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7ª Edição - Ago/Set 2015 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Revista Sérgio Goldenberg Entrevista exclusiva com o diretor, documentarista e roteirista de minisséries e seriados da TV Globo. O Encontro de Mulheres que escrevem com o coração por Rossana Mazza Masieiro A função da história e estória na formação do aluno por Chrisna Hernandes A importância da mulher buscar qualidade de vida por Antonio Carlos Guarini Perpétuo O futuro sempre chega por Ozires Silva

Literatura & Cia - 7ª Edição

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Entrevista com o roteirista Sérgio Goldenberg falando sobre a importância e o poder da literatura na televisão. Confira as novidades

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7ª Edição - Ago/Set 2015

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Sérgio GoldenbergEntrevista exclusiva com o diretor, documentarista e roteirista de minisséries e seriados da TV Globo.

O Encontro de Mulheres que escrevem com o coração

por Rossana Mazza Masieiro

A função da história e estória na formação do alunopor Christina Hernandes

A importância da mulher buscar qualidade de vida

por Antonio Carlos Guarini Perpétuo

O futuro sempre chega por Ozires Silva

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Editorial

A revista Literatura & Cia foi elaborada com o objetivo de não ser um veículo estático, contendo somente informações sobre livros, lançamentos e escritores, mas um meio de comunicação projetado para explorar o universo da literatura como um todo. A ideia é transmitir de forma transparente ao leitor a importância da literatura, por fazer parte da história e diariamente de nossas vi-das. Tudo é literatura! A literatura tem o seu representante: o livro. Um livro mantém vivo o passado. Um livro informa sobre o futuro. O livro se faz presente sobre o presente. Através dos livros salvamos mentes e despertamos o melhor no ser humano. A leitura nos leva para longe, nos impulsiona a ser melhor, nos motiva a buscar o melhor! Assim como a escrita, a literatura tam-bém é uma terapia. Quem nunca pensou e disse que tem vontade de escrever um livro, uma história ou uma autobiografia? Porque será que temos o costume de dizer que a nossa vida dá uma novela ou que daria um livro? Por isso convidamos o autor e roteirista de novelas e séries da Globo, Sérgio Goldenberg para nos dizer como funciona esse uni-verso da literatura na televisão, apontar sobre a transformação da literatura através dessa mídia e o seu poder no caráter do cidadão, a utilidade da dramaturgia na formação do aluno. Nesta edição temos o lançamento do livro de um quarteto de poetisas que exploram a doçura da poesia entre as experiências de suas vidas através da obra Amores e outros Retalhos. Apresentamos uma entrevista sobre o sistema de ensino da rede Supera, que tem o foco na saúde e no desenvolvimento humano, através da ginástica para o cérebro. Os colunistas explaram os temas que nos alertam sobre educar e empreender num contexto global. Leitores, pensamos que uma mente tem que se manter sempre ati-va. Ler, pesquisar, estudar faz parte do natural da vida, e parece ser cansativo, mas precisamos perceber o quanto antes que esse mundo é prazeroso, além de ser muito saudável. Em todas as edições buscamos oferecer tudo o que podemos nos identificar e tudo aquilo que possa nos melhorar através de uma boa leitura. Patricia Borges

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Comentários

Realização:

Editora e Jornalista Responsável: Patricia Borges - MTB: 59.846-SP. Diagramação e Editoração: Alexei Augustin Woelz Assistente Editorial: Laís Cristine de Sousa Colunistas: Ozires Silva, Christina Hernandes Colaboradores:Publish News, Rossana MasieroAssessoria de Imprensa:L.B.Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: CopCentro Distribuidor: Omar Lanziloti Distribuição Gratuita: São José dos Campos, Caçapava e TaubatéPontos de Retirada:Livrarias MaxSigma - Vale Sul Shopping e Shopping Colinas, Shopping Esplanada. Fun-dação Cultural Cassiano Ricardo e Centro da JuventudeBancas de Revistas: Chaparral, Vila Ema, Nove de Julho, Rodovi-ária Jd. Paulista, Jd. Aquárius e Av. Cassiano RicardoAcesso Digital Gratuito: issuu.com/Literatura&CiaContatos:Tel: (12) 3302-1533 / 9-8115-7506

Não nos responsabilizamos pelas informações contidas nos anúncios publicados ou nas matérias assinadas, que não representam necessaria-mente a opinião do veículo.

Apoio Cultural

“Tenho acompanhado com interesse a edição da revista; é pequena só de

tamanho...”

José Guilherme Jornalista e Editor

“A melhor revista de São José dos

Campos!”

