28
Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia - TAVIR A Número 25, fev. 2015/junho 2015 BIBLIOTECA ESJAC Projetos Ensino Básico Eco dos Espaços Escrita Criativa Línguas Cursos Profissionais Concursos Ciências Experimentais Ciências Sociais e Humanas Cinema Desporto Educação Especial Nesta edição: O,50 Maria Beatriz Carmo premiada no Concurso Nacional «Faça lá um poema» D o conjunto de poemas, de tema livre, compos- tos por alunos da Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Cor- reia, a equipa de professores de Por- tuguês afeta à nossa Biblioteca sele- cionou o poema de Maria Beatriz do Carmo, 10.º A2, e submeteu-o ao concurso nacional «Faça lá um poe- ma» (7.ª edição) promovido pelo Pla- no Nacional de Leitura e o Centro Cultural de Belém. A seleção revelou ser muito acertada dado que o poema de Maria Beatriz Carmo, “Poema de narciso ao seu reflexo no rio” (vide página 18), obteve o 3.º lugar a nível nacional. No dia 21 de março de 2015, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, acompanhada pelo seu professor de Português, Luís Gonçalves, e pelos seus pais, Maria Beatriz Carmo disse o seu poema e ficou encantada com a cerimónia acolhedora e com os momentos musicais que a mesma incluiu. O prémio recebido pela Bea- triz contemplou também livros para a nossa Biblioteca pelo que ficámos todos a ganhar. Equipa «Rosas do mar» conquista 2.º lugar no Concurso Liberdade de Expressão e Redes Sociais D ivulgado o tema da 2.ª edição do Concurso Liberdade de Expressão e Redes Sociais, «Como seria a vida sem as redes sociais criadas pela tecnologia?», as alunas Maria Bea- triz Carmo, Daniela Pereira, Filipa Guerreiro, Maria Beatriz Abrantes e Teresa Lopes, optaram pelo formato vídeo, realizaram o seu trabalho, e este foi submetido ao concurso. O júri, constituído pelo Dr. Francisco Pinto Balsemão (Presidente do Gru- po Impresa), pela Dr.ª Mercedes Balsemão (Presidente da SIC Espe- rança), pela Dr.ª Isabel Alçada (Ex- Ministra da Educação), pela Dr.ª Teresa Calçada (Ex-Coordenadora da Rede de Bibliotecas Esco- lares), pela Dr.ª Manuela Sil- va (Coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares) e pelo Dr. Henrique Monteiro (Diretor Coordenador Edito- rial para Novas Plataformas do Grupo Impresa), atribuiu a este trabalho o 2.º lugar. O prémio foi passar um dia nas instalações da SIC, acom- panhando a realização de várias reportagens e assistin- do a programas do dia 17 de abril de 2015 (vide página 12). E ainda, para a nossa escola, uma assinatura anual das publicações Expresso, Visão, Exame Informática e Blitz. As alunas, acompanhadas pelo professor orientador, Luís Gonçalves, adoraram e consideraram a experiência inesquecível.

JORNAL Ecoestudantil Junho 2015

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal editado pela Biblioteca da Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia. Contém também artigos relativos a outros níveis de ensino pertencentes ao Agrupamento em que nos inserimos: Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia, Tavira, Portugal

Citation preview

  • Agrupam

    ento de Escolas

    Dr. Jorge Aug

    usto Correia - TA

    VIRA Nmero 25, fev. 2015/junho 2015

    BIBLIOTECA ESJAC

    Projetos

    Ensino Bsico

    Eco dos Espaos

    Escrita Criativa

    Lnguas

    Cursos Profissionais

    Concursos

    Cincias Experimentais

    Cincias Sociais e Humanas

    Cinema

    Desporto

    Educao Especial

    Nesta edio:

    O,50

    Maria Beatriz Carmo premiada no Concurso Nacional Faa l um poema

    D o conjunto de poemas, de tema livre, compos-tos por alunos da Escola

    Secundria Dr. Jorge Augusto Cor-reia, a equipa de professores de Por-tugus afeta nossa Biblioteca sele-cionou o poema de Maria Beatriz do Carmo, 10. A2, e submeteu-o ao concurso nacional Faa l um poe-ma (7. edio) promovido pelo Pla-no Nacional de Leitura e o Centro Cultural de Belm. A seleo revelou ser muito acertada dado que o poema de Maria Beatriz Carmo, Poema de narciso ao seu reflexo no rio (vide pgina 18), obteve o 3. lugar a nvel nacional.

    No dia 21 de maro de 2015, no Centro Cultural de Belm, em Lisboa, acompanhada pelo seu professor de Portugus, Lus Gonalves, e pelos seus pais, Maria Beatriz Carmo disse o seu poema e ficou encantada com a cerimnia acolhedora e com os momentos musicais que a mesma

    incluiu. O prmio recebido pela Bea-triz contemplou tambm livros para a nossa Biblioteca pelo que ficmos todos a ganhar.

    Equipa Rosas do mar conquista 2. lugar no Concurso Liberdade de

    Expresso e Redes Sociais

    D ivulgado o tema da 2. edio do Concurso Liberdade de Expresso

    e Redes Sociais, Como seria a vida sem as redes sociais criadas pela tecnologia?, as alunas Maria Bea-triz Carmo, Daniela Pereira, Filipa Guerreiro, Maria Beatriz Abrantes e

    Teresa Lopes, optaram pelo formato vdeo, realizaram o seu trabalho, e este foi submetido ao concurso. O jri, constitudo pelo Dr. Francisco Pinto Balsemo (Presidente do Gru-po Impresa), pela Dr. Mercedes Balsemo (Presidente da SIC Espe-rana), pela Dr. Isabel Alada (Ex-Ministra da Educao), pela Dr. Teresa Calada (Ex-Coordenadora

    da Rede de Bibliotecas Esco-lares), pela Dr. Manuela Sil-va (Coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares) e pelo Dr. Henrique Monteiro (Diretor Coordenador Edito-rial para Novas Plataformas do Grupo Impresa), atribuiu a este trabalho o 2. lugar. O prmio foi passar um dia nas instalaes da SIC, acom-panhando a realizao de vrias reportagens e assistin-do a programas do dia 17 de abril de 2015 (vide pgina 12). E ainda, para a nossa escola, uma assinatura anual das publicaes Expresso, Viso, Exame Informtica e Blitz. As alunas, acompanhadas pelo professor orientador, Lus Gonalves, adoraram e consideraram a experincia inesquecvel.

  • EDUCAO ESPECIAL

    Mais um passo na construo de uma escola inclusiva

    N o dia 5 de janeiro, a Escola Secundria Dr. Jorge Augusto Correia

    abriu oficialmente o espao que d lugar nova Unidade de Apoio Especializado para a Educao de Alunos com Multideficincia e Sur-d o c e g u e i r a C o n g n i t a (UAEEAMSC).

    Esta Unidade um espao com caratersticas prprias que tem como principal objetivo proporcio-nar aos jovens com multideficin-cia a resposta s suas necessidades educativas, pessoais e sociais, numa opo expressa de escola inclusiva e integradora de acordo com o princpio da utilizao de ambientes menos restritivos poss-veis. A Unidade conta com uma equipa multidisciplinar, constituda por professores de educao espe-cial, terapeuta da fala, fisioterapeu-ta, psicloga, professor de educa-o fsica e uma assistente opera-cional, e encontra-se dividida em sala de atividades, sala de refeies e um WC completado e adaptado.

    Pgina 2

    A Unidade promove diferentes projetos como a jardinagem, a hidroterapia, a fisioterapia, a tera-pia assistida por animais, terapia da fala, educao fsica e psicologia e, ainda, sadas ao exterior.

    N o dia 26 de janeiro, o Presi-dente do Rotary Clube de

    Tavira, Daniel Sousa, fez a entrega de uma cadeira de rodas jovem Ins Vie-gas, aluna da nossa sala de multideficin-cia que precisava de uma nova cadeira de rodas adequada ao seu atual desenvolvi-mento fsico. Rotary Clube de Tavira respondeu a este pedido e proporcionou aluna um pouco mais de autonomia, con-forto e uma particular alegria. A Direo deste Agrupamento, a equipa da Unidade de Multideficincia e a Famlia agradecem esta iniciativa.

    Jardinagem

    Hidroterapia

    Fisioterapia

    Por Andrea Pereira e Manuela Borges, professoras de Educao Especial

    Terapia Assistida por Animais

    Sadas ao exterior Museu Municipal

  • EDUCAO ESPECIAL

    A minha horta

    D iogo Salvador, aluno do 11. E, Artes

    Visuais, apresentou uma exposio de fotografias na sala de convvio da escola secundria, de 21 a 28 de janeiro, realizada no mbito do Atelier das Artes, com orientao do professor Reinaldo Barros. Pos-teriormente, essa mesma exposio figurou durante mais duas semanas no trio da Biblioteca. O aluno faz ainda parte do Grupo de Teatro da Escola como ator.

    Pgina 3

    Um futuro fotgrafo

    Por Margarida Correia, professora de Educao Especial

    No seguimento da exposio, foi feita uma entrevista ao autor:

    Gostaste da experincia? Gostei muito, adorei. Gostava de fazer outra exposio com outras fotos.

    Qual foi a reao dos teus cole-gas ao teu trabalho? Os meus colegas e amigos gosta-ram imenso e indicaram-me as duas fotos de que mais gostaram.

    Por que que gostas de fotogra-far? Porque gostava de ser fotgrafo. Eu gosto de fotos de paisagens. Algumas das fotografias da exposi-o so de uma visita de estudo realizada a Lisboa.

    O que achas de mais interessan-te numa fotografia? O que gosto mais nas fotografias da luz.

    O que aprendeste? Muita coisa. Aprendi a fotografar.

    Pensas realizar mais exposi-es? Sim. Penso continuar a fotografar e com as novas fotos fazer novas exposies.

    Por Diogo Salvador, 11. E

    Esta a minha horta. Tenho aqui plantado alfaces, cebolas, alhos e ervilhas. Todas as segundas-feiras, trabalho na minha horta. Com o professor Jos Filipe, tenho aprendido muito sobre agricultura e jardinagem.

  • CINCIAS SOCIAIS E HUMANAS

    Carregados de contedos, objetivos e metas de aprendizagem, onde fica o tempo para nos conhecermos, analisarmos criticamente, fazer um balano, perceber quem somos, onde estamos e, sobretudo, para onde nos queremos dirigir? A falta de hbitos de leitura e a manipulao a que os jovens hoje esto irremediavelmente sujeitos, alerta-nos para a necessidade de um tempo de introspeo, de conhece-te a ti mesmo que a escola j no provoca de forma sistematizada, curricular. Assim, foi nas aulas de Psicologia que me surgiu a ideia de operacionalizar esta brecha, pedindo a todos um trabalho de, no mais de uma pgina, sobre o eu. Uma histria de vida. Depois li que em 1878, na Rssia, um matemtico chamado Andrey Andreyevich Markov defendeu uma tese de mestrado sobre equa-es quadrticas, mas ficou na histria por algo que hoje se chama a memria markoviana (hoje usada em diferentes reas como economia, poltica, qumica, msica, gentica e aplicaes na Internet). De forma muito simples, a memria markoviana estipula que todos os estados passados so irrelevantes para prever um estado futuro, desde que seja conhecido o estado presente. Como se para trs nada tivesse influncia, e tudo comeasse agora. exatamente isso que pretendo com estes trabalhos a consciencializao do agora para que tudo seja possvel.

