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Diário de Bordo I O número do Gente em Ação que neste início do 3º período chega às mãos de todos os elementos da comunidade edu- cativa mostra, nas suas páginas, a vitalidade dessa mesma comunidade que, apesar de pequena em número é enorme em dedicação e empenho. Durante o 2º período, que as páginas do jornal que têm nas mãos retrata, realizaram-se duas atividades que gostaríamos de destacar, pois representam a realização de um desejo do Diretor do Agrupamento que já tinha ficado expresso no seu “Projeto de Intervenção”: No referido documento pode ler-se que a escola deve ser “um espaço de aprendizagem para to- dos” (pág. 1) e que “tem de ser uma escola aberta à comuni- dade.” (pág. 7). Assim sendo, as duas atividades referidas - abertas à co- munidade educativa - foram realizadas com a colaboração da Associação de Pais, Câmara Municipal e CPCJ de Vila Velha de Ródão. Estas duas ações pretendem ser as primeiras de várias que, esperamos, se realizarão ainda neste e no próxi- mo ano letivo, destinadas aos diferentes elementos da comu- nidade educativa do Agrupamento. Acreditamos que estas ações, nas quais estão presentes todos os stakeholders do projeto educativo do AEVVR, são essenciais para o fortalecimento de um espírito de união que permitirá atingir o que almejamos para as nossas crianças e jovens: o sucesso (não apenas académico, mas no que se refere à sua plena integração na sociedade) e, acima de tudo, a felicidade! II Outro exemplo dos doces frutos que a cooperação entre instituições pode dar é a iniciativa “Livro Livre”, inicialmente proposta pela Rede de Bibliotecas Escolares mas abraçada, através da criação de um concurso, pela Junta de Freguesia de Vila Velha de Ródão, Biblioteca Municipal José Baptista Martins e AEVVR (ver www.aevvr.pt). Motivados pelos responsáveis das três instituições e cer- tamente, também, pelos prémios oferecidos pela Junta de Freguesia aos três melhores “Livros Livres”, catorze jovens (e respetivos “consultores”) apresentaram trabalhos extraor- dinários a concurso - já destacados no jornal “Público” -, que serão publicados em suplemento especial do próximo número do “Gente em Ação”. Toda a comunidade educativa está de parabéns! A Direção Torneio Mega MEGAMEDALS! Pág. 10 Uma manhã brilhante! Bosque da Achada novamente distinguido Pág. 24 Pág. 23 65 | abril 2014 Distribuição gratuita APOIOS: www.aevvr.pt

"Gente em Ação" nº65 (abril 2014)

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão nº65 - abril 2014

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Page 1: "Gente em Ação" nº65 (abril 2014)

Diário de BordoI

O número do Gente em Ação que neste início do 3º período chega às mãos de todos os elementos da comunidade edu-cativa mostra, nas suas páginas, a vitalidade dessa mesma comunidade que, apesar de pequena em número é enorme em dedicação e empenho.

Durante o 2º período, que as páginas do jornal que têm nas mãos retrata, realizaram-se duas atividades que gostaríamos de destacar, pois representam a realização de um desejo do Diretor do Agrupamento que já tinha ficado expresso no seu “Projeto de Intervenção”: No referido documento pode ler-se que a escola deve ser “um espaço de aprendizagem para to-dos” (pág. 1) e que “tem de ser uma escola aberta à comuni-dade.” (pág. 7).

Assim sendo, as duas atividades referidas - abertas à co-munidade educativa - foram realizadas com a colaboração da Associação de Pais, Câmara Municipal e CPCJ de Vila Velha de Ródão. Estas duas ações pretendem ser as primeiras de várias que, esperamos, se realizarão ainda neste e no próxi-mo ano letivo, destinadas aos diferentes elementos da comu-nidade educativa do Agrupamento.

Acreditamos que estas ações, nas quais estão presentes todos os stakeholders do projeto educativo do AEVVR, são essenciais para o fortalecimento de um espírito de união que permitirá atingir o que almejamos para as nossas crianças e jovens: o sucesso (não apenas académico, mas no que se refere à sua plena integração na sociedade) e, acima de tudo, a felicidade!

II

Outro exemplo dos doces frutos que a cooperação entre instituições pode dar é a iniciativa “Livro Livre”, inicialmente proposta pela Rede de Bibliotecas Escolares mas abraçada, através da criação de um concurso, pela Junta de Freguesia de Vila Velha de Ródão, Biblioteca Municipal José Baptista Martins e AEVVR (ver www.aevvr.pt).

Motivados pelos responsáveis das três instituições e cer-tamente, também, pelos prémios oferecidos pela Junta de Freguesia aos três melhores “Livros Livres”, catorze jovens (e respetivos “consultores”) apresentaram trabalhos extraor-dinários a concurso - já destacados no jornal “Público” -, que serão publicados em suplemento especial do próximo número do “Gente em Ação”.

Toda a comunidade educativa está de parabéns!

A Direção

Torneio MegaMEGAMEDALS!

Pág. 10

Uma manhãbrilhante!

Bosque da Achadanovamente distinguido

Pág. 24 Pág. 23

65 | abril 2014 Distribuição gratuita

APOI

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www.aevvr.pt

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O jornal “Gente em Ação” publica, em cada um dos seus números, uma entrevista com antigos

alunos que concluíram a sua formação académica e estão inseridos no mundo do trabalho. Nesta

edição, entrevistamos Ana Isabel Pires, licenciada em Ciências Farmacêuticas, que desenvolve a

sua atividade de Farmacêutica Substituta na Farmácia Almeida, em Lisboa.

Quando é que frequen-tou a escola em Vila Velha de Ródão?

Frequentei a escola em Vila Velha de Ródão entre 1998 e 2003.

Era boa aluna?Sim, tentei sempre em-

penhar-me ao máximo de modo a obter bons resulta-dos.

O que é que achava da escola?

Eu gostava da escola e sabia que era o meu ponto de partida para qualquer fu-turo que eu idealizasse.

Qual ou quais eram as suas disciplinas preferi-das?

As minhas disciplinas pre-feridas eram as Ciências Naturais e a Físico-química.

Lembra-se de algum professor ou professora que a tenham marcado es-pecialmente?

Lembro-me sim! A profes-sora Carla de Físico-quími-ca, o professor Luís Costa e a professora Graça Passos.

Para além das atividades letivas, que outras iniciati-vas a escola lhe oferecia e nas quais participava?

Participava no Clube do Prosepe, mas lembro-me de, na altura, existirem tam-bém o Clube de Teatro e o Clube de Fotografia.

Mantém o contacto com

os antigos colegas de tur-ma / escola?

Mantenho, sim. A distân-cia não apaga os laços de amizades que se criaram nessa altura e as redes so-ciais facilitam muitas vezes essa comunicação.

Acha que esta escola contribuiu para o seu su-cesso pessoal e profissio-nal? De que forma?

De um modo geral, tudo aquilo que vivemos na in-fância e adolescência define a pessoa em que nos torna-mos futuramente. Dos maus momentos, tiramos a apren-dizagem para ultrapassar si-tuações semelhantes no fu-turo e, dos bons momentos, tiramos a força, a alegria e a coragem que nos tornam a vida mais colorida. Eu só tenho a agradecer aos mo-mentos passados durante os meus cinco anos como aluna nesta escola, porque sem dúvida que definiram o meu futuro e me tornaram na pessoa que sou hoje e da qual me orgulho.

Recorda-se de algum episódio que tenha vivido na escola e do qual guarde uma especial recordação?

Recordo-me de vários mo-mentos! Mas recordo, com especial carinho, a viagem de finalistas que marcou o fim destes cinco anos nes-ta escola e foi uma viagem com muitas gargalhadas e muitos momentos bem pas-sados entre alunos e profes-

sores.

Após o ensino básico, qual a via que seguiu no prosseguimento de estu-dos? Porquê?

Após o ensino básico, en-trei na Escola Secundária Nuno Álvares na área de científico-natural, depois o gosto pela química e o in-teresse na formulação dos medicamentos fez-me que-rer prosseguir pela área das Ciências Farmacêuticas e assim entrei no Mestrado Integrado em Ciências Far-macêuticas.

Que diferenças sentiu ao mudar desta escola para aquela onde frequen-tou o ensino secundário?

As diferenças que senti foram: o facto de ser uma escola maior, onde o trata-mento é menos personaliza-do e o aumento do grau de dificuldade.

Fale-nos um pouco do seu percurso escolar e profissional.

O meu percurso esco-lar inicia-se na escola do 1º Ciclo de Benquerenças. Depois de fazer o 1º Ciclo, ingressei na escola de Vila Velha de Rodão para fre-quentar o 2º e o 3º Ciclos. O ensino secundário foi feito na Escola Secundária Nuno Álvares, na área de cientí-fico-natural. Completado o ensino secundário, a esco-lha de Ciências Farmacêuti-cas estava definida e foi no Instituto Superior de Ciên-cias da Saúde Egas Moniz que entrei para completar os cinco anos do Mestrado Integrado em Ciências Far-macêuticas. Após a conclu-são do curso, esperava-me o tão imprevisível mundo do trabalho. E, após dois me-ses a responder a anúncios e a entregar currículos por-

Redação do Gente em Ação

Ana Isabel Pires

ta-a-porta, foi na Farmácia Nacional, em Lisboa, que tive o meu primeiro emprego como Farmacêutica Subs-tituta. Após a conclusão do contrato, andei novamente à procura de emprego e foi aí que comecei a trabalhar como Farmacêutica Substi-tuta na Farmácia Almeida, em Lisboa, onde ainda per-maneço.

O que mais a motiva na atividade profissional que hoje desenvolve?

O que mais me motiva é o contato direto com o públi-co, a promoção da saúde e o marketing na venda.

Acompanha a atividade da escola? Que opinião tem?

Acompanho a atividade da escola através da pági-na do Facebook e é bom ter conhecimento de todas as atividades desenvolvidas

SÉRIE: ANTIGOS ALUNOS (11)Entrevista (1)

Bilhete de IdentidadeNome: Ana Isabel Carmona Belo PiresData de nascimento: 02 de fevereiro de 1988Frequentou a escola de VVR: De 1998 a 2003 Média de conclusão do 9º Ano: 4,2Profissão: Farmacêutica

Durante uma visita de estudo à “Mata dos Setes Montes”, em Tomar

e do nível de qualidade das mesmas.

Costuma ler o nosso jor-nal e conhece o nosso we-bsite e/ou a nossa página no Facebook?

Não tenho lido o jornal, mas estou sempre aten-ta à página do Facebook e acompanho todas as repor-tagens fotográficas. Assim como o website, que já co-nheço!

Que mensagens ou su-gestões gostaria de deixar aos nossos jovens leito-res?

Nunca desistam dos vos-sos sonhos e objetivos, por muitos obstáculos que vos pareça ter esse caminho! E desfrutem ao máximo des-tes anos que passam aí. São, sem dúvida, anos que nos marcam na nossa vida!

Muito obrigado!

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Atividades

A violência em contexto escolarTeresa Ribeiro, Psicoterapeuta

A (in)disciplina é um tema recorrente, direta e indireta-mente presente no mundo escolar, conforme foi referido na formação para professores que teve lugar no dia 15 janeiro na CACTejo, organi-zada no âmbito do P.E.S. (Programa de Educação para a Saúde).

Embora o tempo de formação dis-ponibilizado tivesse sido escasso, foi possível encontrar vários aspectos em concordância. Nomeadamen-te, que a agressividade é “pluride-terminada”, que está em constante desenvolvimento, que é reativa ao tempo histórico e, por vezes, subjeti-va na sua interpretação.

Foram sinalizados diferentes uni-versos para o problema, desde as-petos relacionados com as condi-ções profissionais e de carreira do corpo docente - bastante fragilizado, fruto de diversas políticas ministe-riais que impactam negativamente na capacidade motivacional dos professores, às condições sócio económicas mais enfraquecidas da população em geral, à cultura mas-sificada e consumista em que nos movemos, bem como ao empobre-cimento atual de valores e princípios que norteiam a existência humana.

Das diferentes dimensões apon-tadas, optou-se pela análise mais fenomenológica e relacional do pro-blema.

Quais as situações problemáticas que ocorrem em sala de aula e no espaço escolar e que confrontam professores, funcionários e alunos?

Os problemas de indisciplina cons-tituem uma dificuldade, mas também a possibilidade de mergulharmos mais fundo em busca do que impor-ta ser feito, como e por quem. É um dos temas ao qual todos estamos vinculados e implicados, mesmo quando à nossa volta as “águas são mansas”, porque vivemos inseridos num mesmo coletivo profissional e

social.Importa bem definir do que fala-

mos quando falamos sobre violência em contexto escolar, para melhor podermos lidar com ela. Ela existe em diferentes níveis: dos alunos sobre os professores e funcionários - talvez a realidade mais abordada; dos alunos entre si; dos professores sobre os alunos; no seio do próprio grupo de professores e também a que resulta de algumas relações entre a escola a as famílias dos alunos e, às vezes, com a comunidade circun-

dante.Sem aprofundarmos

nenhuma destas formas particulares de violência, sublinhamos alguns tópi-cos que são basilares e norteadores de uma re-flexão.

A violência que existe é sempre fruto da vio-lência que, como seres humanos (crianças ou adultos), sentimos que é exercida sobre nós e manifesta-se desde que não nos resignemos ou a guardemos bem es-condida dentro de nós, tornando-a invisível ao olhar dos outros e até quase “ esquecida” de nós mesmos, arredada da nossa consciência.

O exercício da violência é uma espécie de devolução aos ataques que sentimos que impendem sobre nós e que nos tornam inseguros, de-sorientam e nos deixam zangados.

Carl Rogers (1902-1987), psicó-logo que muito se debruçou sobre o ensino e as questões da aprendi-zagem, deixou-nos um legado rico de conceitos, nomeadamente o de tendência atualizante. Este concei-to baseia-se no princípio de que todos os seres humanos possuem recursos para desenvolver a autor-realização, a autocompreensão e o autoconhecimento e para modi-ficarem os seus comportamentos, direcionando-os no sentido de uma maior maturidade e independência.

Assim, uma das formas primor-diais para lidar com a violência é assumi-la e trazê-la a lume. É con-sensual que a escola precisa de consciencializar e priorizar esta pro-blemática e integrar a necessidade de promover momentos regulares de encontro e de partilha em grupo, como forma de definir posturas e

estratégias que minimizem a sua di-mensão. Não o fazer é permitir, mes-mo que involuntariamente, a sua es-calada, com todas as repercussões negativas que isso implica.

O hábito de contar e de ouvir, a confiança necessária para nos ex-pormos requer tempo, e é necessá-rio vencer a barreira da inércia, da vergonha ou da ocultação.

No entanto, é num ambiente imbu-ído de escuta ativa, de aceitação e de empatia que nos encaminhamos,

mesmo que lentamente, para ser-mos nós mesmos, autênticos, assu-mindo as nossas dificuldades, mas também os nossos tesouros.

Nesses encontros, é possível criar condições facilitadoras, que esva-ziam as tensões inerentes ao quo-tidiano escolar, proporcionando inte-rajuda, aprendizagem e crescimento comum.

É com estas premissas que se re-alizará, em julho, à semelhança do ano anterior, um novo encontro de

grupo, para uma vivência dinâmi-ca, em que possamos - através de diferentes exercícios e jogos, ace-der à expressão corporal, singular e colectiva, às tensões encouraça-das e aos processos de comunica-ção interrompida.

Estou agradecida à coordena-dora do PES, professora Graça Passos, pelos convites que me tem endereçado e reconheço na sua ação a capacidade de acolher e expandir este tema, de inegável importância.

