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Fundamentalismo Cristão

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    UNIVERSIDADE DA BBLIA

    Matria: FUNDAMENTALISMO

    PROPSITO DESTE ESTUDO:

    1. Criar um discernimento espiritual crtico capaz de destinguir entre Verdade e Falsidade, entre Cristianismo Autntico, Teocntrico, Vivo e Redentor, e Cristianismo Adulterado,

    Contextualizado antropocentricamente [tendo o homem e a cultura como o centro e ponto

    de partida], Mistificado, Ecumenizado e Sincretizado, portanto, falso. E para que, alcanando

    maturidade na vida, no servio cristos, como tambm, unidade na f genuna, no se

    deixem levar por todo o vento de doutrina, pelo contrrio, a identifiquem e denunciem. (I

    Jo.2:21; 4:1-6; Mt. 7:15,21-23; Ef. 4:13-15; 5:11).

    2. Exortar cada crente fiel a Cristo e Bblia a"...batalhardes pela f diligentemente pela f que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jud.3). A vida cristo no uma praia de

    lazer e relaxamento, mas, sim, um campo de batalha em constante tenso com os poderes

    das trevas, liderado pelo pai da mentira;

    3. Mostrar que a F a ser defendida todo o conjunto de DOUTRINAS e ENSINOS BBLICOS, que algo COMPLETO E UMA VEZ POR TODAS REVELADO para orientar a caminhada da

    igreja nesta dispensao antes do arrebatamento. De modo que, no preciso buscarmos

    novas doutrinas e revelaes via experincias msticas-carismticas, e nem nos apegarmos a

    apenas uma parte desta f. (Gl.1:9,9; Ap.22:18-20)

    4. Mostrar que os perigos contra o verdadeiro evangelho e a igreja produto dele, o ataque tanto de fora [o perigo externo: o mundo descrente], quanto de dentro [o perigo interno: os

    falsos mentres e falsos profetas que si dizem "crentes"]. Fica claro pelo estudo da histria da

    igreja, que os mais destrutivos inimigos da f crist verdadeira, foram pessoas que surgiram

    dentro prpria das igrejas crists (At. 20:28-30; II Tm. 2:15-19)

    5. Mostrar que os VERDADEIROS CRENTES, no so aqueles que em nome da unio e comunho crist sacrificam doutrinas bblicas [fazendo separao arbitrria entre o que

    relevante e o que no importante na s doutrina bblica]. Os CRENTES VERDADEIROS so

    semelhantes aos antigos ANABATISTAS, que o historiador eclesistico EARLE E. CAIRNS diz

    que eles por causa de sua fidelidade ao que criam: "foram cruelmente vitimados, tanto pelos

    protestantes como pelos Catlicos Romanos. Eles foram forados a pular para a morte, de

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    penhascos, e foram afogados, queimados e enforcados". Isto, se chama SER COERENTE COM A F, e somente os crentes fiis podem s-lo (Hb. 11:36-40).

    6. Mostrar que nem todos que so inimigos da f crist fundamentalista, negam as doutrinas fundamentais, alguns chegam a t a ensin-las, alm disso, alguns deles parecem ser crentes

    sinceros, santos, esforados no evangelismo, mas que no esto interessados em defender

    as doutrinas fundamentais da Bblia, nem esto prontos a se separar dos que negam tais

    fundamentos. Estes indivduos, talvez at sejam realmente crentes salvos [s Deus o sabe],

    porm eles representam, a falta de compromisso com a genuna f crist, o afrouxamento

    nas convices crists, a rendio e deposio de armas diante do inimigo; um incentivo ao

    crescimento livre da apostasia, pois toda neutralidade no campo da luta contra as artes e

    artimanhas das hostes do mal, torna-se de fato uma colaborao com o mal. Estes indivduos

    "neutros" e que ainda querem dialogar com o mal [os apstatas], depois de repetidas vezes

    advertidos devem ser excludos de nossa comunho, segundo nos ordena a Bblia. [Quanto a

    neutralidade veja: Tg. 5:12; Mt. 5:37; [veja a repreenso de Deus a Josaf por colaborar com

    o infiel rei de Israel Acabe. II Cron. 19:2]; Esdras 4:1-4 [veja a atitude que crentes fiis tomam

    quanto a trabalhos conjuntos com os infiis: Esdras 4:1-4].

    7. Mostrar que discernir entre verdade e erro, lobo e cordeiro, verdadeiro profeta e falso profeta, mestre verdadeiro, e falso mestre, ensino de Deus e ensino de demnios, no

    tarefa fcil, tudo isso pode se apresentar exteriormente de modo muitssimo semelhante,

    com uma sutileza satnica to enganosa, capaz de enganar o mais experiente dos

    fundamentalistas, que abaixou a guarda e comeou a descuidar de sua espiritualidade

    pessoal. exigido um constante exerccio das faculdades espirituais, em prol do prprio

    crescimento no conhecimento da Palavra de Deus, numa constante busca de um

    conhecimento real e pessoal de Deus atravs de todos os meios que a graa coloca a

    disposio do cristo, numa percepo crescente do valor supremo e preeminente de Cristo,

    num despojamento constante do "Eu malvado e egocentrizado", no cultivo incessante da

    humilde, numa constante atitude de servo, totalmente dependente da vontade de Deus,

    com o propsito inegocivel de fazer tudo para agradar a Deus e glorific-lo para sempre.

    Apresentando sempre, frutos dignos de arrependimento, e frutos evidentes de uma vida de

    labor no reino em prol das almas perdidas, num constante discipular das almas novas

    convertidas. /ainda, no gastar todo o nosso tempo na luta e descuidar de cultivar a seara do

    Senhor, que a razo de estarmos lutando [proteger a semente que vai ser semeada, e ao

    mesmo tempo semea-la e depois colher os frutos quando surgirem. Somos igualmente

    responsveis de defender a igreja e ao mesmo tempo edific-la. Nos separarmos do mundo e

    ao mesmo tempo ganh-lo para Cristo] (Mt.7:15, 21,23; 13:3-8,19-23, 24--30, 36-43; 24:24; II

    Cor. 11:2-4, 13-15; Apoc. 22:11-12).

    TESE: O CRISTIANISMO E SEUS FUNDAMENTOS.

    q O Cristianismo uma religio que se alicera nos pressupostos da Revelao Bblica, cujos fundamentos no so apenas coerentes com a verdade e a realidade da vida, mas so a

    prpria verdade, desde que so a prpria, autoritativa e indestrutvel Palavra de Deus. O

    Cristianismo como um corpo de verdades fundamentais, tem resistido ao teste da

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    COERNCIA COM A REALIDADE, ou seja, quando testado na vida prtica se mostra coerente e funcional, e esta prova e aprovao tem sido feita atravs dos sculos com sucesso.

    Enquanto que todas os outros sistemas filosficos e religiosos, conquanto mostrem

    sofisticados e fantsticos sistemas de idias e princpios, nenhum deles resistem ao impacto

    com a simples realidade da vida. No so coerentes, no funcionam, e nem podem

    funcionar, por que so feitos a a partir da prpria elucidao humana, que no onisciente e

    muito menos infalvel, como o a Bblia Sagrada.

    O Cristianismo Bblico difere de tudo o mais , porque mais que um conceito ou filosofia, de fato, como j disse Francis schaeffer, a "relao pessoal com o Deus pessoal que existe...

    relao esta baseada na comunicao escrita e proposicional de Deus para os homens e no

    trabalho completo de Jesus Cristo na histria espao-temporal". A genuna experincia de

    converso a Cristo difere de todas as outras converses religiosas, porque infinitamente

    mais que a compreenso e adoo de um sistema religioso ou ideologia filosfica, e muito

    mais que uma experincia mstica inexplicvel, ainda citando Schaeffer, "uma experincia

    final, porm pode ser verbalizada e de tal natureza que pode ser discutida racionalmente"

    (Francis A. Schaeffer "O Deus que Intervm" pg.27).

    O Cristianismo como um sistema de crenas baseado nos pressupostos do tesmo cristo, ou seja, baseado em conceitos que tm de ser admitidos antes de se comear qualquer

    discusso. Eis estes pressupostos, so os verdadeiros fundamentos da verdadeira religio, e

    que distingue o Cristianismo de tudo o mais. A metodologia do Cristianismo presuposional.

    Comea com o Deus da Bblia.

    Deus existe, e Ele como Ele prprio se auto-revelou na natureza, na conscincia humana, na histria [revelao natural], e na Bblia [revelao especial escrita e encarnada]; A partir

    da crena que o Deus da Bblia existe, segue-se todas as implicaes de se crer num Deus

    Trino [Pai, Filho e Esprito Santo], Tem Absoluto domnio de todo poder, cincia e presena

    no Universo, Pessoal-Infinito-Eterno, Criador-Sustentador-Governador do Universo,

    Imanente e Transcedente a criao, esta depende dele e Ele no depende de nada e nem de

    ningum, Soberano-Absoluto com Liberdade Perfeita, Legislador-Juiz-Redentor, Verdade-

    Justia-Santidade-Retido, Amor-Bondade-Graa-Misericrdia. Possui todas as Perfeies em

    Grau Infinito. Criou o homem a sua imagem e semelhante para como Ele se comunicar, e

    para tornar possvel sua auto-revelao.

    A Verdade existe, porque o Deus que existe a Verdade e garante que a verdade ser sempre verdade, por isto toda verdade que existe a verdade de Deus e ela se expressa em

    categorias Absolutas de causa e efeito, de certo e errado, de tese e anttese, encontrando

    sua expresso mais perfeita, aqui na terra, to somente na Bblia. De modo que, se algo

    verdadeiro, o seu oposto falso; se algo bom o seu oposto ruim, no dizer do apstolo

    Joo: "...porque mentira alguma jamais procede da verdade." (I Jo.2:21b); Portanto, o tesmo

    cristo trata com verdades absolutas, e no com um conceito de verdade relativista, que

    uma coisa pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo dependendo das circunstncias e

    dos motivos.

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    A Bblia a Palavra e a Verdade de Deus Revelada e Inspirada verbal e plenariamente por Deus, por isso infalvel, inerrante, nica regra de f e prtica. Quando ela fala, Deus que

    fala.

    A possibilidade de se ter uma TEOLOGIA BBLICA FUNDAMENTAL, ou UM CREDO DOGMTICO, ou uma TEOLOGIA SISTEMTICA BEM DEFINIDA que expresse o que a Bblia

    chama de a S DOUTRINA ou OS FUNDAMENTOS CRISTOS; Uma teologia fundamental e

    no existencial mudada conforme o contexto.

    A Queda do Homem uma fato, derivando este conceito da realidade humana e da

    revelao bblica, junto com todas as implicao como Total Inabilidade Humana quanto a

    salvao.

    A Salvao exclusivamente pela GRAA e F em Cristo.

    A Igreja, como Corpo de Cristo, formada somente de Crentes Regenerados, santificada e separada de todas as manifestaes do mal. Local, Militante, Evangelista, Discipuladora,

    Missionria e Triunfante.

    A concretizao DO FUTURO ESCATOLGICO das profecias Bblicas, com todos os eventos que envolvem a Igreja, Israel e o mundo [apostasia, arrebatamento pr-tribulacional, Grande

    Tribulao, Parousia, Reino Milenar, Juzo do Grande Trono Brando, Lago de fogo para os

    perdidos e Novos cus e nova terra para os salvos eternamente].

