Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    1/128

    ESTUDOS SOBRE

    JOOREI -

    PARTICULARIDADE

    S

    MEISHU SAMA

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    2/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    2

    NDICE

    APRESENTAO ........................................................................................................................ 4

    NOTA ............................................................................................................................................ 5

    INTRODUO .............................................................................................................................. 6

    CAPTULO I - DOENAS CEREBRAIS E FUNES RENAIS .............................................. 8

    1-CEFALIA (DOR DE CABEA)............................................................................................... 12ENSINAMENTOS:........................................................................................................................ 122-VERTIGEM............................................................................................................................ 143-MENINGOENCEFALITE (MENINGITE)..................................................................................... 164-DERRAME CEREBRAL (HEMORRAGIA CEREBRAL)............................................................... 185-PARALISIA........................................................................................................................... 236-ISQUEMIA CEREBRAL........................................................................................................... 25

    CAPTULO II - DOENAS OCULARES, NASAIS E AUDITIVAS......................................... 28

    1-DOENAS OCULARES.......................................................................................................... 28a) Miopia, Hipermetropia e Astigmatismo ......................................................................... 28b) Catarata, Glaucom a e Amaur ose............................................................................... 34

    ENSINAMENTOS: ........................................................................................................................ 34c) Tracoma......................................................................................................................... 37d) Conju nt iv i te................................................................................................................... 39

    2-DOENAS NASAIS................................................................................................................ 41a) Empiem a........................................................................................................................ 41b) Rini te Hip ertrf ica........................................................................................................ 43c) Plipo Nasal.................................................................................................................. 44

    3DOENAS AUDITIVAS.......................................................................................................... 45

    a) O t it e Mdia..................................................................................................................... 45

    b) Zumbido......................................................................................................................... 494-INFLAMAO DAS AMGDALAS (AMIGDALITE)...................................................................... 515-DOR DE DENTE..................................................................................................................... 546-PIORRIA ALVEOLAR............................................................................................................ 57

    CAPTULO III - DOENAS CARDACAS............................................................................... 59

    1-CAUSAS DAS DOENAS CARDACAS.................................................................................... 592-ANGINA DO PEITO................................................................................................................ 613-INFARTO DO MIOCRDIO (ATAQUE CARDACO).................................................................... 654-INSUFICINCIA CARDACA.................................................................................................... 655-DOENAS VALVULARES....................................................................................................... 686-CARDIOMEGALIA.................................................................................................................. 69

    7-ASTENIA NEUROCARDACA (NEUROSE CARDACA).............................................................. 71CAPTULO IV - DOENAS PULMONARES........................................................................... 73

    1-TUBERCULOSE PULMONAR.................................................................................................. 732-PLEURITE............................................................................................................................. 773-ASMA................................................................................................................................... 79

    CAPTULO V - DOENAS GSTRICAS................................................................................ 85

    1-CAUSAS............................................................................................................................... 852-ESPASMO GSTRICO............................................................................................................ 873-GASTRALGIA (DOR ESTOMACAL)......................................................................................... 884-GASTROPTOSE.................................................................................................................... 895-LCERA GSTRICA.............................................................................................................. 90

    CAPTULO VI - DOENAS HEPTICAS................................................................................ 96

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    3/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    3

    CAPTULO VII - DOENAS RENAIS (NEFROPATIA)........................................................ 102

    1-DOENAS RENAIS.............................................................................................................. 1022-TUBERCULOSE RENAL....................................................................................................... 1033-ATROFIA RENAL................................................................................................................ 1044-NEFRITE E PIELITE............................................................................................................. 1075-DOENA RENAL CRNICA................................................................................................. 114

    APNDICE............................................................................................................................... 116

    1-ENSINAMENTOS DO MESTRE MOKITI OKADA..................................................................... 1161.1 - No rejeitar os cuidados mdicos........................................................................... 1161.2 - Fazer com que o mdico entenda a fora do Joorei.............................................. 118

    2-ORIENTAO DO PRESIDENTE KAWAI COM RELAO AO JOOREI,DURANTE O CURSO DEAPRIMORAMENTO PARA ESPECIALISTAS DE JOOREI................................................................ 1183-OJOOREI SOB O SISTEMA JOOIN....................................................................................... 1213.1 - J oor ei e a s ua evol uo........................................................................................ 1213.2O Joorei e os problemas legais.............................................................................. 1233.3 - A Assistncia e o agradecimento............................................................................ 125

    POSFCIO............................................................................................................................... 126DR. KAZUO NITTA.................................................................................................................. 128

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    4/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    4

    APRESENTAO

    JOOREI - ARTE MDICA DO JAPO

    PARTICULARIDADES

    Este livro foi originalmente publicado em japons sob o ttuloNihon Ijutsu Joorei Kenkyuu Tekissuto.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    5/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    5

    NOTA

    MOA International26-1 Momoyama-choo, Atami-shi

    Shizuoka413-0006Japo

    No obstante o cuidado e ateno dispensados ao trabalhode traduo e reviso da presente edio do Estudo sobre Joorei /

    Arte Mdica do Japo, de se prever que a leitura e a utilizaodeste material havero de trazer tona eventuais incorrees e

    falhas. Solicita-se, aqui, a contribuio dos leitores nesses casos,de forma a possibilitar o aperfeioamento das futuras edies.

    MOA International.Direitos autorais reservados, 1998.

    Proibida a reproduo total ou parcial desta obra.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    6/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    6

    INTRODUO

    Continuando a publicao do Estudo sobre Joorei / ArteMdica do Japo - Generalidades, Livros 1 & 2, resolvemos editar,

    desta vez, o Estudo sobre Joorei / Arte Mdica do JapoParticularidades, Parte 1.

    Neste livro, cada doena explicada com base nosEnsinamentos do Mestre Mokiti Okada, sob a perspectiva do Joorei/ Arte Mdica do Japo, que considera as enfermidades processosde purificao.

    Em contraposio, o Dr. Kazuo Nitta explica, por meio deminuciosos comentrios, como a sade e a doena, baseadas nosprincpios do Joorei / Arte Mdica do Japo, so interpretadas pelamedicina moderna.

    Este livro contm metade de toda a teoria especfica, sendoeditado como Parte 1. O material restante ser publicado,

    futuramente, como Parte 2.

    Assim, acreditamos que podero compreender, claramente,o que so a sade e a doena, de acordo com os princpios doJoorei, nos casos especficos. Contudo, quanto interpretao e prtica, gostaramos que lessem atentamente o apndice "CuidadosNecessrios para se Ministrar o Joorei", publicado no final destelivro, e que se empenhassem na pesquisa e prtica, aceitando as

    orientaes fornecidas nas reas ou nos Jooins.

    Felizmente, a sociedade tem reconhecido gradativamente oJoorei / Arte Mdica do Japo e o nmero de mdicos quecompreendem e colaboram conosco tem aumentado em diversasregies do pas. Inmeras enfermeiras tambm tm se apresentadocomo dedicadas colaboradoras, sendo algumas membros da nossa

    Instituio.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    7/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    7

    Nestas condies, o Jooin, concebido pelo Mestre MokitiOkada como a clnica ideal onde combina-se o Joorei com otratamento mdico foi estabelecido em Tquio e em outras partes, esuas atividades devero expandir-se.

    Alm disso, ainda que no tenham atingido o estgio declnica Jooin, os centros de pesquisas do Joorei, onde mdicos seencarregam de dar consultas de sade, e os mini-Jooins, quefuncionam em sincronia com estes centros, tm intensificado suasatividades.

    Desta forma, as atividades do Joorei promovidas atualmentepela MOA tm como premissa a cooperao com o setor mdico eso desenvolvidas com a ajuda de mdicos. Assim, esperamos quetodos se empenhem, considerando estas condies, para que oJoorei seja aceito na sociedade.

    Alm disso, gostaramos de agradecer profundamente ao Dr.Kazuo Nitta, ex-diretor do Departamento de Pesquisas do Centro de

    Oncologia da Provncia de Tiba, a dedicao com que escreveu ogrande nmero de detalhados comentrios, bem como seuempenho na superviso deste livro.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    8/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    8

    CAPTULO I - DOENAS CEREBRAIS E FUNES RENAIS

    Ensinamentos:

    "Os rins exercem as mais importantes funes noorganismo humano, depois das trs maiores desempenhadas

    pelo corao, pulmes e estmago."

    "Do lquido provisoriamente concentrado nos rins soextrados importantes hormnios. Simultaneamente, o lquidorestante transportado para a bexiga e eliminado sob a forma de

    urina. Isto ocorreria se os rins funcionassem normalmente.Contudo, o problema que a atividade funcional dos rins diminuicom o passar do tempo, da infncia para a juventude e idademadura, em conseqncia do atrofiamento gradativo."

    "Por que ocorre o atrofiamento? Como j dissemos, nomomento de separar o que ou no necessrio, um materialestranho que no pertence a nenhuma das duas categorias

    mistura-se ao lquido renal. Esse material estranho que, semdvida, a toxina medicinal, no se transforma em hormnionem eliminado como urina; infiltra-se na camada cortical dosrins e acumula-se aos poucos na face dorsal."

    "Esse material txico se solidifica e comprime os rins quese atrofiam gradativamente. Conseqentemente, a produohormonal diminui causa muito freqente da frigidez e a

    eliminao de urina prejudicada. Uma pequena parte da urinainfiltra-se na camada externa dos rins, juntando-se toxinamedicinal. Desta forma, a concreo txica aumenta, atingindoambos os lados da coluna vertebral, e prolonga-seascendentemente at chegar os ombros e a regio cervical."

    "Por fim, as toxinas atingem o crebro, infiltram-se nele e

    ocorre, ento, a purificao. Desta maneira, so explicados asensao de peso na cabea, a cefalia e todos os tipos de

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    9/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    9

    doenas cerebrais, como meningite, encefalite japonesa,meningite cerebrospinal, derrame cerebral, etc."

    Comentrio do Dr. Nitta

    Os rins so rgos extremamente importantes tambm namedicina moderna. Hoje, o desenvolvimento extraordinrio datcnica de dilise pode proporcionar uma vida mais longa aosque sofrem de insuficincia renal, mas tempos atrs eraimpossvel salvar um paciente com intoxicao urmica. Istoporque os rins tm a importante funo de eliminar as toxinas do

    organismo.

