val. Houve contra-razões sustentando a decisão.

É o relatório. Não merece reparo a r.

decisão recorrida por seus próprios e jurídicos funda-mentos. Com efeito, a apóli-ce de seguro de fl s. 09 havi-do entre apelante e apelado, estabelece uma cobertura de até R$ 35.000,00 para danos a terceiros e não exclui a co-bertura para casos de venda-val (fl s. 14). Ora, tendo em conta que o segurado é con-siderado como consumidor para fi ns de aplicação do Código do Consumidor, as cláusulas contratuais da res-pectiva avença devem ser interpretadas de maneira mais favorável a ele. Portan-to, se não há expressa exclu-são da cobertura para danos causados a terceiros por vendaval, ela é devida.

Os danos materiais estão devidamente comprovados pelos documentos apresen-tados e os morais também são devidos, na medida em que o segurador viu-se frus-trado na cobertura dos bens dos terceiros que se encon-travam em sua área, causan-do-lhe constrangimento junto a eles, também condôminos, ou frequentadores do condo-mínio. Posto isso, nega-se provimento ao recurso. Par-ticiparam do julgamento os Desembargadores Osvaldo Caron (Presidente) e Cintra Pereira. São Paulo, 05 de outubro de 1999.

Linneu Carvalho - Relator (TJSP).

JurisprudênciaTerceirização

Revolução na execução dos serviçosA globalização da econo-

mia, concorrência com produ-tos importados, elevação da carga tributária, crescente cus-to com mão-de-obra especiali-zada, etc., fi zeram com que as empresas buscassem novos métodos de gerenciamento e de produção. O grande desafi o é se manter competitivo tanto em qualidade quanto em pre-ço, como condição básica para a sobrevivência.

Nesse contínuo processo de aperfeiçoamento do geren-ciamento e de redução de cus-tos, as empresas adotaram a terceirização, para a execução de serviços. Nos últimos 15 anos foram criados milhares de empresas de terceirização de serviços no Brasil, de am-pla utilização tanto pelo setor público como pelo privado.

Uma empresa de terceiri-zação nada mais é do que um grande departamento de recur-sos humanos, que cuida exclu-sivamente do recrutamento, seleção, contratação, treina-mento e colocação de profi s-sionais nas diversas funções, de acordo com a experiência e aptidão de cada um. Essa é a razão do sucesso e da penetra-ção do processo de terceiriza-ção junto aos condomínios re-sidenciais e comerciais. Afi nal, condomínio não é empresa, nem objetiva lucro, e muito menos tem condôminos dispo-níveis para gerenciar empre-gados nos seus afazeres, veri-fi cando se são efi cientes em suas funções, e se seus salários estão condizentes com os ser-viços executados. Nem faz sentido exigir que o síndico dedique parte do seu tempo na fi scalização dos empregados, verifi car se as horas extras fo-ram realmente trabalhadas, se o zelador está fora do seu apar-tamento trabalhando, etc.

A terceirização é a verda-deira revolução na execução de serviços condominiais por-que a terceirizadora é quem faz todo o trabalho de supervisão dos serviços, da disciplina, da escala de folga, da limpeza, en-fi m, tudo o que for necessário fazer para manter os condômi-nos satisfeitos com sua contra-tada. O condomínio deixa de ser empregador, elimina folha de pagamento, horas extras, encargos trabalhistas, cesta bá-sica, transporte, uniformes, etc. A terceirização é a única ferra-menta legal disponível, que permite melhorar substancial-mente a qualidade dos servi-ços, ao mesmo tempo em que reduz os custos com pessoal entre 20% e 30%.

Se os serviços não são executados a contento, troca-se o empregado; se os emprega-dos não se fi xam em seus pos-

tos, troca-se a empresa. É sim-ples assim. Tudo se resume na identifi cação e contratação de uma empresa idônea, que ga-ranta em contrato total isenção do risco trabalhista com seus empregados; competente, que garanta em contrato que não ha-verá rodízio de empregados, e sólida o sufi ciente para fi nanciar o condomínio no pagamento do passivo trabalhista dos emprega-dos que serão substituídos pelos terceirizados. O pagamento des-se fi nanciamento é feito com a própria economia proporcionada pela terceirização, de maneira a não exigir qualquer arrecadação extra. Mas existem empresas as-sim? Existem! Basta consultar condomínios terceirizados, e se informar com síndicos e zelado-res sobre a experiência que estão tendo com sua terceirizadora.

Etore [email protected]

Page 4: Edição de Fevereiro/08

Fevereiro/2008 www.sindiconews.com.br04

Previdência

Com o fi m da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Finan-ceira (CPMF), as alíquotas de contribuição à Previdên-cia Social foram readequa-das. O ajuste foi necessário porque, desde que começou a vigorar a CPMF, em 1996, as alíquotas de contribuição haviam sido reduzidas para compensar o que se pagava de CPMF. Com a extinção do tributo, os porcentuais voltaram ao que eram antes da existência da cobrança, de acordo com a faixa sala-rial do trabalhador.

O novo porcentual da contribuição previdenciária para os trabalhadores que têm salários até R$ 868,29 passará de 7,65% para 8%. Para as pessoas com rendi-mentos entre R$ 868,30 e R$ 1.140, a alíquota voltará a ser de 9% em vez de

Alíquotas de contribuição do INSS são adequadas ao fi m da CPMF

8,65%. Para aqueles que ganham acima desse valor, não haverá alteração e a alíquota cobrada continua sendo de 11%.

A nova tabela de contri-buições ao INSS já vale para os recolhimentos referentes a dezembro que devem ser feitos a partir de 1º de janei-ro. A tabela será usada para o recolhimento das contri-buições previdenciárias dos trabalhadores assalariados, inclusive os domésticos.

