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FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DE CURSO
PEIXES INTERTIDAIS DA ILHA DO MARANHÃO,MARANHÃO-BRASIL
Orientanda: Nataly Guerra de Azevedo Pascoal Orientador: Jorge Luiz Silva Nunes, Msc.
Co-orientadora: Prof. Dra. Betty Rose Luz
RECIFE-PE 2006
NATALY GUERRA DE AZEVEDO PASCOAL
PEIXES INTERTIDAIS DA ILHA DO MARANHÃO, MARANHÃO-BRASIL
Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade Frassinetti do Recife como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas.
RECIFE-PE
2006
MONOGRAFIA APRESENTADA E APROVADA PELA BANCA
EXAMINADORA
Orientador
_________________________________________
Jorge Luiz Silva Nunes, Msc.
Prof. Da Universidade Federal do Maranhão - UFMA
Examinadores titulares
_________________________________________
Andréa Carla Guimarães de Paiva, Msc.
Departamento de Oceanografia da UFPE
_________________________________________
Caroline Vieira Feitosa, Msc.
Departamento de oceanografia da UFPE
DATA DE APROVAÇÃO: 06/12/2006
RECIFE 2006
AGRADECIMENTOS
Em primeiríssimo lugar agradeço ao meu PAI DO CÉU, que em muitos
momentos desta caminhada me sustentou e me ajudou a não desistir e sim
persistir.
Agradeço ao meu PAI Aurecy Pascoal, pelo incentivo, carinho, disponibilidade
e muito amor.
Agradeço à minha MÃE, Maria da Graça, que mesmo estando lá no céu me
ensinou a ser perseverante e caminhar sempre em busca dos sonhos.
À minha IRMÃ-MÃE, Izabelyta Pascoal, que com sua inteligência e amor me
ajudou com os textos em inglês.
Agradeço à minha TIA Arleide Guerra pelo seu carinho e apoio, me orientando
e me guiando com sua sabedoria de vida.
Ao meu MESTRE, AMIGO e ORIENTADOR, Jorge Nunes, pelo prazer de
compartilhar fantásticos momentos de aprendizado, pela sua indiscutível
inteligência, paciência e dedicação.
.
Às Biólogas Elisabeth Cabral e Andréia Paiva, pela ajuda com a identificação
de alguns peixes.
À Bióloga Andréa Azevedo, pelas informações que foram tão importantes.
Ao Biólogo Nivaldo Piorski, por conceder o material principal, os peixes.
Aos amigos do laboratório, Eduardo, Felipe e Marcus, que com muita atenção
me ajudaram a conservar meu material.
Á Professora e co-orientadora Betty Rose,pela atenção e apoio.
Aos novos amigos fantásticos que fiz e que me acolheram em São Luis-MA.
Aos alunos e professores que compõem o laboratório de Nécton do
Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco, que
com muito carinho me receberam e me ajudaram a desenvolver este projeto
me cedendo todos os materiais necessários.
Enfim, a todos que me ajudaram a realizar este sonho, entre parentes, amigos
e funcionários.
RESUMO Poças de marés consistem em um ambiente que mantém trocas de massa de
água periodicamente durante a preamar e baixamar. Estes ambientes tornam-
se habitats perfeitos para diversos organismos. Os peixes utilizam este habitat
como sítios de reprodução, berçário, refúgio e moradia temporária ou
permanente. O estudo foi realizado entre janeiro de 2005 e janeiro de 2006 em
duas praias, Araçagy e Panaquatira, ambas no estado do Maranhão. Para
capturar os indivíduos utilizou-se solução de mentol e puçás. Um total de 408
indivíduos foi capturado, pertencentes a 13 ordens, 22 famílias e 34 espécies.
As famílias Mugilidae, Lutjanidae e Gobiidae foram as mais especiosas
seguidas das famílias Batrachoididae, Carangidae e Blenniidae. Bathygobius
soporator foi a espécie mais abundante nas praias do Araçagy (31,63%) e
Panaquatira (53,98%). Foram catalogadas nove novas espécies para o estado
do Maranhão, considerando uma delas, Omobranchus punctatus, como
espécie invasora. Muitos exemplares juvenis foram encontrados, indicando a
importância deste ambiente de poça como área de berçário. Quanto à
residência, predominaram as espécies consideradas raras e visitantes, tanto
em Araçagy quanto em Panaquatira respectivamente. A maior biodiversidade
foi observada nas poças da praia do Araçagy. Alguns estudos com poças de
marés já foram feitos em outros estados do Brasil como: Paraíba, Ceará, Bahia
e Santa Catarina. Em uma análise de similaridade baseada na presença e
ausência das famílias de peixes pode-se observar a diferença entre o estado
de Maranhão em relação aos outros estados, considerando que há uma forte
influência estuarina nestas poças de marés.
