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INFORMATIVO DO LATICÍNIOS CAROLINA LTDA - ANO 3 - N° 11 - MARÇO/ABRIL 2015 ENDEREÇAMENTO POSTAL Leite de qualidade Irrigação Água preservada Pág. 3 Pág. 6 Pág. 8 Para Tiago Mantovani, da Fazenda Santa Cruz, bons equipamentos melhoram a qualidade do leite. A irrigação trouxe estabilidade à produção de leite para Pedro Paulo Viana do Assentamento Matida em Jundiaí do Sul. Mina preservada na Ruvina abastece oito famílias há mais de 40 anos. Pág. 4 PROGRAMAS DO CAROLINA AJUDAM NAS ATIVIDADES DOS PRODUTORES A produção e o fornecimento de ração de qualidade, um dos projetos do Laticínios Carolina, completa três anos no campo. Tuberculose e brucelose Pág. 7 Exames deverão ser refeitos até maio.

Informativo carolina nº 11

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Informativo do Laticínios Carolina destinado aos produtores de leite do Norte Pioneiro do Paraná

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INFORMATIVO DO LATICÍNIOS CAROLINA LTDA - ANO 3 - N° 11 - MARÇO/ABRIL 2015

ENDEREÇAMENTO POSTAL

Leite de qualidade

Irrigação

Água preservada

Pág. 3

Pág. 6 Pág. 8

Para Tiago Mantovani, da Fazenda Santa Cruz, bons equipamentos melhoram a

qualidade do leite.

A irrigação trouxe estabilidade à produção

de leite para Pedro Paulo Viana do Assentamento

Matida em Jundiaí do Sul.

Mina preservada na Ruvina abastece oito famílias há mais de 40 anos.

Pág. 4

PROGRAMAS DO CAROLINA AJUDAM NAS ATIVIDADES

DOS PRODUTORESA produção e o

fornecimento de ração de qualidade, um dos projetos do Laticínios

Carolina, completa três anos no campo.

Tuberculose e brucelose

Pág. 7

Exames deverãoser refeitos até maio.

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Lati cínios Carolina LimitadaRua Benjamin Constant, 84086410-000 - Ribeirão Claro-PR(43) 3536-8100(43) [email protected]

CRL CarolinaRod. Parigot de Souza, km 307Siqueira Campos - PRFone: (43) [email protected]

Área de coleta de leite:Barra do Jacaré, Cambará, Carlópolis, Guapirama, Jaboti , Jacarezinho, Joaquim Távora, Jundiaí do Sul, Pinhalão, Quati -guá, Ribeirão Claro, Ribeirão do Pinhal, Salto do Itararé, Santa Amélia, Santana do Itararé, Santo Antônio da Plati na, São José da Boa Vista, Sengés, Siqueira Campos, Tomazina e Wenceslau Braz

Coordenadoria de Políti ca Leiteira

Atendimento aos produtoresCarlos Henrique Nassif(43) [email protected] Atanásio(43) [email protected] Golinelli Beneto(43) 3536-8100 (Opção 8)[email protected] Aparecido Brizola (43) 3536-8100 (Opção 8)[email protected] Tiago Ramos (43) 8840-8613 José Claudio dos Santos(43) [email protected] Ribeiro Júnior(43) [email protected]

Jornalista ResponsávelNilson Herrero - MTB 2113(43) [email protected]ção VisualWilliam InumaruRevisão de TextoMaria Christi na Ribeiro BoniProdução:

(43) 3024-4084

Trocou a sala de aulapela produção de leite

A professora Maria Rosimei-re Espairani, estressada da sala de aula, e seu marido, o cami-nhoneiro Lenir Leoni, com pres-são e colesterol altos, decidiram buscar uma nova atividade com maior qualidade de vida na zona rural.