Conto com a vossa presença para constituir um grupo que nos desafie e ative e, em paralelo, nos permita ir também ao encontro de uma maior tranquilidade interior.

COLÓQUIO / DEBATEViolência no Contexto Escolar

Realizou-se, no passado dia 15 de janeiro, na Biblioteca Municipal de Ródão, o colóquio / debate para professores subordinado ao tema “Vio-lência no Contexto Escolar”, no âmbito do Projeto Educação para a Saíde do AEVVR. Dinamizado pela psicoterapeuta Teresa Ribeiro, foi uma opor-tunidade única para refletir e partilhar anseios e preocupações sobre esta temática sempre presente no nosso quotidiano.

Em jeito de follow-up dessa sessão, a dinamizadora do referido colóquio apresenta-nos este artigo que pretende continuar a reflexão iniciada du-rante a sessão. É mais uma oportunidade que todos temos para pensar sobre este tema transversal e omnipresente na nossa sociedade. Desta feita, dando oportunidade a toda a comunidade educativa de participar connosco nesta reflexão.

Prof. Luís Costa

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Jorge Gouveia

Entrevista (2) PORTAS DE RÓDãOUmA mARAvILhA NATURAL à NOSSA PORTA

Jovens Repórteres para o Ambiente

Continua na pág. seguinte

O “Gente em Ação” foi entrevistar o professor Jorge Gouveia, responsável pela candidatura

das Portas de Ródão a Monumento Natural, tendo estado envolvido igualmente no processo de

candidatura às “7 Maravilhas Naturais de Portugal”.

Quando foi tomada a de-cisão de fazer a candida-tura das Portas de Ródão às 7 Maravilhas Naturais de Portugal?

A candidatura às 7 Mara-vilhas Naturais foi posterior àquilo que foi mais impor-tante, que foi a candidatu-ra das Portas de Ródão a Monumento Natural, que aconteceu em 2005. Nesse ano, foi elaborada a propos-ta de classificação; depois, em 2010, apareceu esta candidatura às 7 Maravilhas Naturais de Portugal e nós achámos que também deví-amos candidatar as Portas de Ródão que, nessa altu-ra, já estavam classificadas, porque a primeira intenção, o primeiro objetivo relativa-mente à Portas de Ródão foi classificá-las como Mo-numento Natural nacional, uma área protegida, com espécies muito importan-tes. Mais tarde, efetuámos a candidatura às 7 Maravilhas Naturais de Portugal.

Porque é que foi tomada essa decisão?

Relativamente à classifi-cação das Portas de Ródão, indiscutivelmente, a deci-são foi tomada por causa da qualidade dos valores naturais em presença. E,

quando falamos de valores naturais, falamos da flora e da fauna. Mas existem tam-bém outros valores do patri-mónio, como vestígios das civilizações primitivas. Só para terem uma ideia, o cas-telo de Ródão ou a foz do Enxarrique são sítios muito importantes para além dos aspetos naturais. O Monu-mento Natural das Portas de Ródão conjuga todos estes elementos. Os elementos naturais e aqueles que são de caráter cultural.

Presenciou a gala das 7 Maravilhas Naturais de Portugal?

Só pela televisão!

Em que lugar ficaram as Portas de Ródão?

Fomos finalistas dentro da categoria em que concorre-mos - Áreas Húmidas não Marítimas -, por causa da albufeira da barragem. Em que lugar ficámos? Não é as-sim tão importante, não ga-nhámos, é verdade. Quem ganhou foi a Lagoa das Sete Cidades, mas ficámos muito bem classificados. Sabemos isso perfeitamente, porque fomos finalistas.

Acha que a votação foi justa?

Acho que foi justa, pois tivemos umas dezenas de milhares de votos, o que, num concelho com menos de 4000 habitantes, é mui-to bom. A justiça também depende um bocadinho do conhecimento que se tem ou não das coisas. A Lagoa das Sete cidades é conheci-da nacional e internacional-mente e as Portas de Ródão talvez não sejam assim tão conhecidas. Mas tivemos imensos votos, o que para nós é, de facto, um motivo de grande orgulho.

Acha que a participação no concurso atraiu mais turistas a Vila Velha de Ró-dão?

Indiscutivelmente. Atraiu muito, muito mais turistas. E quem o diz não sou eu. Dizem-no as pessoas que estão ligadas ao turismo aqui no concelho, como os responsáveis de restauran-tes ou da empresa que de-tém os barcos que fazem os passeios pelo rio Tejo.

A participação no concur-so proporcionou uma gran-de visibilidade às Portas de Ródão, pois foram feitas várias reportagens que pas-saram tanto na rádio como na televisão. Até foi feito um filme promocional de muita

qualidade. Resumindo: ganhámos

imenso em termos de pro-moção turística com esta candidatura.

Acha que os turistas agora vêm a Vila Velha de Ródão para conhecerem este monumento natural e também para conhece-rem a biodiversidade da região?

Vêm, porque este geomo-numento natural - as Portas de Ródão -, como eu vos disse há pouco, alia vários elementos que são indisso-ciáveis: a questão da biodi-versidade e outras que se relacionam com aspetos cul-turais, como por exemplo, as estações arqueológicas, o castelo, as lendas, a culiná-ria e a gastronomia que tam-bém fazem parte da cultura.

No que diz respeito à bio-diversidade, quando olha-mos para este monumento natural, o que vemos em pri-meiro lugar é a vegetação. Se olharmos com um pou-co mais de atenção, vemos aquelas maravilhosas aves - os grifos - a sobrevoar a vila. Portanto, os zimbros, os grifos, a águia de bonelli e também a cegonha preta são elementos da biodiversi-dade de Ródão extraordina-riamente importantes, por-que são muito raros e estão aqui muito bem preservados e isso, de facto, atrai mui-ta gente. Para terem uma ideia, é frequente encontrar-mos no miradouro do caste-lo, que é um excelente lugar para fazer “birdwatching”, grupos de estrangeiros que vêm propositadamente do norte da Europa para faze-rem nesta zona a observa-ção de aves. Vêm atrás de quê? Da biodiversidade.

Quais são os projetos que a autarquia tem para dar a conhecer esta mara-vilha natural, para valori-zar o geomonumento e a própria região?

A autarquia tem-se preo-cupado, fundamentalmente, em fazer o acompanha-mento das intervenções humanas no local, no que

diz respeito à preservação da biodiversidade. Estou a referir-me, por exemplo, ao abate de árvores que deve ser feito de forma seletiva e criteriosa para não atingir espécies autóctones raras, como os zimbros.

Mas sabemos que a câ-mara faz muito mais. Por exemplo, requalificou todo o espaço do castelo que vo-cês conhecem e que é um miradouro de excecional qualidade. Tem estado a re-qualificar toda a frente ribei-rinha de Vila Velha de Ró-dão e as margens do Tejo. Agora, está a avançar com um projeto de valorização da estação arqueológica da foz do Enxarrique, que é uma das mais importantes do Pa-leolítico a nível europeu.

Estes são projetos da autarquia que têm uma re-lação muito importante e di-reta com o geomonumento e com a biodiversidade desta região.

Há quanto tempo é que se formaram as Portas de Ródão e como é que se formaram?

Há quanto tempo? O tem-po geológico não se mede como o nosso, ao minuto ou ao segundo, mas parece que foi há mais ou menos 2,5 milhões de anos.

E como é que se forma-ram? Formaram-se devido a dois fenómenos complemen-tares. O fenómeno erosivo, ou seja, relacionado com a erosão onde as águas do rio foram desgastando a rocha. Lembram-se daquele ditado “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”? Outro aspeto importante é a falha tectónica, pois nes-ta zona situa-se a falha do Ponsul, o que faz com que os territórios balancem ao longo dos tempos. Então o que é que acontece? A con-jugação dos elementos ero-sivos mais a falha tectónica fez com que a serra tives-se fraturado e isso fez com que o rio, quase como uma cascata, começasse a en-caixar progressivamente e a

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Entrevista (2)

Continuação da pág. anterior

fazer o seu leito. Portanto, o rio demorou 2,5 milhões de anos a fazer aquele traba-lho! E, ainda hoje, continua a escavar e é por isso que olhamos para a paisagem e há vários terraços que se criam à medida que o Tejo se vai encaixando progres-sivamente.

Acha que a fauna e a flo-ra ali existentes devem ser mais protegidas?

Sim, devem ser mais pro-tegidas. Nós nunca estamos satisfeitos com aquilo que se faz, podemos fazer sem-pre melhor. Por exemplo, poderiam fazer-se alguns repovoamentos de espécies autóctones, pois o seu de-saparecimento é uma pre-ocupação. Poderia fazer-se um controlo sistemático das espécies infestantes como as mimosas ou o pinheiro bravo. Todas estas ações são fundamentais para a preservação daquele espa-ço, nomeadamente em rela-ção à prevenção dos fogos florestais.

A autarquia tem tido um papel fundamental no acom-panhamento e na proteção daquela área.

Que tipo de fauna e flora lá existe?

Vamos começar pela fau-na. A nível das aves, estão inventariadas mais de 100 espécies de onde se desta-cam as mais emblemáticas: a cegonha preta, o grifo, o abutre de ruppelli, uma es-pécie muito rara de abutre africano que se deu muito bem com os grifos das Por-tas de Ródão e reside aqui o ano inteiro, a águia de bo-nelli, a águia perdigueira, o chasco-preto e, de vez em quando, aparece por aqui um abutre negro. Podemos também observar naquela área umas dezenas de ma-míferos, entre eles a lontra que se observa com frequ-ência no Tejo.

A nível da flora, temos aqui a vegetação mediterrânica,

que é típica das zonas do sul da Europa e está muito bem conservada. Aquela que me-rece mais destaque é o zim-bro. Nas encostas rochosas crescem os zimbros, que são árvores muito bonitas e raras no sentido de que há poucos lugares no país onde se observam como aqui. Isso só é possível também no Douro Internacional e no Barrocal Algarvio. Os povo-amentos de zimbros estão muito bem constituídos e muito bem preservados e embelezam a encosta da serra. Eles conseguem viver no meio das rochas. Sabem como? Têm uma raiz muito fininha que se infiltra pelas fissuras da rocha e essa raiz tem dezenas de metros de comprimento para ir buscar água. Além disso, eles pro-duzem o seu próprio húmus. As agulhas dos zimbros, que vão caindo para as fissuras das rochas, vão-se degra-dando lá, transformam-se em matéria orgânica que eles próprios depois absor-vem para continuar a viver. Portanto, é uma árvore mui-to curiosa, não é?

As Portas de Ródão po-dem ser consideradas um laboratório vivo para o es-tudo de plantas e animais únicos, alguns em vias de extinção. Porquê?

Em primeiro lugar, por-que há aqui nas Portas de Ródão um conjunto de es-pécies muito interessantes e muito raras. Ora, se são interessantes e muito raras

quer dizer que aquele local é um local especialmente interessante para serem estudadas. Um laboratório, nesse aspeto. Em vez de levarmos as plantas para o laboratório, os jovens cien-tistas estudantes podem ir para o campo e estudá-las no local. E daí ser um labo-ratório vivo. Isso aplica-se não só às espécies vegetais, como também às animais.

Acha que a poluição pode contribuir para des-truir a biodiversidade exis-tente nas Portas de Ró-dão?

Sim, toda a poluição tem um efeito negativo na biodi-versidade de uma região. No caso de Ródão, a verdade é que as coisas têm vindo a melhorar pouco a pouco. Vou dar-vos um exemplo: ultimamente começou a ser vista uma espécie de mexilhão do rio que já não era vista nestas águas há muito tempo. Isto dizer que a qualidade das águas já é melhor, pois os bivalves são espécies muito sensíveis. São elas as primeiras que reagem negativamente à poluição. Ora, se este tipo de mexilhão esteve pratica-mente extinto aqui e hoje já se começa a ver novamente nas águas do Tejo, perto de Ródão, isso quer dizer que a qualidade da água anda melhor, pois permite a so-brevivênvia das espécies que nela residem. Mas anda melhor porquê? Porque as estações de tratamento de

águas residuais das loca-lidades estão a funcionar bem, não só em Vila Velha, mas também em Castelo Branco e noutras localida-des a montante.

Acha possível a promo-ção de atividades, como escalada e slide, nas Por-tas de Ródão?

Penso que não é aconse-lhável, porque se pretende-mos preservar o habitat de plantas únicas e de animais raros, alguns em vias de extinção, isso não é compa-tível com certas atividades humanas. Há outros sítios em Ródão onde também existem escarpas e onde se podem fazer desportos radi-cais. Por exemplo, o castelo de Ródão tem uma escola de escalada lá montada com 3 ou 4 pistas e aí já não há problema nenhum em “inco-modar” as espécies.

Vamos deixar as Portas de Ródão para a observação. Como? Posicionamo-nos numa zona mais ou menos afastada, olhamos através dos binóculos e observamos a natureza em todo o seu explendor.

Acha que se devia fazer um centro de interpreta-ção para as Portas de Ró-dão?

Grande ideia que vocês tiveram! Eu acho que se po-dia fazer um centro de inter-pretação. É uma excelente ideia.

Devemos todos ter a cons-ciência de que temos na

nossa terra coisas de mui-ta qualidade, coisas únicas que merecem a pena ser estudadas para serem mos-tradas às pessoas que nos visitam e que gostariam de conhecer melhor este con-celho.

Podemos considerar as Portas de Ródão o ex-libris de Vila Velha de Ró-dão? Se sim, porquê?

Sim, as Portas de Ródão são de facto o ex-libris desta terra. Elas representam algo que é um símbolo para todo este território.

A Portas de Ródão são uma referência geográfica. Se formos ver onde se fi-xavam as comunidades humanas mais importantes, veremos que é à volta das Portas de Ródão. Então, isto leva-nos a crer uma coi-sa: desde a antiguidade (há mais de 100 mil anos) que os Homens reconhecem nas Portas de Ródão um sí-tio de atração.

Ainda hoje essa atração existe, seja pela beleza da paisagem, seja pela biodi-versidade que aí existente...

É possivel que esta ter-ra seja mais conhecida por causa da existência do ge-omonumento do que por qualquer outra coisa. Quan-do se chega a Vila Velha de comboio, é impossível não reparar na grandiosida-de das Portas de Rodão e, quando se passa o rio Tejo na velha ponte rumo ao Sul, a paisagem é de facto des-lumbrante.

As Portas de Ródão mar-cam tão profundamente as pessoas daqui que estas até dizem: “Tu tens um cora-ção do tamanho das Portas de Ródão!” quando querem referir a enorme generosi-dade de alguém.

Em nome da redação do jornal da escola, que-remos agradecer-lhe ter dispensado o seu tempo para estar aqui connosco e muito obrigada!

Foi um prazer!

«As Portas de Ródão marcam tão profundamente as pessoas daqui que estas até dizem: “Tu tens um coração do tamanho das Portas de Ródão!”

quando querem referir a enorme generosidade de alguém.»

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Atividades | Projetos

VISITA AO MUSEU DE ARQUEOLOGIA DE RÓDÃO

Ana Rita Pereira (7ºA)

No passado dia 14 de fevereiro comemorou-se o Dia de São Valen-tim.

Neste dia, organizou-se um con-curso de postais em que os alunos dos 1º, 2º e 3º Ciclos tiveram que escrever cartões, em Inglês, para afixar no placard na escola.

O objetivo desta iniciativa era que todos os alunos se lembrassem do Dia de São Valentim, dia em que partilhamos sentimentos como a amizade, o amor e o carinho.

Esta atividade teve a colabora-ção das professoras de Inglês e dos professores de Educação Visual e Educação Tecnológica.

Foi um dia muito engraçado!