    Edite Manuel Azevedo (professora de Filosofia e de Psicologia)

    M uitas vezes, as pessoas no param num ins-

    tante da sua vida para refletirem sobre todos os momentos pelos quais passaram e se perguntarem: O que aconteceu na minha vida para me tornar na pessoa que sou hoje?. Hoje chegou o dia de refletir sobre a minha vida. A minha histria comea num belo dia de inverno, a 28 de janeiro de 1996, em Hamburgo, Alemanha. A minha av gosta muito de dizer que foi um dia muito bonito, porque fez sol, nevou e caiu granizo. Ao fim da tarde nasceu uma

    pequena menina de cabelo preto e olhos escuros. Ela fez um enorme sucesso no hospital, porque as pes-soas na Alemanha no estavam habi-tuadas a que uma criana nascesse com tanto cabelo e, ainda por cima, preto. Ento, cada vez que as enfer-meiras levavam a beb, ela voltava com um penteado novo para os bra-os da sua me. A menina foi crescendo e mudou de visual O cabelo ficou loiro, quase branco e os olhos ficaram to azuis como a gua do atlntico. Dois anos e um ms depois do seu nascimento, no dia 28 de Feve-reiro de 1998, nasceu o bem mais precioso da menina dos olhos azuis. A me dela deu-lhe uma irm, uma irm muito especial e o amor da sua vida. Os anos foram passando com

    paz e amor a menina dos olhos azuis tinha a

    Pgina 4

    Por Beatrice Eileen Dentinho Schink, 12.C2

    famlia perfeita. Mas, em 2002, tinha a menina 6 anos e sua irm 4, quan-do os pais receberam uma notcia devastadora. A sua filha mais nova, Catarina, seria deficiente para o resto da vida. O que causa esta deficincia um defeito gentico chama-se Sndrome de Rett. C o m o diagnstico da pequena Catarina, tudo mudou. Em 2003, o pai das duas meninas saiu de casa. Abando-nou a mulher e as filhas porque no se queria confrontar com a realidade e muito menos com a responsabili-dade. Assim, a senhora ficou sozi-nha com trs filhas (tinha uma filha mais velha que nesta altura teria 15 anos) e uma delas, deficiente. Os anos foram passando e a jovem me desenrascou-se com a ajuda da prpria me, que veio de propsito de Portugal, seu pas de origem, e com a ajuda dos amigos mais prximos. A senhora precisava de trs empregos para poder susten-tar as filhas porque, para alm de a ter deixado sozinha, o pai da menina dos olhos azuis deixou me dvidas brutais por pagar das quais esta no tinha conhecimento. medida que a menina foi cres-cendo, percebia cada vez melhor o que se passava entre os pais. Apenas no percebeu e, provavelmente, nunca vai perceber, porque fez o seu pai o que fez. Ser que foi para no se confrontar com a responsabilida-de que traz um filho deficiente, ou porque no queria aceitar que a Catarina fosse dependente at ao fim da vida? Ser que esta situao lhe destruiu o sonho da famlia per-

    feita? Porqu? Isto so perguntas que vagueiam de dia e de noite na cabea da menina dos olhos azuis. Esta perdeu completamente o contacto com o pai e at ao dia de hoje no lhe conseguiu perdoar. A ausncia dele tornou-se normalidade e as dvidas que deixou me das suas filhas foram diminuindo. A vida tornou-se mais calma. Ento, em 2012, surgiu uma oportunidade ni-ca para a pequena famlia. Propuse-ram menina dos olhos azuis fazer um ano de escolaridade no estran-geiro, num pas de livre escolha. Assim, a jovem de j 16 anos decidiu ir para o pas de origem da me, para Portugal. Tudo se encaminhou para o que era certo. A me das meninas obteve uma licena especial para poder estar um ano sem trabalhar e acompanhar a sua filha. De um ano tornaram-se dois, so quase trs anos. Estamos j em 2015, e o maior desejo da menina dos olhos azuis ficar a viver com a me e com a irm mais nova em Portugal (a irm mais velha, entre-tanto, j uma mulher). Quem sou eu? O que fez a vida de mim? Eu sou a menina dos olhos azuis que, em to poucos anos de vida, j passou por tanta coisa, inimaginvel at para um adulto. A vida fez de mim o que sou hoje. Uma rapariga que no viveu metade da sua infn-cia, uma rapariga responsvel e ama-da pelas pessoas de quem mais gosta e, apesar de todos os acontecimen-tos, uma rapariga com sonhos e que nunca vai desistir deles.

    A menina dos olhos azuis

  • tempo disse, com um pequeno brilho de tristeza nos olhos. Como que algum consegue ouvir outra pessoa dizer que j no vai estar muito mais tempo ao nos-so lado? Difcil, no? Como que consegui manter a postura perante a sua presena sem derramar uma nica lgrima? A verdade que nem eu mesma sei. Ele sorriu e foi a ltima vez que vi o brilho nos seus olhos azuis.

    protetora, com mais amor-prprio, determinada a dar sempre a volta por cima, ultrapassando todos os obstculos e tentando procurar fora e lies neles. A morte de pessoas prximas, num curto espa-o de tempo, teve tambm muito peso naquilo que sou eu hoje. Na adolescncia, surgiram outros problemas e mais crises familiares, piorando tudo o que j no estava bem. Porm, sempre procurei uma sada.

    Este resumo, muito resumido, da histria da minha vida, s mos-tra o lado negativo das coisas, mas tambm existiu um lado positivo. O lado bom foi ter sempre algum que me acompanhou, desde muito nova e at hoje, no como melhor amiga, mas, sim, como irm - a minha fora de vontade para supe-rar tudo. Provavelmente por ter conse-guido ultrapassar tudo com dificul-dade ou felicidade, nunca descobri os meus verdadeiros limites e, por isso, anseio ser bombeira. Exercer esta profisso far-me- sentir bem comigo mesma e radiante por ser algo to satisfatrio para mim e para os outros. Os meus pais no concordam com nada disto, mas s tenho mais vontade de continuar e de seguir o meu sonho, fazer isso at terminar os meus dias.

    CINCIAS SOCIAIS E HUMANAS

    Tenho 17 anos, sou caranguejo, vivo em Tavira, sou anarquista, no sou pontual, no gosto de socializar, sou gamer, gosto de estar em casa sem fazer nenhum, no gosto de trabalhos, no gosto de falar de mim nem das minhas histrias de vida porque no as tenho, gosto de metal, metalcore e hard rock, no gosto de rap, no quero ser famoso, no gosto de teatro, no gosto de filmes, no gosto de cinema, gosto de animation, no gosto de imensas pessoas (algumas escapam), no tenho lema de vida, no tenho filosofia de vida, no tenho fora de vontade para algo que seja mais benfico para outros que para mim, gosto da minha barba, gosto de humor, adoro piadas racistas, gosto de pr um 'adoro' num texto s com 'gostos' para quebrar a composio, no gosto de espanhis, no gosto de franceses, gosto de finlandeses, gosto de frio, no gosto de reality shows, tenho famlia italiana e escocesa. Tudo o que est escrito acima PODE ser mentira. Mas no . Mas pode ser.

    An Nimo

    As experincias pelas quais pas-samos na vida transformam-nos sempre de alguma forma, sejam boas ou ms. At o surgimento de uma pedra no caminho pode, mui-tas vezes, alterar o nosso rumo e, nessas idas e vindas, aprendemos que o que mais magoa o que ensina mais e nem sempre apren-demos na escola, aprendemos na vida.

    Rosana Lorena Rodrigues, nas-cida e criada na Margem Sul, devi-do separao dos pais e escolha da famlia, mudou-se para o Algar-ve aos trs anos. O meu pai nunca foi muito presente, nem fsica nem economicamente. A minha relao com os meus pais no boa nem estvel. Cresci um pouco maria-rapaz devido ao meio onde vivia, pois no havia uma nica rapariga com quem pudesse ter contacto.

    Uma das fases mais difceis da minha vida foi aceitar a separao dos meus pais e a falta de uma figura paternal ao meu lado, foi talvez o que me tornou na pessoa que sou hoje. A minha infncia, em relao a escolas e infantrios, no foi das melhores. No infantrio batiam-me e, na escola, durante muitos anos, sofri de bullying. Isso tornou-me uma pessoa mais agressiva, mais

    O que mais magoa mais ensina Por Rosana Rodrigues, 12. ano

    Na nossa vida temos momentos que nos marcam muito, e eles podem ter um impacto negativo ou positivo. Tenho 17 anos e, de tudo o que j vivi, posso concluir que tive experincias maravilhosas que irei recordar para o resto da vida, como tambm tenho experincias e momentos menos bons que me marcaram. Quando somos jovens acreditamos que somos imortais e que vivemos para sempre. Mas no bem assim. Dia 18 de dezembro de 2013.

    Mal eu sabia que este dia ia ser um dos dias mais nostlgicos de sem-pre. Entrei no quarto do meu bisa-v, ali estava ele, um homem de estatura mdia, em frente ao espe-lho, a vestir um casaco e a fitar-me, enquanto eu ficava ao p da porta. Eu queria ajud-lo e amos direta-mente para o hospital de Faro. Tinha passado a noite mal. Quan-do cheguei ao p dele, continuou a olhar para mim at que disse: - Acho que no vais ter o teu bisav aqui contigo por muito mais

    Espero que o cu seja um lugar melhor Por Catarina Teixeira ,12.C2

    Pgina 5

  • CINCIAS SOCIAIS E HUMANAS

    C ores. Faz muito tempo

    que as vi pela ltima vez, faz muito tempo que as senti. Desde aquele dia que desapareceram e nunca mais voltaram, ficando inalcanveis, dei-xando tudo pelos bsicos preto e branco. Com elas, desapareceu tam-bm a minha vontade de alterar esta e qualquer outra situao. No pos-so dizer que no as procurei, porque estaria a mentir. Procurei-as, no por desej-las, no por me sentir triste por ter perdido a capacidade de as ver, porque tambm perdi a capacidade de as sentir, simplesmen-te porque sinto algo em mim que est incompleto, e h uma fora incontrolvel que me compele a preencher este vazio. Lembro-me de ver as cores (no me lembro delas, mas sei que as via). Depois uma luz to forte como a do sol. Depois uma grande escuri-do na qual ca durante aquilo que me pareceu uma eternidade, e depois... preto e branco. Acordei numa cama de hospital, e logo se aproximaram alguns vultos, uns mais escuros que outros, tendo reconhecido, com alguma dificulda-de, alguns deles. Rapidamente me apercebi do meu problema, pois as cores que me eram habitualmente transmitidas por aquelas pessoas chegaram a mim em tons neutros, quase incolores. Durante os dias que se seguiram, remexeram no interior do meu crnio, cuspindo vrios ter-

    Por Ana Carolina Ferreira, 12. C2

    Foi a ltima vez que o vi, a ltima vez que ouvi a sua voz, a ltima que me abraou, a ltima que senti o calor do seu corpo contra o meu. Fomos para o hospital de Faro na esperana de os mdi-cos o salvarem, mas j era tarde, pois tinha uma lcera no est-mago, e o lquido j se estava a espalhar por outras partes do corpo. O pior n que algum pode sentir na garganta quan-do se tem tantas palavras para dizer e no se consegue. Foi isso que me aconteceu. A minha voz fracassou, mas mesmo assim ele conseguiu ouvir o meu At j, ao qual me respondeu, At logo, com um pequeno sorriso. Fui para casa, mas ia regressar logo que pudesse para v-lo outra vez. Quando cheguei a casa, fui dar uma volta. Andei a vaguear sem rumo. Esperar o melhor quando o pior era inevitvel, no. Ganhei coragem e fui para casa. Quando cheguei, recebi a notcia que jamais quereria ouvir. No podia acreditar. Mal eu sabia que aquele At logo era um adeus. Nesse momento, o mundo tinha perdido um heri. O Natal foi horrvel, a passa-gem de ano tambm o foi. Nes-se ano no tive Natal. No tive a famlia toda junta mesa na noite de consoada, o meu bisa-v no se sentou no lugar do costume. A magia do Natal que havia nos outros anos, naquele tinha desaparecido. Perdi um dos pilares mais importantes da minha vida. Devemos aproveitar cada momento da vida com aqueles de quem mais gostamos, deve-mos dizer s pessoas que mais amamos aquilo que sentimos por elas, devemos tirar das pequenas coisas grandes emo-es, devemos sorrir, devemos

    ser felizes, mesmo que no haja um

    grande motivo. A vida efmera. As pessoas muito facilmente vo e j no voltam. Para onde? Esta foi a resposta que obtive quando era pequena: Para o cu. Espero que seja um lugar melhor.