    Na Arte Mdica do Japo, o corao, os pulmes e oestmago so considerados os trs rgos mais importantes,pois absorvem os trs elementos principais: fogo, gua e terra.Para a medicina moderna, entretanto, os rgos maisimportantes so: o corao, os pulmes, o fgado, os rins, assupra-renais, o tronco cerebral, especialmente o diencfalo e a

    medula oblonga.

    Os rins so rgos que excretam toxinas ou elementosno aproveitveis introduzidos ou produzidos no organismo. Amaioria das substncias txicas neutralizada no fgado; aquelasque no foram neutralizadas so excretadas pelos rins na suaforma original ou levemente alteradas. Alm do mais, a maioriadas substncias neutralizadas no fgado desnecessria, sendo

    eliminada pelos rins. O suor tambm desempenha um papelimportante na eliminao de elementos txicos, especialmentemetais pesados. Outrossim, parte das drogas eliminada nosuco biliar e excretada com as fezes.

    Os rins so um tipo de filtro, todavia no realizam umsimples ato mecnico. Observados ao microscpio, pode-se

    notar neles inmeras estruturas saculares e esfricasextremamente pequenas, nas quais vasos capilares encontram-

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    10/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    10

    se entremeados como novelos de l. Estas estruturas sodenominadas cpsulas de Bowman e os emaranhados de vasoscapilares, glomrulos. O conjunto forma o corpsculo renal.

    Alm das substncias txicas e no aproveitveis, oexcesso de minerais, como sdio e potssio, a glicose e oshormnios existentes no sangue que circulam pelos capilares dosglomrulos so, em parte, filtrados para a cpsula com o lquido.

    A cpsula de Bowman comunica-se aos tbulos urinferosque so bastante estreitos e alongados. Nestes tbulos, a

    glicose, parte dos hormnios, sais e outras substnciasnecessrias ao corpo so reabsorvidos e devolvidos ao sangue.

    Cada um dos tbulos urinferos se estende rumo pelverenal, retorna direo original formando um U, e concentra-seno dueto coletor prximo ao corpsculo renal. A urina definitiva coletada na pelve renal, que est localizada no interior do rgo,para, posteriormente, ser transportada para o ureter; por esta

    razo, a pelve denominada sada do rim. Uma grandequantidade de gua reabsorvida nos tbulos e o volume finalda urina diminui para um centsimo. Desta forma, aps areabsoro das substncias necessrias, os elementos no-aproveitveis so concentrados e a urina final formada.

    A cpsula de Bowman, os glomrulos e os tbulosurinferos, acima mencionados, so considerados a unidade

    estrutural do aparelho urinrio, que denominada nfron. Oconjunto de tbulos urinferos forma o dueto coletor quedesemboca no clice renal, passa pelo dueto papilar, concentra-se na pelve renal e segue para o ureter, que conduz a urina paraa bexiga. Creio que entenderam como a estrutura renal e omecanismo pelo qual a urina formada so complexos.

    Alm disso, os rins segregam a renina, enzima queestimula a produo de angiotensina, cuja funo contrair os

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    11/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    11

    vasos sanguneos, aumentando a sua presso. Tambmproduzida pelos rins, a calicreina, ao contrrio da renina, tem afuno de diminuir a presso sangunea. Deste modo, a pressosangunea controlada por estas substncias.

    A teoria da Arte Mdica do Japo explica que assubstncias txicas se infiltram e se concentram na camadasuperficial dos rins, comprimindo-os e provocando a sua atrofia.Posteriormente, as concrees txicas sobem at os ombros e aregio cervical, penetram o crebro e produzem a sensao depeso na cabea, a cefalia e vrias doenas cerebrais. Todavia,

    esta teoria ainda no foi reconhecida pela medicina moderna.

    Essa explicao difcil de ser aceita sob o ponto de vistamaterial; contudo, creio que possvel admiti-la em termosespirituais. Gostaria de manifestar minha opinio em relao aeste assunto no prximo livro.

    Os preparados de metais pesados, como mercrio e

    platina, a cloroquina cuja comercializao atualmente proibida e alguns tipos de produtos farmacuticos depositam-se nos rins e causam a insuficincia renal. A nefrite crnicapersistente pode causar sucessivamente a atrofia e ainsuficincia renais. E, ento, necessrio que o pacienterecorra dilise. A glndula supra-renal situada na parte superiorde cada rim, como se fosse um chapu, pequena, mas umrgo extremamente importante. A poro medular produz a

    adrenalina que tem a funo de elevar a presso sangunea eproporcionar funcionamento cardaco adequado para a atividadediurna. A poro superficial, ou seja, o crtex, secreta hormniosexual, hormnio gonadotrfico e hormnio que aumenta aresistncia ao estresse psicossomtico.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    12/128

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    13/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    13

    efeito de purificao ocorre de forma lenta e contnua. Essa acefalia do tipo crnica."

    "Essas pessoas apresentam, indubitavelmente, uma febreligeira generalizada na cabea ou, s vezes, localizada na regioanterior, occipital ou em alguma outra regio."

    Pontos para ministrar o Joorei:

    Topo da cabea, regio occipital, glndulas partidas,gnglios linfticos do pescoo, ombros e rins.

    Comentrio do Dr. Nitta:

    A dor no provocada pelo crebro em si, mas pelosvasos sanguneos, msculos, faseia, couro cabeludo, nervos,peristeo e meninge. Cada um destes pode provocar a dor decabea em conseqncia de inflamao local, distrbiocirculatrio e estmulos mecnicos ou qumicos.

    comum que as pessoas sintam dor na parte interna dacabea em razo da contrao ou dilatao dos vasossanguneos do crebro e da meninge. Quando h contraovascular na rea visual do lobo occipital, ocorre o chamadoescotoma cintilante. Neste caso, o que ocorre umahemianopsia transitria, ou seja, baixa ou perda de viso de umolho, ou dos dois. Pequenas cintilaes azul-esbranquiadas

    aparecem no campo visual e, aps certo tempo, o pacientedesenvolve hemicrania, dor que incide em uma das metades dacabea, o que persiste por algumas horas. Pensa-se que estetipo de cefalia ocorre pela dilatao vascular aps a contrao,o que causa conseqentemente a diminuio do fluxo sanguneo.

    A cefalia tambm ocorre pelo aumento da presso intratecal emcertas doenas, como tumor e edema cerebrais e hidrocefalia. A

    inflamao da meninge tambm pode provocar dor de cabeaviolenta. Alm destas, anormalidades dos msculos externos do

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    14/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    14

    crnio, nevralgias e, mais raramente, irritaes gstricas nestecaso diz-se que a cefalia de origem gstrica podem causara cefalia. Por outro lado, nos distrbios circulatrios, comohipertenso arterial ou arteriosclerose cerebral, o paciente pode

    queixar-se de cefalia crnica.

    Sendo um rgo muito importante e sensvel a drogas, ocrebro possui um mecanismo de defesa denominado BarreiraSangue-Crebro ou BBB, das iniciais de Blood-Brain Barrier. Osmedicamentos que chegam atravs da circulao sangunea soinspecionados pela BBB que funciona como ponto de checagem

    entre o crebro e o sangue que a circula. Entretanto, isso nosignifica que os medicamentos que passam pela barreira sejamseguros e a cefalia pode ser causada pelos estmulos de taisdrogas. Embora no coloque a vida do paciente em risco, acefalia causa um sofrimento insuportvel. Por outro lado, importante conhecer a origem da dor, pois pode ser sintoma deinfluenza, bem como um tipo de enfermidade febril, tumorcerebral ou hemorragia subaracnidea. A cefalia pode preceder

    a embolia cerebral e, mais raramente, ser sinal de umahemorragia cerebral. Ento, todo cuidado pouco.

    2 - Vertigem

    Ensinamentos:

    "Existem duas causas para a vertigem. Uma a presena

    de concrees txicas nas proximidades da parte cervicalposterior direita da medula oblonga, concrees estas quecomprimem os vasos sanguneos que correm para o globoocular."

    "Os olhos so capazes de enxergar os objetos graas atividade dos nervos pticos, e a energia para essa atividade

    provm da circulao sangunea contnua."

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    15/128

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    16/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    16

    sangunea e linftica, inflamao, neoplasia, desnaturao eintoxicao.

    A vertigem pode ser sentida tambm quando a gua entra

    pelo conduto auditivo externo, causando um estmulo frio para amembrana timpnica; quando h a ruptura repentina damembrana ou quando uma sbita diferena de pressoatmosfrica produzida entre o ouvido mdio e o exterior.

    Atualmente, v-se muitos casos de vertigem devido doena de Mnire. Acredita-se que se devam anormalidade

    no ouvido interno e que estejam relacionados hidropisiaendolinftica do ouvido interno, mas no se sabedetalhadamente. Alm da vertigem, a doena de Mnire podeser acompanhada de hipoacusia, zumbido, nusea e vmito. Noscasos graves, o paciente pode ter dificuldade em permanecer dep e sentir vertigem violenta mesmo em repouso.

    A vertigem pode aparecer como sintoma secundrio no

    caso de ingesto excessiva de bebida alcolica oumedicamentos, doenas febris, isquemia cerebral, desajuste nograu dos culos, sono atrasado e fadiga. Estas so causas muitobem conhecidas e na maioria das vezes a pessoa sente-se tonta.J a vertigem que ocorre como efeito colateral da estreptomicina do tipo rotatria e o paciente tem a sensao de flutuar devidoa alteraes no ouvido interno.

    3 - Meningoencefalite (Meningite)

    Ensinamentos

    "Deve-se purificao sbita e violenta das toxinassolidificadas na regio anterior da cabea."

    "Febre alta, forte dor na regio anterior da cabea edificuldade em abrir os olhos so as caractersticas desta

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    17/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    17

    doena. O paciente procura permanecer de olhos fechadosdevido ao ofuscamento e vertigem."

    Pontos para ministrar o Joorei

    Topo da cabea, regies anterior e occipital, medulaoblonga, regio cervical, ombros e rins.

    Comentrio do Dr. Nitta

    Hoje em dia, a meningite bacteriana no muito habitual.

