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EUCL DE5 CUNHA A espa ço brasil eiro

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U C L D E 5

CUNHA

A

espaço brasileiro

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Catálogo da exposição realizada na

Fundação Bibl ioteca Nacional

Agosto 2009

EUCLIDES

™ C U N H A

0

 espaço bra sileiro

o

• M

O

a

Rio de Jane iro

Fundação Bibl ioteca Nacional

2009

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R E P U B L I C A F E D E R A T I V A D O B R A S IL

Pres idente da Repúbl i ca

Luiz Inácio Lula da Si lva

Min is t ro da Cu l tura

Juca Ferreira

F U N D A Ç Ã O B IB L IO T E C A N A C I O N A L

Pres idente

Mun iz Sodré

Di retor ia Execut i va

Cé lia Porte i Ia

Centro de Referênc ia e D i fusão

Môn i ca R i zzo

Centro de Processos Técn icos

L i ana Gomes Amadeo

Coordenação Gera l de P l ane jamen to e Admin i s t ra ção

Tân ia Pacheco

Coordenação Gera l de Pesqu i s a e Ed i to ração

Osca r M . C . Gonça l ves

Coordenador ia de Eventos e Projetos Espec ia i s

Suely Dias

E X P O S I Ç Ã O

Curador i a

Marco Lucches i

O r g a n i z a ç ã o

Raquel Fáb io

Raquel Mart ins Rêgo

Verônica Lessa

Pesqu isa I conográf i ca

Prisc i la Serejo Martins

Assistentes de Pesquisa

Catarina Ferreira

Mar l on Magno Abreu de Ca rva l ho

Fotograf ia

Cláudio de Carva lho Xav ier

Hél io Jorge Garc ia da Conceição

Pau lo Leonardo da Costa Cunha

P r o d u ç ã o

T e c n o p o p

Coordenação de p rodução

Suzy Mun i z P roduções

Design visual

Tecnopop (André Sto larsk i , Clara Mel iande, Alexsandro

Souza)

Expograf ia

Arti f íc io Arquitetura e Exposições (Vasco Caldeira, Paulo

Ayres , F lav ia D 'Amico, Mar iana Chaves , Ju l i ana S i l ve i ra )

Tecnopop (André Sto larsk i , Clara Mel iande, Renata Ne-

grelly)

I l um inação

Ate l i erda Luz (Mi l ton Gig l io , Renato Vie i ra , José Roberto

dos Santos , A lexan dra Alves , Wi l l i an s )

E D I T O R I A L

Coordenação Ed i to r i a l

Raquel Fáb io

Raquel Mart ins Rêgo

Verônica Lessa

Legendas e referênc ias

Valéria Pinto

Rev isão

Franc isco Madure i ra

Môn i ca Au l e r

Valéria Pinto

P ro je to Grá f i co e D i ag ramação

I Graf i cc i Comunicação & Des ign

Agradecemos ao Museu da Repúbl ica e ao Insti tuto Histórico e Geográf ico Brasi lei ro a genti l permissão para reproduzir-

mos i tens de seus acervos, conforme indicado na exposição e neste catálogo.

Bibl ioteca Nacional (Bras i l ) .

Eucl ides da Cunha : uma poética do espaço brasi lei ro. - Rio de

de Jane i ro : Fundaç ão B ib l ioteca N ac iona l , 2009.

116p. : i l . (a lgumas col . ) ; 24 cm.

Catá logo da expos ição rea l izada na B ib l ioteca Nac iona l , de

agosto a outubro de 2009.

ISBN 978-85-333-0545-8

1. Cu nha , Eucl ide s da, 1866-1909 - Expo sições. I . Bibl ioteca

Nacional (Bras i l )

CD D 9 2 8 . 6 9

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momento em que se reconhece, nacional e internacionalmente, a importância da

polifonia cultural da vida brasileira, a obra do polígrafo Euclides da Cunha guarda

uma atualidade surpreendente. Escritor, professor, sociólogo, repórter jornalístico e engenheiro,

Euclides projetou-se para além das fronteiras nacionais por sua obra-prima, Os sertões, que retrata

a grande tragédia de Canudos, guerra total, expressão violenta do divórcio entre duas vertentes

civilizatórias dentro de uma mesma nação.

Na v erdad e, porém , o vigor ensaístico e estilístico de Eu clides da Cun ha trans cende a pura

e simples temática do relato. É que, metodologicamente, ele antecipou a posterior fundamenta-

ção teórica de obras seminais para a compreensão geral do Brasil, ao entrelaçar as perspectivas

sociológicas, ecológicas e étnicas. Não perdeu de vista, um só instante, as assimetrias sociais, o

drama do sertanejo e o do seringueiro. Pensou o lugar do homem na natureza. Não um lugar

neutro, mas participativo, complexo e profundo.

Com um monumental sentimento da geografia e o conseqüente redesenho das fronteiras

do espaço e das culturas, Euclides representou um modo mais amplo e sempre mais inclusivo

para se desenhar o país. Daí, a sua sombra projetada sobre os debates que hoje se realizam em

torno da transposição das águas do São Francisco, do eterno drama da seca, da biodiversidade e

suas fronteiras, do lugar da Am azô nia no quadro d e um cresc imen to sustentável.

De Os  sertões  até   À margem da história,  irradia-se a atualidade desse grande e um dos

primeiros intérpretes do nosso país. A qualidade de seu acervo é, por si só, eloqüente. É bem o

que deixa ver esta exposição, cujo corte realiza um diálogo amplíssimo com o Brasil contempo-

râneo.

Muniz Sodré

Presidente da Fundação Biblioteca Naciona l

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ora de dizer adeus a Euclides da Cunha. Como quem se l iberta de um incômodo

fantasma, perdido nas páginas da história da literatura, que já não assombra - anêmi-

co e distante -, preso nas malhas das antologias que repisam os episódios de um só livro, como

o estouro da boiada, o físico do sertanejo e o rosto de Antô nio Con selheiro.

Co m o se a obra de Euclides, cortada em trechos irregulares, não fosse mais qu e um a espé-

cie de relíquia veneranda, afogada na poeira de um século.

Hora de dizer adeus ao Euclides fora da obra, desfigurado não apenas - e tão tristemente

- em seus despojos, como também no vigor de suas idéias.

Dizer adeus ao Euclides parcial para voltar à leitura generosa daquelas páginas vibrantes

- que assombram e arrebatam como poucas - e reunir aqueles estilhaços num quadro mais pro-

fundo e mais articulado.

Apenas Euclides.

Mas integralmente. O da grande prosa poética, onde se alternam desertos de água e pe-

dra. O cartografo, de régua e compasso, no gabinete, e o viajante, que põe em risco a própria

vida, nos descampados da Bahia ou no   inferno verde  da Amazônia. O drama do sertanejo e do

seringueiro, do Hércules Quasímodo ao Judas Asverus. A distância histórica entre o rio Purus e o

Vaza-Barris. A visão do Atlântico e do Pacífico, em   Peru versus Bolívia.  O republicano convicto

e o socialista pensando o lugar do Brasil na América do Sul.

E, finalmente, o Euclides das grandes certezas e dos erros formidáveis, quando se perde

genialmente nas chamas da utopia e na esfera glacial do desengano.

O Euclides qu e se com para a o profeta Jeremias, a quem faltam barbas brancas, emaranha-

das e trágicas - barbas que, se não lhe cobrem o rosto, simbolizam o drama de uma prosa incon-

fundível -, a fratura do ser no espelho do verbo. Feridas que se abrem para um sertão segundo,

na literatura brasileira, onde b rilham os olhos de Diad orim .

É hora de voltar ao continente Euclides. Ao pensamento vivo de nossos mais inspirados

intérpretes. À partitura de uma beleza plural e dissonante.

A prosa fluvial de Euclides da Cunha - excessiva e irregular, rica em nutrientes e poten-

cialidades - estende-se por todos os domínios da linguagem. E avança - dramática e vertigino-

sa, num regime de cheias e vazantes, corredeiras e quedas de água - ao coração absoluto da

História; tão sinuosa, em seu percurso, e imprevisível; às vezes turva, pela trama da sintaxe;

outras, clara, nos afluentes de uma paisagem varada de ambigüidades raras. A prosa de Euclides

arrasta em seu vórtice muitas espécies de peixes, troncos de árvore, sedimentos semânticos, e

corre ao delta de uma língua nova e primordial, traço de união entre os sermões de Vieira e a

m a t é r i a f l e x í v e l d e  Casa grande e senzala.

A imagem líquida é uma atenuante das leituras que endossam, de modo radical, a l ição

da pedra para se chegar a  Os sertões,  cujas palavras, fragosas e desprovidas de arestas, pare-

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cem a cusar a con diçã o impe rmeá vel da na rrativa, dentro da qual só haveria crít ica possível nas

camadas de um passado tectônico.

A obra de Euclides não seria mais que uma floresta de estalactites.

Essa atitude lítica e irredutível criou uma cortina de fumaça, como se escondesse ou cris-

talizasse um a dialética v iva, qu e se revela, a nossos olhos, tanto mais fina e sutil, quanto meno s

densamente pétrea se defina, mais próxima do magma - líquido, ardente e maleável.

Seria oportuno tentar uma aprox imaçã o de Euclides co m a música e a pintura, diminuindo-

Ihe o aporte escultural, como fez Gilberto Freire em   Perfil de Euclides e outros perfis,   cuja tese

- em bora insista, com o n ão podia deixar de ser, no vo lum e e no relevo - aproxim a Eu clides de El

Greco, no trânsito de uma lógica do excesso. Assim considerada, a prosa de Euclides não perde

a densidade específica, antes recobra o sentimento-idéia que a organiza, na tensão entre água e

rocha, ou, mais precisamente, entre ciência e poesia.

Impressiona o desenho incerto, que rege um acervo de massas formidáveis, na região im-

precisa e vasta em que se alonga a sua escritura. Avança e retrocede. Ensaia, estaca e tergiversa.

Todo um palimpsesto, cujos estratos podem ser lidos ao correr da página, na superfície da qual

flutuam   trechos riscados, pentimenti,  mu danças de rumo e perspectiva.

Uma nuvem de imagens que persegue núcleos de condensação, como quem parte de

um conceito flutuante, duas palavras, ou margens, que se entrechocam, e sondam uma terceira,

mais deslocada e, portanto, mais abrangente. Língua de ação, a de Euclides, que não se reduz a

uma demanda geográfica, antes se explica em termos de uma síntese, nova, insuficiente, voltada

a indagar os limites contratuais mimesis, no seio de uma paisagem nova , diante da qua l se mos-

tra imponderável. Como se fosse um processo inflacionário, que se dissolve ao atingir o ponto

máximo da representação. Tal como Dante no último céu da   Divina comédia,  nas cercanias do

Mistério, qua se sem palavras, distante da língua rochosa qu e o salvou no inferno e que, n o vértice

da Luz, se revela deficitária. O transcendente exige uma nova demanda poética. A linha tênue

que se expande e logo se desmancha. Dante opera no intervalo do silêncio.

Não há metafísica na obra de Euclides, mas uma força imperiosa que condensa a trama da

história e da poesia. O Em píreo de Eu clides é o Brasil profundo, sem a promessa de Beatriz. U m

estilo de calhau s e de cipós, com o se disse outrora, para cobrir todo o s ilêncio possível.

Espécie de Colombo de esquecidas geografias, Euclides vive o drama da terra e a imensa

polifonia de seus habitantes. Donde a transcrição das vozes populares do Brasil, tímida, e, no

entanto, a meio caminho do pregão das cocadas, de Bentinho, e do espanto de Riobaldo, frente

ao mistério do mundo.

Euclides escreve sob o signo do excesso, do Amazonas e do Sertão, com os quais parece

medir forças, como ninguém veio a fazer antes ou depois dele. Aquela grandeza não o assusta.

Precisa de espaço. E aposta no excesso. Um tecido misto e cheio de poros, em que a ciência e a

poesia se aprofundam. Mas é a segunda que predomina fortemente sobre a primeira.

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A mesma síntese que rege suas grandes obras também se manifesta - em estado selvagem -

nas cadernetas da Biblioteca Nacional. Anotações que lembram, de longe, o Códice Atlântico dos

escritos de Leonardo da Vinci. Um convívio de números, desenhos, signos quase indecifráveis - a

caligrafia mínima que dispensa a técnica d o espelho, m as qu e exige, dos olhos cansados, um a boa

lente de aumen to. O próprio Eu clides, no ensaio sobre Castro Alve s, chegou a dizer de seus papéis:

folheando há pouco, os meus velhos cadernos de cálculo transcendente, onde se

traçam as integrais secas e recurvas ao mod o d e caricaturas mal feitas, de esfinges,

e onde o infinito, tão arrebatador no seu significado imagino so, ou metafísico, se

desenha, secamente, com um   oo ,  um oito deitado, um número que se abate, dese-

nhando, de uma maneira visível, a fraqueza de  nossa   inteligência, a girar  e a  regirar

num a tortura encarcerada, pelas voltas sem princípio e sem fim daque le triste sím-

bolo decaído - deletreando aquelas páginas, salteiam-me singularíssimas surpresas.