    Pgina 6

    mos tcnicos que nada me diziam. Aparentemente, o desaparecimento das cores deveu-se a uma leso numa zona importante do meu cre-bro: o hipotlamo. Deveria sentir tristeza, frustrao por no as encontrar, deveria ter vontade de as alcanar novamente, mas no... Apenas preto e branco. O desaparecimento das cores mudou para sempre a minha vida e encontr-las tornou-se o meu nico e grande objetivo. Nada mais me interessa, nada mais me chama a ateno. Tornou-se insidiosamente uma necessidade que cresce a cada dia que passa e que vai acabar comi-go se nada for feito. No posso dei-xar que isso acontea antes de as recuperar e farei o que for necess-rio. E irei contra tudo e todos os que se tentarem meter no caminho. Aps um "pequeno incidente", apercebi-me que, tirando aquilo que mais importante para os outros, me aproximo do que mais impor-tante para mim. Observei uma mudana nas tonalidades que, embora escuras aos olhos dos outros, cegos porque, at hoje, nun-ca saram dos seus mundos de cores vivas, se mostraram bastante claras, dando-me a sensao de prazer e satisfao, o que me levou a tentar alcan-las cada vez mais. Com o objetivo de manter o meu sentimen-to de realizao vivo, trouxe sempre comigo algo que me lembrasse aquelas novas tonalidades. Reparei que o mundo no tem a capacidade de compreender pessoas como eu, mas no necessito da sua compreenso para conseguir o meu objetivo. Entretanto, vou fazendo o que posso para manter esta minha sanidade at ao dia em que a ceguei-ra me voltar a afligir, at ao dia em que encontrarei novamente as cores e fecharei as portas a este meu mun-do.

    As cores

    Artigos orientados pela professora de Filosofia e de Psicologia, Edite Manuel Azevedo.

  • PR0JETOS

    N este encontro anual

    entre o Projeto de Educao para a Sade (PES), os Encarregados de Educao (EE) dos 1. e 2. ciclos e elementos do Centro de Sade de Tavira (CST) fala-se, sobretudo, da sade dos alunos quanto importncia de uma alimentao saudvel, dos cuidados a ter para a sade das costas e para a sade oral. Os EE apresentam as suas dvidas, pedem esclarecimentos e interiorizam os procedimentos adequados. Este encontro pretende reforar o papel dos EE na educa-o/formao dos seus educandos tornando-os seres mais saudveis, responsveis e autnomos para o futuro. Durante este encontro, foram apresentados dados anuais, explica-das as causas e sugeridas propostas de preveno/remediao para cada uma destas situaes, pelos representantes do PES e CST. Foram, ainda, entregues os cheques-dentista para os alunos nascidos nos anos 2001, 2004 e

    Encontro com Encarregados de Educao Por Lus Antnio Silva, professor coordenador do PES.

    Dietista: Laura Martins Estagiria de Nutricionismo: Teresa Loureno Higienista Oral: Ana Figueiredo Coordenador do PES: Lus Antnio Silva

    Torneio de Basquetebol 3x3

    No dia 6 de maro de 2015, dis-putou-se na Escola Secundria Dr. Francisco Fernandes Lopes,

    Olho, o Torneio de Basquetebol 3x3 - Fase Local, Sotavento.

    Relativamente participao

    Por Rui Clara, professor de Educao Fsica

    Pgina 7

    dos alunos do Agrupamento de Escola Dr. Jorge Augusto Correia, h a destacar o 2. lugar para a equipa de juvenis femininos e o 3 lugar para as equipas inicia-das, juniores femininos e junio-res masculinos.

    Estas quatro equipas iro repre-sentar o Agrupamento no Torneio Basquetebol 3x3 - Fase Regional, no dia 30 de Abril de 2015, na Escola Secundria Laura Ayres, Quarteira.

  • PROJETOS

    A importncia do sono Por Lus Antnio Silva, professor coordenador do PES.

    O sono garante a sobrevivncia e mltiplas funes que no podem ser substitudas por mquinas! No por acaso que passamos um tero do dia a dormir! O sono recupera o corpo e a memria, promove o funcionamento do metabolismo e a diviso celular, estimula a criatividade e consolida a aprendizagem.

    Recentemente, um estudo sobre o sono refere que 56% dos portugueses sofria de sonolncia e 21% j tinha adormecido ao volante!

    H DORMIR E DORMIR! Alguns cuidados a ter para dormir bem: evitar posies de sentado muitas horas seguidas; exercitar o corpo; evitar dormir num quarto com TV ou com o TLM cabeceira; comer moderadamente e vrias vezes ao dia;

    evitar dietas muito rigorosas; evitar o consumo de cafena e nicotina seis horas antes de deitar; dormir sem luz e sem rudos.

    ECO-ESCOLAS Prmio de excelncia para a EB1 de Cabanas

    Na sequncia da visita que foi efetuada EB1 de Cabanas, durante o ano letivo anterior, no mbito do Programa Eco-Escolas, e aps a avaliao da forma como a vossa escola desenvolve e implementa o Progra-ma, vimos desta forma informar que, uma vez que a vossa pontuao final se situou acima dos 90%, iro rece-ber um diploma de "EXCELNCIA" em nome da escola, um diploma internacional em nome do(a) profes-sor(a) coordenador(a) e ainda, caso a escola no tenha ainda o seu, um painel de 4 azulejos com a data da pri-meira inscrio no Programa Eco-Escolas. Os nossos parabns pelos resultados e pelo trabalho desenvolvido!

    NOTA: Este diploma foi atribudo este ano apenas a 10 escolas

    Pgina 8

  • ENSINO BSICO

    Pgina 9

    Escola Dom Paio Peres Correia

    Fazer po

    A alimentao dos portugueses

    Os alunos da turma do 5.A participaram numa atividade Fazer Po dinamizada pelo Centro de Cincia Viva de Tavira e no mbito da disciplina de CNT. A turma aprendeu os princpios

    Por Lus Antnio Silva, professor coordenador do PES.

    O programa nacional para a promoo de uma alimentao sau-dvel indica que,

    segundo um estudo de 2013, exis-tia cerca de 1 milho de obesos e 3,5 milhes de pr-obesos.

    O mesmo estudo indica que a gerao atual vai viver menos que a de seus pais devido, essencial-mente, falta de exerccio fsico, consumo excessivo de refrigeran-tes, fast food e de alimentos muito industrializados, produtos que foram introduzidos na cadeia ali-mentar mais recentemente.

    O primeiro desafio para uma vida mais saudvel deve comear no processo de compra dos ali-mentos. Nos supermercados, a zona dedicada s massas, farinhas ou bolachas , normalmente, supe-rior rea dedicada aos produtos frescos. E mesmo para chegar a esses corredores, obrigam as pes-soas a passar pelo do acar e o das massas. Depois, quando j esto a pagar, resistem a todo o tipo de doarias, que s pegar, enquanto esperam pela sua vez. A medicina tem evoludo subs-tancialmente ao ponto de a espe-rana mdia de vida ter aumenta-do, mas, pelos erros alimentares, conseguimos manter pessoas doentes vivas por mais tempo.

    qumicos que proporcionam a con-feo de po e realizou a atividade prtica correspondente. Assim, para a confeo de po, foram necessrios os seguintes ingredien-tes: farinha de trigo (80g), levedura (1 colher de ch), sal (1 colher de caf) e gua a 35(qb).

    Os alunos comearam por amassar, num alguidar, todos os ingredientes at obterem uma bola de massa solta, uniforme e com elasticidade processo que pode levar cerca de 15min. Em seguida, moldaram a massa ao formato do po desejado e colocaram-na num tabuleiro forrado a papel metaliza-do. Antes de colocarem no forno, os pes foram salpicados com fari-nha e borrifados com gua.

    Os pes ficaram no forno, numa temperatura entre os 150/200, cerca de 20min.

    No final, foram recordadas as diversas fases e explicadas as trans-formaes qumicas que foram acontecendo ao longo de todo este processo.

    Por Lus Antnio Silva, professor coordenador do PES.

  • PROJETOS

    Gravidez na adolescncia e mtodos contracetivos

    Durante os meses de janeiro e fevereiro, decorreram aes sobre os temas Gravidez na adolescncia e Mtodos contracetivos

    para todas as turmas do 9. ano com o apoio das enfermeiras Mafalda Lopes e Lgia Lobo Ferreira do Centro de Sade de Tavira (CST).

    Sade das costas

    Por Lus Antnio Silva, coordenador do PES

    D esde 2009 que o ACES SOTAVEN-TO/Centro de Sade

    de Tavira e o(s) Agrupamento(s) de escola(s) do municpio esto em articulao, para o desenvolvimen-to da temtica da sade das costas. medida que temos vindo a inter-vir, constatamos cada vez mais que toda a comunidade escolar tem de estar sensvel a esta temtica, e que todos so agentes essenciais para o desenvolvimento de comporta-mentos saudveis e para a mudan-a de hbitos que, quanto mais cedo se iniciarem, mais fcil ser passarem a integrar a rotina. Sabemos que as mudanas de comportamentos no so um pro-cesso clere em sade pblica costuma dizer-se que em mdia demoramos cerca de 10 anos a mudarmos atitudes, hbitos, com-portamentos e rotinas. No entanto, tambm sabemos que quanto mais pessoas contribu-rem com a sua pequena parte, o somatrio dessas pequenas gotas todas faz o oceano. Gostaramos de solicitar a

    vossa colaborao para sensibilizar-Pgina 10

    Sesso: Gravidez na Adolescncia Sesses: Mtodos contracetivos

    Por Ana Pereira (fisioterapeuta), Adriana Torres (terapeuta ocupacional)

    mos os mais jovens, mas tambm criar uma plataforma comum de autoconscincia e responsabilizao de cultura de autocuidados, pedago-gia para a sade e o bem-estar indi-vidual, que, em ltima anlise, resulta num bem-estar coletivo, uma vez que as dores nas costas so a primeria causa/queixa apre-sentada em consulta de medicina familiar em adultos, a primeira causa de incapacidade em pessoas em idade ativa antes dos 45 anos, e so os alunos portugueses aqueles que apresentam mais 6% de queixas de dores de costas de entre os alu-nos da Europa. A nossa interveno est mais focada no 5.ano e, por isso, a nos-sa solicitao vai no sentido de minimizarmos os fatores ambien-tais que possam contribuir para as queixas acima referidas. Sabemos que temos dificuldade em manter os alunos sentados em sala de aula de forma mais correta, que o mobi-lirio no est adaptado ao desen-volvimento estato-ponderal indivi-dual de cada aluno, uma vez que os nossos alunos esto permanente-mente em crescimento, o que difi-culta mais a tarefa de os manter corretamente sentados diariamente. Por esse motivo, a nossa aposta e desafio so o de proporcionar

    informao acerca de estratgias de como facilitar a adaptao das pos-turas de sentado relativamente s diferentes estaturas dos diferentes alunos, em relao ao mobilirio disponvel, atravs de: - Utilizao de uma caixa de sapatos/lista telefnica nos ps para que os ps fiquem apoiados o apoio feito nas dife-rentes superfcies do corpo importante porque assim estamos a distribuir a carga que o peso do corpo exerce por diversos segmentos, aliviando o esforo individual de apenas alguns pontos de apoio, preve-nindo cansao, desconforto e dor; - Colocao da mochila junto s costas da cadeira para que as costas do aluno fiquem um pouco mais alinhadas, com apoio, e os alunos que no conseguem chegar com os ps ao cho, por serem de uma estatura menor, poderem ter a regio da bacia um pouco mais chegada frente e, assim, as costas apoiadas.

    Outra queixa que identificmos relativamente ao uso das mochi-las, o peso excessivo que algu-mas chegam a ter. Nas sesses rea-lizadas at data, e com dados sobretudo respeitantes aos pesos verificados no ano letivo transato, conclumos que 72% dos alunos em ambos os Agrupamentos transportam mochila acima dos 10% do peso do seu prprio cor-

  • Durante o ms de janeiro, decor-reram aulas prticas sobre o tema Sade das Costas, em sequncia das aulas tericas realizadas durante o 1. perodo, com a dinamizao da fisioterapeuta Ana Pereira, da tera-peuta ocupacional Adriana Torres, da radiologista Patrcia Gaspar do CST, e com o apoio do coordena-dor do PES Lus Antnio Silva. O tema da postura corporal j se realiza no nosso Agrupamento h quatro anos de acordo com um pro-tocolo estabelecido entre o Agrupa-mento e o CST.