Há quase três anos o casal mudou-se de Nova Fátima para um dos lotes do Assentamento Matida, em Jundiaí do Sul. No lote de sete alqueires, Rosimei-re se dedica à produção de leite. Lenir ainda continua com o ca-minhão buscando melancias nas zonas de produção para vender nas ruas das cidades da região, mas o projeto é os dois dedi-carem-se ao trabalho no sítio, quando a propriedade e a ativi-dade leiteira estiverem estrutu-radas.

Com pouca experiência e contando somente com a ajuda do pai e dos irmãos, agricultores em Nova Fátima, ela iniciou a readequação do sítio, limpando e recuperando pastos e plantan-do roça para fazer silagem. Na formação do plantel Rosimeire acabou tendo alguns tropeços. Começou com animais mestiços de pouca produção. Buscando melhorar o gado adquiriu ani-mais de melhor raça, mas aca-bou comprando errado, vacas que não produziram o esperado e ainda com problemas de ferti-lidade.

As anotações de Rosimeire, organizadas num caderno, mos-tram que no � nal de 2012 a pro-dução de leite que ela entregava no tanque comunitário do As-sentamento � cava em torno de 10 litros por dia. Um ano depois, em 2013 ela produzia 60 litros por dia. Durante esses três anos veio sempre oscilando entre 40 litros e pouco mais de 100 litros por dia.

Em outubro do ano passado, os técnicos do Carolina estiveram na propriedade de Rosimeire e a aconselharam a vender as vacas de menor produção e buscar animais mais produtivos. Três das cinco vacas que estavam na ordenha produziam pouco e há mais de dois anos estavam vazias. Foi orientada também a plantar um alqueire de napier para fazer silagem mais barata. Ficou com duas vacas e logo em seguida mais uma das que possuía pariu. Produzindo com as três em torno de 60 litros de leite por dia.

Neste mês de março, Rosi-meire está começando a viver uma nova realidade. Chegaram 14 vacas do sítio do seu pai, que

desistiu da produção de leite em Nova Fátima para se dedicar totalmente ao plantio de lavou-ras. As vacas estavam � nan-ciadas pelo Pronaf e ela vai ter sete anos para pagar os animais. Deste lote, 10 estão paridas e em produção. Mesmo estando em período de adaptação no sítio, já produzem 190 litros/dia. Ela espera manter a produção em torno de 200 litros/dia.

O projeto de Maria Rosi-meire e Lenir Leoni é chegar nos 500 litros/dia. Dos sete alqueires do sítio, um alquei-re está sendo formado por ca-pineira de capim napier para fazer silagem, dois alqueires que foram plantados com soja (para fazer um caixa, segundo Rosimeire) será plantado com sorgo para silagem, nos quatro alqueires restantes 1/2 alqueire foi melhorado e piqueteado em 18 piquetes, mais dois alqueires estão em brizantão e estão sen-do melhorados e 1,5 alqueire é de pasto nativo que será tomba-do e gradeado agora no inverno onde será plantada aveia para pastoreio no inverno.

Rosimeire com os � lhos José Eduardo e Maria Paula

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Água, um bem a ser preservadoAs constantes notícias de

falta de água em várias re-giões do Brasil não te assus-taram?

No meio rural esta notícia é sempre menos preocupante pela proximidade das pes-soas com as fontes. E também porque aprendemos desde pequeno que vivemos num país que detém 12% de toda a reserva de água doce do mun-do. E que este nosso planeta Terra, apelidado de “Planeta água”, tem 2/3 da sua superfí-cie composta exatamente por água.

Mas a situação não é tão simples assim. De toda esta água do planeta mais de 97% é salgada e está nos oceanos. Somente 3% é doce. E apenas 1% está acessível em rios, la-gos, nascentes e fontes sub-terrâneas para o consumo dos homens e animais.

Então o negócio é pre-servar o que temos e princi-palmente as nascentes, pois a água é fundamental e está cada dia custando mais caro. Nas cidades, os brasileiros pagam cerca de R$ 2,60 o metro cúbico deste líquido. Porém aí pelo mundo afora a água está custando até R$ 24,00 por metro cúbico, mil litros de água potável.

