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 ECONOMIA PORTUGUESA 2011/2012 1. Conceitos introdutórios 2. Evolução da e conomia portuguesa 2.1 Até ao acordo EFTA e acordo com a CEE 2.2 A est rutura resultante do 25 de Abril 2.3 A integração na CEE 2.4 A economia portuguesa contemporânea a partir de 2000 3. Política orçamental europeia e a consolidaçã o das contas públicas portuguesas 3.1 Os critérios da disciplina orçamental e da dívida no quadro do Pacto de Estabilidade 3.2 O ciclo orçamental 3.3 O perímetro do sector público em Portugal 3.4 O papel do Estado na economia 4. O desafio da internacionalização e da integração na UEM 4.1 A competitividade da economia portug uesa ± facto res e perspectivas 4.2 A f unção de investimento e os critérios de avaliação 4.3 A integração no mercado de capitais 5. As perspectivas da economia portuguesa 5.1 A estabilização do rendimento e da sua dis tribuição 5.2 Os factores de c rescimento futuro 5.3 A estrutura económica portugue sa no novo quadro do mercado internacional 5.4 O sistema financeiro português na nova estrutura económica Bibliografia base:  Amaral ,L (2010),Economia Portuguesa, As Ultimas Décadas, Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa Rosa, MJ e Chitas ,P (2010),Portuga l: Os Números ,Fundação Francisco Manuel dos Santos , Lisboa Pereira, P e outros (2009) ,Economia e Finanças Públicas, 3ª Edição,Escolar Editora,Lisboa Bibliografia complementar: Será fornecida outra bibliografia, nomeadamente acetatos de apoio às aulas Dezembro 2011

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ECONOMIA PORTUGUESA

2011/2012

1. Conceitos introdutórios

2. Evolução da economia portuguesa2.1 Até ao acordo EFTA e acordo com a CEE

2.2 A estrutura resultante do 25 de Abril

2.3 A integração na CEE

2.4 A economia portuguesa contemporânea a partir de 2000

3. Política orçamental europeia e a consolidação das contas públicas portuguesas

3.1 Os critérios da disciplina orçamental e da dívida no quadro do Pacto de

Estabilidade

3.2 O ciclo orçamental

3.3 O perímetro do sector público em Portugal

3.4 O papel do Estado na economia

4. O desafio da internacionalização e da integração na UEM

4.1 A competitividade da economia portuguesa ± factores e perspectivas

4.2 A função de investimento e os critérios de avaliação

4.3 A integração no mercado de capitais

5. As perspectivas da economia portuguesa

5.1 A estabilização do rendimento e da sua distribuição5.2 Os factores de crescimento futuro

5.3 A estrutura económica portuguesa no novo quadro do mercado internacional

5.4 O sistema financeiro português na nova estrutura económica

Bibliografia base:

 Amaral ,L (2010),Economia Portuguesa, As Ultimas Décadas, Fundação FranciscoManuel dos Santos, Lisboa

Rosa, MJ e Chitas ,P (2010),Portugal: Os Números ,Fundação Francisco Manuel dosSantos , Lisboa

Pereira, P e outros (2009) ,Economia e Finanças Públicas, 3ª Edição,Escolar Editora,Lisboa

Bibliografia complementar: Será fornecida outra bibliografia, nomeadamente acetatos deapoio às aulas

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3. Política orçamental europeia e a consolidação das contas públicas portuguesas

3.1 Os critérios da disciplina orçamental e da dívida no quadro do Pacto de

Estabilidade

3.2 O ciclo orçamental

3.3 O perímetro do sector público em Portugal

3.4 O papel do Estado na economia

Resposta:

No contexto da União Económica e Monetária (UEM) apenas na década de 90

são implementados os mecanismos que possibilitaram o surgimento da moeda unica em

2002. Só nos anos 90 se assegura a coordenação entre politica monetária (unica) e as

diversas políticas orçamentais, quer alguma forma de supervisão e acompanhamento

dessas mesmas politicas orçamentais (através do PaEC ± Pacto de Estabilidade eCrescimento adoptado em 1997 pelos membros da UE, quer o Programa de Estabilidade

para cada Estado Membro).