    ENSINO BSICO

    Pgina 11

    po, sendo os 15% a mdia de ambos os Agrupamentos.

    A mudana para o 2. ciclo implica aumento de disciplinas e, devido s necessidades to espec-ficas de cada disciplina, temos associados materiais escolares, tambm eles especficos e singula-res do tipo de atividade desenvol-vido em cada uma delas. Os alunos do 5. ano tm dificuldade em per-ceber quais os materiais necess-rios e os dispensveis. Muitas vezes, verifica-se que trazem consi-go sempre todos os manuais da disciplina. H alguns anos, o nmero de livros associados a cada disciplina era bastante inferior em mdia apenas um. Hoje em dia, constata-mos que h em mdia dois manuais por disciplina. J verificmos existirem profes-sores que adotam estratgias de informar os alunos de qual o livro e quando o devem trazer. Tambm j percebemos que existe uma estratgia implcita de ao trazer sempre tudo, no tenho faltas de material. Existem tambm alunos que tm e utilizam o cacifo, e alu-nos que tm, mas no o utilizam. Quem no utiliza refere frequente-mente o medo dos roubos. No

    entanto, tambm nossa convic-o que roubo de livros e/ou manuais no ser a principal moti-vao de quem arromba o cacifo alheio. Por fim, acreditamos que as solues ideais no existem, mas existe uma coisa fundamental que so as estratgias de negociao e compromisso. Consideramos que essa pode ser a forma mais vivel de se conseguirem mudanas de hbitos no que respeita ao peso das mochilas. o que envolve: - A deciso por parte dos estabelecimen-tos de ensino quanto aos manuais a ado-tar, tendo em conta o volume que representam, alm das suas caractersticas de contedos programticos; - A adoo de polticas e estratgias de gesto escolar que permitam organizar a utilizao dos cacifos de uma forma mais regular, facilitadora, aliciante e crescente; - A deciso e a planificao individual da aula seguinte em cada disciplina, o que permite ao docente dar orientaes para que o aluno traga um menor nme-ro de livros e/ou material no dia seguin-te; - Organizao do aluno, auto e heteror-responsabilizao e autonomizao deste e da famlia, no sentido de que a forma como diariamente a mochila preparada para o dia escolar seguinte uma tarefa que compete ao aluno com suporte dos seus cuidadores, um dos aspetos funda-mentais de incutir conceitos to suposta-mente distantes, como organizao no tempo, no espao, planeamento, racioc-nio, abstrao, sequenciao, graduao, clculo matemtico, pensamento lgico-dedutivo, autoconceito e autocuidado. Por vezes, verificamos que h alunos que tra-zem 4 estojos na mochila. Um estojo individualmente pode pesar entre 100 a 300 grs. Em 2 ou 3 estojos, o aluno quase traz 1 kg. Uma garrafa de gua pesa quanto? E a forma como o material vem organizado dentro da mochila? A distribuio do peso, a colocao dos materiais maiores e mais pesados onde feita? - Tambm se verifica um uso incorreto das mochilas, transportadas frequente-mente apenas por uma ala. Por isso, fomentar o uso de duas alas no ombro, mala de apenas uma ala colocar cruzada

    e no apenas de um lado, e mochilas com rodinhas empurrar frente com duas mos; - Por fim, pensamos que pode no pare-cer que tenha qualquer repercusso, mas, e se tentssemos iniciar um movimento de campanha contra a edio de um crescente nmero de livros por disciplina? As pr-prias editoras, distradas ou no, tm estado a contribuir para o aumento do peso das mochilas e, consequentemente, das dores de costas nestes alunos e nos futuros adultos que eles sero . Em relao s sesses de educa-

    o que temos vindo a dirigir aos alunos do 5. ano , os dados reco-lhidos traduzem que a mensagem da promoo da sade das costas chega aos nossos alunos e que existe o conhecimento. No entan-to, verifica-se mais dificuldade na adoo de comportamentos. Da a necessidade de alargarmos orienta-es a toda comunidade educativa para atuarmos na preveno e na promoo de sade.

    SADE das COSTAS Aula Prtica para alunos do 5.ano

    10% do peso do corpo Postura secretria

    Por Lus Antnio Silva, coordenador do PES

  • O dia comeou bem cedo, com a chegada

    aos estdios da SIC s oito e dez da manh, onde fomos muito bem recebidas por toda a equipa da SIC Esperana. Fomos, ao longo de todo o dia, acompanhados pela Cristina Silva, da SIC Esperana, que nos apresentou as instalaes da redao e da produo. Andr Antunes tambm nos conduziu numa visita guiada por todos os estdios e salas de controlo. Terminada a visita, fomos encaminhadas para colaborar em trs diferentes reportagens que noticiaram no Primeiro Jornal. Filipa Guerreiro e Beatriz Carmo (10.A2) participaram na reportagem de Paulo Varanda e

    Rafael Homem, que noticiava a visi-

    eco dos espaos

    Pgina 12

    ta s galerias romanas, na Baixa de Lisboa, assistindo, mais tarde, a todo o processo da sua edio. Daniela Pereira (10. A2) e Beatriz Abrantes (10. E) assisti-ram reportagem de Maria Miguel Cabo feita porta da San-ta Casa da Misericrdia, onde decorria uma manifestao con-tra o Presidente dessa instituio. Teresa Lopes (10.A2) acom-panhou os reprteres Joana Lati-no e Nuno Fris na reportagem dirigida ao evento Lisboa Week, no mercado de Alvalade. Este evento consistia na apresentao de vrios pratos preparados por dois chefes de restaurantes de Sushi Caf. De regresso aos estdios da SIC, assistimos em direto e ao vivo ao telejornal da uma da tar-de, Primeiro Jornal. Seguiu-se a hora de almoo no refeitrio da empresa. Realizadas as reportagens, ain-da tivemos a possibilidade de

    visitar os estdios onde so reali-zados os diversos programas televisivos, as salas de controlo e acstica e os armazns de adere-os televisivos. Durante todo o dia, tivemos tambm a oportunidade de falar e tirar fotos com algumas figuras emblemticas da televiso portu-guesa, nomeadamente: Andreia Rodrigues, Joo Baio e Eva Andrade. Conclumos este dia comple-tos, ns e o professor que nos acompanhou, Lus Gonalves, mas exaustos depois de tantas emoes. Foi, sem dvida, para todos ns, uma experincia ines-quecvel, e queremos agradecer SIC e SIC Esperana pela for-ma calorosa como nos recebe-ram. Trouxemos connosco as melhores recordaes possveis e regressmos ao Algarve na espe-rana de um dia l voltar.

    Um dia nos estdios da SIC

    Prmio RBE/SIC Esperana: Concurso Liberdade de Expresso e Redes Sociais

    Por Daniela Pereira, Filipa Guerreiro, M Beatriz Carmo, M Beatriz Abrantes e Teresa Lopes, 10. ano

    Artigo orientado pelo professor de Portugus, Lus Gonalves

  • eco dos espaos

    Pgina 13

    Palestra: Depois de 1974, contar a histria de outra maneira

    Memorial do Convento (1982), de Jos Saramago

    N uma iniciativa con-junta do Grupo dis-ciplinar de Portugus e da Biblioteca, em

    parceira com a Equipa UAlg, recebemos na Escola Secundria Dr. Jorge Augusto Correia, no dia 13 de abril, a professora de Lite-ratura da Universidade do Algar-ve, Faculdade de Cincias Huma-nas e Sociais, Professora Doutora Carina Infante do Carmo, que veio fazer uma palestra dirigida aos alunos do 12. ano: Depois de 1974, contar a histria de outra maneira: Memorial do Convento (1982), de Jos Sara-mago.

    Como esta uma obra de lei-tura obrigatria, estivemos muitos atentos a ouvir a professora falar sobre este autor laureado com o prmio Nobel da Literatura em 1998.

    A palestra centrou-se na reno-vada leitura histrica que Jos Saramago fez sobre o reinado de D. Joo V e a construo do Convento de Mafra. Contraria-mente ao que habitual nos rela-tos histricos, Saramago preten-deu dar valor s pessoas do povo que construram o convento de Mafra. Por isso, quem se destaca o povo, verdadeiro heri coleti-vo, representado por Blimunda e Baltasar. Neste romance, o rei D. Joo V, smbolo dos poderosos, retratado negativamente. ele que faz a promessa, mas o povo que tem de pagar com o sacrifcio da sua prpria vida. E, entre outras informaes e imagens relevantes, a professora comentou a seguinte passagem do romance:

    Seiscentos homens agarrados desesperadamente aos doze calabres que tinham sido fixados na traseira da plataforma, seiscentos homens

    que sentiam com o tempo e o esfor-o, ir-se-lhes aos poucos a tesura dos msculos, seiscentos homens que eram seiscentos modos de ser, [] e tudo por causa de uma pedra que no precisaria de ser to grande, com trs ou dez mais pequenas se faria do mesmo modo a varanda, apenas no teramos o orgulho de poder dizer a sua majestade, s uma pedra, e aos visitantes, antes de passarem outra sala, [] que se vai disseminando o ludbrio geral, com suas formas nacionais e parti-culares, como esta de afirmar nos compndios e histrias, Deve-se a construo do convento de Mafra ao rei D. Joo V, por um voto que fez se lhe nascesse um filho, vo aqui seiscentos homens que no fizeram filho nenhum rainha e eles que pagam o voto, que se lixam, com perdo da anacrnica voz. (pp. 256-257)

    Terminou o seu discurso des-

    tacando a relevncia da voz colo-

    quial e coral do narrador de Memo-rial do Convento que convoca a memria das tenses sociais de um dado tempo histrico portu-gus e a travessia dos tempos com que reescreve a Histria pela fico, a partir de um aqui e agora democrtico e de liberda-de (excerto transcrito de um diapositi-vo da autoria da Prof. Carina Carmo projetado durante a palestra).

    Esta foi uma sesso bastante esclarecedora e que incentivou os alunos presentes a ler esta obra.

    Por Beatriz Lobo, 12. A2

    Artigo orientado pela professora de Portugus, Ana Cristina Matias

  • eco dos espaos

    Semana da Leitura, 2015

    Rafael Fonseca, 12.A2

    Por Ana Cristina Matias, professora de Portugus,

    Numa organizao conjunta da Rede de Bibliotecas de Tavira, a Semana da Leitura - 2015, este ano com o tema Palavras do Mundo, decorreu de 16 a 20 de maro no nosso concelho e pro-porcionou diversas atividades cul-turais com a interveno direta e ativa de muitos alunos. A semana abriu com uma ses-so dirigida aos alunos do 12. ano e dinamizada pelo Rotaract Clube de Tavira que apresentou um pro-grama de mentoring (programa de aconselhamento e acompanhamen-to por um aluno universitrio). Seguiu-se um encontro com Tiago Carrasco, autor de literatura de via-gens, patrocinado pela editora ASA/LEYA. Na quarta-feira, dia 18, quinze membros do Clube de Teatro da Escola Secundria Dr. Jorge Augusto Correia, acompanhados

    pelo seu profes-sor responsvel, Lus Gonalves,

    participaram no programa Haja Manh da Rdio Gilo e, entre outras intervenes, fizeram uma leitura dramatizada do conto As rvores que ningum separa, de Alice Vieira. Uma verso de uma lenda de Macau redigida por esta autora.

    No dia seguinte, foi a vez de leituras espontneas em espaos pblicos, tendo cabido nossa escola Palavras do mundo: a sia Mais uma vez, o professor Lus Gonalves mobilizou alunos, alguns, elementos do Clube de Teatro, outros, alunos seus, e hou-

    Miguel Gonalves (12. A2),Bruna Albino (10. E), Mariana Sousa, Bianca Sequeira, Filipa Guerreiro e M. Beatriz Carmo (10. A2), Daniel Silva (10. C), Toms Bravo (10. B) e professor Lus Gonalves .