Não é difícil ver a destrui-ção das nascentes e rios bem

perto de nós. É só observar como era o córrego que passa aí perto da sua casa. Por ele não corria muito mais água do que corre hoje?

Bom exemploUm bom exemplo de pre-

servação e do bem-estar que uma boa fonte de água ofe-rece vem das famílias lá do Bairro Ruvina. Lá, oito famí-lias descendentes do pioneiro Laurentino Ruvina usam de uma fonte há mais de 40 anos. Uma única mina que jorra na base de uma grande pedra numa das encostas de mor-ro a mais de 700 metros das casas, da qual jorra água de primeira qualidade (o setor de saúde da Prefeitura de Ri-beirão Claro fez análise) su-ficiente para o consumo dos 30 moradores, para mais de 50 vacas de leite, demais ani-mais e aves das propriedades e ainda mantém um pequeno lado sempre cheio. Uma dá-diva da natureza produzindo 24 horas por dia, sem cobrar nada, só o cuidado e respeito que merece.

Laurentino Ruvina, des-cendente de italianos, nas-ceu aqui no Brasil, mas re-cém-nascido foi para a Itália, voltou aos seis anos de idade e aqui cresceu e formou fa-mília. Morreu aos 96 anos e

a fazenda que possuía foi di-vidida entre os seis filhos. O sobrenome Ruvina batizou o lugar.

Osvaldo Pinto é neto de Laurentino e é um dos guar-diões da mina dos Ruvina. Com a esposa, dona Vera, for-ma uma das oito famílias que se abastecem dela. Ele diz que o seu pai, Francisco Bento, e mais alguns dos tios fizeram a caixa de coleta lá na nascente e encanaram a água quando ele era menino ainda e hoje ele já passou dos 50 anos.

Vardin, como é conheci-do, sobe o morro de tempos em tempos para consertar vazamentos nos mais de 700 metros de mangueiras que levam a água até os reser-vatórios próximos às casas.

Também faz a limpeza na nascente e na caixa de coleta que constantemente é invadi-da pelas raízes da vegetação. Ele também luta para que a área, um capão de mato em meio às pastagens dos paren-tes, permaneça preservada e protegendo a nascente.

Ele conta que nunca fal-tou água e que a quantidade que jorra hoje é a mesma de quando era menino. E que no seu caso, produtor de leite para o Carolina, a boa água é fundamental. “Essa mina é uma bênção de Deus, com ela temos água para o consumo das famílias, para os animais e, no meu caso, para a limpe-za das instalações da leiteria e não nos custa nada”, fala or-gulhoso.

A água brota sob a rocha A caixa que coleta da mina Vardin e Vera, uma das oito famílias

abastecidas pela mina na Ruvina

Na área marcada é onde � ca a mina

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Procedimento Clínico - Precedimento CirúrgicoDiagnóstico de Brucelose e Tuberculose - Reprodução

Consultoria - Projetos Agrícolas

José Mário Pronko de AndradeMédico Veterinário

(43) 8805-0530(43) 9665-4232

Adelmo Emiliano PereiraTécnico Agrícola

(43) 8812-9159(43) 9964-6761

Paulo Henrique Couto MendesMédico Veterinário

(43) 8824-1283(41) 9818-5498

Rua Felipe Miguel de Carvalho, 43484635-000 - Tomazina - PR(43) 3563-1740 Sêmen à pronta entrega

Parceria com:

(43) 9651-5577

A Ração Carol, um dos projetos de apoio aos produtores, completa três anos no campo

O projeto de produção da Ração Carol conta com a par-ticipação de dois importantes parceiros, a Nutrifarma e o Grupo Pioneiro. A Nutrifar-ma fornece os minerais, as-sessoria de formulação e aná-lises laboratoriais, e a fábrica de ração do Grupo Pioneiro, em Ribeirão do Pinhal, é res-ponsável pela produção com matéria-prima de qualidade rigidamente controlada.