Palavras-chave: Poças de maré, Maranhão, ictiofauna, Araçagy, Panaquatira.
ABSTRACT
Tidal pools consists in an environment that periodically keeps exchanges of
water mass during the high and low tide. These perfect environments become
habitats for diverse organisms. The fish use these small habitat for
reproduction, nursery, shelter and temporary or permanent habitat. The study
was carried through between January of 2005 and January of 2006 in two
beaches, Araçagy and Panaquatira, both in the state of the Maranhão. To
capture the individuals it was used a solution of mentol and fish traps. A total of
408 individuals was captured, belonging to 13 orders, 22 families and 34
species. The families Mugilidae, Lutjanidae and Gobiidae was the most
specious, been followed by the families Batrachoididae, Carangidae and
Blenniidae. Soporator Bathygobius was the species most abundant Araçagy
beach (31.63%) and Panaquatira (53.98%). Nine new species for the state of
the Maranhão had been catalogued, considering one of them, Omobranchus
punctatus, as invading species. Many juvenile fishes were found, indicating the
importance of this environment as nursery area. About the residence, it
predominated the rare and visiting species predominated, as much in Araçagy
how much in Panaquatira respectively. Higher biodiversity was observed in the
tidal pools of the Araçagy beach. Some studies in tidal poools had been made
in other states of Brazil as: Paraíba, Ceará, Bahia and Santa Catarina, In an
analysis of similarity based on the presence and absence of the families of fish
it was observed the difference between the state of Maranhão in relation to the
other states, considering that exists a strong estuarine influence in these tidal
pools.
Key words: Tide pool, Maranhão, Ichtyofauna, Araçagy, Panaquatira.
LISTA DE FIGURAS:
Figura 1 - Mapa da Ilha do Maranhão, destacando os sítios de coleta dos
peixes intertidais; Ilha do Medo, Araçagy e Panaquatira.
Figura 2 – Vista parcial da Praia do Araçagy – MA.
Figura 3 – Vista parcial da Praia de Panaquatira – MA.
Figura 4 - Distribuição vertical de algumas espécies de peixes intertidais
observadas na Ilha do Maranhão.
Figura 5 - Abundância mensal das espécies de peixes intertidais observadas na
praia do Araçagy, entre janeiro de 2005 e janeiro de 2006.
Figura 6 - Abundância mensal das espécies de peixes intertidais observadas na
praia de Panaquatira, entre janeiro de 2005 e junho de 2005.
Figura 7 - Cluster apresentando a similaridade entre a fauna intertidal do Brasil,
baseado na presença e ausência de famílias.
Figura 8 – Comparação dos índices de diversidade de Shannon-Wiener entre
as praias do Araçagy e Panaquatira, Ilha do Maranhão.
Figura 9 –Garças predando os peixes nas poças de marés da Ilha do
Maranhão.
LISTA DE TABELAS:
Tabela 1 – Lista taxonômica das espécies de peixes de poças de marés da Ilha
do Maranhão.
Tabela 2 – Abundância e freqüência das espécies de peixes intertidais mais
observadas em ambientes intertidais da Ilha do Maranhão, Maranhão-Brasil,
entre janeiro de 2005 e janeiro de 2006.