Benefícios - Os benefí-cios com valor de até dez salários mínimos pagos pela Previdência Social tam-bém estão sofrendo ajus-tes. Enquanto a CPMF era cobrada, o INSS acrescen-tava ao valor de cada be-nefício a quantia paga re-ferente à contribuição. Sem a CPMF, esse acrés-cimo deixa de ser feito.

Síndico News respondeAtualização de Convenção

O ano passado partici-pei só de 01 uma palestra. Este ano, participei de to-das. Tenho algumas ques-tões que gostaria que fos-sem esclarecidas, as quais em palestra não fi caram bem claras e nós fi camos naquela de o que fazer?

Primeira questão: A Convenção (de um) Con-domínio é uma só para toda área privativa e co-mum desse condomínio?

R: SimEntão, porque o meu

condomínio, caso queira atualizar a Convenção, te-ria que pagar mais pela sua atualização, já que nele comporta 192 apartamen-tos. O que foi colocado cla-ro para os presentes, quan-do quando foi oferecido este serviço, o preço foi de R$ 600,00 (Seiscentos Re-ais) , porém, preço válido apenas para condomínios com até 40 unidades (atua-lize a Convenção do seu condomínio às normas do Novo Código Civil). Pelos meus cálculos, o condomí-nio em que eu faço parte teria que desembolsar R$ 2.880,00 (dois mil oitocen-tos e oitenta reais) . Aí vol-ta a questão e a pergunta: a Convenção (de um) Con-domínio é uma só para toda área privativa e co-mum desse condomínio en-tão porque pagar mais?

R: Vamos lá: A elabora-ção de uma Convenção e/ou a alteração dela, não se resu-me unicamente às partes co-muns. Tem-se que se men-cionar TODAS AS UNIDADES, com as suas características, quoefi cientes, frações ideais, entre outros.

Quando formalizamos pro-posta para este tipo de serviço, para que não cometêssemos in-justiças e/ou disparidade, leva-mos em conta a quantidade de apartamentos, primeiro, por conta dos argumentos acima, e segundo porque, como em qualquer condomínio, as des-pesas são pagas por todas uni-dades. Assim, quanto mais unidades, menor o valor fi -nal para cada condômino. Porém, o nosso cálculo não obedece sua lógica. Para um condomínio como o seu, o valor para a elaboração de uma nova Convenção com as exigências e formalidades do novo Código Civil, não fi ca por este valor.

Segunda questão: Na palestra se falou só no en-caminhamento ao protes-to, o qual houve um debate entre o Dr.º Inaldo Dantas, o Dr.º Márcio Miranda e o Dr.º Márcio Rachkorsky o qual fi cou em aberto para os condomínios por falta de uma decisão judicial. Mais na questão do poder de denúncia do inadim-plente ao SPC não foi fala-do. Minha pergunta: cabe realmente a colocação de 01 condômino no SPC sem o condomínio sofrer pena-lidades perante a justiça?

R: Lembre-se que naquele debate, os outros dois advoga-dos (coincidentemente cha-mados Márcio), defendiam seus pontos de vista sem ne-nhum embasamento legal, ao contrario de mim, que citei a lei, qual seja:LEI 9.492/97. Por outro lado, a Convenção do condomínio se faz lei entre as partes. Uma vez aprovada pelo quorum exigido, e desde que não venha a ferir outra lei superior a ela, tem pleno vigor

entre os seus condôminos. Não há do que reclamar. Quanto à denúncia ao SPC, isso é feito automaticamente após a con-fi rmação do protesto.

BarulhoResido em um condo-

mínio de casas, em que os quartos são de frente para um condomínio de prédios. Em todos os fi nais de se-mana, fazem festas produ-zindo um barulho imenso incomodando as treze casas. Estas festas geral-mente não acabam antes da 1h. Já reclamei varias vezes com o síndico. No último fi nal de semana, foi insuportável, pois foram muitos palavrões e baru-lho inclusive assuntando minha fi lha de 11 meses! Preciso de sua ajuda;

1- Existe alguma lei que possa ser aplicada em con-domínio neste caso?

R: Sim, a lei do silêncio.2- Posso processar o con-

domínio por perturbação do sossego e por infringir a lei do silêncio?

R: Claro, porém, comece com um Boletim de Ocorrência na Delegacia do seu Bairro.

3- Posso processar o sin-dico por omissão?

R: No meu entendimen-to, não. Aquele síndico só tem obrigações de atender as reivindicações dos con-dôminos daquele prédio. O réu, neste caso, é o condo-mínio e não a pessoa do sín-dico. Ele responde como re-presentante do condomínio. Quem teria o direito de pro-cessá-lo por omissão seria algum condômino do prédio dele e não outra pessoa.

Inaldo DantasAdvogado

Administrador de Condomínioe-mail: [email protected]

Page 5: Edição de Fevereiro/08

www.sindiconews.com.br Fevereiro/2008 05

INDICADOR ECONÔMICO

Obrigações

Meses Salários Infl ação TR Poupança Fevereiro R$350,00 0,27% 0,0721% 0,5725%

Março R$350,00 0,34% 0,1876% 0,6885%

Abril R$380,00 0,04% 0,1272% 0,6278%

Maio R$380,00 0,04% 0,1689% 0,6697%

Junho R$380,00 0,26% 0,0954% 0,5959%

Julho R$380,00 0,28% 0,1469% 0,6476%

Agosto R$380,00 0,98% 0,1466% 0,6473%

Setembro R$380,00 1,29% 0,0352% 0,5354%

Outubro R$380,00 1,05% 0,1142% 0,6148%

Novembro R$380,00 0,69% 0,0590% 0,5593%

Dezembro R$380,00 1,76% 0,0640% 0,5643%

Janeiro/08 R$380,00 ---------- 0,1010% 0,6015%** UFIR extinta a partir de Janeiro/2001 *** Índice de infl ação IGP-M da FGV