O técnico em nutrição de ruminantes Tiago Ramos é o responsável pela assistência aos produtores e a formulação de dietas dos rebanhos, levan-do-se em conta a qualidade e disponibilidade de forragens nas propriedades dos parcei-ros.

Carlos Henrique Nassif, coordenador de política lei-teira da empresa e responsável pela criação e desenvolvimen-to do projeto, diz que o obje-tivo do Carolina não é ape-nas vender ração. “Essa não é a função principal da nossa empresa. Queremos dar aos nossos parceiros segurança de fornecimento de um produto de muita qualidade, desenvol-vido para a nossa realidade de

clima e tecnologia de produ-ção e a um custo que lhes tra-ga retorno econômico no dia a dia da atividade”, explica.

“O que conta é o que sobra” “O leite é sempre um bom

negócio. Mas a conta do pro-dutor tem que ser do quanto sobra no bolso e não do quan-to o laticínio está lhe pagan-do.” Esta é a prática do dia a dia do ex-retireiro José Adil-son Carvalho, hoje tocando a vida por conta em Japira. Um cliente � el das rações Caroli-na.

Durante 19 anos José Adil-son trabalhou como retireiro na Estância Japira, do fazen-deiro Antero Correia Ferreira. Saiu em 2006, construiu uma casa na chácara do sogro em Japira e foi trabalhar de mo-

torista para um pequeno lati-cínio do município coletando leite em uma das linhas da empresa

Até que em 2010 decidiu tocar a vida “por conta”, ti-rando o leite de suas próprias vacas, na própria chácara do sogro. Eram três, que juntas, produziam 45 litros por dia. O sogro morreu, ele herdou uma parte da terra e comprou outra parte de um dos cunha-dos. Hoje produz 300 litros de leite. Tem um rebanho de 27 animais - 17 vacas e novilhas e 10 bezerras de 2 a 8 meses de idade - e recentemente ad-quiriu um trator novo que vai

usar para os trabalhos na sua chácara São José e prestar ser-viços para outros produtores. “Ganhei tudo com o leite”, diz satisfeito.

Em 2012, quando o Caroli-na lançou a ração própria, ele foi um dos primeiros clientes, suplementando todo o seu re-banho, das vacas em produ-ção, às bezerras com a Ração Carol. “Usei ração de muitos fabricantes, mas hoje não tro-co a do laticínio por nenhuma outra marca. Meus animais estão sempre em bom estado e com boa produção e tá sempre sobrando um dinheirinho no meu bolso”, garante.

José Dilson Carvalho

José Dilson Carvalho, de trator novo

Após 3 anos de iniciado o seu projeto de produção de rações pelo Laticínios Carolina, produtores avaliam como positivos os resultados do programa

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Distribuidor

Irrigação, máquinas e ferramentas

“Ração, só quando o preço do leite era bom” José Ivanildo de Olivei-

ra suplementa as suas vacas com Ração Carol há três anos, dos quatro que ele se dedica à produção de leite no sítio São Miguel, pro-priedade de seis alqueires herdada do pai, Raul Miguel de Oliveira, no Bairro Fa-zenda Martins, em Santana do Itararé. Produz em média 250 litros de leite por dia e garante que tem uma vida tranquila.

Mas nem sempre foi assim. Até 2010 ele plantava lavouras de cereais e comprava os insu-mos para pagar na colheita. Na penúltima safra que colheu, vendeu a produção e foi até o seu fornecedor pagar a conta. Do cheque recebido pelo que produziu sobrou exatamente R$ 1 de troco. “Nesse dia re-solvi mudar de vida. Trabalhei muito, tive sorte e no ano se-guinte sobraram 3 mil reais. Com esse dinheiro consegui comprar 5 novilhas mestiças e comecei no leite”, conta.