    Os seus agentes causais mais comuns so: o meningococo, opneumococo, o Staphylococcus aureuse o bacilo da influenza. Ameningite causada por um destes vrus ou bactrias ocorregeralmente de forma aguda. J a meningite causada pelo baciloda tuberculose, treponema sifiltico, certo tipo de fungo,toxoplasma ou infiltrao lenta de clulas leucmicas e emresposta a estmulos qumicos, como aqueles causados pelaadministrao intratecal de drogas, normalmente, tem incio

    subagudo. s vezes, a meningite tuberculosa pode iniciar-se deforma aguda.

    Numa meningite, com a febre aparecem sintomas deirritao menngea. Assim, o paciente pode apresentar cefalia,vmitos, rigidez da nuca, sinais de Kernig (em posio dorsal, opaciente no consegue manter os joelhos estendidos ao tentardobrar as pernas em ngulo reto na articulao coxofemoral) e

    de Brudzinski (ocorre a flexo involuntria dos membrosinferiores e a flexo de um deles produz a reflexo do outroquando o paciente, estando deitado de costas, tenta dobrar acabea para a frente), rigidez e dor nos membros superiores einferiores. O paciente sente ofuscamento e, quando est deitadode costas, o seu ventre curva-se de forma cncava como umbarco. Convulso, distrbio da conscincia e hiper-reflexo dos

    tendes surgem quando o processo inflamatrio se difunde nocrebro.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    18/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    18

    A meningite tuberculosa produz a leso dos nervoscranianos e os sintomas correspondem ao nervo afetado. Helevao da presso cerebrospinal, mas o lquor transparente eassptico na meningite viral e na tuberculosa, pode ser

    transparente ou discretamente turvo, sendo identificada apresena do bacilo da tuberculose. Na meningite purulenta, olquor turvo, sendo nele identificada a bactria causal.

    Geralmente, a manifestao clnica da meningitebacteriana aguda violenta; a evoluo rpida e extremamentesria, se o tratamento no for efetuado de imediato ou se o

    estado do paciente evoluir da desidratao para o choque.Normalmente, o prognstico da meningite viral bom e pode,muitas vezes, evoluir para a cura, mas, certamente, muitoperigoso que um leigo tente diferenciar uma meningite bacterianade uma viral.

    A meningoencefalite epidmica legalmente consideradadoena contagiosa e os casos devem ser notificados s

    autoridades sanitrias.

    4 - Derrame Cerebral (Hemorragia Cerebral)

    Ensinamentos:

    "Ocorre pelo acmulo e solidificao de sangue txico namedula cervical at os dois lados da medula oblonga."

    "A causa disto est no fato de as pessoas que tm grandequantidade de sangue txico usarem muito a cabea."

    "A tendncia do homem moderno consumir grandequantidade de carne e isso faz aumentar o sangue txico. Emdecorrncia do trabalho mental intenso, a atividade nervosa a se

    concentra, provocando a solidificao das toxinas nessa regio."

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    19/128

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    20/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    20

    Comentrio do Dr. Nitta

    Uma das causas mais comuns da hemorragia cerebral aarteriosclerose cerebral acompanhada de hipertenso. O

    derrame cerebral, porm, pode ocorrer mesmo sem a presenade hipertenso, se a esclerose arterial for muito severa. O graude esclerose arterial no corresponde necessariamente ao deesclerose da artria radial, pela qual medimos o pulso.

    O grau de arteriosclerose do fundo do olho reflete bem ode arteriosclerose cerebral. Portanto, recomenda-se

    especialmente s pessoas hipertensas o exame de fundo de olhopara verificar a condio arterial. Com um oftalmoscpio diretopode-se facilmente examinar o fundo do olho, mesmo emambulatrio, sem que seja necessrio escurecer a sala. Assim,recomenda-se aos clnicos que efetuem este exame.

    A arteriosclerose e a hipertenso esto muito relacionadascom o consumo dirio excessivo de sal e carne. Recomenda-se

    uma dieta com pouco sal (menos de 8 gramas por dia), diminuirao mximo a quantidade de carne ingerida e aumentar oconsumo de vegetais, especialmente verdes e ricos emcarotenides. As protenas devem ser principalmente de origemvegetal (soja e seus derivados, como tofu, natto, iuba, quinaco eoutros), e os peixes relativamente pequenos, como sardinha,carapau, etc.

    Creio que os portadores de arteriosclerose cerebral devemevitar o estresse, pois o enfurecimento, os sustos e aspreocupaes srias so fatores predisponentes. No raro quealgum apresente uma crise letal de hemorragia cerebral apsum acesso de raiva.

    Alm da arteriosclerose cerebral ser complicada pela

    hipertenso, outras doenas, como aneurisma cerebral,malformao arteriovenosa intracraniana e angioma enceflico,

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    21/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    21

    podem causar a hemorragia cerebral. A manifestao clnica dahemorragia cerebral varia com o local, grau de expanso eintensidade. De modo geral, ocorre de dia, durante a atividadefsica, sendo rara durante o sono.

    Alguns pacientes podem apresentar sinal prodrmico, isto, um fenmeno clnico que revela o incio da doena, como acefalia. Todavia, a maioria das crises ocorre de maneira sbita.Os pacientes podem ou no apresentar distrbios deconscincia. A intensidade e a evoluo dos distrbios sodiversos por todo o curso da doena. A pessoa pode apresentar

    grau extremamente leve de confuso mental. No incio, podeapresentar perda de conscincia; esse estado pode desenvolvergradativamente para a falta de resposta. O distrbio se agravacom relativa rapidez e, em alguns casos, o paciente pode entrarem estado de coma em poucas horas.

    A paralisia motora tambm varia muito. Pode ocorrer ahemiplegia total, isto , a paralisia de um dos lados do corpo ou

    somente na metade superior ou inferior. O grau de paralisia podeser total ou parcial. O doente pode ainda apresentar disfasia, umdistrbio da linguagem, e no conseguir articular as palavrasclaramente. A hemiplegia acompanhada de distrbiossensoriais como anormalidades sensoriais cutneas ou depercepo profunda, pela qual pode-se perceber a condio e aposio das articulaes ou da musculatura (a maioria do tipotorpor sensorial).

    Pode ocorrer amnsia reversvel e o paciente noconsegue se lembrar de fatos ocorridos em passado recente.Pode perder a capacidade de reconhecer caracteres difceis(agrafa) e de efetuar clculos matemticos (acalculia).

    A recuperao pode ser total, se a hemorragia for

    rapidamente tratada, mas uma terapia absortiva demorada podemuitas vezes deixar seqelas, como a paralisia. Se as crises

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    22/128

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    23/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    23

    Como o sangue encontra-se misturado ao lquor, odiagnstico laboratorial pode ser feito facilmente pelo examedeste. Entretanto, a primeira crise hemorrgica pode ser letal.

    5 - Paralisia

    Ensinamentos:

    "A paralisia ocorre, naturalmente, em conseqncia doderrame cerebral."

    "Primeiramente, explicaremos a paralisia com base noderrame cerebral. A causa do derrame cerebral so os ndulosdo pescoo que ocorrem especialmente pela solidificao dosangue txico em um dos lados da medula oblonga, ao longo dosanos. Assim, no difcil compreender a sua natureza.Suponhamos que haja uma concreo txica no lado direito;indubitavelmente, um dos lados aumenta muito de volume e, sefor comprimido, sente-se leve dor."

    "Ao iniciar-se a ao purificadora, as toxinas se dissolvem,os vasos sanguneos se rompem e se derramam no crebro. Tologo ocorre esse derrame, elas penetram o crebro, descem pelolado oposto do corpo e atingem at a ponta dos dedos da mo edo p, solidificando-se rapidamente. Desenvolve-se a hemiplegiae tanto a mo como o p ficam inertes."

    "Nos casos graves, o paciente sente como se fossepuxado pelo brao e pela mo, o cotovelo torce-se para dentro,os dedos ficam flexionados e no se consegue mais mov-loscom facilidade. O polegar dobra-se mais intensamente que osoutros quatro dedos como se fosse comprimido por eles."

    "O interessante que as pernas no se dobram. Elas

    ficam estendidas e os tornozelos, inertes, sem fora. Nos casosextremamente graves, a lngua contrai-se e perde-se a

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    24/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    24

    articulao das palavras. O paciente fica em estado de torpor,com aspecto semelhante demncia, e olhos entorpecidos. Aacuidade visual do lado afetado diminui e alguns pacientes

    podem perder a viso. Realmente, como se fossem cadveresvivos."

    "Existe uma outra manifestao de paralisia que no afetao crebro. Ocorre quando os ndulos existentes nos gnglioslinfticos em um dos lados da regio cervical se dissolvem peloefeito de purificao e descem diretamente para a parte inferiorsem passar pelo crebro, apresentando sintomas semelhantes

    paralisia. Ns a chamamos de paralisia inversa."

    Pontos para ministrar o Joorei:

    Paralisia cerebral: topo da cabea, regio occipital, medulaoblonga, parte lateral do pescoo, ombros, rins e partes afetadas.Paralisia inversa: msculo cervical da regio pstero-inferior doouvido, ombros, juno do brao, rins e partes afetadas.

    Comentrio do Dr. Nitta:

    A denominao paralisia no um termo cientificamentepreciso. Significa apenas a condio de seqela paralticaconseguinte apoplexia cerebral. Esta consiste de sintomascomo distrbios da conscincia, paraplegia e outras paralisiasmusculares, anestesia e outros em razo de hemorragia, infarto e

    isquemia transitria cerebrais. O grau de manifestao variaenormemente. Por exemplo, pode variar de simples ausncia aoestado de coma. O paciente pode ou no apresentar disfasia. Deum modo geral, uma doena isqumica transitria cerebral nodeixa seqelas e, assim, a paralisia no ocorre.