    FUNDAMENTOS DO PENSAMENTO FILOSFICO SECULAR QUE CRIARAM A FILOSOFIA EXISTENCIALISTA QUE POR SUA VEZ RESULTOU EM RELATIVISMO PRAGMTICO

    Diz-se que a investigao para se chegar a verdade no pode partir de preconceitos ou pressupostos, ou seja, no se deve partir de nenhuma fonte de autoridade fora da

    experincia do prprio homem. Isto implica que se deve tentar achar Deus e chegar a

    verdade religiosa, sem se basear em nada a no ser nos resultados da prpria investigao

    que fez, com os dados conseguidos e interpretados pela mente humana [teologia natural em

    contraste com a teologia revelacional]. Alguns filsofos, "telogos" e cientistas tentaram em

    vo defender tal teoria da Verdade e do Conhecimento. Meu professor de teologia no

    Seminrio Batista do Cariri, gostava de dizer que: "ningum pensa num vcuo", ou seja, no

    se pode desenvolver uma idia a partir do nada. Tudo que um ser inteligente pensa est

    baseado em algum pressuposto, alguma coisa lhe provocou e deu base para tal pensamento,

    mesmo que seja uma coisa fictcia. Portanto, desonesta a firmao do pensar no

    pressuposicional.

    Aqueles que dizem que comeam seu sistema de pensamento do nada, na realidade esto comeando seu pensamento a partir de si mesmos, ou seja, a partir do homem. E o que

    acontece, quando uma filosofia ou teologia comea seu sistema ideolgico a partir do

    humanismo ? O Grfico a seguir mostrar o que aconteceu com o conceito de verdade na

    filosofia, teologia, artes e cultural em geral depois que o homem fracassou em tentar

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    explicar o universo e tudo que est implicado nele, partindo do homem, e de um universo fechado, onde no h lugar para o Deus da Bblia:

    COMEANDO A PARTIR DO HOMEM [HUMANISMO]

    importante entender como e quando isto aconteceu, pois a filosofia existencialista, ao abandonar o conceito de verdades absolutas com resultados certos de causa e efeito e

    adotar um conceito de verdades relativas [Relativismo Pragmtico], destruiu os prprios

    fundamentos da verdade, inclusive os fundamentos do cristianismo, para os que adotam

    esta filosofia. Esta tragdia [a ltima grande cartada de Satans] afetou todas as reas do

    conhecimento humano, no s na filosofia, mais inclusive e principalmente a teologia, pois

    no tardou muito e alguns telogos tentaram o casamento entre a teologia e a filosofia

    existencialista, o resultado a teologia existencialista, no mais baseada nos fundamentos

    de verdades absolutas do cristianismo, mas numa contextualizao filosofica-cultural-

    existncial onde tudo relativo.

    Francis Schaeffer [um dos telogos fundamentalistas que muito tem influenciado o movimento fundamentalista] tem alertado aos cristo para esta terrvel mudana de

    metodologia e conceituao da verdade. Ele fala que houve um hiato entre o tempo em que

    at os descrentes agiam como se existissem verdades absolutas, e o tempo em que o

    homem perdeu totalmente essa crena, e mergulhou num desespero profundo, pois j no

    havia certeza de nada, apenas o que sobrou foi a sua prpria existncia, da, o nome

    "existencialismo". A nica coisa que lhe sobrou era o fato que, ele prprio, estava ali, existia,

    e tinha de encontrar uma maneira de autenticar aquela existncia. Como no podia fazer isto

    racionalmente, porque abandonou o processo racional de verdades absolutas e de causa e

    efeito, tenta atravs do que Kierkegaard chamou de "um salto de f", ou seja, experimentar

    atravs de uma experincia mstica no racional algo lhe d motivos para continuar

    existindo.

    Escutemos o Schaeffer tem a dizer sobre isso:

    " ...Quais eram estas pressuposies? A bsica era que na realidade existem coisas tais como absolutos. Aceitavam a possibilidade de um absoluto na rea do Ser (ou conhecimento) e na

    rea da Moral. Por isso, porque aceitavam a possibilidades de absolutos, ainda que

    pudessem discordar no que estes fossem, poderiam contudo argumentar entre si na base

    clssica da anttese . Assim, se algo era verdade, o contrrio era falso. Na moralidade, se algo

    era verdade, o contrrio era errado. Este o primeiro passo na lgica clssica: Se A certo,

    ento no-A falso. Se voc entende at que ponto isso no tem mais influncia, voc

    entender a nossa situao atual... A mudana foi tremenda. H trinta ou mais anos atrs,

    voc poderia dizer coisas como Isto verdade ou Isto certo e estaria sintonizado com

    todos."

    * No que todos concordassem com o que voc achava ser a verdade, mais que era possvel

    se chegar a verdade, e o que voc dizia, tinha chance de ser verdade. Porm, depois da

    criao da filosofia existencialista, a sociedade moderna, perdeu a esperana na existncia

    de uma verdade que sempre verdade em todas as circunstncias. Se tentar dizer que voc

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    tem a verdade, ela entende que voc conhece algo que funciona naquele momento para voc somente, e isso autentica sua existncia, mas que no serve pra todo mundo.

    Analisando esta situao Schaeffer diz a seguir:

    " A tragdia da nossa situao hoje que homens e mulheres esto sendo fundamentalmente afetados por esta nova maneira de encarar a verdade e, contudo, nunca

    sequer analisaram o desvio ocorrido. Os jovens nos lares cristos so educados dentro da

    velha estrutura da verdade e depois so submetidos estrutura moderna. Com o tempo

    ficam confusos porque no conseguem compreender as alternativas que lhe esto sendo

    apresentadas. A confuso se transforma em perplexidade e em pouco tempo esto

    completamente subjugados [pelo relativismo pragmtico]. Isto infelizmente a verdade no

    s para os jovens, mas tambm para muitos pastores, educadores cristos e mesmo

    missionrios. Assim, esta mudana no conceito de como chegamos ao conhecimento da

    verdade o problema mais crucial, conforme entendo, que o Cristianismo enfrenta

    atualmente". (Do livro: "O Deus que Intervm", Pg. 13,14).

    * Francis Schaeffer tem razo ao dizer que esta a questo mais importante que o Cristianismo enfrenta atualmente, pois sem esta filosofia existencialista, os telogos liberais

    modernos no teriam como implantar suas teologias liberais que destroem os fundamentos

    do Cristianismo sem serem imediatamente identificados como hereges. Mas como o

    conceito de verdade ficou relativizado, tudo depende do contexto socil-cultural-humanstico,

    eles podem deformar e descaracterizar o cristianismo impunemente sem serem

    identificados como verdadeiros destruidores da s doutrina e do verdadeiro Cristianismo.

    RESULTADOS DA TEOLOGIA EXISTENCIALISTA E DE SEU RELATIVISMO PRAGMTICO

    DESESPERO Quanto a Possibilidade de se Encontrar Verdades Absolutas.

    * O homem moderno, teve seu nascimento provocado pelo surgimento da filosofia existencialista, que lhe roubou toda a certeza em relao as verdades absolutas, tirando-lhe

    toda a ESPERANA de encontrar um sentido lgico para a sua vida.

    * Seguindo este raciocnio: Se no h VERDADES ABSOLUTAS (verdades que sempre so verdades e no mudam nunca), ento, raciocinaram os telogos existencialistas, nem as

    verdades da Bblia, so absolutas, mas so relativas, logo, tambm no podem ser a Palavra

    de Deus.

    Resultado deste Desespero: Grande Preconceito Contra DOUTRINA.

    - Se no h verdades absolutas, e doutrina baseada em tais verdades, ento pra que se aferrar a doutrinas dogmticas? Chegam at a chamar de "neurtico" quem ensina e

    defende com convico. - Este o raciocnio do telogo modernista, liberal e neo-evanglico.

    * Vejamos as seguintes citaes que comprovam isto:

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    H.C.THIESSEN - "At recentemente, a Teologia era considerada como a rainha das cincias e a Teologia Sistemtica como a coroa da rainha. Mas hoje em dia a maior parte dos chamados

    estudos teolgicos nega a idia de que ela seja uma cincia [cincia aqui igual as verdades

    absolutas], e ainda mais que possa ser a rainha das cincias... ... a duvida dos dias de hoje

    quanto a podermos chegar a qualquer concluso neste campo, que possa ser considerada

    como certa e final. Influenciada pela filosofia corrente de pragmatismo, o telogo moderno

    comea com o dictum de que em teologia, como em todos outros campos da pesquisa, a

    crena nunca deve ir alm do mero estabelecimento de uma premissa bsica; nunca deve ser

    enunciada como algo considerado fixo e final.". (Palestras em Teologia Sistemtica, Pg. 4)

    JAMES ORR - "Todos devem estar cientes de que h nos dias de hoje um grande preconceito contra doutrina - ou, como muitas vezes chamada - "dogma" - na religio; uma grande

    desconfiana a e averso ao pensamento claro e sistemtico a respeito das coisas divinas. Os

    homens preferem, no se pode deixar de notar, viver em uma regio de nebulosidade e

    indefinio com relao a esses assuntos. Querem que seu pensamento seja fluido e

    indefinido - algo que possa ser muda com os tempos, e com as novas luzes que eles acham

    estarem constantemente aparecendo para ilumin-los, continuamente adquirindo novas

    formas e deixando o que velho para trs". (idm, pg. 4).

    3. Rejeio da BBLIA como Inerrante, Infalvel e Suficiente Palavra de Deus.

    * Raciocnio da Teologia Existencialista: Se no h verdades absolutas, o que torna impossvel a definio de doutrinas dogmticas, logo, o contedo da Bblia, no pode ser

    infalvel nem inerrante.

    H.C. TIESSEN - "...Tendo rejeitado a Bblia como a infalvel Palavra de Deus e tendo aceitado a idia de que tudo est fluindo, o telogo moderno afirma que no seguro quaisquer idias

    permanentes a respeito de Deus e da verdade teolgica. Se ele fizer isto hoje, amanh pode

    ser obrigado a mudar sua opinio. Por isso, escritores modernos raramente expressam

    qualquer certeza com respeito a qualquer idia que no sejam das mais gerais em teologia."

    (idm, Pg. 5).

    4. CONTEXTUALIZAO EXISTENCIALISTA QUE ADULTERA O VERDADEIRO CONTEDO DA BBLIA E FRAGMENTA A TEOLOGIA BBLICA NUMA TORRE DE BABEL, ONDE CADA NOVA

    TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA TEM SEUS DISCURSOS E LINGUAGEM PRPRIA, GERANDO

    GRANDE CONFUSO.

    * Levando o pensamento existencialista as suas conseqncias lgicas: Se no h verdades absolutas, e no possvel definir doutrina dogmtica, o que implica que a Bblia no

    inerrante, ou seja, tem um contedo baseado em um contexto social-cultural muito antigo,

    atrasado tecnologicamente, com mitos, com normas e preceitos que se aplicavam bem

    quelas sociedades provincianas dos tempos bblicos, logo se queremos que a Bblia tenha

    alguma valor pra modernidade e fale ao homem moderno, temos de criar uma teologia para

    cada cultura, para cada contexto, onde nem um ensino absoluto, mas tudo relativo,

    variando conforme o contexto socio-cultural. Isto o que o Apocalipse chama de "MISTRIO:

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    BABILNIA, A GRANDE, A ME DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAES DA TERRA", Pois o sentido, teolgico da palavra Babilnia exatamente, "mistura" e "confuso" religiosa.