Dia de São Valentim

Alunos do 5º AnoNo dia 16 de janeiro, pelas 16 horas, os alunos

do 5º A foram fazer uma visita ao Museu de Ar-queologia do nosso concelho.

Acompanhados pela nossa professora de His-tória e pela professora Anabela Estrela, iniciá-mos a nossa visita pela parte da cave do museu onde estão expostas as peças mais antigas. Aí, pudemos ver várias peças em pedra feitas pelos povos recolectores, como bifaces, lascas, pon-tas de seta, núcleos, etc. Conhecemos os sítios mais importantes do nosso concelho, onde foram encontrados estes instrumentos e os principais são: o Monte do Famaco, a Foz do Enxarrique e Vilas Ruivas. Depois, pudemos ver, num quadro iluminado, os vários desenhos usados na arte rupestre do Tejo: animais, figuras humanas, o

No âmbito da comemoração do Dia dos Namorados, as professo-ras de Inglês propuseram aos alu-nos dos 1º, 2º e 3º Ciclos elaborar postais com mensagens alusivas ao amor.

Os objectivos deste concurso eram explorar a criatividade de cada aluno e também praticar o uso da língua inglesa como instrumento es-crito e falado.

Todos os alunos que participaram no concurso são vencedores pois, fruto do seu trabalho, esforço e de-dicação apresentaram verdadeiras obras de arte.

Os alunos premiados foram os se-guintes: Soraia Cardoso (1º Ciclo); João Pires (2º Ciclo) e Beatriz Mar-ques (3º Ciclo).

Bianca Almeida 8ºA

Concurso de Postais do Dia dos Namorados

Bianca Almeida (8ºA)

A Liberdade

Os alunos de EMRC do 8º ano desenvolveram, ao longo de várias aulas, uma reflexão sobre o tema “A liberdade”.

Verdadeiramente, o que é a li-berdade? Costuma dizer-se que a nossa liberdade acaba quando a do outro começa. Várias gerações têm vindo a lutar continuamente para que, hoje, nós, jovens do século XXI, possamos sequer dizer o que pensamos. E se voltarmos atrás no tempo e olharmos para os aconte-cimentos do século passado? Qual

seria a noção de liberdade nesse tempo?

Muitas vezes, as nossas atitudes roubam a liberdade a outros seres humanos, contudo, atitudes do foro criminal levam um homem ou uma mulher a ficar confinado a quatro paredes e a ver “o sol aos quadradi-nhos”. Por alguma razão, o dia 25 de abril de 1974 aconteceu na História da nossa pátria. Foi nesse dia que Portugal se uniu a uma só voz e der-rubou os fascistas.

Todos nós temos a nossa própria noção de liberdade e é muito impor-

sol e motivos geométricos (círculos, espirais…). A seguir, vimos os vestígios deixados pelos po-vos agro-pastoris, tais como peças de cerâmica, mó manual (para moer os cereais), machados de pedra polida e contas de colar, encontradas em antas, como é o caso da anta do Farranhão (perto de Perais). Também os Romanos deixaram vestígios no nosso concelho – as telhas, as belas cerâmicas, pontes e restos de povoados.

Uma das coisas que mais nos espantou foram os fósseis (trilobites) e os restos de troncos fossi-lizados que pareciam mesmo animais.

Terminámos a nossa visita pela parte de cima do museu onde pudemos ver novamente a arte rupestre em rochas autênticas com os motivos gravados.

Gostámos muito desta nossa visita, por-que pudemos aprender coisas que não sabíamos sobre o nosso concelho.

tante que a respeitemos. A liberdade é uma ideia muito abstrata e eu não a consigo definir muito bem.

Muitas vezes, em pequenas atitu-des no dia-a-dia, vemos o nosso po-der de liberdade, como poder criticar o governo, coisa que se faz quase diariamente, e que, se fosse feito no tempo de Salazar, tínhamos a PIDE “à perna”.

E agora, retornemos ao nosso tempo. Nós, adolescentes, parecen-do que não, temos muita liberdade, mesmo que pensemos o contrário. Nós temos a liberdade de escolher

os caminhos pelos quais queremos enveredar. Parece que somos a geração que tudo pode e nada faz. Em muitas situações, diz-se que os adolescentes são muito influenciá-veis. E eu concordo. Em relação ao tabaco, só para dar um exemplo, os jovens só experimentam para não “ficarem fora do grupo”, e isso é um exemplo de como a obtenção de li-berdade fracassa.

Agora pergunto eu, o que é a liber-dade para vocês?

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Atividades | Notícias | Talentos

Torre de Belém e Pavilhão do Conhecimento

No passado dia 26 de fevereiro, todos os alunos do 2º Ciclo (5º e 6º anos) realizaram uma visita de estudo a Lisboa, acompanhados pelas respetivas diretoras de turma e pela docente de Matemática.

Pretendia-se, com a visita à Torre de Belém, monumento emblemático da Arte Manuelina, observar e identificar os elementos decorativos mais expressivos desta arte, o papel que representou este monumento durante uma época significativa da história de Portugal e do mundo – os Desco-brimentos Marítimos, bem como a sua posição estratégica dominando a entrada marítima da cidade de Lisboa. Pensamos que foi uma visita muito interessante e proveitosa, pois serviu para consolidar conhecimentos ad-quiridos, no caso dos alunos do 6º ano, e de motivação para os alunos do 5º ano, que irão brevemente estudar esta matéria na disciplina de História e Geografia de Portugal.

Após o almoço, visitámos o Pavilhão do Conhecimento e, mais espe-cificamente, duas interessantes exposições: “Era uma vez…Ciência para quem gosta de histórias” e a exposição “Vê, Faz e Aprende” - onde os alu-nos (e não só…) puderam igualmente observar, mexer, tocar e experimen-tar, olhando para as coisas de uma forma científica. Através de experiências simples, puderam retirar ensinamentos práticos de uma série de conheci-mentos, despertando os seus sentidos para a observação mais perspicaz daquilo que os rodeia. Algumas dessas experiências, para além de educa-

tivas, eram bastante apelativas e lúdicas e os alunos passaram ali bons momentos.

Pudemos retirar desta visita ensinamentos vários, quer sobre a História de Portugal, quer sobre Ciências e Matemática e ficámos certamente a conhecer um pouco melhor a cidade de Lisboa.

No passado dia 26 de fevereiro, as turmas do 5º e 6º anos foram fa-zer uma visita de estudo a Lisboa, à Torre de Belém e ao Pavilhão do Conhecimento.

Acompanhados pelas professoras Elsa Flor, Filomena Rei e Luísa Fili-pe, pela D. Maria do Rosário e ain-da pela D. Maria João, saímos da nossa escola por volta das 07h30 e fomos ao Fratel buscar o resto dos alunos que já estavam à nossa es-pera. Depois, só parámos em Lis-boa. Visitámos primeiro a Torre de Belém que fica situada mesmo junto ao rio Tejo. Esta torre foi cons-truída no tempo de D. Manuel I e era uma torre defensiva, mas também era desse local que partiam as ar-madas e as naus para a Índia. Esta torre é composta por vários andares que nós visitámos. Começámos por ver, na parte de baixo, as masmor-ras e os paióis onde se guardavam as munições e que também foram prisões. Por cima, ficavam os ca-nhões dispostos a toda a volta e ainda com balas e tudo. Depois, visitámos a parte da torre que tinha vários andares: a sala do governa-dor, no primeiro andar, depois a sala dos reis, a capela, a sala de audi-ências e, quando chegámos ao últi-mo andar, havia um terraço de onde se via parte da cidade de Lisboa e também tinha uma lindíssima vista

sobre o Tejo. Descemos novamen-te ao terraço onde pudemos obser-var a estátua de Nossa Senhora do Bom Sucesso, também conhecida por Virgem do Restelo. Por todo o lado, na Torre, pudemos ver motivos da Arte Manuelina a enfeitar: o es-cudo de Portugal, a cruz de Cristo, as cordas e boias, a esfera armilar, as algas e as conchas, motivos que têm a ver com as viagens dos Des-cobrimentos.

No final desta visita, dirigimo-nos para o Parque das Nações e, como já eram 13h00 fomos logo almoçar. Aí tivemos a companhia animada de uns pombos que não nos largavam.

Após o almoço, fomos visitar duas exposições no Pavilhão do Conheci-mento: a primeira chamava-se “Era uma vez…Ciência para quem gos-ta de histórias” e a outra “Vê, faz e aprende”. Nós gostámos de tudo, porque pudemos aprender de uma forma divertida, mexendo em tudo. Uma das coisas de que mais gos-támos foi de experimentar andar na bicicleta voadora.

Depois desta visita, regressámos a casa. Apenas fizemos uma peque-na paragem para lanchar.

Nós gostámos muito desta visita de estudo, porque vimos coisas in-teressantes que não conhecíamos, pudemos aprender mais e também nos divertimos muito.

No dia 26 de fevereiro, eu e a mi-nha turma fomos a Lisboa numa vi-sita de estudo com os colegas do 5º ano, acompanhados pelas professo-ras Elsa Flor, Filomena Rei e Luísa Filipe. Visitámos a Torre de Belém e o Pavilhão do Conhecimento.

Apanhei o autocarro às 07h45, no Fratel e sentei-me ao lado da Mar-garida, a ouvir música. Parámos na estação de serviço de Abrantes para comermos. Depois disso, fizemo-nos à estrada de novo e depressa chegámos a Lisboa.

A primeira paragem foi junto à Tor-re de Belém, que visitámos em se-

Turma do 5ºA

vISITA DE ESTUDO A LISBOA – 2º CICLO

Prof.ª Luísa Filipe

Mariana Pires (6º A)

Reportagem fotográfica completa.

guida. A torre tinha cinco andares e eu gostei mais de dois: o que tinha a pedra do rinoceronte e o terraço. Ainda éramos para ir visitar o Mos-teiro dos Jerónimos, mas não tive-mos tempo. Fica para outra altura.

Depressa chegou a hora do almo-ço. Então fomos de autocarro até ao Parque das Nações, onde almoçá-mos.

Na parte da tarde, fomos ao Pa-vilhão do Conhecimento, onde pu-demos ver duas exposições muito interessantes e divertidas.

A viagem foi fantástica!

aevvr.pt /

Dois momentos da visita de estudo: na Torre de Belém e no Pavilhão do Co-nhecimento - Ciência Viva

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Os Perigos Escondidos nos Refrigerantes

Joana Pimenta (Nutricionista)

Opinião | Atividades

Os refrigerantes, ou bebidas açu-

caradas, são muito ricos em açúcar,

sal e em aditivos artificiais (corantes,

adoçantes, conservantes,…) que

dão a cor e parte do seu sabor. Esta

composição é prejudicial para o nos-

so organismo.

Vejamos como:

- Cáries: causadas pelo excesso

de açúcar – 1 lata de refrigerante

possui cerca de 7 pacotes pequenos

de açúcar!

- Excesso de peso/obesidade: o aumento das calorias consumidas

leva ao aumento de peso;

- Diabetes: as bebidas com açú-

car aumentam o risco de desenvol-

ver diabetes;

- Osteoporose: o ácido fosfórico

(aditivo alimentar) presente nestas

bebidas impede a correta absorção

do cálcio, enfraquecendo os ossos;

- Dificuldade em dormir: devido

à grande quantidade de açúcar e ca-

feína presentes;

- Gastrite: a grande percentagem

de açúcar, aditivos e ácidos podem

provocar transtornos digestivos,

como a inflamação no estômago.

Resumindo: os refrigerantes não

fornecem nutrientes essenciais ao

nosso organismo, bem pelo contrá-

rio! Possuem substâncias que ge-

ram problemas de saúde.

Faz a seguinte experiência: coloca

um pedaço de carne crua, despeja

coca-cola em cima e deixa atuar

durante alguns dias. Vais ver que a

carne fica desfeita. Imagina o que

acontece no interior do teu corpo,

em órgãos como o estômago e os

intestinos….

No dia 21 de março, à tarde, na Biblioteca Municipal de Vila Velha de Ródão, celebrou-se o Dia da Prima-vera e o Dia Mundial da Poesia.

Gostámos muito de apresentar o nosso trabalho e de dar plantas do nosso viveiro para a troca de plan-

tas. E tivemos muito sucesso. Nesse dia, também foi apresenta-

do um filme que a Biblioteca Muni-cipal fez sobre o trabalho que faze-mos no viveiro.

Foi um dia bem passado e recebe-mos muitos elogios.

Diogo Oliveira (6ºA), Gonçalo Correia (6ºA), Sónia Nunes (8ºA) e Bruna Fontelas (9ºA)

As nossas plantas na celebração da primavera

No passado dia 4 de abril, reali-zou-se, na escola sede deste Agru-pamento, uma atividade designada “Easter Egg Hunt”, organizada pe-las professoras de Inglês.

Antes da hora determinada para a “abertura da caça aos ovos”, es-tes foram escondidos nos espaços verdes que rodeiam o exterior ao polivalente.

Foi agradável observar a alegria dos mais pequenos que, entusias-mados, procuravam nos lugares mais recônditos do jardim, os tão desejados ovos de chocolate.

Esta atividade teve como fina-lidade comemorar a Páscoa e a chegada da primavera. Como a tradição indica, os ovos são sím-bolo de fertilidade e renascimento.

As professoras de Inglês

“Easter Egg Hunt”

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Notícias | Talentos

Prof.ª Isabel Mateus

Visita dos alunos de EMRC à Santa Casa da Misericórdia

No dia 2 de abril, os alunos de EMRC, acompanhados de três pro-fessoras, visitaram a Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão.

Esta atividade destinou-se a sen-sibilizar os jovens para “irem ao en-

Como os alunos dos 3º e 4º anos veem os seus professores

A professora TerezinhaÉ muito amiguinhaTambém é amorosaE manda-nos escrever textos em prosa.

A professora de inglêsFala a cantarQuando se zangaNão nos deixa falar.

A professora Graça PassosGosta de dar abraçosGosta muito de bichosE de ouvir os seus caprichos.

O professor EdgarGosta de se pentearDá-nos ginásticaA comer pastilha elástica.

A professora de MoralÉ muito pontualGosta de DeusE de dizer “adeus”.

O professor OlegárioJá foi universitárioAgora é professorE ensina coisas com valor.

O professor de informáticaNão gosta de matemáticaMas gosta de mexer no computadorCom muito amor.

O professor FernandoApoia no estudo do meioDá mais coisasMas não o nomeio.

O professor JoãoÉ um grande amigãoCom ele fazemos expressão plásticaQue é coisa fantástica!

A professora LuisinhaConta-nos histórias da CarochinhaCom ela partimos à aventuraE conhecemos heróis com bravura.

A professora AnabelaÉ muito belaEnsina portuguêsE também francês.

Turma C (1º Ciclo)

Prof.ª Isabel Mateus

Mensagens alusivas à Páscoa

Na época da Páscoa, os valores do perdão, do respeito e da paz,

deverão predominar em todos nós.

Os alunos de EMRC desenvolveram uma atividade em que escre-

veram e desenharam mensagens alusivas à Páscoa.

Esta atividade envolveu os alunos de EMRC e a disciplina de EV.

contro daqueles que mais precisam” e teve como objetivo principal pro-porcionar o convívio entre gerações.

Em conjunto, foram confecionados alguns bolos que ficaram deliciosos e foram comidos ao lanche.

PNL - LEITURAS NO JARDIm DE INfâNCIA E 1ºCICLO

O macaco de rabo cortadode António Torrado

Quem não conhece esta história tradicional, por muitos recontada, em que um macaco mariola, que andava de bata e sacola, como se fosse para a escola, decidiu cortar o rabo, porque alguns meninos fize-ram troça dele?