    Como anteriormente me referi hemorragia cerebral,

    descreverei aqui sucintamente o infarto cerebral.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    25/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    25

    Quando a luz das artrias que irrigam o crebro torna-seextremamente estreita ou completamente obstruda, a parte docrebro irrigada por estas artrias no recebe oxignio enutrientes em quantidades suficientes e estabelece-se a necrose

    (morte tissular localizada). Esta situao denominada de infartocerebral. A causa mais comum a formao de trombo oumbolo vascular cerebral, mas pode ser decorrente tambm dequeda sbita de presso arterial, de espasmo contnuo da artriacerebral ou da hipervascularidade anormal na rea da base docrebro (doena Moya Moya). A trombose caracteriza-se pelapresena de cogulo no interior do vaso sangneo; isso ocorre

    quando h irregularidades na parede vascular, quando o fluxosangneo torna-se mais lento que o normal ou quando halguma alterao no sangue. Denomina-se trombose cerebral aformao de trombo em algum vaso cerebral.

    chamada embolia a situao em que fragmentos detrombos formados em alguma parte do corpo e de lipdeos, ar ouclulas, levados pela corrente sangunea, ficam estagnados em

    pequenos vasos sanguneos, obstruindo-os como se fossemrolhas; quando ocorre no crebro, denominada de emboliacerebral. Tanto a trombose como a embolia cerebral determinamobstruo vascular e conseqente infarto cerebral. A parte docrebro, at ento nutrida por este vaso, torna-se amolecida,determinando a encefalomalcia.

    6 - Isquemia Cerebral

    Ensinamentos:

    "Ao contrrio do derrame cerebral, no qual o sangue txicopenetra o crebro, aumentando o fluxo sanguneo, a isquemiacerebral ocorre pela diminuio do fluxo sanguneo no crebro.Por que isso acontece? O sangue enviado incessantemente ao

    crebro. Se o fluxo sanguneo for constante, nada ocorre. Noentanto, acaso se tornar deficiente, a quantidade de sangue

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    26/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    26

    diminui; conseqentemente, a atividade cerebral se reduz,produzindo o que se chama de isquemia cerebral."

    "A diminuio do fluxo sanguneo deve-se compressodas artrias que irrigam o crebro, causada pelas concreestxicas ao redor do pescoo. evidente que a cura s possvelcom a dissoluo dessas concrees."

    "Os sintomas da isquemia cerebral so cefalia, sensaode peso e de compresso na cabea e vertigem. Os pacientes

    podem sentir nuseas e at vmitos. Alguns podem sentir

    vertigem e nusea s de ouvir o barulho de trens ou carros.Embora esta doena no seja grave, como tambm a medicinafaz referncia, o sofrimento relativamente intenso e o paciente

    pode ficar bastante confuso e nervoso no incio com a situao."

    "Quando a doena aparece, deitar-se sem travesseirospode surtir efeito, pois melhora um pouco a circulaosangunea. bvio que a isquemia cerebral a principal causa

    da neurastenia, to comum atualmente."

    Pontos para ministrar o Joorei:

    Ao redor do pescoo e ombros

    Comentrio do Dr. Nitta:

    Quando se est muito cansado, exerccios fsicosintensos, permanncia de p por vrias horas ou banhos deimerso prolongados podem provocar a palidez e o mal-estar. Opaciente pode sentir tontura e cair, enxergar tudo amarelo ou tera viso escurecida, ou mesmo perder os sentidos por algunssegundos ou minutos. As mos, os ps e o rosto tornam-segelados; surge um suor frio na testa. O paciente pode sentir

    nusea e, s vezes, vomitar. De maneira geral, o pulso torna-sefino e fraco. Isso tudo decorrente da diminuio do fluxo

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    27/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    27

    sanguneo para o crebro. Este estado denominado deisquemia cerebral. A tontura sentida por uma pessoa comhipotenso arterial ou anmica quando se levanta subitamente uma forma leve de isquemia cerebral. Numa crise de isquemia

    cerebral, o paciente deve-se sentar numa cadeira, curvar-se paraa frente e colocar a cabea entre as pernas, profundamente.

    Assim, a crise passar em pouco tempo. Se a crise for forte e opaciente no se recuperar com esse procedimento, devermelhorar deitando-se de costas sem travesseiro ou colocando acabea em nvel mais baixo.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    28/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    28

    CAPTULO II - DOENAS OCULARES, NASAIS E AUDITIVAS

    1 - Doenas Oculares

    Ensinamentos:

    "Originalmente, as toxinas concentradas na parte superiordo corpo, ou seja, cabea, pescoo e proximidades dos ombros,tendem a se localizar na regio posterior, mas soininterruptamente excretadas pelo nariz, ouvidos e boca.Naturalmente, pela ausncia de orifcios na parte posterior, as

    toxinas afluem para a frente da cabea."

    "Uma das manifestaes deste fato so as doenasoculares produzidas pelo acmulo de toxinas nos olhos, quandoestes so muito usados. Na realidade, os olhos tentam exercer afuno de excretar as toxinas, acumulando-as, provisoriamente,no seu interior. As toxinas so eliminadas com o passar do tempo

    pela ao de purificao, como remela e outras secrees

    mucosas."

    a) Miopia, Hipermetropia e Astigmatismo

    Ensinamentos:

    Miopia

    "Pelo efeito da atrofia renal, a toxina que sobe em direo cabea tambm se solidifica nas proximidades da medulaoblonga e comprime o vaso que nutre o globo ocular, tornando osolhos isqumicos. A insuficincia de nutrientes diminui aacuidade visual e os olhos ficam sem fora para enxergar longe.Esta a causa da miopia."

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    29/128

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    30/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    30

    conjuntival, determinando a produo de secreo ocular.Entretanto, as explicaes da miopia ou da hipermetropia diferemum pouco daquelas da medicina moderna.

    Existe uma relao entre a miopia, a hipermetropia e apresbiopia defeito de acomodao dos olhos, comum nosidosos quando se considera a acuidade visual; todavia, elasso definidas de prismas diferentes. A miopia e a hipermetropiaconsistem na alterao da refrao, e a presbiopia, emanormalidades na acomodao. A acuidade visual consiste nacapacidade dos olhos identificarem exatamente dois pontos

    prximos como tais, ou seja, na capacidade de resoluo.Falemos mais detalhadamente a respeito deste assunto.

    O globo ocular tem forma esfrica e mede cerca de 35 mmde dimetro. A parede externa, a parte branca dos olhos, formada por uma membrana espessa, denominada esclertica.Na parte anterior, a membrana torna-se transparente e recebe onome de crnea, que se projeta levemente para a frente, numa

    forma semi-esfrica.

    Internamente, a esclertica envolta pela retina, onde seencontram distribudas numerosas clulas da viso. Na realimite entre a crnea e a esclertica, dirigida para a parte interiordo globo ocular, existe uma estrutura disciforme denominada ris,na qual situa-se um orifcio chamado pupila.

    Em contato com a pupila, na parte posterior da ris, est ocristalino, que tem a forma de lente. O cristalino sustentado pordelicadas estruturas fibrilares que partem do corpo ciliar queconstituem a zona ciliar (znula de Zinn), ou seja, as fibrassuspensoras do cristalino. O espao formado pela crnea, parteanterior da ris e o cristalino denominado de cmara anteriordos olhos e aquele formado pela face posterior da ris, processos

    ciliares, ligamentos suspensores e o cristalino chamado cmaraposterior. Alm disso, os ligamentos suspensores, a face

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    31/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    31

    posterior do cristalino e a retina formam um grande espao que preenchido por uma substncia gelatinosa transparentedenominada de humor vtreo.

    A estrutura e o funcionamento dos olhos so, muitasvezes, comparados aos de uma mquina fotogrfica. A lente damquina fotogrfica corresponderia ao cristalino; o diafragma, ris; a face do filme, retina. Para que o raio de luz que vem doobjeto e passa pela lente forme uma imagem ntida no filme,procura-se ajustar o foco, movendo-se a lente para a frente epara trs. No caso dos olhos, o foco ajustado fazendo com que

    o cristalino fique mais espesso ou mais fino, o que possvelpela contrao ou relaxamento das pequenas fibras musculareslisas do corpo ciliar e pelos ligamentos suspensores quesustentam o cristalino. Para que a pessoa veja um objeto queest prximo, o cristalino torna-se espesso; se o objeto estlonge, o cristalino torna-se delgado, possibilitando a formao deuma imagem ntida na retina.

    No caso da miopia, ou o globo ocular no esfrico, masalongado no eixo ntero-posterior, ou a musculatura lisa do corpociliar est constantemente contrada, de maneira que incapazde relaxar o suficiente mesmo quando se tenta focalizar objetosdistantes. Ento, o cristalino no se torna suficientemente finocomo o de pessoas emtropes (com refrao e acuidade visualnormais). A imagem forma-se aqum da retina e aparecedesfocada na retina. Geralmente, a miopia congnita grave deve-

    se ao alongamento do eixo ntero-posterior do globo ocular; amiopia adquirida, falta de relaxamento do corpo ciliar, o que fazcom que o cristalino permanea espesso.

    A hipermetropia, ao contrrio da miopia, consiste noencurtamento ntero-posterior do globo ocular ou, ento, nacontrao inadequada da musculatura lisa do corpo ciliar. O

    cristalino no se torna espesso o suficiente; assim, quando se

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    32/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    32

    tenta focalizar um objeto prximo, a imagem formada alm daretina, aparecendo desfocada na retina.

    Denomina-se de anormalidade de refrao ao estado em

    que na emetropia ocorre defeito na formao de imagem ntida, semelhana da hipermetropia ou miopia, apesar do cristalinopossuir capacidade elstica por contrao do corpo ciliar.

    A miopia corrigida pelo uso de lentes cncavas e ahipermetropia, pelo uso de lentes convexas.

    A presbiopia consiste na reduo da capacidade decontrao e relaxamento da musculatura lisa do corpo ciliar, ouna perda de elasticidade e capacidade de ajuste do cristalino,sendo o foco ajustado at determinada distncia. Por isso, considerada uma anormalidade de adaptao, um fenmeno doenvelhecimento. A presbiopia pode ser corrigida com o uso delentes convexas para enxergar objetos prximos, mas como afocalizao depende da distncia mais prtico ter culos de

    diferentes graus.

    Existem dois tipos de astigmatismo. Num deles, acurvatura da superfcie do cristalino (raio de curvatura) difere coma direo. O paciente enxerga nitidamente olhando para cima e frente, mas no em outra direo. Olhando para um quadro noqual esto desenhadas vrias linhas distribudas radial euniformemente, o astigmtico enxerga nitidamente em

    determinada direo, mas no consegue focalizar em outra. Este o tipo comum de astigmatismo. Sua causa no conhecida,mas acredita-se que se deva variao do grau de contrao docorpo ciliar, conforme a direo. A viso pode ser ajustada pelouso de lentes cilndricas.