    (Apoc. 17:5). Percebemos como todas estas coisas conduzem a formao da Grande Igreja

    Ecumnica do Fim.

    5. A TEOLOGIA EXISTENCIALISTA, AINDA CRIOU A POSSIBILIDADE DE UM ECUMENISMO MUNDIAL SUPER ABRANGENTE E SUPER-INCLUSIVO.

    *Levando ento as ltimas conseqncias o pensamento existencialista ns temos o seguinte: Se no h verdades absolutas, no possvel definir uma doutrina dogmtica, por

    sua vez a bblia falvel, seus ensinos para ter alguma validade tm de ser contextualiazados

    conforme e a partir de cada cultura, logo, nenhuma igreja tem um cristianismo que possa se

    apegar como definitivo, ou seja, no h nada que impea que todos se juntem e com suas

    teologias fragmentadas possam tentar construir uma cocha de retalhos teolgica que

    produza um discurso que d relevncia a atividade religiosa do Cristianismo nos tempos

    modernos.

    6. O LTIMO RESULTADO, CONSEQNCIA DO ANTERIOR A POSSIBILIDADE ATUAL DA CRIAO DA IGREJA GLOBALIZADA DO ANTICRISTO.

    * Todas os setores da humanidade partem para um globalizao cada vez mais crescente. A globalizao no apenas Politica-Ecnomica-Cultural-Filosofica, mas tambm Religiosa. O

    mundo anseia pela unificao de todos os pases, economias, culturas e religies, sob a

    administrao de um sistema que controlem todas as coisas (Apoc. 13:7,8, 11-18).

    FUNDAMENTALISMO

    q "Movimento surgido nos Estados Unidos durante e imediatamente aps a 1 Guerra Mundial, a fim de reafirmar o Cristianismo protestante ortodoxo e de defend-lo contra os

    desafios da TEOLOGIA LIBERAL, DA ALTA-CRTICA ALEM,, DO DARWINISMO, e de outros

    pensamentos considerados danosos para o Cristianismo norte-americano. A partir de ento,

    o enfoque do movimento, o significado do termo e as fileiras dos que se dispem a usar o

    termo como identificao mudaram vrias vezes. O fundamentalismo, at ao tempo

    presente, j passou por quatro fases de expresso, embora mantenha uma continuidade

    essncia de esprito, crena e mtodo." [Enciclopdia histrico Teolgica, Vol.II, Pg. 187, C. T.

    McINTIRE]. Veremos as 4 fases histricas:

    1 Fase do Fundamentalismo. Durante a Dcada de 1920

    * " O termo "FUNDAMENTALISTA", talvez tenha sido usado pela primeira vez em 1920, por Curtis Lee Laws, no jornal batista Watchman-Examiner, mas parecia surgir em todos os

    lugares no comeo da dcada de 1920, como identificao de algum que acreditasse nos

    fundamentos da f e os defendesse ativamente".

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    * "A fase inicial envolveu a articulao daquilo que era fundamental ao cristianismo e o incio de uma batalha urgente para expulsar das fileiras das igrejas os inimigos do protestantismo

    ortodoxo. A srie de doze volumes chamada THE FUNDAMENTALS ("Os Fundamentos "-

    1910-1915)forneceu uma lista ampla dos inimigos - o romanismo, o socialismo, a filosofia

    moderna, o atesmo, o eddyismo, o mormonismo, o espiritismo e outros semelhantes, mas

    acima de tudo, a teologia liberal, que se baseava numa interpretao naturalista das

    doutrinas da f, a alta crtica alem e o darwinismo. ...Os escritores dos artigos provinham

    de um grupo amplo...As doutrinas que definiam e defendiam abrangiam toda a gama dos

    ensinos cristos tradicionais. Apresentavam suas crticas com eqidade, argumento

    cuidadosos e devido apreo por muitas coisas que seus oponentes diziam" (idm, pg. 187)

    * Vrias tentativas foram feitas para determinar quais eram os FUNDAMENTOS INEGOCIVEIS DO CRISTIANISMO. "Quase que imediatamente, no entanto a lista de inimigos

    tornou-se mais estreita, e os fundamentos, menos abrangentes. Os defensores do

    fundamentos da f comeavam a organizar-se fora das igrejas e dentro das denominaes."

    Os 5 fundamentos [ou doutrinas essenciais] para os PRESBITERIANOS do Norte dos Estados Unidos:

    [1] A Inerrancia das Escrituras; [2] O nascimento Virginal de Cristo;

    [3] Sua Expiao Vicria;

    [4] Sua Ressurreio Corprea; e

    [5] A Historicidade dos Milagres.

    OS BATISTAS e INDEPENDENTES PR-MILENISTAS, colocavam como quinto fundamento: [5] A Ressurreio e a 2 Vinda de Cristo; Outros simplesmente colocavam assim o 5 fundamento:

    [5] PREMILENISMO. Outra verso colocou em lugar do Nascimento Virginal: [5] Divindade de

    Cristo.

    As grandes batalhas eram travadas dentro das grandes denominaes histricas, pois muitos pastores que tinham sado dos Estados Unidos para fazerem curso de ps-graduao nas

    grandes universidades teolgicas da Europa, especificamente na Alemanha, em que A

    Teologia Liberal, abranando as teorias destrutivas da ALTA CRTICA produzida pelo

    racionalismo humanista, voltavam para os Estados Unidos completamente descrentes nos

    fundamentos do Cristianismo Histrico. Os liberais devido a tolerncia inicial dos fieis a s

    doutrina, tiveram tempo de fermentar as grandes denominaes, e conseguiram tomar para

    si os grandes seminrio, rdios, igrejas, de modo, que no deixou alternativa para uma

    grande parte dos fundamentalistas, seno sair destas denominaes e se organizao em

    novas denominaes. Da surgiram os Batistas Regulares que formaram a Associao Geral

    das Igrejas Batistas Regulares (1932), Batistas independentes, Igrejas Bblicas, Igreja Crists

    Evanglicas, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (1936), que mudou seu nome para

    Igreja Presbiteriana Ortodoxa, a Igreja Presbiteriana Bblica (1938, a Associao Batista

    Conservadora dos Estados Unidos (1947), as igrejas Fundamentalistas Independentes dos

    Estados Unidos (1930) e muitas da denominaes fundamentalistas que ainda existem

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    atualmente. "Em todas as partes dos Estados Unidos , os fundamentalistas fundavam novos ministiros de reavivamento, agncias missionrias, seminrios bblicos, conferncias

    bblicas e jornais.

    --> Da tiramos uma grande lio: A tolerncia com os apostatas, eqivale a dar tempo ao inimigo fermentar toda massa, tornando-a imprestvel. Ainda, nos adverte, quanto a esses

    cursos de ps-graduao em universidades apstatas. Poucos tm a estrutura para no se

    deixar contaminar pelo ambiente infectado dos modernistas. O mesmo podemos dizer

    destes congressos para pastores e lderes promovidos pelos liberais, igualmente esto

    infectados pela metodologia relativista da verdade .(Mt.16:6,12; I Cor.5:6-9; Gl.5:7-9).

    Machen em 1923, chamou a nova religio que tentava destruir os fundamentos da f,de "liberalismo", mas posteriormente seguiu a moda mais popular, chamando-a "modernismo".

    2 Fase do Fundamentalismo. Fim da Dcada de 1920 at o incio dos anos 40. - "Durante este perodo, a lio telogica distintiva que os fundamentalistas ensinavam era

    que representavam o cristianismo verdadeiro, baseado numa interpretao literal da Bblia,

    e que essa verdade devia ser expressa concretamente de modo organizacional, separada de

    qualquer associao com liberais e modernistas.

    3 Fase do Fundamentalismo. Incio da Dcada de 1940 at a Dcada de 1970. - "A partir do incio da dcada de 1940, os fundamentalistas...dividiram-se , paulatinamente

    em dois arraiais."

    1 Grupo de Fundamentalistas: Os genunos fundamentalistas.

    Continuavam a se chamar "fundamentalistas", equiparando-o com o verdadeiro cristianismo fiel a Bblia. Em 1941, este grupo fundou o Conselho Americano de Igrejas Crists. Este

    Conselho de Igrejas, junto com outras igrejas fundamentalistas no includas em nenhum dos

    dois grupos foi que deram continuidade ao genuno movimento fundamentalista. O termo

    "funtamentalista" era usado com orgulho por vrias escolas, tais como a Universidade Bob

    Jones, O instituto Bblico Moody e o Seminrio Teolgico de Dallas, e por centenas de

    evangelistas e pregadores de rdios. Alm de aderir a doutrinas tradicinais da Escritura e de

    Cristo. Promoviam a evangelizao, reavivamentos, misses e uma moralidade pessoal

    contra o fumo, a bebida, o teatro, o cinema e o jogo de baralho. Eram militantes contra a

    apostasia na igreja, contra o comunismo, contra os vcios pessoais. Tendiam a opor-se ao

    ecumenismo do evangelista Billy Graham, a no lerem o jornal Cristianity Today ("O

    Cristianismo Hoje" ). No apoiavam a Faculdade Wheaton nem o Seminrio Teolgico Fuller

    (Que atualmente um dos maiores promotores do Movimento de Crescimento da Igreja,

    baseado em sinais, milagres e prodgios carismticos-pentecostais, movimento encabeado

    pelo Dr. Donadl A. McGravran, pelo professor C. Peter Wagner e da Coreia do Sul pelo Pr.

    Paul-Davi Yang Cho).

    O CONSELHO INTERNACIONAL DE IGREJA CRISTS-CIIC (1948) procurou dar ao termo aceitao mundial, em oposio CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS -CMI [O CMI rgo

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    internacional promotor do ecumenismo mundial, de fato, o CMI pode ser considerado um antro de apstatas, e se parece demais, com a grande prostituta do apocalipse, a grande

    igreja apostata do fim". Ap 18.

    2 Grupo de Fundamentalistas: Os aparentemente fundamentalistas.

    Deixaram o nome "fundamentalista", por achar que a palavra dava idia de "divisor", "intolerante", "anti-intelectual", "despreocupado com os problemas sociais" e at mesmo

    "tolo" e passaram a ser chamados de "evangelical" ou "neo-evangelical" . Isto aconteceu por

    que este segundo grupo comeou paulatinamente a afrouxar e finalmente a abandonar a

    doutrina bblica da separao eclesistica. Que abandonar a doutrina da separao

    eclesistica tende a se tornar progressivamente ecumnico e liberal em doutrina, e foi isto

    que aconteceu como os "neo-evaglicos" . Em 1942, este 2 grupo funda Associao

    Nacional de Evangelicais. Esta diviso no fundamentalismo persiste at hoje, pois ainda h

    muitos que dizem estar sobre os fundamentos da f crist, num entanto, na pratica, a sua

    incoerncia fica estabelecida.