O barbeiro fez-lhe a vontade, afiou a navalha e zum! Mas não tar-dou que o macaco se arrependesse desta sua decisão, porque macaco

sem rabo é como burro sem orelhas. Ficou mais feio e mais minguado. Então, ele voltou a pedir ao barbeiro o rabo de volta, mas o rabo já fora para o lixo. Depois, seguem-se uma série de trocas que parecem nunca deixar o macaco satisfeito, até que a história termina com uma cantiga ao desafio.

Esta é uma história tão engraçada e nunca por demais recontada!

“O macaco de rabo cortado“Bernardo Ribeiro (1º Ano)

Alunos do 1º Ano

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Desporto

A Gira cor do Vólei

No dia 7 de março, pelas 10h00, realizou-se na Covilhã o Torneio Mega. Nesse torneio participaram os alunos selecionados do 1º, 2º e 3º Ciclos do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão.

Do 1º Ciclo os alunos que foram ao torneio foram os seguintes: a Rita Nascimento, o Tomás Esteves e o Tomás Vicente.

Do 2º Ciclo foram: o Gonçalo Dias, o Fernando Mendes, o Bruno Canelas, a Leonor Araújo, a Margarida Pina, o Denis Pop, a Tânia Pinguelo, o Henri-que Barreto e a Marta Faustino.

Do 3º Ciclo foram: o Edgar Belo, o Rodrigo Carmona, o Rodrigo Barradas, a Carolina Cruz, a Maria Faustino, a Beatriz Cardoso, a Bruna Martins, o Alexis Afonso, a Jéssica Mourato, o Rodrigo Pires e o João Pedro Diogo.

No “Mega Sprint”, apenas a Rita Nascimento chegou à final. No “Mega Lançamento”, a Carolina Cruz ficou em 1º lugar e o Rodrigo Carmona ficou em 2º lugar. No “Mega Voo”, quem ficou em 1º lugar foi a Bruna Martins. No “Mega Quilómetro”, a Maria Faustino ficou em 3º lugar.

Os professores presentes foram o Edgar Saraiva e a Nair Santos.Vila Velha pode não ter tido muitos medalhados, mas todos os que chega-

ram ao torneio são vencedores!

Torneio Mega (Covilhã)

Maria Faustino (7ºA)

Decorreu no Pavilhão Gimnodesportivo do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão mais uma fase local do projeto Gira-Vólei. Mais uma vez, a cor azul invadiu as nstalações para os alunos praticarem a modali-dade de voleibol de uma forma diferente aquela que é abordada nas aulas de Educação Física.

Divididos por escalões de ambos os sexos, as 34 duplas puderam discu-tir o apuramento à fase seguinte da competição, a fase regional, que terá lugar em Marvão no dia 3 de maio. Houve uma grande adesão por parte dos alunos da escola, estando presentes 26 alunos do 1ºCiclo (escalão 8-10 anos), 18 alunos do 2º Ciclo (escalão 11-12 anos) e 20 alunos do 3º Ciclo (escalão 13-15 anos).

Foi muito bom observar que o trabalho realizado durante um ano come-çou a dar os justificados frutos, pois viu-se, em grande parte das duplas, um conhecimento das regras do jogo e uma apreciável intencionalidade dos movimentos realizados, observando-se bastantes equipas a trocar a bola realizando os três passes e a procurar colocá-la longe do alcance do adversário.

Presenciou-se uma bela festa do desporto com os responsáveis pela or-ganização a delegarem nos próprios atletas a responsabilidade pela arbi-tragem dos diferentes jogos realizados.

Concentração, entusiasmo e celebração efusiva foram as tónicas do final do dia desportivo que apurou os seguintes vencedores:

Escalão 8 – 10 anos femininos1.º - Patrícia Afonso e Carolina Santos2.º - Beatriz Ribeiro e Mariana Fernandes3.º - Daniela Mesquita e Rita Nascimento

Escalão 8 – 10 anos masculinos1.º - Tomás Esteves e Tomás Vicente2.º - Gonçalo Dias e João Ribeiro3.º - Ruben Esteves e Samuel Ferreira

Escalão 11 – 12 anos femininos1.º - Sara Rei e Beatriz Ribeiro2.º - Tânia Pinguelo e Margarida Diogo3.º - Georgiana Padure e Susana Silva

Escalão 11 – 12 anos masculinos1.º - João Barateiro e Denis Pop2.º - Henrique Barreto e Bruno Canelas3.º - Rodrigo Boleto e João Martins

Escalão 13 – 15 anos femininos1.º - Bruna Martins e Maria Faustino2.º - Ana Cardoso e Leonor Araújo3.º - Tatiana Barata e Jéssica Mourato

Escalão 13 – 15 anos masculinos1.º - Edgar Belo e Francisco Fonseca2.º - Alexis Afonso e João Diogo3.º - Rui Tavares e Paulo Rodrigues

Mas a verdade é que venceram todos os que participaram e deram o seu melhor.

Ao longo de todo o torneio houve uma grande concentração competitiva, despiques mais renhidos e com uma qualidade de jogo muito intensa.

Professor Edgar Saraiva

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As professoras de Matemática

Tarde de jogos matemáticos Fundão

10º Campeonato Nacional de Jogos MatemáticosJoão Barateiro (7ºA)

A final do CNJM teve lugar, no dia 14 de março, no pavilhão Francisco José Tavares. O evento é promo-vido pela Associação LUDUS, em colaboração com a Associação de Professores de Matemática, Ciência Viva e com a Sociedade Portugue-sa de Matemática. Esta iniciativa envolveu a participação de cerca de 340 escolas e 2500 alunos de todo o país.

Os alunos apurados para repre-sentar a nossa escola foram: Tomás Vicente, Tomás Esteves, Bruno Ca-nelas, Mariana Pires, Edgar Belo e Rui Tavares. Os jogos em que par-ticiparam foram os seguintes jogos: “Gatos e Cães”, “Semáforo”, “Hex” e “Avanço”.

O Tomás Vicente, aluno do 1º Ci-clo, ficou em 9º lugar, a nível nacio-nal, no jogo “Semáforo”.

Parabéns ao Tomás e também aos outros participantes, pois todos se esforçaram por obter boas clas-sificações.

No passado dia 12 de fevereiro realizou-se, no refeitório da escola, uma “Tarde de jogos matemáticos” que serviu para os alunos pratica-rem para o Campeonato Nacional.

Havia uma grande variedade de jogos, uns eram mais fáceis, outros eram mais difíceis (dependendo da faixa etária).

Os jogos praticados foram os se-guintes: o 1º Ciclo jogou o «Semá-foro»; o 2º Ciclo jogou jogos como o «Gatos e Cães» e o «Hex» e o 3º Ciclo praticou jogos como o «Avan-ço».

Havia também jogos para todos, mas com diferentes níveis de difi-culdade como o SuperTMatik. Ha-via outros jogos que eram para nos divertirmos, mas davam também dores de cabeça, como o «Jogo do 24» que consiste em conseguirmos fazer o resultado 24 com quatro nú-meros e as quatro operações.

Foi uma tarde muito bem passa-da!

Atividades | Sugestões de Leitura

“Se não estudares, quem o faz por ti?”Bianca Almeida (8ºA ), Sara Rei (6ºA) e Bruna Martins (8ºA)

Título: Como Estudar Melhor - Um guia para o teu sucessoAutora: Fernanda Carrilho Edição: 2013Páginas: 152Editor: Editorial Presença

SinopseEste livro baseia-se nos largos anos de experiência da autora enquanto professo-

ra, mãe e encarregada de educação e destina-se a todos os estudantes que dese-jam melhorar o seu desempenho escolar e bem-estar geral.

Numa linguagem acessível, os alunos encontrarão sugestões de ferramentas e métodos de estudo com o objetivo de os ajudar a atingir as suas metas e potenciar os seus resultados. Entre os vários temas contemplados nesta obra incluem-se a motivação, a planificação das atividades e a gestão do tempo, como tirar apon-tamentos, fazer esquemas, resumos e pesquisas e a necessária preparação para apresentações orais e momentos de avaliação.

Porém, a necessidade do seu uso de-pende muito do percurso que um aluno efetuou até ao momento. Se estivermos na presença de um aluno que sempre teve bons métodos, boas técnicas e bons hábitos de estudo, este precisará menos de um livro deste género. Con-tudo, se estivermos a falar de um aluno com características opostas, este vai ter a necessidade de um volte face, e o livro pode ajudar também a colmatar profun-das carências que impedem alguém de chegar aos seus objetivos.

Com mais de 20 anos de ensino, Fer-nanda Carrilho chegou à conclusão de que os alunos portugueses não gerem bem o seu percurso escolar. A culpa não se pode associar só aos alunos,

professores, pais ou encarregados de educação, pois ela advém também dum sistema de ensino que, de acordo com a sua opinião, se baseia no facilitismo. Se-gundo a autora, o sistema de ensino do nosso país deveria promover o sucesso escolar e formar adultos responsáveis e aptos para entrar no mundo do trabalho.

Podem ser criadas condições favorá-veis para que um jovem tenha prazer em estudar. Em primeiro lugar um professor, um pai ou um encarregado de educação deve motivar o aluno mostrando-lhe os benefícios que o seu esforço pode tra-zer, mas também mostrar as consequ-ências que a falta de estudo pode trazer. Em segundo lugar, é necessário que sejam criadas condições propícias ao estudo. Só se pode exigir determinados resultados de um aluno se forem conce-bidas condições mínimas, quer sejam ambientais, físicas ou psicológicas.

Os pais podem e devem retirar muitos ensinamentos deste livro que funciona como um guia, um apoio, uma espécie de bússola que os ajuda a orientar os seus educandos, sobretudo nos ciclos iniciais.

Um dos grandes inimigos dos alunos é a ansiedade em tempos de avalia-ção. Centremo-nos nos testes. Antes de mais, convém perceber a origem da ansiedade, e, grande parte das vezes, ela decorre pela falta de estudo. Se um aluno sofre desse “tipo” de ansiedade, não há outra solução senão estudar e

Fernanda Carrilho é uma professora que também é escritora e cuja obra mais recente se intitula “Como Estudar Me-lhor - um guia para o teu sucesso”.

Neste livro, esta docente tenta ensinar os alunos portugueses a planificar o seu trabalho, a terem motivação e a nunca desistirem da sua capacidade de luta-rem pelos próprios sonhos.

A escritora é de opinião que, nas esco-las, deveria ser lecionada uma disciplina onde se ensinassem regras básicas de métodos e técnicas de estudo. Como a própria diz, este livro tem a particularida-de de ser transversal, pois o seu público-alvo vai desde os alunos do 1º Ciclo até ao ensino secundário. Todos podem ver neste livro um auxiliar ao seu estudo.

deixar de se desculpar com os nervos e ansiedade. No entanto, nós não somos máquinas que se conseguem programar e há situações de pessoas que vivem em constante ansiedade, mesmo ten-do estudado. Isto pode acontecer com receio das retaliações dos pais, com a dificuldade de lidar com o fracasso ou com a importância que um teste/exame tem numa determinada altura da vida do aluno.

Este texto foi escrito tendo por base

uma entrevista dada pela autora ao “En-sino Magazine” de janeiro de 2014.

Momento de descontração antes do recomeço da final dos jogos matemáti-cos na cidade do Fundão

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Organização sequencial de ações(Leonardo Leirão - JI Sala 1)“A quadradrinha“

(João Nunes - JI Sala 2)

“A galinha medrosa“

(Pedro Prates - JI Sala 1)

A Página dos Mais Pequenos

“A princesa e a serpente“(Tiago Mendes - JI Sala 2)

“As moedas de ouro do pinto pintão”

(Miguel Dias - JI Sala 1)A minha família (Diogo Gonçalves - JI Sala 2)

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A Página dos Mais Pequenos | Noticias

Com o intuito de desdramatizar a ida para o 1º Ciclo, no dia 26 de mar-ço, as crianças de 5 anos do Jardim de Infância fizeram uma visita aos

amigos do 1º ano do ensino básico. Foram recebidos pela professora

Isabel que tratou de instalar os me-ninos convidados, intercalando-os, nas carteiras, com os colegas do 1º ano.

Após as boas vindas, na sala de atividades, houve tempo e espa-ço para desenvolver as atividades propostas pela professora: desde a música à matemática passando pela escrita.

No final, as nossas crianças re-gressaram ao jardim muito conten-tes e achando que tinham estado lá pouco tempo.

As Educadoras de Infância

Dia Mundial do Teatro

As Educadoras de InfânciaNo âmbito do Dia Mundial do Teatro, a Câmara Municipal de Vila

Velha de Ródão e a Biblioteca Municipal proporcionaram às nossas crianças o visionamento de duas peças de teatro, “O Pipo” e o tea-tro de papel intitulado “O Senhor Vento e a Menina Chuva”.

Ambos os espetáculos decorreram num clima de grande alegria e entusiasmo, tendo sido de grande interesse cultural para os alu-nos do pré-escolar, promovendo a igualdade de oportunidades e de acesso à cultura e arte.

Os alunos do 1º Ciclo desfilaram pelas ruas principais de Vila Velha de Ródão e visitaram também ins-tituições como a Câmara Munici-pal, os lares da Santa Casa da Mi-sericórdia e a Biblioteca Municipal/ Casa de Artes e Cultura, irradiando muita alegria, como é apanágio das crianças.

Durante o desfile, num ambiente de euforia, os alunos e os profes-

sores fizeram-se ouvir com canções tradicionais e próprias da época.

No rosto de todos os que puderam assistir via-se uma grande satisfa-ção e os mais idosos puderam revi-ver, com alguma nostalgia, as suas vivências de tempos idos.

Cumpriu-se assim, uma vez mais, uma tradição em que esteve presen-te o convívio e a partilha de afetos intergerações

Brincar ao Carnaval

Professoras do 1º Ciclo

Visita ao 1º Ciclo

Turma A - 1º ano

O nosso Carnaval

Pelo CarnavalA nossa turma é fenomenalA Bárbara lava-se com sal

O Afonso mastiga jornalO Bernardo anda de pardal

A Eliana engoliu o dedalO David faz o pino no estendalA Diana quer desfilar no pinhal

A Eunice dança no barrocalA Eduarda passeia de avental

A Matilde come bolos com dedalO Rafael vai ao hospital

O Ricardo escorrega no matagalO Rúben estende-se no lamaçal

A Susana pequenita dá piruetas no festivalO Tomás Inácio e o Fidanza já cansados dizem:

- Parem!! Ponto final.No Carnaval ninguém leva a mal….

zes, ainda, pediam carne e os donos costumavam dar-lhes chouriças, morcelas e farinheiras. Era hábito, durante a noite, assustar as pesso-as com a cara tapada e deitar para dentro das casas coisas partidas, fu-gindo rapidamente para não serem vistos pelos donos. A estas partidas chamavam “caqueiradas”. Atiravam, ainda, farinha à cara das pessoas. No domingo gordo, domingo que antecede o Carnaval, comia-se bu-cho e cabeça de porco cozidos. Já na terça-feira, dia de Carnaval, era tradição comer-se galo. Antigamen-te, segundo testemunhos dos mais velhos, o Carnaval caracterizava-se, sobretudo, por as pessoas prega-rem partidas e, principalmente, por haver muita diversão com os bai-laricos. Havia que aproveitar pois, durante a quaresma, não se podia dançar!

Já noutros tempos se dizia: «No Carnaval, ninguém leva a mal».

O Carnavalno tempo dos nossos avós

Alunos do 3º Ano (Turma C)

No tempo dos nossos avós, o Car-naval, vulgarmente chamado En-trudo, festejava-se de maneira bem diferente.