    O outro tipo de astigmatismo est relacionado com a

    crnea. H alteraes na superfcie da crnea decorrentes deinfeco, ulcerao ou ferimentos externos. Neste caso, a

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    33/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    33

    superfcie perde a curvatura uniforme e irregularidades, comoreentrncias e salincias, aparecem originando o astigmatismo.

    O astigmatismo corneano pode ser facilmente

    diagnosticado, utilizando-se o disco de Plcido, inventado por umoftalmologista homnimo. Este disco tem vrios crculosconcntricos desenhados e apresenta no centro um pequenoorifcio, no qual foi adaptada uma lente. Olhando-se a crnea dopaciente por trs do disco, pela lente, percebe-se que asimagens dos crculos refletidas na crnea no so perfeitamentecirculares. Assim, pelas imagens irregulares, pode-se facilmente

    saber que se trata de astigmatismo corneano.

    Clinicamente, a vesguice chamada estrabismo. Esta acondio em que os eixos oculares dos olhos no estoparalelos. Isso ocorre quando um ou mais msculos quemovimentam o globo ocular se encurtam, sofrem espasmo ouainda ficam paralisados, enfraquecendo a funo muscular.

    Denomina-se estrabismo alternante a situao em que opaciente enxerga normalmente para a frente com um dos olhos,enquanto o outro no consegue fixar no mesmo ponto no espao.Quando o paciente tenta olhar normalmente com esse olho,ento o outro no fixa no ponto observado. Outro tipo oestrabismo unilateral, em que se usa somente um dos olhos.Neste caso, a cirurgia corretiva pode ser feita para que os eixosoculares fiquem paralelos, mas se ocorrerem complicaes, a

    pessoa passa a enxergar os objetos em imagens duplas. Por isso necessrio que o caso seja muito bem examinado antes daindicao da cirurgia, pois as complicaes podem determinarsituao muito desagradvel na vida diria do paciente.

    A presena de tumor na rbita cavidade na qual seencontra o globo ocular pode aumentar a presso interna

    desta, comprimindo o globo ocular. Esta situao provocatambm um tipo de estrabismo.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    34/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    34

    b) Catarata, Glaucoma e Amaurose

    Ensinamentos:

    "Classificam-se como viso turva: a catarata, o glaucoma ea amaurose. A amaurose considerada a mais grave. A cataratacorresponde ao pus branco, o glaucoma trata-se do pus verde-azulado e a amaurose consiste no sangue txico."

    "A catarata considerada de fcil cura porque o pusbranco o mais fraco. O pus verde-azulado pior do que o

    branco e o sangue txico, o pior deles."

    "A presena de toxina solidificada no fundo do olhointercepta o nervo da viso e faz com que o paciente noenxergue."

    "Em relao aos olhos, existe um fato que deve serconhecido. Quando ocorre congesto no globo ocular, este fica

    avermelhado, mas no se deve confundir isto com sangue, poisse trata de pus. No caso particular dos olhos, eles apresentamcor vermelha quando o pus branco se concentra no globo ocular.

    A cor vermelha desaparece progressivamente com a excreo dopus."

    Pontos para ministrar o Joorei:

    Regio occipital, medula oblonga, parte compreendidaentre as regies frontal e dos olhos, parte superior dos olhos(prxima s sobrancelhas), ombros e rins.

    Comentrios do Dr. Nitta:

    A catarata consiste na perda de transparncia do

    cristalino, em virtude da alterao deste ou da protena que oenvolve. H vrias denominaes para a catarata, dependendo

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    35/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    35

    do estgio de desenvolvimento, se difusa ou localizada, daparte afetada e da forma da opacidade, grau e origem. Se acatarata no for tratada, aps a perda da viso por longo tempo,a retina pode sofrer atrofia ou alterao. Assim, antes que isso

    acontea, costume na medicina moderna realizar-se a extraocirrgica do cristalino opaco. Para substitu-lo, implantado umcristalino artificial de plstico.

    Com a extrao cirrgica do cristalino, o paciente nonecessita usar lentes convexas de grau forte como antes.Gostaria, especialmente, de comentar o desenvolvimento muito

    comum da catarata em diabticos. O diabetes tambm causamuitos outros problemas, motivo pelo qual chamo a ateno paraa importncia de se tratar a doena o mais cedo possvel.

    A maioria dos casos de catarata em idosos tem incio apsos 60 anos de idade e, s vezes, aos 40 anos. O pacientecomea a sentir dificuldade em enxergar, a vista pode ficar turva,ou os culos usados at ento para presbiopia parecem

    inadequados.

    Dependendo da localizao da opacidade no cristalino, ograu de desenvolvimento do distrbio visual varia. O pacienteperde a viso gradativamente, o que pode demorar alguns anosou at mais de dez anos. Raramente, perde-se a viso derepente. A catarata congnita pode apresentar leses deopacidade em pontos difusos, mas no distrbios visuais.

    Entretanto, se a opacidade grave, e dependendo da gravidade,o paciente pode apresentar problemas visuais de variados graus.

    As cmaras anterior e posterior do globo ocular sopreenchidas por um lquido tissular, ou seja, o humor aquoso,excretado pelos vasos sanguneos da ris e do corpo ciliar. Ohumor aquoso transportado via canal de Schlemm, o seio

    venoso da esclera que corre nas proximidades do limiteesclerocorneal. A borda da cmara anterior que fica entre a

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    36/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    36

    crnea perifrica e a parte onde a ris se prende denominadade ngulo.

    A obstruo do canal por onde o humor aquoso se infiltra

    para o seio venoso da esclera, que ocorre por causa doacoplamento da ris com a crnea, a obstruo ou estenose doprprio seio venoso ou das veias e ainda o aumento do humoraquoso podem predispor a elevao da presso da cmaraocular, causando conseqentemente o desenvolvimento doglaucoma. Alm do aumento da presso intra-ocular, acompresso do nervo ptico resulta conseqentemente na

    depresso e degenerao do disco ptico, cuja caracterstica odefeito do fascculo ptico, um defeito no arco da viso. Oproblema pode causar a perda da viso, se no for tratadoadequadamente.

    No glaucoma agudo de ngulo fechado, a acuidade visualdiminui abruptamente, provocando dor violenta localizada aoredor dos olhos, fronte e regio occipital. Nuseas e vmitos

    podem estar presentes. Se no for tratado adequadamente, ocampo visual estreita-se em poucos dias e pode-se perder aacuidade visual rapidamente (glaucoma fulminante). Antes dacrise aguda, o paciente pode apresentar pequenas crisesrepetitivas. Alm disso, tem a viso borrada e, quando olha parauma lmpada, v halos coloridos ao redor da luz.

    O glaucoma de ngulo aberto inicia-se com a perda do

    campo visual, principalmente do quadrante nasal. Com aevoluo, o paciente fica somente com o campo visual doquadrante central ou apenas do auditivo e ocorre uma rpidadiminuio da acuidade visual.

    A amaurose uma anormalidade visual que no apresentaalteraes externas. As causas podem ser de origem nervosa

    central, em razo de alguma doena nervosa central; e congnitapor alterao cromossmica que determina modificaes nas

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    37/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    37

    clulas visuais. A causa pode estar tambm na inflamao donervo ptico provocada por toxinas, como lcool, chumbo,quinina e outras que produzem a amaurose txica. Existetambm a amaurose fugaz (cegueira episdica) que originada

    da isquemia transitria.

    H dois tipos de congesto ocular. Podem ocorrer porcongesto da esclertica, de cor vermelho-apagada, oucongesto bulbar da tnica conjuntival, de cor vermelho-viva.

    Ambos ocorrem respectivamente pela inflamao da esclera e daconjuntiva. No caso da conjuntiva, entretanto, pode ocorrer

    quando os olhos esto cansados ou aps acordar.

    c) Tracoma

    Ensinamentos:

    "Dentre as doenas oculares, o tracoma a mais leve.Aparecem erupes na face posterior das plpebras, sendo em

    maior quantidade na plpebra superior do que na inferior."

    "Existe uma doena muito parecida com o tracoma que denominada conjuntivite folicular. Neste caso, as erupes somenores e aparecem principalmente na plpebra inferior."

    " fcil identificar a doena, pois ao se levantar a plpebra,v-se que est bastante vermelha."

    "Com a evoluo da doena, o paciente sente como setivesse areia nos olhos. Com o agravamento, a dor aumentacada vez mais e o paciente chega a ponto de no poder dormir.Piscando-se os olhos, as leses friccionam o cristalino que ficasemelhante a um vidro fusco e perde-se a viso gradativamente."

    "A causa deve-se s toxinas presentes nas lgrimas queirritam a mucosa ocular, produzindo um tipo de erupo."

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    38/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    38

    "As toxinas cerebrais tentam sair pela mucosa da faceposterior das plpebras e so eliminadas sob a forma de pstulaseruptivas."

    Pontos para Ministrar o Joorei

    Olhos e proximidade, regies occipital e cervical, ombros erins.

    Comentrios do Dr. Nitta:

    De acordo com a medicina moderna, o tracoma umaafeco ocular crnica infecciosa e transmitida por contato,caracterizada pela formao de granulaes (erupes)acinzentadas ou amarelo-transparentes na tnica da conjuntivapalpebral, que se torna hipermica e edematosa. causado porum microrganismo pouco maior que um vrus, denominadoChlamydia trachomatis. Edema, dor compresso dos linfonodospr-auriculares e presena de grande quantidade de secreo

    ocular mucopurulenta podem ocorrer.

    O tempo de incubao de aproximadamente umasemana. Pode-se desenvolver a doena de forma sbita ougradativa. Na forma crnica, o frnice conjuntiva! (regio limiteentre a tnica conjuntival palpebral e bulbar), mais especialmentea parte superior, fica hipermico e edemaciado, tornando-sedepois opaco e formaes eruptivas de folculos fundidos uns

    aos outros aparecem. A conjuntiva palpebral fica hipertrofiada,edemaciada e opaca; as erupes epiteliais puntiformesaumentam, revelando aparncia aveludada. As erupes dofrnice conjuntival so grandes e salientes, mas as da tnicaconjuntival so miliares e no apresentam elevaes. A doenaevolui gradativamente e a cura espontnea, mas deixacicatrizes.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    39/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    39

    Com a contrao cicatricial, o paciente pode desenvolverblefaroptose, adeso do frnice conjuntival, blefarofimose e ainverso de plpebras e clios (entrpio e triquase,respectivamente) que escoriam constantemente a crnea, tendo

    a sensao de corpos estranhos. Dor, fotofobia oulacrimejamento so produzidos. Na fase crnica, ocorreminfiltraes na camada superficial da crnea e aparecemvascularizaes que atingem tambm o interior. Isto chamadopano tracomatoso. Quando atinge toda a crnea, esta se tornaopaca e a acuidade visual fica seriamente prejudicada.

    d) Conjuntivite

    Ensinamento:

    "Tambm denominada de blefarite marginal ou carregaodos olhos. Os globos oculares tornam-se extremamentevermelhos, so produzidas secrees mucosas e lgrimas. causada pelas toxinas acumuladas na regio anterior da cabea

    que, pelo processo de purificao, so eliminadas pela regio doglobo ocular."

