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U C L D E 5
CUNHA
A
espaço brasileiro
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Catálogo da exposição realizada na
Fundação Bibl ioteca Nacional
Agosto 2009
EUCLIDES
™ C U N H A
0
espaço bra sileiro
o
• M
O
a
Rio de Jane iro
Fundação Bibl ioteca Nacional
2009
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R E P U B L I C A F E D E R A T I V A D O B R A S IL
Pres idente da Repúbl i ca
Luiz Inácio Lula da Si lva
Min is t ro da Cu l tura
Juca Ferreira
F U N D A Ç Ã O B IB L IO T E C A N A C I O N A L
Pres idente
Mun iz Sodré
Di retor ia Execut i va
Cé lia Porte i Ia
Centro de Referênc ia e D i fusão
Môn i ca R i zzo
Centro de Processos Técn icos
L i ana Gomes Amadeo
Coordenação Gera l de P l ane jamen to e Admin i s t ra ção
Tân ia Pacheco
Coordenação Gera l de Pesqu i s a e Ed i to ração
Osca r M . C . Gonça l ves
Coordenador ia de Eventos e Projetos Espec ia i s
Suely Dias
E X P O S I Ç Ã O
Curador i a
Marco Lucches i
O r g a n i z a ç ã o
Raquel Fáb io
Raquel Mart ins Rêgo
Verônica Lessa
Pesqu isa I conográf i ca
Prisc i la Serejo Martins
Assistentes de Pesquisa
Catarina Ferreira
Mar l on Magno Abreu de Ca rva l ho
Fotograf ia
Cláudio de Carva lho Xav ier
Hél io Jorge Garc ia da Conceição
Pau lo Leonardo da Costa Cunha
P r o d u ç ã o
T e c n o p o p
Coordenação de p rodução
Suzy Mun i z P roduções
Design visual
Tecnopop (André Sto larsk i , Clara Mel iande, Alexsandro
Souza)
Expograf ia
Arti f íc io Arquitetura e Exposições (Vasco Caldeira, Paulo
Ayres , F lav ia D 'Amico, Mar iana Chaves , Ju l i ana S i l ve i ra )
Tecnopop (André Sto larsk i , Clara Mel iande, Renata Ne-
grelly)
I l um inação
Ate l i erda Luz (Mi l ton Gig l io , Renato Vie i ra , José Roberto
dos Santos , A lexan dra Alves , Wi l l i an s )
E D I T O R I A L
Coordenação Ed i to r i a l
Raquel Fáb io
Raquel Mart ins Rêgo
Verônica Lessa
Legendas e referênc ias
Valéria Pinto
Rev isão
Franc isco Madure i ra
Môn i ca Au l e r
Valéria Pinto
P ro je to Grá f i co e D i ag ramação
I Graf i cc i Comunicação & Des ign
Agradecemos ao Museu da Repúbl ica e ao Insti tuto Histórico e Geográf ico Brasi lei ro a genti l permissão para reproduzir-
mos i tens de seus acervos, conforme indicado na exposição e neste catálogo.
Bibl ioteca Nacional (Bras i l ) .
Eucl ides da Cunha : uma poética do espaço brasi lei ro. - Rio de
de Jane i ro : Fundaç ão B ib l ioteca N ac iona l , 2009.
116p. : i l . (a lgumas col . ) ; 24 cm.
Catá logo da expos ição rea l izada na B ib l ioteca Nac iona l , de
agosto a outubro de 2009.
ISBN 978-85-333-0545-8
1. Cu nha , Eucl ide s da, 1866-1909 - Expo sições. I . Bibl ioteca
Nacional (Bras i l )
CD D 9 2 8 . 6 9
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momento em que se reconhece, nacional e internacionalmente, a importância da
polifonia cultural da vida brasileira, a obra do polígrafo Euclides da Cunha guarda
uma atualidade surpreendente. Escritor, professor, sociólogo, repórter jornalístico e engenheiro,
Euclides projetou-se para além das fronteiras nacionais por sua obra-prima, Os sertões, que retrata
a grande tragédia de Canudos, guerra total, expressão violenta do divórcio entre duas vertentes
civilizatórias dentro de uma mesma nação.
Na v erdad e, porém , o vigor ensaístico e estilístico de Eu clides da Cun ha trans cende a pura
e simples temática do relato. É que, metodologicamente, ele antecipou a posterior fundamenta-
ção teórica de obras seminais para a compreensão geral do Brasil, ao entrelaçar as perspectivas
sociológicas, ecológicas e étnicas. Não perdeu de vista, um só instante, as assimetrias sociais, o
drama do sertanejo e o do seringueiro. Pensou o lugar do homem na natureza. Não um lugar
neutro, mas participativo, complexo e profundo.
Com um monumental sentimento da geografia e o conseqüente redesenho das fronteiras
do espaço e das culturas, Euclides representou um modo mais amplo e sempre mais inclusivo
para se desenhar o país. Daí, a sua sombra projetada sobre os debates que hoje se realizam em
torno da transposição das águas do São Francisco, do eterno drama da seca, da biodiversidade e
suas fronteiras, do lugar da Am azô nia no quadro d e um cresc imen to sustentável.
De Os sertões até À margem da história, irradia-se a atualidade desse grande e um dos
primeiros intérpretes do nosso país. A qualidade de seu acervo é, por si só, eloqüente. É bem o
que deixa ver esta exposição, cujo corte realiza um diálogo amplíssimo com o Brasil contempo-
râneo.
Muniz Sodré
Presidente da Fundação Biblioteca Naciona l
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ora de dizer adeus a Euclides da Cunha. Como quem se l iberta de um incômodo
fantasma, perdido nas páginas da história da literatura, que já não assombra - anêmi-
co e distante -, preso nas malhas das antologias que repisam os episódios de um só livro, como
o estouro da boiada, o físico do sertanejo e o rosto de Antô nio Con selheiro.
Co m o se a obra de Euclides, cortada em trechos irregulares, não fosse mais qu e um a espé-
cie de relíquia veneranda, afogada na poeira de um século.
Hora de dizer adeus ao Euclides fora da obra, desfigurado não apenas - e tão tristemente
- em seus despojos, como também no vigor de suas idéias.
Dizer adeus ao Euclides parcial para voltar à leitura generosa daquelas páginas vibrantes
- que assombram e arrebatam como poucas - e reunir aqueles estilhaços num quadro mais pro-
fundo e mais articulado.
Apenas Euclides.
Mas integralmente. O da grande prosa poética, onde se alternam desertos de água e pe-
dra. O cartografo, de régua e compasso, no gabinete, e o viajante, que põe em risco a própria
vida, nos descampados da Bahia ou no inferno verde da Amazônia. O drama do sertanejo e do
seringueiro, do Hércules Quasímodo ao Judas Asverus. A distância histórica entre o rio Purus e o
Vaza-Barris. A visão do Atlântico e do Pacífico, em Peru versus Bolívia. O republicano convicto
e o socialista pensando o lugar do Brasil na América do Sul.
E, finalmente, o Euclides das grandes certezas e dos erros formidáveis, quando se perde
genialmente nas chamas da utopia e na esfera glacial do desengano.
O Euclides qu e se com para a o profeta Jeremias, a quem faltam barbas brancas, emaranha-
das e trágicas - barbas que, se não lhe cobrem o rosto, simbolizam o drama de uma prosa incon-
fundível -, a fratura do ser no espelho do verbo. Feridas que se abrem para um sertão segundo,
na literatura brasileira, onde b rilham os olhos de Diad orim .
É hora de voltar ao continente Euclides. Ao pensamento vivo de nossos mais inspirados
intérpretes. À partitura de uma beleza plural e dissonante.
A prosa fluvial de Euclides da Cunha - excessiva e irregular, rica em nutrientes e poten-
cialidades - estende-se por todos os domínios da linguagem. E avança - dramática e vertigino-
sa, num regime de cheias e vazantes, corredeiras e quedas de água - ao coração absoluto da
História; tão sinuosa, em seu percurso, e imprevisível; às vezes turva, pela trama da sintaxe;
outras, clara, nos afluentes de uma paisagem varada de ambigüidades raras. A prosa de Euclides
arrasta em seu vórtice muitas espécies de peixes, troncos de árvore, sedimentos semânticos, e
corre ao delta de uma língua nova e primordial, traço de união entre os sermões de Vieira e a
m a t é r i a f l e x í v e l d e Casa grande e senzala.
A imagem líquida é uma atenuante das leituras que endossam, de modo radical, a l ição
da pedra para se chegar a Os sertões, cujas palavras, fragosas e desprovidas de arestas, pare-
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cem a cusar a con diçã o impe rmeá vel da na rrativa, dentro da qual só haveria crít ica possível nas
camadas de um passado tectônico.
A obra de Euclides não seria mais que uma floresta de estalactites.
Essa atitude lítica e irredutível criou uma cortina de fumaça, como se escondesse ou cris-
talizasse um a dialética v iva, qu e se revela, a nossos olhos, tanto mais fina e sutil, quanto meno s
densamente pétrea se defina, mais próxima do magma - líquido, ardente e maleável.
Seria oportuno tentar uma aprox imaçã o de Euclides co m a música e a pintura, diminuindo-
Ihe o aporte escultural, como fez Gilberto Freire em Perfil de Euclides e outros perfis, cuja tese
- em bora insista, com o n ão podia deixar de ser, no vo lum e e no relevo - aproxim a Eu clides de El
Greco, no trânsito de uma lógica do excesso. Assim considerada, a prosa de Euclides não perde
a densidade específica, antes recobra o sentimento-idéia que a organiza, na tensão entre água e
rocha, ou, mais precisamente, entre ciência e poesia.
Impressiona o desenho incerto, que rege um acervo de massas formidáveis, na região im-
precisa e vasta em que se alonga a sua escritura. Avança e retrocede. Ensaia, estaca e tergiversa.
Todo um palimpsesto, cujos estratos podem ser lidos ao correr da página, na superfície da qual
flutuam trechos riscados, pentimenti, mu danças de rumo e perspectiva.
Uma nuvem de imagens que persegue núcleos de condensação, como quem parte de
um conceito flutuante, duas palavras, ou margens, que se entrechocam, e sondam uma terceira,
mais deslocada e, portanto, mais abrangente. Língua de ação, a de Euclides, que não se reduz a
uma demanda geográfica, antes se explica em termos de uma síntese, nova, insuficiente, voltada
a indagar os limites contratuais mimesis, no seio de uma paisagem nova , diante da qua l se mos-
tra imponderável. Como se fosse um processo inflacionário, que se dissolve ao atingir o ponto
máximo da representação. Tal como Dante no último céu da Divina comédia, nas cercanias do
Mistério, qua se sem palavras, distante da língua rochosa qu e o salvou no inferno e que, n o vértice
da Luz, se revela deficitária. O transcendente exige uma nova demanda poética. A linha tênue
que se expande e logo se desmancha. Dante opera no intervalo do silêncio.
Não há metafísica na obra de Euclides, mas uma força imperiosa que condensa a trama da
história e da poesia. O Em píreo de Eu clides é o Brasil profundo, sem a promessa de Beatriz. U m
estilo de calhau s e de cipós, com o se disse outrora, para cobrir todo o s ilêncio possível.
Espécie de Colombo de esquecidas geografias, Euclides vive o drama da terra e a imensa
polifonia de seus habitantes. Donde a transcrição das vozes populares do Brasil, tímida, e, no
entanto, a meio caminho do pregão das cocadas, de Bentinho, e do espanto de Riobaldo, frente
ao mistério do mundo.
Euclides escreve sob o signo do excesso, do Amazonas e do Sertão, com os quais parece
medir forças, como ninguém veio a fazer antes ou depois dele. Aquela grandeza não o assusta.
Precisa de espaço. E aposta no excesso. Um tecido misto e cheio de poros, em que a ciência e a
poesia se aprofundam. Mas é a segunda que predomina fortemente sobre a primeira.
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A mesma síntese que rege suas grandes obras também se manifesta - em estado selvagem -
nas cadernetas da Biblioteca Nacional. Anotações que lembram, de longe, o Códice Atlântico dos
escritos de Leonardo da Vinci. Um convívio de números, desenhos, signos quase indecifráveis - a
caligrafia mínima que dispensa a técnica d o espelho, m as qu e exige, dos olhos cansados, um a boa
lente de aumen to. O próprio Eu clides, no ensaio sobre Castro Alve s, chegou a dizer de seus papéis:
folheando há pouco, os meus velhos cadernos de cálculo transcendente, onde se
traçam as integrais secas e recurvas ao mod o d e caricaturas mal feitas, de esfinges,
e onde o infinito, tão arrebatador no seu significado imagino so, ou metafísico, se
desenha, secamente, com um oo , um oito deitado, um número que se abate, dese-
nhando, de uma maneira visível, a fraqueza de nossa inteligência, a girar e a regirar
num a tortura encarcerada, pelas voltas sem princípio e sem fim daque le triste sím-
bolo decaído - deletreando aquelas páginas, salteiam-me singularíssimas surpresas.