    4 Fase do Fundamentalismo. Fins da Dcada de 1970 at a Dcada de 1980.

    - Nesta fase os fundamentalista "Destacaram-se nacionalmente (Nos E.U.A), por oferecerem uma resposta quilo que muitos consideravam uma suprema crise social, econmica, moral e

    religiosa nos Estados Unidos. Identificavam um novo inimigo , mais disfuso: O HUMANISMO

    SECULAR que...era o responsvel por subverter escolas, universidades, o governo e, acima de

    tudo, as famlias. Lutaram contra todos os inimigos que considerassem rebentos do

    humanismo secular - o evolucionismo, o liberalismo poltico e teolgico, a moralidade

    pessoal frouxa, a perverso sexual, o socialismo, o comunismo e qualquer diminuio da

    autoridade absoluta e inerrante da Bblia. Conclamaram os norte-americanos a voltarem aos

    fundamentos da f e aos valores morais fundamentais dos Estados Unidos. Na liderana

    desta fase, encontrava-se uma nova gerao de fundamentalistas que usavam a televiso e a

    palavra impressa, principalmente Jerry Falwell, Tim La Haye, Hal Lindseu ... A base deles era

    Batista e sulina, mas alcanaram todas as denominaes".

    - Em 1976 num Congresso Mundial de Fundamentalistas, o termo "fundamentalista "foi assim definido como " "algum que adere ao seguinte:

    1. Manter um fidelidade incondicional bblia inerrante, infalvel e verbalmente inspirada; 2. Acreditar que o que a Bblia diz verdade [e verdade absoluta, que verdade sempre, em

    todo lugar];

    3. Julgar todas as coisas pelo Bblia e ser julgado unicamente pela Bblia;

    4. Afirmar as verdades fundamentais da F Crist histrica: a doutrina da trindade; a

    encarnao, o nascimento virginal, o sacrifcio expiatrio, a ressurreio fsica, a ascenso ao

    cu, e a Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo; o Novo nascimento mediante a regenerao

    do esprito Santo; a ressurreio dos santos para a vida eterna; a ressurreio dos mpios

    para o juzo final e morte eterna; a comunho dos santos, que so o corpo de Cristo.

    5. Praticar a Fidelidade F e procurar anunci-la a toda criatura;

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    6. Denunciar e se separar de toda negativa eclesistica dessa F, compromisso com o erro, e apostasia da F; e

    7. Lutar firmemente pelo F que foi uma vez concedida.

    Portanto, Fundamentalismo ortodoxia militante que se enche de zelo pela conquista de almas."

    John E. Ashbrook - "Fundamentalismo a crena militante e a proclamao das doutrinas bsicas do cristianismo, que levam separao bblica daqueles que as rejeitam. H trs

    chaves para definio: [1] "CRENA MILITANTE - As doutrinas bsicas so sustentadas com

    convico de f; [2] "PROCLAMAO No somente cr-se nestas doutrinas, mas so

    ensinadas e pregadas aos perdidos; [3] "SEPARAO - No se pode denominar algum um

    fundamentalista at que este pratique a separao onde necessrio" ( "Axiomas da

    Separao" Pg. 14).

    Um dos inimigos atuais do FUNDAMENTALISMO o NEO-EVANGELICALISMO. Vejamos o seu conceito:

    NEO-EVANGELICALISMO (A cumplicidade com o erro, conduz e eqivale ao erro)

    * Citao de John E. Ashbrook - "Axiomas da Separao" Pg.14-15

    - Dr. Harold John Ockenga [Neo-evanglico] que criou o termo NEO-EVANGELICALISMO assim o definiu: "O neo-evangelicalismo surgiu em 1948... [como] um repudio do

    separatismo e s convocaes ao envolvimento social, pois divergia do fundamentalismo no

    repdio separao e na determinao em comprometer-se com o dilogo teolgico atual".

    * 3 Pontos acima mostram a diferena entre Fundametalismo e Neo-Evangelicalismo: (Comentrio de Asbrook)

    [1] Repudia o separatismo; sendo esta a sua premissa mais fundamental; [2] Convoca ao envolvimento social; o que nos leva de volta ao evangelho social modernista.

    [3] Expressa determinao em comprometer-se como o dilogo teolgico atual .

    * Citamos a seguir, partes do estudo "Os perigos do Neo-Evangelismo do Professor

    J.B.William:

    " O surgimento do Comprometimento - O Neo-Evangelismo. Ironicamente, o Neo-

    Evangelismo comeou como resultado desta perda. um movimento para acomodar o

    humanismo com o liberalismo. O evangelismo das massas do Fundamentalismo perdeu a

    atrao das massas. O Neo-Evangelismo, juntando-se em um esforo evangelstico com os

    liberais e os catlicos, descobriu que a freqncia melhorou grandemente. Uma vez que no

    se enfatizava todo o conselho de Deus e considerando que o liberalismo era tolerado,

    resultou um grande nmero de "profisses de f". Os convertidos eram encorajados a

    retornar s suas igrejas apstatas ou a se juntarem a qualquer igreja de sua escolha [mtodo

    usado nas campanhas de Billy Graham, Luis Palau, no Brasil vemos alguns afamados

    pregadores tipo Caio Fabio].. Do evangelismo inclusivo, o Neo-Evangelismo passou para os

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    seminrios, para os plpitos, para as juntas de misses e outras organizaes . ... Os perigos do Neo-Evangelismo [ou Neo-Evangelicalismo]: [1] Tornar o "amor cristo" mais importante

    do que a s doutrina como base para comunho crist, leva ao desastre...Sem a s doutrina

    no h amor crist (I Jo 5:2,3; [2] A constante reconsiderao, reinvestigao e a "mente

    aberta" para com os fundamentos da f, inclusive a inerrncia das escrituras, leva a

    deteriorao da f...; [3] Torcer as Escrituras em um esforo de acomodar as chamadas

    descobertas e cientificas, inclusive a evoluo, intelectualmente desonesto... [4] Pregar

    apenas uma assim chamada "mensagem positiva" (geralmente expressa pela declarao

    "Deus me chamou para ganhar almas, no para criticar os outros") ignorar o fato de que

    estamos batalhando pela f (Jd.3); [5] Preferir a comunho com os apstatas em lugar dos

    fundamentalistas confunde as linhas de batalha. D impresso que a apostasia deve ser

    aceita como bblica... [6] Torna a igreja cada vez mais um instrumento de alteraes sociais

    atravs de programas de interesse humanitrio perder completamente o conceito bblico

    do homem perdido e a responsabilidade da grande comisso; [7] Considerar a oposio

    apostasia uma coisa inaceitvel porque "cismtica" errar o alvo completamente e cheira

    a covardia; [8] Permitir a possibilidade dos dons-sinais, lnguas, cura, etc. - neste perodo da

    igreja pode dar vantagem junto aos carismticos, mas leva a um grande engano dos crentes

    ingnuos e incultos e canaliza os fundos para a extorso religiosa.

    " A sobrevivncia do Cristianismo histrico ser por causa dos seus defensores e no dos seus defensores e no por causa dos que fazem concesses. Depois de 30 anos, o Neo-

    evangelismo um fracaso; no atingiu o alvo pretendido [que era dialogar com os

    totalmente liberais, para traz-los para um cristianismo mas conservador]. No h indicao

    de um retorno f Bblica histrica por parte dos liberais. A Neo-Ortodoxia continua usando

    a linguagem conservadora para com a incredulidade liberal. A criao de novas palavras para

    descrever a mesma incredulidade, entretanto no a torna bblica. Dentro do grupo de Neo-

    Evanglicos tem aparecido um grupo radical que apoia o movimento da libertao feminina,

    ordenao de mulheres para o ministrio cristo e advogando a aceitao de homossexuais

    dentro da igreja. O Neo-Evangelismo, no seu estgio de afastamento da f histrica, vai,

    dentro de uma gerao, diferir do liberalismo apenas no nome

    " Do lado positivo, os fundamentalistas militantes no podem ceder terreno chamada

    cincia, filosofia ou intelectualismo, onde houver conflito com a Palavra de Deus. Como

    tambm os fundamentalistas no vo considerar a Bblia numa estrutura humanstica para

    determinar a verdade. O Fundamentalismo no usa a cincia e a arqueologia para "provar"

    que a Bblia a Palavra de Deus. Ningum tem esta prerrogativa. A Bblia a Palavra de Deus

    apesar da "falsamente chamada cincia" (deve referir-se aqui a teoria da evoluo, que

    ensinada no como teoria, mais como cincia) [Este estudo saiu originalmente em Janeiro de

    1991, no "FAIT FOR THE FAMILY, e em junho de 1982, no jornal o "Presbiteriano Bblico"].

    Pelo que vimos o chamado protestantismo evanglico, pode ser divido em 3 grupos:

    1 Grupo -> OS FUNDAMENTALISTAS [Ortodoxia clara e assumida]- Que vivem, ensinam e defendem os fundamentos histria cos, tendo como principal distintivo a Separao de todos

    os infiis a esses fundamentos;

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    2 Grupo -> O NEO-EVANGLICOS [apostasia incipiente e no assumida]- Que, ainda se dizem conservadores em relao aos fundamentos da f, mais repudiando a doutrina Bblica da

    Separao, promovem o ecumenismo e o comprometimento com a apostasia declarada e

    assumida pelos liberais. Os Neo-evanglico, fazem parte daquela turma de chamados

    "evanglicos" que querem contextualizar a doutrina Bblica para que haja crescimento da

    igreja. Para isto, usam msica e ritmos que caracterizam o mundo, at fazer shows de rock

    com toda a parafernlia do mundo do rock, so frouxos no s na separao eclesistica,

    como tambm na separao do mundo: De fato, sua contextualizao uma mundanizao

    da igreja. As coisas que eram chamadas de "mundanismo" tais como, crente vestir a roupa

    lasciva e erotizante do mundo, crente ir a cinema, teatro, circo, ou lugar de diverso

    caracterstico dos descrente, crente tomar bebida alcolica, seja champanhe, vinho ou

    cerveja, divorcio facilitado... Tudo isto natural nas igrejas que adotam o Neo-Evangelismo.

    3 Grupo -> OS LIBERAIS [apostasia plenamente desenvolvida e assumida] - O liberalismo em sua apostasia nega a validade de quase todos os fundamentos da f, como a Inerrancia das

    Escrituras, A Divindade de Cristo, A necessidade da morte expiatria de Cristo, assim como

    negam seu nascimento virginal, e sua ressurreio, chegam at a negar que existiu

    realmente o Jesus narrado das Escrituras. A doutrina escatolgica. So universalistas (todos

    mundo vai ser salvo um dia, Deus vai dar um jeito at na situao do Diabo), logo, para eles

    no existe inferno, o conceito de pecado no existe. O liberalismo um sistema racionalista,

    que s aceita o que pode ser "provado" cientificamente pelo prprios conhecimentos

    falveis, fragmentados e limitados do homem.

    Na realidade se seguirmos uma ordem cronolgica, o LIBERALISMO TEOLGICO apareceu primeiro, como reao a ele os fieis a s doutrina, iniciaram o movimento

    FUNDAMENTALISTA, depois, em reao ao FUNDAMENTALISMO, surgiu o NEO-

    EVANGELISMO, que enganosamente diz estar em uma posio de neutralidade entre o

    Fundamentalismo e o Liberalismo. No realidade o Neo-Evangelismo ou Neo-Evangeliscalimo

    um Liberalismo mais sutil e enganoso.