    Pontos para ministrar o Joorei:

    Regies da medula oblonga e da testa (na altura dassobrancelhas), ombros e rins.

    Comentrios do Dr. Nitta:

    Os principais sintomas da conjuntivite so a congesto daconjuntiva e a secreo ocular. O paciente pode apresentarpossvel comprometimento folicular, aumento da formaopapilar, hemorragia, formao de pseudomembrana e edema.Pode ainda provocar lacrimejamento, fotofobia e coceira.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    40/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    40

    Dependendo do agente causador, pode ser classificadaem no infecciosa, viral e bacteriana. O tipo no-infeccioso podeter vrias causas como alergias, estmulos qumicos (gs tipoirritativo, fumaa de charutos ou incluso de corpos estranhos,

    por exemplo, pequenos insetos) e fsicos. A conjuntivite causadapelos raios ultravioleta provoca dor intensa.

    Clinicamente, a conjuntivite classificada em: catarralaguda, catarral crnica, folicular aguda, folicular crnica,supurativa, pseudomembranosa e outras.

    Pode ser ainda sintoma da fase inicial do sarampo. Aconjuntivite aguda tambm um sintoma da febrefaringoconjuntival, que causada por infeco de adenovrus, naqual h manifestao simultnea de febre e faringite.

    No Ensinamento, a conjuntivite referida como blefaritemarginal, mas a medicina ocidental define estas enfermidadescomo doenas distintas.

    A conjuntivite folicular pode ser aguda ou crnica. A formaaguda caracteriza-se pela inflamao mucopurulenta epidmicada conjuntiva que produz no frnice inferior o aparecimento defolculos maiores que as erupes observadas no tracoma. Osagentes causadores podem ser microrganismos da famliaChlamydia, adenovrus, vrus da herpes, etc.

    A conjuntivite folicular crnica tambm se caracteriza peloaparecimento de folculos no frnice inferior semelhantes aos queaparecem na forma aguda, porm um processo inflamatriotipo catarral da conjuntiva, causado por infeco, intoxicao ouirritao.

    Existe um tipo de doena conjuntival folicular que faz

    aparecer algumas ou vrias erupes relativamente grandes etransparentes na conjuntiva palpebral. Neste caso, no existe

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    41/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    41

    nenhum outro sintoma subjetivo ou objetivo alm da formaofolicular. Esta doena afeta comumente crianas em idadeescolar. As erupes desaparecem naturalmente, mesmo semtratamento.

    2 - Doenas Nasais

    Ensinamento:

    "Pessoas com problemas nasais tm toxinas acumuladasda regio occipital para baixo. O acmulo de toxinas ocorre

    exatamente na parte posterior do nariz, sendo assim esse olocal para ministrar o Joorei."

    a) Empiema

    Ensinamentos:

    "Caracteriza-se, clinicamente, pela obstruo nasal e

    existem duas causas. Uma quando h o comprometimento dosdois lados do septo nasal e a outra, do espao entre os olhos e aglabela. O pus concentra-se continuamente nessas partes e eliminado pelo orifcio nasal. Entretanto, como muitocondensado, no eliminado totalmente, solidificando-se no

    percurso."

    "De modo geral, a obstruo ocorre alternadamente.

    Quando o Joorei ministrado, a desobstruo rpida."

    "Sente-se dor compresso dos dois lados do septo nasale tem-se a sensao de peso na glabela porque o pus aquososolidificado est exatamente a. Com a cura, no caso da glabela,o paciente pode apresentar derramamento de sangue pelo nariz."

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    42/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    42

    Pontos para ministrar o Joorei:

    Laterais do septo nasal, centro da glabela e medulaoblonga, parte posterior do nariz, ombros e rins.

    Comentrios do Dr. Nitta:

    Algumas cavidades existentes nos ossos da cabea soforradas internamente por uma continuao da mucosa nasal, deforma que esto ligadas cavidade nasal. Essas cavidades sochamadas de seios paranasais e existem quatro tipos em cada

    lado do nariz: frontal, etmoidal (cela etmide), maxilar eesfenoidal. O processo inflamatrio da regio chamado sinusitee h a formao de pus, se for do tipo purulento.

    Os meatos de drenagem que ligam os seios,especialmente o seio maxilar, cavidade nasal no sonecessria e anatomicamente uniformes. Normalmente, osmeatos esto localizados na parte mais alta do nariz e,

    naturalmente, o pus no escorre para a cavidade nasal e ficaestagnado nos seios. Mesmo que estivessem localizados naparte inferior, numa inflamao aguda, a mucosa incha e osmeatos ficam completamente obstrudos ou estenosados, ficandoo pus estagnado sem poder escorrer. Denomina-se empiema asinusite purulenta, na qual o pus fica preso nos seios.

    A sensao de peso nos dois lados do septo nasal em

    direo aos ossos zigomticos ou a dor sentida quando estaparte comprimida caracterizam a sinusite maxilar. A sinusitefrontal ou etmoidal caracteriza-se pela sensao de peso naregio compreendida entre a glabela e o espao entre os olhos.

    O paciente com sinusite aguda pode apresentar cefalia,sensao de peso na cabea e dor nos olhos ou face, alm de

    secreo nasal concentrada que pode ser drenada para afaringe. Na sinusite crnica, a obstruo nasal torna-se repetitiva

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    43/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    43

    e piora cada vez mais. O paciente respira pela boca, perde oolfato e desenvolve faringite. Perde a perseverana e acapacidade de concentrao e pode apresentar cefalia, cabeapesada ou dor ocular. A sinusite crnica prolongada pode

    tambm conduzir ao aparecimento de plipo nasal, devido irritao crnica.

    b) Rinite Hipertrfica

    Ensinamento:

    "A rinite hipertrfica tem como causa a presena de toxinana secreo nasal que irrita a mucosa nasal. Comoconseqncia, formam-se erupes e o paciente apresenta dor efebre que, por sua vez, deixa a cavidade nasal constantementeressecada. O Joorei centralizado no nariz e proximidades eliminaas toxinas."

    Pontos para ministrar o Joorei:

    Regio da medula oblonga, regio da testa, regio donariz, ombros e rins.

    Comentrio: do Dr. Nitta:

    Se a rinite torna-se crnica, a mucosa nasal pode inchar.O inchao no se deve simplesmente congesto e ao edema,

    mas hipertrofia do tecido conectivo mucoso subepitelialsuperior e denominada de rinite hipertrfica. O fatorpredisponente parece ser o desvio do septo nasal.

    O inchao pela congesto da mucosa pode ser resolvidocom a aplicao tpica de adrenalina-cocana, mas a rinitehipertrfica causada pela hipertrofia do tecido da submucosa

    uma das doenas de difcil tratamento mdico.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    44/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    44

    O principal sintoma a repetida obstruo do nariz. svezes, o paciente perde o olfato e pode tambm comear arespirar pela boca. A secreo nasal no em grandequantidade, mas viscosa.

    c) Plipo Nasal

    Ensinamento:

    " a materializao do bico do esprito de um pssaro. Onome hanatake (hana = nariz; take = cogumelo) deve ter-se

    originado pela tua forma, que lembra um cogumelo. Com apurificao, diminui gradativamente de tamanho, terminando pordesaparecer."

    Pontos para ministrar o Joorei

    Lado direito da medula oblonga, parte anterior da cabea,regio da testa, nariz, ombros e rins.

    Comentrios do Dr. Nitta:

    A irritao proveniente da sinusite paranasal crnicadetermina a formao de plipo nasal que pode aparecer namucosa da cavidade nasal (ou nos seios paranasais). A medicinamoderna no admite a existncia do esprito, por isso poderidicularizar quando ouvir falar em esprito de pssaro. Mas, do

    ponto de vista espiritual, o plipo pode ser considerado pomo amaterializao do bico do esprito de um pssaro. Talvez aqueleque tem plipo nasal precise refletir profundamente e descobrirpor qual razo foi possudo pelo esprito de um pssaro.

    Enquanto pequeno, o plipo nasal no produz nenhumsintoma, alm dos sinais e sintomas da sinusite. Quando

    aumenta de tamanho e preenche todo o espao nasal, podecausar a obstruo nasal e a voz torna-se nasalada. s vezes,

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    45/128

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    46/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    46

    perfuradora para eliminao do pus, e a febre deve-se dissoluo deste."

    'Quando a otite mdia surge, o pus flui em grandequantidade em direo ao ouvido mdio; ao esfriar o ouvido, o

    pus fica preso sem poder seguir adiante. Ento, a direo dofluxo se reverte e o pus se infiltra no cerebelo. Esta a forma

    pela qual se desenvolve uma meningite, durante uma infeco doouvido mdio."

    Pontos para ministrar o Joorei:

    Ganglios linfticos, rea das partidas, ombros e rins.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    47/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    47

    Comentrios do Dr. Nitta:

    A otite mdia aguda comea com a sensao deobstruo do ouvido e surge uma dor que piora gradativamente.

    O paciente apresenta febre, zumbido e dificuldade auditiva. Heliminao de secreo, quando a membrana timpnica serompe.

    A otite mdia exsudativa caracteriza-se pelo acmulo delquido mucoso no ouvido mdio, sendo o principal sintoma adificuldade auditiva. No comum o paciente sentir dor. A voz da

    prpria pessoa ressoa fortemente no ouvido. O paciente comotite crnica tambm apresenta como sintoma principal adificuldade auditiva, porm pode eliminar secreo, se contrairgripe. necessrio suspeitar de casos de otite exsudativa emcrianas que aumentam o volume da televiso, demoram aresponder s chamadas ou perguntam a mesma coisa vriasvezes.