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
RESUMO.............................................................................................................. i
ABSTRACT.......................................................................................................... ii
LISTA DE FIGURAS............................................................................................ iii
LISTA DE TABELAS........................................................................................... iv
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10
2. OBJETIVOS..................................................................................................... 12
2.1 Geral.............................................................................................................. 12
2.2 Específicos .................................................................................................. 12
3. ÁREA DE ESTUDO......................................................................................... 13
4. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................ 15
4.1 Em campo..................................................................................................... 15
4.2 Em laboratório ............................................................................................. 15
4.3 Tratamento numérico................................................................................... 16
4.3.1 Abundância relativa.................................................................................. 16
4.3.2 Freqüência de ocorrência........................................................................ 16
4.3.3 Classificação quanto à residência.......................................................... 16
4.4 Tratamento estatístico................................................................................. 17
5. RESULTADOS................................................................................................. 18
6. DISCUSSÃO.................................................................................................... 26
7. CONCLUSÃO.................................................................................................. 30
REFERÊNCIAS................................................................................................... 31
ANEXO................................................................................................................. 36
1 - INTRODUÇÃO
As informações sobre a ictiofauna do Maranhão, principalmente para os
Osteichthyes, concentram-se principalmente em áreas estuarinas, a exemplo
das pesquisas realizadas no estuário do rio Anil (PINHEIRO-JÚNIOR et al.,
2005), do rio Coqueiro (MARTIN-JURAS et al., 1987, CASTRO, 1997), do rio
Cururuca (MARTIN-JURAS et al., 1987; CASTRO, 1997), rio Paciência
(MARTIN-JURAS et al., 1987; CASTRO, 1997; 2001), do rio Tibiri (BATISTA &
REGO, 1996; CASTRO, 1997) e da Lagoa da Jansen (MARTIN-JURAS et al.,
1987; CASTRO et al., 2001/2002). Apesar da grande ocorrência de ambientes
de poças de marés, a sua ictiofauna é totalmente desconhecida.
Poças de marés localizam-se no mediolitoral, consistindo em um
ambiente que mantém relações de troca de massas d’água periodicamente
pela ação do ciclo de marés. Os ciclos de marés controlam as condições de
estresse físico das poças promovendo variações na insolação, na temperatura,
no oxigênio dissolvido e nos batimentos de ondas (BROWN & MCLACHLAN,
1990, NASCIMENTO et al., 1997). A complexidade estrutural da poça de maré
pode proporcionar maior diversidade e riqueza de espécies devido à oferta de
microhabitats, como fendas nas rochas, na areia, dentro esponjas e banco de
algas (LIVINGSTON, 1982; HERLER et al., 1999; ROCHA et al., 2000;
FERREIRA et al., 2001).
Modificações morfológicas, anatômicas, comportamentais e fisiológicas
podem ser notadas como adaptações que favorecem a exploração do habitat
como sítios de reprodução, berçário, refúgio e moradia temporária ou
permanente para várias espécies de peixes (MORIN,1986; BROWN &
MCLACHLAN,1990). Contudo, a etapa de maior importância no estudo de
comunidades é a busca por padrões de estrutura e composição, pois o seu
conhecimento permite o manejo sustentado de populações e o monitoramento
de atividades antrópicas (PEREIRA & SOARES-GOMES, 2002).
Os estudos da ictiocenose de poças de marés têm enfocado três pontos:
a estrutura de comunidades, avaliação biológica e caracterização do gradiente
latitudinal das comunidades, e influência dos fatores abióticos sobre a estrutura
e diversidade das comunidades (ZACHARIAS & ROFF, 2001). Entretanto, no
Brasil, estes estudos são muito incipientes, destacando os estudos de
levantamento da ictiofauna das poças de Salvador e cidades adjacentes na
Bahia (ALMEIDA, 1973, 1983); diversidade da ictiofauna das poças da praia de
Cabo Branco na Paraíba (ROSA et al., 1997), lista de espécies, hábito
alimentar e morfologia do trato digestório e análise comparativa das
assembléias de poças de marés no Ceará (ARAÚJO et al., 2000; FEITOSA &
ARAÚJO, 2002), diversidade e sazonalidade na ictiofauna de poças de marés
em Santa Catarina (BARREIROS et al., 2004), e censo visual por alunos de
biologia e distribuição espacial de acanturídeos em Pernambuco (ARAÚJO et
al., 2005a,b).
Este trabalho teve como objetivo realizar o primeiro estudo de
comunidades de peixes de poças de marés do estado do Maranhão.
2 - OBJETIVOS
2.1 – Objetivo geral
Descrever a ictiocenose das poças de marés das praias da Ilha do
Maranhão.
2.2. – Objetivos específicos
2.2.1 - Descrever quali-quantitativamente a composição de peixes em poças de
marés;
2.2.2 - Comparação da ictiocenose intertidal maranhense com outras
comunidades de peixes similares dos estados do Ceará, Paraíba e Santa
Catarina;
3 - ÁREA DE ESTUDO
As coletas foram realizadas em poças das praias do Araçagy, da Ilha do
Medo e de Panaquatira situadas na Ilha do Maranhão (antiga Ilha de São Luís)
(Figura 1).