As pessoas, crianças e adultos, vestiam-se com roupas velhas, que estavam esquecidas e guardadas nas arcas, nos sótãos. Tapavam a cara com meias que enfiavam na ca-beça e algumas pessoas pintavam a cara com carvão. Faziam cabeleiras e bigodes com barbas de milho. Era hábito os homens vestirem-se de mulher e as mulheres de homem. Por vezes, faziam e vestiam bone-cos de palha com roupas velhas. Estes bonecos eram postos ao lado das portas para assustarem os do-nos das casas quando estes saíam. Os rapazes, bem disfarçados e em grupo, iam fazer partidas para as ca-sas onde havia raparigas solteiras, chegando a atirar-lhes telhas, vul-garmente chamadas cacos. Batiam às portas e fugiam logo para que os donos não vissem ninguém. Por ve-

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A Página dos Mais Pequenos

Carolina Santos (4º Ano)As janeiras fomos cantarCom muita gente sem gritar.Todos bem afinadinhosE também bonitinhos.

No autocarro a andarA alguns locais fomos parar.Também tivemos de andarPois não nos podíamos atrasar.

Toda a gente adorouE o Sr. Jorge tocou.Cansados viemos para a escolaJá nem podemos jogar à bola.

Fomos logo para o intervaloBrincadeira, que regalo!Toda a gente a falar das janeirasE a pensar nas fevereiras.

As janeiras fomos cantarE com muita gente festejarFomos sempre a andarAté ao destino chegar!

Para o destino íamos sempre a falarCom as janeiras por cantarFoi divertido andar para cima e para

baixoE nem chegámos ao Retaxo!

As pessoas fomos visitarE com os idosos brincar.Fomos também ao hospitalMas ninguém se sentiu mal.

As janeirasNão são asneirasSão palavras cantadasE ao mesmo tempo encantadas

As JaneirasTomás Vicente (4º Ano)

Rita Nascimento (4º Ano)

No dia 23, também cantámos as janeiras

Que, por pouco, não eram as fe-vereiras.

Ao centro de saúde fomos cantarE muitas almas alegrar.

Bonitas quadras quisemos deixarE com boa vontade as fomos

cantar.Adorei este diaCom tanta cantoria!

Finalmente tudo acabouE eu a pensar que ainda agora

começou.Para o ano cá estareiE muita diversão, de novo darei.

Fomos cantar as janeiras,

À câmara municipal

Cantámos ao Sr. presidente

Foi um momento especial

Também fomos à biblioteca

E depois ao lar.

Os idosos gostaram de nos ouvir

cantar

E até começaram a dançar.

As janeiras são uma tradição

Foram as nossas professoras

Que nos ensinaram

Esta linda canção.

Samuel Ferreira (4º ano)

Patrícia Afonso (4º Ano)Janeiras traz brincadeiras

Às enfermeiras e cozinheiras,

Nós fomos cantar,

E muita alegria dar

Idosos a aplaudir

Representando simpatia

Agora, que pena! Acabou

Se não, continuaria alegria, e

muita folia

Francisco Braz (4º Ano)Juntos, fomos

A cantar as Janeiras

Nas ruas da vila

Em grandes brincadeiras

Imediatamente recebemos

Risos e guloseimas

Até que para o ano

Soltaremos, de novo, as Janeiras

David Tavares (4º Ano)

No dia 21 de janeiro

Fomos cantar as janeiras

Cantámos para os idosos

E também para as enfermeiras.

Começámos a caminhar

Pela estrada sem parar

Fomos ao centro de saúde

E começámos a cantar.

Mais uma vez se cumpriu a tradição: cantaram-se as Janeiras!

Professora Luísa MorgadoNos dias 21 e 23 de janeiro, os

alunos do 1º Ciclo foram cantar as janeiras pelas ruas da vila, deslocan-do-se ao polivalente da escola sede, à Câmara Municipal, ao Centro de Saúde, ao quartel da G.N.R., aos la-res da Santa Casa da Misericórdia, à Biblioteca Municipal José Batista Martins/Casa de Artes e Cultura.

Os professores ensaiaram os pequenos cantores, que se empe-nharam com muito entusiasmo e alegria, tendo um papel de relevo o acordeonista Jorge Rei, funcionário da Câmara Municipal.

A atividade decorreu durante uma manhã e uma tarde, em dias diferen-tes, por causa da chuva, num am-biente de euforia por parte de todos os intervenientes: alunos, professo-res e assistentes operacionais. No final, todos estavam cansados, mas felizes, porque tinham contribuído para manter as tradições da sua ter-ra.

Foi uma atividade em que esteve presente o convívio, a responsabili-dade, a partilha, a solidariedade e a

amizade entre todos.Presentemente, numa época de

massificação, impõe-se manter as tradições tão profundas da nossa cultura e da nossa identidade e a escola tem também o papel de sal-vaguarda dos nossos valores.

Um pouco de História…Cantar as Janeiras é uma tradição

de Natal muito antiga no nosso país. A sua origem remonta à Antiguida-de, nomeadamente ao tempo dos Romanos. Para este povo, o mês de janeiro era considerado o mês do deus Jano, de Janua, que significa porta ou entrada. Nesta altura do ano, invocava-se o seu nome como forma de afastar os maus espíritos. Mais tarde, a Igreja transformou esta festa pagã numa festa cristã.

As Janeiras, antigamente, decor-riam de 26 de dezembro até ao Dia de Reis (6 de Janeiro) ou Epifania. Presentemente, esta tradição esten-de-se por todo o mês de janeiro.

Fomos para a G.N.R

E começámos a entoar

Que feliz foi cantar

Sem nos baralhar.

Fomos para a última paragem

Que foi a biblioteca municipal

Começámos a cantar

Sem nos portarmos mal.

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Prof. Fernando Ferreira

Sónia Nunes (8ºA) e Bruna Fontelas (9ºA)

No dia 20 de fevereiro, os alunos do Clube de Jardinagem e os meni-nos do pré-escolar foram à Celtejo, com o objetivo de embelezar os jar-dins daquela fábrica e plantar uma horta biológica.

Saímos da escola às 10h15 e che-gámos lá às 10h30. Fomos no auto-carro da Câmara Municipal.

Quando chegámos à fábrica, fo-mos muito bem recebidos. Ouvimos uma palestra sobre como organizar uma horta biológica.

Nós iniciámos logo as plantações, pois a terra já estava preparada para receber as plantas. Plantámos morangueiros, hortenses…

O professor Luís Costa, a profes-sora Mafalda e educadora Lucinda

Clube de Jardinagem oferece flores à Celtejo

No passado dia 29 de janeiro de-correu uma ação de sensibilização sobre a recolha seletiva de resídu-os, destinada a alunos do 5º ano e aos membros do Clube da Floresta. Foi, novamente, o resultado da co-laboração entre o Agrupamento de Escolas e a VALNOR.

Recorrendo a material audiovisu-al, o Dr. Fernando Nunes, técnico da VALNOR, expõe o tema sensibili-zando os presentes para a importân-cia da reciclagem. Esta começa com o nosso contributo, através de uma prévia separação dos resíduos que todos produzimos. O passo seguinte

é colocá-los no ecoponto, no con-tentor adequado, ou entregá-los no ecocentro, embora alguns resíduos possam ter outro encaminhamento. Pela parte da VALNOR, fica o com-promisso da recolha e encaminha-mento adequado dos resíduos.

É um tema nunca acabado, mas sempre um ato de cidadania. Diz respeito a todos e o nosso Agru-pamento tem como uma das suas responsabilidades continuar a pau-tar-se pela aquisição de valores, promovendo uma cidadania ativa e consciente, sejam eles de índole ambiental ou não.

À VOLTA DA ADUBAÇÃOTodos sabemos que as plantas

se desenvolvem mais ou menos de acordo com a fertilidade do solo.

Escolhendo a planta de acordo com o clima, os fatores limitantes serão a água e os nutrientes. Se não há limitações quanto à disponibilida-de de água, com ou sem irrigação, resta a fertilidade do solo.

Um solo pobre dificilmente será fértil. Se a planta possui solo ade-quado, podemos esperar uma maior produtividade, justificando-se uma fertilização mais generosa.

Podemos considerar a correção orgânica, a correção do pH e os nu-trientes. Estes três aspetos estão interligados.

Um solo rico em matéria orgânica

é mais produtivo, respondendo me-lhor à adubação e à correção do pH.

Quanto à matéria orgânica, pode-mos aplicá-la se necessário, levan-do a um enriquecimento do solo no curto prazo. Uma gestão adequada das culturas também levará a esse enriquecimento, só que mais lenta-mente.

O pH, no caso dos solos ácidos como os da nossa região, corrige-se com calcário, a chamada calagem. O calcário vai permitir uma maior disponibilidade de nutrientes para as culturas e, por outro lado, leva a uma mais rápida mineralização da matéria orgânica. Note-se que o cálcio também é um nutriente. Mas se a produtividade aumenta, e a um

Prof. Fernando Ferreira *

custo justificável, a aplicação de cal-cário é recomendável.

Os nutrientes vão depender da sua existência no solo e, em caso afirmativo, da sua disponibilidade para o sistema radicular da planta. Os nutrientes podem existir no solo, mas estarem imobilizados, logo não estando disponíveis.

O solo e a planta são um todo. Só equilibrando todas as variáveis se pode falar em agricultura ou silvicul-tura rentáveis.

A adubação base é sempre fei-ta atendendo às necessidades em azoto, fósforo e potássio, os chama-dos macronutrientes principais. Só se aplicam outros nutrientes quando aqueles não são limitantes.

Mas, ao adubar, há que ter em atenção a produção esperada. Se a adubação for exagerada, quanto à cultura em causa, quanto ao solo, ou quando há o perigo de “arrasta-mento” dos nutrientes pela água, simplesmente não se justifica. Se a cultura não utiliza os nutrientes na “totalidade” é um mero desperdício de dinheiro, além de ser uma fonte de poluição.

Cada vez mais, ser agricultor é ser um gestor e, além dos aspetos económicos, há a pertinência dos aspetos ambientais.

* Coordenador do Clube da Floresta “Os Grifos”

Ação de Sensibilização Sobre Recolha Seletiva de Resíduos

Opinião / Atividades

ajudaram-nos a plantar a horta.Depois do trabalho árduo, todos

os meninos foram ver o pónei, fize-ram-lhe festinhas, deram-lhe comida e brincaram com ele.

De seguida, fomos almoçar. Espe-rava-nos um almoço delicioso cons-tituído por sopa de legumes; batatas fritas, arroz e lombinhos; mousse de chocolate e fruta.

Quando acabámos de almoçar, fo-mos para o jardim onde tirámos foto-grafias e conversámos. Ofereceram a cada um de nós várias prendas: um caderno, canetas e ainda comi-da para o nosso lanche.

Regressámos à escola às 16h00, satisfeitos por termos passado um dia diferente e divertido.

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Biblioteca | Centro de Recursos

João Barateiro (8ºA)

Atelier: «O corpo na escola»

No passado dia 17 de fevereiro, realizou-se o atelier: «O corpo na escola», na Casa de Artes e Cultura do Tejo. O público-alvo foi o 3ºCiclo.

A minha turma partiu às 09h00 da aula de Ciências Naturais. Quando chegámos, começámos por tirar os sapatos, fizemos uma roda, segun-do as instruções da monitora, So-fia Neuparth, que faz investigação na área da dança. Essa roda tinha como objetivo andar sem parecer que estávamos a andar. Em segui-da, formámos dois grupos em la-dos opostos do auditório, sendo o obje-tivo andar em s imu l t âneo sem tocar nos elemen-tos do outro grupo.

Para além destas, hou-ve outras ati-

vidades, filmadas por alunos com in-dicações da monitora. Enquanto as atividades decorriam, a monitora ia perguntando: «O que é que isto vos faz lembrar na Natureza?». A última atividade consistia em desenhar um ser vivo à nossa escolha, em cinco folhas coladas. As mesmas folhas eram depois descoladas e pintadas com canetas ou lápis de cor. Por fim, uniam-se novamente. Para esta ati-vidade foram formados 3 grupos de 5 alunos.

Foi uma manhã muito divertida!

Pelo sétimo ano consecutivo e fazendo parte do Plano Nacional de Leitura, realizou a equipa da Biblioteca Escolar e do PNL, em colaboração com os vários De-partamentos do Agrupamento de Escolas e com as Bibliotecas Pú-blicas de Castelo Branco e de Vila Velha de Ródão, um conjunto de atividades para comemorar a Se-mana da Leitura/2014, entre os dias 17 e 21 de março. Este ano o tema era “A Língua Portuguesa”.

Algumas destas iniciativas con-taram, como vem sendo cada vez mais um hábito, com a parti-cipação dos pais/encarregados de educação, bem como de outros membros da comunidade educa-tiva que gentilmente acederam ao convite e partilharam com as nos-sas crianças e jovens os seus tes-temunhos de leitura, contribuindo para incentivar o prazer de ler e para enriquecer uma atividade de partilha das histórias e dos livros. Estiveram envolvidos nesta ação 45 leitores, entre pais, avós, fun-cionários e professores.

Iniciou-se a “Semana da Leitu-ra” com um encontro com o autor Nuno Matos Valente que nos apre-

sentou a sua obra “A ordem do Poço do Inferno”, um livro muito interes-sante e nos falou sobre o processo de elaboração do livro, o geocaching (ponto de partida para a elaboração da história) e o local onde se passa todo o enredo – o Mosteiro de Alco-baça.

Sob o lema: “Uma história por dia…todos os dias!”, todos os alu-nos, desde o Pré-escolar ao 3ºCiclo tiveram a oportunidade de ouvir con-tar uma história diferente e adapta-da ao seu nível etário. Esta ativida-de destina-se a promover o livro e a leitura e a lembrar que as histórias devem estar sempre presentes na vida das nossas crianças e jovens como algo que os vai enriquecer, pois transmitem-lhes conhecimen-tos e valores, enriquecem o seu vo-cabulário e expandem a sua imagi-nação.

No dia 19 de março, realizou-se a final do Concurso de Leitura do 2º Ciclo, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. Os quatro alunos selecionados na nossa escola tive-ram uma boa prestação e a Sara Rei foi apurada para os seis finalistas da prova oral. Também nesse dia, al-guns alunos do 8º ano, intérpretes

da peça “Leónia devora os livros”, se deslocaram ao IPDJ, em Castelo Branco, onde um auditório cheio de alunos do 1º Ciclo os esperava para a sua representação que foi um su-cesso!

No dia 20 de março, realizou-se na nossa biblioteca um atelier de escrita criativa, da responsabilidade das técnicas da Biblioteca Municipal de Vila Velha de Ródão, destinado aos alunos de NEE e alusivo às ati-vidades de comemoração do Dia da Árvore.

No dia 21 de março, comemorá-mos o Dia da Árvore e da Família. Com a colaboração ativa do Clube de Jardinagem e do PROSEPE, bem como dos docentes de Edu-cação Visual que se encarregaram da decoração do polivalente, à qual se juntaram os trabalhos entretanto produzidos pelos alunos do 1º Ciclo ao longo da semana. Aos pais, mães e avós presentes neste dia foi-lhes oferecida uma flor, fruto do trabalho dos alunos do Clube de Jardinagem e de NEE. E, por ser também o dia da Poesia, tiveram ainda direito a um poema decorado. Para abrilhan-tar ainda mais esta festa da leitura, o grupo de Teatro do CDRC juntou-se

a nós para nos oferecer a leitura dra-matizada de uma obra de um autor português sobejamente conhecido – António Gedeão: “Breve história da Lua”. Pensamos que, pelas garga-lhadas arrancadas ao público mais novo e pelos aplausos finais, foram momentos prazenteiros e muito bem passados. O grupo de atores está de parabéns. No final, fomos todos plantar uma árvore no canteiro à en-trada da nossa escola.