Ana Claudia Mello PérpetuoDiretora da Rede Supera

“Li a edição de Junho/Julho e me

apaixonei.”

Lele ZucoLeitora e seguidora da Fanpage da Revista L&C

“Achei muito interessante a proposta. Bons colunistas. Temas

atuais.”

Theresa OsórioLeitora

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Revista Literatura & Cia

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Expediente

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Mercado editorial Dica de Teatro

Esqueça o jeitão clássico de contar a história da Gata Borralheira. Nesta versão escrita e dirigida por Alexan-dra Golik e Carla Candiotto quase tudo ficou diferente e mais engraçado. Aqui Cinderela é uma menina que so-nha se tornar uma famosa estilista. Ela mora com a ma-drasta maldosa e amante de roupas de grife e com Lili e Lulu, as irmãs postiças. Estas se revelam duas figuras raras: ciumentas e mimadas, querem ser atrizes de mu-sical e não se cansam de maltratar Cinderela. Quando chega a noite do grande baile no qual o príncipe (todo tímido e de língua presa) escolherá sua noiva, a moça conhece sua animada fada madrinha e recebe uma for-ça para conseguir se arrumar a tempo de comparecer à festa. A Cia. Le Plat Du Jour volta a apostar no bem-su-cedido formato de contar histórias infantis com muita criatividade e humor, como já fez em Rapunzel, João e Maria e Alice no País das Maravilhas, entre outras. O trio de atrizes formado por Bebel Ribeiro, Helena Cerello e Paula Flaibann se reveza entre os personagens e troca quinze vezes de figurino. Competentes na interpretação, elas mandam bem também ao cantar as doze músicas da trilha sonora. Para completar, o cenário bonito e ver-sátil traz escadas decoradas, e o texto, repleto de refe-rências, vai fazer com que os adultos riam tanto quanto as crianças. Estreou em 18/7/2015. Até 30/1/2016.Teatro do Centro Cultural Banco do BrasilRua Álvares Penteado, 112, CentroTel: (11) 3113-3651

Como salvar o mercado editorial: sobre os fomentos para a forma-ção de mais leitoresPUBLISHNEWS, PEDRO ALMEIDA, 29/07/2015

Essa ideia de que se deve premiar e valorizar ape-nas a excelência literária está tão arraigada em nosso meio que muitas vezes as pessoas concordam com a ideia de dar mais abertura para outros projetos menos literários mas acabam não percebendo que esta ideia persiste em outras áreas. Veja, por exemplo, os incen-tivos para a publicação no Brasil e para os programas de apoio à tradução. Estes continuam sendo destinados aos livros e gêneros essencialmente literários. E onde está o problema? Se há poucos críticos na imprensa aptos a resenhar livros comerciais, adultos ou juvenis, e o mesmo ocorre nos casos de prêmios literários, quem dirá o que acontece na maior parte do que se escolhe para acervo das bibliotecas, na decisão do que merece apoio de tradução no exterior, etc. Ou seja, não adianta abrir um prêmio para livro policial ou decidir que pas-saremos a incluir livros juvenis nas compras de biblio-tecas sem saber o que jovem quer ler. Senão, por modo automático, vamos continuar a premiar apenas autores de policial consagrados nos cadernos de cultura e lidos pelos mesmos de sempre e a selecionar obras apenas de Pedro Bandeira e Ruth Rocha. E o que se queria, pro-mover mais a leitura, se perde. Nós desejamos tanto a ampliação da cultura, da leitura, mas batemos sempre na mesma tecla. E este é o tema principal que quis tra-tar aqui: queremos aumentar o acesso das pessoas à cultura de livros, mas nossos esforços: imprensa, fes-tivais, prêmios continuam focados apenas no mercado que já existe. Não mudamos quase nada nessa forma de olhar. Mas o mercado mudou. O livro infantil que uma criança recebia na infância 30 anos atrás era indi-cado pela escola ou escolhido pelos seus pais. Hoje não é mais assim. Muitos, como eu, tiveram acesso à cultura por um esforço muito pessoal, pois não havia facilida-des para nós 30 anos antes.