Imposto de Renda em 2008

INSS - Janeiro

Piso Salarial

Salário Contribuição (R$) ...........................................AlíquotaAté R$ 868,29 ........................................................................... 8 %De R$ 868,30 até R$ 1.447,14................................................. 9 %De R$ 1.147,15 até R$ 2.894,28..............................................11 %

20% sobre a folha, como parcela do condomínio 3% sobre a folha,como seguro de acidente de trabalho 4,5%

sobre a folha, contribuiçãode terceiros (Sesc, Senai, etc)

Zeladores .........................................................................R$ 636,00Porteiro, Vigia, Cabineiro ou Ascensorista, Garagista,Manobrista e Folguista ...........................................................................R$ 609,50Faxineiro e demais ...........................................................R$ 583,00Acúmulo de cargo ..................................................................... 20%Adicional noturno ...................................................................... 20%Horas extras .............................................................................. 50%Folgas trabalhadas e feriados ................................................. 100%Cesta Básica ......................................................................R$ 65,21

Rendimento % Parc. DeduzirAté R$ 1.372,81 ............................................ isento Acima de R$ 1.372,82 até R$ 2.743,25 ....... 15,0% ...... R$205,92Acima de R$ 2.743,25 ................................ 27,5% ....... R$548,82Abatimento por dependente: ........................................... R$137,99 Salário Família dezembro/2007 Até R$ 449,93 = R$ 23,08 por cota Acima de R$ 449,94 Até R$ 676,27 = R$ 16,26 por cota

** o reajuste de 6% com vigência a partir de 1o de outubro até 30/09/08.

- - -

Admissão/Demissão • Comunicar ao Ministério do Trabalho até o dia 07 do mês seguinteRecolhimento do INSS conforme tabela ao lado: • Todo dia 10 do mês subseqüente.Recolhimento do FGTS, 8,0% sobre a folha de pagamento: • Até o dia 7 de cada mês, ou no dia útil anterior.Recolhimento do PIS, 1% sobre a folha de pagamento: • Até o dia 20, sem multa.• Após, multa de mora de 0,33% ao dia, limitado até 20%.Recolher à Receita Federal o Imposto de Renda.Recolher à Prefeitura Municipal ISS sobre Serviços Prestados.

Page 6: Edição de Fevereiro/08

Fevereiro/2008 www.sindiconews.com.br06

Jurídico

Oscar Niemeyer, ao com-pletar recentemente cem anos de idade, declarou: “A vida é só um minuto. Devemos vivê-la de forma mais decente”.

Infelizmente, algumas pessoas não pensam as-sim. Muitos candidatam-se ao cargo de síndico, com o firme propósito de desviarem recursos para os seus bolsos.

É freqüente condôminos descobrirem, depois que o síndico deixa o cargo, super-faturamento de obras, reci-bos sem valor nas prestações de contas, ações judiciais propostas contra o condomí-nio que não foram comuni-cadas antes a eles.

E o pior é que as contas do síndico, que devem ser obrigatoriamente prestadas à assembléia, anualmente, em geral foram aprovadas.

Existem também casos em que não há má-fé, mas abso-luta incompetência, como síndicos que assinam acor-dos sem consultar previa-mente os advogados, assi-nam confi ssões de dívidas com fornecedores sem que o prédio tenha provisão sufi -ciente, o que acarreta execu-ção contra o condomínio, e assim por diante.

A maioria das pessoas é honesta e competente e é preciso salientar que são dignos de elogios os que se candidatam ao cargo de sín-dico, doando grande parte de seu tempo para prestar serviços, muitas vezes sem qualquer ônus, à comunida-de condominial.

Nosso objetivo é chamar a atenção para que os condômi-nos fi quem atentos e fi scalizem a administração do condomí-nio, a fi m de que não sejam obrigados a pagar pela má-fé ou incompetência alheia.

O que ocorre, na maioria dos casos, é que os condômi-nos se acomodam. É fre-qüente ouvir frases como: “Já passou. Vamos olhar da-qui para a frente”. “Se pro-pusermos uma ação vai de-morar muito, não compensa”. “Vamos deixar pra lá”. “Vai sair muito caro”.

O problema é que atitu-des como essas encorajam os que pensam diversamen-te de Oscar Niemeyer. Se não dá em nada, eles farão o mesmo em outros prédios.

Importante ressaltar que os condôminos (e principal-mente o Conselho Consulti-vo ou Deliberativo) devem examinar as contas previa-mente, ler os balancetes que recebem, e não aprová-las nas assembléias, simples-mente para passar para ou-tro item da Ordem do Dia.

Todas as dúvidas devem ser encaminhadas, no decor-rer do ano, para o síndico ou para a administradora do condomínio, e ser sufi cien-temente esclarecidas.

E é bom lembrar que a as-sembléia pode destituir o síndico, como está previsto no artigo 1.349 do Código Civil, “que praticar irregula-ridades, não prestar contas, ou não administrar conve-nientemente o condomínio”.

Daphnis Citti de Lauro Advogado, e-mail: [email protected].

Condomínio: acomodação dos condôminos

Segurança

Como fazer do porteiro um verdadeiro controlador de acesso

Sem dúvida alguma, a grande preocupação que as-sola a população, em todas suas camadas sociais, é a se-gurança residencial, pois o lar é considerado o espaço mais íntimo de todo cida-dão, merecedor da proteção Constitucional.

O que vamos nos ater nesta matéria, é especifi ca-mente a proteção de condo-mínios, sejam verticais ou horizontais, enfocando as-pectos técnicos e de recur-sos humanos.