Para além das autoridade dos respectivos Estados Membros, as principais

instituições de acompanhamento da Politica Orçamental na UEM são: o conselho

europeu, a comissão europeia (CE), o conselho de ministros de economia e finanças

(ECOFIN) e ainda o comité económnico e financeiro (EFC).

 As responsabilidades da politica monetária e das politicas orçamentais estão

definidas no Tratado da União Europeia (assinado a 7 Fevereiro de 1992 em Maastricht)

que atribui a manutenção da estabilidade dos preços como objectivo principal da politica

monetária e no Pacto de Estabilidade e Crescimento que fornece as linhas de orientação

para a disciplina orçamental ao nivel nacional.

O PaEC impõe um objectivo de médio prazo que permite aos estados membros

alcançar situações orçamentais próximas do equilibrio ou excedentárias e estabelece

procedimentos para a supervisão e coordenação das politicas orçamentais. O

cumprimento deste objectivo de médio prazo permitiria aos estados membros responder 

às flutuações ciclicas normais sem que o défice orçamental ultrapasse o valor de

referência de 3% do PIB, e o rácio divida publica ± produto interno bruto não exceda ovalor de referência de 60%.

 As circunstâncias excepcionais que podem ser invocadas pelos estados membros

para que um défice superior a 3% do PIB não seja considerado excessivo, mas sim

excepcional são:

y Um acontecimento extraordinário fora do controlo do estado membro e que

tem um efeito significativo na situação das finanças publicas;

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y Uma desaceleração importante da actividade economia consubstanciada

numa redução anual de pelo menos 2% do PIB em termos reais.

No sentido de avaliar se são cumpridos os critérios do défice orçamental e da divida

publica, os estados membros têm de enviar à CE o chamado Reporte dos DéficesExcessivos duas vezes por ano, até 1 Março e até 1 Setembro, bem como a informação

do défice e da divida publica nos quatro anos anteriores e os valores previstos para o ano

corrente.

Quando um estado membro não cumpre um dos dois critérios orçamentais, a CE tem a

prerrogativa de iniciar o Procedimento dos Défices Excessivos.

No entanto, o PaEC não tem em consideração os seguintes aspectos que são

considerados por muitos analistas como muito importante e que devem ser revistos:

y Os novos Estados Membros têm taxas de crescimento mais elevadas e maiores

taxas de inflação. Ambos os factores originam um crescimento nominal do PIB

superior à média da UE, permitindo um maior nivel de divida publica sem

prejudicar a sustentabilidade das finanças publicas.

y As necessidades de investimento do governo, as quais são particularmente

relevantes nos novos Estados Membros em termos de infra-estruturas.

y O PaEC não permite défices orçamentais acima de 3% que podem ser 

necessários para alisar o perfil de despesas e receitas relacionadas com o

envelhecimento da população.y O tecto de 3% pode introduzir politicas económicas pró-cíclicas. Para evitar essa

situação será necessário manter uma posição orçamental perto do equilibrio ou

excedentária no longo prazo do stock de divida pública para zero, o que não é de

todo uma solução óptima.

ORÇAMENTO DE ESTADO

Pode definir-se como o documento, apresentado sob a forma de lei, que comporta uma

descrição detalhada de todas as receitas e de todas as despesas do Estado, propostas

pelo Governo e autorizadas pela Assembleia da Républica, e antecipadamente previstas

para um horizonte temporal de um ano.

Os 3 elementos do orçamento são:

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y Elemento económico : constitui uma previsão da actividade financeira anual a

realizar por determinados subsectores das Administrações Públicas sob o

comando do Governo;

y Elemento político : constitui uma autorização politica concedida pela Assembleia

da República mediante a aprovação formal da proposta elaborada e submetidapelo Governo;

y Elemento jurídico : constitui um instrumento, sob a forma de lei, que limita os

poderes financeiros do Estado no que respeita à realização das despesas e à

obtenção das receitas.