Peça: Cinderela Lá Lá LáREVISTA VEJA SP, Resenha por Meriane Morselli, 12/08/2015

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Sérgio GoldenbergÉ diretor, documentarista e roteirista de mi-nisséries e seriados da TV Globo. Sérgio, nasceu em Copacabana no Rio de Janeiro em 1966. Estudou cinema na Uni-versidade Federal Fluminense. Iniciou a sua carreira como colaborador do cineasta Edu-ardo Coutinho. Dirigiu os documentários As meninas do Rio (1991), Domésticas (1993), Funk (1996) e Chocolate (1997).Estreou e escreveu como diretor de ficção com o longa-metragem Bendito fruto lança-do em 2005, e em parceria com Rosane Lima. Desde 1995, é autor roteirista da TV Globo, onde escreve seriados e novelas. Seus mais recentes trabalhos como colaborador são as minisséries O canto da sereia, em 2013, e Amores roubados, além do seriado O caça-dor, ambos exibidos em 2014. Em parceria com George Moura, que também foi o autor do remake da novela O Rebu, em 2014.Sérgio também atuou como redator do pro-grama “Encontro com Fátima Bernardes”. Sérgio tem um perfil simples e objetivo, e ele consegue transportar essa objetividade buscando em suas escritas e roteiros manter a atenção do telespectador, quando conclui que uma trama para manter o seu mistério é preciso manter a fórmula do suspense a todo momento, com surpresas em todos os capítulos, assim tendo como regra em todos os seus trabalhos: não poder ser chato e manter sempre a verdade. Pode se dizer que são dois conselhos que valem para quem se inicia no mundo da escrita ou deseja ser um roteirista. Sérgio cedeu uma entrevista exclusiva de forma clara e direta para os leitores da re-vista Literatura & Cia, respondendo uma das questões sobre a dramaturgia nas escolas, o papel da televisão no caráter do cidadão, dentre diversos outros assuntos levantados dentro do universo da literatura.

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Literatura & Cia - Sérgio, para a forma-ção educacional do aluno é importante trabalhar a dramaturgia nas escolas?Sérgio Goldenberg - Muito. Teatro e cursos de vídeo são divertidos e atraem a rapaziada. São ótimos para os estu-dantes trabalharem em grupo e saírem da solidão do computador. Além disso, abrem caminho para todos conhecerem Tchekhov, Vianinha, Shakespeare, Nel-son Rodrigues, Jorge de Andrade, entre outros.

L&C - A dramaturgia pode preparar o aluno para o mercado de trabalho?Sérgio Goldenberg - Sim, é um primei-ro passo. As aulas de teatro permitem que o aluno se debruce sobre nossos autores de maneira lúdica e coletiva. É um importante instrumento para compreensão do mundo e dos nossos problemas, para os que desejam seguir a carreira artística ou não. Além disso, grandes talentos da TV, do teatro e do cinema começaram nos grupos escola-res. Não é só o trabalho de ator. Por trás dele, existem o diretor, o cenógrafo, o figurinista, o músico. É um pontapé ini-cial para trabalhar na indústria criativa. Gosto muito de uma frase atribuída ao pessoal do Planet Hemp que diz mais ou menos o seguinte: “em lugares onde não existem atividades culturais, a violência vira o espetáculo’’.

L&C - A TV foi sempre um meio de comunicação polêmico e atrativo para o povo e destaque aos olhos da crítica. Como a televisão reflete a formação do caráter do cidadão? Sérgio Goldenberg - A TV tem uma enorme importância na formação dos

jovens. É um dos principais meios de entretenimento e informação do povo brasileiro. Ao mesmo tempo, reflete o que é e o que pensa esse povo. Precisa-mos fazer TV com responsabilidade. L&C - Todas os seriados, minisséries e novelas podem ser avaliadas como uma literatura brasileira ou somente um ro-teiro comercial, com o foco no índice de audiência?Sérgio Goldenberg - Na TV Globo, o foco não é só a audiência. L&C - Sérgio a cada dez brasileiros sete não leram nenhum livro no ano de 2014, revela pesquisas da Federação do Co-mércio do Rio de Janeiro sobre os hábi-tos culturais. A TV é um meio de comuni-cação potente. A Televisão pode ‘buscar’ inserir em sua programação, como em minisséries e em novelas meios para des-pertar e aumentar o número de leitores brasileiros?Sérgio Goldenberg - Sim, existem vários exemplos na história da teledramatur-gia brasileira. Obras de Jorge Amado, Guimarães Rosa, Machado de Assis e muitos outros escritores brasileiros foram adaptadas para TV. “O Canto da Sereia” e “Amores Roubados”, minissé-ries que escrevi como colaborador, são adaptações de textos literários.

L&C - No decor-rer dos tempos, com o surgimen-to da televisão as pessoas achavam que o rádio seria extinto, e com o

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advento da internet, com todas as suas possibilidades, pensa-se o mesmo das mídias impressas. Como você avalia a di-minuição de leitores de livros impressos em contrapartida o aumento dos livros digitais? Sérgio Goldenberg - O importante é não parar de ler. A discussão em torno do suporte, a meu ver, precisa passar pelo mercado editorial, que ainda está encontrando seu caminho. Nós, adultos, precisamos fazer a nossa parte: contar histórias para os filhos e educá-los para a leitura. L&C - Você acredita que os livros im-pressos podem ser extintos no decorrer dos tempos?