Quatro novilhas paridas produziam 40 litros de lei-te por dia que ele levava no tanque comunitário e na vol-ta trazia capim cortado pelos caminhos para tratar dos ani-mais. “Assim fui me animan-do, mas ração eu só comprava

quando o preço do leite era bom. Com a venda dos bezer-ros dessas vacas mestiças pude comprar novilhas mais apura-das”, lembra.

O rebanho cresceu. Hoje ele tem 24 vacas. A produção também cresceu e é constan-te. Há três anos suplementa o gado com Ração Carolina. Para cada 3 litros produzidos a vaca recebe um de ração. “O Carolina me fornece ração de muita qualidade, no tempo certo, com bom preço e com a facilidade de pagamento através da conta leite”, diz José Ivanildo.

Da alimentação dos ani-mais ao melhoramento genéti-co do rebanho ele garante que tudo melhorou na sua pro-priedade. Nas fases críticas de disponibilidade de pastagens, os animais são suplementados no cocho, com cana ou pé de milho picados. Há dois anos, José Ivanildo comprou orde-nha, há um ano, está com o seu próprio tanque resfriador e há nove meses dispensou o touro holandês e está insemi-nando as suas vacas.

“Produtor não pode errar”Heberson José da Silva, do

Sítio São José, no Bairro Santa Cruz do Pinhal, em Siqueira

Campos, produz entre 300 litros e 350 litros de leite por dia. São 11 anos de trabalho com leite. E desde o ano pas-sado só usa Ração Carol para alimentar suas vacas jersolan-do que produzem em média 21 litros por dia.

O técnico em nutrição do Laticínios Carolina, Tiago Ramos, que acompanha o dia a dia de Heberson e o ajuda a formular a dieta dos animais, diz que 40 por cento do cus-to em relação ao que se fatura com o leite é gasto com a ali-mentação das vacas. A com-pra da ração representa cerca de 35% deste custo. “O pro-dutor não pode errar na dieta, tem que tirar o maior proveito possível do rebanho através da boa alimentação das vacas”, garante Tiago.

Heberson faz questão de controlar todos os gastos na sua propriedade. “Leite é um bom negócio, mas não dá para fazer bobagem ou cometer exageros. O importante é o que sobra no bolso no � nal do mês. Por isso passei a usar a ração do Carolina. Além de ser um produto de con� ança, tenho assistência constante na composição da dieta e no con-trole da produção para produ-zir com e� ciência”, diz ele.

“Produção aumentou e custo caiu”

Alberto Pereira Carrapei-ro já produziu de tudo nos 25 alqueires do Sítio São José, no Bairro de Dourado, em Guapirama. Plantou grãos, frutas e hortaliças. Uma das últimas culturas que tentou

foi a uva. Segundo ele, o uso do herbicida tordon pelos produtores da região foi um dos fatores do insucesso da cultura, aliado às oscilações de preços no mercado. “Teve época que o que se recebia pela produção não pagava a caixa usada para transportar o produto”, diz ele.

Há pouco mais de um ano ele resolveu investir na produ-ção de leite com a ajuda da es-posa, Maria Dirce, e do neto, Natan. Comprou 20 novilhas jersolando de boa qualidade, melhorou as pastagens, ini-ciou a produção de silagem, colocou uma ordenha de bal-de ao pé e o Carolina instalou um tanque comunitário na propriedade para resfriar e conservar a produção dele e de mais 8 produtores vizinhos.

No início comprava ração de uma pequena fábrica ins-talada no município, mas, em busca de bons resultados e re-dução de custos, ele se juntou aos produtores que optaram pela qualidade, segurança de fornecimento e preço da Ra-ção Carol. “A produção das vacas aumentou e os custos com a ração caíram. Estou contente com o negócio do leite e pretendo aumentar a produção gradativamente”, garante Alberto Carrapeiro.