Com todas estas atividades, pro-curámos fazer do livro e da leitura uma festa, incentivando o prazer de ler, dos mais pequeninos aos mais velhos e envolvendo nesta tarefa elementos de toda a comunidade educativa. E porque desejamos que a “Semana da Leitura” seja uma re-alidade, todas as semanas do ano e se expanda cada vez mais para a comunidade, as ações de promo-ção da leitura não se ficam por este evento e continuarão, de forma re-gular, ao longo do ano, em estreita colaboração com todos os interve-nientes. Terminamos com um agra-decimento a todos os colaboradores e às entidades envolvidas que con-tribuíram para o sucesso desta se-mana.

Profª. Luísa Filipe

SEMANA DA LEITURA 2014

Na semana da leitura, eu gostei muito de fazer os desenhos e o texto. Nesta semana, algumas mães vieram contar uma história à nossa sala.Foi uma semana muito divertida com histórias muito bonitas.

Rafael Morgado (Turma A - 1º Ciclo)

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Biblioteca | Centro de Recursos

No passado dia 19 de março, al-guns alunos da nossa escola des-locaram-se a Castelo Branco, uns para participar na fase distrital do concurso de leitura do 2º Ciclo e ou-tros para dramatizar a história “Leó-nia devora os livros”, adaptada para texto dramático pela professora de Português e encenadora, Anabela Estrela.

Os estudantes saíram da escola, onde um autocarro já os esperava, por volta das 13h30. Antes de deixa-rem os finalistas na Biblioteca Muni-cipal de Castelo Branco, era tempo de deixar no Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) os ato-res. Todos estavam nervosos: uns porque iam participar no concurso, outros porque iam estar em cima do palco.

No auditório do IPDJ, os atores que deram vida à história da peque-na Leónia que adorava ler maquilha-vam-se, vestiam-se e preparavam o cenário. Os meninos do 1º Ciclo do Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva esperavam ansiosamente que o espetáculo começasse. As luzes apagaram-se, fez-se silêncio e a re-presentação começou. Foi bom ver a cara de espanto e felicidade dos pequenos espetadores que estavam muito atentos à história que se ia desenrolando no palco. Correu tudo muito bem!

Quando o espetáculo terminou,

Fase distrital do concurso de leitura do 2ºCiclo/Dramatização da peça “Leónia devora os Livros”

o autocarro foi buscar os atores e transportou-os até à Biblioteca Mu-nicipal, onde se juntaram aos partici-pantes do Concurso de Leitura, que já tinham terminado a prova.

Os concorrentes estavam muito ansiosos. Todos queriam ganhar! Para acalmar um pouco os ânimos, foram ouvir um contador de histó-rias. Os atores juntaram-se ao grupo e puderam voltar a ser pequeninos, ao ouvir histórias maravilhosas e de encantar.

Quando a sessão de contos aca-bou, juntou-se toda a gente no hall de entrada da biblioteca para lan-char e, sobretudo, para conversar, pois todos queriam saber como tinha corrido a representação da peça.

Seguidamente, já mais consola-dos, os finalistas da prova (incluindo a nossa Sara), dirigiram-se ao audi-tório para realizar o teste de leitura em voz alta. Foi entregue um poema diferente a cada um e, desta fase, saiu a grande vencedora, que foi uma menina da Escola Básica Ci-dade de Castelo Branco, do Agrupa-mento de Escolas Nuno Álvares.

Tanto da parte dos atores, como da parte dos finalistas, esta tarde passada na companhia de amigos, professores e espetadores, foi um misto de entusiasmo e nervosismo que, no final, correu muito bem!

Sara Rei (6ºA) e Bianca Almeida (8ºA)

Concursos de LeituraA equipa da Biblioteca Escolar

No âmbito do Plano Nacional de Leitura e sob a responsabilidade dos professores do PNL, de Portu-guês e da Biblioteca Escolar, reali-zou-se, no dia 15 de janeiro, na Bi-blioteca Escolar, a primeira fase do Concurso Nacional de Leitura para os alunos do 3º Ciclo e do Concur-so de Leitura para os alunos do 2º Ciclo.

Esta iniciativa, promotora do gosto pela leitura, destinava-se a todos os alunos dos 2º e 3º Ciclos que esti-vessem interessados em participar. No presente ano letivo, esta acção envolveu vinte e três participantes das turmas do 3º Ciclo e doze par-ticipantes do 2º Ciclo. A obra esco-lhida e sobre a qual os alunos do 2º Ciclo tinham que prestar prova era “Três histórias do futuro” de Luísa

Ducla Soares. Já os alunos do 3º Ciclo analisaram a obra de Antoine de Saint-Exupéry “O Principezinho” e um conto de Miguel Torga do livro “Novos contos da montanha”.

À semelhança do que ocorreu nas anteriores edições do concurso, também este ano foram apurados os três alunos melhor classificados nesta prova que, no caso do 3º Ci-clo, foram: dois alunos do 8º ano, Rui Tavares e Mariana Santos e uma aluna do 9º Ano, Iolanda Tava-res. Serão eles que representarão a nossa escola na fase distrital deste concurso que se realizará no dia 23 de abril, na Biblioteca Municipal de Proença-a-Nova.

Os alunos do 2º Ciclo, apurados para a fase final do concurso, que se realizou no dia 19 de março na

Biblioteca Municipal de Castelo Branco, foram os seguintes: Leonor Araújo do 5ºA, Bruno Canelas, Rú-ben Trindade e Sara Rei, do 6ºA.

A to-dos os

alunos que participaram queremos salientar o seu empenho nesta ati-vidade que tinha como principal ob-jetivo motivar todos os alunos dos 2º e 3º Ciclos para a leitura de obras adequadas ao seu nível etário.

Alunos que participaram no Con-curso de Leitura: Leonor Araújo, Bru-no Canelas, Rúben Trindade e Sara Rei.

Elenco da peça ”Leónia devora os livros”: Bianca Almeida, Beatriz Cardoso, Jéssica Moreira, Mariana Gomes, Ricardo Pereira, Rodrigo Bar-radas, Duarte Rodrigues.

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Atividades

Visita de estudo a LisboaProfessora Anabela Afonso

No dia 6 de março, as turmas do 3º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão rumaram a Lisboa, até ao Parque das Nações, com o objetivo de visitar o Oceaná-rio e o Pavilhão do Conhecimento.

Na parte da manhã, os alunos fo-ram ao Oceanário onde participaram num atelier intitulado “Os Lusíadas”. Através desta atividade, pretendeu-se dar a conhecer a viagem de Vas-co da Gama até à Índia, através da descoberta dos ecossistemas mari-nhos e da diversidade de espécies encontradas em cada ponto do per-curso. A sensibilização para a con-servação da natureza foi o objetivo desta experiência em que o passa-do, o presente e o futuro têm muito em comum - os ecossistemas, os fe-nómenos atmosféricos e climáticos, o impacto da atividade humana e a sua capacidade de observar, des-crever e interpretar o meio que nos rodeia.

Depois de terminadas as ativida-des do atelier, seguiu-se uma visita guiada à exposição permanente do Oceanário e ainda a uma exposição temporária sobre tartarugas mari-nhas.

Descobrir a diversidade marinha, envolver os participantes na conser-vação da natureza e educar para a alteração de comportamentos são os objetivos do programa de educa-ção do Oceanário de Lisboa.

Da parte da tarde, o destino foi o Pavilhão do Conhecimento onde os alunos puderam ver, mexer e expe-rimentar tudo nas exposições: “Era uma vez…”, “Explora”, “Vê, faz e aprende” e ainda participar num ate-

Maria Faustino (7ºA)

Partimos entusiasmados e anima-dos. Todos à espera de conhecer ou ir mais uma vez à capital. Lisboa fez-nos lembrar como é bom estar ao pé do mar!

Quando chegámos, dirigimo-nos para o Oceanário. Aí, participámos num atelier sobre “Os Lusíadas” – uma guia contou-nos uma pe-quena parte da história desse livro, mostrou-nos as ilhas de Cabo Ver-de, falou-nos da África do Sul e das várias espécies marinhas que habi-tavam nos mares percorridos pelos marinheiros portugueses.

De seguida, a guia acompanhou-nos na visita ao Oceanário, onde vimos os peixes que habitam o tan-que central e ainda as mais variadas espécies, quer de peixes, quer de animais marinhos que povoam os habitats dos vários oceanos.

À hora de almoço, dirigimo-nos para perto do Tejo onde comemos

e alguns alunos foram passear um pouco pelo Parque das Nações.

Depois do almoço, claro que o melhor era descansar um pouco, mas não havia tempo, tínhamos tudo marcado. Então, fomos a pé para perto do Pavilhão do Conheci-mento onde nos esperavam várias exposições. Começámos por ver a exposição “Era uma vez…” que fala de ciência para quem gosta de his-tórias. É uma exposição interativa de ciência e tecnologia que explora fenómenos e conceitos das ciências naturais, como a física, mas também das ciências sociais e de outras áre-as do saber.

De seguida, seguimos para a ex-posição “Explora” - uma “verdadei-ra floresta de fenómenos naturais”. Numa sala ao lado desta exposição estava outra e nós, por distração, fo-

lier intitulado “Dóing”.A exposição “Era uma vez…” abor-

da conceitos científicos e relaciona-os com as histórias tradicionais. É uma exposição interativa de ciência e tecnologia que explora fenómenos e conceitos das ciências naturais, como a física, mas também das ci-ências sociais e de outras áreas do saber.

Nas exposições “Explora” e “Vê, faz e aprende” é possível experi-mentar, tocar, mexer, observar e concluir. A única coisa proibida é mesmo não mexer.

Por último, no atelier “Dóing”, um espaço para criar, fazer, experimen-tar, construir e partilhar, os alunos puderam realizar inúmeras ativida-des.

Este foi um dia diferente e diverti-do para todos, recheado de experi-ências novas e novos conhecimen-tos adquiridos.

3º CICLO

Continua na pág. seguinteReportagem fotográfica da visita de estudo

mos lá para dentro. Ficámos maravi-lhados por podermos experimentar, tocar, mexer, observar e concluir, voltar ao princípio e fazer tudo de novo, agora de forma diferente... Este é o espírito da exposição “Vê, Faz, Aprende!”, onde existem mais de 40 experiências sobre fenóme-nos naturais, conceitos científicos e tecnológicos, para todas as idades. A única coisa proibida é mesmo não mexer.

Mas, esperava-nos ainda outra ex-posição chamada “Dóing”. Melhor…Não se tratava bem de uma exposi-ção. Era um espaço para criar, fazer, experimentar, construir e partilhar. A “Dóing” dividia-se em duas áreas. A área Tinkering continha actividades abertas que nos fizeram pensar com as mãos, levando-nos a contornar obstáculos e a superar-nos a nós mesmos. A área Maker era um espa-ço de produção, onde cada um dos

alunos pôde desenvolver os seus próprios projetos.

Por fim, acabou tudo. Restou-nos ir para casa com um sorriso nos lá-bios, pois tinha sido um dia espeta-cular!

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Opinião / Atividades

João Barateiro (7ºA)

No passado dia 6 de março, as turmas do 3º Ciclo foram a Lisboa. Partimos eram 07h42. Foi uma via-gem de ida divertida, embora muito barulhenta.

Chegámos a Lisboa por volta das 10h30. Fomos ao Oceanário, onde o grupo se dividiu em dois. O nosso grupo foi ao atelier “Os Lusíadas”. Foi um atelier, como o próprio nome indica, sobre “Os Lusíadas”, de Luís de Camões. Falou-se dos locais re-feridos por Camões na sua obra, houve partes práticas…

Depois, “viajámos pelo mundo”. Visitámos quatro oceanos do nos-so planeta: o Atlântico, o Pacífico, o Índico e o Antártico. No centro do Oceanário, havia um grande aquá-rio (caminhávamos à volta dele). Nesse aquário, estavam cardumes gigantes, a coisa da qual mais gos-tei. E vimos muitas mais coisas, in-cluindo a exposição de tartarugas marinhas.

Ao almoço, adorei as gaivotas, fa-ziam com cada coisa! Nem se con-

seguiram conter…De seguida, fomos ao Pavilhão do

Conhecimento. Visitámos três expo-sições. A primeira chamava-se “Era uma vez…”. O objetivo era transmi-tir o que é que as histórias tradicio-nais contêm que pode ser explicado de maneira científica. A segunda chamava-se «Explora». Foi a que gostei mais. A terceira chamava-se “Dóing”, uma exposição em que tí-nhamos de utilizar o cérebro – fazer com que um berlinde entrasse numa caixa, fazer com que um avião de papel passasse por quatro argolas (distanciados dois metros umas das outras, igual a oito metros), entre outras. Andei na “Bicicleta Voadora” (a seis metros do chão, numa corda, mas estava suspensa). Tive algum medo, mas até achei engraçado.

Em seguida, voltámos para casa. A viagem de regresso foi igual à via-gem de ida. Chegámos às 21h00, tal como estava previsto.

Foi um grande dia e uma visita magnífica!

Passavam poucos minutos das 6 da manhã quando me levantei no dia 6 de março para ir para Lisboa, numa visita de estudo. Cheguei a Vila Velha às 07h20 da manhã e, mais ou menos 20 minutos depois, todos os alunos do 3º Ciclo, em con-junto com as professoras acompa-nhantes, viajavam para o seu des-tino.

Se não me falha a memória, che-gámos a Lisboa perto das 10h00. O nosso primeiro destino foi o Ocea-nário, onde fomos divididos em gru-pos. O primeiro foco de atenção do

Bianca Almeida (8ºA)meu grupo foi a exposição temporária sobre tartarugas marinhas.

Posteriormente, proce-demos à realização de um atelier sobre “Os Lusíadas”. Foi super interessante e di-vertido. Ainda no Oceanário, demos a volta aos oceanos do planeta Terra e vimos va-riadíssimos tipos de peixe.

Perto das 14h00, fomos almoçar em convívio com colegas e professores.

Depois de saciarmos a fome, dirigimo-nos para o Pavilhão do Conhecimento. Vimos duas ex-posições: ”Era uma vez…” e “Dóing”. Duma forma didática, “Era uma vez…” mistura a ciência no seu es-tado mais puro com as histórias da nossa infância. “Dóing” ensina-nos que a química também é divertida.

Mas era hora de voltar para Vila Velha de Ródão. Tanto na ida como no regresso, a viagem foi muito di-vertida.

É com certeza uma viagem para repetir!

Turma do 2º Ano

• O Carnaval tem origem na Grécia antiga. Os gregos, através de vários

cultos, agradeciam aos deuses a fertilidade do solo e a produtividade.

• Também os Romanos festejavam o Carnaval. Eram as Saturnais, as

festas de homenagem ao deus Saturno. Prolongava-se por sete dias, de

17 a 23 de Dezembro. As escolas fechavam, suspendiam-se as activida-

des e os negócios, os escravos eram libertados temporariamente e fa-

ziam o que queriam e mulheres e homens desfilavam despidos em carros

chamados “carrum navales”. As pessoas trocavam presentes, um rei era

eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (“Saturnalicius

prínceps”) e as fitas de lã que amarravam aos pés do deus Saturno eram

retiradas, como se a cidade o convidasse para participar na folia.

• Não há consenso quanto à origem da palavra Carnaval. Uma das

teses é Carnaval vem do latim “carne vale”, significando “adeus à

carne”durante o período que vai do Carnaval até à Páscoa, o jejum da

Quaresma, ou seja uma pausa de 40 dias nos excessos cometidos du-

rante o ano, excessos esses que incluem, segundo a religião católica, a

alimentação.