Sérgio Goldenberg - Não acredito que vão desaparecer totalmente, mas terão um uso mais restrito, a meu ver.

L&C - Como incentivar e aumentar o número de leitores por livros impressos?Sérgio Goldenberg - Dar livros de presente (sempre!), ler histórias para os filhos e netos antes de dormir, promover encontros e concursos literários, entre outras medidas.

L&C - Informe duas obras literárias que você aconselha como estímulo para lei-tura de novos livros. Sérgio Goldenberg -“Doze Contos Pere-grinos” e “Brás Cubas”.

L&C - Sérgio, o romance A emparedada da Rua Nova é uma obra do escritor bra-sileiro Carneiro Vilela (1846-1913), e tam-bém uma lenda urbana recifense que foi adaptada por você, George Moura, Flá-vio Araújo e Teresa Frota a escreverem o roteiro da minissérie Amores Roubados, exibida pela Rede Globo em janeiro de 2014. Histórias, contos, fábulas como O Pequeno Príncipe que está sendo exibida nos cinemas, e até outros romances que tem exibição pela televisão e cinemas, pode valer como um incentivo para a lei-tura da obra original (o livro)?Sérgio Goldenberg - Sem dúvida, sem-pre lembrando que a leitura da obra ficcional é um exercício de imaginação único, insubstituível e fascinante.

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Era um domingo ensolarado e talvez en-cantado como uma história de contos de fadas. Um conto sem castelos, princesas ou fadas, mas estávamos lá. Três mulhe-res, três desvairadas, ou simplesmente três poetas. Quando nos deparamos uma com as ou-tras, aconteceu o que sempre acontece: a poesia fez festança a se perder. Estávamos em São Francisco Xavier, ci-dadezinha encravada na belíssima Manti-queira. O motivo? Festival Literário 2015. O evento? O lançamento do livro de poemas do amigo e poeta Oswaldo Almeida Júnior.Tudo se conjuminou para culminar no que tinha que acontecer: uma história de amor.E conosco é sempre assim! Quando nos encontramos o sol decide fazer folguedos e arteirices, e então deu de brincar de en-roscar os cachos morenos de Miriam Cris nos loiros de Zenilda Lua, e meu coração se anelou todo até sentir saudades demais dos meus próprios cachos, e me encaraco-lei nessa alegria acesa. Com tanta fartura de felicidade, as ca-raminholas floresceram e surgiu a ideia do livro. Miriam Cris, cujas caraminholas têm an-seios insanos e muito talento para agregar, queria mais cachos e nos lembrou de mais mulheres cacheadas. Daí, fomos apanhar cachinhos da cabeça de Érika Siqueira e de Dyrce Araújo.

Elas mal sabiam que estavam fadadas, desde desse nosso encontro encantado, a fazerem parte dessa história. Ali um poema se inventou só pela existên-cia da vontade. Natural, rápido. Fatal! Pronto! Formava-se agora um grande ca-cho de fios de várias cores e texturas. A nós cinco? Restava a começar escrever. Quantos poemas? Dez, onze, um, cem? Pouco importa. Existia apenas uma regra: escrever poemas sobre nós, mulheres. Era imprescindível expor sem acanha-mentos todas as nossas percepções, dese-jos, lembranças, tristezas e alegrias, nossas perdas e tudo o mais que a nossa loucura e sensatez permitissem, e que permeia a realidade feminina. Retalhos das nossas experiências mais intrínsecas... Somos todas de idades diferentes, temos histórias diferentes, estilos diferentes, jor-nadas diferentes, porém certamente (mo-déstia às favas, mas sem presunção, me incluo), somos todas poetas. Definitivamente somos poetas! E quem há de negar? Precisamos escrever para viver. Precisa-mos fazer poemas mais do que respirar, ou talvez para conseguir respirar. Quem não sobrevive sem escrever poe-mas, tem que ser poeta, e é nessa verten-te sofista que aproveito para me incluir, a abusada.