Heberson José da Silva, com a esposa, Euvana e os � lhos

Rafael (no colo) e Breno

Alberto Pereira Carrapeiro, com o neto, Natan

José Ivanildo de Oliveira

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Bom sistema de ordenhaajuda na qualidade do leite

Com mais de 60 vacas na ordenha, a Fazenda Santa Cruz não registra mais que um caso de mastite por mês e a média de Contagem Bacteriana Total (CBT) de janeiro de 2014 a feve-reiro deste ano foi de 56 mil por mililitro de leite, quando o per-mitido pelas normas do Governo é de 300 mil/ml.

O médico veterinário Tiago Marques Mantovani, respon-sável pela administração da fa-zenda, conta que a qualidade do leite melhorou a partir de 2013, quando foi adquirido através da empresa Sabeck, revenda auto-rizada da Gea Farm Technolo-gies, um sistema de ordenha da Westfalia equipado com extrator automático de teteiras e siste-ma IQ (Independent Quarter), conjunto de ordenha inteligente, � exível, ajustando-se melhor aos tetos das vacas, funcionando com quartos individuais e com vácuo constante. O sistema somente ati-va o vácuo total para cada quarto quando o teto for acoplado à te-teira. O vácuo se mantém estável e isto signi� ca menor sucção de sujeiras e menor � utuação do vá-cuo mesmo durante a colocação e retirada do conjunto.

“A Sabeck nos trouxe a tecno-logia, os equipamentos, um so� (programa de informática) e os produtos de limpeza e� cientes e nunca nos faltou o acompa-nhamento e a assistência técni-ca necessária para a solução dos problemas. Esse equipamento or-denha individualmente os quar-tos do úbere, sem re� uxo, tem um medidor com condutividade elétrica que pode detectar o cio da vaca e o início de mastites. Re-duzimos em uma hora o tempo de ordenha do rebanho e o siste-ma de lavagem e higienização do equipamento é e� ciente. Reduzi-mos em mais de uma hora o tem-po de ordenha e, como o sistema é automatizado e informatizado, tudo que acontece aqui � ca regis-trado no computador. Um fun-cionário faz todo o trabalho na ordenha”, garante Tiago.

Essa e� ciência na produção leiteira da Fazenda Santa Cruz não aconteceu de um dia para o outro. O avô do Tiago, Francis-co Marques, foi um pioneiro na produção de leite na região. Em 1977, ele chegou a produzir mil litros de leite por dia com gado mestiço e ordenha manual, mas a produção foi caindo. Em 1995, a produção diária não passava de 30 litros, e ele passou a se dedi-car a outras atividades. A mãe de Tiago, Maria Terezinha Marques Mantovani, passou a administrar a fazenda, deu prioridade ao lei-te e a produção cresceu e desde 1998 fornece a produção ao Ca-

rolina. Em 2001, a produção já alcançava 800 litros de leite por dia. Tiago se formou em medici-na veterinária em Garça-SP, em 2006, e veio trabalhar com a mãe na fazenda.

“A evolução foi gradativa e planejada. Os investimentos fo-ram somente os necessários para modernizar a atividade e garantir a sua e� ciência. Os barracões são os mesmos que o meu avô cons-truiu. Só � zemos as adaptações necessárias. Nosso rebanho foi feito aqui mesmo, com a seleção e os cruzamentos iniciados por ele. Hoje produzimos em torno de 1.700 litros por dia com um rebanho de vacas com sangue girolando, simental, holandês e jersey, com média de 22 litros por dia e alimentadas somente no pasto e ração. Suplementação de volumoso é somente no inverno. Fazemos a conta do que produzi-mos por área. Estamos produzin-

do 40 mil litros de leite por hecta-re/ano”, conta ele.

Parceria com a GeaDentro do seu programa de

melhoria da qualidade do leite, o Laticínios Carolina tem uma parceria com a Sabeck, revenda autorizada dos produtos Gea, para fornecimento de produtos de higienização de sistemas de ordenha.