    Pgina 14

    Fotgrafo: Diogo Salvador (11. E)

    ve lugar a poesia na Cmara Muni-cipal de Tavira. A, deu-se nova-mente destaque aos laos entre o Ocidente e o Oriente, com particu-lar destaque para Macau. Cames, Antnio Manuel Couto Viana, Camilo Pessanha, Maria Anna Tamagnini e J.J. Monteiro (excertos do livro De volta a Macau) e Fernando Pessoa foram os auto-res convocados. Estes dois eventos tiveram eco no jornal Tribuna de Macau que, no dia 31 de maro, publicou o artigo: Macau inspirou Tavira na semana da Leitura Por ltimo, Rui Soares, Presi-dente da Associao Internacional de Paremiologia, dinamizou uma sesso dirigida a alunos do 10. ano: Viajando pelo Mundo com os provrbios. Durante toda a semana, decor-reu uma exposio, Galeria de Autores, na nossa Biblioteca e tambm nos transportes pblicos citadinos, Sobe e Desce.

  • diferente: as passadeiras no existem, apanhar o autocarro na segunda fai-xa normal, assim como pedir para o autocarro parar quando no h paragem. Tudo funciona base de buzinadelas, e ningum fica ofendido. No entanto, no pode-mos falar alto dentro dos autocarros. Dentro dos autocarros, por vezes, sentia-me observada, pois posso assegurar que dos passa-geiros eram homens, o que se tor-nava um pouco estranho. Algo que muito mal visto na Turquia o assoar e o espirrar em pblico. Caso demorssemos uma hora a chegar escola, vivamos perto da escola, de acordo com os alunos de l. Todos os dias s oito da manh e s cinco da tarde, a cidade enche-se com uma melodia vinda das mesquitas, tempo de rezar.

    A semana estava a voar e, entre-tanto, visitmos o lado europeu da cidade. Entrmos em mesquitas lindas, como a Mesquita Azul. Tivemos que nos descalar e, como mulheres, fomos obrigadas a pr um leno na cabea. Ficmos ridculas.

    Chegou o dia da despedida. Umas choraram e outras no, mas esta aventura proporcionada pelo Programa Comenius ainda no tinha acabado, ainda nos faltava mais um dia com as professoras na parte europeia onde aproveitmos para conhecer melhor o Grande Bazar e fazer umas comprinhas.

    O Bazar descomunal e tem de tudo, desde as melhores falsifica-es de malas s piores. L at j falam portugus e perguntaram-nos pelo Cristiano Ronaldo e pelo Mourinho. Tambm existe uma parte totalmente dedicada ao ouro e prata. So montras cheias de peas em ouro. impressionante. Do outro lado do bazar, temos as gomas turcas. Fartei-me de comer,

    eco dos espaos

    Pgina 15

    Por Maria Ins Bensusan, 12. B

    Sbado de manh com profes-soras? J temos aulas aos dias de semana, porqu tambm ao sba-do?! No, no estvamos numa aula, mas sim de partida para um intercmbio no mbito do Projeto Working with movies changing people and their ideas para uma das semanas mais marcantes e emocionantes que at agora tive-mos. Comigo estavam a Carolina Revez Santos e a Lisa Reinecke, ambas do 12. C2, juntamente com duas professoras, Ana Cristina Matias e Antonieta Couto, prontas para partir para a aventura. Espera-va-nos uma semana magnfica na Turquia, de 16 a 21 de maro de 2015.

    Mas, primeiro tivemos que per-noitar em Milo. Na manh seguinte esperava-nos um longo dia cheio de surpresas e emoes, os voos Milo Roma, Roma - Istambul, e o grande momento do dia, conhecermos as nossas novas famlias. As raparigas que nos iam receber estavam mais nervosas que ns, o que se tornava um pouco estranho, mas correu tudo bem. Tivemos imensa sorte, pois as raparigas que nos receberam eram muito amigas. Assim, andmos sempre juntas e usufrumos muito mais da viagem.

    Os restantes dias foram calmos. Adaptamo-nos logo muito bem s nossas famlias e elas a ns, embo-ra a comunicao com os pais das nossas parceiras tivesse sido um autntico desafio. No primeiro dia, tivemos uma aula de zumba. Algo de que no estvamos espera, pois pensvamos que tnhamos chegado a um mundo extrema-mente religioso, mas no assim to verdade. Desengane-se quem pense que os turcos no bebem

    Istambul uma cidade enorme e em grande crescimento. Imagi-nem o que Portugal inteiro numa s cidade. Como ser o trnsito? Catico! A, sim, percebemos que estvamos num pas de cultura

    Imaginem o que Portugal inteiro numa s cidade

    so deliciosas. Costumava dizer que a gastronomia e a doaria por-tuguesas so as melhores, mas, se algum dia tiverem a oportunidade de provar comida turca e os seus doces, passaro a dizer como eu que a gastronomia portuguesa muito boa, mas logo a seguir vem a turca. E o famoso doher kebab que comemos em Portugal, no assim to importante na alimenta-o turca. Outra coisa que me impressio-nou muitssimo na Turquia quo nacionalistas eles so. Encontr-mos bandeiras da Turquia por todo o lado, e so bandeiras com uma dimenso impressionante. Embora associemos esta bandeira religio islmica, e tal leva-nos aos islamitas extremistas, o que se torna um pouco assustador, nunca me senti insegura em Istambul, por estranho que parea. As pes-soas so extremamente atenciosas. Com tudo isto, posso afirmar que a estada na Turquia foi uma expe-rincia inesquecvel. A nossa viagem levou-nos de regresso a Milo. Pudemos, ento, sonhar defronte das montras da Galeria Vittorio Emanuele II. Agradecemos s professoras que nos acompanharam e a todos aqueles que fazem parte do Pro-grama Comenius por nos terem proporcionado esta experincia

    fantstica.

    Artigo orientado pela professora de Portu-gus, Ana Cristina Matias

  • eco dos espaos

    N o passado ms de

    maro, entre os dias 9 e 13, ocorreu, em Mrcia, Espanha, o segundo encontro no mbito do projeto Erasmus +, Tech Educa-tion and Arts for at Risk Students, TEAARS. Os alunos envolvidos foram Francisco Nascimento (10. C1), Jos Mateus (11. C2), Marco Fernandes (10. E), Olek-sandra Martynyuk (11. B), Ricar-do Pires (10. A3) e eu, Carolina Oliveira, acompanhados por qua-tro professores: Norberto Mes-tre, elemento da Direo da Escola, Ftima Pires, coordena-dora do Projeto, Crmen Pedro-so, professora de Espanhol, e Reinaldo Barros, professor de Artes. Integram este Projeto, para alm de Portugal e Espanha, a Grcia, a Turquia e a Polnia. A todos os pases foi atribu-do um dos cinco sentidos. Se a Grcia, escola coordenadora (1. encontro), ficou com o gosto/paladar, Espanha coube a audi-o. Por que ter sido? Assim, parte da nossa aten-o esteve centrada nos sons que nos rodeavam em todos os momentos e atividades desenvol-vidas.

    Numa das reunies de traba-lho, cada grupo de

    cada pas apresentou dois vdeos. Um sobre a sua cidade e outro sobre o sentido que fora desen-volvido no encontro na Grcia, o gosto. A escola que frequentmos durante uma semana uma esco-la de Artes. As atividades que desenvolvemos incidiram em vrias reas, da dana pintura, participmos em aulas e elabora-mos t-shirts alusivas ao projeto. Foi deveras desafiante. Para alm destas atividades, tivemos oportunidade de conhe-cer outras cidades: Molina, onde vivemos durante uma semana; Caravaca, onde estivemos uma manh usufruindo do ar puro num belo parque o silncio, visitmos um castelo e uma igre-ja; Archeava presenteou-nos com uma tarde relaxante nas termas; em Mrcia, explormos a cidade com os nossos correspondentes e realizmos um peddy-paper para conhecer a parte histrica; em Cartagena, visitmos um museu, as runas e passemos beira mar. A fase final da nossa aventura escolar foi em Madrid, culminando com uma visita ao Museu do Prado e um breve passeio por esta bela cida-de. Foram muitos os momentos que nos marcaram: chegada, fomos muito bem recebidos; a

    Projeto Erasmus +, TEAARS integrao no seio das famlias onde ficmos hospedados foi tima; as visitas que fizemos a vrias cidades; tudo o que apren-demos pela troca de experincias com os colegas dos outros pa-ses; outros aspetos mais engraa-dos e ultrapassados, como uma alimentao diferente, o que mui-tas vezes se tornou difcil; e uma situao curiosa, um mendigo a usar um tablet Chegou o momento da despe-dida, algo que nunca queremos, mas valeu pela experincia que marcou todos os que nela parti-ciparam e cujos momentos nunca vo por ns ser esquecidos. Poderemos nem voltar a ver muitas das pessoas com quem travmos conhecimento. Isso deixa-nos tristes, mas uma tris-teza boa, pois a saudade tambm tem um som.

    Pgina 16

    A saudade tambm tem um som Por Carolina Oliveira, 10. A2

    Artigo orientado pela professora de Filosofia e de Psicologia, Edite Manuel Azevedo.

    O

    nosso Agrupamento de Escolas Dr. Jorge

    Augusto Correia participou pela primeira vez nos Jogos de Quel-fes que este ano decorreram

    VI Jogos de Quelfes

    1. Ciclo do Ensino

    Bsico

    Por Rui Clara, Professor de Educao Fsica

  • Pgina 17

    CINEMA

    N a aula de Economia C,

    no mbito da unidade Economia, desenvolvimento e direitos huma-nos, visionmos o filme de Bille August, Goodbye Bafana, em portugus, Meu prisioneiro, meu amigo, uma histria verdica baseada nas memrias de um guar-da prisional de Nelson Mandela. O filme revela a improvvel amizade que se foi estabelecendo entre o guarda e Nelson Mandela. Na frica do Sul dominava o regi-me do Apartheid, um regime racis-ta, onde os negros no eram acei-tes pela sociedade, e Nelson Man-dela, o grande lder, encontrava-se preso na famosa ilha-priso, Rob-ben Island, onde passou 27 anos da sua vida. A relao de amizade entre James Gregory (guarda prisional) e Mandela surge, em parte, devido a James saber falar a mesma lngua que Mandela, xhosa, da ser James a censurar as cartas recebidas e enviadas pelos prisioneiros e ter a seu cargo a vigilncia de Mandela. Ao longo do filme e do tempo real em que Mandela esteve preso (27 anos), a relao entre James e Mandela foi crescendo. O convvio dirio entre os dois fez com que Mandela mudasse as ideias profun-

    damente racistas de James, para a luta por uma frica do Sul livre, sem racismos. Mandela foi um homem culto, respeitador e corajoso, usando ape-nas a sua passividade e determina-o para alcanar a liberdade no s para si e para a sua famlia, como tambm para todo o povo de raa negra. Foi um homem de armas mesmo sem elas. Nelson Mandela no s mudou a vida do guarda prisional como tambm mudou a de milhares de negros que tinham sido sujeitos tortura, discriminao e persegui-o. Um homem sem rancor, que por muito passou e que ganhou o direito de lhe ser feita uma home-nagem internacional. Mandela ain-da que morto continua um profes-sor da vida, ensina-nos que, apesar de todo o mal que lhe foi feito, existir sempre um bem superior a esse mal. Ns aconselhamos-vos, hones-tamente, a assistirem a este filme, para se deixarem tocar pelos ensinamentos de um homem to sbio que simplesmente s soube amar.

    Goodbye Bafana

    (Meu prisioneiro, meu amigo) Por Marcos Arajo e Rui Tbal, 12. B

    Nelson Rolihlahla Mandela nasceu a 18 de julho de 1918, em Mvezo, e morreu a 5 de dezembro de 2013, em Joanesburgo. Foi um advogado, lder

    rebelde e presidente da frica do Sul de 1994 a 1999. Foi considerado como o homem mais importante da raa negra, a voz do povo negro e

    ganhador de um prmio Nobel da Paz em 1993.

    Artigo orientado pela professora de

    Economia,

    Carmen Castro.

    entre 11 e 19 de abril. Os Jogos de Quelfes so o maior e mais emble-mtico evento de promoo do Olimpismo em Portugal, direciona-do para o 1. Ciclo do Ensino Bsi-co.

    Esta foi a 6. edio dos Jogos que contou com o apoio de vrias entidades, entre elas, o Comit Olmpico de Portugal, os Munic-pios de Faro, Loul, Olho, So Brs de Alportel e Tavira, o IPDJ ou a Academia Olmpica.