Aqui num breve espaço em branco, na trama dos riscos de uma coisa que se chama
equações binômicas, e que nunca mais vemos na vida prática, fulgura, iluminando
a folha toda:
Repúbl ica vôo ousado
do ho mem feito condor
além, enleada de sigmas, de alfas e de gamas cabalísticos divisa-se
a catapulta humana - a voz de Mirabeau
mais longe, seguindo um ramo de parábola, no seu arremesso eterno para o infini-
to, estira-se
o tri lho que Colombo abriu nas águas
como um íris no pélago profundo
Assim nos andávamos nós daqueles bons tempos: pela positividade em fora, e a
tatear no sonho...
Longa, muito embora, a citação parece crucial para explicar o pensamento líquido de Eu-
clides, entre a idéia do infinito e o sentimento d o infinito: corda tem ática qu e perm ite a expa nsão
dos harmô nicos qu e escondem no seio da precisão. U m verso de Castro Alves resume e ultrapas-
sa o oito deitado, na carga de emoção, do qual é portador, e na potência do horizonte figurado.
A dinâmica da pedra e da vertigem das coisas líquidas ultrapassa o limite de seus cadernos
e se resolve numa síntese superior.
E nessa grande síntese, paira, vitoriosa, a obra de E uclides , para a qual, não restam dúv idas,
é tempo de voltar.
Marco Lucchesi
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A base física de nossa nacionalidade
"Deslumbrados pelo litoral opulento e pelas miragens de uma civi-
llzaçâo, que recebemos emalada dentro dos transatlânticos, esque-
remo-nos tio interior amplíssimo onde se desata a base tísica real
de nossa nacionalidade."
( ' P l ano de uma
<
ruzada", em Contrastes e confrontos.
Eucl ides da Cunha.)
Euclides da Cuní ia.
Publ i cada no á lbum da Academia
Brasi lei ra de letras, [Rio de janeiro, 19-] .
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Pelo sertão: histórias e paisagens.
Afonso Arinos de Melo Franco.
Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1898.
Primeira edição.
O sertanejo.
José de Alencar.
Rio de Janeiro: L. Carnier, 1875.
Primeira edição.
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Imagem ao lado:
Corografia brasílica.
[Manuel Aires de Casal],
Rio de Janeiro: Imp. Régia, 1817.
Primeira edição.
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Cantos populares do Brasil.
S i l v io Romero.
Lisboa: Nova Livraria Internacional , 1883.
Primeira edição.
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Quadras sertanejas.
Garantidos pela lei
A qu e l e s ma l v a dos e s t ã o
N ós t e mos a l e i de De u s
les
tem a l e i do cão
O s u r u b u s d e t a n u d o s
E s c r e v e u p
r
a Capi ta
d u e j á t â o co m b ic o
Oe come o f i c i a
U m trecho das caatingas.
Ilustração na primeira edição de Os
sertões, Rio de Janeiro; São Paulo:
Laemmert, 1902.
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O cabeleira.
Franklin Távora.
Rio de Janeiro: Typ. Na cional, 1876.
Primeira edição.
Garganta de Cocorobó.
Euclides da Cunha, em sua caderneta de campo.
[1897],
Acervo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
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Grande homem pelo avesso
"Satisfez-se sempre com este papel de delegado dos céus. Não foi
além. Era um servo jungido à tarefa dura; e lá se foi, caminho dos
sertões bravios, largo tempo, arrastando a carcaça claudicante, arre-
batado por aquela idéia fixa, mas de algum modo lúcido em todos
os atos, impressionando pela firmeza nunca abalada e seguindo
para um objetivo fixo com finalidade irresistível."
(Os sertões, parte 3, capítulo 4. Eucl ides da Cunha.)
"Quando deres algum jantar, ou alguma ceia, não chames nem
teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizi-
nhos que forem ricos, para que não aconteça que também eles
te convidem à sua vez e te paguem com isso; mas, quando deres
algum banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os
cegos: e serás bem-aventurado, porque esses não têm com o que te
retribuir: mas ser-te-á isso retribuído na ressurreição dos justos."
( "Sob re a parábola do semead or" , no manuscr i to Prèdicas aos canudenses
( Be lo Mo nte, 1897), a t ribu ído a Antôn io C onselhe i ro) .
Vista de Canudos de uma encosta do Morro da Favela.
Eucl ides da Cunha, em sua caderneta de campo. [1897] ,
Acervo Insti tuto Histórico e Geográf ico Brasi lei ro.
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Antônio Conselheiro.
Ânge lo A gostini.
Publicada no jornal Don Quixote, Rio de
Janeiro, 13 fev. 1897.
18
Euclides da Cun ha: Um a Poética do Espaço Brasileiro |
Vitimas do dever.
Ânge lo Agostini.
Publicada no jornal Don Quixote, Rio de Janeiro,
21 mar. 1897.
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A n t i - C
r
i s t o c h e g o u
P a
r
a o B
r
a s i l g o v e
r
n á
M a s a í e s t á o L o n s e l h e i
r
o
P a
r
a de l e nos l i v
r
á
Oo céu ve io uma luz
( Ju e J e s u s C
r
i s t o ma n dou .
5 an to A n t ô n i o A p a r e c i d o
D o s c a s t i g o s n o s l i v
r
o u
A n t ô n i o [ o n s e l l n e i
r
o
P o
r
s e * * con se l h e i
r
i s t a
B
r
i g a c o m o g o v e
r
n o
Não tem medo da po l i ca
Quadras sertanejas. Arraial dos Canudos.
Urpia.
Bahia : W i lc ke Edgard e C., 1897.
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Mapa de Canudos.
Lopes Rodrigues.
Publ icado no jornal de Ala, Bahia, mar. 1940.
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Escrevo rapidamente
Escrevo rapidamente estas linhas, no meio do tumulto, enquanto a
fuzilaria intensa sulca os ares a cem metros de distância."
(Canudos: diário de uma expedição, 24 set. 1897. Eucl ide s da Cu nha.)
Expedição de Canudos.
Correspondente do lornal do
Commercio, Rio de Janeiro.
Publ icado em 6 out. 1897.
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Antônio Conselheiro.
Acqua rone .
Publ icado na revista Dom
Casmurro, R io de Jane i ro , maio
1946. Número espec ia l de
aniversário: Eucl ides da Cunha.
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Já à tarde, vi um neg ro que havia sido aprisionado . O s
soldados diziam-lhe que gritasse - Viva a Rep ública - e e le
ensangüentado, olhar resignado, calma completa, declara-
va que isso não fazia e elevando a voz dizia:
— Viva o meu Bom Jesus; a morte não me assusta,
am olem a faca e cortem-me o p escoço.
Perguntei-lhe se está certo de ressuscitar e ele respon-
deu:
— Sei perfeitamente que só se morre uma vez, mas
não importa, amolem a faca, viva o meu Bom Jesus
U m pequ eno de sete anos, ao sair do antro do s bandi-
dos, perguntava ao Sr. tenente Francisco Souza:
— Q ua l é a sua opinião? Fazem fogo ou não?
Macambira , dec laram também haver morr ido. No
acampamento, porém, quase todos crêem não só na sua
existência com o na de Antôn io Conselheiro.
Ao anoitecer, após a retirada das mulheres, crianças
e inválidos, o que pensei proposital, os jagunços atacaram
as nossas trincheiras, o que fizeram durante toda a noite,
sacrif icand o alguns dos nossos.
O dia de hoje tem também sido de caça aos miserá-
veis, continuando a entrega de mulheres e crianças.
Faleceram os alferes Vande rlei Lins, do 3 9° batalhão,
e Cavalcanti da Fonseca, do 29°.
Entre os que se entregaram, foram encontrados dois
desertores do Exército, que conseguiram fugir para a ca-
atinga.
Uma velha de cerca de oitenta anos, que ontem se
entregou, após violento tiroteio, foi pedir ao Sr. general
Barbosa que consentisse na sua volta para o reduto, a f im
de acaba r de m orrer , e de longe pedia a bênção a A ntônio
Conselheiro
[Canudos, 3 de outubro d e 189 7],
Alfredo Si lva, correspondente do jornal
A Notícia, Rio de Janeiro.
Pub licad o em 18-19 out. 1897.
Sucessos da Bahia.
[Hoch e] , correspondente do jornal O Paiz, Rio de Janeiro.
Publicado em 23 set. 1897.
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As tais jagunças possuem um china, um tal Joaqu im, de c erca de 8 anos, de uma v ivacidad e ad-
mirável. Fala como um papagaio, na frase vulgar, e maneja u ma arm a quase com a facil idade de u m
homem, desarmando-a e conhecendo-lhe até as munições respectivas.
Fez este exercício para eu ver e, com franqueza, admirei-me
Interroguei-o:
— Gostas do
Con s e l h e i r o ?
- N ã o .
— Quem ensinou-te a manejar estas armas?
— Foi um soldado de nome Lisboa (e isto foi confirmado por uma mulher) que é instrutor.
— Ma s, tu és capaz de dizer o qu e se passava e m C anudo s quan do lá estavas?
— Pois não.
E começou uma enfiada de informações, interrompidas pelas mulheres, a algumas das quais
(principalmente uma tal Teresa, de Sergipe, de cara má) ele impôs silêncio.
— Sabes se o
C o n s e l h e i r o
recebia papéis ou alguma coisa de valor?
— Ele recebia cartas, mas não sabia de quem. (U m a m ulher interromp endo: "Q ua nd o c om eçav a
o fogo o C o n s e l h e i r o recebia sempre uns avisos", de quem , não soube me dizer).
— Tu ainda queres ser jagunço?
— Não, senhor. Agora sou soldado.
Em resumo: a pobre criança é aproveitável ainda, tanto que, pedindo-me um cigarro, falei-lhe
severamente e humilhou-se.
Entrando em conversa c om as mulheres, a Teresa me disse que nun ca com batera; no entretanto,
um soldado afirma tê-la visto atirar com uma arma Com blain.
Afirmaram -me ter deixado vivos ainda os jagunços-chefes Pedrão , Vila N ov a, Zé G ag o, sentindo-
se pesarosos pela morte de um, cujo nome me escapa agora e que já foi publicado na imprensa.
Disseram-me mais, que e m Can udos há abu ndân cia d e farinha.
Perguntei como o
C o n s e l h e i r o
, em Bom Conselho, conseguiu levar gente para si , porquanto
entre as presas havia algum as dessa localidade.
M e responderam que o
C o n s e l h e i r o
seduzia m aridos e aman tes, dizendo-lhes que, quem não os
acompanhasse, os gafanhotos e uns pentes de ferro manejados por um cão preto lhes arrancaria as
peles da cabeç a aos pés.
Canudos.
Fáv i l a Nunes , correspondente da Gazeta de
Noticias, Rio de Janeiro.
Publ i cado em 17out . 1897.
[6 set. 1897 . Escreve-nos o nosso colega Lelis Piedade],
Le l is P iedade, correspondente do lornal de Notícias, Salvador.
Publ i cad o em 3 out . 1897.
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Vamos almoçar hoje em Canudos
"E foi uma debandada. Oitocentos homens desaparet iam em fuga,
abandonando
«is
espingardas; arriando
as
padiolas, em q ue se estor-
ciam feridos; jogando fora .is pecas de equipam ento; desarmando-
se; desapertando os cinturões, para
.1
carreira desafogada;
<•
corren-
do, correndo ao acaso, correndo cm grupas, em bandos erradios,
correndo pelas estradas e pelas trilhas que as recortam, correndo
para o recesso das caatingas, tontos, apavoradas, sem chefes,"
(CM sertões parte I , capitulo 6. Euc l ides da C unh a )
Canudos: pl inn
de
operações
de
guerra
no tstado
c/ i Bahia
1897.
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A matadeira.
Publicada no lomal de Ala, Bahia,
mar. 1940.
Divisão Canet (em Monte Santo).
Flávio de Barros.
[1897],
Acervo M useu da Repúbl ica .
Canudos e suas ce rcanias.
[ José Siqueira de Men ezes, che fe da
Comissão de Engenharia da Quarta
Expedição].
Publicada na primeira edição de Os
sertões, Rio de Janeiro; São Paulo:
Laemmert, 1902.
26 Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro |
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Concluídas as pesquisas nos arredores, e recolhidas as armas e
munições de guerra, os jagunços reuniram os cadáveres que jaziam es-
parsos em vários pontos. Decapitaram-nos. Queimaram os corpos. Ali-
nharam depois, nas duas bordas da estrada, as cabeças, regularmente
espaçadas, fronteando-se, faces volvidas para o caminho. Por cima, nos
arbustos marginais m ais altos, dep end urara m os restos de fardas, calça s
e dólm ãs m ulticores, selins, cinturões, quepes d e listras rubras, cap otes,
mantas, cantis e mochilas...
A caatinga, mirrada e nua, aparece u repentinam ente desabrochan-
do numa f lorescência extravagantemente colorida no vermelho forte
das divisas, no azul desma iado dos dólmãs e nos brilhos vivos das ch apas
dos talins e estribos oscilantes...