As pessoas, ao adquiri-rem suas moradias em con-juntos residenciais buscam dentre outras coisas, confor-to e tranqüilidade. Para isso, investem alto em obstáculos físicos, equipamentos ele-trônicos, softwares sofi sti-cados, sistemas integrados de segurança, alarmes, equi-pamentos contra incêndio e até contratação de empresas especializadas em seguran-ça e vigilância.

Diante de tal preocupação, observamos que os morado-res se esquecem, na maioria

das vezes, de que a pessoa que opera grande parte dos equipamentos relacionados acima, que recepciona seus visitantes, que zela pela sua segurança, enquanto descan-sam, que abrem e fecham as portas do condomínio para entrada e saída de conheci-dos ou estranhos, que per-manece diuturnamente ob-servando a rotina de cada um dos condôminos é o pro-fi ssional em portarias, deno-minado como porteiro.

Vale a pena ressaltar que na quase totalidade dos fur-tos, roubos e invasões de conjuntos residenciais, os meliantes adentraram pela porta da frente, ou seja, pela portaria principal dos con-domínios, utilizando-se dos ardis mais diversifi cados, apro-veitando-se principalmente, do pouco preparo que pos-suem os seus porteiros, faci-litando assim a ação de sal-teadores e até seqüestradores. Por conhecerem essa fragi-lidade, aplicam diferentes formas de golpes em cima desses profi ssionais, no in-tuito destes franquearem seus acessos às residências.

Visto isto, podemos per-ceber quão importante é a atuação do porteiro no siste-ma de proteção de um con-domínio, e portanto, fi cam aqui as indagações: Quanto custa a segurança de sua fa-mília e por conseqüência a de seu patrimônio? O que representa, no orçamento do condomínio, o aperfeiçoa-

mento pessoal de seus por-teiros, a fi m de que se tenha um profi ssional a altura das necessidades de cada con-junto residencial?

Para se chegar a este ní-vel, devemos atentar inicial-mente para a seleção e con-tratação de pessoas com qualifi cações, tais como: ido-neidade moral, aptidão pro-fi ssional, formação educa-cional e capacidade física adequadas ao serviço. Após isto, promover treinamento adequado aos futuros portei-ros, a fi m de prepará-los profi ssionalmente dentro das atividades relativas à sua função e adaptá-los às nor-mas, rotinas e regulamentos de cada condomínio.

Feito tudo isto, devemos promover a implantação do serviço, com um acompa-nhamento bem aproximado do desempenho dos portei-ros, corrigindo possíveis dis-torções e orientando-os em caso de dúvidas e problemas que possam surgir. Todos es-tas etapas demandam uma aplicação em tempo e di-nheiro, mas cabe-nos lem-brar que, a tranqüilidade, segurança e confi abilidade profi ssional proporcionado por porteiros bem prepara-dos não é um custo, mas sim um investimento.

José Elias de Godoy

Especialista de Segurança em Condomínios e autor dos livros

“Manual de Segurança em Condomínios’’ e “Técnicas de Segurança em Condomínios”.

[email protected]

Page 7: Edição de Fevereiro/08

www.sindiconews.com.br Fevereiro/2008 07

Legislação

Alterar varanda é alterar fachada do prédio? (III)

Nos dois comentários anteriores, sobre varanda de prédio, procuramos dar uma noção básica àquele que pretende alterá-la por neces-sidade ou casualmente, ou mesmo fi scalizar as modifi -cações feitas por outros con-dôminos, afetando a fachada do seu edifício.

É bom repetir que o art. 1336, do novo Código Civil, estipula obrigações ao mo-rador em condomínio (São deveres do condômino) e o inciso III menciona o que não se deve fazer (Não alte-rar a forma e a cor da facha-da, das partes e esquadrias externas).

Após a aquisição de uni-dade exclusiva com varanda, não pode o proprietário “in-ventar” complemento para o “solário” (em área externa), se a forma original da facha-da não estiver adequada aos seus desejos pessoais.

Já alertamos, anterior-mente, que a decoração na varanda, que ocupe boa par-te da parede, escondendo a cor original do prédio com réguas de madeiras, prega-das, alinhadas ou entrelaça-das, ou com outros mate-riais, gerará polêmica entre

os condôminos e certamente o morador da respectiva uni-dade acabará sendo compe-lido a desfazer sua obra par-ticular decorativa e sofrer multas convencionais.

Poderá ocorrer também ao contrário – Os demais condôminos aceitarão o fato como idéia inaugural e pas-sarão a modifi car suas va-

randas, ao bel prazer de cada um, sem preocupação com a quebra de harmonia arquite-tônica.

Contudo, estarão aceitan-do a desvalorização do patri-mônio individual, pois fi cará visível que cada um faz o que quer em área comum no respectivo condomínio.

Aquele que insistir na al-teração voluntária da varan-da ou fachada de prédio, per-gunte: Você teria coragem de sair de casa calçando um sa-pato com modelo ou enfeite diferente do outro?

Por outro lado, há casos em que o bom senso predo-mina sobre a teoria da altera-ção da fachada de um prédio.

Pode servir de exemplo a validade do ato de um con-

dômino adicionar vidros transparentes, incolores, em torno da varanda, fechando-a para proteção contra, ven-tos, poeiras, chuvas e até pessoas.

Não se trata de uma exce-ção que a lei nova permite.

Além de ser sabido que a utilidade de vidro trans-parente e incolor na varan-da é muito maior do que sua inexistência, o Poder Judiciário tem declarado, atualmente, que fechamen-tos por meio de vidros, as-sim transparentes e incolo-res, não caracterizam a infração ao inciso III, do art. 1336, do Código Civil, não infl uindo na estética do edifício e não alterando o seu aspecto externo.