A empresa acaba de abrir � lial em Joaquim Távora, colo-cando seus técnicos e produtos da Gea mais próximos dos pro-dutores da região. O zootecnista Murilo Mora de Assis, gerente comercial da nova � lial, garante que a Sabeck tem condições de resolver todos os problemas com o sistema de ordenha e conser-vação do leite no menor tempo possível e condições especiais para os produtores parceiros do Carolina.A Sabeck em Joaquim Távora

Tiago Mantovani e Murilo Mora

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Tuberculose e bruceloseExames deverão ser feitos até maio

A exigência é do Governo do Estado do Paraná e quem não cumprir a determinação não po-derá entregar leite para a indus-trialização. Essa obrigatoriedade faz parte do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose e é � scalizada pela ADAPAR - Agência de Defesa Agropecuária do Paraná. Todos os laticínios devem ter em seus arquivos có-pias dos exames com resultados negativos para estas doenças das vacas que produzem o leite rece-bido para a industrialização.

O Laticínios Carolina, no cumprimento desta determina-ção, desenvolveu um programa de apoio aos produtores desde o início de 2013, através de parce-rias com veterinários da região para facilitar e baratear a reali-zação destes exames.

A primeira fase dos exa-mes terminou em maio do ano passado. Agora, nesta segunda fase, os exames deverão ser re-feitos e enviados ao Laticínios. O médico veterinário Onésimo Locatelli, supervisor regional da Adapar, diz que na região de abrangência da regional que dirige, mais de 90% do rebanho destinado à produção de leite, estimado em mais de 200 mil animais, foi examinado. “No caso do Carolina, 100 por cen-tro dos produtores que entre-gam leite ao laticínio � zeram o exame dos animais” diz ele.

Segundo Locatelli o obje-tivo do programa do Governo do Estado é erradicar a tuber-culose e a brucelose do rebanho paranaense nos próximos anos. “O Paraná é o único Estado do Brasil que adotou a obrigato-riedade do exame do rebanho que produz leite para a indús-tria. Mas com certeza somos os primeiros a fornecer aos consumidores leite e derivados com garantia de isenção destas doenças. E para erradicá-las temos que fazer o sacrifício de eliminar os animais contami-nados por ela. Não tem outro jeito”, garante Locatelli.

No rebanho examinado a taxa de exames positivos para as duas doenças não chegou a 1%, segundo o supervisor regional

da Adapar. “No ano passado cerca de 300 animais tiveram que ser sacri� cados. Este ano certamente teremos poucos animais a serem descartados. Lembrando que o Governo do Estado vai indenizar os pro-dutores pelos animais abatidos baseando-se no preço da arroba do boi gordo, minimizando os prejuízos de quem tiver ani-mais contaminados”, informa Locatelli, que dá um conselho aos produtores de leite: “o mais importante é não introduzir animais no rebanho sem antes ter um laudo de exame negativo para tuberculose e brucelose”.

O médico veterinário José Mário Pronko Andrade, parcei-ro do Laticínios Carolina para a realização dos exames de bruce-lose e tuberculose, informa que os produtores devem progra-mar com antecedência os exa-mes do rebanho para que os ve-terinários da sua empresa, o JM Laboratório, possam programar o trabalho nas propriedades.

Vacinas é o melhor remédioJosé Mário alerta ainda que

durante o mês de maio, quan-do os animais “de mamando a caducando” deverão receber a vacina contra a febre a� osa, os produtores devem comprovar a vacinação das bezerras entre 3 meses e 8 meses com a vacina

B19 que imuniza o animal contra a brucelose. Esta comprovação deverá ser feita pelo atestado de vacinação de médico veterinário credenciado junto à Adapar.

Ele ainda aconselha os pro-dutores a fazer a vacina de clos-tridiose, que protege o rebanho da ocorrência de carbúnculo, botulismo e tétano, principal-mente. Os animais acima de 3 meses de idade devem receber esta vacina.