    A CONSTEXTUALIZAO CULTURAL DA TEOLOGIA E O FUNDAMENTALISMO O PROBLEMA DA COMUNICAO TRANS-CULTURAL E AS SOLUES PROPOSTAS TANTO

    POR

    FUNDAMENTALISTAS E TELOGOS LIBERAIS

    *DEFINIO DE NECESSRIA DE TERMOS:

    q CULTURA HUMANA-> " sempre um processo dinmico para o enredo da vida. Rene as tradies do passado, corresponde e se acomoda modernidade de uma sociedade

    tecnolgica e cada vez mais urbana, e est em interao constante com os principados e

    potestades supraculturais. ...Cada gerao aprende de novo e formula sua prpria cultura.

    H, portanto , um grau considervel de flexibilidade e relatividade no centro focal da cultura

    humana"[Bruce J. Nicholls em "Constextualizao: uma Teologia do Evangelho e Cultura"

    Pg.42,43]

    CULTURAL -> Relativo a Cultura humana, o algo ligado a Cultura deste lado de c do mundo natural em contraste com o mundo sobrenatural.

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    SUPRA-CULTURAL -> Relativo a coisas, seres e fatos do mundo sobrenatural, ou seja, que influnciam a cultural, mas esto acima e alm dela, e de uma percepo e explicao

    cultural. Por exemplo a influncia dos demnios.

    TRANS-CULTURAL-> Termo missionrio relativo a comunicao entre duas culturas diferentes.

    q TEOLOGIA BBLICA DOGMTICA -> Teologia baseada nos fundamentos bblicos, tendo-os

    como verdades absolutas e eternas.

    TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA -> No julgamento de Bruce J. Nicholls: "A teologia constextualizada de modo distinto da teologia bblica dogmtica, sempre relativa". Bruce

    acrescenta um aspecto importante da contextualizao. Qual deve ser o ponto de partida da

    contextualizao ? Pparte-se o evangelho para a cultura, ou da cultura para o evangelho?

    Examinemos estes aspectos:

    [1] O RELATIVISMO DA TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA.

    A teologia constextualizada sempre relativa , pois segundo este mesmo autor o centro focal da cultura a flexibilidade e a relatividade . Aqui est em jogo algo mais profundo do que a

    cultura, mais o prprio conceito de VERDADE, e a prpria natureza do EVANGELHO, se so

    semelhantes a cultura, algo cuja flexibilidade e relativismo mudam conforme o contexto

    onde est inserido, ou se a verdade e o evangelho como expresso desta verdade algo

    absoluto e permanente como vemos em JUDAS captulo trs: "uma f uma vez por todos

    entregue aos santos"

    [2] O PONTO DE PARTIDA DA TEOLOGIA CONTEXTUALIZADA . PODE GERAR DUAS TRAGDIAS PARA O CRISTIANISMO:

    a) Transform-lo em "RELIGIO NATURAL" baseada na "TEOLOGIA NATURAL"; -Esse perigo visto na seguinte citao: "...Com o enfraquecimento da certeza do

    conhecimento do contedo da f crist [isto devido as teologias liberais que pem em

    duvida a autoridade da Palavra de Deus], muitos telogos e comunicadores esto fazendo,

    na prtica, com que o contexto cultural seja o ponto de partida. Este o caminho da

    "teologia natural", e leva a um beco sem sada. Mas conforme tem demonstrado a histria

    da teologia natural desde Toms de Aquino at ao tempo presente, no possvel fazer um

    salto do Deus dos filsofos para o Deus de Abrao, de Isaque e de Jac, que o Pai de nosso

    Senhor Jesus Cristo". [Bruce J. Nicholls]

    * isto que vem sendo tentado, com fracasso absoluto, desde o tempos dos apstolos aos telogos e comunicadores modernistas de hoje, eles querem, comunicar o evangelho e ser

    igreja, partindo dos conceitos de filosofias da moda, ento, tentam contextualizar, encaixar e

    adaptar o evangelho quele contexto cultural-filosofico-poltico-religioso, produzindo um

    "outro evangelho", completamente distante da simplicidade do evangelho apostlico. O

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    produto ou resultado da constextualizao a partir da cultura e filosofias humanas sempre um evangelho sofisticado, desfigurado, reduzido na sua excelncia. Um "outro evangelho"

    que inclusive pode produzir resultados, para o crescimento do rol de membros da igreja,

    porm um resultado questionvel, pois engana e ludibria milhares de almas com um

    evangelho descentralizado de Cristo e do fundamento de sua Palavra e centralizado no

    homem e suas vs filosofias. Da fazemos, a pertinente pergunta: pode semelhante

    evangelho salvar? Ou um instrumento de Satans para manter os perdidos descuidados

    quanto a salvao, pensando que so salvos, por fazerem parte de uma destas igreja da

    moda, at o dia em que abriro os olhos no inferno ? (Mt.7:15-27). J foi dito: "O mistrio da

    f comea com o conhecimento de Cristo e no com a filosofia e a tradio humana (Cl.2:1-

    8).

    b) SINCRETIZAR O CRISTIANISMO S RELIGIES DAQUELA CULTURA.

    - O perigo deste sincretismo visto na seguinte citao:

    " O Segundo aspecto quanto ao ponto de partida, se partindo da cultura adapta-se o evangelho a ela, ou partindo-se do evangelho transforma-se os pontos malignos da cultura?

    Outra questo deve ser tambm, levantada agoira: Qual o resultado destas duas

    metodologias diferentes ? - Ouamos o que o prprio Bruce tem a dizer:

    "A contextualizao da teologia bblica num mundo em mudana exige uma reconsiderao

    do processo inteiro de fazer a teologia. Mas a prpria Bblia insiste que o ponto de partida

    deve ser de dentro do crculo da f e da dedicao auto-revelao de Deus em Cristo...".

    Ainda dentro desta temtico do ponto de partida, Bruce, traz a tona um elemento muitas

    vezes esquecido quando se fala na necessidade de contextualizao da teologia bblica

    [culturalizar a telogia bblica], o elemento esquecido que a cultura humana do homem

    como seus elementos malignos precisa ser em grande parte DESCULTURALIZADA. voltemos a

    citao: "...O mistrio proftio do evangelho exige uma desculturalizao, em toda cultura,

    dos acrscimos a f verdadeira. Desde Mises at Joo Batista, os profetas bblicos

    condenavam os elementos de cultura que eram contrrios a Palavra de Deus... O evangelho

    renova e transforma aqueles elementos da cultura que so revelao geral de Deus... O

    ponto de partida no a cultura, mas sim, a Palavra de Deus".

    -De fato, O evangelho tem o pontencial de mudar os elementos nocivos da cultura

    humanstica, e isto tem acontecido na histria. Todavia, o esforo feito apartir da Bblia, no

    foi para santificar uma cultura com pontos divergentes da Bblica, mas o esforo era feito

    para se transformar o indivduo, e ele uma vez transformado pela graa de Deus, ira ser um

    fator de transformao cultural. Foi o que aconteceu com a igreja primitiva: ela se

    preocupou no com as extruturas culturais e sociais do contexto filosfico-religioso-pago do

    imprio Romano, mas sim com a transformao do indivduo atravs da pregrao teo-

    centrica do evangelho, com todos os seus obstculos: que de antemo j se sabia, que seria

    "LOUCURA" para os GREGOS [pessoas inseridos naquele contexto cultural pago] e

    "ESCNDALO" para os JUDEUS [pessoas inseridas contexto cultural e religioso do judasmo

    farisaico]. E Paulo, aqui est trantando do problema da COMUNICAO TRANSCULTURAL,

    porm, no prope uma CONTEXTUALIZAO DA PALAVRA DA CRUZ, mais diz:

    "CERTAMENTE A PALAVRA DA CRUZ LOUCURA PARA OS QUE SE PERDEM... VISTO COMO,

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    NA SABEDORIA DE DEUS, O MUNDO NO O CONHECEU POR SUA PRPRIA SABEDORIA, APROUVE A DEUS SALVAR AOS QUE CREM, PELA LOUCURA DA PREGAO". Sabemos que

    para atingir esse indivduo temos de falar numa linguagem que ele possa assimilar [a prpria

    questo da linguagem crucial na contextualizao e comunicao do evangelho]. Todavia,

    neste ponto, bom lembrar o que que convencesse algum "do pecado, da justia e do

    juzo". Veja a citao abaixo:

    "O ESPRITO SANTO sempre o missionrio transcultural. Vai adiante para preparar o caminho para o evangelho... Convence do pecado e do juzo, at mesmo aqueles que nunca

    ouviram falar do nome de Cristo.." ****Vale dizer que o Esprito Santo uma realidade

    supra-cultural, que operou e tem operado em todas as culturas provocando o novo

    nascimento em todas a etnias, e extruturas sociais, em todas as pocas. A prpria realidade

    da salvao uma realidade supra-cultural, est alm do que o homem pode compreender

    por meio culturais, por isto a salvao uma obra de Deus e no do homem. Como nos diz

    Joo 1:12-13 "Mas a todos quantos receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de

    Deus a saber os : aos que crem no seu nome os quais no nasceram do sangue nem da

    vontade da carne, mas de Deus.

    * OS PROBLEMAS DA COMUNICAO TRANS-CULTURAL - Como comunicar o evangelho em uma cultura totalmente diferente da cultura do missionrio ou pregador? Como ensinar

    coisas que esto na Bblia, mas no tem algo equivalente na cultura do ouvinte do evangelho

    ? Que ponto de partida usar para comunicao do evangelho?

    * AS POSSVEIS SOLUES PARA A COMUNICAO TRANS-CULTURAL 1. NUNCA ABRIR MO DOS PRESSUPOSTOS CRISTO-BBLICOS EM FAVOR DE ELE. . .

    MENTOS

    CULTURAIS.

    a) Quanto a DEUS

    Deve ser mostrado o Deus da Bblia sem retorques ou maquiagens, na esperana de que o Esprito Santo convencer a o ouvinte da diferena entre o seu Deus e o Deus da Bblia.

    b) Quanto a VERDADE:

    Deve-se ajudar a pessoa a ver a questo do conceito de verdade e lev-la a perceber que Toda Verdade a Verdade de Deus, Pois o prprio Deus a Verdade e somente Ele poderia

    comunic-la ao homem com perfeita fidedignidade, e Ele o fez nas pginas da Bblia. Esta

    verdade se expressa em conceitos ABSOLUTOS, numa linha de pensamento horizontal de

    CAUSA e EFEITO, cujos resultados so garantidos pelo prprio Deus da Verdade. Por

    exemplo: roubar sempre um erro, ser honesto sempre certo, independente se uma

    cultura acha certo ou errado roubar. Deus garantir que o ladro sempre se dar mal, embora

    parea que no. Se o ouvinte no concordar sobre o conceito de verdades, ser difcil

    evangeliz-lo.

    c) Quanto a BBLIA:

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    necessrio ajudar o ouvinte a entender a AUTORIDADE ABSOLUTA da BBLIA. D evidncias que mostrem que ela a perfeita expresso da VERDADE de Deus na terra, e que por ser A

    PALAVRA DE DEUS INERRANTE E INFALVEL, NICO TRIBUNAL que define finalmente toda

    questo sobre f e prtica. Se o ouvinte no aceita a Bblia como AUTORIDADE FINAL em

    questes religiosas, ser difcil evangeliz-lo.

    d) Quanto ao HOMEM:

    preciso faz-lo entender a QUEDA e suas conseqncias. Que o homem foi criado inocente e livre, mas mediante UMA QUEDA REAL, em que ficou com uma natureza pecaminosa to

    corrupta e corruptora, que corrompe todas as coisas, at as suas melhores obras, esto

    maculadas pelo mal, dai serem "trapos da imundcia".