Para não haver diferenças nas medidas dos vidros, é oportuno realizar uma as-sembléia e aprovar, previa-mente, a medida e espessura do vidro e seu tipo de sus-tentação, estabelecendo a padronização para todas as varandas.

Mas, quanto à forma e cor da fachada do prédio, deve ela ser preservada em sua forma mais natural como foi concebida pelo constru-tor, salvo modifi cação apro-vada, de forma unânime, pe-los respectivos condôminos.

Róberson Chrispim Valle –

[email protected] - Advogado e Coordenador Adjunto

da Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico da OAB/SP –

Subseção de Santo Amaro

Page 8: Edição de Fevereiro/08

Fevereiro/2008 www.sindiconews.com.br08

Passados os dias de feria-do prolongado estamos de volta para nossa conversa.

O velho 2007 acaba de sair, deixando suas experiências ao novo titular. Festas, confrater-nização universal, alegria, re-fl exões e promessas marcam a posse de 2008, sem esque-cer-se dos momentos negati-vos, ou das gafes que não foram poucas.

O assunto violência conti-nuará reinando; em todas as áreas de discussão a participa-ção dos achólogos estará di-tando normas salvadoras. Quando se fala no tema, a tô-nica é uma só, a agressão con-tra a pessoa, deixando de lado outros aspectos, cujo descaso concorrerá efetivamente para a ocorrência dos crimes.

Este início de ano se presta para repensar as dire-trizes e pendências existen-tes, aproveitando as conclu-sões para a elaboração do planejamento geral.

• O edifício doente é a por-ta aberta por onde entram as dores de cabeça dos condô-minos; é necessário um esfor-ço conjunto a fi m de prescre-ver o remédio saneador.

• As estruturas do prédio necessitam de atenção cons-tante: hidráulica, elétrica, alvenaria, equipamentos de segurança, devem constar das primeiras observações.

• Por outro lado, constituir brigadas contra incêndios onde não houver, treinamen-tos, avaliação do desempe-nho dos funcionários e pres-tadores de serviço, saúde, meio ambiente, devem estar na pauta do manual de pro-cedimentos e instrução.

• Durante o verão ocor-rem explosões de insetos e não pode faltar o doutor cupim, que destrói madeiras e até se alojam em vãos de concreto. Se não combatido a tempo, causará riscos e da-nos irreparáveis.

Artigo

Refl exões• Harmonia e sociabilidade

se constituem na maior arma do público morador, pois delas depende diretamente a realiza-ção dos objetivos voltados para o bem comum.

• Promover palestras a respeito de assuntos de in-teresse geral, em que sejam abordadas formas coletivas de prevenção e ajuda mú-tua; temas diversos, entre eles, álcool, drogas, cuidados para se evitar a transmissão de doenças, higiene das ins-talações, adolescentes e ido-sos devem merecer atenção especial nesses encontros.

• Revisão dos estatutos.• Normas gerais estabe-

lecendo planos de contin-gência, neste particular te-mos encontrado brechas em condomínios de diversas ca-tegorias, portanto, é reco-mendável prioridade. De acordo com o noticiário, uma das falhas apontadas no incêndio do HC de São Pau-lo, foi a falta de um plano de contingência próprio para enfrentar tal situação.

• Mudando um pouco de assunto, quero abordar um problema real, que me foi trazido por morador de um indeterminado condomínio e indeterminada cidade.

• Em assembléia dos condôminos, por proposta do síndico, fi cou decidido que seriam cortadas despe-sas e os alvos escolhidos foram os funcionários da limpeza, porteiros e até o zelador. Para fazer frente à ausência dos porteiros, ins-talaram sistema interfone para a abertura automática do portão de entrada, procedi-mento que agora é executado pelos próprios moradores.

Estes, sendo acionados por um botão colocado do lado de fora de uma grade de prote-ção, liberam o dispositivo.

Pelo que me foi dito, há riscos elevados quando de entregas, ou no caso de uma demora no atendimento de visitas; nessa situação as pes-soas estarão vulneráveis à abordagem de meliantes, que as podem render e subir tran-quilamente para a prática de crime. Os moradores estão expostos a um alto risco.

Caso haja pane, ou aci-dente dentro do elevador, a vítima deverá se comunicar pelo interfone com qualquer morador, para que este acio-ne o devido socorro. Lembro que não há porteiros, o que facilita a entrada de qualquer tipo de pessoa sem que seja devidamente identifi cada. As câmeras foram desativadas.

• Segurança é um investi-mento caro.

• A proteção da vida hu-mana não pode ser manusea-da sem a devida orientação técnica do consultor.

• Aprendi que o profi s-sional desempenhará bem as funções a ele afetas desde que esteja bem alimentado, com saúde e bom salário.

• Atenção na escolha dos uniformes. Nada mais irritan-te do que o desconforto de uma roupa inadequada. A vestimenta deve ser de tecido que propicie higiene e confor-to, ao mesmo tempo em que os modelos estejam de acordo com etiqueta do local.

Por exemplo, alguém que vá a um churrasco no campo ensolarado, usando terno, gra-vata, casaco, luvas, ou compa-reça a um jantar de gala trajan-do bermuda e sandálias.

Aqui não pode faltar o tradicional terno preto com gravata usado sob o calor in-tenso da nossa cidade. O fun-cionário precisa sentir con-forto, não estar constrangido com as cores berrantes e o feitio da roupa

• Neste pormenor devem ser analisadas as condições de trabalho às quais são sub-metidos os empregados.

• Funcionário mal alimen-tado, sem local adequado para efetuar as refeições é outro item a merecer cuidados.

• Exames periódicos de saúde, salário compatível, encargos sociais atualiza-dos, formam o somatório da boa segurança.