    Os Jogos de Quelfes so com-postos por vrias modalidades, como a Basquetebol, o Futebol, a Natao, o Atletismo, o Leno Grego e o Andebol. No que se refere s classificaes, h a desta-car a aluna Ins Pereira da Escola do 1. ciclo de Cabanas, que ficou em 7. lugar na prova de Atletismo dos 40 metros, a equipa mista de Andebol da Escola Bsica Horta do Carmo, que ficou em 2. lugar, e a equipa feminina de Futebol da Escola do 1. Ciclo de Cabanas que ficou em 4. lugar.

  • ESCRITA CRIATIVA

    No meu peito h uma porta, Porta fechada, selada. Dentro da porta, um jardim E uma criana acordada. Jardim de lrios, Dentes de leo. E a criana brinca Sentada no cho. A criana deixou de o ser. Agora estuda para ser algum. Pensa em um dia merecer, O que no merece ningum. Agora velho, Jardim falecido. Vida montona Num pensamento esquecido. A porta abriu, Luz brilhante que desconhece. O velho caminha E a caminhar desaparece.

    Ctia Pacheco, 10. C1 Produo escrita orientada pela professora de

    Portugus, Ana Paula Mana Por Miguel Gonalves,12.A2

    Poesia

    Autorretrato

    Nasci no Algarve, regio de praia e boa comida, de gente simptica e divertida.

    Desde cedo comecei a realar a minha personali-dade, como pessoa reservada e de pouca vaidade. Brincava sozinho em qualquer lado, era s eu e a minha criatividade. J fui muito viajado, e espero ser mais, considero-me uma pessoa culta, graas aos meus pais. Sou uma pessoa que ri pouco, mas que gosta de fazer rir, e tenho a minha prpria maneira de me divertir. Inseguro para umas coisas, mas audaz para outras, chego at a me questionar: Como que eu no fui capaz? At gosto de comer, porm no d para ver, tenho um bom paladar e gosto de ser o primeiro a provar. De pele plida, e grande pescoo, aqui fica a auto-biografia deste moo.

    David Cruz, 10. A3

    Produo escrita orientada pelo professor de Portugus, Lus Gonalves

    Pgina 18

    esbelta figura que contemplo to de perto, s a razo deste fogo que nasce c dentro, A razo desta chama viva e ardente, Tu, figura das guas desta nascente! Que beleza essa nas tuas feies, Que me aumenta o ritmo das pulsaes? Todos os teus contornos tm tal perfeio, Que no existe no mundo mais bela criao. transcendente o fervor dentro de mim. Nunca nenhuma criatura me provocara algo assim. Quero sentir este calor, preencher o meu vazio! Ai! J no te vejo! Ca dentro do rio! Maria Beatriz Carmo, 10. A2 Concurso Nacional Faa l um poema, 2015, 3. lugar

    Poema de Narciso ao seu reflexo

    Poesia a arte de expressar de mostrar ao mundo o nosso corao uma maneira de sentimentos libertar e de fazer passar por toda a gerao uma maneira de encantar e acalmar almas entristecidas para no futuro afastar todos os sofrimentos e suas feridas Cada um cria o seu mundo com tudo o que os faz sorrir sem desistir de sonhar por um segundo sem ter medo e deixar de fugir Poesia abre coraes liberta os sentimentos solta as emoes e disfara sofrimentos

    Beatriz Barros, 10. E

  • Textos selecionados do Blogue "Palavras Entressonha-das", dinamizado pelas professo-ras de Portugus, Salom Freire e Rosa Rogado.

    ESCRITA CRIATIVA

    Pgina 19

    Por Joana Monteiro, 6. A

    Certo dia, quando estava a fazer uma das minhas viagens ao espao, desviei-me da rota prevista e fui parar a um planeta desconhecido. Fiquei admirada porque as mquinas no estavam estragadas, e comuniquei o sucedido aos meus chefes. Eles disseram-me para ficar calma, pois estavam a fazer o pos-svel para me encontrarem. Ento decidi sair e ir ver o pla-neta. Ao pisar o solo, senti que este

    Viagem ao planeta desconhecido Por Joana Nascimento, 6. A

    Tinha chegado o momento. Entrei no fogueto que me espera-va, com os nervos do costume. Quando dei por mim, j estava no espao. Que saudades que eu tinha daquele silncio, daquela sua cor indescritvel Recebi uma ligao da base que me lembrou do meu objetivo. Estava ali para encontrar um pla-neta que tinha sido detetado no radar, h cerca de um ms. Con-centrei-me e avistei o planeta. Fui at ele com uma curiosidade do tamanho do mundo. O planeta tinha uma cor esver-

    deada, assim como a sopa de espi-nafres, que a minha filha se recusa sempre a comer. Aterrei o fogueto, sa, espetei a bandeira de Portugal e fui desco-berta. O solo era meio gelatinoso. Retirei um pouco desse material e mandei-o para a base, que esperava notcias. Olhei em volta e pareceu-me ser o nico ser naquele planeta. Vi uma espcie de planta que me era desconhecida e um lquido rosa. Nunca tinha visto nada assim! De repente, avistei um grupo de seres estranhos com uns dentes muito

    grandes. Isso bastou-me! Entrei aterrorizada no fogueto e fugi. No caminho de regresso, pensei para comigo: Ser que algum vai acreditar nesta realidade?

    Um planeta diferente

    era demasiado escorregadio, mole, hmido e lamacento. Ento, vi um par de olhos to lmpidos que pareciam gua, a observa-me. Esse ser era do mais estranho que j vira. O seu corpo era colorido e os seus olhos eram triangulares. Tam-bm tinha um narigo de meter medo e uma boca do tamanho de uma formiga. Tentei falar com ele, mas no resultou. Ele continuava em siln-cio, e ento eu percebi que ele s

    entendia o que eu dizia, se estives-se escrito no cho. Perguntei-lhe o nome, e ele disse que no tinha. Ento chamei-o Samuel. Samuel disse-me que aquele era o planeta 345. Foi ento que ouvi chamarem-me da base. Disseram-me que podia partir e regressar. Eu fiquei muito triste por ter de partir e des-pedi-me do estranho habitante do planeta 345. Adeus Samuel, disse eu

    Fui escolhida para fazer uma viagem de fogueto a um planeta que tinha sido descoberto, mas ningum sabia nada sobre ele.

    Durante a viagem, perdi o con-tacto com a base e fiquei deriva no espao. Entretanto, retomei o contacto. Passados trs dias, cheguei ao planeta desconhecido. Era um lugar muito bonito e tranquilo, cheio de rvores de prata e flores de ouro.

    De repente, ouvi alguns rudos e fui ver o que era. Eram duas cria-turas, com metade do meu tama-nho, e com uma p tentavam colo-car o que parecia ser areia cintilan-te dentro de uma mquina de metal. Aproximei-me e perguntei o que tinha aquela areia de to espe-cial.

    - brilho de estrela, aquilo de que os sonhos so feitos - disseram-me eles.

    Os meus novos amigos deixaram-me meter brilho de estre-la na mquina. Esta estremeceu e libertou o sonho mais bonito e bri-lhante que alguma vez imaginei.

    -Este sonho para ti. Se saltares para cima dele, levar-te- onde tu quiseres disse uma das criaturas.

    Agradeci-lhe e prometi ir nova-mente visit-los. Entrei na minha nave e regressei ao meu planeta azul.

    O planeta dos sonhos Por Joana Rita Parreira, 6. A

  • LNGUAS

    A arte como forma de interveno na sociedade

    Por Frederico Guedes, 12. C1

    O ser humano vem ao mundo em busca de uma meta inalcan-

    vel, o seu contentamento. O Homem ambiciona o cu, almeja o Olimpo e conquista os deuses. O seu contentamento esta-r sempre por saciar. Ser descon-tente ser homem, j dizia Fer-nando Pessoa h quase cem anos, e, antes dele, muitos outros, elo-quentemente tristes por aquilo que o seu tempo vital foi trocado. A ambio que nasce connosco a

    nossa marca de Lci-fer. Assim, podere-mos almejar grandes

    I n the past, tattoos were something only sailors had. Nowadays tattoos and pierc-ings are a trend. But like any-

    thing you do in life, from driving a car, to playing a sport, they come with some risks, which can include allergic reactions to inks, and in-fected needles. Body art is a popular form of self-expression. Fortunately, tattoos are safer than ever, but you still need to be careful with the studios you choose to go, because of safety and hygiene. Otherwise there will be consequences like get-ting viruses and bacteria that can cause illnesses.

    Is there art in your body?

    Por Maria Medeiros e Rafael Ramos ,10.E

    futuros e conquistar inmeros rei-nos, mas a nossa ambio alimenta o nosso descontentamento. Quan-to mais esta come, mais a outra quer comer.

    Os seres humanos tm a vanta-gem de ser o nico ser racional, o nico que tem as capacidades extras alm de procriar, o nico que tem o poder de aproveitar cada momento como se fosse o ltimo. Ns somos como um fil-me, a ambio, a coragem, a viso, todas as nossas capacidades, sensa-es e emoes procuram uma maneira de se saciarem, uma fuso nuclear entre felicidade e prazer. Porm, o descontentamento, o vilo desta histria de amor, procu-

    ra sempre o que no tem, feliz na infelicidade, subjuga todos os outros na sua nave espacial rumo conquista do Sol, e mesmo assim ser pouco.

    O descontentamento um viciado em conquistas, o Carlos Magno da nossa alma, apenas se diferenciando deste heri clssico devido sua busca sempre por mais e sua constante tristeza.

    O Homem deve procurar sem-pre a felicidade, tentar chegar ao seu Excelsius, porm, o desconten-tamento nunca o largar e ser cegado pela nsia por mais.

    Por Paulo Freitas, 12 A1

    A arte, num sentido lato,

    uma belssima forma de intervir em todo e qualquer assunto de uma civilizao, sendo at crucial.

    No final de contas, o que a prpria arte? A arte talvez a nica forma que temos de nos exprimir-mos. E atravs dela que exprimi-mos os nossos sentimentos, o nos-so ponto de vista sobre algo, mani-festando, assim, um pouco da nos-sa identidade, ainda que subtilmen-te. Uma parte de ns componen-te da obra que criamos. imposs-vel ser-se completamente alheio obra. Logo, o meu ponto de vista sobre algo vai estar presente na minha criao.

    Por exemplo, msicas de inter-veno ou quadros desafiadores da sua poca so pontos de vista dis-cordantes, neste caso, dos artistas, acerca da sociedade em que vivem. E os modernistas fazem parte des-ses artistas.

    Para alm de uma forma de expresso, a arte pode ser usada como uma arma, como bem disse

    Picasso, creio eu. E a arte usada como uma arma , deveras, uma arte. Pode criticar, julgar, satirizar, ou at negar completamente uma ideologia, uma opinio, um regime, qualquer coisa, de uma maneira to verdadeiramente nica que s a arte o consegue.

    De que outro modo se conse-guiria progredir, fazer uma renova-o, um renascimento civilizacio-nal, sem a arte? Sem a sua constan-te inovao, e regresso aos clssi-cos, para depois voltar a romper com tudo, sem qualquer preocupa-o com opinies alheias? A arte o objeto da mudana. E como exemplo temos todas as correntes artsticas que romperam com os paradigmas da poca, como os Impressionismo, Expressionismo, Futurismo, Dadasmo, entre outros.

    A meu ver, a arte aquilo que nos destaca, o nosso legado. A arte produto da civilizao e, simultaneamente, produto de civili-zao. Da a sua importncia.

    Atividade de escrita orientada pela professora de Portugus, Lina Correia

    Artigo orientado pela professor de Ingls, Margarida Beato .

    Ser descontente ser homem

    Artigo orientado pela professora de Portugus, Ana Cristina Matias

    Pgina 20

  • CURSOS PROFISSIONAIS

    N o dia 18 de maro de

    2015, tivemos uma aula prtica no laboratrio de qumica da nossa escola. Acompanharam-nos os Professores ngela Fernandes e Pedro Gabriel. Realizmos a seguinte atividade: sntese de um sabo. Antes de comearmos, vestimos as batas adequadas para a tarefa e metemos mo obra. Principimos por pesar hidrxido de sdio, o qual dissolvemos em gua. De seguida, misturmos banha de porco com lcool etlico e levmos esta mistu-ra ao lume brando, mexendo sem-pre at engrossar. Depois, coloc-mos uma tina de gua com gelo para arrefecer o sabo. Seguida-mente, lavmos o sabo com gua previamente salgada. Por fim, fil-trmos, esprememos o sabo e colocmo-lo num recipiente pr-prio para moldar.