    Como a CULTURA HUMANA criada pelo homem cado e escravizado ao demnio, toda cultura humana, em todo lugar e em todo tempo corrompida pelo mal e pelos poderes

    supra-culturais satnicos. De modo que quem trabalha com a cultura humana, trabalha com

    um esquema secular corrupto e maligno. Paulo nos adverte para "No nos conformamos

    [assumir a forma ou o esquema] deste sculo [ou cultura] (RM.12:2). Ainda, Paulo, nos

    chama a ateno, que o "homem natural", [no nascido de novo pela operao do Esprito

    Santo], para quem devemos pregar o evangelho, "...No aceita as coisas do Esprito de Deus,

    porque lhe so loucura; e no pode entend-las porque elas se discernem espiritualmente" (I

    Cor. 2:14). Por este texto, percebemos que por mais que contextualizemos o evangelho, se o

    fizermos de um modo espiritual ["coisas do Esprito"], mesmo assim, o "homem natural" no

    conseguir aceit-lo e nem mesmo entend-lo. Se fizermos uma contextualizao no

    espiritual do evangelho, o Esprito Santo, no tomar parte nisso, e sem o Esprito Santo no

    h verdadeira converso.

    Talvez, seja por isso, que estas igrejas que pregam um "evangelho contextualizado e secularizado", atravs de msica mundana [samba, rock, e outros bichos], danas, roupas, e

    jeito do mundo fazer as coisas, logo crescem o seu rol de membros, porm, so elas mesmas,

    que enchem o mundo e o Brasil de crentes "professos" [que j fizeram uma deciso pblica,

    mas nunca passaram pela obra regeneradora do Esprito Santo, da a razo de tantos

    escnda-los e afrouxamento espiritual nas igrejas (crentes e at pastores roubando,

    enganando, fornicando antes de casar, traindo e adulterando depois de casados, se

    divorciando levianamente, praticando aborto secretamente, homossexualismo, bebendo

    lcool, e tantas coisas indizveis que at o Diabo se surpreende, numa prova de que o

    nmero de joio est aumentando e talvez j tenha passado do nmero de trigo. Tem sido

    sempre assim na histria eclesistica, quando a igreja afrouxa seus padres doutrinrios e

    troca o evangelho genuno, por outro sincretizado e contextualizado pelas filosofias

    mundanas e costumes seculares da poca, o resultado sempre desastroso para a igreja,

    sobra somente um pequeno remanescente fiel, que teima em no arredar dos velhos

    fundamentos da f, ou, o velho, mais todo eficiente evangelho eterno de Cristo.

    e) Quanto ao MUNDO:

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    Do grego "Cosmos" [sistema organizado, em que os homens devolvem mtodos e esquemas para obter sucesso nas vrias reas da vida: trabalho, lazer, moradia, educao, sade,

    finanas, religio, poltica etc... - A expresso "mundo", pode ser traduzida como "o jeito do

    homem cado fazer as coisas debaixo do senhorio do maligno". Por isto, a Bblia adverte:

    "No ameis o mundo nem as coisas que h no mundo. Se algum amar o mundo, o amor do

    Pai no est nele... Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no maligno" (I

    Jo.2:15; 5:19).

    O mundo e sua cultura (orientada pelo maligno) tem seu foco central na flexibilidade e na relatividade, como afirmou Bruce j. Nicholls, quando definia a palavra "cultura". Joo fala

    desta relatividade e efemeridade das coisas do mundo ao dizer "Ora, o mundo passa, bem

    como a sua concupiscncia; aquele, porm, que faz a vontade de Deus permanece

    eternamente" (I Jo.2:17). Eis, ento, impossibilidade de contextualizar um "evangelho

    eterno" cujo corpo de verdades foi dado "uma vez por todas", cuja, modificao e

    adulterao chamada de "antema", sem tornar este evangelho em algo, efmero, relativo

    e mutante como o por definio a cultura humana.

    A conseqncia terrvel disto tudo, que, assim como a cultura que pelo seu carter flexvel, relativista e mutante, algo descartvel, assim tambm o evangelho associado e baseado

    nela tambm se torna descartvel e irrelevante. A ironia disto, tudo que os telogos

    liberais usam a cultura com suas filosofias e costumes para comunicar o evangelho ao

    homem moderno de modo relevante, porm, ao adulterarem o evangelho, sincretizando

    com as vs filosofias mundanas, s conseguem tornar o evangelho algo ridculo, sofisticado,

    relativo e descartvel, portanto, irrelevante. Fazemos bem em seguir Colossenses 2:6-8 "Ora,

    como recebeste a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados e edificados, e

    confirmados na f, tal como fostes instrudos, crescendo em aes de graas. CUIDADO que

    ningum vos venha a enredar com sua filosofia e vs sutilezas, conforme a tradio dos

    homens, conforme os rudimentos do mundo, e no segundo Cristo.

    2. O LUGAR DA EQUIVALNCIA DINMICA:

    - A Equivalncia dinmica, em sua funo de procurar na cultura do evangelizado algo equivalente ao objeto, ou assunto, do texto bblico, nunca deve amputar nada do texto

    bblico para se fazer entender pelo nativo da cultura a ser evangelizada. A equivalncia

    dinmica no tradues modernas da bblia algo perigoso, pois acaba subtraindo ou

    substituindo termos da bblia, que no julgar falvel dos tradutores no so relevantes.

    Acredito, que a equivalncia dinmica menos perigosa quando aplicada a Hermenutica ou

    interpretao do texto Bblico, ou seja, pela exegese do texto descobrir o que ele significava

    para seus leitores originais dos tempos bblicos, e pela Hermenutica encontrar situaes e

    questes do homem atual, que em principio so equivalentes ao contexto daquela poca.

    - Caio Fabio d um exemplo do que o Neo-Evangelicalismo faz com a equivalncia dinmica que de fato uma contextualizao que fere, mutila e adultera termos e palavras bblicas.

    Por exemplo. No seu livro "Novos Ministros p/uma Nova Realidade" ele diz: " sabem o que

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    circunciso? ... sabem o que aio? Sabem, porventura o que significa graa?... Estou pensando at em escrever uma carta aos Romanos (logicamente no inspirada). Uma carta

    contempornea, onde a circunciso seja substituda por uma outra questo equivalente a ela

    hoje. Quem sabe se a nossa circunciso o batismo?".

    CONCEITOS SOBRE DEUS: O DEUS DA BBLIA - VISO GLOBAL DO CRISTIANISMO FUNDAMENTALISTA CONTRASTADA COM A VISO NO FUNDAMENTALISTA: UM EXEMPLO

    DO CONFRONTO ENTRE ORTODOXIA E APOSTASIA

    Colin Chapman - [Livro: "O Cristianismo no Banco do Rus"] "A indagao sobre Deus envolve duas partes: [1] Quem Deus? (questo de definio]; [2] Ser que Deus existe de fato, se O

    concebemos como um Deus Pessoal? (questo da sua existncia). Na prtica, porm, no

    podemos discutir sobre a existncia de Deus sem discutir o que entendemos pela palavra

    Deus."

    Colin Chapman - [Livro: "O Cristianismo no Banco do Rus"] Fala das 5 respostas possveis a questo: QUEM OU O QUE DEUS? DEUS EXISTE? "[1] Deus realmente existe; Ele como a

    Bblia O descreve; (Resposta Crist); . Podemos sumariar a compreenso bblica de Deus nas

    proposies abaixo. Elas no exau. . . . rem o sentido de Deus para o cristo, mas postulam

    certas diretrizes fundamentais. . . . 1) Deus pessoal e Deus infinito; . . 2) Deus o

    Criador do universo e Deus o Sustentador do Universo; . . 3) Deus amor e Deus santo;

    4) Deus um e Deus trs "pessoas" . . . . *As Correspondentes proposies de cada par

    dever ser consideradas juntamente, para que . se equilibrem entre si

    [2] Deus existe mais Ele bastante diferente do que a Bblia O descreve; . Resposta segundo:

    A RELIGIO PRIMEVA, O JUDAISMO, O ISL E O DESMO . . . . O conceito de Deus, nestas

    religies, difere do conceito cristo em trs aspectos importan. . . tes: . 1) Alguns no tm

    conhecimento de certos aspectos da compreenso crist de Deus; . 2) Alguns ignoram

    alguns destes aspectos . 3) Alguns negam alguns destes aspectos (que Deus infinito...ou

    que h trs pessoas. . as . em um s Deus, ou que Ele pode ser conhecido de maneira

    pessoal).

    [3] Nunca poderemos saber se Deus existe ou no; . . . Reposta segundo: O AGNOSTICISMO E

    O MISTICISMO. Alguns dos maiores pensadores europeus unem-se ao HINDUSMO e ao

    BUDISMO ao darem a resposta "no sabemos" inquirio sobre a existncia de Deus.

    [4] Deus no existe; (Resposta do ATESMO) . Ao passo que o agnstico diz: "Deus talvez,

    exista, mas nunca poderemos sab-lo, o ateu afirma categoricamente: "Deus no existe. no

    h nenhum Deus aqui." Jean-Paul Sartre disse: "Quando falamos em abandono - um

    vocbulo favorito de Heidegger - queremos dizer to somente que Deus no existe, e que

    necessrio levar at ao prprio fim as conseqncias da sua ausncia" Michael Harrington

    fala das conseqncias da ausncia de Deus no pensamento e vida do homem do sculo XX.

    Mostra que uma passagem do JBILO para o PROFUNDO PESSIMISMO: " Depois da morte de

    Deus, o Homem, que suspostamente deveria substitulo, enfastiou-se de si mesmo. Isso

    resultou em uma crise de crena e de descrena, que esvaziou espiritualmente ao sculo

    XX">

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    * Pergunta que mostrar a incoerncia do atesmos: "Como voc sabe com certeza que Deus no existe? H alguma base razovel para o seu atesmo? Sobre que bases voc alicera a

    sua crena? Como voc sabe que o seu atesmo diz a verdade?

    [5] Deus no existe; mas o vocbulo til se redefinirmos o seu significado. . . . Resposta

    segundo: O PANTESMO, COMUNISMO, EXISTENCIALISMO, HUMANIS. . . MO E ALGUNS

    TELOGOS MODERNOS. Certas Concluses parecem seguir-se do atesmo ou do

    agnosticismo radicais: . 1) O que temos no universo tudo quanto existe; nada existe alm

    daquilo que podemos ver . . ou tocar - nenhum mundo sobrenatural invisvel. . 2) A morte

    o fim do indivduo; no h vida no alm-tmulo. Mas para aceitar essas concluses como

    inevitveis, a viver com a idia que nada existe alm das aparncias, nada seno o presente.

    * Robert Brow cita quatro variaes de pantesmo que subjaz esta quinta resposta: 1. "Tudo

    quanto existe Deus." (Pantesmo absoluto.) 2. "Deus a realidade do princpio por trs da

    natureza." (Pantesmo modificado) 3. " Deus est para a natureza assim como a alma est

    para o corpo" (Monismo modificado) 4. " S Deus realidade. Tudo o mais imaginao."