Um pormenor doloroso completou esta encenação cruel: a uma
banda avultada, em palado, erguido num galho seco, de angico, o co rpo
do coronel Tamarindo.
Era assombroso.. . Como um manequim terr ivelmente lúgubre, o
cadáv er desaprum ado, braços e pernas pendidos, osci lando à fe ição d o
vento no galho flexível e vergado, aparecia nos ermos feito uma visão
demoníaca.
Al i permaneceu longo tempo.. .
Quando, três meses mais tarde, novos expedicionários seguiam
para Canudos, depararam ainda o mesmo cenário: renques de caveiras
branqueando nas orlas do caminho, rodeadas de velhos trapos, esgarça-
dos nos ramos dos arbustos e, de uma banda - mu do protagonista de um
drama formidá vel o espectro do velho coma ndante.. .
Os sertões.
Eucl ides da Cunha.
Rio de Janeiro; São Paulo: Laemmert, 1902.
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Co m o ruge este inferno tumultuosam ente em desorde m Soldados sequio-
sos, esguridos, maltrapilhos, escassez d'água, fartura de porcaria, burros que se
devoram o pêlo, clarins que tocam a que ninguém atende, cavaleiros que pas-
sam levantando pó, resmungamento rouco de quem sucumbe à fome, respirações
cansadas, gemidos pungentes, um brado ao longe, bois que mugem e morrem,
mulheres de cócoras como múmias, falta de medicamento para os feridos nas
malas da ambulância médica, um tiro desgarrado, uma ordem que não se cum-
pre, cavalos escarvando o chão, todos varados de fome, feridos esmolando o
que comer, burros lambendo a crosta da terra, ar de estupor nas f isionomias
lúgubres, ambulâncias cheias de conserva, vinho, água do Setz e ovos em lata
- U m p unha do de farinha senão eu m orro - bangüês trazendo m ortos e feridos
com bicheiras, doentes no pó, oficiais deitados na poeira, praças ao pé, vento e
sol canicular, poeira, exalação fétida, horrível, podre, dos cadáveres insepultos,
anima is assombrados em esp arrame no m eio do povo, gritos, palavrões, am eaças,
tudo sofre; a fom e tortura, o calor q ueima, a sede abrasa, a poeira sufoca e olhos
esbugalhados f itam o vácuo :
Q ue m os poderá fechar no meio estonteador deste inferno tumu ltuar iame nte
em desordem ?
Favela 30-6-97
[Como ruge este inferno tumultuosamente em desordem ].
De um soldado desconhecido, reproduzido em O rei dos
jagunços, de Ma no el Benício, 1899.
Carta a Euclides da Cunha
discordando da narração de um
episódio envolvendo a Brigada
Cirard, feita no livro Os sertões.
Tito Pedro de Escobar, major.
[S.I.], 28 abr. 1903.
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Q u an d o s e u U s a " ^
l l a m a H n d o f u t f u
5 ô n ã o f u Ç i u q u e m m o ^ e u
5 ô q u em m o ^ e u nã o f u ç í u
Carta a Euclides da Cunha discordando da narração de um episódio
envolvendo a Brigada C irard, feita no livro Os sertões.
Tito Pedro de Escobar, major.
[S.I.], 28 abr. 1903.
30
Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro |
Quadra sertaneja.
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(Os sertões, parte 3, capítulo 6. Eucl ides da Cunha.)
Rendição dos conselheirislas em 2 de o utubro.
Flávio de Barros.
[1897] .
Acervo Museu da Repúbl i ca .
"Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resis-
tiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na
precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando
caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram qua-
tro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente
dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados."
Canudos não se rendeu
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A s mUlhrres
de Canudos
uerr
eiam
co m água quente
m e n í n o s c o m
p e d r a d a s
f a Z e m
muita g
e n t e
Sétimo Batalhão de Infantaria.
Flávio de Barros.
[1897],
Acervo Museu da Repúbl ica .
Quadra sertaneja.
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Igreja de Santo Antônio.
Flávio de Barros.
[1897].
Acervo Museu da R epúbl ica.
Igreja do Bom lesus.
Flávio de Barros.
[1897],
Acervo Museu da República.
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Ruínas das igrejas.
Euclides da Cunha, em sua caderneta de campo.
[1897],
Ace rvo Instituto Histórico e Geog ráf ico Brasileiro.
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— Onde está teu marido?
— No céu.
— Que queres dizer com isto?
— Meu marido morreu.
E o olhar c orre u ráp ido e fulgurante sobre os circunstantes sem se fitar em ninguém.
O che fe da comissão de engenharia julgou conven iente fazer-lhe algumas perguntas
acerca do número de habitantes e condições da vida, em Canudos.
— Há muita gente aí, em Canudos?
— E eu sei?... Eu não vivo navegando na casa dos outros. Está com muitos dias que
ninguém sai por via das peças. E eu sei con tar? Só conto até quarenta e rola o tempo pra
contar a gente de Belo Monte...
— O Conselheiro tem recebido algum auxílio de fora, munições, armas?...
— E eu sei? Mas porém em Belo Monte não manca arma nem gente pra brigar.
— Onde estava seu marido quando foi morto?
Esta pergunta foi feita por mim e em m á hora a fiz. Fulminou-me c om o olha r.
— E eu sei? Então querem saber de tudo, do miúdo e do grande. Que extremos ...
E um a ironia form idáve l, refletida nos lábios secos que ainda mais se rugaram n um sor-
riso indefinível, sublinhou esta frase altiva, incisiva, dominadora como uma repreensão.
— Onde está Vi la Nova?
— Abancou para o Caipã.
— E Pajeú?
— É de hoje que ele foi pro céu.
— Tem morrido muita gente aí?
— E eu sei?...
Este e eu
s e i
? é o início obrigado das respostas de todos; surge espontaneamente,
infalivelmente numa toada monótona, encimando todos os períodos, cortando persisten-
temente todas as frases.
— Fugiram muitos jagunços hoje, no combate?
— E eu sei? M eu marido foi morto por um lote de soldados quando saía; o mesmo tiro
queb rou o b raço d o m eu filho de colo... Fiquei e statalada, não vi nada... este sangue aqui
na minha manga é de meu filho, o que eu queria era ficar lá tamb ém, morta...
E assim vão torcendo e evitando a todas as perguntas, fugindo vitoriosamente ao
interrogatório mais habilmente feito. E que as interrogativas assediem-nos demais, infle-
xivelmen te, qua ndo não é mais possível tergiversar, lá surge o infalível e
e u s e i
? tradução
bizarra de todas as negativas, eufemismo interessante substituindo o
n ão
claro, positivo.
Canudos: diário de uma expedição.
Eucl ides da Cunha.
Rio de Janeiro: J . Olym pio , 1939.
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Cadáver de Antônio Conselheiro encontrado sob as ruínas da Igreja Nova.
Flávio de Barros.
[1897],
Acervo Museu da Repúbl ica .
36
Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro |
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A única ve rdade que eu lhe quis dar
"Q ue me importa a m im que o leitor estaque na leitura corrente se
a impressão que lhe dou com esse termo esquecido é a mais verda-
deira, a mais nítida, e em verdade, a única que eu lhe queria dar."
( "À memór ia de Euc l ides da Cunha" . Teodoro Sampaio. Publ i cado na
Gazeta do Rio Pardo, São José do Rio Pardo, 8 dez. 1954.)
Bilhete a Ernesto Senna solicitando que apresse a inserção
de um artigo de Araripe [lúnior]; comunicando a realização
do prefácio da segunda edição de Os sertões.
Eucl ides da Cunha.
Loren a, 1 mar. [190 2],
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DOCUM ENTOS BRASILEIROS
D I R I G I D A PO R G I L B E R T O F R E Y R E
6
EUCLYDES DA CUNHA
a n u d o s
( . D i á r i o de u m a e x p e d i ç ã o )
Francisco Escobar.
[18-] .
I n t r o d u c ç ã o d e
G I L B E R T O F R E Y R E
L i v r a r i a J O SÉ O L Y M P I O E d i t o r a
R u a d o O u v i d o r , 1 1 0 — K I O D E J A N E I R O
9 3 9
Canudos: diário de uma
expedição.
E u c l i des da C u n h a .
R i o de J an e i r o : J . O l y m p i o ,
1939.
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Fragmento de um vocabulário.
Eucl ides da Cunha.
[S.I., 19-].
| Eucl ides da Cunha: U ma Poética do Espaço Brasi leiro
3 9
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Teodoro Sampaio.
[19-] .
A barraquinha de S. losé do Rio Pardo
onde Euclides da Cunha acabou
de escrever Os sertões.
Publ i cada no jornal de Ala, Bahia, mar. 1940.
O s sertões - manuscrito de um trecho
não publicado.
Eucl ides da Cunha.
[S.I ., out. 1908]
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O s S e r t õe s
( C a m p a n h a d e C a n ü d o s )
p r
Enclydes c ia Cunha
Aquele livro bárbaro da minha mocidade
"Monstruoso poema cJa brutalidade e da força - é tão destoante da
maneira tranqüila pela qual considero ho je a vida, que eu mesmo
às vezes custo a entendê-lo. Em todo o caso é o primogênito do
meu espírito; e há críticos atrevidos que afirmam ser o meu único
livro..."
(Carta a Agustín de Vedia. Eucl ides da Cunha. Rio de Janeiro,
13 out. 1908.)
Os sertões.
Euc l ides da C unha.
Rio de janeiro; São Paulo: Laemmert & C., 1902.
Primeira edição.
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Os Sertões
( C a m p a n h a d e C a n u d o s )
por
( 2
a
ed ição cor reg ida )
K C . - E D I T O R E S
o r , 6 6 — R i o c i o J a n e i m
A L E M S . P A U L O
I 903
Os sertões.
Euclides da Cunha.
Rio de Janeiro: Laemmert &
C., 1903.
Segunda edição.
E u cl y d es d a C u n ha
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O S S E R T Õ E S
C A M P A N H A de C A n u d O S )
O S S E R T Õ E S
E U C L Y D E S D A C U N H A
E U C L Y D E S D A C U N H A
Os sertões.
Eucl ides da Cunha.
Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1905.
Terceira edição.
Os sertões.
Eucl ides da Cunha.
Rio de Janeiro: F. Alves & Cia., 1914.
Quinta edição, definit iva, de acordo com as emendas
deixadas pelo autor.
| Euclides da Cunh a: U ma Poética do Espaço Brasi leiro
4 3
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Detalhe :
Euclides da Cunha aos 39 anos.
Reprodução da rev is ta Dom Casmúrro,
maio 1946
Parecer da Comissão de
Estatutos e Redação.
Inst ituto Histór ico e Geográf ico Brasi le iro.
R io de J ane iro : Typographia Laemm ert &
C., 1887.
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Carta a Augustin de Vedia agradecendo e comentando o livro
recebido, citando um discurso que fez para os estudantes de
direito de São Paulo e falando sobre o livro Os sertões.
Eucl ides da Cunha.
Rio de Janeiro, 13 out. 1908.
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Um paraíso perdido
"Nada te direi da terra e da gente. Depois, aí, e num livro: Um
paraíso perdido, onde procurarei vingar a Hiloe maravilhosa de
todas as brutalidades das gentes adoidadas que a maculam desde
o século XVII. Que tarefa e que ideal. Decididamente nasci para
Jeremias destes tempos. Faltam-me apenas umas longas barbas
brancas, emaranhadas e trágicas."
(Carta a Coelho Neto. Eucl ides da Cunha. Manaus, 10 mar. 1905.)
[Aves amazônicas],
Ernesto Lohse.
Publ i cado no Álbum de aves amazônicas, de Em i l io
Goeld i , [ Be lém] : Museu Goeld i (Museu Paraense) de
História Natural e Etnographia, 1900-1906 (Zurich, Suíça:
Insti tuto Polygraphico A.G.) .
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Nesta página e na página ao lado:
[Aspectos da Amazônia],
James Wel ls Champney.
Integram o Álbum Champ : Traveis in the North
ofBrazil, [18-].
48
Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro |
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| Euclides da Cunha : Um a Poética do Espaço Brasileiro
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[Aspecto da Amazônia],
Franz Keller-Leuzinger.
[18-]
50
Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro |
Abaixo e na página ao
lado:
[Aspectos da Amazônia],
F.A. Fidanza.
Publicadas em Álbum do
Amazonas..., Manaus,
1901-1902.
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O Museu Coeldi em 1906.
Publicada em Museu Paraense
Emílio Coeldi, Rio de Janeiro:
Funarte, 1981.
[Aspecto do Museu Paraense
Emílio Coeldi],
Publicadas em Álbum do Estado
do Pará, Paris: Impr. Chaponet
(Jean Cussac), [1909],
Emílio Coeldi, Siqueira Rodrigues,
lacques Huber, Emilie Snethlage
e outros.
Publicada em Museu Paraense
Emílio Coeldi, Rio de Janeiro:
Funarte, 1981.