    A otite purulenta ocorre pela infeco provocada pelapresena de bactria causativa no ouvido mdio. Mas, desde quea membrana esteja ntegra, sem perfurao, no h como oagente infeccioso penetrar o conduto auditivo externo.Naturalmente, pode ocorrer que a inflamao do conduto auditivoexterno afete a membrana timpnica, produzindo a inflamaodesta que se estende ao ouvido mdio. Mas isso muito raro. Oouvido mdio um espao estreito, meio comprido, situado por

    trs da membrana timpnica. Apresenta uma pequena cavidade,o tmpano sua parte principal e se conecta tuba auditiva(trompa de Eustquio) pela parte ntero-inferior. A cavidade doouvido mdio constituda por um conjunto que abrange a tubaauditiva, o tmpano e a cela mastide, uma pequena cavidadesituada dentro do osso mastide. Estas estruturas se comunicamentre si e o ar passa por entre elas. A tuba auditiva tambm

    comunica-se com a rinofaringe.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    48/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    48

    A maioria das otites mdias do tipo purulento ocorre pelainvaso da bactria causativa pela tuba auditiva ou pelacirculao sangunea. Com o desenvolvimento da doena,enquanto o pus estiver acumulado no tmpano, o paciente tem

    febre e intensa dor de ouvido, podendo apresentar zumbido.

    Quando a membrana timpnica se romper e o pusacumulado extravasar do conduto auditivo externo, os sintomasaliviam-se. So diversas as bactrias causadoras; as maisperigosas so: Pseudomonas aeruginosa e Streptococcusmucosus (Pneumococcus tipo III). A Pseudomonas produz um

    pus verde-fluorescente, denominado piocianina. uma bactriafraca que existe em qualquer lugar, no entanto, ao se instalar emalgum tecido, produz a doena, que de difcil tratamento, etorna-se resistente, sendo por isso considerada perigosa.

    Os otorrinolaringologistas vem com extrema cautela aotite mucosa que produzida por Streptococcus mucosus. Nestetipo de otite, o tmpano sofre um processo inflamatrio que

    progride insistentemente at os ossos, comprometendo tambmo ouvido interno ou mesmo o osso mastide. A parede posteriordo tmpano consiste de um osso relativamente delgado e oouvido interno fica logo alm. Quando a inflamao atinge oouvido interno, fortes vertigens so produzidas e a acuidadeauditiva piora bastante.

    De modo geral, numa otite mdia muito prolongada e que

    se torna crnica, ocorre a hipertrofia do tecido de granulaoque, com a crnea epitelial e colesterol, formam uma tumoraodenominada de tumor de prola. Esse um tumor benigno, masinvade progressivamente o osso. observado comumente naotite mdia mucosa. A medicina moderna considera necessrio otratamento precoce. O teto e o soalho do tmpano soconstitudos por ossos delgados. No caso da otite mdia, quando

    o tumor se infiltra pelos ossos, estendendo-se meninge e aocrebro pela parede superior, pode causar meningite ou tumor

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    49/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    49

    cerebral ou, ento, passar pelo soalho e produzir trombose naveia jugular interna.

    b) Zumbido

    Ensinamentos

    " um sintoma freqente, mas a medicina tem pouco afazer. A medicina no se preocupa muito em resolver esse tipode problema, pois no se trata de uma doena que coloque emrisco a vida do paciente. Mas, para este, causa considervel

    incmodo."

    "A causa tambm so as toxinas solidificadas na regio damedula oblonga que so liquefeitas lentamente devido a uma

    purificao contnua e suave, e o som originado desta dissoluoecoa nos ouvidos. Portanto, o sintoma desaparecer quando astoxinas desta regio forem dissolvidas, sendo eliminadas emforma de espirros ou naturalmente expelidas como muco. Em

    casos raros, o mesmo sintoma pode ocorrer em decorrncia dapurificao das toxinas endurecidas nas proximidades dasglndulas partidas."

    Pontos para ministrar o Joorei:

    Glndulas partidas, regio do ouvido interno, medulaoblonga, ombros e rins.

    Comentrio do Dr. Nitta

    O zumbido um dos problemas que mais incomodam osotorrinolaringologistas. A Arte Mdica do Japo tambmmenciona que "mesmo a medicina moderna no consegueresolver o problema de zumbido" e, realmente, verdade. Sob

    muitos aspectos, o zumbido considerado de difcil tratamento ea sua causa desconhecida. Mas pode-se dizer que o zumbido

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    50/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    50

    se deve basicamente a problemas do sistema nervoso central eperifrico. Como causas de origem central temos os problemascerebrais. As causas de origem perifrica so os problemas deouvido mdio, ouvido externo e tmpano.

    O zumbido pode surgir como sintoma de vrios tipos dedoenas auditivas e, freqentemente, combina-se com o prejuzoda capacidade auditiva.

    Outros fatores que podem causar zumbido so:intoxicaes por cido saliclico, quinina, estreptomicina,

    monxido de carbono, metais pesados e lcool ou enfermidadescomo a doena de Mnire, tumores cerebrais, presso alta,arteriosclerose, anemia, hipotireoidismo, hipoacusia sensorialhereditria, hipoacusia causada por poluio sonora, ferimentosna cabea, etc.

    OtorriaA otorria a ao purificadora das toxinas localizadas na

    regio dos gnglios linfticos, toxinas estas que so eliminadasao passar pelas glndulas partidas. Como se trata de umprocesso de purificao, basta deixar que as toxinas sejameliminadas naturalmente. O que tem de ser eliminado sereliminado. Os mdicos fazem a lavagem com remdios mas isso um erro gravssimo. Quando as toxinas que deveriam sereliminadas se acumulam no ouvido externo, fazer ou no alavagem d no mesmo. como fazer a limpeza do trtaro

    dentrio ao alimentarmos-nos imediatamente, este volta a seformar. Se somente a lavagem fosse feita, no teria problemas,mas ocore que os remdios infiltram-se pelas membranas etransformam-se em toxinas lquidas e so eliminados. Ou seja,todas as vezes que se faz a lavagem das toxinas secretadas, soadicionados medicamentos. justamente por isso que existemmuitos pacientes que, apesar de irem ao hospital diariamente

    para fazer a lavagem, no se curam. Passam-se trs, cinco anose o problema no se resolve. A razo disso o que acabei de

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    51/128

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    52/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    52

    que as amgdalas so verdadeiros ralos da parte superior docorpo, por onde as toxinas so expelidas. Se as amgdalas noexistissem, as toxinas, sem alternativa, acabariam seconcentrando em outros lugares."

    "Isto propicia problemas como a neurastenia, otite mdia,dor de dente ou problemas nasais, o que, conseqentemente,sugere que querer resolver um pequeno problema implica criaroutro maior ainda."

    "Aparentemente, a exciso das amgdalas produz efeitos

    teraputicos satisfatrios, pois por alguns anos a pessoa deixade gripar-se com facilidade. Mas, ledo engano, com o passar dosanos, comea a ter outros tipos de doenas."

    Pontos para ministrar o Joorei:

    rea dos gnglios linfticos do pescoo, regio dasamgdalas, ombros e rins.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    53/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    53

    Comentrios do Dr. Nitta:

    Antigamente, as amgdalas e os gnglios linfticos eramchamados de glndulas, mas, na realidade, as suas estruturas

    no so glandulares, por isso, atualmente, so denominados,respectivamente, de amgdalas e linfonodos.

    Entre as amgdalas, existem as farngeas, as palatinas, aslinguais e as tubrias. Contudo, so as amgdalas palatinas queinflamam. Crianas em idade escolar podem apresentar grandeaumento das amgdalas farngeas, por causa da multiplicao

    celular, e ter tambm dificuldade em respirar, o que chamadode adenides e pode produzir ainda complicaes como otitemdia ou sinusite crnica.

    A amigdalite palatina aguda produz febre alta e dor degarganta. A odinofagia ou deglutio dolorosa um dos sintomasmais importantes. O paciente pode apresentar tambm cefalia,dor que irradia aos ouvidos e vmitos. Se a amigdalite aguda

    ocorrer repetidas vezes ou se a amigdalite crnica persistir pormuito tempo, pode haver complicao renal como aglomerulonefrite aguda.

    As amgdalas farngeas, palatinas, linguais e tubrias,citadas anteriormente, envolvem a cavidade oral e faringiana. Oconjunto denominado de anel linftico de Waldeyer e a suainflamao, angina. Na angina aguda, as amgdalas palatinas se

    apresentam vermelhas, inchadas e, algumas vezes, com pontosesbranquiados. Neste caso, preciso que se faa umdiagnstico diferencial com a difteria. Na amigdalite, os pontosso esbranquiados e no sangram, quando removidos compina. No caso da difteria, esses pontos tm aspectopseudomembranoso, apresentam-se profundamente incrustadosna mucosa epitelial, so branco-acinzentados e difceis de serem

    removidos. Quando se tenta tir-los fora, sangram. Odiagnstico diferencial deve ser feito tambm com referncia

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    54/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    54

    angina de Vincent; neste caso, a leso do tipo ulcerativo combordas eruptivas. No fundo da ulcerao encontra-se umdepsito pseudomembranoso, de aspecto sujo. Este tipo deulcerao no encontrado somente nas amgdalas, mas na

    vula, palato mole, palato duro, mucosa da bochecha e lngua.Os sintomas e sinais clnicos so leves na angina de Vincent. Odoente pode apresentar deglutio dolorosa, mal-estar geral ecefalia, mas pode curar-se espontaneamente em uma a duassemanas.

    As amgdalas so constitudas de tecido linftico e tm a

    importante funo de reforar a imunidade, mas h cerca de vinteanos desconhecia-se a funo dos linfcitos. Por isso, para osotorrinolaringologistas, amgdalas inchadas que provocassemdificuldade respiratria, inflamaes repetidas que causassemfebre elevada e deglutio dolorosa e que afetassem a vida diriaou o trabalho eram motivos mais do que suficientes para aexciso cirrgica. Hoje, porm, no se efetua mais aamigdalectomia com tanta freqncia. Mesmo no passado, os

    pediatras no eram a favor da exciso cirrgica das amgdalas.