As poças da praia do Araçagy (Figura 2) (Lat. 02° 30’ 03”S e Long. 44°
07’08”W) são caracterizadas por serem ricas em arenito ferruginoso, pelas
quais as mesmas são formadas nas depressões ou são delimitadas por estas
rochas (NUNES & MACHADO, 2001; NUNES et al. 2006).
A área onde os peixes foram coletados na Ilha do Medo (Lat. 01° 27’ S e
Long. 44° 12’ W) corresponde a um lajeado de um extenso afloramento
rochoso que se distribui da linha superior do mediolitoral até o infralitoral,
sofrendo diariamente a ação da dinâmica de macro marés presentes no Estado
(PAIVA, 2004, NUNES et al., 2005).
A praia de Panaquatira (Figura 3) (Lat. 02° 28’ S; Long. 44° 02’W)
situada no município de São José de Ribamar, a noroeste da Ilha do
Maranhão, consiste em uma extensa praia de areia que possui arenitos
ferruginosos que formam algumas poças de marés (MARTINS,2001; SILVA et
al., 2004).
Legenda – IM: Ilha do Medo, PA: Praia Do Araçagy, PP: Praia de Panaquatira Figura 1 – Mapa da Ilha do Maranhão, Maranhão-Brasil destacando os sítios de coleta dos peixes intertidais; Ilha do Medo, Araçagy e Panaquatira.
Figura 2 –Vista parcial da Praia Figura 3 –Vista parcial da Praia
Do Araçagy. De Panaquatira.
4 - MATERIAL E MÉTODOS
4.1- Em campo
Este estudo foi realizado durante o período diurno e no regime de
baixamar entre janeiro de 2005 e janeiro de 2006. As poças foram escolhidas
aleatoriamente nas praias do Araçagy, Ilha do Medo e Panaquatira situadas na
Ilha do Maranhão (antiga Ilha de São Luís) (Figura 1).
A metodologia de captura constou do uso de uma solução de mentol
como anestésico a fim de capturar os exemplares espeleofílicos e crípticos e,
puçá de mão para os espécimes facilmente visualizados na poça. Em raras
ocasiões alguns espécimes foram obtidos através de pescadores locais que
faziam lances de tarrafas ou por outros pesquisadores que também estudavam
a mesma área.
4.2 - Em laboratório
Os espécimes foram fixados em solução de formalina a 10% e
preservados em solução alcoólica de 70% (SOUZA & AURICCHIO, 2002) e
encontram-se na coleção de peixes do Departamento de Oceanografia e
Limnologia da Universidade Federal do Maranhão e do Departamento de
Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco.
Os exemplares foram analisados sob microscópio estereoscópico e
identificados utilizando-se as literaturas especializadas de Roman (1982),
Figueiredo & Menezes (1978, 2000), Menezes & Figueiredo (1980, 1985),
Cérvigon (1993) e Froese. & Pauly (2006), a classificação taxonômica seguiu
Nelson (1994).
4.3 - Tratamento numérico
4.3.1 - Abundância relativa
Ar = NIT x 100/ Nt, onde:
Ar – abundância relativa;
NIT – número de indivíduos da espécie analisada; e
Nt – somatório de todos os indivíduos capturados.
4.3.2 - Freqüência de ocorrência
Fo = NA x 100/ NAT, onde:
Fo – freqüência de ocorrência (%);
NA – número de amostras onde a espécie ocorre; e
NAT – número total de amostragem.
4.3.3 - Classificação quanto à residência (VASCONCELOS-FILHO &
OLIVEIRA, 2000)
>50% - residentes
25 a 50% - visitantes
<25% - raras
4.4 – Tratamento estatístico
Para a análise dos padrões estruturais foram construídos gráficos
através do programa Excel for Windows XP da Microsoft®, para o cálculo do
Índice de diversidade (Shannon-Wiener) foi utilizado o programa PAST versão
1.37 (Palaeontological Statistics software package for education and data
analysis by Hammer et al., 2001) e, para análise de similaridade foi plotado um
cluster através da rotina diversity analysis do programa MVSP versão 3.11.