O âmbito do Orçamento do Estado integra os orçamentos dos serviços integrados do

subsector Estado, dos Serviços e Fundos Autónomos e da Segurança Social, e não

integra a previsão das receitas e das despesas de todo o Sector das Administrações

Públicas.

Todo e qualquer orçamento influencia o quadro macroeconómico, sendo por ele também

influenciada.

3 finalidades atribuidas à intervenção do Estado na economia: promoção da equidade e

da eficiência e estabilização macroeconómica.

O orçamento é composto por três níveis:

y

Lei constitucionaly Lei orgânica orçamental e legislação conexa

y Lei anual do orçamento e decreto-lei de execução orçamental.

 A lei constitucional estabelece os grandes principios e orientações nas seguintes

matérias:

y Âmbito e conteúdo do orçamento e estrutura da respectiva lei anual;

y Organização do orçamento e apresentação das receitas e despesas;

y Definição das competências do Parlamento e do Governo em cada uma

das fases do ciclo orçamental e prazos de algumas destas competências.

 A lei orgânica orçamental consagra, em regra, um conjunto de disposições que regulam,

com maior ou menor detalhe, as matérias relativas, nomeadamente, à elaboração,

discussão e aprovação, execução e controlo do orçamento.

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Em primeiro lugar existe um documento de médio prazo, o Programa do Governo, que

enquadra e condiciona os orçamentos a elaborar e executar para os quatro anos

económicos sucessivos. Aqui encontram-se, por exemplo, os juros da divida publica e a

comparticipação financeira de cada Estado Membro para o orçamento da UEM.

Em segundo lugar prende-se com a designada rigidez da despesa pública, que inclui, por 

exemplo, as pensões pagas pelo Sistema de Segurança Social e pela Caixa Geral de

 Aposentações e ainda transferências financeiras para outros subsectores ± como seja os

Governos das Regiões Autónomas e as Autarquias Locais.

Um último sector tem a ver com a interacção orçamento / economia e a função de

estabilização por ele exercida.

Dos factores identificados importa os que justificariam a designada programação

financeira plurianual: previsões das despesas e receitas, e sua composição, do défice

orçamental e da divida publica para um horizonte de médio prazo. Como vantagens tem

que torna mais dificil o adiamento da implementação de medidas de consolidaçãoorçamental, favorece a implementação de reformas estruturais para tornar mais visiveis

para os agentes economicos os efeiutos a prazo de reafectação de recursos e/ou de

medidas fiscais.

Tem como requisitos prévios as previsões macroeconómicas que devem assentar em

hipóteses realistas de modo a não sobreavaliar a capacidade financeira do Estado; as

projecções das receitas e despesas publicas devem ser crediveis permitindo, por 

exemplo, a distinção clara entre objectivos e meras previsões.

No âmbito da EU-25, vinte Estados-membos adoptaram até ao momento esta prática,

demonstrando no entanto uma grande diversidade nos modelos seguidos. As excepções

são Portugal, Grécia, Luxemburgo , Chipre e Hungria, embora todos os países estejam

vinculados por um compromisso comunitário, à apresentação de um outro instrumento

plurianual: os Programas de Estabilidade e Crescimento (países da zona euro) ou

Programas de Estabilidade e Convergência (os restantes).

O Ciclo orçamental compreende quatros fases distintas, mas interdependentes:

y Fase I ± Elaboração do Orçamento do Estado e da respectiva proposta de lei;

y Fase II ± Discussão e votação da proposta de lei;

y Fase III ± Execução e fiscalização do Orçamento do Estado;

y Fase IV ± Elaboração, discussão, votação e fiscalização da Conta do Estado.

O Governo deve apresentar / submeter à Assembleia da República ³até 15 de Outubro de

cada ano, a proposta de lei do Orçamento do Estado para o ano económico seguinte.´

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Constitui uma competência do Governo, a iniciativa de apresentação da proposta de lei e

previamente a elaboração do orçamento.