    Foi uma experincia enriquece-dora, e tivemos bons momentos de convvio e diverso! Aguardamos pela prxima

    Artigo orientado pela professora de Lingua-gem e Comunicao, Margarida Beato

    A turma EFA 2+3 aprende a fazer

    sabo Por Jos Ramos, Pedro Cruz, Jos Amndio,

    Antnio Jesus e Geraldo Cavaco

    Pgina 21

    N o dia 12 de maro de

    2015, alunos dos Cursos Profissio-nais realizaram uma visita de estu-do Futurlia, a saber, 10. TGEI e TVendas, 11. TCom e TGEI, 12. TEIF.

    Durante a visita, tivemos acesso a informao diversificada e espe-cfica sobre ofertas educativas e formativas, as relaes de proximi-dade entre o mundo acadmico e empresarial, e a educao formal e no formal. Esta proporcionou-nos a aquisio de conhecimentos, o desenvolvimento pessoal e social.

    Obtivemos informao sobre diversas ofertas e sadas pro-fissionais, o que de muita impor-

    tncia para que possamos fazer as nossas escolhas no futuro. Pudemos ainda participar em diversas atividades ldicas e explorar situaes simuladas por diversos expositores.

    A participao em atividades desta natureza muito importan-te para que se conheam as ofer-tas e as sadas das mesmas, para alm de nos proporcionar o con-tacto com quem est a frequentar os diversos cursos e mesmo com quem j est na vida ativa.

    Visita de estudo: FUTURLIA, 2015 Por 11. TCom

    Artigo orientado pela professora de Secretariado, Fernanda Cruz

  • CINCIAS EXPERIMENTAIS

    Por Tnia Martinho, 11. A3

    N o passado dia vinte de fevereiro do ano de

    2015, os alunos do 11. A3 foram, no mbito da disciplina de Biologia e Geologia, visitar o Instituto de Tecnologia Qumica e Biolgica (ITQB), da Universidade Nova de Lisboa, e a Estrutura de Misso para a Extenso da Plataforma Continental (EMEPC), em Pao dArcos. Considero que estas duas visitas foram interessantes e enriquecedo-ras, na medida em que nos forne-ceram novas informaes relativas a diferentes reas. Para alm disto, as visitas foram tambm incentiva-doras, uma vez que muitos dos representantes destas duas institui-es mostraram sempre aspetos positivos das reas que nos deram a conhecer e tentaram salientar que ns, como jovens e estudantes da rea de cincias, somos o futuro do pas, os futuros investigadores de novas descobertas importantes, aqueles que muito provavelmente sero capazes de pr em prtica as ideias que eles criaram. Mais particularmente, foram-

    nos apresentadas informaes sobre Pgina 22

    o estudo da neurologia desenvolvi-do em planrias, uns animais incr-veis que tm a capacidade de se regenerarem sempre, quando se encontram em condies boas, ou seja, condies sem qualquer fator limitante para a vida destes. Ficmos tambm a saber infor-maes acerca da proposta portu-guesa de extenso da plataforma continental apresentada s Naes Unidas em 2009 e pudemos ver o ROV (Remotely Operated Vehi-cle), um aparelho responsvel pelo estudo dos fundos marinhos.

    A experincia foi encantadora. Espero que no futuro tenhamos mais visitas que nos permitam aprender e que nos expandam o conhecimento, como esta que rea-lizamos ao ITQB e ao EMEPC.

    Visitas de estudo: BIOLOGIA GEOLOGIA

    Artigos orientados pela professora de Biologia e Geologia, Augusta Carvalho

    N o passado dia 3 de maro, foi realizada

    uma visita de estudo pela turma A3 do 11. ano Praia da Luz, em Lagos, e Serra de Monchique, acompanhados pela professora Augusta Carvalho. Esta visita ocor-reu no mbito do estudo da Geolo-gia, tendo como objetivos, identifi-car diferentes formaes geolgicas no campo, relacionar diferentes tipos de rochas com os seus paleoambientes e conhecer um pou-co da histria geolgica do Algarve. Esta visita teve 5 paragens princi-pais: trs na Praia da Luz e duas na Serra de Monchique. A Praia da Luz, alm de ter uma paisagem fan-tstica, tambm um museu geol-gico, com os mais variados tipos de rochas que, com as suas diferentes caractersticas, nos informam sobre os ambientes em que se formaram, h milhes de anos. Numa primeira fase, analisou-se a antiga chamin vulcnica, datada do Cretcico Superior, resultante das aes distensivas na regio e resqucio da abertura do Atlntico Norte, o que levou separao entre a Europa e a Amrica do Norte. Esta formada principal-mente pelo basalto, uma rocha mag-mtica de tons escuros. Posteriormente, observou-se a srie sedimentar, formada por estra-tos alternados de argilitos (argilas consolidadas) e margas (constitudo por calcrio e argila), e, l mais para o topo da arriba, bancadas de con-glomerados e arenitos aos quais se sobrepem bancadas calcrias inter-caladas com argilitos e margas. A partir desta alternncia de estratos e dos diferentes ambientes em que se formaram, inferimos que houve

    Por Ins Paixo e Tnia Martinho, 11. A3

    (Continua na pgina 27)

  • CINCIAS EXPERIMENTAIS

    Pgina 23

    Artigo orientado pela professora de Filosofia e Psicologia, Edite Manuel Azevedo

    T ique, taque. Tiquetaque.

    Dez, nove, oito Um aneurisma cerebral, um relgio que no praPra! Preciso que congeles o tempo, por enquanto

    Um aneurisma uma dilatao anormal de um vaso sanguneo do crebro que ocorre devido ao seu enfraquecimento. Pode ser arterial, se ocorrer em artrias, ou em veias, embora seja mais raro, como o aneurisma da Veia de Galeno. Ain-da no se conhecem as verdadeiras razes para a artria ou veia se tor-nar mais frgil em determinada regio. Essa zona menos resistente do vaso sanguneo, com o tempo, forada pela presso normal do sangue dentro do vaso, e d ori-gem a uma dilatao que pode ir crescendo lenta e progressivamen-te.

    Os aneurismas congnitos so os mais comuns e, nestes, a dilata-o arterial encontra-se logo pre-sente no momento do nascimento e ocorre devido fragilidade da constituio da camada muscular da parede arterial. Os aneurismas podem ser saculares/saciformes, quando a regio dilatada tem for-ma esfrica, ou fusiformes, quando

    tm uma forma alongada. Sete, seis

    Os aneurismas saculares locali-zam-se em locais onde os vasos sanguneos so submetidos a maior presso, como nas zonas mais cur-vas e nas bifurcaes. Existem tambm aneurismas dissecantes que se formam quando a camada mais interna da parede arterial, denominada tnica ntima, se afas-ta da camada mdia.

    Os aneurismas so mais fre-quentes em adultos do que em crianas e tambm mais frequentes nas mulheres. Alguns fatores podem contribuir para o enfraque-cimento de uma parede arterial e, assim, aumentarem o risco de aneurisma cerebral: tabaco, uso de drogas, ferimentos na cabea, con-sumo excessivo de lcool, infees sanguneas Tique, taque Cin-co, quatro Ests a ficar sem tempo, pode acontecer a qualquer momento.

    Por norma, os aneurismas so silenciosos. Mas, alguns sinto-mas associados podem ser: viso dupla, perda da viso, dores de cabea, olhos ou pescoo, rigidez no pescoo, nuseas e vmitos, perda de conscincia, confuso mental ou convulses. O principal risco a sua rutura com conse-quente hemorragia. Os aneurismas tambm so conhecidos como "derrames cerebrais". Estima-se que 30% das pessoas que apresen-tam rutura do aneurisma morrem sem ter tempo de atendimento mdico. Dos que conseguem sobreviver ao derrame inicial, metade no sobrevive ou fica com sequelas. Apenas 30% a 40% dos pacientes conseguem ter uma vida normal aps a rutura de um aneu-risma. Os pacientes devem ser levados de imediato emergncia. Deve-se tratar o aneurisma cere-

    bral nas primeiras 72 horas, de pre-ferncia nas primeiras 48. Uma dor de cabea forte e sbita pode ser sintomtica de que um aneurisma se rompeu. Outros sintomas podem ser: confuso mental, sono-lncia, dores de cabea acompa-nhadas de nuseas e vmitos, fra-queza muscular, dificuldade de mobilidade, dormncia de qualquer parte do corpo, convulses, fala prejudicada ou rigidez no pescoo.

    Trs, dois No! Eu preci-so de mais tempo! "Tenho em mim todos os sonhos do mundo" e, enquanto sonho, posso deixar de ter o mundo. Posso no acordar na manh seguinte, ou acordar a meio da noite com uma dor excruciante, porque a minha cabea est a rebentar. Tenho uma bomba na minha cabea, vivo com um tique taque, este poema que sempre quis escrever, que sou eu, ele, o tudo que sou agora. Tique, taque Um "Eu ando para aqui aos gri-tos a dizer que existo", como disse, uma vez, algum com sede de conhecimento por si, pela com-preenso dos outros e do mundo em seu redor. E eu ando aos gritos a dizer que existo! Eu grito que existo! Eu grito! E eu existo! E sus-surro, baixinho, para mim, "Eu no quero morrer." Zero.

    Aneurisma cerebral uma bomba relgio Por Ana Sofia Martins, 12. A1

  • CINCIAS SOCIAIS E HUMANAS

    Artigo orientado pela professora de Economia, Carmen Castro

    A gula era um bom pecado! Por Toms Bravo, 10. B

    H oje, o que nos fica em mente sempre que se

    fala acerca da Doaria Conventual Portuguesa que se trata de uma doaria rica, devido aos ingredien-tes de excelncia que nela so usa-dos, e que caraterizada pelo uso excessivo de gemas de ovo. Este tipo de doaria comeou a ser mais desenvolvido nos sculos XV e XVI, mas desde o incio da funda-o de Portugal, enquanto reino, que os conventos se tornaram lugares propcios para o desenvol-vimento da doaria.

    As causas para o surgimento deste tipo de doaria to diferente, singular e faustoso, nesta poca, devem-se abundncia de dinheiro (esmolas, terrenos, herdades, ofe-recidas pelos fiis mais ricos como donativo para os conventos) e de bons ingredientes (nomeadamente, ovos e acar, mas tambm espe-ciarias e produtos mais raros, car-ne, peixe fresco e hortcolas). Ao mesmo tempo, tambm havia exa-gerado nmero de gemas de ovo sobrantes devido ao uso de muitas claras na confeo de hstias, na clarificao do vinho e a engomar os hbitos das freiras, dos padres, toalhas de altar, paramentos e ain-da outras roupas. Apesar de pare-cer uma descoberta ao acaso, as freiras, perante um exorbitante nmero de gemas de ovo, s quais era necessrio dar um destino, comearam a dedicar-se a um tipo de doaria diferente, fazendo doces de ovos, utilizando os mais ricos ingredientes, nomeadamente, amndoas, especiarias e, mais tar-de, o chocolate (cacau).

    At ao sculo XVI, o mel era o nico adoante conhecido e

    usado na confeo de doces.

    O acar era vendido ape-nas em farmcias e para fins medicinais.

    Os Pontos de acar so a base da maioria das receitas conventuais por um motivo! Com a introdu-o do acar, havia neces-sidade de que algumas receitas fossem alteradas. Como tal, as irms decidi-ram juntar a este adoante um pouco de gua e pr ao lume, com a inteno de fazer um xarope semelhante ao mel. E, com isto, d-se uma descoberta extraordinria. Consoante as diferentes tempera-turas do acar, assim se formam diferentes pontos. Desta forma, foi possvel atravs de receitas seme-lhantes obter doces completamen-te distintos.

    Nesta poca, os conventos ser-viam tambm para alojar os viajan-tes rgios, oferecendo a comodida-de digna de tais visitas e proporcio-nando uma variedade gastronmi-ca, bastante rica, sempre devida-mente enquadrada nos ritos espiri-tuais. As Ordens Religiosas em Portugal dominavam e tinham grande poder na sociedade, para alm do poderio econmico que possuam.