5 – RESULTADOS
Neste estudo um total de 408 indivíduos foram capturados, sendo
pertencentes a 22 famílias e 34 espécies (anexo), como apresentado na tabela
1.
A praia do Araçagy foi a área mais estudada, com sete coletas
realizadas entre janeiro de 2005 a janeiro de 2006. As praias de Panaquatira e
da Ilha do Medo tiveram uma menor cobertura de amostragem compondo em
quatro e uma coletas neste mesmo período, respectivamente. O único dado
extraído da coleta na Ilha do Medo foi o acréscimo de Pseudauchenipterus
nodosus e Anableps microlepis na lista de espécies, visto que estas foram
capturadas apenas nesta circunstância.
Tabela 1 – Lista taxonômica das espécies de peixes de poças de marés da Ilha do Maranhão. _______________________________________________________________
___
Classe Condrichthyes
Ordem Rajiformes Família Gymnuridae
Gymnura micrura (Bloch, 1801) arraia baté Classe Osteichthyes
Ordem Albuliformes
Família Albulidae
Albula vulpes (Linnaeus, 1758)
Ordem Anguilliformes
Família Ophichthidae
Myrichthys ocellatus (Le Sueur, 1825) moréia
Ordem Cupleiformes
Família Engraulidae
Anchoviella sp. sardinha
Ordem Siluriformes
Família Auchenipteridae
Pseudauchenipterus nodosus (Bloch, 1794) papista
Ordem Batrachoidiformes
Família Batrachoididae
Amphichthys cryptocentrus (Cuvier & Valenciennes, 1837)
pacamão
Thalassophryne nattereri Steindachner, 1876 niquim
Ordem Lophiiformes
Família Antennariidae
*Antennarius multiocellatus (Valenciennes, 1837) peixe sapo
Ordem Mugiliformes
Família Mugilidae
Mugil curema Valenciennes, 1830 tainha sajuba
Mugil gaimardianus Desmarest, 1831 tainha pitiu
Mugil liza Valenciennes, 1836 tainha curimã
Ordem Atheriniformes
Família Atherinidae
Atherinella brasiliensis (Quot & Gaimard, 1825) joão duro
Ordem Cyprinodontiformes
Família Anablepidae
Anableps microlepis Müller, 1844 tralhoto branco
Ordem Perciformes
Família Carangidae
*Caranx lugubris Poey, 1860 xaréu
Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758) pampo
Família Lutjanidae
Lutjanus jocu (Bloch & Schneider, 1801) carapitanga/dentão
*Lutjanus griseus (Linnaeus, 1758) carapitanga
Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758) carapitanga/ariocó
Lutjanus sp.
Família Gerreidae
Eucinostomus argenteus (Baird & Girard, 1845) escrivão
Família Haemulidae
Genyatremus luteus (Bloch, 1790) peixe pedra
Família Polynemidae
Polydactylus oligodon (Günther, 1860) barbudinho
Família Bleniidae
**Omobranchus punctatus (Valenciennes, 1836)
*Scartella cristata (Linnaeus, 1758)
Família Gobiosocidae
*Gobiesox barbalutus Stark, 1913
Família Gobiidae
*Barbulifer ceuthoecus (Jordan & Gilbert, 1884)
Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837) muré
Gobioides sp.
Família Ephippidae
Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782) paru
Ordem Pleuronectiformes
Família Paralichthyidae
Citharichthys spilopterus Gunther, 1862 solha urumaçara
*Citharichthys arenaceus Evermann & Marsh, 1900
Ordem Tetraodontiformes
Família Tetraodontidae
Sphoeroides greeleyi Gilbert, 1900 baiacu areia
Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758) baiacu pininga
Família Diodontidae
*Cyclichthys spinosus (Linnaeus, 1758) baiacu de espinho
Legenda: * Espécies citadas pela primeira vez para o estado do Maranhão; ** Espécie exótica.
As famílias Mugilidae, Lutjanidae e Gobiidae foram as mais especiosas,
com três espécies cada. Em seguida as famílias Batrachoididae, Carangidae e
Bleniidae apresentaram duas espécies (Tabela 1).