52
Euclides da Cun ha: U ma Poé tica do Espaço Brasileiro |
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Carta a Coelho Neto comunicando que havia dado o seu
voto para Sousa Bandeira, para a eleição da Academia
Brasileira de Letras.
Euc l ides da C unha.
Manaus, 10 mar. [1905].
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[Aves amazônicas],
Ernesto Lohse.
Publicados no Álbum de aves amazônicas, de Emilio Goeldi, [Belém]: Museu Goeld i
(Museu Paraense) de História Natural e Etnographia, 1900-1906 (Zurich, Suíça: Instituto
Polygraphico A.G.).
| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 55
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NOS MAPPAS DE
BRANCO,
PETERMAHN
£ NOTAS PARTICULARES.
IfCÍHDt
O A cre e a fronteira entre o Brasil e Bolívia.
Horác io E . Wi l l iams .
Rio de Janeiro; São Paulo: Laemmert & Cia., 1905.
56
Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro |
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O homem ali é um intruso
"A impressão dominante que tive, e talvez correspondente a uma
verdade positiva, é esta: o homem, ali, ainda é um intruso imperti-
nente. Chegou sem ser esperado nem querido - quando a natureza
ainda estava arrumando o seu mais vasto e luxuoso salão. E encon-
trou uma opulenta desordem..."
(À margem da história. Eucl ides da Cunha .)
Porto Grande.
Príncipe Adalberto da Prússia.
Publ i cado em Skizzen zu dem Tagebuch
von Adalbert Prinz von Preussen,
1842-1843.
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Q U I N T A P A R T E
*
D O
T H E S O U R O D E S C O B E R T O
N O
RIO MÁX IMO AM AZONAS.
C O N T E M
IIum novo m cthodo para a sua agricultura
jutilissima praxe para a sua povoação
navegação augmcnto e commercio
assim dos índios com o dos Europèos.
M . D C C C . X X .
Covi Licença da Meta do Desembargo do
58
Euclides da Cun ha: Um a Poética do Espaço Brasileiro |
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Extração e preparo dos ovos de tartaruga no
Rio Amazonas.
Publ icado em Atlas zur Reise in Brasilien, de
Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich Philip
von Mart ius, [München: M. L indauer, 1826?].
Mata à margem do Rio Amazonas.
Publ icado em Tabulae physiognomicae
Brasiliae regions, de Carl Fr iedrich Phi l ip von
Martius, 1840.
Margens do Rio lapurá, na vazante.
Publ icado em Tabulae physiognom icae
Brasiliae regions, de Carl Fr iedrich Phi l ip von
Martius, 1840.
60
Eucl ides da Cunha: Um a Poética do Espaço Brasi leiro |
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| Eucl ides da Cunha: Um a Poética do Espaço Brasi leiro 61
Skizzen zu dem Tagebuch
von Adalbert Prinz von Preussen.
Príncipe Adalberto da Prússia.
1842-1843.
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Caçada no Piranhaquara.
Príncipe Adalberto da Prússia.
Publicado em Skizzen zu dem Tagebuch von
Adalbert Prinz von Preussen, 1842-1843.
Breves.
Príncipe Adalberto da Prússia.
Publ icado em Skizzen zu dem Tagebuch von
Adalbert Prinz von Preussen, 1842-1843.
6 2 Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro |
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Triunfo doloroso
"É um triunfo doloroso. O sertanejo esculpiu o maldito [Judas] à sua
imagem. Vinga-se de si mesmo: pune-se, afinal, da ambição maldi-
ta que o levou àquela terra; e desafronta-se da fraqueza moral que
lhe parte os ímpetos da rebeldia, recalcando-o cada vez mais ao
plano inferior da vida decaída onde a credulidade infantil o jungiu,
escravo, à gleba empantanada dos traficantes, que o iludiram."
( " Judas Asvero" , em À margem da história. Eucl ides da Cunha.)
A nossa flotilha. .
Publ i cada em O rio Purus, de Eucl ides da Cunha,
R io de Jane i ro : SP VE A, 1960.
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No sábado de Aleluia os seringueiros do Alto-Purus desforram-se de seus
dias tristes. É um desafogo. Ante a concepção rudimentar da vida santificam-
se-lhes, nesse dia, todas as maldades. Acreditam numa sanção litúrgica aos
máximos deslizes.
Nas alturas, o Homem-Deus, sob o mesmo encanto da vinda do fi lho res-
surreto e despeado das insídias humanas, sorri , complacentemente, à alegria
feroz que arrebenta cá embaixo. E os seringueiros vingam-se, ruidosamente,
dos seus dias tristes.
Não tiveram missas solenes, nem procissões luxuosas, nem lava-pés to-
cantes, nem prédicas como vidas. Toda a semana santa correu-lhes na m esm ice
torturante daquela existência imóvel, feita de idênticos dias de penúrias, de
meios-jejuns permanentes, de tristezas e de pesares, que lhes parecem uma
interminável sexta-feira da Paixão, a estirar-se, angustiosamente, indefinida,
pelo ano todo afora.
"ludas As vero " , e m À m argem da h is tória .
Euc l i d e s d a Cunh a .
Por to : L i v . Chardron, 1909.
Atingindo qualquer trecho onde os pés de caucho se descubram, levan-
tam à beira de uma quebra o primeiro "tambo" de paxiúba, e atiram-se à ta-
refa agitadíssima. Os seus primeiros instrumentos de trabalho são a carabina
Win che ster - o rifle curto ad rede disposto aos recontros no traçado das rama-
rias -, o "m ac he te" cortan te que lhes destrama os cipoais, e a bússola portáti l,
norteando-os no embaralhado das veredas. Tomam-nos e lançam-se a uma re-
vista cautelosa das cercanias. Vão em busca do selvagem que devem combater
e exterminar ou escravizar, para que do mesmo lance tenha m toda a segurança
no novo posto de trabalhos e braços que lhos impu lsionem .
"Os caucheiros", em À margem da história .
Euc l i d e s d a Cunha .
Por to : L i v . Chardron, 1909.
| Euc l i d e s da Cun ha : Um a Poéica do Espaço B r as i l e i r o 64
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O barracão Liberdade, no Alto Purus.
P u b l i c a d a e m O rio Purus, de Euc l ides da
Cu n h a , R i o de J an e i r o : S P VE A , 1960 .
65 Euclides da Cunha: Um a Poéica d o Espaço Bras i l e i ro |
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I - Proibiçã o d o trabalho das crianças de qu alquer dos sexos até a idade d e 14 ou 15 anos;
II - Escolas gratuitas, com o ensino leigo e obrigatório para todas as crianças, sem distinção de
sexo, de cor e de nacionalidade, tendo as crianças pobres todo o necessário para freqüentar as
escolas: roupa, com ida, cuidado s m édicos, farmácia, etc., etc.;
III - Estabelecimentos apropriados para recolher os inválidos do trabalho, pobres, velhos e defei-
tuosos, dando-lhes com abund ância, roupa, comida, méd ico, farmácia, etc., para não irem mo rrer
nas enxergas dos hospitais e nos adros das igrejas, ou na calçad a d as ruas, imp lorand o a aviltadora
caridade, ministrada pelos ricos e arremediado s;
IV - A emancipação da mulher, reconhecendo-se-lhes iguais direitos e iguais deveres aos do ho-
mem , inclusive o de votar e ser votada;
V - Impostos diretos e pesadíssimos sobre a renda;
VI - Substituição das Forças Armadas pelo povo armado;
VII - Organização do trabalho por ser o único fator da riqueza;
VIII - Estabelecimento de bolsas do trabalho;
IX - Proporciona r, a preços módicos, a cada família, uma casa confortável para a sua residência;
X - Fornecer água e luz grátis para todos em geral;
XI - Tribunais arbitrais obrigatórios para as questões interna cionais;
XII - Justiça gratuita para todos;
X III - Supressão dos empréstimos internos e externos;
XIV - Tribunais arbitrais para decidir as questões entre patrões e operários;
XV - Dec retar leis de 8 horas de trabalho e a proibição d o trabalho à noite para os assalariados;
XVI - Leis repressivas contra os usurários, estabelecendo uma só taxa de juros para todos os ne-
gócios;
XVI I - Nacional ização do crédito;
XVIII - Leis reguladoras da venda de bebidas, para acabar com o alcoolismo;
XIX - Leis que estabeleça m o divórcio, dando à mulher as mesmas garantias que ao hom em ;
XX - Pensão aos inválidos do trabalho;
XXI - Reivindicação dos bens do clero para a comunhão social.
Programa de O Proletário.
[Eucl ides da Cunha],
Publicado em O Proletár io, órgão do Clube Democrát ico Internacional Fi lhos do Trabalho, São José do Rio Pardo, 1
maio 1899.
Festa exclusivamente popular, ela se destina a preparar o advento da mais nobre e fecunda
das aspiraçõe s hum anas: a reabilitação do pro letário p ela exata distribuição da justiça, cuja fór-
mula suprema consiste em dar a cada um o que cada um merece. Daí a abolição dos privilégios
derivados quer do nascimento, quer da fortuna, quer da força. Para esse fim é mister promover
a sol idar iedade entre todos os que form am a imensa maior ia dos oprimidos, sobre quem pesem
as grandes injustiças das instituições e preco nceito s sociais da atua lidade, destinados a desapa-
recer para que reine a paz e a felicidade entre os povos civil izados.
Promovendo, entre nós, a comemoração de uma data tão notável, o Clube Os Fi lhos do
Trabalho promoverá a divulgação dos princípios essenciais do programa socialista, empenhan-
do-se em difundi-los e ntre todas as classes s ociais.
Mensagem aos trabalhadores.
[Eucl ides da Cunha],
Publicad o em O Proletário, órgão do Club e D em ocrát ico Internacional Fi lhos do Trabalho, São José do Rio Pardo, 1
maio [1901],
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A terra é ainda misteriosa
"[A] Amazônia, ainda sob o aspecto estritamente físico, conhece-
mo-la aos fragmentos [...]. É natural. A terra é ainda misteriosa. O
seu espaço é como o espaço de M ilton: esconde-se em si mesmo.
Anula-a a própria amplidão, a extinguir-se, decaindo por todos os
lados adscrita à fatalidade geométrica da curvatura celeste ou ilu-
dindo as vistas curiosas com o uniforme traiçoeiro de seus aspectos
imutáveis."
(Prefácio a O inferno verde, de Alberto Rangel . Eucl ides da Cunha.)
Euclides num grupo a caminho do Alto Purus.
Reprodução da revista Dom Casmurro, maio 1946.
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Caderneta de apontamentos.
Eucl ides da Cunha.
[S.I., 19-].
Mapa dei Alto Yurua y Alto Purus que comprende
Ias ultimas exploraciones y estúdios verificados
desde 1900 hasta 1906...
Camilo Val lejos Z.
Lima : Lith. y Tip. Carlos Fa bbri, 1907.
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Eucl ides da Cunha: U ma Poética do Espaço Brasi leiro |
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scientitica e litteraria, Kio de Janeiro, 1906.
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Imagem arrebatadora
"E naquela dilatação maravilhosa dos horizontes, banhados no íul-
gor de uma tarde incomparável, o que eu principalmente distingui
- ao sul, ao norte e a leste - foi a imagem arrebatadora da nossa
pátria que nunca imaginei tão grande."
(Entrevista concedida por Eucl ides da Cunha ao tomai do Comm ercio.
Manaus, 29 out. 1905.)
Carta a Euclides da C unha
agradecendo remessa de livros.
Când ido Rondon .
Rio de Janeiro, 6 maio 1907.
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uenova: b.A. I . cl ichês cel lu loide
Bacigalupi, 1908.
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Relatório da comissão m ista brasileiro-peruana de
reconhecimento do Alto Purus de 1904-1905.
Ministério das Re lações Exteriores do Brasi l .
Rio de Janeiro: Imprensa Nac iona l , 1906 .
Carta a Euclides da Cunha agradecendo
remessa de livros.
Când ido Rondon .
Rio de Janeiro, 6 maio 1907.
Grupo de intelectuais e de estudantes
em que se destacam Afonso Arinos,
Home m de Melo, Euclides da Cunha ,
Araújo lorge, Graça Aranha, Pecegueiro
do Amaral, Gastão d a Cunha e César
Vergueiro.
[19-].
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Partindo de Manaus a 5 de abril, aqui aportamos,
de volta, a 23 do corrente: seis meses e meio. Para mui-
tos, isto foi um prodígio de celeridade, dada a quadra
imprópria em que seguimos.
Realme nte para o engenheiro, num reconhecimen-
to, a rocha, a f lor, o animal surpreendido numa volta
do caminho, um recanto de f loresta, um pedaço de rio
enovelado em corredeira ou desatado em estirões, e as
mesmas estrelas que ele prende por um instante nas ma-
lhas dos retículos, tudo que se lhe agita em roda deve
impressioná-lo e interessa-lo, mas não o prende, não o
manieta e não o remora.
Partimos de Curanja a 5 de julho depois de breve
dem ora para se regularem os nossos cronôm etros, e zar-
pamos para a Forquilha longínqua de Purus.
íamos para o misterioso.