    (Monismo absoluto).

    5. CONCEITO DE DEUS PARA OS TELOGOS LIBERAIS.

    *** Aqueles que enveredam por esse caminho [da 5 resposta - Deus no existe; mas o vocbulo til se redefinirmos o seu significado] tendem por reter a palavra Deus, bem

    como termo divindade e transcendncia, apesar de lhes darem novas significaes. essa

    posio contm muitas formas diversas de expresso, mas todas essas formas encerram

    certas caractersticas em comum: 1. "Deus" no significa um Ser Pessoal distinto do universo,

    que j estivesse ali "antes" do universo ser criado. 2. "Deus" identificado de alguma

    maneira com o universo como um todo, ou com uma parte ou aspecto do mesmo (i.e, o

    esprito ou conscincia do homem, o aspecto "pessoal" do universo).

    *** Defesa dos Telogos Liberais [No fundamentalistas]: "Alguns desses escritores

    afianariam que no esto se esto desviando da compreenso crist histrica de Deus, mas

    que esto meramente reinterpretando as idias tradicionais em uma forma que mais

    inteligvel e aceitvel na atualidade". * a velha conversa de CONTEXTUALIZAO CULTURAL

    que vemos hoje: " temos de adaptar o evangelho as filosofias e culturas atuais para que o

    homem moderno possa aceit-lo".Todavia, o evangelho produzido por esta adaptao,

    quase sempre "outro" evangelho.

    *** OS GRANDES TELOGOS LIBERAIS e/ou NEO-ORTODOXOS, historicamente, com sua

    CONTEXTUALIZAO FILOSFICA-CULTURAL exerceram e exercem grande fora destrutiva

    contra a s doutrina ou fundamentalismo histrico cristo. BATIST MONDIM [Telogo e

    escritor apologtico catlico Romano], cita alguns destes grandes telogos liberais da ala

    protestante, comeando por Barth, mas por julgar que todos beberam da fonte

    existencialista e liberal de Kierkegaard, eu comeo a lista com Kierkegaard. Mondim, antes

    de cit-los faz uma breve anlise sobre sua hermineutica e teologia. diz MONDIN:

    " ...a teologia protestante, que tambm ousou valer-se dos instrumentos hermeneuticos que

    lhe eram oferecidos pelo pensamento filosfico moderno , fazendo isto teve de empobrecer e

    falsificar gravemente a Palavra de Deus, e os seus resultados foram julgados no menos

    desastrosos do que os da teologia catlica." - Para Mondin, e ele esta certo nisto, a teologia

    liberal protestante to destrutiva a Palavra de Deus, quanto a teologia liberal catlica.

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    HEGEL (1770-1831 - Filsofo alemo que segundo Francis Schaeffer abriu a porta para o desespero, no sentido filosfico e mudou o mundo [filosofia, artes, msica, Cultura Geral e

    teologia]. Schaefer imagina a situao em que HEGEL abandonou as verdades absolutas em

    favor de uma sintese relativista: " Tenho uma nova idia. De agoira em diante pensemos da

    seguinte maneira: em vez de causa e efeito, pensemos numa tese e em oposio a ela, uma

    Anttese. E a resposta quanto relao entre as duas no est num movimento horizontal de

    causa e efeito, porm sempre uma sintese." ... Ele pensava ser prticavel chegar sntese

    pela razo. Isto ficou provado ser impossvel e, assim o prximo homem [Kierlegaard,

    seguindo HEGEL]... colocou-se abaixo da linha do desespero.

    KIERKEGAARD (1813-1855 - Telogo Dinamarqus )- [Ele foi o pai do EXISTENCIALISMO

    SECULAR e RELIGIOSO, que abandonou verdades objetivas e absolutas por uma sintese no

    racional alcanada por um salto de f. Segundo Schaeffer: "... ele separou de maneira

    absoluta o racional e lgico da f. O racional e a f no tm nenhuma relao entre si.] "Para

    KierKegaard, as verdades proposicionais no so suficientes; no basta concordar com uma

    srie de formulaes religiosas. Kierkegaard cria que as asseveraes teolgicas da f eram

    paradoxais. Assim, o crente deve manter "verdades" opostas em tenso. Sua harmonizao

    ocorre por um ato existencialista gerado aps ansiedade, tenso e crise, em que a mente d

    um salto de F". (F. SCHAEFFER, "O Deus que intervm" Pg. 25) e ( R.V. SCHNUCKER -

    Enc.Hist.-Teo da Ig.Cr. -Pg.13). * Da fonte apstata de Kiekgaard beberam os telogos

    liberais, neo-ortodoxos.

    BARTH (1886-1968 -Suia) - Ele foi o pai da NEO-ORTODOXIA [ou Teologia Dialtica, ou ainda,

    Teologia de Crise], movimento reacionrio ao movimento liberal histrico do Sc. XIX [que s

    cria no que fosse racionalmente explicvel], e que acabou se tornando uma forma diferente

    de liberalismo, pois desviava-se dos fundamentos cristos histricos, atravs de sua

    hermineutica baseada na filosofia dialtica de HEGEL e Kierkgaard numa tentativa de

    harmonizar os paradoxos cristos atravs de uma crise existencialista. De fato, "Bath

    rejeitava a f crist como uma srie de verdades proposicionais... seu mtodo teolgico

    dialtico propes a verdade como uma serie de paradoxos. Isto produziu conceitos tais

    como: "o Deus soberano transcendente absoluto, em contraste com a humanidade

    dominada pelo pecado"; " A Bblia a Palavra de Deus na medida em que Deus permite que

    ela seja a sua Palavra", ou que "A Bblia contm a Palavra de Deus, mas no a Palavra de

    Deus", isto implica que a Bblia no necessariamente a Palavra de Deus, pode vir a tornar-

    se, isto um tipo de rejeio da "sola scriptura".. Os neo-ortodoxos tentaram ser o meio

    termo, nem queriam ser o que se chamava na poca de liberal, nem queriam ser

    convervadores, todavia no conseguiram a neutralidade, pois um erro puxa outro, tentando

    contextualizar a f bblica com a filosofia dialtica existencialista afastaram-se dos

    fundamentos da f bblica.

    Francis Schaeffer declara: "Karl Barth foi a porta de entrada da teologia na linha do

    desespero. ...Mas assim como Kieregaard abriu com o seu salto a porta para o

    existencialismo em geral, assim Karl Barth abriu a porta para o salto existencial na teologia.

    Como nas outras disciplinas, o problema bsico a mudana na epistemologia [mtodo de

    se chegar a verdade]. ... O fato unificador da nova teologia a sua metodologia errada. O seu

    conceito de verdade est errado e por causo disso aquilo que parece correto, na verdade,

    seguidamente significa algo inteiramente diferente daquilo que o cristianismo histrico quer

    dizer com a mesma frase. ingnuo discutir questes teolgicas como questes teolgicas

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    antes de considerarmos o que a verdade significa para a pessoa que est fazendo as afirmaes teolgicas". Os telogos neo-ortodoxos e neo-liberais que vieram aps Barth "...

    Eles podem no concordar nos detalhes, mas a sua luta a mesma: a luta do homem

    moderno que desistiu de encontrar um campo unificado de conhecimento. No que se refere

    aos telogos, eles separaram a verdade religiosa do contato com a cincia por um lado e a

    histria por outro. Seu novo sistema no se encontra aberto a verificao. Deve somente ser

    crido. ("O Deus que intervm" Pg. 68,71,72)

    A QUESTO DA AUTORIDADE BBLICA COMO FUNDAMENTO INARREDVEL.

    - Quando tratamos sobre autoridade, podemos dividi-la como Inerente (autoridade em si mesma) e atribuda (dependente de fatores externo).

    - No Conceito Liberal e Bartiano das Escrituras a autoridade da Bblia como Palavra de Deus

    no inerente a ela mesma, depende de fatores externos, como a atitude do seu leitor, ou

    seja, no tem autoridade do Palavra de Deus, mas pode vir a ter. Devido a esse ponto de

    vista Barth e seus seguidores ensinavam "que a Bblia tinha uma autoridade atribuda por

    Deus mas, ao mesmo tempo, insistiam em dizer que a prpria Bblia essencialmente uma

    produo humuna". Rudolfph Bultimann e Paul Tillich, levaram o pensamento de Bath as

    ltimas conseqncias, ou seja, consideram a Bblia como "uma coletnea falvel de escritos

    religiosos sobre a qual a igreja primitiva arbitrariamente imps uma autoridade que a

    piedade evanglica continuou a sustentar".

    - H. D. MCDONALD [Enc. Hist-Teol. da Ig. Crist. Pg. 173], expe a incoerncia dos conceitos

    liberal e bartiano das Escrituras:

    " ...ao negar Bblia como uma autoridade ontolgica [em si mesma, ou inerente], a teologia

    liberal desmascara sua prpria inconsistncia fundamental, pronunciando, assim, a sua

    prpria condenao. Porque, enquanto ela deseja a aceitao das suas prprias

    especulaes no-bblicas, tem que desfazer da autoridade da Bblia. Mas quando ela se

    preocupa em manter para o rtulo de "crist", apela Bblia como uma fonte autorizada".

    Isto, faz-me lembrar a anedota em que Ado aps devolver e ir buscar Eva das mos de Deus

    devido a problemas conjugais, Deus acabou por lhe dizer: "j que voc no pode viver com

    ela e nem sem ela, no a recebo mais de volta. O mesmo acontece como os telogos liberais,

    neo-ortodoxos e outros modernistas de plato, que devido a sua teologia e prtica, se

    chocam com a Bblia [que lhes um tropeo e no um fundamento], porm, para manterem

    a fachada de "cristos" tem de acabar apelando para ela como "uma" fonte de autoridade.

    - Fazemos a seguir um resumo e enxertos ao tpico "AUTORIDADE BBLICA por H.D.

    MCDONALD:

    1. A "autoridade Bblica deve comear com o prprio Deus, porque nele se localiza toda a au

    . toridade em ltima analise. (Hb. 6:13)

    2. A Revelao ou auto-revelao de Deus a chave da autoridade de Deus. Na revelao

    Deus declara sua autoridade. Os profetas do AT acharam sua certeza na revelao de Deus,

    ou sua vontade autorizada, em contraste com os falsos profetas que falavam o que lhes

    vinha ao corao. (Dt. 10:5; Ne. 1:7-9; Isa 1:10; 2 Re. 17:13 com Ez.13:2-17; Jr.14:14;

    23:16,26)

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    3. Para a f crist, Cristo conhecido como a revelao final de Deus. ... Cristo a suma de tudo quanto divinamente autorizado para a vida do homem. (Jo.1:14; Rm 9:5; 1 Tm 3:16;

    Hb.1:1,2)

    4. Esse desvendar progressivo de Deus [revelao] que culminou em Cristo, recebeu uma

    forma perptua nos escritos bblicos ( Dt. 29:29; II Tm. 3:16-17; I Jo.5:9-13; Jd. 3)

    5. As Escrituras, consequentemente, participam da autoridade de Deus, de modo que o

    relacionamento de Cristo com elas decisivo para autenticar a autoridade delas.

    6. Mediante sua atitude para com o AT e o uso que fez dele, Cristo realmente validou a

    divindade das Escrituras (Mt. 4; Jo. 5:39; Lc 24:25-27)..