Bathygobius soporator foi a espécie mais abundante nas praias do
Araçagy (31,63%) seguida por M.liza (14,63%), O. punctatus (13,95%) e S.
testudineus (11,56%). Em Panaquatira B. soporator também foi a espécie mais
abundante (53,98%),enquanto as espécies que apresentaram valores
expressivos de abundância foram: L. jocu (11,50%) e C. faber (10,62%)
(Tabela 2).
A classificação ecológica das espécies quanto à residência seguiu o
trabalho de Vasconcelos-Filho & Oliveira (2000), onde a categoria dominante
na praia do Araçagy foi das espécies raras (50%), seguidas dos visitantes
(40%). Na praia de Panquatira apenas duas categorias estiveram presentes,
com visitantes sendo dominantes (55%) (Tabela 2). A distribuição vertical de
algumas espécies de peixes intertidais é ilustrada na Figura 4.
Tabela 2 – Abundância e freqüência das espécies de peixes mais observadas em ambientes intertidais da Ilha do Maranhão, Maranhão-Brasil, entre janeiro de 2005 e janeiro de 2006.
Araçagy Panaquatira Espécie AA A% FA F% CE AA A% FA F% CE L.griseus 9 3,06 2 28,57 Visitante 5 4,42 2 50,00 Visitante B. soporator 93 31,63 7 100,00 Residente 61 53,98 4 100,00 Residente S.greeleyi 7 2,38 3 42,86 Visitante 6 5,31 3 75,00 Residente O. punctatus 41 13,95 3 42,86 Visitante C. faber 5 1,70 2 28,57 Visitante 12 10,62 3 75,00 Residente S.testudineus 34 11,56 3 42,86 Visitante 3 2,65 2 50,00 Visitante G.luteus 23 7,82 3 42,86 Visitante 8 7,08 2 50,00 Visitante M.ocellatus 1 0,34 1 14,29 Raro T.nattereri 1 0,34 1 14,29 Raro M.curema 2 0,68 1 14,29 Raro C.lugubris 1 0,34 1 14,29 Raro M.liza 43 14,63 5 71,43 Residente C.arenaceus 2 0,68 1 14,29 Raro 1 0,88 1 25,00 Visitante M.gaimardianus 4 1,36 2 28,57 Visitante T. falcatus 1 0,34 1 14,29 Raro C. spinosus 1 0,34 1 14,29 Raro A. vulpes 6 2,04 1 14,29 Raro L.jocu 17 5,78 3 42,86 Visitante 13 11,50 3 75,00 Residente L.sinagris 1 0,34 1 14,29 Raro S.cristata 2 0,68 1 14,29 Raro G.barbatulus 4 3,54 1 25,00 Visitante Total 294 113
Legenda: AA - Abundância absoluta, A% - Abundância relativa, FA – Freqüência absoluta, F%
- Freqüência relativa, CE – Classificação ecológica.
Bathygobius soporator e M. liza apresentaram a maior abundância em
grande parte dos meses de coleta na praia do Araçagy, sendo que nenhuma
das duas espécies foi capturada no último mês do estudo (Figura 5). Na praia
de Panaquatira, observou-se que B. soporator foi a espécie mais abundante
em todas as coletas realizadas, seguidas por L. jocu. (Figura 6).
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)
(8)
(9)
(10)
(11)
(12)
(13)
(14)
(16) (15)
(17) (18)
(19)
Figura 4 – Distribuição vertical de algumas espécies de peixes intertidais observadas na Ilha do Maranhão, Maranhão-Brasil.
Legenda: 1) A. microlepis; 2) S. testudineus; 3) M.curema; 4) C faber; 5) C. spinosus; 6) S.
greeley; 7) A. brasiliensis; 8) M. liza; 9) C. lugubris; 10) T. falcatus; 11) A. vulpes; 12) E.
argenteus; 13) G. luteus; 14) L.jocu; 15) A. multiocellatus; 16) B. soporator; 17) C. arenaceus;
18) C. spilopterus; 19) O. punctatus.
Figura 5 - Abundância mensal das espécies de peixes intertidais observadas na praia do Araçagy, Maranhão-Brasil, entre janeiro de 2005 e janeiro de 2006.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Jan Fev Abr Jun Jul Nov jan/06
Meses
Abu
ndân
cia
(%)
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Jan Mar Abr Jun
Abu
ndân
cia
(%)
Lgri Bsop Sgre Opun Cfab Stes Glut Mliz Avul Ljuc
Figura 6 - Abundância mensal das espécies de peixes intertidais observadas na praia de Panaquatira, Maranhão-Brasil, entre janeiro de 2005 e junho de 2005. A figura 7 mostra o cluster entre a ictiofauna do Maranhão e de outros estudos
feitos na Paraíba, Ceará e Santa Catarina através da análise de similaridade,
onde esta produz três agrupamentos de acordo com a característica ambiental
de cada uma; estuarina, recifal e costão rochoso, respectivamente.