O sol descia para os lados do Urubamba... Os nos-
sos olhos deslumbrados abrangiam, de um lance, três
dos maiores vales da terra; e naquela dilatação maravi-
lhosa dos horizontes banhados no fulgor de uma tarde
incom paráv el, o que eu principalm ente distingui, irrom-
pendo de três quadrantes dilatados, e trancando-os in-
teiram ente - ao sul, ao norte e a leste foi a imagem
arrebatadora da nossa Pátria que nunca imaginei tão
grande.
Fiquemos nesta altura...
Uma entrevista com o Dr. Euclides da Cunha.
Publicada no lornal do Commercio, Manaus,
29 out. 1905.
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Carta a Euclides da Cunha co municando a
localização de erro em m apa da região do Juruá e
designando uma tarefa relativa ao assunto.
Barão do Rio Branco.
[S.I.], 9 out. 1906.
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Carta a Euclides da Cunha, parabenizando-o pelo retorno a Manaus após a
expedição da Comissão do Alto Purus.
José Veríssimo.
[Rio], 25 out. 1905
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O império do desconhecido
"O cartografo profissional, afeito a percorrer a maravilha
milhares de milhas, montado comodamente num lápis bem
aparado e destro, velocíssimo e ágil no transpor oceanos
[...]. Faltam-lhe em geral a intimidade da Terra. Nunca sen-
tiram em torno, entre as vicissitudes das explorações lon-
gínquas, o império formidável do desconhecido."
( Peru versus Bolívia. Eucl ides da Cunh a.)
Esboço da região litigiosa Peru-Bolívia.
Eucl ides da Cunha.
Rio de )aneiro: Impr. Nacional , 1909.
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Bilhete a Euclides da Cunha
agradecendo o recebimento de
Contrastes e confrontos.
Si lv io Romero.
Rio de Janeiro, 18 nov. 1907.
Peru versus Bolívia - fragmento
de manuscrito, juntamente com o
preâmbulo ao livro Inferno verde,
de Alberto Rangel.
Eucl ides da Cunha.
[S.I., 19-].
78
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| 1 • V - J l
Peru versus Bolívia.
Eucl ides da Cunha.
Rio de Janeiro: Typ. do Jornal do
Commerc io , 1907.
Primeira edição.
, t *
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É que a nossa geografia está ainda em marcha. Dilata-se no desconhecido. Está em plena
idade heróica das explorações ou longínquas bat idas no deserto.
Sendo assim, vê-se desde logo que aos devotados à tarefa de fixar-lhe, cartograficamente,
as l inhas principais, não incumbe apenas a empresa incalculável de reunir e comparar e combi-
nar um sem número de e lementos, or iundos de invest igações largamente esparsas em superf í-
cies amplíssimas, em mais de três séculos de estudos, sob os infinitos aspectos em que estes se
nos mostram, desde as s imples indicações dos rote iros dos missionários aos cálculos precisos
das coordenadas astronômicas.
A tarefa é mais vasta e séria. Perdido na infinidade dos pormenores, enleando-se nas cur-
vas de níve l embaralhadas dos re levos, ou em tortuosos t h a l w e g s mal definidos, t i tubeante
no meio de informes, e dados, e plantas, que raro conchavam, que não raro se contrar iam, e
muitas vezes se anu lam diante de novos dado s mais recentes - os nossos geógrafos de gabinete
submetem-se, quase sempre, a um trabalho tão árduo quanto o dos que vão diretamente bater
de frente as regiões ignoradas. Hoje, diante da geografia sul-americana, eles restauram a mesma
at i tude de Gui lherme Del is le ou de Bourguignon D'Auvi l le , ante a geografia européia do século
X V I I I : isto é , ca rec em de exerci tar um a cr í t ica sup erior e profunda, cap az de norteá-los com se-
gurança no labir into das cartas part iculares, permit indo-lhes e l iminar os traçados intrusos que
as pervertem , corr igir as divergên cias q ue as separam , e , ao cabo , art iculá-las umas às outras,
mais em virtude de um esforço dedut ivo que da expressão v is íve l de seus desenhos contras-
tantes. Agindo dessa forma, Desl i le , sem se arredar da sua prancheta de cartografo, ret i f icou
o e ixo do Mediterrâneo, e deu, pela primeira vez, à Europa, a f igura real que e la conserva até
hoje; ao mesmo passo que D'Auvi l le , prolongando a mesma norma, cote jando e discut indo os
resultados das expedições até então realizadas, instituiu a cartografia geral como se fora uma
ciênc ia posit iva cap az de dedu ções infrangíve is, ou de previsões tão r igorosas que alguma vez o
cartografo experimentado, nas suas v iagens ideais, pode i r ret i f icar os i t inerários efet ivamente
tr i lhados pelos exploradores.
Ma s para isto comp reendem-se os atributos raros de paciên cia, d e lucidez, de claro discer-
nimento na anál ise dos documentos e de lance indut ivo no remate sintét ico dos estudos, que
se lhes requerem.
E o que nos revela - folgamos em registrá-lo - o A t l a s d o B r a s i l recém-elaborado pelos
senhores barão Ho m em de Me l lo e Dr . F ranc isco H om em de Me l lo . Nã o re lutamos em incluí-lo
entre os raros modelos que possuímos de uma cartografia racional e lúcida.
Atlas do Brasil
Francisco Inác io Marcondes, barão Hom em d e M elo .
Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1909.
Um atlas do Brasil.
Euclides da Cunha.
Publ icado no Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 29
ago. 1909.
Último artigo de Euclides, interrompido por sua morte.
| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 81
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O pequeníssimo vilarejo onde nasci
"O sr. está numa cidade que eu vi na mais remota juventude, e
bem perto do pequeníssimo vilarejo onde nasci - Santa Rita do
Rio Negro. Mesmo dessa encantadora Nova Friburgo tenho uma
impressão exagerada [...] conservo-lhe neste rever da idade viril
uma impressão de criança, a imagem desmesurada de uma quase
Babilônia."
(Carta a Mac ha do de Assis . Eucl ides da Cunha. Santos, 15 fev. 1904.)
Escola Militar da Praia Vermelha.
1907.
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Euclides da Cunha a os 10 anos.
[1876],
Manoel Rodrigues Pimenta d a Cunha, pai de Euclides.
[18-].
Euclides da Cunha aos 20 anos.
[1886],
Eudóxia Pimenta da Cunha, mãe de Euclides.
[18-].
84
Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro |
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Meus colegas:
Escrevo-vos às pressas, desordenadamente.. .
Guiam -me a pena as impressões fugitivas das mult icores e variegadas te las d e
uma natureza esplêndida que o
t r am w a y
me deixa presenciar de re lance quase.
É majestoso o que nos rodeia - no se io dos espaços palpita coruscante o
grande motor da v ida; envolta na clâmide cint i lante do dia, a natureza ergue-se
bri lhante e sonora numa expansão subl ime de canções, auroras e perfumes. . . A
prim avera cinge, do se io azul da mata, um co lar de f lores e o sol obl íquo , cá l ido,
num bei jo ígneo, acende na fronte granít ica das cordi lhe iras uma auréola de
lampejos.. . por toda a parte a vida.. . ; contudo uma idéia triste nubla-me este qua-
dro grandioso - lançando para a frente o o lhar, av isto al i , curva sinistra, entre o
claro azul da f loresta, a l inha da locomotiva, como uma ruga fatal na fronte da
natureza.. .
U m a ruga , sim .. . Ah Tachem -me m uito emb ora d e antiprogressista e anti-
civ i l izador; mas clamarei sempre e sempre: - o progresso envelhece a natureza,
cada l inha do trem de ferro é uma ruga e longe não vem o tempo em que e la,
sem seiva, mina da, mo rrerá E a human idade, nã o será dos céus que há de part i r
o grande "Basta" (botem b grande) que ponha f im a essa comédia lacr imosa a
que chamam vida; mas sim de Londres; não finar-se-á o mundo ao rolar a últ ima
lágrima e s im ao queimar-se o últ imo p edaç o de carv ão d e p edra. . .
Tudo isto me revolta, m e revolta vend o a cidad e dom inar a f loresta, a sarjeta
a dominar a f lor
Mas... eis-me enredado em digressões inúteis.. . Basta de "fi losofias" . . .
O me u cargo de corres pon den te (? ) ordena-me que escreva, de mod o a fazer
rir ( )... ter espírito ... eis o meu impossível: trago in m e n t e (deixem passar o latim)
o ser mais desenxabido que uma missa (perdoai-me, ó padres ). . .
Em viagem.
Euclides da Cunha.
Publicado no jornal O Democrata, [Rio de Janeiro],
4 abr. 1884.
Primeira publicação de Euclides.
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Teresa Maria de Jesus, avó de Euclides.
[18-].
Joaquim Alves Moreira, avô de Euclides.
Nilda.
1940.
Euclides da Cunha na Escola Militar, na Praia Vermelha.
Publicada na revista Dom Casmurro, Rio de Janeiro, maio 1946.
Número especial de aniversário: Euclides da Cunha.
Euclides é o quinto da direita para a esquerda, na primeira fileira.
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R e n a s c e n ç a
d i o s a s . q u e u m a v i d a d e t a l p o r t e d e s a p p a r e c e s s e
l i o m e i o d c t a m a n h a i n d i f f e r e n ç a , n u m c i r c u l o l i m i
t a d i s s i m o d c c o r a ç õ e s a n t i g o s . l m e s c r i p t o r d a e s t a
t u r a d c Machado d e A s s i s s ó d e v e r a e x t i n g u i r - c
d e n t r o d e u m a g r a n d e e n o b i l i t a d o r a e o m m o ç ã o n a -
c i o n a l .
l i r a p e l o m e n o s d e s a n i m a d o r t a n t o d c s c a s » i a
c i d a d e i n t e i r a , s e m a v i b r a ç ã o d e u m a b a l o , d e r i -
v a n d o i i n p e r t u r b a v e l m e n t e n a n o r m a l i d a d e d e s u a
e x i s t ê n c i a c o m p l e x a q u a n d o F a lt av a m p o u c o s m i -
n u t o s p a r a q u e
se
c e r r a s s e m q u a r e n t a
annus
de li
t e r n t u r a g l o r i o s a . . .
N e s t e m o m e n t o , p r e c i z . a m e t i te a o e n u n c i a r s e
e s s e j u í z o d e s a l e n t a d o , o u v i r a m s e u m a s t í m i d a s
p a n c a d a s n a p o r t a p r i n c i p a l d a e n t r a d a .
A b r i r a m 11';'. A p p a r e c e u 11111 d e s c o n h e c i d o : u m
a d o l e s c e n t e . d e 16 o u i H a n n o s n o m á x i m o . P e r g u n -
t a r a m l h e o n o m e . D e c l a r o u s e r d e s n e c e s s á r i o di
/ e l - o : n i n g u é m a l l i o c o n h e c i a ; n ã o c o n h e c i a p o r
s u a v e z n i n g u é m ; n ã o c o n h e c i a o p r o p r i o d o n o d a
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne
"Basta que tenhas c onstàn i ia e método, e que estudes nas
horas de estudo e prestes toda d atenção nas aulas. Assim,
ainda terás muito tempo para brincares; e chegarás ao fim
do ano com toda matéria sabida."
(Ca r ta ao f i lho Quid inho . Euc l ides da Cunha . R io de Jane i ro , 20
mar. 1908.)
"Diz-me se recebeste dois l ivros de Júlio Verne (que só
deves ler no recreio). Responde logo, e recebe um abraço
do teu pai e amigo Euclides."
(Ca r ta ao f i lho Quid inho . Euc l ides da Cunha . R io de Jane i ro , 12
jun. 1908.)
f \ U L T i n f l V I S I T A
A n o i t e e m q u e f a l l e c e u M a c h a d o d c
Assis ,
q u e m p e n e t r a s s e n a v i v e n d a d o p o e t a ,
e m L a r a n j e i r a s , n ã o a c r e d i t a r i a q u e e s t i -
v e s s e tã o p r ó x i m o o t r i s t e d e s e n l a c e d a
a d e . N a s a l a d e j a n t a r , p a r a o n d e d i z i a
d o q u e r i d o m e s t r e , u m g r u p o d e s e n h o r a s
h o n t e m m e n i n a s q u e e ll e c a r r e g a v a n o s b r a ç o s
i l i s s i m a s m ã e s d e f a m í l i a -
m - l h e o s l a n c e s e n c a n t a d o r e s d a v i d a e
i a in l l ie a n t i g o s v e r s o s , a i n d a i n é d i t o s , a v a r a -
g n a r d a d o s n o s á l b u n s c a p r i c h o s o s . A s v o z e s
n d i s c r e t a s , a s m a g n a s a p e n a s r e b r i l h a v a m n o s
m a r e j a d o s d e l a g r i m a s , e a p l a c i d e z e ra c o m -
a 110 r e c i n t o , o n d e a s a u d a d e g l o r i f i c a v a u m a
\ * i » K n l n n í l i - v i - s t l a ^ v i r i m s i ' i l t r m i - ; d i n t i l i i ^
A ultima visita.