• Os equipamentos de proteção devem ser exigi-dos, sabe-se da relutância em usá-los. Conforto e mo-bilidade do profi ssional pre-cisam ser avaliados.

• Repensar a respeito mau costume que toma con-ta das pessoas: primeiro vamos procurar os culpa-dos e até que eles sejam identifi cados, continuamos sem as soluções para o pro-blema surgido. É a mesma coisa que deixarmos a ví-tima exangue e partirmos na captura do assassino, sem ao menos saber para onde fugiu.

É preciso resolver pri-meiro e discutir depois. Tra-zer soluções e não apenas apontar os problemas.

Renovo meus votos de um ótimo 2008 para todos os nossos amigos leitores e companheiros deste magní-fi co jornal.

Odair de Oliveira ConceiçãoE-mail: [email protected]

Consultor de Segurança

Page 9: Edição de Fevereiro/08

www.sindiconews.com.br Fevereiro/2008 09

TV Digital

A moda agora é falar em TV digital. A tecnologia de transmissão está chegando com tudo e as emissoras abertas já disponibilizam programação neste novo formato, que proporciona mais qualidade de som e imagem. A região metropo-litana de São Paulo foi a pri-meira do país a receber o sinal digital, que começou em de-zembro de 2007. Mas ainda muitas dúvidas ainda estão na cabeça dos telespectadores.

Para tirar as principais dúvidas, o Síndico News conversou com Juan Anto-nio Tapia, diretor técnico da Pico Sat LTDA, que tem ins-talado o novo sistema de re-cepção em condomínios. “A TV digital é a tão falada TV de alta defi nição, que elimi-na os defeitos das imagens, recorrentes em nossos tele-visores desde que foi inicia-da a transmissão analógica (convencional)”, explicou o diretor técnico.

A TV digital nos condomínios

Quem nunca se irritou com falhas na imagem e no som da televisão? É extrema-mente irritante assistir aos programas prediletos com a imagem chuviscada. “Em ra-zão da transmissão digital em UHF, fantasmas, chuviscos e interferências são eliminados com apenas uma antena e um receptor específi co”, disse Juan Antonio Tapia.

“Além da TV digital ter uma imagem estupenda, um maior número de canais es-tarão disponíveis na televi-são aberta. Não se trata de canais de fi lmes ou esportes, como existem atualmente na TV paga, e sim canais que já existem na programação ana-lógica (Globo, SBT, Record, Bandeirantes, etc.) e canais ligados à cultura, lazer e in-formação”, disse.

O Brasil adotou o modelo japonês de televisão em alta defi nição. “O HDRV – Japão é o padrão mais completo em recursos”, contou Juan.

“Outro recurso importan-te é a interatividade. Os te-lespectadores terão a chance de opinar diretamente sobre uma enquete ou votação. Por exemplo, poderemos com-prar o relógio que o ator esta usando na novela, pois no menu estará disponível para compra”, exemplifi cou.

As lojas que aparecem nos comerciais terão um link direto para solicitar o núme-ro de seu cartão de crédito. “Então, é só esperar o dia da entrega”, completou.

Os condomínios podem começar a pensar em ofere-cer a TV digital aos morado-res. Para isso, o síndico pre-cisa tomar algumas simples providências. “Em primeiro lugar, a antena coletiva (UHF) deve estar em perfeito estado de conservação, pois os ter-minais individuais de cada apartamento podem ofere-cer uma perda de sinal de-corrente de cabos soltos e tomadas desgastadas. Neste

caso, amplia-se o sistema de antenas coletivas, com a ins-talação de uma nova antena e um amplifi cador de potên-cia, fazendo com que o pon-to comum de antena passe a ter dois sinais (analógico e digital)”, detalhou Juan An-tonio Tapia “Para receber o novo sinal, o condômino deve comprar o receptor de sua escolha e adaptar o cabo da antena ao aparelho/televi-sor. Destaco que com esta ampliação da antena coleti-va, mesmo os moradores que não adquirirem o receptor di-gital serão benefi ciados. Ca-nais analógicos UHF como MTV, Shop Tour, Rede Vida, Canção Nova, TV Apareci-da, Mix TV e outros estarão disponíveis no sistema”, deu a dica o diretor da Pico Sat.

Para o sinal chegar por igual em todos os aparta-mentos, mesmo nos mais baixos, não basta instalar uma antena. A distribuição igual necessita da instalação de um amplifi cador de sinal. “Este equipamento tem sido adotado em nossos projetos e com uma regulagem bem feita, as imagens fi cam per-feitas”, disse Juan.

O tempo em média de instalação em um edifício é de um dia útil, no caso do acoplamento dos equipa-mentos for feito em laje e painel de distribuição. O custo aproximado fi ca em torno de R$ 700, 00.

Pelo que tem sido divul-gado e de acordo com as ex-plicações do profi ssional da Pico Sat, vale a pena adqui-rir a TV digital. “Antes da tecnologia digital, a saída

para assistir TV era comprar um pacote de canais de uma das operadoras existentes. Com a televisão digital, pode-se ver, gratuitamente, imagem de alta qualidade com um padrão melhor que o oferecido pela operadora.

“Os clientes que adquiri-ram o receptor digital defi -nem as imagens como de cinema.”

“Avalio imagens já há al-guns anos e posso afi rmar que é melhor que a do cine-ma. Só o DVD “Blue Ray” pode competir. Quem co-nhece sabe do que estou fa-lando. Trata-se da soma da imagem de dois DVD´s”, explanou Juan.

“Tenho atendido pessoas que ao ligarem seus televiso-res receptores de LCD ou plasma, reclamam para as lo-jas da má qualidade das ima-gens visualizadas. Mesmo com a TV paga, o aparelho não gera imagem satisfatória. São principalmente para esses casos que a TV digital resolve o problema”, fi nalizou.