Aqui num breve espaço em branco, na trama dos riscos de uma coisa que se chama

equações binômicas, e que nunca mais vemos na vida prática, fulgura, iluminando

a folha toda:

Repúbl ica vôo ousado

do ho mem feito condor

além, enleada de sigmas, de alfas e de gamas cabalísticos divisa-se

a catapulta humana - a voz de Mirabeau

mais longe, seguindo um ramo de parábola, no seu arremesso eterno para o infini-

to, estira-se

o tri lho que Colombo abriu nas águas

como um íris no pélago profundo

Assim nos andávamos nós daqueles bons tempos: pela positividade em fora, e a

tatear no sonho...

Longa, muito embora, a citação parece crucial para explicar o pensamento líquido de Eu-

clides, entre a idéia do infinito e o sentimento d o infinito: corda tem ática qu e perm ite a expa nsão

dos harmô nicos qu e escondem no seio da precisão. U m verso de Castro Alves resume e ultrapas-

sa o oito deitado, na carga de emoção, do qual é portador, e na potência do horizonte figurado.

A dinâmica da pedra e da vertigem das coisas líquidas ultrapassa o limite de seus cadernos

e se resolve numa síntese superior.

E nessa grande síntese, paira, vitoriosa, a obra de E uclides , para a qual, não restam dúv idas,

é tempo de voltar.

Marco Lucchesi

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A base física de nossa nacionalidade

"Deslumbrados pelo litoral opulento e pelas miragens de uma civi-

llzaçâo, que recebemos emalada dentro dos transatlânticos, esque-

remo-nos tio interior amplíssimo onde se desata a base tísica real

de nossa nacionalidade."

( ' P l ano de uma

 <

  ruzada", em Contrastes e confrontos.

Eucl ides da Cunha.)

Euclides  da Cuní ia.

Publ i cada no á lbum da Academia

Brasi lei ra de letras, [Rio de janeiro, 19-] .

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Pelo sertão: histórias e paisagens.

Afonso Arinos de Melo Franco.

Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1898.

Primeira edição.

O sertanejo.

José de Alencar.

Rio de Janeiro: L. Carnier, 1875.

Primeira edição.

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Imagem ao lado:

Corografia brasílica.

[Manuel Aires de Casal],

Rio de Janeiro: Imp. Régia, 1817.

Primeira edição.

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Cantos populares do Brasil.

S i l v io Romero.

Lisboa: Nova Livraria Internacional , 1883.

Primeira edição.

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Quadras sertanejas.

Garantidos pela lei

A qu e l e s ma l v a dos e s t ã o

N ós t e mos a l e i de De u s

les

 tem a l e i do cão

O s u r u b u s d e t a n u d o s

E s c r e v e u p

r

a Capi ta

d u e j á t â o co m b ic o

Oe come o f i c i a

U m   trecho das caatingas.

Ilustração na primeira edição de   Os

sertões, Rio de Janeiro; São Paulo:

Laemmert, 1902.

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O cabeleira.

Franklin Távora.

Rio de Janeiro: Typ. Na cional, 1876.

Primeira edição.

Garganta de Cocorobó.

Euclides da Cunha, em sua caderneta de campo.

[1897],

Acervo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

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Grande homem pelo avesso

"Satisfez-se sempre com este papel de delegado dos céus. Não foi

além. Era um servo jungido à tarefa dura; e lá se foi, caminho dos

sertões bravios, largo tempo, arrastando a carcaça claudicante, arre-

batado por aquela idéia fixa, mas de algum modo lúcido em todos

os atos, impressionando pela firmeza nunca abalada e seguindo

para um objetivo fixo com finalidade irresistível."

(Os sertões, parte 3, capítulo 4. Eucl ides da Cunha.)

"Quando deres algum jantar, ou alguma ceia, não chames nem

teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizi-

nhos que forem ricos, para que não aconteça que também eles

te convidem à sua vez e te paguem com isso; mas, quando deres

algum banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os

cegos: e serás bem-aventurado, porque esses não têm com o que te

retribuir: mas ser-te-á isso retribuído na ressurreição dos justos."

( "Sob re a parábola do semead or" , no manuscr i to   Prèdicas  aos canudenses

( Be lo Mo nte, 1897), a t ribu ído a Antôn io C onselhe i ro) .

Vista  de Canudos de uma encosta do Morro da Favela.

Eucl ides da Cunha, em sua caderneta de campo. [1897] ,

Acervo Insti tuto Histórico e Geográf ico Brasi lei ro.

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Antônio Conselheiro.

Ânge lo A gostini.

Publicada no jornal  Don Quixote,  Rio de

Janeiro, 13 fev. 1897.

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Euclides da Cun ha: Um a Poética do Espaço Brasileiro |

Vitimas do dever.

Ânge lo Agostini.

Publicada no jornal  Don Quixote,  Rio de Janeiro,

21 mar. 1897.

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A n t i - C

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i s t o c h e g o u

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a s i l g o v e

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M a s a í e s t á o L o n s e l h e i

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Oo céu ve io uma luz

( Ju e J e s u s C

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i s t o ma n dou .

5 an to A n t ô n i o A p a r e c i d o

D o s c a s t i g o s n o s l i v

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A n t ô n i o [ o n s e l l n e i

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i g a c o m o g o v e

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Não tem medo da po l i ca

Quadras sertanejas. Arraial dos Canudos.

Urpia.

Bahia : W i lc ke Edgard e C.,  1897.

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Mapa de Canudos.

Lopes Rodrigues.

Publ icado no  jornal de Ala,  Bahia, mar. 1940.

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Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro |

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Escrevo rapidamente

Escrevo rapidamente estas linhas, no meio do tumulto, enquanto a

fuzilaria intensa sulca os ares a cem metros de distância."

(Canudos: diário de uma expedição,   24 set. 1897. Eucl ide s da Cu nha.)

Expedição de Canudos.

Correspondente do  lornal do

Commercio,  Rio de Janeiro.

Publ icado em 6 out. 1897.

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Antônio Conselheiro.

Acqua rone .

Publ icado na revista  Dom

Casmurro,  R io de Jane i ro , maio

1946. Número espec ia l de

aniversário: Eucl ides da Cunha.

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Já à tarde, vi um neg ro que havia sido aprisionado . O s

soldados diziam-lhe que gritasse - Viva a Rep ública - e e le

ensangüentado, olhar resignado, calma completa, declara-

va que isso não fazia e elevando a voz dizia:

— Viva o meu Bom Jesus; a morte não me assusta,

am olem a faca e cortem-me o p escoço.

Perguntei-lhe se está certo de ressuscitar e ele respon-

deu:

— Sei perfeitamente que só se morre uma vez, mas

não importa, amolem a faca, viva o meu Bom Jesus

U m pequ eno de sete anos, ao sair do antro do s bandi-

dos, perguntava ao Sr. tenente Francisco Souza:

— Q ua l é a sua opinião? Fazem fogo ou não?

Macambira , dec laram também haver morr ido. No

acampamento, porém, quase todos crêem não só na sua

existência com o na de Antôn io Conselheiro.

Ao anoitecer, após a retirada das mulheres, crianças

e inválidos, o que pensei proposital, os jagunços atacaram

as nossas trincheiras, o que fizeram durante toda a noite,

sacrif icand o alguns dos nossos.

O dia de hoje tem também sido de caça aos miserá-

veis, continuando a entrega de mulheres e crianças.

Faleceram os alferes Vande rlei Lins, do 3 9° batalhão,

e Cavalcanti da Fonseca, do 29°.

Entre os que se entregaram, foram encontrados dois

desertores do Exército, que conseguiram fugir para a ca-

atinga.

Uma velha de cerca de oitenta anos, que ontem se

entregou, após violento tiroteio, foi pedir ao Sr. general

Barbosa que consentisse na sua volta para o reduto, a f im

de acaba r de m orrer , e de longe pedia a bênção a A ntônio

Conselheiro

[Canudos, 3 de outubro d e 189 7],

Alfredo Si lva, correspondente do jornal

A Notícia,  Rio de Janeiro.

Pub licad o em 18-19 out. 1897.

Sucessos da Bahia.

[Hoch e] , correspondente do jornal  O Paiz,  Rio de Janeiro.

Publicado em 23 set. 1897.

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As tais jagunças possuem um china, um tal Joaqu im, de c erca de 8 anos, de uma v ivacidad e ad-

mirável. Fala como um papagaio, na frase vulgar, e maneja u ma arm a quase com a facil idade de u m

homem, desarmando-a e conhecendo-lhe até as munições respectivas.

Fez este exercício para eu ver e, com franqueza, admirei-me

Interroguei-o:

— Gostas do

 Con s e l h e i r o ?

- N ã o .

— Quem ensinou-te a manejar estas armas?

— Foi um soldado de nome Lisboa (e isto foi confirmado por uma mulher) que é instrutor.

— Ma s, tu és capaz de dizer o qu e se passava e m C anudo s quan do lá estavas?

— Pois não.

E começou uma enfiada de informações, interrompidas pelas mulheres, a algumas das quais

(principalmente uma tal Teresa, de Sergipe, de cara má) ele impôs silêncio.

— Sabes se o

 C o n s e l h e i r o

  recebia papéis ou alguma coisa de valor?

— Ele recebia cartas, mas não sabia de quem. (U m a m ulher interromp endo: "Q ua nd o c om eçav a

o fogo o  C o n s e l h e i r o   recebia sempre uns avisos", de quem , não soube me dizer).

— Tu ainda queres ser jagunço?

— Não, senhor. Agora sou soldado.

Em resumo: a pobre criança é aproveitável ainda, tanto que, pedindo-me um cigarro, falei-lhe

severamente e humilhou-se.

Entrando em conversa c om as mulheres, a Teresa me disse que nun ca com batera; no entretanto,

um soldado afirma tê-la visto atirar com uma arma Com blain.

Afirmaram -me ter deixado vivos ainda os jagunços-chefes Pedrão , Vila N ov a, Zé G ag o, sentindo-

se pesarosos pela morte de um, cujo nome me escapa agora e que já foi publicado na imprensa.

Disseram-me mais, que e m Can udos há abu ndân cia d e farinha.

Perguntei como o

  C o n s e l h e i r o

, em Bom Conselho, conseguiu levar gente para si , porquanto

entre as presas havia algum as dessa localidade.

M e responderam que o

 C o n s e l h e i r o

  seduzia m aridos e aman tes, dizendo-lhes que, quem não os

acompanhasse, os gafanhotos e uns pentes de ferro manejados por um cão preto lhes arrancaria as

peles da cabeç a aos pés.

Canudos.

Fáv i l a Nunes , correspondente da   Gazeta de

Noticias,  Rio de Janeiro.

Publ i cado em 17out . 1897.

[6 set. 1897 . Escreve-nos o nosso colega Lelis Piedade],

Le l is P iedade, correspondente do   lornal de Notícias,  Salvador.

Publ i cad o em 3 out . 1897.

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Vamos almoçar hoje em Canudos

"E foi uma debandada. Oitocentos homens desaparet iam em fuga,

abandonando

 «is

 espingardas; arriando

 as

 padiolas, em q ue se estor-

ciam feridos; jogando fora .is pecas de equipam ento; desarmando-

se; desapertando os cinturões, para

 .1

 carreira desafogada;

 <•

 corren-

do, correndo ao acaso, correndo cm grupas, em bandos erradios,

correndo pelas estradas e pelas trilhas que as recortam, correndo

para o recesso das caatingas, tontos, apavoradas, sem chefes,"

(CM   sertões parte I , capitulo 6. Euc l ides da C unh a )

Canudos: pl inn

  de

 operações

  de

 guerra

no tstado

 c/ i Bahia

1897.

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A matadeira.

Publicada no   lomal de Ala,  Bahia,

mar. 1940.

Divisão Canet (em Monte Santo).

Flávio de Barros.

[1897],

Acervo M useu da Repúbl ica .

Canudos e suas ce rcanias.

[ José Siqueira de Men ezes, che fe da

Comissão de Engenharia da Quarta

Expedição].

Publicada na primeira edição de Os

sertões,  Rio de Janeiro; São Paulo:

Laemmert, 1902.

26 Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro |

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Concluídas as pesquisas nos arredores, e recolhidas as armas e

munições de guerra, os jagunços reuniram os cadáveres que jaziam es-

parsos em vários pontos. Decapitaram-nos. Queimaram os corpos. Ali-

nharam depois, nas duas bordas da estrada, as cabeças, regularmente

espaçadas, fronteando-se, faces volvidas para o caminho. Por cima, nos

arbustos marginais m ais altos, dep end urara m os restos de fardas, calça s

e dólm ãs m ulticores, selins, cinturões, quepes d e listras rubras, cap otes,

mantas, cantis e mochilas...

A caatinga, mirrada e nua, aparece u repentinam ente desabrochan-

do numa f lorescência extravagantemente colorida no vermelho forte

das divisas, no azul desma iado dos dólmãs e nos brilhos vivos das ch apas

dos talins e estribos oscilantes...

Um pormenor doloroso completou esta encenação cruel: a uma

banda avultada, em palado, erguido num galho seco, de angico, o co rpo

do coronel Tamarindo.