“A vacinação orientada e acompanhada por médico vete-rinário é a maneira mais e� caz de se combater as doenças e de se obter melhores resultados de produção do rebanho. É muito mais barato vacinar do que gas-tar com medicamentos ou ter prejuízos com descarte de leite e animais por causa da incidência de doenças”, garante José Mário.

Todos os produtores parceiros do Laticínios Carolina deverão renovar os exames de brucelose e tuberculose dos animais até o dia 31 de maio

Onésimo Locatelli, da AdaparO médico veterinário José Mário

Pronko, do JM Laboratórios

Arapoti - PRFone: 43 3557-7352

Joaquim Távora - PRFone: 43 3559 2627

E-mail: [email protected]: www.sabeck.com.br

NTÃA OL

P (43)

8457-210024h

Equipamento de Ordenha

Refrigeradores de Leite

Higienização de Equipamentos

e Saúde Animal

Serviços e Peças de Reposição

AO LDI EV ITO EM

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Pasto irrigado no assentamentoPedro Paulo nasceu e cresceu

numa família de trabalhadores rurais em Abatiá. Em 1993, mu-dou-se com o pai, Emiro Gonçal-ves Viana, e com o irmão, João, para um lote que adquiriram no Assentamento Matida, em Jun-diaí do Sul. Limparam o lote de sete alqueires na enxada. Planta-vam milho e feijão. O pai deixou o sítio para os dois � lhos, mas o irmão não quis � car no assenta-mento. Pedro Paulo � cou.

Em 2001, começou no leite com três novilhas mestiças. A esposa, Maria Inês, gostou da ati-vidade e foi seu incentivo. Hoje a família produz em média 280 li-tros de leite por dia. Pedro Paulo

cuida da comida e dos pastos das vacas. Dona Maria Inês e o � lho Paulo Anderson, de 16 anos, cui-dam do manejo e da ordenha. A família é completada com a � lha, Emília Andriely, de nove anos, que, pela inclinação, vai seguir os passos da mãe na lida com os animais.

Em 2007, foi o primeiro dos 80 assentados no Matida a fazer piquetes rotacionados, incentiva-do pelo então técnico da Coope-rideal, Wilson Povinha, que de-senvolvia o projeto Balde Cheio na região. “O doutor me incen-tivou a substituir o brizantão por capim mombaça. Com ele apren-di que a melhor comida para a

vaca é um bom pasto”, lembra ele.Há dois anos procurou a aju-

da do Carolina para irrigar seus pastos. Com fartura de água na propriedade, comprou o siste-ma da empresa Irrigarural, para 40 piquetes, instalados em 1,2 alqueires. “Com a irrigação a produção estabilizou o ano todo. Mantenho as vacas em produção nos piquetes irrigados, planta-dos com mombaça e adubados com cama de frango e cobertura nitrogenada. Sobra pasto, é uma tranquilidade. O rebanho de va-cas secas, vacas em � nal de lac-tação e novilhas em crescimento mantenho nos pastos sem irriga-

ção e suplemento com silagem de capim napier produzida em um hectare de capineira. Também � z silagem de sorgo e acho que deu bom resultado”, conta.

Hoje a família de Pedro Paulo tem um bom padrão de vida, não tem dívidas, tem casa boa, carro, trator e um rebanho de vacas que produz em média 15 litros de lei-te por dia a pasto com suplemen-tação de Ração Carol. O objetivo dele agora é melhorar a genética e a capacidade produtiva dos ani-mais.

“Vale a pena esta vida de as-sentado produtor de leite”, garan-te!

No Assentamento Matida, em Jundiaí do Sul, Pedro Paulo Viana irrigou parte dos sete alqueires do seu lote. Com comida em abundância produz 280 litros de leite por dia durante todo o ano

Paulo Anderson, Emília Andriely, dona Maria Inês e Pedro Paulo

Com irrigação Pedro Paulo Viana tem pasto o ano inteiro