• Há também estudiosos que afirmam que a palavra Carnaval deriva de

“currus navalis” que significa “carro naval”. Esta interpretação baseia-se

nas festas do princípio da primavera, com cortejos marítimos ou carros

alegóricos em forma de barco que se faziam na Grécia e em Roma, na

antiguidade.

Sabias que...

Bianca Almeida 8ºA

Para comemorar o Dia de São Va-lentim, a biblioteca da nossa escola organizou um jogo denominado “Pa-res Famosos”.

O objetivo deste jogo era juntar, em cinco minutos, o maior número de pares amorosos conhecidos de todos, em cada uma das três mesas que constituíam o “circuito”.

As turmas a concurso eram do 2º e 3º Ciclos porque, como se costu-ma dizer, o amor não escolhe ida-des!

Do 2º Ciclo, as equipas vencedo-ras foram as seguintes:

1º Lugar - Bruno Canelas, Denis Pop, Ruben Trindade, Henrique São Pedro e Sara Rei;

2º Lugar - Gonçalo Rei, Inês Prín-cipe, João Pedro e Leonor Araújo;

3º Lugar - Margarida Pina, Pedro

Rodrigues, Salomé Trindade, Marta Faustino e César São Pedro.

Do 3º Ciclo, as equipas vencedo-ras foram as seguintes:

1º Lugar - Alexis Afonso, Caroli-na Cruz, Tatiana Barata e Rodrigo Carmona;

2º Lugar - Bianca Almeida, Bea-triz Cardoso, Bruna Martins e Ma-riana Santos;

3º Lugar - Edgar Belo, Jéssica Mourato e André Ribeiro.

No dia 14 de fevereiro o amor an-dou no ar no Agrupamento de Es-colas de Vila Velha de Ródão!

Obrigada à Biblioteca Escolar por ter dinamizado este concurso que nos permitiu conhecer mais um pouco do romance aquém e além-fronteiras.

Passatempo “Pares Famosos”

Continuação da página anterior

Visita de Estudo a Lisboa

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Escrever para narrar uma viagem

Sugestões de leitura | Talentos

Titulo: Pedro AlecrimAutor: António MotaEditora: Gailivro Edição: 2008

Bianca Almeida (8ºA)

Filipa de Lencastre, a rainha que mudou Portugal

Título: Filipa de Lencastre, a rai-nha que mudou Portugal

Autora: Isabel StilwellEdição: 23ª ediçãoGénero: Romance HistóricoNº de páginas: 518

Nesta obra excelente, Isabel Sti-lwell leva-nos a conhecer Phillippa of Lancaster, a única rainha inglesa um dia a ocupar o trono português.

Filha de John of Gaunt e Blanche Lancaster, teve dois irmãos, Elisa-beth Lancaster e Henry Lancaster, após a sua mãe ter sofrido vários abortos. Cresceu como uma meni-na religiosa, sempre a assistir à dor da sua mãe, causada pelas infideli-dades cometidas por seu pai. Blan-che morreu vítima da peste negra, a mesma doença que viria a vitimar a sua filha alguns anos depois. O pai manteve um romance extraconjugal com Katherine Swynford, do qual nasceram vários bastardos, que mais tarde vieram a ser legitimados pelo papa quando John e Katherine se uniram pelos laços do matrimó-nio. O pai, antes de desposar Kathe-rine, casou com a futura rainha de Castela e tiveram uma filha chama-

Pedro Alecrim

Pedro Alecrim é um rapaz de uma família pobre. Quando entrou para a escola achava tudo muito estranho, principalmente algumas matérias, que o confundiam imenso.

Ele tinha um amigo chamado Ni-colau com quem partilhou muitas aventuras, tanto dentro, como fora da escola. Eles ajudavam-se um ao outro, mas tinham diferentes pen-samentos, Pedro queria continuar a estudar e Nicolau queria ir trabalhar

Pedro tinha outro amigo, chama-do Luís, que a certa altura teve um problema familiar. Os pais iam sepa-rar-se. E, apesar de tudo o que Luís fizera ao Pedro, ele não deixou de lhe dar apoio.

Passado algum tempo, entre mui-tas aventuras e traquinices, Pedro recebeu a notícia que o seu pai ado-ecera, acabando por falecer. Soube também que o seu grande amigo Ni-colau se ia mudar para o Porto.

Bem, vejo toda a gente a fazer via-gens luxuriantes e cansativas.

Então, mas e eu?! Que viagens faço eu? Eu vou escrever para nar-rar a viagem que a minha imagina-ção faz.

O destino da viagem é remoto. Os únicos preparativos que neces-sito fazer são escrever e imaginar. Como meus acompanhantes, tenho o lápis, a caneta, o papel, a borracha e o cérebro. E de mais não preciso. Está montada a minha comitiva, que teve como mais recente destino o mundo das ideias, que surge como localização principal do livro que es-tou a ler.

Será que, para imaginar, necessi-

Ricardo Pereira (8ºA)

Bianca Almeida (8ºA)

Henrique Barreto e Sara Rei (6ºA)

A Guerra dos Tronos

Título: A Guerra dos TronosAutor: George R. R. MartinEditor: Saída de EmergênciaColeção: As Crónicas de Gelo e Fogo Data: 2007Páginas: 400

Este livro fala de uma época me-dieval onde existem várias Casas (ex: Casa Barethon, Stark, Lannister …etc).

Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, recebe a visita do velho amigo, o rei Robert Bara-theon, está longe de perceber que vai ocorrer uma tragédia na sua vida e na vida da sua família. Durante a estadia, o rei convida Eddard a mudar-se para a corte e a assumir a prestigiada posição de Mão do Rei. Este aceita, mas apenas por-que desconfia que o anterior deten-tor desse título foi envenenado pela própria rainha: uma cruel manipula-dora do clã Lannister. Assim, perto do rei, Eddard tem esperança de o proteger da rainha. Mas ter os Lan-nister como inimigos é fatal: a ambi-ção dessa família não tem limites e o rei corre um perigo muito maior do que Eddard temia! Sozinho na corte, Eddard também se apercebe que a sua vida nada vale. E até a sua fa-mília pode também estar em perigo.

Entretanto, Bran, outro membro da família Stark, descobre dois es-

tranhos a falar acerca da morte da Mão do Rei, mas é apanhado e ati-rado de uma torre e acaba por ficar inconsciente.

Catelyn viaja para Sul e apanha na viagem Tyron Lannister, que é fa-moso por ser leal. É levado para o ninho da águia para ser morto mas, no fim, acaba por se tornar um pri-sioneiro.

Jon Arryn decide ir para a mura-lha onde guardam aquela terra dos inimigos que poderão qualquer dia atacar.

O próximo volume desta série cha-ma-se “A Muralha de Gelo”. Espero que tenham curiosidade em ler este livro, porque tem muito mais do que eu possa contar só neste texto.

Este livro deu origem a uma série que passa na televisão.

da Catalina.Já com 26 anos e para consolidar

a aliança entre Inglaterra e Portugal, Philippa foi escolhida pelo rei D.João I para casar. Deste casamento, re-sultou a Inclita geração, os filhos de Filipa e João que foram: Branca de Portugal; Afonso de Portugal; Duar-te I de Portugal; Pedro, duque de Coimbra; Henrique duque de Viseu; Isabel; João, Infante de Portugal e Fernando, o Infante Santo.

Opinião:Adorei o livro, porque gosto imen-

so de História e a escritora envolve-nos em todo o enredo sem descurar o ensino da História de Portugal!

Sem dúvida uma das minhas obras preferidas.

tamos dum meio de transporte? A ida teve como data 24 de fevereiro e o regresso ainda não está marca-do. Neste livro, até agora, vi maravi-lhas que não vou desvendar. Quan-do lemos uma obra de arte como “O dia em que Sócrates vestiu jeans”, os incidentes são uma coisa relati-va.

Não preciso de viagens ao terre-no, porque uma jornada pela minha imaginação já é odisseia suficiente. Não se esqueçam de que “pensam, logo existem”. Palavras de Decar-tes, não minhas.

Não há melhor alimento para a mente do que um bom pensamento.

Ele passou um mau bocado, mas tudo acabou por se resolver.

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se com uma situação muito estranha em que pensavam que dois dos seus amigos correm perigo, mas afinal a verdade era bem outra. Tudo termina bem e, no final desta aventura, os nossos heróis pertencem já à “Or-dem do Poço do Inferno” e têm outro mistério para re-solver: o que será o “Tesouro do Califa”?

Entrevista (3)

Onde vive? Quantos anos tem?

Vivo em Alcobaça e nasci em 1977, o que quer dizer que, em Abril de 2014, tenho 36 anos e que, em setembro de 2077, farei 100 anos.

É escritor a tempo intei-ro ou tem outra profissão?

Sou professor do Ensino Básico, do primeiro ao ter-ceiro ciclo.

Pode dizer-nos o que mais gosta de fazer nos seus tempos livres?

Nos meus tempos livres, gosto de correr e de tocar guitarra, mas não ao mes-mo tempo. Uma vez tentei e parti muitas cordas. Tam-bém leio muito. Gosto de ler livros, jornais, artigos de re-vistas e de sítios na Internet. O meu sítio preferido da In-ternet chama-se boingboing.net. No verão, gosto muito de viajar e de estar na praia sem fazer nada!

Por que razão escolheu este título para o seu 1º li-vro? Ainda teve outras al-ternativas de título ou este

foi a sua 1ª escolha?O título está relacionado

com a história. A “Ordem” é um conjunto de pessoas que protege um segredo. Esse segredo é o “Poço do Infer-no”. Não posso contar mais, senão estrago o efeito sur-presa da história.

O livro esteve para se cha-mar “O Terceiro Rio”, em homenagem aos dois rios que atravessam Alcobaça. Entretanto, notei que havia muitos livros que se chama-vam “O terceiro...” ou “A ter-ceira...” (o terceiro homem, a terceira vaga, etc...) e decidi mudar.

Se tivesse que escolher um pseudónimo, qual se-ria?

Nunca pensei nisso, mas gosto muito de nomes por-tugueses antigos que caí-ram em desuso como Fuas ou Mem. Se fosse um nome feminino, poderia ser Urraca ou Mumadona, como a con-dessa que viveu em Guima-rães.

Com que idade começou a escrever?

Redação do Gente em Ação

Nuno Matos ValenteENTREvISTA AO ESCRITOR

Comecei a trabalhar com livros aos 29 anos, quando me juntei a uma equipa de autores de manuais escola-res na Raiz Editora (naquela altura chamava-se Lisboa Editora). O meu primeiro livro não escolar foi “ A Or-dem do Poço do Inferno” e escrevi-o aos 34 anos. Não sei quando comecei a es-crever, mas lembro-me da primeira palavra que escre-vi: “Puribido”. Tinha 5 anos e não queria que mexessem nos meus brinquedos! Claro que queria ter escrito “Proi-bido”.

O que é que o motivou a escrever esta obra? Quais as suas fontes de inspira-ção?

A minha fonte de inspira-ção foi o Mosteiro de Alco-baça. Quando soube que andavam à procura de pe-tróleo muito perto do monu-mento, achei que havia ali uma coincidência que podia dar uma história engraçada!

É mais fácil escrever ma-nuais escolares ou ficção/aventura?

São experiências com-pletamente diferentes, cada uma com os seus desafios. É mais difícil tocar trompete ou didjeridu?

Por que razão é que co-locou o geocaching como leiv motiv do seu primeiro livro?

Adoro fazer geocaching.

Achei que os leitores tam-bém iriam gostar!

Escondia o seu livro numa cache?

Não só escondia, como já escondi! Há uma cache não oficial de que falo no livro e que está mesmo escondida dentro da cerca do mosteiro. Já lá coloquei o livro mais do que uma vez!

Na sua infância e adoles-cência, lia muito? Quais eram as suas obras/auto-res preferidos?

Na minha infância lia mes-mo muito! Adorava os livros da Enid Blyton. Os meus preferidos eram, no entanto, alguns clássicos como “Tom Sawyer”, “As Minas de Salo-mão” ou “A Ilha do Tesouro”.

Tem algum sítio especial para escrever ou algum momento em que se sinta mais inspirado?

Sim. Adoro escrever no sossego das Bibliotecas Municipais, principalmente na de Alcobaça. Para pen-sar nas histórias, o meu lo-cal preferido é o automóvel, quando vou a conduzir. De mota é mais difícil, por cau-sa dos mosquitos que estão sempre a bater no capacete.

Podia dar-nos algumas pistas sobre o seu próxi-mo livro, “O tesouro do Califa” e se há alguma data prevista para ele ser publicado?

Espero que saia em maio deste ano. Posso revelar que a narradora é a Xana e que, desta vez, os membros da “Ordem” vão correr pe-rigos inimagináveis. O Leo

vai mesmo correr perigo de vida! Como ainda faltam 20 páginas para acabar o livro, ainda não sei se vai acabar bem ou mal. Vai ser revelado o que é o tesouro e quais são os seus pode-res! Ah! Já para não falar que descobri como foi que os portugueses venceram a Batalha de Aljubarrota, mesmo ao pé de Alcobaça.

O que aconselha a quem quer ser escritor?

Recomendo que leiam muito, sejam livros, revis-tas, jornais ou pacotes de cereais e que pesquisem bastante sobre o tema das histórias. Também reco-mendo que oiçam a opi-nião dos outros sobre o seu trabalho! Finalmente, recomendo lápis HB bem afiados e papel sem linhas - o nosso cérebro não tem linhas.

Gostou de nos visitar em Vila Velha de Ródão? É um sítio onde deseja voltar?

Adorei visitar Vila Velha de Ródão e nunca mais me vou esquecer da maneira simpática como fui recebi-do! O Tejo é muito bonito e ouvi dizer que se podem observar muitos animais ra-ros. Cheguei mesmo a ver uma ave que mergulhou no rio e só voltou à superfície após um minuto! Fiquei muito curioso sobre o Rei Wamba! Espero voltar em breve!

Obrigado! Gostámos muito da sua visita. Volte sempre.

A redação do “Gente em ação” aproveitou a vinda do escritor Nuno Matos Valente à nossa escola

para o entrevistar, pois os alunos ficaram muito curiosos acerca da sua vida e da sua obra.

A Ordem do Poço do Inferno

Título: A Ordem do Poço do InfernoAutor: Nuno Matos Valente Editora: Escafandro

A história deste livro centra-se num grupo de amigos, Leo, Ulisses, Xana e João que formam uma equipa – um clã, para sermos mais exatos – São os Hidras, uma das melhores equipas de geocaching da sua região (eles vivem em Alco-baça).

Nos seus tempos livres, dedicam-se, de alma e coração, ao geocaching e disputam o 1º lugar do campeonato desta atividade com uma equipa rival – os Mosquitos. A curiosidade dos protago-nistas desta história levá-los-á à procura de uma cache no cemitério do mosteiro de Alcobaça e é aí que se defrontam com estranhos aconteci-mentos: um terramoto, uma estranha chuva com gotas escuras, espessas e viscosas, que não cheirava nada bem e depois uma descoberta ex-traordinária – há petróleo no subsolo do mosteiro de Alcobaça. É então que conhecem o Fred, o arqueólogo daquela exploração. No dia seguinte,

Sara Rei (6ºA)voltam ao mosteiro e o Fred leva-os numa visita guiada aos objetos encontrados na escavação e todos se espantam com um estranho artefac-to que foi encontrado no subsolo e que ninguém sabe o que é, nem para que serve. O Leonardo tirou-lhe algumas fotos com o telemóvel. O arque-ólogo pediu-lhes para guardar segredo sobre o que tinham visto ali. Quando voltaram ao mos-teiro para visitar o Fred, este estava muito desa-nimado, porque o artefacto misterioso tinha de-saparecido, bem como todos os vestígios ligados a ele (desenhos, fotos, decalques…) Entretanto, começam a suceder coisas estranhas ao grupo de amigos: o telemóvel do Leo desaparece, as imagens que ele tinha enviado por mail não che-garam até ao Fred… A sua curiosidade leva-os numa viagem pelo interior do mosteiro de Alco-baça, a sítios que normalmente os turistas não visitam – as catacumbas, por exemplo. Deparam-

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Atividades | Talentos

No passado dia 26 de março, os alunos do 9º ano, acompanhados pelas professoras de Mate-mática e de Inglês do 3º Ciclo, foram à Futurália, de comboio.