Era assombroso.. . Como um manequim terr ivelmente lúgubre, o

cadáv er desaprum ado, braços e pernas pendidos, osci lando à fe ição d o

vento no galho flexível e vergado, aparecia nos ermos feito uma visão

demoníaca.

Al i permaneceu longo tempo.. .

Quando, três meses mais tarde, novos expedicionários seguiam

para Canudos, depararam ainda o mesmo cenário: renques de caveiras

branqueando nas orlas do caminho, rodeadas de velhos trapos, esgarça-

dos nos ramos dos arbustos e, de uma banda - mu do protagonista de um

drama formidá vel o espectro do velho coma ndante.. .

Os sertões.

Eucl ides da Cunha.

Rio de Janeiro; São Paulo: Laemmert, 1902.

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Co m o ruge este inferno tumultuosam ente em desorde m Soldados sequio-

sos, esguridos, maltrapilhos, escassez d'água, fartura de porcaria, burros que se

devoram o pêlo, clarins que tocam a que ninguém atende, cavaleiros que pas-

sam levantando pó, resmungamento rouco de quem sucumbe à fome, respirações

cansadas, gemidos pungentes, um brado ao longe, bois que mugem e morrem,

mulheres de cócoras como múmias, falta de medicamento para os feridos nas

malas da ambulância médica, um tiro desgarrado, uma ordem que não se cum-

pre, cavalos escarvando o chão, todos varados de fome, feridos esmolando o

que comer, burros lambendo a crosta da terra, ar de estupor nas f isionomias

lúgubres, ambulâncias cheias de conserva, vinho, água do Setz e ovos em lata

- U m p unha do de farinha senão eu m orro - bangüês trazendo m ortos e feridos

com bicheiras, doentes no pó, oficiais deitados na poeira, praças ao pé, vento e

sol canicular, poeira, exalação fétida, horrível, podre, dos cadáveres insepultos,

anima is assombrados em esp arrame no m eio do povo, gritos, palavrões, am eaças,

tudo sofre; a fom e tortura, o calor q ueima, a sede abrasa, a poeira sufoca e olhos

esbugalhados f itam o vácuo :

Q ue m os poderá fechar no meio estonteador deste inferno tumu ltuar iame nte

em desordem ?

Favela 30-6-97

[Como ruge este inferno tumultuosamente em desordem ].

De um soldado desconhecido, reproduzido em   O rei dos

jagunços,   de Ma no el Benício, 1899.

Carta a Euclides da Cunha

discordando da narração de um

episódio envolvendo a Brigada

Cirard, feita no livro  Os sertões.

Tito Pedro de Escobar, major.

[S.I.], 28 abr. 1903.

| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 29

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Q u an d o s e u U s a " ^

l l a m a H n d o f u t f u

5 ô n ã o f u Ç i u q u e m m o ^ e u

5 ô q u em m o ^ e u nã o f u ç í u

Carta  a  Euclides da Cunha discordando da narração de um episódio

envolvendo a Brigada C irard, feita no livro  Os sertões.

Tito Pedro de Escobar, major.

[S.I.], 28 abr. 1903.

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Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro |

Quadra sertaneja.

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(Os sertões, parte 3, capítulo 6. Eucl ides da Cunha.)

Rendição dos conselheirislas em 2 de o utubro.

Flávio de Barros.

[1897] .

Acervo Museu da Repúbl i ca .

"Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resis-

tiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na

precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando

caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram qua-

tro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente

dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados."

Canudos não se rendeu

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A s mUlhrres

  de   Canudos

uerr

eiam

  co m  água   quente

m e n í n o s c o m

 p e d r a d a s

f a Z e m

  muita g

e n t e

Sétimo Batalhão de Infantaria.

Flávio de Barros.

[1897],

Acervo Museu da Repúbl ica .

Quadra sertaneja.

| Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro 32

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Igreja de Santo Antônio.

Flávio de Barros.

[1897].

Acervo Museu da R epúbl ica.

Igreja do Bom lesus.

Flávio de Barros.

[1897],

Acervo Museu da República.

| Eucl ides da Cunha: U m a Poética do Espaço Brasileiro 33

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Ruínas das igrejas.

Euclides da Cunha, em sua caderneta de campo.

[1897],

Ace rvo Instituto Histórico e Geog ráf ico Brasileiro.

| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 34

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— Onde está teu marido?

— No céu.

— Que queres dizer com isto?

— Meu marido morreu.

E o olhar c orre u ráp ido e fulgurante sobre os circunstantes sem se fitar em ninguém.

O che fe da comissão de engenharia julgou conven iente fazer-lhe algumas perguntas

acerca do número de habitantes e condições da vida, em Canudos.

— Há muita gente aí, em Canudos?

— E eu sei?... Eu não vivo navegando na casa dos outros. Está com muitos dias que

ninguém sai por via das peças. E eu sei con tar? Só conto até quarenta e rola o tempo pra

contar a gente de Belo Monte...

— O Conselheiro tem recebido algum auxílio de fora, munições, armas?...

— E eu sei? Mas porém em Belo Monte não manca arma nem gente pra brigar.

— Onde estava seu marido quando foi morto?

Esta pergunta foi feita por mim e em m á hora a fiz. Fulminou-me c om o olha r.

— E eu sei? Então querem saber de tudo, do miúdo e do grande. Que extremos ...

E um a ironia form idáve l, refletida nos lábios secos que ainda mais se rugaram n um sor-

riso indefinível, sublinhou esta frase altiva, incisiva, dominadora como uma repreensão.

— Onde está Vi la Nova?

— Abancou para o Caipã.

— E Pajeú?

— É de hoje que ele foi pro céu.

— Tem morrido muita gente aí?

— E eu sei?...

Este e eu

 s e i

? é o início obrigado das respostas de todos; surge espontaneamente,

infalivelmente numa toada monótona, encimando todos os períodos, cortando persisten-

temente todas as frases.

— Fugiram muitos jagunços hoje, no combate?

— E eu sei? M eu marido foi morto por um lote de soldados quando saía; o mesmo tiro

queb rou o b raço d o m eu filho de colo... Fiquei e statalada, não vi nada... este sangue aqui

na minha manga é de meu filho, o que eu queria era ficar lá tamb ém, morta...

E assim vão torcendo e evitando a todas as perguntas, fugindo vitoriosamente ao

interrogatório mais habilmente feito. E que as interrogativas assediem-nos demais, infle-

xivelmen te, qua ndo não é mais possível tergiversar, lá surge o infalível e

 e u s e i

? tradução

bizarra de todas as negativas, eufemismo interessante substituindo o

 n ão

 claro, positivo.

Canudos: diário de uma expedição.

Eucl ides da Cunha.

Rio de Janeiro: J . Olym pio , 1939.

| Eucl ides da Cunha: Um a Poética do Espaço Brasi leiro 35

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Cadáver de Antônio Conselheiro encontrado sob as ruínas da Igreja Nova.

Flávio de Barros.

[1897],

Acervo Museu da Repúbl ica .

36

Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro |

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A única ve rdade que eu lhe quis dar

"Q ue me importa a m im que o leitor estaque na leitura corrente se

a impressão que lhe dou com esse termo esquecido é a mais verda-

deira, a mais nítida, e em verdade, a única que eu lhe queria dar."

( "À memór ia de Euc l ides da Cunha" . Teodoro Sampaio. Publ i cado na

Gazeta  do Rio Pardo,  São José do Rio Pardo, 8 dez. 1954.)

Bilhete a Ernesto Senna solicitando que apresse a inserção

de   um   artigo de Araripe [lúnior]; comunicando a realização

do prefácio da segunda edição de  Os sertões.

Eucl ides da Cunha.

Loren a, 1 mar. [190 2],

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DOCUM ENTOS BRASILEIROS

D I R I G I D A PO R G I L B E R T O F R E Y R E

6

EUCLYDES DA CUNHA

a n u d o s

( . D i á r i o de u m a e x p e d i ç ã o )

Francisco Escobar.

[18-] .

I n t r o d u c ç ã o d e

G I L B E R T O F R E Y R E

L i v r a r i a J O SÉ O L Y M P I O E d i t o r a

R u a d o O u v i d o r , 1 1 0   —  K I O D E J A N E I R O

9 3 9

Canudos: diário de uma

expedição.

E u c l i des da C u n h a .

R i o de J an e i r o : J . O l y m p i o ,

1939.

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Fragmento de um vocabulário.

Eucl ides da Cunha.

[S.I., 19-].

| Eucl ides da Cunha: U ma Poética do Espaço Brasi leiro

3 9

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Teodoro Sampaio.

[19-] .

A barraquinha de S. losé do Rio Pardo

onde Euclides da Cunha acabou

de escrever Os sertões.

Publ i cada no  jornal de Ala,  Bahia, mar. 1940.

O s  sertões - manuscrito de um trecho

não publicado.

Eucl ides da Cunha.

[S.I ., out. 1908]

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O s S e r t õe s

( C a m p a n h a d e C a n ü d o s )

p r

Enclydes c ia Cunha

Aquele livro bárbaro da minha mocidade

"Monstruoso poema cJa brutalidade e da  força - é tão destoante da

maneira tranqüila pela qual considero ho je a vida, que eu mesmo

às vezes custo a entendê-lo. Em  todo o caso é o primogênito do

meu espírito; e há críticos atrevidos que  afirmam  ser  o meu único

livro..."

(Carta a Agustín de Vedia. Eucl ides da Cunha. Rio de Janeiro,

13 out. 1908.)

Os sertões.

Euc l ides da C unha.

Rio de janeiro; São Paulo: Laemmert & C., 1902.

Primeira edição.

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Os Sertões

( C a m p a n h a d e C a n u d o s )

por

( 2

a

  ed ição cor reg ida )

K C .  -  E D I T O R E S

o r , 6 6  —  R i o c i o J a n e i m

A L E M S . P A U L O

I 903

Os sertões.

Euclides da Cunha.

Rio de Janeiro: Laemmert &

C., 1903.

Segunda edição.

E u cl y d es d a C u n ha

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O S S E R T Õ E S

C A M P A N H A   de  C A n u d O S )

O S S E R T Õ E S

E U C L Y D E S D A C U N H A

E U C L Y D E S D A C U N H A

Os sertões.

Eucl ides da Cunha.

Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1905.

Terceira edição.

Os sertões.

Eucl ides da Cunha.

Rio de Janeiro: F. Alves & Cia., 1914.

Quinta edição, definit iva, de acordo com as emendas

deixadas pelo autor.

| Euclides da Cunh a: U ma Poética do Espaço Brasi leiro

4 3

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Detalhe :

Euclides da Cunha aos 39 anos.

Reprodução da rev is ta Dom   Casmúrro,

maio 1946

Parecer da Comissão de

Estatutos e Redação.

Inst ituto Histór ico e Geográf ico Brasi le iro.

R io de J ane iro : Typographia Laemm ert &

C., 1887.

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Carta a Augustin de Vedia agradecendo e comentando   o  livro

recebido, citando um discurso que fez para os estudantes de

direito de São Paulo   e  falando sobre o livro   Os sertões.

Eucl ides da Cunha.

Rio de Janeiro, 13 out. 1908.

| Eucl ides da Cunha: Um a Poética do Espaço Brasi leiro 45

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Um paraíso perdido

"Nada te direi da terra e da gente. Depois, aí, e num livro: Um

paraíso perdido, onde procurarei vingar a   Hiloe  maravilhosa de

todas as brutalidades das gentes adoidadas que a maculam desde

o século XVII. Que tarefa e que ideal. Decididamente nasci para

Jeremias destes tempos. Faltam-me apenas umas longas barbas

brancas, emaranhadas e trágicas."

(Carta a Coelho Neto. Eucl ides da Cunha. Manaus, 10 mar. 1905.)

[Aves amazônicas],

Ernesto Lohse.

Publ i cado no Álbum de aves amazônicas,  de Em i l io

Goeld i , [ Be lém] : Museu Goeld i (Museu Paraense) de

História Natural e Etnographia, 1900-1906 (Zurich, Suíça:

Insti tuto Polygraphico A.G.) .

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Nesta página e na página ao lado:

[Aspectos da Amazônia],

James Wel ls Champney.

Integram o Álbum Champ : Traveis in the North

ofBrazil, [18-].

48

Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro |

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| Euclides da Cunha : Um a Poética do Espaço Brasileiro

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[Aspecto da Amazônia],

Franz Keller-Leuzinger.

[18-]

50

Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro |

Abaixo e na página ao

lado:

[Aspectos da Amazônia],

F.A. Fidanza.

Publicadas em   Álbum do

Amazonas...,  Manaus,

1901-1902.

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| Euclides da Cunha: U ma Poética do Espaço Brasileiro

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O Museu Coeldi em 1906.

Publicada em   Museu Paraense

Emílio Coeldi,  Rio de Janeiro:

Funarte, 1981.

[Aspecto do Museu Paraense

Emílio Coeldi],

Publicadas em   Álbum do Estado

do Pará,  Paris: Impr. Chaponet

(Jean Cussac), [1909],

Emílio Coeldi, Siqueira Rodrigues,

lacques Huber, Emilie Snethlage

e  outros.

Publicada em   Museu Paraense

Emílio Coeldi,  Rio de Janeiro:

Funarte, 1981.