1
2
3
Meses
Bsop Ljoc Sgre Cfab Stes Care Gbar Glut Lgri
Figura 7 - Cluster apresentando a similaridade entre diferentes ictiocenoses intertidais do Brasil baseado na presença e ausência de famílias.
A comparação dos índices de diversidade de Shannon-Wiener mostra
que a ictiocenose intertidal da praia do Araçagy apresenta a diversidade maior
do que na praia de Panaquatira, ocorrendo a exceção no mês de janeiro de
2005 (Figura 8)
Figura 8 – Comparação dos índices de diversidade de Shannon-Wiener entre as praias do Araçagy e Panaquatira, Ilha do Maranhão, Maranhão-Brasil.
6 - DISCUSSÃO
A composição da ictiofauna intertidal da Ilha do Maranhão apresentou
sua assembléia semelhante aos resultados encontrados por Rosa et al. (1997)
na Paraíba e Barreiros et al. (2004) em Santa Catarina, onde a família Gobiidae
apresentou uma grande abundância de indivíduos, assim como o maior número
de espécies. Os espécimes B. soporator foram encontrados em várias classes
de tamanho e sempre freqüente nas coletas configurando uma espécie
residente de poças de marés. Sua morfologia é considerada uma adaptação,
pois apresentam o corpo deprimido, suas nadadeiras pélvicas são modificadas
em uma ventosa que se adere ao substrato para evitar que o indivíduo seja
arrastado pelo batimento das ondas e, ainda possuem pequeno porte que os
habilitam a se abrigarem em pequenas fendas nas rochas (MENEZES &
FIGUEIREDO, 1985).
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Araçagy Panaquatira
As famílias Mugilidae e Lutjanidae, também importantes nas
ictiocenoses de poças de maré do Ceará (ARAÚJO et al., 2000) e na Paraíba
(ROSA et al., 1997), juntamente com os Gobiidae foram as mais especiosas e
com representantes abundantes tanto na praia do Araçagy quanto na praia de
Panaquatira. De acordo com os tamanhos dos espécimes, estes foram
considerados juvenis, assim como a maioria das espécies que habitam as
poças de maré.
A grande ocorrência de espécies juvenis indica que as poças funcionam
como berçário para muitas espécies de importância comercial ou ecológica.
Estudos destacam a utilização de poças como locais de recrutamento de
Epinephelus marginatus e Abudefduf saxatilis (BERTONCINI et al., 2003;
BARREIROS et al., 2004). Os indivíduos juvenis utilizam as poças a fim de
obter refúgio, alimento e proteção contra predadores, por outro lado, há a
compensação deste alto custo advindo das condições físicas evidenciadas
muitas vezes quando encontramos peixes mortos decorrentes do aumento da
temperatura ou por esvaziamento das poças (GIBSON & YOSHIYAMA, 1999).
Predadores do ambiente terrestre se fazem presentes nos arredores das
poças (GIBSON & YOSHIYAMA, 1999), sendo comum observar as investidas
de garças, maçaricões e gaivotas a exemplo das poças estudadas no
Maranhão (Figura 9).
Figura 9 – Fotografia de garças predando os peixes nas poças de marés da Ilha do Maranhão, Maranhão-Brasil.
A ictiofauna intertidal do Maranhão apresentou sua composição
influenciada pelos ambientes estuarinos adjacentes, onde 73% das espécies
de poças já haviam sido registradas em estudos de comunidade de peixes
estuarinos na Ilha do Maranhão (MARTIN-JURAS et al., 1987; BATISTA &
REGO, 1996; CASTRO, 1997, 2001; CASTRO et al., 2001/2002; PINHEIRO-
JÚNIOR et al., 2005).