Euc l ides da Cunha .
Publ ic ado na rev ista Renascença, R io de Jane iro, set. 1908.
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Euclides da Cunha no seu gabinete de trabalho.
[19-].
Os três filhos de Euclides da Cunha.
Bastos Dias.
Rio de Janeiro, [19-].
Carta a Euclides
da Cunha Filho
aconselhando
maior aplicação
nos exames de fim
de ano.
Eucl ides da Cunha.
Rio de Janeiro, 23
set. 1908.
Bft
Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro |
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Carta a Manuel Pimenta da
Cunha, pai.
Euc l ides da Cunha.
Rio de Janeiro, 8 ago. 1909.
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Cartão postal a Euclides d a Cunha Filho pedindo notícias.
Eucl ides da Cunha.
Rio de Janeiro, 23 ago. 1908.
Cartão po sta/ a Euclides da Cunha Filho dando co nsentimento para que fosse a uma exposição.
Eucl ides da Cunha.
Rio de Janeiro, 29 ago. 1908.
| Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro 90
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Cartão a seu filho, Sólon da Cunha, informando sobre a família; incentivando-o para que estude sempre; pedindo para
que cultive o coração, po is este vale mais do que a cabeça; e que escreva sempre.
Eucl ides da Cunha.
Santos, [19-].
| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 91
91
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Carta a Euclides da Cunha Filho comentando
a sua satisfação pelo sucesso do filho nos
estudos.
Eucl ides da Cunha.
Rio de Janeiro, 20 mar. 1908.
Carta a seu pa/', Euclides d a Cunha, com entando estar no I ° ano sup erior e falando das saudades de casa.
Eucl ides da Cunha Júnior.
[S.I., 19-].
| Euclides da Cun ha: Um a Poética do Espaço B rasileiro
9 3
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Carta a seu filho,
Sólon Rodrigues
da Cunha,
aconselhando-o a
ser um estudante de
valor, com constância
no estudo.
Eucl ides da Cunha.
Rio de Janeiro, 19
mar. 1908.
Cartão postal a seu
filho, Sólon da Cunha,
informando sobre o
estado de saúde do
Sr. Edgar; informando
que em breve seguirá a
encomenda solicitada
e pedindo para que se
dedique ao máximo nos
estudos.
Eucl ides da Cunha.
Friburgo, 23 ago. 1908.
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Jamais estudarei metafísica
"Direi [como César Vannini] : A metafísica é um a ciência
soberana e adorável, de grandes e de privilegiados recur-
sos; é uma formosa ciência, que nos incute conhecimen tos
inestimáveis e raros; mas é uma ciência que só se deve
estudar quando se é velho, rico e alemão. As duas últimas
condições d izem de modo i n i l u d í v e l q u e jamais estudarei
metafísica."
(Prova oral do concurso de Lógica do Ginásio Nacional , atual
Colégio Pedro I I . Eucl ides da Cunha. [Rio de Janeiro, 1909].)
Copacabana.
Maria Vasco .
1907.
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Carta a Coelho Neto sobre decisão de renunciar ao Carta a Otaviano Vieira,
concurso de Lógica. Eucl ides da Cunha .
Euclid es da Cun ha. Rio de Janeiro, 8 ago. 1909.
[Rio de Janeiro, 25 maio 1909].
96 Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro |
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Carta a Euclides da Cunha.
Oliveira L ima.
[S.I., 12 jul. 1909],
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Estrelas indecifráveis
"E pensamos - maravilhados diante do crescer e do transfi-
gurar-se da própria realidade -, que, mesmo na esfera apa-
rentemente seca do mais estreito racionalismo, se nos faz
mister um ideal, ou uma crença, ou os brilhos norteadores
de uma ilusão alevantada."
( "Estrelas indeci fráve is", em À margem da história. Eucl ides da
Euclides da Cunha e grupo na Ilha dos Búzios,
litoral de Santos.
Reprodução da revista Dom Casmurro, maio 1946.
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As catas.
Eucl ides da Cunha.
[S.I.], 1895.
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D. Quixote.
Eucl ides da Cunha.
[S.I. , 19-].
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102
Eucl ides da Cunha : Um a Poética do Espaço Brasi leiro |
Hémisphère Austral.
Ch. Dien.
Publ icado em Atlas celeste, de Cami l le
Flammarion, Paris: Gauthier-Villars, 1885.
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Aspectos das ilhas dos Búzios e da Victoria.
Eucl ides da Cunha.
[19-].
| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 1 0 3
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Estudos alemães.
TobidS Barreto.
Rio de Janeiro: Laemmert, 1892.
Castro A/ves e seu tempo.
Eucl ides da Cunha .
Rio de Janeiro: Imp. Nacional,
1907.
Caderno de cálculos.
Eucl ides da C unha .
[S.I., 19-].
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| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 105
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Caderno de cálculos.
Eucl ides da Cunha.
[S.I., 19-].
106
Eucl ides da Cunha: U m a Poét ica do Espaço Brasile iro |
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BARROS, F láv io de . Cadáver de Antônio Conselheiro encontrado sob as ruínas da Igreja Nova. [1897]. 1 fotografia, p&b .
Canudos não < rendeu Acer vo Mu seu da Repúbl ica
. Divisão Canet (Em Monte Santo). [1897], 1 fotografia, p& b. Fo i publicada na primeira edição d e Os sertões, 1902,
com a legenda "M on te Santo (base de op erações)".
V.iuio . i lmoçar hoje em Canudos Acervo M useu da Repúb l ica
_. Igreja de Santo Antônio. [1897]. 1 fotografia, p&b.
Acervo M useu da Repúb l ica
_. Igreja do Bom Jesus. [1897], 1 fotografia, p& b.
Acervo Museu da Repúbl ica
. Rendição dos conselheiristas em 2 de outubro. [1897], 1 fotografia, p& b. Foi publicad a na primeira ediçã o de O s
sertões, 1902, com a legenda "As prisioneiras".
Acervo M useu da Repúb l ica
. Sétimo Ba talhão de Infantaria. [1897], 1 fotografia, p& b. Foi publicad a na primeira ediçã o de O s sertões, 1902,
com a legenda "Acampamento dentro de Canudos".
Canud os não " rendeu Acervo Museu da Repúb l ica
BRA SIL. Ministério das Relações Exteriores. Relatório da comissão m ista brasileiro-peruana de Reconhecimen to do Alto
Purus de 1904-1905. Rio de Janeiro : Imprensa N acio nal, 1906. Relatório impresso da ediç ão bilíngüe.
Imagem arrebatadora 6-286,02,07 (coleçã o 1904-1905) | Pub licaçõ es Seriadas
C A N U D O S : plano de operações de guerra no Estado da Bahia. [S . I. , 1897]. 1 mapa.
Vam os a lmoçar ho je em Canudos AR C. 021,06,0 08 | Cartografia
[CASAL , M anue l A i res de ], Corografia brazilica, ou Relação historico-geografica no reino do Brazil... I . ed. Rio de Janeiro :
Imp. Regia, 1817. 2 v.
A base físic ,i de nossa riíK ionalid ade 38,0,5-6 | Obr as Raras
C H A M P N EV , James We l ls. [Aspectos da Ama zônia] . 3 estampas. In: . Álbum Cham p. Traveis in the North of Brazil.
[1860?].
U m paraíso perdido Arm 21.1.11 | Iconografia
C U N H A , Euc li des da . Aspectos das ilhas dos Búzios e da Victoria. [19-]. Reproduções dos croquis tirados pelo engenhei-
ro Eucl ides da Cu nha.
Estrelas indecifrá veis Vo l 113 | Iconografia
Bilhete a Ernesto Senna solicitando que apresse a inserção de um artigo de Araripe [Júnior]; comun icando a
realização do prefácio da segunda edição de Os sertões. Lorena, 1 mar. [1902], 1 p. Co leçã o Ernesto Senn a. Série Corres-
pondência recebida. Autógrafo. Manu scrito. (AEC 667).
A única verdade que eu lhe quis dar 1-05,15,039 | Man uscrito s
. Caderneta de apontamentos. [S.I., 19-]. 34 p. Co leçã o Euclides da Cun ha. Série Autógrafos. Orig inal. M anus crito.
m anexo, nota explicativa de Lúcio Aguiar. (AEC 642).
A terra é ainda misteriosa MS-43 | Man uscritos
. Caderno de cálculos. [S.I., 19-]. 68 p. Co leçã o Euclides da Cu nha . Origina l. Manus crito. Cadern o de exercícios
de cálculo infinitesimal de Euclides da Cunha, com 32 exercícios manuscritos a tinta e a lápis, incluindo poesias, notas,
minutas de cartas e desenhos, com muitas rasuras e trechos ilegíveis. (AEC 649).
Estrelas indecifráv eis 50,1,024 | Manu scritos
Canudos (Diário de uma expedição). Introdução de Gi lberto Freyre. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1939.
única verda de que eu lhe quis dar 150,1,16 | Ob ras Raras
. Carta a Augustin de Vedia agradecendo e comentand o o livro recebido, citando um discurso que fez para os
estudantes de direito de São Paulo e falando sobre o livro Os sertões. Rio de Janeiro, 13 out. 1908. 4 p. Coleção Adir
108
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Guimarães. Série Avulsos. Original e autógrafo. Manuscrito. (AEC 659).
Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade
1-09,06,094 | Manuscritos
. Carta a Coelho Neto co municando-lhe que já havia dado o seu voto para o Sousa Bandeira para a eleição d a
Academ ia Brasileira de Letras. Manaus, 10 mar. [1905]. 4 p. Coleção Coelho Neto. Autógrafo. (AEC 662).
U m paraíso perdido 1-01,05,077 | Man uscritos
. Carta a Coelho Neto sobre decisão de renunciar ao concurso de Lógica. [Rio de Janeiro, 25 maio 1909]. Catalo-
gação na BN : C U N H A , Eucl ides da . Carta a Coelho Neto falando-lhe sobre assuntos particulares. [S.I., 19-]. 1 p. Coleção
Coelh o N eto. Autógrafo. (AEC 664).
Jam ais estudarei metafísica 1-01,02,022 | Ma nus crito s
. Carta a Euclides da Cunha Filho aconselhando maior aplicação nos exames de fim de ano. Rio de Janeiro, 23
set. 1908. 1 p. Origin al. In: Á L B U M Euclides da Cunha. [S.I. J, 1895-1909. 200 doe. Cole ção Euclides da Cunha. Série
Correspondências. Conjunto reunido na Bibl ioteca Nacional. (AEC 682).
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne MS-467 | Manuscritos
. Carta a Euclides da Cunha Filho comentando a sua satisfação pelo sucesso do filho nos estudos. Rio de Janeiro, 20
ar. 1908. 2 p. Cole ção Euclides da Cunha. Série Correspondência enviada. Orig inal e autógrafo. Manuscrito. (AE C 669).
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne MS-43 | Manuscritos
. Carta a Ma nu el Pim enta da Cunha, pai. Rio de Janeiro, 8 ago. 1909. 3 p. Origin al. Anota ção a lápis: 1. In: Á L B U M
Euclides da Cunha. [S.I. ], 1895-1909. 200 doe. Coleção Euclides da Cunha. Série Correspondências. Conjunto reunido
na Bibl ioteca Nacional. (AEC 673).
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne MS-467 | Manuscritos
. Carta a Ota vian o Vieira . Rio de Janeiro, 8 ago. 1909. 4 p. Origin al. Anota ção a lápis: 2. In: Á L B U M Euclides da
unha. [S.I. ], 1895-1909. 200 doe. Coleção Euclides da Cunha. Série Correspondências. Conjunto reunido na Biblioteca
Nacional. (AEC 674).
Jamais estudarei metafísica MS-467 | Manu scritos
Carta a seu filho, Sólon Rodrigues da Cunha, aconselhando-o a ser um estudante de valor, com constância noestudo. Rio de Janeiro, 19 mar. 1908. 1 p. Co leç ão Euc lides da Cun ha. Série Correspond ência e nviad a. Original. Autó-
grafo. (AEC 675).
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne MS-43 | Manu scritos
. Cartão a seu filho, Sólon da Cunha, informando notícias sobre a família; incentivando-o para que estude sempre;
edindo para que cultive o coração, pois este vale mais do que a cabeça e que o escreva sempre. Santos, [19-]. 2 p.
Cole ção Eucl ides da Cunha. Sér ie Correspondência enviada. Original. Manuscrito. (AE C 675).
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne MS-43 | Manu scritos
_. Cartão postal a seu filho, Euclides, dando consentimento para que fosse a uma exposição. Rio de Janeiro, 29 ago.
1908. 1 doe. Cole ção E uclides da Cun ha. Série Corresp ondê ncia enviad a. Manus crito e impresso. Con tém ilustração com
o título "Brasil: Exposição Nacional - 1908". (AEC 681).