Plasma e LCD X TuboA pergunta que não quer

calar: Os moradores precisam ter uma TV de alta defi nição?

“Se o condômino quiser ver o que essa nova trans-missão pode fazer pela a imagem de sua TV, isto é, aproveitar toda qualidade oferecida pela TV digital, realmente é necessária a compra de uma LCD ou plasma. Nos televisores de tubo, o sistema digital elimi-na os defeitos, gerando uma imagem limpa”.

Page 10: Edição de Fevereiro/08

Fevereiro/08 www.sindiconews.com.br10

Administrativo

As contas e orçamentos para 2008

Tanto a previsão de con-tas para o ano quanto o ba-lanço do ano anterior são importantes para o controle fi nanceiro dos condomínios. Uma vez analisado e apro-vado o que foi gasto no ano passado, é hora de levantar uma estimativa de gastos para o ano novo.

Essa apresentação aos condôminos deve ser feita em assembléia ordinária. Rosely Benevides de Olivei-ra Schwartz, autora do con-ceituado livro Revolucionan-do o Condomínio, defi ne:

“A ordinária acontece uma vez por ano para apro-var o orçamento das despe-sas, as contribuições dos condôminos e a prestação de contas, e eventualmente eleger o síndico e alterar o regimento interno. No caso do síndico não convocar essa assembléia, um quarto dos condôminos poderá convocá-la. Se não ocorrer a reunião, o juiz pode decidir a requerimento de qualquer condômino”.

Após serem feitas todas as previsões trabalhistas, de folha de pessoal, de água, de prestação de serviços de e energia elétrica, é possível ter uma estimativa do au-mento no condomínio para 2008. Com base nesses cál-culos, o aumento deve che-gar a 4,5%.

Segundo a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomí-nios de São Paulo (Aabic),

os gastos com funcionários correspondem a um total de 33,44% na taxa condo-minial. Manutenção de ele-vadores é outra despesa onerosa.

Anualmente, o síndico tem a obrigação de prestar contas por meio de relatório dos gastos, recebimentos, saldo da reserva e contas bancárias. A transparência dá credibilidade ao serviço do administrador e deixa os condôminos mais tranqüilos.

Eliminar as despesas des-necessárias é um bom co-meço. O desperdício pode ser resultado de vazamentos de água, manutenção mal feita em equipamentos, obras supérfl uas, horas ex-tras de funcionários em de-masia, ou em falta de pes-quisa orçamentária. Reduzir os gastos não é uma tarefa fácil, mas é possível fi car atento quanto aos itens aci-ma citados.

No início do ano, o síndi-co deve verifi car quanto di-nheiro tem em caixa e saber se há alguma parcela a ser paga aos prestadores de ser-viço. Depois, precisa ponde-rar os custos fi xos, analisan-do cuidadosamente os gastos extras do último exercício, mantendo um fundo de re-serva para despesas emer-genciais de grande vulto.

O dinheiro da reserva não pode fi car parado numa conta corrente. Ele deve ser aplicado em poupança ou

fundo de renda fi xa. Essa programação necessita de um acompanhamento men-sal, analisando criteriosa-mente cada débito. Desde um gasto ínfi mo até os de grandes proporções.

No caso do condomínio não dispor de muito dinheiro para o próximo ano, é preci-so defi nir as prioridades. A segurança, o pagamento de funcionários, os impostos de qualquer natureza e a manu-tenção básica do edifício.

Começando o ano no vermelho

Os condomínios que ter-minaram o ano no vermelho devem se programar melhor. Os reparos e manutenções

preventivas em elevadores, caixas d’água, encanamen-tos, portões e equipamentos de segurança evitam gastos com reformas completas.

O gasto com vazamentos pode ser alto se não houver controle. O zelador deve sempre verifi car torneiras, canos e anotar o consumo diário do condomínio. Alte-ração brusca é indício de va-zamento.

Parceria com administradora

Quem faz parceria com administradoras competen-tes correm pouquíssimos riscos, pois elas fazem o pla-nejamento da parte fi nancei-ra para todo o exercício,

considerando todas as op-ções de economia possíveis. Já aqueles que preferem atuar em sistema de auto-gestão ou recorrer ao auxílio de ad-ministradoras desprepara-das, em busca de economia irrisória e ilusória, estão per-manentemente expostos a diversos prejuízos.

Se contar com o auxílio de uma boa administradora, o síndico poderá se preocu-par apenas em conhecer os objetivos dos condôminos e planejar a execução dos pro-jetos para o próximo ano, pois fi nanças e outros assun-tos relacionados às outras inúmeras funções adminis-trativas, já fazem parte des-sas empresas.

4,5% é a previsão de reajuste para a mensalidade de condominios residenciais em São Paulo

Page 11: Edição de Fevereiro/08

Fevereiro/2008 Classifi cados do Síndico 11

Page 12: Edição de Fevereiro/08

Classifi cados do Síndico Fevereiro/0812

Page 13: Edição de Fevereiro/08

Fevereiro/2008 Classifi cados do Síndico 13

Page 14: Edição de Fevereiro/08

Classifi cados do Síndico Fevereiro/200814

Page 15: Edição de Fevereiro/08

Fevereiro/2008 Classifi cados do Síndico 15

Page 16: Edição de Fevereiro/08

Classifi cados do Síndico Fevereiro/200816

Page 17: Edição de Fevereiro/08

Fevereiro/2008 Classifi cados do Síndico 17

Page 18: Edição de Fevereiro/08

Classifi cados do Síndico Fevereiro/200818

Page 19: Edição de Fevereiro/08

Fevereiro/2008 Classifi cados do Síndico 19

Page 20: Edição de Fevereiro/08

Homenagem

O zelador competente é disciplinado

Eduardo de Jesus Pereira é zelador do Ed. Jardim do Carmo, um edifício residen-cial com 60 unidades, locali-zado no bairro da Aclimação. Ele foi o escolhido para re-presentar os profi ssionais que comemoram, no dia 11 de fe-vereiro, o dia do zelador e dos funcionários de condo-mínio, em uma entrevista ex-clusiva ao Síndico News.