A influência estuarina é evidente quando se analisa o cluster realizado
entre a ictiocenose de poças de marés de localidades no Brasil com diferentes
padrões de composição. O Maranhão é destacado em um grupo isolado dos
estados do Ceará e Paraíba que possuem uma ictiofauna típica de corais
comuns no nordeste e de Santa Catarina que cujas poças têm influência de
ambientes de costões rochosos e baixa temperatura.
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Das espécies capturadas em ambientes intertidais nove delas são
citadas pela primeira vez para o estado do Maranhão: Antennarius
multiocellatus, Caranx lugubris, Lutjanus griseus, Omobranchus punctatus,
Scartella cristata, Gobiesox barbalutus, Barbulifer ceuthoecus, Citharichthys
arenaceus e Cyclichthys spinosus, contudo, com exceção de O. punctatus
todas estas espécies apresentam sua área de distribuição abrangendo o
Maranhão. Destas espécies, O. punctatus merece maior atenção por ser
considerada uma espécie exótica originada da região indo-pacífica que
possivelmente sua introdução deve estar relacionada ao transporte de águas
de lastro dos navios (GERHARDINGER et al., 2006), fato verificado, na Ilha do
Maranhão onde estão instalados portos com grande movimentação
internacional.
O índice de diversidade entre as praias estudadas aponta que a
praia do Araçagy supera Panaquatira, onde é notório encontrar maior
diversidade de habitat entre as poças e dentro delas. As poças podem ser
encontradas na areia e nos arenitos, além disso, é comum observar grande
quantidade de galerias interligando as poças nos arenitos, condição que
incrementa mais sua complexidade estrutural. (LIVINGSTON, 1982; HERLER
et al., 1999; ROCHA et al., 2000; FERREIRA et al., 2001).
Apesar de poucos estudos sobre poças de maré no Brasil, seus
resultados apontam grande importância destes ambientes, pois são
considerados berçários naturais de muitas espécies de peixes, conseguinte,
destacamos a necessidade de estudos mais amplos com o propósito de
compreender melhor sua biodiversidade.
Outra constatação obtida nesta pesquisa é a urgente necessidade de um
estudo de avaliação ecológica da espécie invasora O. punctatus nas poças,
visto que esta espécie tem sido encontrada facilmente neste ambiente.
7 – CONCLUSÃO
• A ictiofauna intertidal é composta por 13 ordens, 22 famílias e 34
espécies;
• As famílias Mugilidae, Lutjanidae e Gobiidae foram as mais especiosas,
cada uma com três espécies;
• Bathygobius soporator foi a espécie mais abundante nas poças;
• Quanto à residência a dominância foi de espécies raras e visitantes,
respectivamente no Araçagy e Panaquatira;
• A ictiofauna intertidal sofre influência direta dos ambientes estuarinos
adjacentes;
• As poças da praia do Araçagy apresentaram a maior biodiversidade
sobre as poças da praia de Panaquatira;
• Nove espécies são citadas pela primeira vez para o estado do
Maranhão, sendo que uma delas, Omobranchus punctatus, corresponde
a uma espécie invasora.
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(Valenciennes,1837) (Cuvier &Valenciennes,1837)
Chaetodipterus faber (Broussonet,1782) Eucinostomus argenteus (Baird & Girard,1845)
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Genyatremus luteus (Bloch,1790) Gymnura micrura (Bloch,1801)
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Lutjanus jocu (Bloch & Schneider,1801) Mugil curema Valenciennes,1830
Mugil gaimardianus Desmarest,1831 Myrichthys ocellatus (Le Sueur,1825)
Omobranchus punctatus (Valenciennes,1836) Polydactylus oligodon (Gunther,1860)
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Scartella cristata (Linnaeus,1758) Trachinotus falcatus (Linnaeus,1758)
Thalassophryne naterreri Steindachner,1876 Sphoeroides testudineus (Linnaeus,1758)
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Sphoeroides greeleyi Gilbert,1900 Mugil liza Valenciennes,1836
Caranx lugubris Poey,1860 Albula vulpes (Linnaeus,1758)
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Anableps microlepis Muller,1844 Lutjanus griseus
(Linnaeus,1758)
Lutjanus synagris (Linnaeus,1758) Citharichthys arenaceus Evermann & Marsh, 1900
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Gobiesox barbatulus Starks,1913 Pseudauchenipterus nodosus
(Bloch,1794)
Antennarius multiocellatus (Valenciennes,1837) Atherinella brasiliensis
(Quoy & Gaimard,1825)
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