A Futurália é uma feira/exposição sobre “Ofer-ta Educativa, Formação e Empregabilidade” que decorreu no espaço da FIL, no Parque das Na-ções, em Lisboa.

Quando chegámos, fomos ver os stands de universidades, institutos e escolas que lá se en-contravam, recolhendo folhetos e experimentan-do tudo o que era possível.

Na área da Força Aérea, entrámos num carro de bombeiros e num helicóptero, onde até fomos entrevistados por militares deste ramo das For-ças Armadas! De seguida, fomos ao Centro Co-mercial Vasco da Gama almoçar, o que foi mui-to complicado, porque havia muita gente. Logo depois, voltámos à Futurália para realizar uma atividade sobre televisão. Foi bastante divertido, pois aprendemos como se faz um programa de televisão a sério e até produzimos, filmámos e editámos o nosso. No caminho para o stand do Instituto Português de Fotografia, parámos ao pé de um carro que simulava um veículo a capotar. O mais engraçado foi a professora de Inglês ter experimentado e não ter gostado, mas todos os alunos que participaram acharam bastante inte-ressante! No stand de fotografia, dividimo-nos em

Visita à Futurália

dois grupos onde tirámos fotografias uns aos outros. Ti-vemos também a sorte de encontrar quatro Youtubers portugueses que estavam no stand da WTF e tirámos

Iolanda Tavares e Tatiana Barata (9ºA)

“Não quebres os laços!”

Mês da Prevenção dos Maus Tratos na InfânciaProf.ª Anabela Santos

Em resposta ao repto lançado pela Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens (CN-CPCJ), a Comissão de Proteção de Vila Velha de Ródão deu início a um conjunto de atividades sob o lema “Não quebres os laços!” junto de to-das as crianças do concelho, visando sensibilizar para a iniciativa “Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância – abril 2014”.

Esta campanha, que se prolongará por todo o mês de abril, pretende alertar para todas as for-mas de maus trato aos mais jovens e chamar a atenção para a importância de “estarmos atentos ao outro” e ao que o seu silêncio pode gritar. Visa também despertar-nos para a necessidade e de-ver de aprendermos a “parar, pensar, negociar…para agir melhor” e caminharmos para uma Cul-tura de Não Violência.

Com algumas turmas do Agrupamento já foram desenvolvidas atividades que tiveram por objeti-vo a reflexão sobre os maus tratos, e eventuais soluções para situações de conflito, e foi assu-mido pelos alunos envolvidos o compromisso de usar o laço azul como sinónimo de consciência dessa realidade, do dever de estar atento e de denunciar.

Porquê o Laço Azul (Blue Ribbon)?

Em 1989, na Virgínia, E.U.A, Bonnie W. Finney, uma avó de três meninos, atou uma fita azul à antena do seu carro “para fazer com que as pes-soas se questionassem”. Pretendia poder contar a sua história: “debaixo do seu nariz”, os seus netos tinham sido vítimas de fortes maus tratos infli-gidos pelos pais, que levaram a sucessivos inter-namentos hospi-talares, culminan-do com a morte do mais velho, de pouco mais de seis anos.

Bonnie não quis inicialmente “ver os sinais” mas, após a morte do neto, fez da luta contra os maus

tratos a sua luta, e do laço azul a sua bandeira, que chamaria a atenção e despertaria consciên-cias…

Porquê azul? Porque não queria esquecer os corpos batidos e as nódoas negras dos seus ne-tos e a cor azul serviria de lembrete constante para a sua luta na proteção das crianças.

algumas fotografias com eles.No final, ainda tivemos tempo para passear no

Vasco da Gama até o nosso comboio nos apa-nhar na Gare do Oriente.

Divertimo-nos muito, pois foi uma visita dife-rente das que nós estamos habituados a fazer e onde aprendemos muitas coisas sobre cursos e profissões.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DEVILA VELHA DE RÓDÃO

Avenida da Achada6030-221 Vila Velha de Ródão

Telefone: +351 272 541 041Fax: +351 272 541 050

E-Mail: [email protected]ços Administrativos: [email protected]

COORDENAçÃOProfessora Anabela Afonso

E-Mail: [email protected]

GRAFISMO E PAGINAçÃOProfessor Luis Costa

Professor Helder Rodrigues

COLABORADORESProfessores, Alunos, Pessoal Não Docente, Associa-

ção de Pais e Encarregados de Educação, Comunidade Educativa

IMPRESSÃOJornal Reconquista - Castelo Branco

[email protected]

NA INTERNET

NOVA Webpage do AgrupamentoJá disponível em:http://www.aevvr.pt

Plataforma Moodle(NOVO SERVIDOR E URL)

http://moodle.aevvr.pt

Facebookwww.facebook.com/Agrevvr

Projetos

O Bosque da Achada Prof.ª Graça Passos

CIêNCIAS ExPERImENTAIS NO 1º CICLO

“Um Bosque Perto de Si” é um projeto criado pelo Ciência Viva, em 2009/10, visando a sensi-bilização da comunidade escolar para a preser-vação da biodiversidade através do estudo de um ecossistema terrestre local com a colaboração da comunidade científica. Este projeto desenvolve-se na nossa escola há 4 anos na turma do 8º ano e nas 3 turmas do 1º Ciclo.

Tem permitido aprofundar o conhecimento da biodiversidade local graças ao interesse cres-cente da comunidade local, de pessoas ligadas à ciência e às artes e, sobretudo, ao empenho dos alunos. Tal como se refere no texto de David W. Orr (1) “we all have an affinity for the natural world, what Harvard biologist Edward O. Wilson calls, “biophilia.” This tug toward life is strongest at an early age when we are most alert and im-pressionable. Before their minds have been ma-rinated in the culture of television, consumerism, shopping malls, computers, and freeways, chil-dren can find the magic in trees, water, animals, landscapes, and their own places. Properly culti-vated and validated by caring and knowledgeable adults, fascination with nature can mature into ecological literacy and eventually into more and purposeful lives”.

Decidimos caminhar ao encontro do deslum-bramento na redescoberta do nosso meio, aqui-lo que Rachel Carson apelidou de “sense of wonder”. Este projecto vai de encontro aos pro-gramas do 1º e do 3º Ciclos, onde se pode ler “pretende-se que todos se vão tornando obser-vadores ativos com capacidade para descobrir, investigar, experimentar e aprender” através das vivências proporcionadas e do contacto com “os instrumentos e as técnicas necessárias para que possam construir o seu próprio saber de forma sistematizada” de forma a adquirirem “a noção da responsabilidade perante o ambiente, a so-ciedade e a cultura em que se inserem, compre-endendo, gradualmente, o seu papel de agentes dinâmicos nas transformações da realidade que os cerca”.

A base de todo o trabalho tem sido a obser-vação e a identificação das espécies. Toda a informação reunida e o desejo de intensificar a curiosidade e o prazer que todos temos em co-nhecer o que nos rodeia vai permitir, no próximo

período, criar o protótipo de uma caderneta de cromos e de um guia de identificação de espécies locais. Para tal contamos já com o apoio da Câ-mara Municipal de Ródão que disponibilizou os serviços do designer Rui Ribeiro e da tapada da Tojeira que viabiliza a colaboração da artista plás-tica Catarina Simões. No entanto, para garantir a qualidade de todo este trabalho, precisamos da colaboração ativa das famílias que podem, entre outras coisas, acompanhar os seus educandos a identificar e a fotografar as espécies perto de casa, consultar o site “Bosque da Achada” em http://bosquedaachadavvr.wix.com/bosque-pertodesi (ligação também disponível em www.aevvr.pt), estimular a capacidade de observação através do desenho de pormenor e estimular a re-colha de informações na Internet sobre uma dada espécie a partir do seu nome científico. Em rela-ção ao desenho, o mais importante é estimular o prazer de desenhar, independentemente de ter jeito ou não e valorizar essa capacidade que to-dos têm. Não é o estar “bonito” ou “feio” que con-ta, mas o prazer que perpassa no risco e permite manter a sua singularidade – a qualidade que in-teressa fazer acontecer. É preciso estar disponí-vel para o acontecer do risco, para nos deixarmos surpreender com as formas que vão surgindo fora do nosso controle para preservar a sua intensida-

de. Pode-se ir aperfeiçoando o registo em função dos detalhes que se vão descobrindo, mas o que interessa mesmo é manter a espontaneidade do desenho, mesmo que seja pouco fiel à realidade. Para além disso, é muito importante falar com os mais velhos e ir registando o nome comum e as utilizações da espécie conhecidas aqui na zona de Ródão.

Prémio da fundação Ilídio Pinho

No dia 2 de abril, o nosso Agrupamento foi a Coimbra receber o prémio atribuído pela funda-ção Ilídio Pinho (“Ciência na Escola”) ao trabalho desenvolvido no 1º Ciclo no âmbito deste projeto. Foi atribuída uma verba de 300 euros para apoiar o trabalho a realizar até 20 de Junho que será depois avaliado a nível nacional. Mantenho a ex-pectativa de que o entusiamo dos nossos alunos contagie a comunidade educativa alargada e nos permita atingir um nível de excelência que confe-re significado à escola e depende sobretudo do nosso empenho.

(1) - http://www.ecoliteracy.org

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Uma “Manhã Brilhante”Alfredo Leite *

Reportagem fotográfica da sessão “Temos sido bons pais?

Vale a pena organizar uma pa-lestra para pais e encarregados de educação? Claro!

Ao longo de mais de 10 anos, já dinamizei mais de 400, e ouço quase sempre o mesmo balanço: “Muito bom!”, “Os pais participaram como nunca tinha visto.”, “Superou as minhas expectativas!” e “Valeu a pena!”. A última vez que ouvi al-gumas destas frases foi no Agrupa-mento de Escolas de Vila Velha de Rodão, no passado dia 11 de abril. Também ouvi pais a dizerem: “Tem que vir fazer uma para os alunos” e “Gostei muito, principalmente pela capacidade de comunicação”, e ainda, “Já o tinha visto com alunos e agora com os pais ainda gostei mais.” Reconheço, sem falsas mo-déstias, que nos esforçamos muito para criar palestras diferentes, in-terativas, dinâmicas e verdadeiras. Momentos capazes de colocar as pessoas a pensar. Mas só conse-guimos levar à prática as nossas metas mais nobres, porque há sem-pre quem organiza. Professores que não desistem. Diretores ou presi-dentes que acreditam que a reflexão é útil. No caso concreto, foi também a autarquia a ter papel determinan-te, bem como a CPCJ de Vila Velha de Rodão. A eles, o nosso obrigado. E, sobretudo, parabéns! Basta um pai mudar nem que seja um pouco, basta uma criança ou jovem ter essa repercussão positiva na sua vida, para o esforço de todos ter valido a pena. E, por cada professor des-motivado, por cada pessoa que não arrisca levar uma palestra à escola, por esta ou por aquela razão, have-

rá sempre outro que terá a determi-nação para o fazer.

Fala-se muito em prevenção da indisciplina. E é natural que se fale. O problema é grave. Também se fala em desmotivação dos alunos. Outro problema grave. E, natural-mente, estes dois temas cruzam-se e entrecruzam-se nas suas causas, origens e manifestações. Felizmen-te, tenho encontrado a preocupação espelhada nas palavras de todos os elementos do teatro educativo, des-de os professores aos pais, passan-do pelos assistentes operacionais. Parece não haver escola imune aos dois fenómenos. Também as dire-ções de escola estão cada vez mais atentas a estes dois problemas. Digo felizmente, porque quem não se preocupar, nada vai poder fazer. Mas não adianta “apenas” falar! É aí que nós entramos. Todos sabemos que é importante refletir, que é im-portante tentarmos arranjar respos-tas coletivas. Então vamos reunir! Uma palestra pode ser um excelente pretexto. E, em Vila Velha de Rodão, foi. Uma manhã de união. De reu-nião. Dos pais, com os professores. Uma oportunidade para ouvir uma voz de fora, uma voz com experiên-cia e com a certeza de que tem algo a dizer. Há muito que deixei de ava-liar as nossas palestras pelo número de pais. Nunca vão os que deseja-mos. Queremos sempre mais. É si-nal de que a palestra tocou. Mais do que saber quantos foram, é avaliar o impacto nos presentes. De des-tacar que, em Vila Velha de Rodão, até eram bastantes. Mas a nossa motivação é sempre a mesma. So-

mos pela escola. Pelos alunos. Pela qualidade. E somos pelas palestras. Podem ser curtas, mas são de cora-ção. Damos tudo. Não nos preocu-pamos quando dizem que queremos dar espetáculo. Porque não? Neste caso, houve pais que faltaram ao trabalho. Também por isso, além de conteúdo, sentimos que é determi-nante a forma.

Deu para encher a alma ver, por exemplo, que alguns filhos acom-panharam os pais e que, por isso, puderam testemunhar: Também os pais “estavam a ter uma aula”. Uma “aula” especial, claro está. Uma aula em que o palestrante também aprende. E muito. Um momento de reflexão, onde se agitam as cons-ciências, onde se tenta acordar os mais distraídos ou ajudar os que precisam de ajuda. E assim os parti-cipantes, pais e professores também deram o exemplo. O bom exemplo.

As necessidades das pessoas são como o azeite. Vêm ao de cima. E os pais precisam de ser ouvidos. Têm medos. Inseguranças. E com razão! Os tempos estão difíceis. A escola também não pode acusar, apontar o dedo, sem tentar ajudar e dar ferramentas. Felizmente, são cada vez mais escolas a fazê-lo. To-dos precisamos de apoio.

Temos muito orgulho em ser pales-trantes diferentes. Por exemplo, tra-

balhamos todos os públicos! Crian-ças, jovens, pais, encarregados de educação, pais e encarregados de educação, assistentes operacionais, professores, diretores de departa-mento,… E esta nossa diversidade enriquece as nossas sessões com exemplos práticos. Não há escolas sem mácula. Não há pessoas sem mácula. E isso é a vida. Quando vamos às escolas, não é à procura dos erros, para puxar para baixo e desmotivar. É para dar pistas. É para abrir portas. É com orgulho que sentimos missão cumprida, porque ajudámos a abrir um pouco mais as portas de Ródão…

Obrigado a todos. Desde a psicó-loga da escola que foi atenta e po-sitiva, ao pai que, no fim, já quan-do eu estava a entrar no carro, me confessou: “ Aprendi que estou a cometer um erro: dou muito na ca-beça ao meu filho…”. E lá estivemos um minuto a falar e ouvi-o dizer que vai tentar ser mais positivo. Puxá-lo para cima mais vezes. Não o com-parar tanto ao irmão. Parece sim-ples? Pode ser. Mas nem sempre o simples se atinge. Nem sempre o simples se transmite. Nem sempre o simples é simples, nem sempre uma palestra é uma palestra…

* Psicólogo (“Mundo Brilhante”

No próximo número, suple-mento especial dedicado aos

“LIvROS LIvRES”dos nossos alunos (e respeti-

vos consultores).mais informação em:http://www.aevvr.pt