    Os conventos femininos eram frequentados no s por mulheres que procuravam abrigo para a sua f mas, tambm, por filhas segun-das, herdeiras solteiras, vivas, por-tadoras de deficincia no muito grave ou adolescentes rfs que, em troca de bons dotes, eram aco-lhidas nestas casas religiosas, resig-nando-se ao destino de vida monstica. A maioria dessas mulheres provinha de famlias abastadas e estava habituada aos costumes das casas senhoriais e palcios de onde vinham, levando para dentro do convento alguns dos seus hbitos, nomeadamente

    os relacionados com a arte culin-ria.

    Tudo isto trouxe mais requinte vida e mesa dos conventos, pois estas gostavam de se sentir como se estivessem em casa. No Convento de Arouca (ordem de Cister), no sculo XVIII, viviam cem freiras das melhores famlias e trezentas criadas.

    Aqui, a Gula era um bom pecado! Apesar de haver um calendrio litrgico bastante rigo-roso quanto aos dias de jejum, as freiras faziam votos de pobreza e no lhes eram permitidos excessos alimentares, embora os conventos sempre fossem lugares de boa mesa. Com a entrada de novas irms pertencentes coroa e nobreza portuguesa instalaram-se hbitos de abundncia que permiti-ram o nascimento de uma doaria ainda mais rica do que aquela que era conhecida nos sculos XV e XVI.

    Da cozinha conventual h rela-tos e descries pormenorizadas que ilustram a sua magnificncia. Eram os frades que se ocupavam mais da cozinha em geral deixando os doces para as suas irms mon-jas. Tibes, Alcobaa ou Cartuxa, em vora, foram conventos que deixaram memria da boa mesa.

    Todos estes motivos permiti-ram a fomentao de uma cozinha e doaria ricas, nas cozinhas claus-trais.

    Pgina 24

  • CINEMA

    JCE

    Bowling for Columbine

    Pgina 25

    A p e r sonagem de Hubert no filme La

    Haine, do realizador Mathieu Kassovitz, cativou-me desde logo pela sua calma. Tudo o que o atormentava era modo no saco de boxe que conhe-cia a problemtica que inundava a sua mente e vida. Mais uma vez, toda a angstia e raiva eram colo-cadas entre os seus punhos e o saco. Desta vez, todas as suas eco-nomias tinham desaparecido com as manifestaes da ltima noite, resultando na destruio do seu ginsio, dada pela viso dos seus amigos ao entrarem no recinto e verem tudo com um aspeto incine-rado, os restos ardidos de um auto-mvel, ao mesmo tempo que Hubert esmurrava o saco. As admiraes e interjeies de Vinz e Sad, impressionados com a cala-midade, fazem com que o amigo lamente suavemente o que ali esta-va destrudo, acabando por se ausentarem. Foi isto mesmo que me impres-sionou em Hubert, a sua calma, o seu equilbrio no meio da destrui-o daquilo pelo qual tanto se esforara no meio social onde se insere. Quando chega a casa, rece-be a novidade de que o seu irmo tinha sido preso. No surgiu nenhuma preocupao, como se fosse um acontecimento quotidia-no. Apenas se vislumbra a vontade de deixar aquela comunidade de dio e vinganas constantes.

    Esta personagem tem um papel muito importante ao longo do fil-me, tentando acalmar tanto Vinz, com a sua fria e raiva tremidas e e o seu medo de matar um polcia, caso Abdel acabasse por falecer, devido ao espancamento por parte da polcia que o deixara em coma,

    como tambm de Sad, com a sua efervescncia tanto sexual, como relativa a qualquer insulto sua irm (que tinha uma vida algo duvidosa). Hubert age como um elemento moderador, especialmen-te no momento em que os ski-nheads vo tentar molest-los, e Vinz surge com a Magnum 44. Tenta impedi-lo, mas acaba por incentiv-lo a disparar para mostrar que no m pessoa e que deter-minar o destino de algum com uma bala extremamente difcil.

    Hubert, at momentos antes do fim do filme, age como a conscin-cia das outras duas personagens, dando sempre o toque de que devem analisar antes de agir desen-freadamente, at um minuto do fim quando a polcia mata Vinz sem qualquer razo, com a brinca-deira de uma arma carregada perto da sua cabea. Hubert vira um mecanismo cujos olhos e movi-mentos transbordam de uma raiva inigualvel por aquele ato desmedi-do e inconsciente de abuso de poder que condiciona vidas, como a do outro jovem que se encontra-va em coma e acabara por falecer.

    Duas armas de duas socieda-des completamente diferentes so apontadas e acabam num estouro de plvora ou dois, em unssono, que determina o fim, porque no interessa a queda, mas sim a forma como se aterra.

    Por Rben Sousa, 12. C1

    A personagem Hubert no filme La Haine

    Artigos orientados pela professora de Filosofia e de Psicologia, Edite Manuel Azevedo

    N o

    filme Bowling for Columbine d e M i c ha e l Moore, segundo filme do Projeto Juventude, Cinema e Escola (JCE) para o dcimo primeiro ano, o argumentista, realizador e ator defende que o medo, alimentado pelos mass media e pela prpria his-tria americana, leva aquisio de armas e ao uso da violncia.

    Moore defende esta tese, ale-gando o fcil acesso a armas de fogo, o que faz com que seja comum ter armas em casa para defesa pessoal; a violncia nos desenhos animados, o que faz com que desde pequenas as crianas considerem as armas algo vulgar; e os mass media cultivarem, frequen-temente, o medo com notcias de homicdios e tiroteios. Compara com o Canad, um pas com 7 milhes de armas para 10 milhes de habitantes e no haver medo, insegurana ou violncia neste pas. A prpria histria que deu origem a este documentrio (o tiroteio na Columbine School) mostra que todos estes argumentos se com-provam. A tristeza, depresso e medo destes jovens levaram a um dos maiores e piores tiroteios ocorridos numa escola em todo o mundo.

    um documentrio cativante, que apresenta vrios pontos de vista, d-nos a conhecer vrias perspetivas e tem uma excelente montagem e realizao.

    Por Catarina Ferreira, 11.A2

  • CINEMA

    H oje em dia, vive-

    mos numa sociedade de consumo. Irresponsavelmente, compramos o que precisamos e o que no preci-samos, levados pelas cores vivas das embalagens, pelas promoes malucas dos supermercados, pelos apelativos slogans, pela publicidade enganosa, enfim, pelo marketing. O facto de comprarmos de mais deve-se tambm a um pequeno pedao de plstico a que chama-mos carto de crdito. Sentimo-nos poderosos, como se pudsse-mos comprar tudo o que quissse-mos, a qualquer hora e em qual-quer lugar. Muitas pessoas, tal como a protagonista deste filme, Rebecca Bloomwood, sentem-se assim quando esto na posse deste cartozinho mgico. Esta sensao

    de poder deve-se ao facto de ser apenas necess-

    rio passar o carto por uma pequena mquina e pronto, podes sair da loja cheia de sacos, que o alarme no api-tar, e tu nem sequer viste o teu dinheiro sair do carto, quase como roubar sem ser ladro. O problema dos car-tes mgicos s se coloca, mais tarde, quando apare-cem as enormes contas a pagar associadas ao seu uso abusi-vo. Nos dias de hoje, existem pes-soas que veem as compras quase como uma terapia. Vo s compras porque esto tristes, porque esto felizes ou at porque no tm nada para fazer. A sua vida baseia-se nisto. Tm assim tanta coisa para comprar? A resposta , no. A necessidade comprar, no inte-ressa o qu, tm que consumir, nem que seja umas velinhas anti-mosquitos. Estas pessoas no pre-cisam da maioria das coisas que consomem. Mas, se h dinheiro na carteira, por que no havero elas de o gastar? a isto que se d o nome de consumo irresponsvel. L porque tens dinheiro, no tens de o gastar logo em coisas inteis. Faz uma vaquinha e, quando precisares do dinheiro para algo, usa-o, mas com cabea, pensa antes de o utilizares porque, como sempre me disseram: O dinheiro no cai do cu.

    O importante hoje o ter e no o ser! Ns fazemos os impossveis para ter o que quere-mos e, s vezes, esses impossveis significam comprar sem ter com que pagar. A socieda-de de hoje bastante materialista, o que significa que, para te afirma-res, tens que ter coisas, como um

    Os delrios de consumo de Becky Bloom Por Snia Madeira,10. B

    carro ou uma vivenda de luxo. Porm, como no tens oramen-to para tal, recorres ao crdito e assim te vais endividando ou sobre endividando. Embora digamos que no, todos temos um lado consumista dentro de ns. Eu prpria o tenho, apesar de tudo o que escrevi. O meu lado consumista vem ao de cima especialmente quando se trata de comprar pre-sentes para oferecer. Eu no olho a valores, se eu achar que aquilo dar um sorriso pessoa, eu compro. s vezes, a pessoa no gosta, e a eu fico arrependi-da e aborrecida comigo mesma. Este o poder que o dinheiro tem sobre as pessoas, muda-nos o humor, muda-nos o estilo de vida e pode at mudar-nos a mentalidade. Eu acho que este filme retrata bastante bem tudo isto, pois, no final, Becky encon-tra a felicidade a contemplar uma linda paisagem junto das pessoas que gostam dela , deixa de pos-suir todas aquelas roupas de marca (que teve de leiloar para pagar a sua dvida) e comea a dar mais importncia aos seus amigos/famlia e menos s com-pras. o que todos devamos fazer.

    Comdia de 2009, realizada por P. J. Hogan

    Pgina 26 Comentrio orientado por Carmen

    Castro, professora de Economia.

  • CONCURSOS

    Pgina 27

    P ela persistncia e acerta-dos atos de gesto sucessivamente toma-dos entre novembro de

    2014 e fevereiro de 2015, pelo acompanhamento realizado pela professora Carmen Castro, quatro equipas de alunos da rea de Eco-nomia da Escola Secundria Dr. Jorge Augusto Correia foram apu-rados para a final nacional do Con-curso Young Business Talents que se realiza a 9 de maio de 2015, no Colgio Salesiano de Lisboa, entre as 10h30 e as 18h30. semelhana do ano transato em que equipas da nossa escola ficaram entre os cinco primeiro lugares, esperamos uma boa pres-tao e, quem sabe, um apuramen-to para a final internacional do Young Business Talents. Equipas finalistas: ALMARIADOS (12. ano, turma B): Marcos Arajo, M. Ins Ben-susan e Rben Frangolho;

    De desafio em desafio chegaram final

    Por Ana Cristina Matias, professora de Portugus

    ALOIRAEOSCROMOS

    ALMARIADOS

    CCC

    PAUSADOES

    alteraes no ambiente de formao destes, transgresses e regresses marinhas, o que proporcionou ambientes distintos para a formao de rochas distintas. Para terminar a nossa visita geo-lgica na Praia da Luz, observmos a estratificao nos arenitos da Pon-ta da Calheta, do Cretcico inferior, os quais continham fsseis de um molusco, Nerinea algarbiensis. Estes encontram-se, maioritariamente, alinhados paralelamente s correntes de mar, com direo aproximada NE-SW, e da se infere a linha de costa naquele local na poca, um pouco mais para o interior do conti-nente. Depois de termos almoado na Praia da Luz, seguimos para a Fia, na Serra de Monchique. Na Foia, o ponto mais alto do Algarve, observaram-se as rochas magmticas predominantes (principalmente Sienito nefelnico) e rochas metamrficas (xisto). O macio alcalino de sienito da Serra de Monchique, datando do Cretci-co Superior, corresponde a uma intruso gnea, uma das mais impor-tantes da Europa deste gnero e que resultou do arrefecimento lento do magma. Finalmente, nas Caldas de Monchique, entre a formao de xisto e o macio magmtico de sie-nito nefelnico, observmos uma rocha metamrfica, resultante do metamorfismo de contacto, caracte-rstica pela sua cor escura e grande dureza, a corneana. Com isto, finalizou-se a visita de estudo e cumpriram-se os obje-tivos principais: identificar tipos de rochas predominantes em diversos loc