52

Euclides da Cun ha: U ma Poé tica do Espaço Brasileiro |

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Carta a Coelho Neto comunicando que havia dado o seu

voto para Sousa Bandeira, para a eleição da Academia

Brasileira de Letras.

Euc l ides da C unha.

Manaus, 10 mar. [1905].

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[Aves amazônicas],

Ernesto Lohse.

Publicados no  Álbum de aves amazônicas,  de Emilio Goeldi, [Belém]: Museu Goeld i

(Museu Paraense) de História Natural e Etnographia, 1900-1906 (Zurich, Suíça: Instituto

Polygraphico A.G.).

| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 55

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NOS MAPPAS DE

 BRANCO,

 PETERMAHN

£ NOTAS PARTICULARES.

IfCÍHDt

O A cre e a fronteira entre o Brasil e Bolívia.

Horác io E . Wi l l iams .

Rio de Janeiro; São Paulo: Laemmert & Cia., 1905.

56

Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro |

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O homem ali é um intruso

"A impressão dominante que tive, e talvez correspondente a uma

verdade positiva, é esta: o homem, ali, ainda é um intruso imperti-

nente. Chegou sem ser esperado nem querido - quando a natureza

ainda estava arrumando o seu mais vasto e luxuoso salão. E encon-

trou uma opulenta desordem..."

(À   margem da história.  Eucl ides da Cunha .)

Porto Grande.

Príncipe Adalberto da Prússia.

Publ i cado em   Skizzen zu dem Tagebuch

von Adalbert Prinz von Preussen,

1842-1843.

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Q U I N T A P A R T E

*

D  O

T H E S O U R O D E S C O B E R T O

N O

RIO MÁX IMO AM AZONAS.

C O N T E M

IIum novo m cthodo para a sua agricultura

jutilissima praxe para a sua povoação

navegação  augmcnto e  commercio 

assim   dos  índios com o dos Europèos.

M . D C C C . X X .

Covi Licença da Meta do Desembargo do

58

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Extração e preparo dos ovos de tartaruga no

Rio Amazonas.

Publ icado em   Atlas zur Reise in Brasilien,   de

Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich Philip

von Mart ius, [München: M. L indauer, 1826?].

Mata  à margem do Rio Amazonas.

Publ icado em   Tabulae physiognomicae

Brasiliae regions,  de Carl Fr iedrich Phi l ip von

Martius, 1840.

Margens do Rio lapurá, na vazante.

Publ icado em   Tabulae physiognom icae

Brasiliae regions,  de Carl Fr iedrich Phi l ip von

Martius, 1840.

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| Eucl ides da Cunha: Um a Poética do Espaço Brasi leiro 61

Skizzen zu dem Tagebuch

von Adalbert Prinz von Preussen.

Príncipe Adalberto da Prússia.

1842-1843.

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Caçada no Piranhaquara.

Príncipe Adalberto da Prússia.

Publicado em   Skizzen zu dem Tagebuch von

Adalbert Prinz von Preussen,  1842-1843.

Breves.

Príncipe Adalberto da Prússia.

Publ icado em   Skizzen zu dem Tagebuch von

Adalbert Prinz von Preussen,  1842-1843.

6 2 Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro |

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Triunfo doloroso

"É um triunfo doloroso. O sertanejo esculpiu o maldito [Judas] à sua

imagem. Vinga-se de si mesmo: pune-se, afinal, da ambição maldi-

ta que o levou àquela terra; e desafronta-se da fraqueza moral que

lhe parte os ímpetos da rebeldia, recalcando-o cada vez mais ao

plano inferior da vida decaída onde a credulidade infantil o jungiu,

escravo, à gleba empantanada dos traficantes, que o iludiram."

( " Judas Asvero" , em   À margem da história.  Eucl ides da Cunha.)

A nossa flotilha. .

Publ i cada em   O rio Purus, de Eucl ides da Cunha,

R io de Jane i ro : SP VE A, 1960.

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No sábado de Aleluia os seringueiros do Alto-Purus desforram-se de seus

dias tristes. É um desafogo. Ante a concepção rudimentar da vida santificam-

se-lhes, nesse dia, todas as maldades. Acreditam numa sanção litúrgica aos

máximos deslizes.

Nas alturas, o Homem-Deus, sob o mesmo encanto da vinda do fi lho res-

surreto e despeado das insídias humanas, sorri , complacentemente, à alegria

feroz que arrebenta cá embaixo. E os seringueiros vingam-se, ruidosamente,

dos seus dias tristes.

Não tiveram missas solenes, nem procissões luxuosas, nem lava-pés to-

cantes, nem prédicas como vidas. Toda a semana santa correu-lhes na m esm ice

torturante daquela existência imóvel, feita de idênticos dias de penúrias, de

meios-jejuns permanentes, de tristezas e de pesares, que lhes parecem uma

interminável sexta-feira da Paixão, a estirar-se, angustiosamente, indefinida,

pelo ano todo afora.

"ludas  As vero " , e m À m argem da h is tória .

Euc l i d e s d a Cunh a .

Por to : L i v . Chardron, 1909.

Atingindo qualquer trecho onde os pés de caucho se descubram, levan-

tam à beira de uma quebra o primeiro "tambo" de paxiúba, e atiram-se à ta-

refa agitadíssima. Os seus primeiros instrumentos de trabalho são a carabina

Win che ster - o rifle curto ad rede disposto aos recontros no traçado das rama-

rias -, o "m ac he te" cortan te que lhes destrama os cipoais, e a bússola portáti l,

norteando-os no embaralhado das veredas. Tomam-nos e lançam-se a uma re-

vista cautelosa das cercanias. Vão em busca do selvagem que devem combater

e exterminar ou escravizar, para que do mesmo lance tenha m toda a segurança

no novo posto de trabalhos e braços que lhos impu lsionem .

"Os caucheiros", em   À margem da história .

Euc l i d e s d a Cunha .

Por to : L i v . Chardron, 1909.

| Euc l i d e s da Cun ha : Um a Poéica do Espaço B r as i l e i r o  64

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O barracão Liberdade, no Alto Purus.

P u b l i c a d a e m   O rio Purus,  de Euc l ides da

Cu n h a , R i o de J an e i r o : S P VE A , 1960 .

65  Euclides da Cunha:  Um a Poéica d o Espaço Bras i l e i ro   |

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I - Proibiçã o d o trabalho das crianças de qu alquer dos sexos até a idade d e 14 ou 15 anos;

II - Escolas gratuitas, com o ensino leigo e obrigatório para todas as crianças, sem distinção de

sexo, de cor e de nacionalidade, tendo as crianças pobres todo o necessário para freqüentar as

escolas: roupa, com ida, cuidado s m édicos, farmácia, etc., etc.;

III - Estabelecimentos apropriados para recolher os inválidos do trabalho, pobres, velhos e defei-

tuosos, dando-lhes com abund ância, roupa, comida, méd ico, farmácia, etc., para não irem mo rrer

nas enxergas dos hospitais e nos adros das igrejas, ou na calçad a d as ruas, imp lorand o a aviltadora

caridade, ministrada pelos ricos e arremediado s;

IV - A emancipação da mulher, reconhecendo-se-lhes iguais direitos e iguais deveres aos do ho-

mem , inclusive o de votar e ser votada;

V - Impostos diretos e pesadíssimos sobre a renda;

VI - Substituição das Forças Armadas pelo povo armado;

VII - Organização do trabalho por ser o único fator da riqueza;

VIII - Estabelecimento de bolsas do trabalho;

IX - Proporciona r, a preços módicos, a cada família, uma casa confortável para a sua residência;

X - Fornecer água e luz grátis para todos em geral;

XI - Tribunais arbitrais obrigatórios para as questões interna cionais;

XII - Justiça gratuita para todos;

X III - Supressão dos empréstimos internos e externos;

XIV - Tribunais arbitrais para decidir as questões entre patrões e operários;

XV - Dec retar leis de 8 horas de trabalho e a proibição d o trabalho à noite para os assalariados;

XVI - Leis repressivas contra os usurários, estabelecendo uma só taxa de juros para todos os ne-

gócios;

XVI I - Nacional ização do crédito;

XVIII - Leis reguladoras da venda de bebidas, para acabar com o alcoolismo;

XIX - Leis que estabeleça m o divórcio, dando à mulher as mesmas garantias que ao hom em ;

XX - Pensão aos inválidos do trabalho;

XXI - Reivindicação dos bens do clero para a comunhão social.

Programa de O   Proletário.

[Eucl ides da Cunha],

Publicado em O Proletár io, órgão do Clube Democrát ico Internacional Fi lhos do Trabalho, São José do Rio Pardo, 1

maio 1899.

Festa exclusivamente popular, ela se destina a preparar o advento da mais nobre e fecunda

das aspiraçõe s hum anas: a reabilitação do pro letário p ela exata distribuição da justiça, cuja fór-

mula suprema consiste em dar a cada um o que cada um merece. Daí a abolição dos privilégios

derivados quer do nascimento, quer da fortuna, quer da força. Para esse fim é mister promover

a sol idar iedade entre todos os que form am a imensa maior ia dos oprimidos, sobre quem pesem

as grandes injustiças das instituições e preco nceito s sociais da atua lidade, destinados a desapa-

recer para que reine a paz e a felicidade entre os povos civil izados.

Promovendo, entre nós, a comemoração de uma data tão notável, o Clube Os Fi lhos do

Trabalho promoverá a divulgação dos princípios essenciais do programa socialista, empenhan-

do-se em difundi-los e ntre todas as classes s ociais.

Mensagem aos trabalhadores.

[Eucl ides da Cunha],

Publicad o em O Proletário, órgão do Club e D em ocrát ico Internacional Fi lhos do Trabalho, São José do Rio Pardo, 1

maio [1901],

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A terra é ainda misteriosa

"[A] Amazônia, ainda sob o aspecto estritamente físico, conhece-

mo-la aos fragmentos [...]. É natural. A terra é ainda misteriosa. O

seu espaço é como o espaço de M ilton: esconde-se em si mesmo.

Anula-a a própria amplidão, a extinguir-se, decaindo por todos os

lados adscrita à fatalidade geométrica da curvatura celeste ou ilu-

dindo as vistas curiosas com o uniforme traiçoeiro de seus aspectos

imutáveis."

(Prefácio a O   inferno verde,  de Alberto Rangel . Eucl ides da Cunha.)

Euclides num grupo a caminho do Alto Purus.

Reprodução da revista  Dom Casmurro,  maio 1946.

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Caderneta de apontamentos.

Eucl ides da Cunha.

[S.I., 19-].

Mapa dei Alto Yurua y Alto Purus que comprende

Ias ultimas exploraciones y estúdios verificados

desde 1900 hasta 1906...

Camilo Val lejos Z.

Lima : Lith. y Tip. Carlos Fa bbri, 1907.

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scientitica   e  litteraria,  Kio de Janeiro, 1906.

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Imagem arrebatadora

"E naquela dilatação maravilhosa dos horizontes, banhados no íul-

gor de uma tarde incomparável, o que eu principalmente distingui

- ao sul, ao norte e a leste - foi a imagem arrebatadora da nossa

pátria que nunca imaginei tão grande."

(Entrevista concedida por Eucl ides da Cunha ao  tomai do Comm ercio.

Manaus, 29 out. 1905.)

Carta a Euclides da C unha

agradecendo remessa de livros.

Când ido Rondon .

Rio de Janeiro, 6 maio 1907.

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uenova: b.A. I . cl ichês cel lu loide

Bacigalupi, 1908.

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Relatório da comissão m ista brasileiro-peruana de

reconhecimento do Alto Purus de 1904-1905.

Ministério das Re lações Exteriores do Brasi l .

Rio de Janeiro: Imprensa Nac iona l , 1906 .

Carta a Euclides da Cunha agradecendo

remessa de livros.

Când ido Rondon .

Rio de Janeiro, 6 maio 1907.

Grupo de intelectuais e de estudantes

em que se destacam Afonso Arinos,

Home m de Melo, Euclides da Cunha ,

Araújo lorge, Graça Aranha, Pecegueiro

do Amaral, Gastão d a Cunha e César

Vergueiro.

[19-].

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Partindo de Manaus a 5 de abril, aqui aportamos,

de volta, a 23 do corrente: seis meses e meio. Para mui-

tos, isto foi um prodígio de celeridade, dada a quadra

imprópria em que seguimos.

Realme nte para o engenheiro, num reconhecimen-

to, a rocha, a f lor, o animal surpreendido numa volta

do caminho, um recanto de f loresta, um pedaço de rio

enovelado em corredeira ou desatado em estirões, e as

mesmas estrelas que ele prende por um instante nas ma-

lhas dos retículos, tudo que se lhe agita em roda deve

impressioná-lo e interessa-lo, mas não o prende, não o

manieta e não o remora.

Partimos de Curanja a 5 de julho depois de breve

dem ora para se regularem os nossos cronôm etros, e zar-

pamos para a Forquilha longínqua de Purus.

íamos para o misterioso.