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne 1-04,18,007 | Ma nus crito s
. Cartão postal a seu filho, Euclides, pedindo-lhe notícias e perguntando se precisa de alguma coisa. Rio de Janeiro,
3 ago. 1908. 1 doe. Cole ção Eu clides da Cun ha. Série Correspond ência en viada. O riginal e autógrafo. Manusc rito e
impresso. (AEC 680).
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne MS-43 | Manu scritos
. Cartão postal a seu filho, Sólon da Cunha, informando sobre o estado de saúde do Sr. Edgar; informando que em
reve seguirá a encomend a solicitada e pedindo para que se dedique ao máximo nos estudos. Friburgo, 23 ago. 1908. 1
doe. Coleção Eucl ides da Cunha. Sér ie Correspondência enviada. Manuscrito. (AEC 675).
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne MS-43 | Manus critos
. Castro Alves e seu tempo: discurso proferido no Centro Aca dêm ico O nz e de Agosto, de S. Paulo. Rio de Janeiro:
Imprensa Nacional, 1907.
Estrelas indecifráveis 79, 5, 16A | Ob ras Raras
| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 109
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. As catas. [S.I.], 1895. 2 p. Coleção Euclides da Cunha. Série Autógrafos. Original. Autógrafo. Poesia oferecida a
Coelho Neto, em 1903.
Estrelas indecifráveis MS-43 | Man uscritos
. D. Quixote. [S.I., 19-]. 1 p. Co leçã o Euclides da Cu nha . Série Autógrafos. Orig inal. Man uscrito.
Estrelas indec ifráveis MS-43 | Man uscritos
. Entre os seringais. Kosmos: revista artística, scientifica e litteraria, Rio de Janeiro, ano 3, n. 1, p. [21-23], 1906.
A terra é ainda misteriosa PR -S PR 00 15 0 | Pub licaçõ es Seriadas
. Esboço da região litigiosa Peru-Bolívia. Rio de Janeiro: Impr. Nacion al, 1909. 1 mapa. (AE C 2116).
O império do desconhec ido AR C. 026,14,025 | Cartografia
. Fragmento de um vocabulário. [S.I., 19-]. 2 p. Co leçã o Euclides da Cun ha. Serie Autógrafos. Orig inal. M anuscri-
to. Acom panh a um recorte do jornal Correio da Manh ã, Rio de Janeiro, 27 dez. 1952, trazendo o art igo "Voca bulário de
Eucl ides da Cunha", por Eugênio Comes, 3 p. (AEC 650).
A única verdade que eu lhe quis dar MS-43 | Man uscritos
. Gargan ta de Coc orob ó. 1 desenh o a lápis. In: . Caderneta de campo: campanha de Canudos. [1897]. 214p. de texto, 23 desenhos. Autografa. (A EC 2110).
A base física de nossa nacionalidade Ac erv o Instituto Histórico e Geo gráfic o Brasileiro
. A idéia do ser. Fragmento do rascunho da prova oral à qual o escritor se submeteu para o concurso de Lógica
para o Ginásio N acional - Colégio Pedro II. [Rio de Janeiro, 1909]. 7 p. Coleção Euclides da Cunha. Série Autógrafos.
Original . Manuscrito. (AEC 652).
Jam ais estudarei metafísica MS-43 | Man uscritos
. Peru versus Bolívia. 1. ed. Rio de Janeiro: Typ. do Jornal do Com me rcio, 1907.
império do desconhe cido 75,5,23 | Obras Raras
. Peru versus Bolívia. Fragmento de manuscrito (rascunho) em um caderno, juntamente com o preâmbulo ao livro
Inferno verde, de Alberto Rangel. [S.I., 19-]. 40 p. Coleção Euclides da Cunha. Série Autógrafos. Original. Manuscrito.
O império do desconhe cido MS-43 | Manuscritos
. Ruín as das igrejas. 1 dese nho a lápis. In: . Caderneta de campo: campanha de Canudos. [1897]. 214 p. de
texto, 23 desenhos. Autógrafa. (AEC 211).
Canudo s não se rendeu Ac erv o Instituto Histórico e Geog ráfico Brasileiro
. Os sertões: campanha de Canudos. 1. ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Laemmert & C., 1902.
quele l ivro bárbaro da minha m ocidade 075,06,07B | Obra s Raras
. O s sertões: campanha de Canudos. 2. ed. corrigida. Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1903.
Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade 1-354,6,14 | Obr as Ge rais
. Os sertões: campanha de Canudos. 3. ed. corrigida. Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1905.
Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade 11-119, 7, 3 | Ob ra s Ge ra is
. O s sertões: campanha de Canudos. 5. ed. corrigida. Rio de Janeiro: F. Alves & Cia., 1914. Edição definitiva de
acordo c om as emendas deixadas pelo autor.
Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade 1-358,05,08 | Ob ras Ger ais
. Os sertões - manuscrito de um trecho não publicado. [S.I., out. 1908]. 38 p. Co leçã o Euclides da Cu nha . Origi-
nal. Manuscrito. Texto manuscrito em vermelho e preto, com notas e rasuras pela mão do autor. Dedicatória: "A Aloysio
de Carvalho, com um abraço do seu confrade e adm °r Eucl ides da Cunha. Rio - Ou t. 1908". (AE C 656).
A única verdade que eu lhe quis dar MS-16 (21 fot.) | Man uscritos
. A última visita. Renascença: revista m ensal de lettras, sciencias e artes. Rio de Janeiro , ano V, n. 55, p. 98, set.
1908. Caderno.
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne 1-214,02,18 | Pub licaçõ es Seriadas
| Eucl ides da Cu nha: Um a Poét ica do Espaço Brasi leiro 110
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. Vista de Canu dos de uma encosta do Mo rro da Favela. 1 desen ho a lápis. In: . Caderneta de campo: cam-
panha de Canudos. [1897], 214 p. de texto, 23 desenhos. Autografa. (AEC 2112).
Grand e hom em pelo avesso Ac ervo Instituto Histórico e Geo gráfico Brasileiro
C U N H A JÚ N I O R , E uc li de s d a. Carta a seu pai, Euclides da Cunha, com entando estar no ° ano superior e falando das
saudades de casa. [S.I. , 19-]. 3 p. Coleção Euclides da Cunha. Série Correspondência recebida. Original. Manuscrito.
(AEC 724).
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne MS-43 | Manu scritos
[DANIEL, João, sacerdote]. Quinta parte do thesouro descoberto no rio máximo Amazonas. 1. ed. Rio de Janeiro: Imp.
Regia, 1820.
O hom em ali é um intruso 151,4,11 | Ob ras Raras
DIAS, Bastos. Os três filhos de Euclides da Cunha. [19-]. 1 fotografia, p&b. Catalogação na BN : CU N H A , Eucl ides. Os
três filhos de Euclides da Cunha. Fotografia por Bastos D ias. R io de Jane iro: fot. Bastos Di as, [s.d]. Ex. 1 (original). Ex. 2
(reprodução). (AEC 2131).
Diz-me se recebeste dois l ivros de Júl io V erne ret. 2 | Iconog rafia
DI EN , Ch. Hém isphère Austral. 1 carta celeste. In: FL A M M A R IO N , Cam il le. Atlas céleste: com prenant toute les cartes de
1'ancien atlas de Ch. Dien. Rectifié, augmenté et enrichi de cartes nouvelles des principaux objets d'études astronomi-
ques... par Cam ille Flam marion... 6. ed. Paris [França]: Gauthier-Villars, 1885.
Estrelas indec ifráveis AT. 008 ,05,015 | Cartografia
EM ÍL IO Goeld i com S iqueira Rodrigues, Jacques Huber , Emi l ie Sneth lage e outros. In : INS TIT UT O NA CI O NA L DE ART ES
PLÁST ICAS . Museu Paraense Emílio Goeldi. Rio de Janeiro: Funarte, 1981. p. 12. 1 fotografia, p& b.
U m paraíso perdido 39.1.22 | Iconografia
ESCOBAR, Tito Pedro de. Carta a Eucl ides da Cunha discordando da narração de um episódio envolvendo a Br igada
Girard , feita no livro Os sertões. [S.I. J, 28 abr. 1903. 4 folhas. Orig inal. Ano tação a lápis: 91. In: Á L B U M Euclides da
Cunha. [S.I. ], 1895-1909. 200 doe. Coleção Euclides da Cunha. Série Correspondências. Conjunto reunido na Biblioteca
Nacional. (AEC 803).
Vam os a lmoçar hoje em Canudos MS-467 | Manuscritos
ES CO LA Militar da Praia Ver me lha. 1907. 1 fotografia, p&b .
O pequeníssimo vi larejo onde nasci Pasta de does do RJ, Tam A, no. 257 | Iconografia
EU CL ID ES da Cunha. 1 fotografia, p&b. In: Á L B U M da Academ ia Brasi leira de Letras. Rio de Janeiro, [19-J. Catalogação
na BN: CUNHA, Euclides da. Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1903, ocupou a cadeira no. 7. Fotografia do
álbum da Academia Brasileira de Letras.
(p. 12 deste catálogo ) ret. 1 | Iconogra fia
EU CL ID ES da Cunha aos 20 anos. [1886]. 1 fotografia, p&b. (A EC 2120).
O pequeníssimo vi larejo onde nasci ret. 2 | Iconografia
EU CL ID ES da Cunha aos 39 anos. [1905?]. 1 fotografia, p&b , reproduzida. Catalogação na BN : E UC LID ES da Cunha aos
39 anos segundo Dom Casmurro. (439.40): 23, maio 1946. (AEC 2121).
Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade ret. 1 | Iconografia
EU CL ID ES da Cunha e grupo na Ilha dos Búzios, litoral de Santos. [1902?]. 1 fotografia, p&b, reproduzida. Catalogaç ão na
BN: EU CL ID ES da Cunha. Grupo na Ilha dos Búzios, litoral de Santos. [1904?]. Reprod. de Dom Casmurro, Rio de Janeiro,
10 (439/40): 43, maio 1946. Número especial. (AEC 2129).
Estrelas indec ifráveis ret. 2 | Iconografia
EU CL ID ES d a Cunha em 1876, aos 10 anos. [1876], 1 fotografia, p&b. (A EC 21 19).
O pequeníssimo vilarejo ond e nasci ret. 2 | Iconograf ia
EUCLIDES da Cunha na Escola Mil i tar , na Praia Vermelha. Dom Casmurro, Rio de Janeiro, ano X, 439-440, p. 21, maio
1946. Número especial de aniversário: Euclides da Cunha. 1 fotografia, p&b.
O pequeníssimo vilarejo onde nasci PR-SOR 00161 | Obra s Raras
| Eucl ides da Cunha: U ma Poética do Espaço Brasi leiro 111
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EU CL ID ES da Cunha no seu gabinete de trabalho. [19-]. 1 fotografia, p&b . Catalogação na BN : R ET RA TO de Eucl ides da
Cun ha no seu gabinete de trabalho. (AE C 2125).
Diz-me se recebeste dois livros de Júlio Verne ret. 2 | Iconog rafia
EU CL ID ES num grupo a cam inho do Alto Purus. Dedicatória a Adél ia e Otaviano , datada de 7 fev. 1905. Reprodu ção de
Do m Casm urro, Rio de Janeiro, 10 (439/40): 37, maio 1946. Nú me ro especial . (AEC 2127).
A terra é ain da misteriosa ret. 2 | Icono grafia
EU D Ó X IA P imenta da Cunha, mãe de Euc lides da Cunha. [18-]. 1 fotograf ia , p&b. Cata logação na BN: C U N H A , Eudóxia
Pimenta da. Mãe de Eucl ides da Cunha. (AEC 2132).
O pequeníssimo vi larejo onde nasci ret. 2 | Iconog rafia
E XP E D I Ç Ã O d e C an u do s , jornal do Commercio, Rio de Jane iro, ano 77, n. 277, p. 1-2, 6 out. 1897. Ga zetilh a.
Escrevo rapidamente PRC-SPR 00001 | Publ icações Seriadas
EXTRAÇÃO e preparo dos ovos de tartaruga no Rio Amazonas = Aus Ausgrabung und Zubereitung der Schi ldkróteneir,
am Amazonenstrome. In: SPIX, Johann Bapt ist von; MARTIUS, Carl Friedrich Phi l ip von. Atlas zur Reise in Brasilien.
[München: M. Lindauer, 1826?] . prancha 27. 1 desenho.
O hom em al i é um intruso C V 2 .1 6 | Iconografia
FI D A N ZA , F. A. [Aspectos da Amaz ônia] . 2 fotografias, p&b. In: Á L B U M do Amazo nas.. . /fotografias de F. A. Fidanza.
Manaus: [s.n.], 1901-1902.
U m paraíso perdido 48.1.8 | Iconografia
FR AN CI SC O Escobar. [18-]. 1 fo tografia, p&b. Cata logação na BN : ES CO BA R, Franc isco .
A única verdade qu e eu lhe quis dar ret. 1 | Iconog rafia
FR AN CO , A fonso A rinos de Me lo . Pelo sertão: historias e paizagens. 1. ed. Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1898.