O que fi cou claro nesta conversa é que o zelador tem muito trabalho, admi-nistra vaidades e serve de ponte entre o síndico e con-dôminos. Não é fácil exercer esta função dentro da comu-nidade condominial.

A competência e o pro-fi ssionalismo de Eduardo são suas armas contra as complicações que constan-temente aparecem. “O que traz complicação são alguns moradores. É mais fácil li-dar com máquinas do que com o próprio ser humano. Pois você tem que fazer cumprir regras, regulamen-tos. Aos que não cumprem,

você tem que falar e fazer a pessoa entender”, disse o zelador. “Tem que cumprir, pois é preciso para o bem do condomínio”, explicou.

Dez anos atrás, Eduardo cobria folgas no condomínio em que trabalha até hoje. Com o tempo, adquiriu expe-riência e ganhou a confi ança do síndico e dos moradores.

“Eu trabalhei quatro anos como folguista aqui no con-domínio. Quatro anos mais tarde, o zelador foi mandado embora e o síndico me convi-dou. Alguns moradores tam-bém pediram minha contra-tação. Acharam melhor do que contratar um novo (zela-dor)”, contou Eduardo.

A experiência profi ssio-nal é determinante, em todas as áreas, para um alto nível na prestação de serviços. Eduardo teve sorte em ini-ciar a função de zelador, co-nhecendo o condomínio pelo qual foi contratado.

“É melhor entrar na fun-ção conhecendo o condomí-nio. É bem mais fácil, pois

você conhece os moradores e o que deve ser feito no dia-a-dia”, comentou o zelador do Ed. Jardim do Carmo.

“Eu já tinha certo conhe-cimento do condomínio, co-nhecia os moradores, já fa-zia algumas coisas. Como eu estava pegando a prática, fui contratado. Estou dez anos no condomínio e seis deles como zelador”.

Na opinião dele, é preciso ter mais do que experiência. “A disciplina é muito impor-tante também. Se aprendi al-guma coisa aqui, em todo esse tempo, é ter disciplina. Ela é fundamental. Você tem que seguir aquele cronograma diário, não fugir daquilo”.

Funções do zeladorEduardo sabe das respon-

sabilidades e não deixa de lado as vistorias. “O principal é checar casa de máquinas, bombas, escadarias e eleva-dores”, numerou o zelador.

“Tem também as coisas corriqueiras como trocar lâm-pada queimada. Em alguns casos, fazer algum reparo em apartamento e pequenos con-sertos em geral”, continuou. “Em relação aos funcionários, tenho que acompanhar o ser-viço do faxineiro, ver o que ele precisa no dia para traba-lhar, sem esquecer de verifi car a portaria”, terminou.

Relacionamento com moradores

“É difícil administrar os problemas com mora-dores. Isso acontece de vez em quando. Meu rela-

cionamento em geral é muito bom. Se fosse para dar uma nota, eu daria nota 8, pois não dá para agradar todo mundo”, disse Eduar-do sobre o contato com os condôminos.

“O zelador tem uma fun-ção meio ingrata. O síndico diz que eu não estou aqui para agradar e sim para fazer funcionar o que tem que funcionar no condomínio. Eu tento agradar, na medida do possível, mas sem fugir das regras”, completou.

Relacionamento com o síndico

“O meu relacionamento com o síndico é bom. Eu praticamente faço tudo aqui dentro, estou sempre em contato com a administrado-ra. É uma relação de con-fi ança que a gente tem”, co-mentou. “Graças a Deus sempre foi assim com todos os síndicos com quem traba-lhei. Nunca tive problema”.

Como administrar brigas?

É comum acontecer briga dentro de um condomínio. As pessoas são diferentes e acabam se desentendendo, às vezes, por motivos fáceis de serem resolvidos. “Vou dar um exemplo: certa vez, um morador estava gritando, fazendo barulho e era mais de meia-noite. O porteiro li-gava e ele não atendia o in-terfone. Mais tarde eu subi na casa do morador, toquei a

campainha e conversei com ele pessoalmente. Eu expli-quei a situação, que mora-vam idosos no prédio, que precisavam dormir. No co-meço, ele achou ruim. Mas ele acabou entendendo e até me pediu desculpas no outro dia. A conversa é a melhor saída”, aconselhou Eduardo.

“A maior parte das brigas é por causa de vazamento. Um acha que está sendo pre-judicado, o outro acha que o vizinho é que está errado. E fi ca nisso, um jogando a res-ponsabilidade para o outro”, explanou o zelador. “A gente aconselha fazer uma recla-mação por escrito. O síndico e o conselho tentam resolver amigavelmente. Em último caso, é aplicada uma multa, mas raramente isso acontece. Em dez anos, apenas dois moradores foram multados nesse tipo de caso”.

Dia do zelador e do funcionário

Perguntado sobre o dia do zelador e dos funcioná-rios de condomínio, Eduar-do deu a dica de como se dar bem no trabalho. “Eu acho que a melhor dica é ser honesto, fazendo seu serviço com amor, com vontade. Você só é feliz fa-zendo o que você quer. É importante também ter dis-ciplina e falar sempre a ver-dade. Se você for sincero e honesto, mesmo quando cometer um erro, as pesso-as vão entender”.

Eduardo de Jesus Pereira