O sol descia para os lados do Urubamba... Os nos-

sos olhos deslumbrados abrangiam, de um lance, três

dos maiores vales da terra; e naquela dilatação maravi-

lhosa dos horizontes banhados no fulgor de uma tarde

incom paráv el, o que eu principalm ente distingui, irrom-

pendo de três quadrantes dilatados, e trancando-os in-

teiram ente - ao sul, ao norte e a leste foi a imagem

arrebatadora da nossa Pátria que nunca imaginei tão

grande.

Fiquemos nesta altura...

Uma entrevista com o Dr. Euclides da Cunha.

Publicada no  lornal do Commercio,  Manaus,

29 out. 1905.

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Carta a Euclides da Cunha co municando a

localização de erro em m apa da região do Juruá e

designando uma tarefa relativa ao assunto.

Barão do Rio Branco.

[S.I.], 9 out. 1906.

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Carta a  Euclides da Cunha, parabenizando-o pelo retorno a Manaus após a

expedição da Comissão do Alto Purus.

José Veríssimo.

[Rio], 25 out. 1905

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O império do desconhecido

"O cartografo profissional, afeito a percorrer a maravilha

milhares de milhas, montado comodamente num lápis bem

aparado e destro, velocíssimo e ágil no transpor oceanos

[...]. Faltam-lhe em geral a intimidade da Terra. Nunca sen-

tiram em torno, entre as vicissitudes das explorações lon-

gínquas, o império formidável do desconhecido."

( Peru  versus Bolívia.  Eucl ides da Cunh a.)

Esboço da região litigiosa Peru-Bolívia.

Eucl ides da Cunha.

Rio de )aneiro: Impr. Nacional , 1909.

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Bilhete  a  Euclides da Cunha

agradecendo o recebimento de

Contrastes e confrontos.

Si lv io Romero.

Rio de Janeiro, 18 nov. 1907.

Peru versus Bolívia - fragmento

de manuscrito, juntamente com o

preâmbulo ao livro  Inferno verde,

de Alberto Rangel.

Eucl ides da Cunha.

[S.I., 19-].

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| 1  • V -  J l

Peru versus Bolívia.

Eucl ides da Cunha.

Rio de Janeiro: Typ. do Jornal do

Commerc io , 1907.

Primeira edição.

,  t  *

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É que a nossa geografia está ainda em marcha. Dilata-se no desconhecido. Está em plena

idade heróica das explorações ou longínquas bat idas no deserto.

Sendo assim, vê-se desde logo que aos devotados à tarefa de fixar-lhe, cartograficamente,

as l inhas principais, não incumbe apenas a empresa incalculável de reunir e comparar e combi-

nar um sem número de e lementos, or iundos de invest igações largamente esparsas em superf í-

cies amplíssimas, em mais de três séculos de estudos, sob os infinitos aspectos em que estes se

nos mostram, desde as s imples indicações dos rote iros dos missionários aos cálculos precisos

das coordenadas astronômicas.

A tarefa é mais vasta e séria. Perdido na infinidade dos pormenores, enleando-se nas cur-

vas de níve l embaralhadas dos re levos, ou em tortuosos  t h a l w e g s   mal definidos, t i tubeante

no meio de informes, e dados, e plantas, que raro conchavam, que não raro se contrar iam, e

muitas vezes se anu lam diante de novos dado s mais recentes - os nossos geógrafos de gabinete

submetem-se, quase sempre, a um trabalho tão árduo quanto o dos que vão diretamente bater

de frente as regiões ignoradas. Hoje, diante da geografia sul-americana, eles restauram a mesma

at i tude de Gui lherme Del is le ou de Bourguignon D'Auvi l le , ante a geografia européia do século

X V I I I : isto é , ca rec em de exerci tar um a cr í t ica sup erior e profunda, cap az de norteá-los com se-

gurança no labir into das cartas part iculares, permit indo-lhes e l iminar os traçados intrusos que

as pervertem , corr igir as divergên cias q ue as separam , e , ao cabo , art iculá-las umas às outras,

mais em virtude de um esforço dedut ivo que da expressão v is íve l de seus desenhos contras-

tantes. Agindo dessa forma, Desl i le , sem se arredar da sua prancheta de cartografo, ret i f icou

o e ixo do Mediterrâneo, e deu, pela primeira vez, à Europa, a f igura real que e la conserva até

hoje; ao mesmo passo que D'Auvi l le , prolongando a mesma norma, cote jando e discut indo os

resultados das expedições até então realizadas, instituiu a cartografia geral como se fora uma

ciênc ia posit iva cap az de dedu ções infrangíve is, ou de previsões tão r igorosas que alguma vez o

cartografo experimentado, nas suas v iagens ideais, pode i r ret i f icar os i t inerários efet ivamente

tr i lhados pelos exploradores.

Ma s para isto comp reendem-se os atributos raros de paciên cia, d e lucidez, de claro discer-

nimento na anál ise dos documentos e de lance indut ivo no remate sintét ico dos estudos, que

se lhes requerem.

E o que nos revela - folgamos em registrá-lo - o  A t l a s d o B r a s i l recém-elaborado pelos

senhores barão Ho m em de Me l lo e Dr . F ranc isco H om em de Me l lo . Nã o re lutamos em incluí-lo

entre os raros modelos que possuímos de uma cartografia racional e lúcida.

Atlas do Brasil

Francisco Inác io Marcondes, barão Hom em d e M elo .

Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1909.

Um atlas do Brasil.

Euclides da Cunha.

Publ icado no   Jornal do Commercio,  Rio de Janeiro, 29

ago. 1909.

Último artigo de Euclides, interrompido por sua morte.

| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 81

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O pequeníssimo vilarejo onde nasci

"O sr. está numa cidade que eu vi na mais remota juventude, e

bem perto do pequeníssimo vilarejo onde nasci - Santa Rita do

Rio Negro. Mesmo dessa encantadora Nova Friburgo tenho uma

impressão exagerada [...] conservo-lhe neste rever da idade viril

uma impressão de criança, a imagem desmesurada de uma quase

Babilônia."

(Carta a Mac ha do de Assis . Eucl ides da Cunha. Santos, 15 fev. 1904.)

Escola Militar da Praia Vermelha.

1907.

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Euclides da Cunha a os 10 anos.

[1876],

Manoel Rodrigues Pimenta d a Cunha, pai de Euclides.

[18-].

Euclides da Cunha aos 20 anos.

[1886],

Eudóxia Pimenta da Cunha, mãe de Euclides.

[18-].

84

Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro |

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Meus colegas:

Escrevo-vos às pressas, desordenadamente.. .

Guiam -me a pena as impressões fugitivas das mult icores e variegadas te las d e

uma natureza esplêndida que o

 t r am w a y

  me deixa presenciar de re lance quase.

É majestoso o que nos rodeia - no se io dos espaços palpita coruscante o

grande motor da v ida; envolta na clâmide cint i lante do dia, a natureza ergue-se

bri lhante e sonora numa expansão subl ime de canções, auroras e perfumes. . . A

prim avera cinge, do se io azul da mata, um co lar de f lores e o sol obl íquo , cá l ido,

num bei jo ígneo, acende na fronte granít ica das cordi lhe iras uma auréola de

lampejos.. . por toda a parte a vida.. . ; contudo uma idéia triste nubla-me este qua-

dro grandioso - lançando para a frente o o lhar, av isto al i , curva sinistra, entre o

claro azul da f loresta, a l inha da locomotiva, como uma ruga fatal na fronte da

natureza.. .

U m a ruga , sim .. . Ah Tachem -me m uito emb ora d e antiprogressista e anti-

civ i l izador; mas clamarei sempre e sempre: - o progresso envelhece a natureza,

cada l inha do trem de ferro é uma ruga e longe não vem o tempo em que e la,

sem seiva, mina da, mo rrerá E a human idade, nã o será dos céus que há de part i r

o grande "Basta" (botem  b   grande) que ponha f im a essa comédia lacr imosa a

que chamam vida; mas sim de Londres; não finar-se-á o mundo ao rolar a últ ima

lágrima e s im ao queimar-se o últ imo p edaç o de carv ão d e p edra. . .

Tudo isto me revolta, m e revolta vend o a cidad e dom inar a f loresta, a sarjeta

a dominar a f lor

Mas... eis-me enredado em digressões inúteis.. . Basta de "fi losofias" . . .

O me u cargo de corres pon den te (? ) ordena-me que escreva, de mod o a fazer

rir ( )... ter espírito ... eis o meu impossível: trago  in m e n t e   (deixem passar o latim)

o ser mais desenxabido que uma missa (perdoai-me, ó padres ). . .

Em viagem.

Euclides da Cunha.

Publicado no jornal  O Democrata,  [Rio de Janeiro],

4 abr. 1884.

Primeira publicação de Euclides.

| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro

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Teresa Maria de Jesus, avó de Euclides.

[18-].

Joaquim Alves Moreira, avô de Euclides.

Nilda.

1940.

Euclides da Cunha na Escola Militar, na Praia Vermelha.

Publicada na revista   Dom Casmurro,  Rio de Janeiro, maio 1946.

Número especial de aniversário: Euclides da Cunha.

Euclides é o quinto da direita para a esquerda, na primeira fileira.

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Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro   |

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R e n a s c e n ç a

d i o s a s . q u e u m a v i d a d e t a l p o r t e d e s a p p a r e c e s s e

l i o m e i o d c t a m a n h a i n d i f f e r e n ç a , n u m c i r c u l o l i m i

t a d i s s i m o d c c o r a ç õ e s a n t i g o s . l m e s c r i p t o r d a e s t a

t u r a d c  Machado  d e A s s i s s ó  d e v e r a  e x t i n g u i r  - c

d e n t r o d e u m a g r a n d e e n o b i l i t a d o r a e o m m o ç ã o n a -

c i o n a l .

l i r a p e l o m e n o s d e s a n i m a d o r t a n t o d c s c a s » i a

c i d a d e i n t e i r a , s e m a v i b r a ç ã o d e u m a b a l o ,  d e r i -

v a n d o i i n p e r t u r b a v e l m e n t e n a n o r m a l i d a d e d e s u a

e x i s t ê n c i a c o m p l e x a q u a n d o F a lt av a m p o u c o s   m i -

n u t o s p a r a q u e

  se

  c e r r a s s e m q u a r e n t a

  annus

  de li

t e r n t u r a g l o r i o s a . . .

N e s t e m o m e n t o , p r e c i z . a m e t i te a o e n u n c i a r s e

e s s e j u í z o d e s a l e n t a d o , o u v i r a m s e u m a s t í m i d a s

p a n c a d a s n a p o r t a p r i n c i p a l d a e n t r a d a .

A b r i r a m 11';'. A p p a r e c e u 11111 d e s c o n h e c i d o   :  u m

a d o l e s c e n t e . d e 16 o u i H a n n o s n o m á x i m o . P e r g u n -

t a r a m l h e o n o m e . D e c l a r o u s e r d e s n e c e s s á r i o di

/ e l - o : n i n g u é m a l l i o c o n h e c i a ; n ã o c o n h e c i a p o r

s u a v e z n i n g u é m ; n ã o c o n h e c i a o p r o p r i o d o n o d a

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne

"Basta que  tenhas c onstàn i ia  e método, e que estudes  nas

horas de estudo  e  prestes toda  d  atenção nas aulas. Assim,

ainda terás muito tempo  para brincares;  e  chegarás ao  fim

do ano com toda  matéria sabida."

(Ca r ta ao f i lho Quid inho . Euc l ides da Cunha . R io de Jane i ro , 20

mar. 1908.)

"Diz-me se recebeste dois l ivros de Júlio Verne (que só

deves ler no recreio). Responde logo, e recebe um abraço

do teu pai e amigo Euclides."

(Ca r ta ao f i lho Quid inho . Euc l ides da Cunha . R io de Jane i ro , 12

jun. 1908.)

f \ U L T i n f l V I S I T A

A n o i t e e m q u e f a l l e c e u M a c h a d o d c

  Assis ,

q u e m p e n e t r a s s e n a v i v e n d a d o p o e t a ,

e m L a r a n j e i r a s , n ã o a c r e d i t a r i a q u e e s t i -

v e s s e tã o p r ó x i m o o t r i s t e d e s e n l a c e d a

a d e . N a s a l a d e j a n t a r , p a r a o n d e d i z i a

d o q u e r i d o m e s t r e , u m g r u p o d e s e n h o r a s

h o n t e m m e n i n a s q u e e ll e c a r r e g a v a n o s b r a ç o s

i l i s s i m a s m ã e s d e f a m í l i a -

m - l h e o s l a n c e s e n c a n t a d o r e s d a v i d a e

i a in l l ie a n t i g o s v e r s o s , a i n d a i n é d i t o s , a v a r a -

g n a r d a d o s n o s á l b u n s c a p r i c h o s o s . A s v o z e s

n d i s c r e t a s , a s m a g n a s a p e n a s r e b r i l h a v a m n o s

m a r e j a d o s d e l a g r i m a s , e a p l a c i d e z e ra c o m -

a 110 r e c i n t o , o n d e a s a u d a d e g l o r i f i c a v a u m a

\ * i » K n l n n í l i - v i - s t l a ^ v i r i m s i ' i l t r m i - ; d i n t i l i i ^

A ultima visita.

Euc l ides da Cunha .