A base física de nossa nacionalidade 79,1,5 | Ob ras Raras
G R U P O de intelectuais e de estudantes em que se destacam Afonso Arinos, Ho m em de M elo, Eu cl ides da Cunha , Araú jo
Jorge, Gra ça Aran ha, P ecegueiro do Am aral , Gastão da Cun ha e César Vergueiro. [19-]. 1 fotografia, p&b. Catalogação
na BN : EUCL IDES da Cunha . Fotografia de um grupo de intelectuais e de estudantes em qu e se destacam Afonso Arinos,
Homem de Melo, Euclides da Cunha, Araújo Jorge, Graça Aranha, Pecegueiro do Amaral, Gastão da Cunha e César
Vergueiro. 1 reprod. tipogr. p& b. (AE C 213 0).
Imag em arrebatadora ret. 1 | Iconografia
[H OC HE ] , Sucessos da Bahia . O Paiz, Rio de Janeiro, ano XII I , n. 4733, p. 2, 23 set. 1897.
Escrevo rapidamente PR-SPR 00006 | Publ icações Seriadas
H O M E M DE ME LO , F ranc is co I nácio Marcondes , barão . Atlas do Brazil /pelo Barão Homem de Mel lo e pelo Dr. Francis-
co Homem de Mel lo; com a colaboração do Marechal Visconde de Beaurepaire Rohan et al . . . Rio de Janeiro: F. Briguiet ,
1909. 1 atlas.
O império do descon hecido AT. 001,01,005 ex.1 | Cartografia
I N S T I T U T O H I S T Ó R I C O E G E O G R Á F I C O B R A S I L E IR O . Parecer da comm issão de Estatutos e Redacção do Instituto
Histórico e Ceograp hico Brazileiro. R io de Janeiro: Typ. Laemmert & C., 1887. Assinado por Augusto Fausto de Souza e
Frankl in Távora. (AEC 658).
Aquele l ivro bárbaro da minha mocidade 99B,19 ,20 | Obras Raras
KEL LER- LEU ZING ER, Franz. [Aspectos da Amazônia] , 1 estampa. In: KELL ER- LEU ZIN GER , Franz. [18-] .
U m paraíso perd ido Are 30 E: c: I I | Iconografia
LIM A, O l iveira. Carta a Eucl ides da Cunha . [S .I . ], 12 jul . 1909. 2 p. Original . An otação a lápis: 13. In: Á L B U M Eucl ides da
Cun ha. [S . I .] , 1895-1909. 200 doe. Coleç ão Eucl ides da Cunh a. Série Correspondências. Conju nto reunido na Bibl ioteca
Nacional . (AEC 772).
Jamais estudarei metafísica MS-467 | Manu scritos
112 Eucl ides da Cunha: Uma Poét ica do Espaço Brasi le iro |
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LOHSE, Ernesto. [Aves amazônicas]. 3 estampas. In: GOELDI, Emil io. Álbum de aves amazônicas. [Be lém] : Museu Goeld i
(Museu Paraense) de História Natural e Etnographia, 1900-1906 (Zurich, Suíça: Instituto Polygraphico A.G.). Suplemento
ilustrativo à obra Aves do Brasil pelo Dr. Emíl io A. Goeldi.
U m paraíso perd ido 88.9.30-31 | Iconografia
M A N O E L Rodrigues Pimenta da Cunh a, pai de Eucl ides da Cunha. [18-]. 1 fotografia, p&b . Catalogação na BN : C U N H A ,
Manoel Rodrigues Pimenta da. Pai de Eucl ides da Cunha. (AEC 2134).
O pequeníssimo vi larejo onde nasci ret. 2 | Icono grafia
MARGENS do Rio japurá, na Prov. Rio Negro, na vazante = Ripae Fluvi i Japurá, in Prov. Rio Negro, tempore decessus
aquarum. In : MARTIUS, Car l F r iedr ich Ph i l ip von. Tabulae physiognom icae Brasiliae regions... [S.I. ], 1840. tab. XXV. 1
estampa.
O hom em al i é um intruso 48,02,14 | Obra s Raras
M A T A à margem do Rio Am azonas, ou Caa-ygapo dos íncolas - Si lva in r ipa fluvii amazonu m - Caa-ygapo incolis dieta.
In: MA RT IUS , Car l F r iedr ich Ph i l ip von. Tabulae physiognom icae Brasiliae regions... [S.I.], 1840. tab. I. 1 estampa.
O hom em al i é um intruso 48,02,14 | Obra s Raras
A M A T A D E I R A . /ornai de Ala, Bahia, ano II, n. 3, p. 75, mar. 1940. 1 fotografia, p& b. Fotografia do canhão Wi thw ort h 32.
Vam os a lmoçar hoje em Canudos 1-444,01,18 | P ublic açõ es Seriadas
[MENEZES, José Siqueira de]. Canudos e suas cercanias. In: CUNHA, Eucl ides da. Os sertões: campanha de Canudos. 1.
ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Laemmert & C. , 1902. p. 190. 1 planta. Autoria da planta atr ibuída conforme BARROS,
Flávio de. Canudos: imagens da guerra. Rio de Janeiro: M us eu da Repúb lica; Lace rda, 1997. p. 10.
Vam os a lmoçar hoje em Canudos 075,06 ,07B | Ob ras Raras
O M U S E U G o e l d i e m 1 9 0 6 . I n : I N S T I T U T O N AC I O N AL D E AR T E S P L ÁS T I C AS . Museu Paraense Emílio Coeldi. Rio de
Janeiro : Funarte, 19 81. p. 10. 1 fotografia, p& b.
U m paraíso perdid o 39.1.22 | Iconografia
N I L D A . Joaquim Alves M oreira, avô de Euclides da Cunha. 1940. 1 desenho. Cata logação na BN: M O RE IR A, Joaqu im
Alves. Avô de Eucl ides da Cunha. (AEC 2133).
O pequeníssimo vi larejo onde nasci ret. 1 | Iconog rafia
A NOSSA f lot i lha . In : CUNHA, Eucl ides da . O rio Purus. Rio de Janeiro: SP VE A, 1960. p. 24. 1 fotografia, p&b. (AE C
2141).
Triunfo doloro so 11-156,6,28,n.2 | Ob ras Ge rais
NUNES, Fáv i la . Canudos. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, ano X XIII, n. 290, p. 1-2, 17 out. 1897.
Escrevo rapidamente PR-SPR 02764 | Publicaçõ es Seriadas
NYMPHAEA rudgeana; N. amazonum. In : MARTIUS, Kar l F r iedr ich Ph i l ipp von. Flora brasiliensis. Monachii: Frid. Fleis-
cher, 1840-1906. v. 4, parte 2, p. 165-170, tab. 35. 1 estampa.
O hom em ali é um intruso 048,04,09-10 | Ob ras Raras
PRE SCIL IAN O. Euclides da Cunha, jornal de Ala, Bahia, ano II, n. 3, p. 62, mar. 1940. 1 desenho.
(p. 116 deste catálogo) 1-444,01,18 | Pub licaçõ es Seriadas
RANGEL , A lbe r to . Inferno verde (scenas e scenarios do Amazonas) com um prefácio de Euclydes da Cunha e desenhos
por Arthur Lucas. Gênova: S.A. I . cl ichês cel lu loide Bacigalupi, 1908.
Imagem arrebatadora 73,5,16 | Ob ras Raras
RHEXIA canescens. In : HUMBOLDT, Alexander , Fre iherr von . Voyage de Humboldt et Bonpland. Paris: F. Sc ho ell, [s.d.].
prancha 18. 1 estampa.
O hom em al i é um intruso 43,4,11 | Obra s Raras
RHEXIA card ina l is . In : HUMBOLDT, Alexander , Fre iherr von . Voyage de Humboldt et Bonpland. Paris: F. Sc ho ell, [s.d.].
| Eucl ides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasi leiro
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prancha 37. 1 estampa.
O homem ali é um intruso
43,4,11 I Obra s Raras
RIO BRANCO, barão do. Carta a Euclides da Cunha comunicando localização de erro em mapa. [S. I . ] , 9 out. 1906. 2 p.
Origin al. Anotação a lápis: 50. In: Á L B U M Euclides da Cunha. [S. I. ] , 1895-1909. 200 doe. Cole ção Euclides da Cunha .
Série Correspondências. Conjunto reunido na Biblioteca Nacional. (AEC 808).
Imagem arrebatadora MS-467 | Manuscritos
RODRIGUES , Lopes . Mapa de Canudos , lornal de Ala, Bah ia, ano II, n. 3, p. 74, mar. 1940. 1 mapa.
Grande homem pelo avesso 1-444,01,18 | Pub licaçõ es Seriadas
R O M E R O , Silv io. Bilhete a Euclides da Cunha agradecen do o recebimento de Contrastes e confrontos. Rio de Janeiro, 18
nov. 1907. 2 p. Origina l. In: Á L B U M Euclides da Cun ha. [S. I .] , 1895-1909. 200 doe. Coleção Euclides da Cun ha. Sé rie
Correspondências. Conjunto reunido na Biblioteca Nacional. (AEC 873).
O império do descon hecido MS-467 | Manusc ritos
ROME RO, S i l v i o . Cantos populares do Brazil. 1. ed. Lisboa: Nov a Livraria Internacion al, 1883. 2 v.
A base física de nossa nacionalidade 80,3,8-9 | Ob ras Raras
R O N D O N , Câ ndido . Bilhete a Euclides da Cun ha agradecendo remessa de livros. Rio de Janeiro, 6 maio 1907. 2. p.
Original. In: Á L B U M Euclides da Cunha. [S. I. ], 1895-1909. 200 doe. Coleçã o Euclides da Cun ha. Série Correspondências.
Conjunto reunido na Biblioteca Nacional. (AEC 842).
Imagem arrebatadora MS-467 | Manuscritos
TÁ VO RA , José Frankl in da S i lve ira . O cabelleira: historia pernambuc ana. 1. ed. Rio de Janeiro: Typ. Nacion al, 1876.
A base física de nossa nacionalidade 11-107,2,9 | O br as Ge rai s
T E O D O R O Sampaio. [19-]. 1 fotografia, p&b. Cata logação na BN : SA M PA IO , Teodoro.
A única verdade que eu lhe quis dar ret. 1 | Icono grafia
TER ESA Maria d e Jesus, avó de Euclides da Cunha. [18-]. 1 fotografia, p&b. Catalogação na B N : JES US , Teresa Maria d e.
Avó de Euclides da Cunha. (AEC 2135).
O pequeníssimo vilarejo onde nasci ret. 2 | Icono grafia
U M T R EC H O das caat ingas. In: C U N H A , Eucl ides da . Os sertões: campan ha de Canud os. 1. ed. Rio de Janeiro; São Pau lo:
Laemmert & C., 1902. p. 42. 1 figura.
A base física de nossa nacionalidade 075,06 ,07B | Ob ras Raras
U R P I A . Arraial dos Canudos. 1897. 1 l itografia, reproduzida. Catalogação na BN : C A N U D O S (Euclides da Cun ha, BA) -
Vistas, 1897. Urpia, 1897. Arraial dos Canudos visto pela estrada do Rosário. A escolhida pela expedição Moreira Cezar.
Bahia, Wi lc ke Edgard e C., 1897. Reprodução d e uma litografia.
Grande homem pelo avesso Vo l 115 Urpia | Iconografia
VALLE JOS Z . , Cami lo . Mapa dei Alto Yurua y Alto Puru s que comprende Ias ultimas exploraciones y estúdios verificados
desde 1900 hasta 1 906... indicando... el último tratado con el Brasil. Lima: Lith. y Tip. Carlos Fabbri, 1907. 1 mapa.
Escala 1:1.000.000.
A terra é ainda misteriosa AR C. 010 ,02,00 8 | Cartografia
VAS C O, Ma r i a . Copacabana. Rio de Janeiro, 1907. 1 cartão postal, color. Re prod ução segun do aquarela.
Jamais estudarei metafísica Pasta de docu men tação da cidade do Rio de Janeiro, tamanho C,
pasta 13, no. 53 | Icono grafia
VERÍSSIMO, José. Carta a Euclides da Cunha parabenizando-o pelo retorno a Manaus após a expedição da Comissão do
Alto Pu rus. [S.I.], 25 out. 1905. 3 p. Ori gin al. Ano taçã o a lápis: 34. In: Á L B U M Euclid es da Cu nh a. [S.I.], 1895-1909. 200
doe. Coleção Euclides da Cunha. Série Correspondências. Conjunto reunido na Biblioteca Nacional. (AEC 751).
Imagem arrebatadora MS-467 | Manu scritos
| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 114
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radecemos a colaboração e o assessoramento prestados
pelas divisões de guarda d os acervo s de Cartografia, Icono-
grafia, Manuscritos, Obras Gerais, Obras Raras e Publicações Seriadas
da Fundação Bibl ioteca Nacional .
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Composição em CG Omega
Capa em papel cartão D uo Design 250 g/m2
Miolo em papel Couché Matte 90 g/m2
| Euclides da Cunha: Uma Poética do Espaço Brasileiro 116
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