    5 - Dor de dente

    Ensinamentos:

    "As causas da dor de dente so resumidas em dois tiposprincipais: formao de pus na raiz, decorrente da inflamao

    periodntica, e dor nos nervos dentrios."

    "O pus concentra-se na raiz do dente que, para sereliminado, procura uma sada, perfurando o peristeo. Isso

    provoca uma dor lancinante. Com a eliminao, h o alvio dador, mas a bochecha fica inchada devido sada do pusacumulado."

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    55/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    55

    "A causa da dor nos nervos dentrios a exposiodestes pela corroso dentria. Os nervos dos dentes expostos

    provocam dor pela sensibilidade gua gelada ou a bebidasquentes. O melhor a fazer ir ao dentista e fazer tratamento decanal."

    "Quando um dente fica mole, as pessoas ficam em dvidase devem ou no extra-lo. Estes casos se devem ao acmulo de

    pus na raiz dentria e, aps a purificao, o dente firma-senovamente e o problema resolvido."

    Pontos para ministrar o Joorei:

    No caso de periodontite: locais onde h dor de dente,ombros e rins.

    No caso de dor nos nervos dentrios: topo da cabea,locais onde h dor de dente, ombros e rins.

    (Quando a dor sentida nos dentes superiores, o Jooreideve ser ministrado na regio anterior da cabea. Quando sentida nos dentes inferiores, deve ser ministrado,principalmente, nas amgdalas e nos gnglios linfticoscervicais.)

    Comentrios do Dr. Nitta:

    O ncleo do dente constitudo de um tecido durosemelhante a osso, denominado de dentina (a estrutura diferente da ssea). Chama-se coroa a poro do dente que ficapara fora da gengiva. A parte que fica sobre a dentina cobertapelo esmalte do dente, a substncia mais dura de todo o corpohumano.

    A poro do dente que se encontra implantada na gengivachama-se raiz dentria. E a parte externa da dentina coberta

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    56/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    56

    por uma fina camada denominada cimento, um material parecidocom o do osso, portanto rgido. O limite entre a coroa e a raiz dodente chamado colo dental, onde o esmalte e o cimento se

    juntam harmonicamente.

    A raiz do dente se encaixa nas reentrncias existentes nosossos maxilares e da mandbula, as quais so chamadas dealvolos dentrios. O nmero destes alvolos correspondeexatamente ao de dentes. A raiz dentria est colocadafirmemente nos alvolos e na superfcie ssea destes est operisteo. Entre o peristeo e o cimento da raiz dentria existe

    um tecido fibroso denominado de membrana periodontal que fixafirmemente ambos. O cimento, a membrana periodntica, aparede alveolar e a gengiva que envolve o colo dental constituemo chamado tecido periodntico.

    No centro da dentina existe a cavidade da polpa,alongada, que se transforma em canal na parte periapical,comunicando-se com o forame periapical. A cavidade

    preenchida pela polpa, composta de tecido conectivo, vasossanguneos e nervos.

    De acordo com o que foi explicado nos Ensinamentos, ador de dente pode ser originada pela periodontite, incluindo apericimentite (periostite dental). Alm disso, quando a crie formada, partes do esmalte e da dentina so destrudas, expondoo nervo da polpa dentria, e uma forte dor produzida pelos

    estmulos fsicos e qumicos de alimentos e bebidas.

    A pulpite tambm provoca dor violenta. Se observarmosbem a parte da gengiva aderida ao dente, poderemos notar apresena de pequena vala no colo dental e a formao de umsulco raso, denominado de sulco gengival. Se essa profundidadeultrapassar um milmetro, forma-se a bolsa gengival que propicia

    o acmulo de restos alimentares e material purulento. Mesmoque a polpa no seja exposta pela crie dentria, a destruio do

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    57/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    57

    esmalte ou a existncia da bolsa gengival pode provocar a dor,quando a pessoa come doces ou toma bebidas geladas.

    6 - Piorria alveolar

    Ensinamentos

    "Pressionando os maxilares superior e inferior por fora, sehouver pus aquoso acumulado e sangue txico, a dor poder sersentida. Com a purificao desta parte e das regies doloridasdos gnglios linfticos cervicais ou da face, principalmente das

    bochechas, o pus aquoso se dissolver."

    "As toxinas urinrias produzidas pelos rins acumulam-sena regio dos ombros e, progressivamente, transferem-se para aregio dos gnglios linfticos cervicais. Pelo efeito da purificao,as toxinas so eliminadas pela gengiva. Nessa ocasio, hmistura com o sangue, atravs do qual as toxinas urinrias soexcretadas."

    Pontos para ministrar o Joorei:

    Partes afetadas, ombros e fundamentalmente os rins.

    Comentrio do Dr. Nitta:

    A periodontite marginal crnica progressiva chamada

    piorria alveolar. A inflamao da gengiva marginal ocorre porcausa de bactrias, substncias produzidas por bactrias e dotrtaro. A gengiva fica inchada, eritematosa e hemorrgica, o quepropicia a formao do sulco gengival, do qual excretado pus,determinando, conseqiientemente, mau hlito, contrao gengivale calasia (relaxamento) dos dentes. A condio pode tornar-secrnica, e, por fim, o paciente perde o dente.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    58/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    58

    O processo descrito nos Ensinamentos, pelo qual astoxinas urinrias formadas nos rins so eliminadas pelasgengivas, inconcebvel para a medicina moderna. Entretanto,no se pode descartar a possibilidade de que estas toxinas

    sejam um dos fatores que predispem a produo da piorriaalveolar. Alm disso, do ponto de vista espiritual, pode ocorrerconforme foi mencionado nos Ensinamentos.

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    59/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    59

    CAPTULO III - DOENAS CARDACAS

    1 - Causas das Doenas Cardacas

    Ensinamentos

    "Dentre as funes do organismo, o corao quedesempenha a mais importante delas, e por isso pode serchamado rei. Desta forma, o conhecimento da funo cardaca fundamental, j que sem ela no se pode estabelecer a essnciada patologia."

    "A funo cardaca a que est mais intimamenterelacionada com o Mundo Espiritual. Isto significa que oconhecimento da explicao a seguir essencial. Trata-se, naverdade, dos elementos principais que compem a Terra, isto ,os trs nveis explicados anteriormente: o Mundo Espiritual, oatmosfrico e o material, sendo a essncia do primeiro o fogo; ado segundo, a gua; a do terceiro, a terra. Naturalmente, trata-se

    das energias do Sol, da Lua e da Terra, respectivamente. Pelafora desses trs elementos do-se a formao e crescimento detudo que existe, e, naturalmente, mesmo a vida humana mantida por estes trs elementos."

    "Desta forma, os rgos que possuem as principaisfunes de absorver os trs elementos bsicos so o corao, os

    pulmes e o estmago, ou seja, o corao absorve o elemento

    fogo do Mundo Espiritual; os pulmes, o elemento gua doMundo Atmosfrico; o estmago, o elemento terra do MundoMaterial. Tomando como base essa teoria, pode-se entenderbem a estrutura do corpo humano. At h pouco, sabia-seapenas que os pulmes absorviam o ar e o estmago, oalimento. Na verdade, no se sabia que o corao tem a funode absorver o elemento fogo."

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    60/128

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    61/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    61

    Comentrios do Dr. Nitta:

    A Arte Mdica do Japo explica que os elementos terra,gua e fogo so matria, semimatria e no-matria,

    respectivamente. A medicina moderna, porm, aceita aexplicao at a semimatria. Creio ser a parte aindadesconhecida, ou seja, a absoro do elemento fogo pelosbatimentos cardacos, exatamente o que necessita serpesquisado urgentemente, mas ainda no chegamos a esseponto. A possibilidade de existirem partculas ultramicroscpicasmenores que as partculas elementares , porm, objeto de

    estudo e talvez um dia a existncia delas possa ser explicada.

    Com relao manuteno da temperatura do corpo, aArte Mdica do Japo explica que o corao absorve o elementofogo que se transforma na temperatura corporal. A medicinamoderna, porm, considera que existe uma funo nervosacentral que controla a temperatura corporal, mas isto tambmno foi ainda completamente comprovado.

    2 - Angina do Peito

    Ensinamentos

    " uma doena que produz forte dor no corao,dificuldade respiratria, um sofrimento no trax difcil de serexplicado em palavras e faz tanto o doente como as pessoas que

    esto volta pensarem que a morte inevitvel. Alis, crisesfortes podem levar a pessoa morte em algumas horas."

    "A causa a formao de concrees txicas ao redor docorao. Como resultado da debilitao da resistncia cardaca,causada pela ao purificadora, estafa mental, exerccios fsicosintensos e outros, o sangue txico comprime o corao."

  • 8/11/2019 Estudos_sobre_Joorei_-_Particularidades.pdf

    62/128

    Estudos sobre Joorei - Particularidades

    62

    Pontos para ministrar o Joorei:

    Partes anterior e posterior do corao, ombros, espaoentre as omoplatas e rins.

    Comentrio do Dr. Nitta:

    Doenas Cardacas em Geral

    H uma grande variedade de doenas cardacas e, entreelas, o infarto do miocrdio (ataque cardaco) a mais perigosa.

    Nesta doena, por causa de alteraes na parede da artriacoronria que nutre o corao, principalmente a chamadaarteriosclerose, a luz arterial progressivamente fechada. Aformao de trombos facilitada, o que obstrui a artria porcompleto. Conseqentemente, a poro do corao que irrigada por esta artria no recebe nutrientes ou oxignio emquantidade suficiente, causando a morte do msculo cardaco daregio. O corao, ento, no consegue mais exercer suas

    funes satisfatoriamente. Surge uma dor intensa na poro docorao que abrange a regio central do peito em direo aoombro, parte lateral do pescoo, parte do msculo da nuca eparte interna do brao, tudo no lado esquerdo. A pessoa sentecomo se o peito estivesse sendo apertado por um torno e tomada de desespero como se fosse o fim de tudo. A dor realmente violentssima e pode, freqentemente, levar morte.

    Se a estenose da artria coronria no for completa, adoena no se desenvolve at a destruio da musculaturacardaca, causadora do infarto do miocrdio. Contudo, acirculao sangunea para a musculatura cardaca pode tornar-seinsuficiente quando o paciente fizer exerccios fsicos intensos.Uma manifestao parecid