Publ ic ado na rev ista   Renascença,  R io de Jane iro, set. 1908.

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Euclides da Cunha no seu gabinete de trabalho.

[19-].

Os três filhos de Euclides da Cunha.

Bastos Dias.

Rio de Janeiro, [19-].

Carta a  Euclides

da Cunha Filho

aconselhando

maior aplicação

nos exames de fim

de ano.

Eucl ides da Cunha.

Rio de Janeiro, 23

set. 1908.

Bft

Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro  |

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Carta a Manuel Pimenta da

Cunha, pai.

Euc l ides da Cunha.

Rio de Janeiro, 8 ago. 1909.

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Cartão postal a Euclides d a Cunha Filho pedindo notícias.

Eucl ides da Cunha.

Rio de Janeiro, 23 ago. 1908.

Cartão po sta/ a  Euclides da Cunha Filho dando co nsentimento para que fosse a uma exposição.

Eucl ides da Cunha.

Rio de Janeiro, 29 ago. 1908.

| Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro 90

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Cartão a seu filho, Sólon da Cunha, informando sobre a família; incentivando-o para que estude sempre; pedindo para

que cultive o coração, po is este vale mais do que a cabeça; e que escreva sempre.

Eucl ides da Cunha.

Santos, [19-].

| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 91

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Carta a  Euclides da Cunha Filho comentando

a sua satisfação pelo sucesso do filho nos

estudos.

Eucl ides da Cunha.

Rio de Janeiro, 20 mar. 1908.

Carta a seu pa/',  Euclides d a Cunha, com entando estar no I ° ano sup erior e falando das saudades de casa.

Eucl ides da Cunha Júnior.

[S.I., 19-].

| Euclides da Cun ha: Um a Poética do Espaço B rasileiro

9 3

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Carta a seu   filho,

Sólon Rodrigues

da Cunha,

aconselhando-o a

ser um estudante de

valor, com constância

no estudo.

Eucl ides da Cunha.

Rio de Janeiro, 19

mar. 1908.

Cartão postal  a seu

filho, Sólon da Cunha,

informando sobre o

estado de saúde do

Sr. Edgar; informando

que em breve seguirá a

encomenda solicitada

e  pedindo para que   se

dedique ao máximo nos

estudos.

Eucl ides da Cunha.

Friburgo, 23 ago. 1908.

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Jamais estudarei metafísica

"Direi [como César Vannini] : A  metafísica é  um a  ciência

soberana e adorável, de grandes e de privilegiados recur-

sos; é uma formosa ciência, que nos incute conhecimen tos

inestimáveis e raros; mas é uma ciência que só se deve

estudar quando se é velho, rico e alemão.   As duas últimas

condições d izem de modo   i n i l u d í v e l q u e  jamais estudarei

metafísica."

(Prova oral do concurso de Lógica do Ginásio Nacional , atual

Colégio Pedro I I . Eucl ides da Cunha. [Rio de Janeiro, 1909].)

Copacabana.

Maria Vasco .

1907.

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Carta a Coelho Neto sobre decisão de renunciar ao Carta a Otaviano Vieira,

concurso de Lógica.  Eucl ides da Cunha .

Euclid es da Cun ha. Rio de Janeiro, 8 ago. 1909.

[Rio de Janeiro, 25 maio 1909].

96 Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro   |

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Carta a Euclides da Cunha.

Oliveira L ima.

[S.I., 12 jul. 1909],

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Estrelas indecifráveis

"E pensamos - maravilhados diante do crescer e do transfi-

gurar-se da própria realidade  -, que, mesmo na esfera apa-

rentemente seca do mais estreito racionalismo, se nos faz

mister um ideal, ou uma crença, ou os brilhos norteadores

de uma ilusão alevantada."

( "Estrelas indeci fráve is", em   À margem da história.   Eucl ides da

Euclides da Cunha e grupo na Ilha dos Búzios,

litoral de Santos.

Reprodução da revista  Dom Casmurro,  maio 1946.

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As catas.

Eucl ides da Cunha.

[S.I.], 1895.

| Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro 100

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D. Quixote.

Eucl ides da Cunha.

[S.I. , 19-].

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102

Eucl ides da Cunha : Um a Poética do Espaço Brasi leiro |

Hémisphère Austral.

Ch. Dien.

Publ icado em   Atlas celeste,  de Cami l le

Flammarion, Paris: Gauthier-Villars, 1885.

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Aspectos das ilhas dos Búzios e da Victoria.

Eucl ides da Cunha.

[19-].

| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 1 0 3

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Estudos alemães.

TobidS Barreto.

Rio de Janeiro: Laemmert, 1892.

Castro A/ves e seu   tempo.

Eucl ides da Cunha .

Rio de Janeiro: Imp. Nacional,

1907.

Caderno de cálculos.

Eucl ides da C unha .

[S.I., 19-].

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| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 105

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Caderno de cálculos.

Eucl ides da Cunha.

[S.I., 19-].

106

Eucl ides da Cunha: U m a Poét ica do Espaço Brasile iro |

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BARROS, F láv io de .  Cadáver de Antônio Conselheiro encontrado sob as ruínas da Igreja Nova.  [1897]. 1 fotografia, p&b .

Canudos não  < rendeu  Acer vo Mu seu da Repúbl ica

. Divisão Canet (Em Monte Santo).  [1897], 1 fotografia, p& b. Fo i publicada na primeira edição d e Os sertões, 1902,

com a legenda "M on te Santo (base de op erações)".

V.iuio . i lmoçar hoje em Canudos Acervo M useu da Repúb l ica

_. Igreja de Santo Antônio.  [1897]. 1 fotografia, p&b.

Acervo M useu da Repúb l ica

_. Igreja do Bom Jesus.   [1897], 1 fotografia, p& b.

Acervo Museu da Repúbl ica

. Rendição dos conselheiristas em 2 de outubro.  [1897], 1 fotografia, p& b. Foi publicad a na primeira ediçã o de O s

sertões, 1902, com a legenda "As prisioneiras".

Acervo M useu da Repúb l ica

. Sétimo Ba talhão de Infantaria.  [1897], 1 fotografia, p& b. Foi publicad a na primeira ediçã o de O s sertões, 1902,

com a legenda "Acampamento dentro de Canudos".

Canud os não " rendeu  Acervo Museu da Repúb l ica

BRA SIL. Ministério das Relações Exteriores.  Relatório da comissão m ista brasileiro-peruana de Reconhecimen to do Alto

Purus de 1904-1905. Rio de Janeiro : Imprensa N acio nal, 1906. Relatório impresso da ediç ão bilíngüe.

Imagem arrebatadora 6-286,02,07 (coleçã o 1904-1905) | Pub licaçõ es Seriadas

C A N U D O S : plano de operações de guerra no Estado da Bahia. [S . I. , 1897]. 1 mapa.

Vam os a lmoçar ho je em Canudos AR C. 021,06,0 08 | Cartografia

[CASAL , M anue l A i res de ],  Corografia brazilica, ou Relação historico-geografica no reino do Brazil...  I . ed. Rio de Janeiro :

Imp. Regia, 1817. 2 v.

A base físic ,i de nossa riíK ionalid ade   38,0,5-6 | Obr as Raras

C H A M P N EV , James We l ls. [Aspectos da Ama zônia] . 3 estampas. In: . Álbum Cham p. Traveis in the North of Brazil.

[1860?].

U m paraíso perdido Arm 21.1.11 | Iconografia

C U N H A , Euc li des da .  Aspectos das ilhas dos Búzios e da Victoria.   [19-]. Reproduções dos croquis tirados pelo engenhei-

ro Eucl ides da Cu nha.

Estrelas indecifrá veis  Vo l 113 | Iconografia

Bilhete a Ernesto Senna solicitando que apresse a inserção de um artigo de Araripe [Júnior]; comun icando a

realização do prefácio da segunda edição de Os  sertões. Lorena, 1 mar. [1902], 1 p. Co leçã o Ernesto Senn a. Série Corres-

pondência recebida. Autógrafo. Manu scrito. (AEC 667).

A única verdade que eu lhe quis dar   1-05,15,039 | Man uscrito s

. Caderneta de apontamentos.  [S.I., 19-]. 34 p. Co leçã o Euclides da Cun ha. Série Autógrafos. Orig inal. M anus crito.

m anexo, nota explicativa de Lúcio Aguiar. (AEC 642).

A terra é ainda misteriosa MS-43 | Man uscritos

. Caderno de cálculos.  [S.I., 19-]. 68 p. Co leçã o Euclides da Cu nha . Origina l. Manus crito. Cadern o de exercícios

de cálculo infinitesimal de Euclides da Cunha, com 32 exercícios manuscritos a tinta e a lápis, incluindo poesias, notas,

minutas de cartas e desenhos, com muitas rasuras e trechos ilegíveis. (AEC 649).

Estrelas indecifráv eis  50,1,024 | Manu scritos

Canudos (Diário de uma expedição).   Introdução de Gi lberto Freyre. Rio de Janeiro:  J.  Olympio, 1939.

única verda de que eu lhe quis dar  150,1,16 | Ob ras Raras

. Carta a Augustin de Vedia agradecendo e comentand o o livro recebido, citando um discurso que fez para os

estudantes de direito de São Paulo e falando sobre o livro Os sertões.   Rio de Janeiro, 13 out. 1908. 4 p. Coleção Adir

108

Eucl ides da Cunha: Uma Poét ica do Espaço Brasi le iro |

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Guimarães. Série Avulsos. Original e autógrafo. Manuscrito. (AEC 659).

Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade

1-09,06,094 | Manuscritos

. Carta a   Coelho Neto co municando-lhe que já havia dado o seu voto para o Sousa Bandeira para a eleição d a

Academ ia Brasileira de Letras.  Manaus, 10 mar. [1905]. 4 p. Coleção Coelho Neto. Autógrafo. (AEC 662).

U m paraíso perdido 1-01,05,077 | Man uscritos

. Carta a Coelho Neto sobre decisão de renunciar ao concurso de Lógica.   [Rio de Janeiro, 25 maio 1909]. Catalo-

gação na BN : C U N H A , Eucl ides da . Carta a  Coelho Neto falando-lhe sobre assuntos particulares.   [S.I.,  19-]. 1 p. Coleção

Coelh o N eto. Autógrafo. (AEC 664).

Jam ais estudarei metafísica  1-01,02,022 | Ma nus crito s

. Carta a Euclides da Cunha Filho aconselhando maior aplicação nos exames de fim de ano. Rio de Janeiro, 23

set. 1908. 1 p. Origin al. In: Á L B U M Euclides da Cunha. [S.I. J, 1895-1909. 200 doe. Cole ção Euclides da Cunha. Série

Correspondências. Conjunto reunido na Bibl ioteca Nacional. (AEC 682).

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne  MS-467 | Manuscritos

. Carta a  Euclides da Cunha Filho comentando a  sua  satisfação pelo sucesso do filho nos estudos. Rio de Janeiro, 20

ar. 1908. 2 p. Cole ção Euclides da Cunha. Série Correspondência enviada. Orig inal e autógrafo. Manuscrito. (AE C 669).

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne   MS-43 | Manuscritos

. Carta a Ma nu el Pim enta da Cunha, pai. Rio de Janeiro, 8 ago. 1909. 3 p. Origin al. Anota ção a lápis: 1. In: Á L B U M

Euclides da Cunha. [S.I. ], 1895-1909. 200 doe. Coleção Euclides da Cunha. Série Correspondências. Conjunto reunido

na Bibl ioteca Nacional. (AEC 673).

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne  MS-467 | Manuscritos

. Carta a Ota vian o Vieira . Rio de Janeiro, 8 ago. 1909. 4 p. Origin al. Anota ção a lápis: 2. In: Á L B U M Euclides da

unha. [S.I. ], 1895-1909. 200 doe. Coleção Euclides da Cunha. Série Correspondências. Conjunto reunido na Biblioteca

Nacional. (AEC 674).

Jamais estudarei metafísica  MS-467 | Manu scritos

Carta a  seu filho, Sólon Rodrigues da Cunha, aconselhando-o a ser um estudante de valor, com constância noestudo.  Rio de Janeiro, 19 mar. 1908. 1 p. Co leç ão Euc lides da Cun ha. Série Correspond ência e nviad a. Original. Autó-

grafo. (AEC 675).

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne   MS-43 | Manu scritos

. Cartão a  seu filho, Sólon da Cunha, informando notícias sobre a família; incentivando-o para que estude sempre;

edindo para que cultive o coração, pois este vale mais do que a cabeça e que o escreva sempre.   Santos, [19-]. 2 p.

Cole ção Eucl ides da Cunha. Sér ie Correspondência enviada. Original. Manuscrito. (AE C 675).

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne   MS-43 | Manu scritos

_. Cartão postal a seu filho, Euclides, dando consentimento para que fosse a uma exposição.  Rio de Janeiro, 29 ago.

1908. 1 doe. Cole ção E uclides da Cun ha. Série Corresp ondê ncia enviad a. Manus crito e impresso. Con tém ilustração com

o título "Brasil: Exposição Nacional - 1908". (AEC 681).