    7. Os apstolos no NT reivindicavam uma autoridade divina para seus escritos (2 Co 12:19;

    10:11; 1 Ts 2:13; 5:27; 2 Ts 2:15; 3:14; 1 Ped 3:15--16).

    8. Quanto a Veracidade e fidedignidade da Bblia, podemos afirmar que as Escrituras (no AT e

    NT) so a VERDADE DE DEUS para a humanidade. O atributo de Deus como verdade, o

    mesmo aplicado a Sua Palavra. No AT, o termo hebraico emet, traduzido por "verdade" (Nm.

    23:19; Sl 31:5; 119:160); No NT, o termo grego "aletheia ", traduzido por "verdade" (relativo

    a Deus:I Jo 5:20; Jo 3:33; 7:28; 8:26; 17:3; 1 Ts.1:9; relativo a Sua Palavra (Jo. 17:17; 2 Co. 6:7;

    Gl. 2:5; Rm 3:7).

    ** Concluso FUNDAMENTALISTA SOBRE A BBLIA: "A Bblia , portanto, o Livro da verdade

    de Deus; e esta verdade, conforme diz o Catecismo de Westminster, "verdade infalvel", o

    prprio Cristo disse: "... a Escritura no pode falhar." (Jo.10:35). Da mesma forma que

    totalmente fidedigna no que diz respeito verdade, assim tambm deve ser totalmente

    confivel no que concerne aos fatos. Sendo as duas coisas, ela a nossa [nica] autoridade

    em todas as coisas pertencentes [ f], vida e piedade"

    HEIDEGGER, Martin (1889-1976 -Filsofo Alemo) - [Um figura central no pensamento

    EXISTENCIALISTA CONTEMPORANEO]. Tambm influenciado pela filosofia dialtica de

    HEGEL, e consequentemente pelo Existencialismo de Kierkegaard. "Acreditava que o

    cristianismo no redimia, mas, sim, que destruia a cultura genuna. Juntamente com outros

    movimentos, o cristianismo fez da verdade uma questo de proposies mais do que de

    existncia." Heidegger tentou encontrar algo que autenticasse sua existncia, desse validade

    a mesma, e props que o sentimento de "medo" que pode autenticar a existncia do

    homem moderno. "A influncia de Heidegger na filosofia e teologia contemporneas

    fenomenal. Influenciou profundamente linhas de pensamento neo-ortodoxo, especialmente

    na obra de Bultmann e Tillich... Sob a influncia de Heidegger, alguns tm abandonado a

    hermenutica gramtico-histrica e favorecido uma revelao mais potica e aberta da

    existncia. (P.H.DEVRIES Enc.Hist-Teol. da Ig.Crist. Pg. 244-245)

    Gosto de arquivar recortes de jornal e revistas me interessam e tenho comigo uma pgina da

    revista veja de 21 de outubro de 1987, com um artigo intitulado: "Heidegger, Filsofo

    alemo foi nazista convicto", onde Victor Farias, um ex-aluno de Heidderger desmacara as

    mentiras e vida falsa de Heidegger. Assim comea o artigo: "Um dos maiores filsofos deste

    sculo, orculo do pensamento existencialista no qual se formariam, entre outros, os

    franceses Jean-Paul-Sartre... ...deixou uma dvida sua trajetria na vida real. ...S MENTIRAS

    -... [conta episdios em que ficaram provadas as mentiras de Heidegger] e conclue: "... O

    mestre mentia. ... No h dvidas de que, depois do livro de Victor Farias, no possvel

    mais pensar em Heidegger como antes... No mnimo, porm, para os que acreditam ser

    possvel filosofar de um jeito e viver de outro, escrever de uma maneira sublime e, ao mesmo

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    tempo, comportar-se na vida real como um delator e um mentiroso, preciso pensar em Heidegger como se pensa no mdico doutor Jekil e o monstro mister Hyde. luz do dia ele

    era um, na sombra do noite outro". ( VEJA 21/10/87,Pg. 91.)

    * Na realidade as filosofias do mundo so assim, so bonita nos ouvidos quando faladas, e ou

    no papel, quando escritas, porm no resistem ao choque da realidade. Embora Heidegger

    com seu pensamento existencialista, tentasse dar autenticidade a sua existncia, fracassou,

    assim como os muitos telogos modernos que aliceraram sua teologia sobre Heidegger.

    BULTMANN, Rudolph (1884-1976 - Alemanha - Um dos telogos mais influentes do Sc. X).

    Para Bultmann " a tarefa mais urgente dos telogos do sculo XX era a de descobrir um

    "conceptualismo" segundo cujos termos o NT pudesse tornar-se compreensvel ao homem

    moderno... Bultmann acreditava que tinha achado semelhante conceptualismo na filosofia

    existencialista de Martin Heidegger, e passou praticamente toda a sua vida lendo o NT como

    um documento Heidggeriano, e usando mtodos histrico-crticos para eliminar do texto

    elementos resistentes ao existencialismo". Ou seja, o que no texto do NT no combinasse

    com filosofia herege de Heidegger, Bultmann chamou de mito, fantasia dos apstolos e

    escritores do NT, da a sua teologia ser chamada de "desmitologizao.

    UMA ANLISE DO DILOGO TEOLGICO ATUAL ENTRE OS NEO-EVANGLICOS E OS APSTATAS

    CAIO FBIO DE ARAUJO FILHO [Ministro Presbiteriano desde 1978, pensador, escritor, metido a telogo, que tem usado largamente das teologias liberais, neo-ortodoxas e neo-

    evanglicas, cuja verborragia elegante com falso ar de modernidade, j produziu mais de 55

    ttulos publicados. Presidente da VINDE - Viso Nacional de Evangelizao (rgo de caracter

    ecumnico e ecumenizante, que iria lev-lo a realizar seu grande sonho, uma super entidade

    ecumnica a nvel nacional, atravs de congressos ecumnicos para pastores e lderes, e pelo

    curso VINDE-SAT por satlite, onde fez a cabea de um grande nmero de pastores e lderes

    descomprometidos com o fundamentalismo, e que esperavam apenas o surgimento de um

    lder carismticos que os guiasse. Caio Fbio era esse homem). Presidente da AEvB -

    Associao Evanglica Brasileira (a super-organizao nacional sonhada por Caio Fabio e

    outros pastores neo-liberais e neo-evanglicos). Ainda membro da Fraternidade Teolgica

    Latino-Americana, 1 Vice-Presidente da Misso Portas Abertas, membro do CONSEA -

    Conferncia Nacional de Segurana Alimentar da Presidncia da Repblica e membro do

    Comit de Lausane. Com exceo do CONSEA, todos os outros rgos so ecumnicos e

    ecumenizantes. Em um panfleto que divulga um de seus livros , seu ministrio chamado de

    "holstico" (do grego "holos", que significa inteiro ou unificado. Termo muito usado pelo

    Movimento Nova Era, embora no estamos querendo dizer que ele tenha algo com este

    movimento, mas que ao aplicar a seu ministrio este termo, percebe-se a presuno

    ecumnica dele e de seus seguidores.)

    Caio Fabio tem sido no s o lder do movimento ecumnico no Brasil, mas tambm, tem sido um dos maiores promotores do carismtismo-pentescostal entre os evanglicos. Pois, a

    experincia pentecostal carismtica maio fora ecumenizante que existe. Um exemplo

    disso ocorreu no Congresso para lderes de todo Norte e Nordeste do Brasil presidido por

    Caio Fbio em setembro de 1994 em Fortaleza que reuniu 1.400 participantes com lderes

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    das mais diversas denominaes evanglicas. Numa entrevista ao jornal "O POVO" de 30/09/94, um dos participantes do congresso disse ao jornal: "Entre as questes debatidas

    no encontro esto a misso global e o aprofundamento teolgico dentro de um maior

    desenvolvimento carismtico. Segundo ele, os participantes chegaram a traar rumos de

    ao para os prximos anos em relao ao trabalho evangelizador... alm de uma maior

    aceitao dos dons espirituais". *Caio Fabio no 16 desafio aos "Novos Ministros para uma

    Nova Realidade" em livro seu com este ttulo desafia cada ministro a: "16. Desenvolver um

    carismatismo ministerial... uma viso carismtica... [e acrescenta] ...Ento, no tem esse

    negcio de lngua acabou ontem, e que agoira no se fala mais. ... preciso desenvolver todo

    esse lado dos carismas, da graa, dos dons; estarmos abertos a isto, praticarmos isso."(Pg.

    65).

    * O dilogo teolgico atual envolve inclusive catlicos romanos e telogos declaradamente apostatatas. Um exemplo disse o Pr. Caio Fbio em seu livro "Novos Ministros para uma

    Nova Realidade", onde ele se enche de admirao por Dietrich Bohoeffer [1906-1945 - O

    telogo alemo do "Cristianismo sem Religio" ou da interpretao no religiosa do

    Cristianismo, que serviu de base, para os tologos que criaram a "Teologia da Morte de

    Deus", propondo a completa retirada do nome e da pessoa de Deus e da religio. Caio Fabio

    usa um homem deste como modelo para os novos ministros brasileiros. Ouamos o que ele

    diz:

    "...tenho uma profunda admirao por Dietrich Bonhoeffer... Ele v tudo ao longe, percebe que a maneira mais prpria de comunicar Cristo nos seus dias era a forma irreligiosa; era

    transformar a linguagem religiosa em cdigos de assimilao seculares, para o homem do

    seu tempo o percebesse. Mas ele faz isso tudo sem perder o vnculo profundo com a

    comunidade" (Pg. 38).

    - Absorvendo esta cosmoviso secularizante de Bonhoeffer, Caio Fabio prope um

    rebaixamento da Teologia claramente e exclusivamente fundamentadas nas Escrituras

    Sagradas por uma cosmoviso, ou maneira de ver a vida fundamentadas nas cincias

    seculares. Vejamos o 17 desafio que ele lana "Aos Novos Ministros Para uma Nova

    Realidade": "Discernir que, num tempo como este nosso, o que menos interessa Teologia

    ela mesma. ... importante olhar a vida em perspectivas antropolgicas, sociolgicas,

    psicolgicas; importante olhar a vida em ticas polticas; fundamental ver a vida por

    ticas distintas. E a Teologia serve apenas para amarrar as pontas" (Pg.68).

    *Na citao acima ocorre uma destrutiva contextualizao do evangelho, pois Caio Fabio prope olhar a vida, partindo no da teologia bblica, mas do contexto cultural. H uma

    terrvel inverso metodolgica, em vez de transformar a cultura humana partindo da

    teologia Bblica, faz exatamente o contrrio, quer transformar a teologia bblica partindo do

    contexto cultural-filosofico-cientifico e religioso do momento. Vemos aqui uma mal

    disfarada rejeio a Verdade claramente derivada da Bblia, a s doutrina ou Palavra de

    Deus. o cumprimento de 2 Tm. 4:1-2. Prope trocar a tica TEOLGICA pela

    ANTROPOLGICA (A partir do homem e cincias que centralizam o homem: SOCIOLOGIA,

    PSICOLOGIA, POLTICA, etc..). Para os ouvintes atentos, d para perceber que os sermes de

    Caio Fabio, embora aparentemente se baseiem num texto bblico, esto recheados de

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