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne  1-04,18,007 | Ma nus crito s

. Cartão postal a seu filho, Euclides, pedindo-lhe notícias e perguntando se precisa de alguma coisa.  Rio de Janeiro,

3 ago. 1908. 1 doe. Cole ção Eu clides da Cun ha. Série Correspond ência en viada. O riginal e autógrafo. Manusc rito e

impresso. (AEC 680).

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne  MS-43 | Manu scritos

. Cartão postal a seu filho, Sólon da Cunha, informando sobre o estado de saúde do Sr. Edgar; informando que em

reve seguirá a encomend a solicitada e pedindo para que se dedique ao máximo nos estudos.  Friburgo, 23 ago. 1908. 1

doe. Coleção Eucl ides da Cunha. Sér ie Correspondência enviada. Manuscrito. (AEC 675).

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne  MS-43 | Manus critos

. Castro Alves   e seu tempo:  discurso proferido no Centro Aca dêm ico O nz e de Agosto, de S. Paulo. Rio de Janeiro:

Imprensa Nacional, 1907.

Estrelas indecifráveis  79, 5, 16A | Ob ras Raras

| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 109

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. As catas.  [S.I.], 1895. 2 p. Coleção Euclides da Cunha. Série Autógrafos. Original. Autógrafo. Poesia oferecida a

Coelho Neto, em 1903.

Estrelas indecifráveis  MS-43 | Man uscritos

. D. Quixote.  [S.I., 19-]. 1 p. Co leçã o Euclides da Cu nha . Série Autógrafos. Orig inal. Man uscrito.

Estrelas indec ifráveis  MS-43 | Man uscritos

. Entre os seringais.  Kosmos:  revista artística, scientifica e litteraria, Rio de Janeiro, ano 3, n. 1, p. [21-23], 1906.

A terra é ainda misteriosa PR -S PR 00 15 0 | Pub licaçõ es Seriadas

. Esboço da região litigiosa Peru-Bolívia.   Rio de Janeiro: Impr. Nacion al, 1909. 1 mapa. (AE C 2116).

O império do desconhec ido AR C. 026,14,025 | Cartografia

. Fragmento de um vocabulário.  [S.I., 19-]. 2 p. Co leçã o Euclides da Cun ha. Serie Autógrafos. Orig inal. M anuscri-

to. Acom panh a um recorte do jornal Correio da Manh ã, Rio de Janeiro, 27 dez. 1952, trazendo o art igo "Voca bulário de

Eucl ides da Cunha", por Eugênio Comes, 3 p. (AEC 650).

A única verdade que eu lhe quis dar  MS-43 | Man uscritos

. Gargan ta de Coc orob ó. 1 desenh o a lápis. In: . Caderneta de campo:   campanha de Canudos. [1897]. 214p. de texto, 23 desenhos. Autografa. (A EC 2110).

A base física de nossa nacionalidade   Ac erv o Instituto Histórico e Geo gráfic o Brasileiro

. A idéia do ser. Fragmento do rascunho da prova oral à qual o escritor se submeteu para o concurso de Lógica

para o Ginásio N acional - Colégio Pedro II.  [Rio de Janeiro, 1909]. 7 p. Coleção Euclides da Cunha. Série Autógrafos.

Original . Manuscrito. (AEC 652).

Jam ais estudarei metafísica  MS-43 | Man uscritos

. Peru versus Bolívia.  1. ed. Rio de Janeiro: Typ. do Jornal do Com me rcio, 1907.

império do desconhe cido 75,5,23 | Obras Raras

. Peru versus Bolívia. Fragmento de manuscrito (rascunho) em um caderno, juntamente com o preâmbulo ao livro

Inferno verde, de Alberto Rangel.  [S.I., 19-]. 40 p. Coleção Euclides da Cunha. Série Autógrafos. Original. Manuscrito.

O império do desconhe cido MS-43 | Manuscritos

. Ruín as das igrejas. 1 dese nho a lápis. In: .  Caderneta de campo:  campanha de Canudos. [1897]. 214 p. de

texto, 23 desenhos. Autógrafa. (AEC 211).

Canudo s não se rendeu  Ac erv o Instituto Histórico e Geog ráfico Brasileiro

. Os sertões: campanha de Canudos. 1. ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Laemmert & C., 1902.

quele l ivro bárbaro da minha m ocidade  075,06,07B | Obra s Raras

. O s  sertões:  campanha de Canudos. 2. ed. corrigida. Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1903.

Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade  1-354,6,14 | Obr as Ge rais

. Os sertões:  campanha de Canudos. 3. ed. corrigida. Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1905.

Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade   11-119, 7, 3 | Ob ra s Ge ra is

. O s  sertões:  campanha de Canudos. 5. ed. corrigida. Rio de Janeiro: F. Alves & Cia., 1914. Edição definitiva de

acordo c om as emendas deixadas pelo autor.

Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade  1-358,05,08 | Ob ras Ger ais

. Os sertões -   manuscrito de um trecho não publicado.  [S.I., out. 1908]. 38 p. Co leçã o Euclides da Cu nha . Origi-

nal. Manuscrito. Texto manuscrito em vermelho e preto, com notas e rasuras pela mão do autor. Dedicatória: "A Aloysio

de Carvalho, com um abraço do seu confrade e adm °r Eucl ides da Cunha. Rio - Ou t. 1908". (AE C 656).

A única verdade que eu lhe quis dar   MS-16 (21 fot.) | Man uscritos

. A última visita.  Renascença:  revista m ensal de lettras, sciencias e artes. Rio de Janeiro , ano V, n. 55, p. 98, set.

1908. Caderno.

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne  1-214,02,18 | Pub licaçõ es Seriadas

| Eucl ides da Cu nha: Um a Poét ica do Espaço Brasi leiro 110

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. Vista de Canu dos de uma encosta do Mo rro da Favela. 1 desen ho a lápis. In: .  Caderneta de campo:  cam-

panha de Canudos. [1897], 214 p. de texto, 23 desenhos. Autografa. (AEC 2112).

Grand e hom em pelo avesso  Ac ervo Instituto Histórico e Geo gráfico Brasileiro

C U N H A JÚ N I O R , E uc li de s d a.  Carta a seu pai, Euclides da Cunha, com entando estar no  ° ano superior e falando das

saudades de casa.  [S.I. , 19-]. 3 p. Coleção Euclides da Cunha. Série Correspondência recebida. Original. Manuscrito.

(AEC 724).

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne   MS-43 | Manu scritos

[DANIEL, João, sacerdote].  Quinta parte do thesouro descoberto no rio máximo Amazonas.  1. ed. Rio de Janeiro: Imp.

Regia, 1820.

O hom em ali é um intruso 151,4,11 | Ob ras Raras

DIAS, Bastos. Os  três filhos de Euclides da Cunha.  [19-]. 1 fotografia, p&b. Catalogação na BN : CU N H A , Eucl ides. Os

três filhos de Euclides da Cunha.   Fotografia por Bastos D ias. R io de Jane iro: fot. Bastos Di as, [s.d]. Ex. 1 (original). Ex. 2

(reprodução). (AEC 2131).

Diz-me se recebeste dois l ivros de Júl io V erne   ret. 2 | Iconog rafia

DI EN , Ch. Hém isphère Austral. 1 carta celeste. In: FL A M M A R IO N , Cam il le.  Atlas céleste:  com prenant toute les cartes de

1'ancien atlas de Ch. Dien. Rectifié, augmenté et enrichi de cartes nouvelles des principaux objets d'études astronomi-

ques... par Cam ille Flam marion... 6. ed. Paris [França]: Gauthier-Villars, 1885.

Estrelas indec ifráveis  AT. 008 ,05,015 | Cartografia

EM ÍL IO Goeld i com S iqueira Rodrigues, Jacques Huber , Emi l ie Sneth lage e outros. In : INS TIT UT O NA CI O NA L DE ART ES

PLÁST ICAS .   Museu Paraense Emílio Goeldi.  Rio de Janeiro: Funarte, 1981. p. 12. 1 fotografia, p& b.

U m paraíso perdido 39.1.22 | Iconografia

ESCOBAR, Tito Pedro de. Carta a Eucl ides da Cunha discordando da narração de um episódio envolvendo a Br igada

Girard , feita no livro Os sertões. [S.I. J, 28 abr. 1903. 4 folhas. Orig inal. Ano tação a lápis: 91. In: Á L B U M Euclides da

Cunha. [S.I. ], 1895-1909. 200 doe. Coleção Euclides da Cunha. Série Correspondências. Conjunto reunido na Biblioteca

Nacional. (AEC 803).

Vam os a lmoçar hoje em Canudos MS-467 | Manuscritos

ES CO LA Militar da Praia Ver me lha. 1907. 1 fotografia, p&b .

O pequeníssimo vi larejo onde nasci  Pasta de does do RJ, Tam A, no. 257 | Iconografia

EU CL ID ES da Cunha. 1 fotografia, p&b. In: Á L B U M da Academ ia Brasi leira de Letras. Rio de Janeiro, [19-J. Catalogação

na BN: CUNHA, Euclides da. Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1903, ocupou a cadeira no. 7. Fotografia do

álbum da Academia Brasileira de Letras.

(p. 12 deste catálogo ) ret. 1 | Iconogra fia

EU CL ID ES da Cunha aos 20 anos. [1886]. 1 fotografia, p&b. (A EC 2120).

O pequeníssimo vi larejo onde nasci  ret. 2 | Iconografia

EU CL ID ES da Cunha aos 39 anos. [1905?]. 1 fotografia, p&b , reproduzida. Catalogação na BN : E UC LID ES da Cunha aos

39 anos segundo Dom Casmurro. (439.40): 23, maio 1946. (AEC 2121).

Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade  ret. 1 | Iconografia

EU CL ID ES da Cunha e grupo na Ilha dos Búzios, litoral de Santos. [1902?]. 1 fotografia, p&b, reproduzida. Catalogaç ão na

BN: EU CL ID ES da Cunha.  Grupo na Ilha dos Búzios, litoral de Santos.   [1904?]. Reprod. de Dom Casmurro, Rio de Janeiro,

10 (439/40): 43, maio 1946. Número especial. (AEC 2129).

Estrelas indec ifráveis  ret. 2 | Iconografia

EU CL ID ES d a Cunha em 1876, aos 10 anos. [1876], 1 fotografia, p&b. (A EC 21 19).

O pequeníssimo vilarejo ond e nasci  ret. 2 | Iconograf ia

EUCLIDES da Cunha na Escola Mil i tar , na Praia Vermelha.   Dom Casmurro,  Rio de Janeiro, ano X, 439-440, p. 21, maio

1946. Número especial de aniversário: Euclides da Cunha. 1 fotografia, p&b.

O pequeníssimo vilarejo onde nasci  PR-SOR 00161 | Obra s Raras

| Eucl ides da Cunha: U ma Poética do Espaço Brasi leiro 111

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EU CL ID ES da Cunha no seu gabinete de trabalho. [19-]. 1 fotografia, p&b . Catalogação na BN : R ET RA TO de Eucl ides da

Cun ha no seu gabinete de trabalho. (AE C 2125).

Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne   ret. 2 | Iconog rafia

EU CL ID ES num grupo a cam inho do Alto Purus. Dedicatória a Adél ia e Otaviano , datada de 7 fev. 1905. Reprodu ção de

Do m Casm urro, Rio de Janeiro, 10 (439/40): 37, maio 1946. Nú me ro especial . (AEC 2127).

A terra é ain da misteriosa ret. 2 | Icono grafia

EU D Ó X IA P imenta da Cunha, mãe de Euc lides da Cunha. [18-]. 1 fotograf ia , p&b. Cata logação na BN: C U N H A , Eudóxia

Pimenta da. Mãe de Eucl ides da Cunha. (AEC 2132).

O pequeníssimo vi larejo onde nasci  ret. 2 | Iconog rafia

E XP E D I Ç Ã O d e C an u do s ,  jornal do Commercio,  Rio de Jane iro, ano 77, n. 277, p. 1-2, 6 out. 1897. Ga zetilh a.

Escrevo rapidamente  PRC-SPR 00001 | Publ icações Seriadas

EXTRAÇÃO e preparo dos ovos de tartaruga no Rio Amazonas = Aus Ausgrabung und Zubereitung der Schi ldkróteneir,

am Amazonenstrome. In: SPIX, Johann Bapt ist von; MARTIUS, Carl Friedrich Phi l ip von.   Atlas zur Reise in Brasilien.

[München: M. Lindauer, 1826?] . prancha 27. 1 desenho.

O hom em al i é um intruso C V 2 .1 6 | Iconografia

FI D A N ZA , F. A. [Aspectos da Amaz ônia] . 2 fotografias, p&b. In: Á L B U M do Amazo nas.. . /fotografias de F. A. Fidanza.

Manaus: [s.n.], 1901-1902.

U m paraíso perdido 48.1.8 | Iconografia

FR AN CI SC O Escobar. [18-]. 1 fo tografia, p&b. Cata logação na BN : ES CO BA R, Franc isco .

A única verdade qu e eu lhe quis dar  ret. 1 | Iconog rafia

FR AN CO , A fonso A rinos de Me lo .  Pelo sertão:  historias e paizagens. 1. ed. Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1898.

A base física de nossa nacionalidade  79,1,5 | Ob ras Raras

G R U P O de intelectuais e de estudantes em que se destacam Afonso Arinos, Ho m em de M elo, Eu cl ides da Cunha , Araú jo

Jorge, Gra ça Aran ha, P ecegueiro do Am aral , Gastão da Cun ha e César Vergueiro. [19-]. 1 fotografia, p&b. Catalogação

na BN : EUCL IDES da Cunha .  Fotografia de um grupo de intelectuais e de estudantes em qu e se destacam Afonso Arinos,

Homem de Melo, Euclides da Cunha, Araújo Jorge, Graça Aranha, Pecegueiro do Amaral, Gastão da Cunha e César

Vergueiro.  1 reprod. tipogr. p& b. (AE C 213 0).

Imag em arrebatadora ret. 1 | Iconografia

[H OC HE ] , Sucessos da Bahia . O   Paiz,  Rio de Janeiro, ano XII I , n. 4733, p. 2, 23 set. 1897.

Escrevo rapidamente  PR-SPR 00006 | Publ icações Seriadas

H O M E M DE ME LO , F ranc is co I nácio Marcondes , barão .  Atlas do Brazil  /pelo Barão Homem de Mel lo e pelo Dr. Francis-

co Homem de Mel lo; com a colaboração do Marechal Visconde de Beaurepaire Rohan et al . . . Rio de Janeiro: F. Briguiet ,

1909. 1 atlas.

O império do descon hecido AT. 001,01,005 ex.1 | Cartografia

I N S T I T U T O H I S T Ó R I C O E G E O G R Á F I C O B R A S I L E IR O .  Parecer da comm issão de Estatutos e Redacção do Instituto

Histórico e Ceograp hico Brazileiro.  R io de Janeiro: Typ. Laemmert & C., 1887. Assinado por Augusto Fausto de Souza e

Frankl in Távora. (AEC 658).

Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade  99B,19 ,20 | Obras Raras

KEL LER- LEU ZING ER, Franz. [Aspectos da Amazônia] , 1 estampa. In: KELL ER- LEU ZIN GER , Franz. [18-] .

U m paraíso perd ido Are 30 E: c: I I | Iconografia

LIM A, O l iveira. Carta a Eucl ides da Cunha . [S .I . ], 12 jul . 1909. 2 p. Original . An otação a lápis: 13. In: Á L B U M Eucl ides da

Cun ha. [S . I .] , 1895-1909. 200 doe. Coleç ão Eucl ides da Cunh a. Série Correspondências. Conju nto reunido na Bibl ioteca

Nacional . (AEC 772).

Jamais estudarei metafísica  MS-467 | Manu scritos

112 Eucl ides da Cunha: Uma Poét ica do Espaço Brasi le iro |

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LOHSE, Ernesto. [Aves amazônicas]. 3 estampas. In: GOELDI, Emil io.  Álbum de aves amazônicas.  [Be lém] : Museu Goeld i

(Museu Paraense) de História Natural e Etnographia, 1900-1906 (Zurich, Suíça: Instituto Polygraphico A.G.). Suplemento

ilustrativo à obra Aves  do Brasil  pelo Dr. Emíl io A. Goeldi.

U m paraíso perd ido 88.9.30-31 | Iconografia

M A N O E L Rodrigues Pimenta da Cunh a, pai de Eucl ides da Cunha. [18-]. 1 fotografia, p&b . Catalogação na BN : C U N H A ,

Manoel Rodrigues Pimenta da. Pai de Eucl ides da Cunha. (AEC 2134).

O pequeníssimo vi larejo onde nasci  ret. 2 | Icono grafia

MARGENS do Rio japurá, na Prov. Rio Negro, na vazante = Ripae Fluvi i Japurá, in Prov. Rio Negro, tempore decessus

aquarum. In : MARTIUS, Car l F r iedr ich Ph i l ip von.  Tabulae physiognom icae Brasiliae regions...  [S.I. ], 1840. tab. XXV. 1

estampa.

O hom em al i é um intruso 48,02,14 | Obra s Raras

M A T A à margem do Rio Am azonas, ou Caa-ygapo dos íncolas - Si lva in r ipa fluvii amazonu m - Caa-ygapo incolis dieta.

In: MA RT IUS , Car l F r iedr ich Ph i l ip von.  Tabulae physiognom icae Brasiliae regions...  [S.I.], 1840. tab. I. 1 estampa.

O hom em al i é um intruso 48,02,14 | Obra s Raras

A M A T A D E I R A . /ornai de Ala,  Bahia, ano II, n. 3, p. 75, mar. 1940. 1 fotografia, p& b. Fotografia do canhão Wi thw ort h 32.

Vam os a lmoçar hoje em Canudos 1-444,01,18 | P ublic açõ es Seriadas

[MENEZES, José Siqueira de]. Canudos e suas cercanias. In: CUNHA, Eucl ides da. Os sertões: campanha de Canudos. 1.

ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Laemmert & C. , 1902. p. 190. 1 planta. Autoria da planta atr ibuída conforme BARROS,

Flávio de.  Canudos:  imagens da guerra. Rio de Janeiro: M us eu da Repúb lica; Lace rda, 1997. p. 10.

Vam os a lmoçar hoje em Canudos 075,06 ,07B | Ob ras Raras

O M U S E U G o e l d i e m 1 9 0 6 . I n : I N S T I T U T O N AC I O N AL D E AR T E S P L ÁS T I C AS .   Museu Paraense Emílio Coeldi.  Rio de

Janeiro : Funarte, 19 81. p. 10. 1 fotografia, p& b.

U m paraíso perdid o 39.1.22 | Iconografia

N I L D A .  Joaquim Alves M oreira, avô de Euclides da Cunha.   1940. 1 desenho. Cata logação na BN: M O RE IR A, Joaqu im

Alves. Avô de Eucl ides da Cunha. (AEC 2133).

O pequeníssimo vi larejo onde nasci  ret. 1 | Iconog rafia

A NOSSA f lot i lha . In : CUNHA, Eucl ides da . O   rio Purus.  Rio de Janeiro: SP VE A, 1960. p. 24. 1 fotografia, p&b. (AE C

2141).

Triunfo doloro so 11-156,6,28,n.2 | Ob ras Ge rais

NUNES, Fáv i la . Canudos.  Gazeta de Notícias,  Rio de Janeiro, ano X XIII, n. 290, p. 1-2, 17 out. 1897.

Escrevo rapidamente  PR-SPR 02764 | Publicaçõ es Seriadas

NYMPHAEA rudgeana; N. amazonum. In : MARTIUS, Kar l F r iedr ich Ph i l ipp von.   Flora brasiliensis.  Monachii: Frid. Fleis-

cher, 1840-1906. v. 4, parte 2, p. 165-170, tab. 35. 1 estampa.

O hom em ali é um intruso 048,04,09-10 | Ob ras Raras

PRE SCIL IAN O. Euclides da Cunha,  jornal de Ala,  Bahia, ano II, n. 3, p. 62, mar. 1940. 1 desenho.

(p. 116 deste catálogo) 1-444,01,18 | Pub licaçõ es Seriadas

RANGEL , A lbe r to .  Inferno verde (scenas e scenarios do Amazonas) com um prefácio de Euclydes da Cunha e desenhos

por Arthur Lucas.  Gênova: S.A. I . cl ichês cel lu loide Bacigalupi, 1908.

Imagem arrebatadora 73,5,16 | Ob ras Raras

RHEXIA canescens. In : HUMBOLDT, Alexander , Fre iherr von . Voyage  de Humboldt et Bonpland.  Paris: F. Sc ho ell, [s.d.].

prancha 18. 1 estampa.

O hom em al i é um intruso 43,4,11 | Obra s Raras

RHEXIA card ina l is . In : HUMBOLDT, Alexander , Fre iherr von . Voyage de Humboldt et Bonpland.  Paris: F. Sc ho ell, [s.d.].

| Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro

113

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prancha 37. 1 estampa.

O homem ali é um intruso

43,4,11 I Obra s Raras

RIO BRANCO, barão do. Carta a Euclides da Cunha comunicando localização de erro em mapa. [S. I . ] , 9 out. 1906. 2 p.

Origin al. Anotação a lápis: 50. In: Á L B U M Euclides da Cunha. [S. I. ] , 1895-1909. 200 doe. Cole ção Euclides da Cunha .

Série Correspondências. Conjunto reunido na Biblioteca Nacional. (AEC 808).

Imagem arrebatadora MS-467 | Manuscritos

RODRIGUES , Lopes . Mapa de Canudos ,  lornal de Ala,  Bah ia, ano II, n. 3, p. 74, mar. 1940. 1 mapa.

Grande homem pelo avesso  1-444,01,18 | Pub licaçõ es Seriadas

R O M E R O , Silv io. Bilhete a Euclides da Cunha agradecen do o recebimento de Contrastes e confrontos. Rio de Janeiro, 18

nov. 1907. 2 p. Origina l. In: Á L B U M Euclides da Cun ha. [S. I .] , 1895-1909. 200 doe. Coleção Euclides da Cun ha. Sé rie

Correspondências. Conjunto reunido na Biblioteca Nacional. (AEC 873).

O império do descon hecido MS-467 | Manusc ritos

ROME RO, S i l v i o .  Cantos populares do Brazil.  1. ed. Lisboa: Nov a Livraria Internacion al, 1883. 2 v.

A base física de nossa nacionalidade   80,3,8-9 | Ob ras Raras

R O N D O N , Câ ndido . Bilhete a Euclides da Cun ha agradecendo remessa de livros. Rio de Janeiro, 6 maio 1907. 2. p.

Original. In: Á L B U M Euclides da Cunha. [S. I. ], 1895-1909. 200 doe. Coleçã o Euclides da Cun ha. Série Correspondências.

Conjunto reunido na Biblioteca Nacional. (AEC 842).

Imagem arrebatadora MS-467 | Manuscritos

TÁ VO RA , José Frankl in da S i lve ira . O   cabelleira:  historia pernambuc ana. 1. ed. Rio de Janeiro: Typ. Nacion al, 1876.

A base física de nossa nacionalidade  11-107,2,9 | O br as Ge rai s

T E O D O R O Sampaio. [19-]. 1 fotografia, p&b. Cata logação na BN : SA M PA IO , Teodoro.

A única verdade que eu lhe quis dar  ret. 1 | Icono grafia

TER ESA Maria d e Jesus, avó de Euclides da Cunha. [18-]. 1 fotografia, p&b. Catalogação na B N : JES US , Teresa Maria d e.

Avó de Euclides da Cunha. (AEC 2135).

O pequeníssimo vilarejo onde nasci  ret. 2 | Icono grafia

U M T R EC H O das caat ingas. In: C U N H A , Eucl ides da . Os  sertões: campan ha de Canud os. 1. ed. Rio de Janeiro; São Pau lo:

Laemmert & C., 1902. p. 42. 1 figura.

A base física de nossa nacionalidade  075,06 ,07B | Ob ras Raras

U R P I A .  Arraial dos Canudos.  1897. 1 l itografia, reproduzida. Catalogação na BN : C A N U D O S (Euclides da Cun ha, BA) -

Vistas, 1897. Urpia, 1897. Arraial dos Canudos visto pela estrada do Rosário. A escolhida pela expedição Moreira Cezar.

Bahia, Wi lc ke Edgard e C., 1897. Reprodução d e uma litografia.

Grande homem pelo avesso  Vo l 115 Urpia | Iconografia

VALLE JOS Z . , Cami lo .  Mapa dei Alto Yurua   y Alto Puru s que comprende Ias ultimas exploraciones y estúdios verificados

desde 1900 hasta 1 906... indicando... el último tratado con el Brasil.  Lima: Lith. y Tip. Carlos Fabbri, 1907. 1 mapa.

Escala 1:1.000.000.

A terra é ainda misteriosa AR C. 010 ,02,00 8 | Cartografia

VAS C O, Ma r i a . Copacabana.  Rio de Janeiro, 1907. 1 cartão postal, color. Re prod ução segun do aquarela.

Jamais estudarei metafísica  Pasta de docu men tação da cidade do Rio de Janeiro, tamanho C,

pasta 13, no. 53 | Icono grafia

VERÍSSIMO, José. Carta a Euclides da Cunha parabenizando-o pelo retorno a Manaus após a expedição da Comissão do

Alto Pu rus. [S.I.], 25 out. 1905. 3 p. Ori gin al. Ano taçã o a lápis: 34. In: Á L B U M Euclid es da Cu nh a. [S.I.], 1895-1909. 200

doe. Coleção Euclides da Cunha. Série Correspondências. Conjunto reunido na Biblioteca Nacional. (AEC 751).

Imagem arrebatadora MS-467 | Manu scritos

| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 114

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radecemos a colaboração e o assessoramento prestados

pelas divisões de guarda d os acervo s de Cartografia, Icono-

grafia, Manuscritos, Obras Gerais, Obras Raras e Publicações Seriadas

da Fundação Bibl ioteca Nacional .

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Impresso pela Editora Progressiva LTDA.

Composição em CG Omega

Capa em papel cartão D uo Design 250 g/m2

Miolo em papel Couché Matte 90 g/m2

| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 116

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