O Encontro de Mulheres que escrevem com o coraçãopor Rossana Mazza Masiero

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imagina ao se abrir um livro de poesias.”. Não há como fazer uma súmula do que é esse pequeno grande livro, pois cada poe-ma é único, puro, pessoal e íntimo. Às ve-zes de uma ou duas linhas. Resta ler e sentir apenas... Que se esclareça que não é um livro só para mulheres. É um livro tramado e cerzido por mulhe-res, para aqueles que amam poesia, pois esta não tem sexo, idade ou qualquer tipo de barreiras que possa se intrometer entre o entendimento do leitor e o poema. Temos o prazer de convidá-los para o lançamento do livro AMORES e OUTROS RETALHOS, de Dyrce Araújo, Érika Siquei-ra, Miriam Cris, Rossana Masiero e Zenilda Lua, que acontecerá no dia 19 de setembro às 19 horas, no Parque Vicentina Aranha na Sala de Leitura Reginaldo Poeta, junta-mente com o “Sarau de Primavera”, como parte da programação do Projeto Leitura Livre, ministrado pela Fundação, Cassiano Ricardo. O lançamento do livro estará inte-grando o importante evento literário que se realizará no Parque Vicentina Aranha, a FLIM – Feira Litero Musical, assim somando esforços para a valorização da nossa litera-tura. Será uma imensa alegria contar com a presença de todos!

Sem prolongar-me mais, nasceu assim o livro “AMORES e OUTROS RETALHOS”. Cada uma de nós foi enviando aos peda-cinhos seus retalhos com muito amor, para compor a linda colcha que se tornou nosso pequeno livro. Miriam Cris como uma exí-mia costureira foi alinhavando tudo amo-rosamente e com imenso entusiasmo. O livro foi tomando forma, ganhando uma cara, aliás, uma linda cara! Uma mandala desenhada à mão por Maria Clara Pereira. Um presentão! Poemas prontos, retalhos emendados, saímos a “caçar” nossos prefaciadores; pessoas especiais que elegemos e que se dispuseram a apresentar a nossa essência de maneira sucinta e delicada, e a quem somos muitíssimo gratas. Daí, para arrematar a nossa jornada de amor e coragem, Carlos Rodrigues Bran-dão, gentil e generosamente escreveu as “orelhas” de nosso livro que se inicia lin-damente: “Quando uma mulher escreve e publica um livro de poesia, é preciso levar este acontecimento em conta com muito maior respeito e envolvimento do que se

Autoras: Dyrce Araújo, Érika Si-queira, Miriam Cris, Rossana Masiero e Zenilda LuaData: 19 de setem-bro às 19 horasLocal: Parque Vicentina Aranha, na Sala Reginaldo Poeta

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Christina Hernandes - Universo Infantil

A função da história e estória na formação do aluno

Por que historia e estória? Inicialmente há que se verificar se cabe a diferencia-ção entre “história” e “estória”. Tempos atrás havia uma diferença significativa entre a grafia “historia” e “estória”. A palavra “estória” era empregada quando das narrativas populares e a palavra “his-toria” empregada quando das narrativas baseadas em acontecimentos reais. Em-bora houvesse as duas grafias, denomi-nam a mesma coisa, contação. A Acade-mia Brasileira de Letras sugeriu somente o uso da grafia “historia” para designar as duas narrativas. Esclarecida esta curiosidade, vamos entrar no tema do artigo, a função da história na formação do aluno. Pensa-mos que a história é um dos alicerces do conhecimento, por ser um facilitador do aprendizado, por sua grande diversidade de enredos envolvendo temas da fanta-sia, realidade e tantos outros de maneira lúdica e de fácil compreensão. A história tem o papel de ser produ-tora de alunos com pensamentos livres, se permitindo constituir opinião sobre o assunto tratado e discernir o certo do er-rado, enfim torná-los pulsantes. Sentimos dizer que nem todos irão de-senvolver a concentração para ouvir, discutir, criar e questionar este contex-to encantador, tendo entendimento de transportar estes enredos para a realida-de, isto porque, para muitos não é claro

o sentido deste aprendizado em sua vida escolar. Esse assunto demanda muitas conver-sas, porém vamos nos ater ao papel da contribuição da historia infantil para a formação do aluno, trazendo para dis-cussão temas guardados no porão do nosso inconsciente, os símbolos pátrios e os hinos que representam os momentos históricos importantes da nossa Pátria.Partindo desta premissa e preocupada com o resgate da nossa brasilidade na perspectiva da narrativa infantil, nasce o livro, “Filó, a Exploradora”, em comemo-ração aos 500 anos do descobrimento do Brasil. Surge a partir desta historia, o convite para tornar a personagem Filó, articuladora de enredos infantis que re-tratassem o surgimento das letras dos hinos nacionais. Ao surgir a Coleção Filó e os Hinos Pá-trios, trabalhamos elaborando através de pesquisa de uma equipe brilhante ,que retrata a saga, a representação, o signifi-cado da letra dos Hinos Nacional, à Ban-deira, à Proclamação da Republica e à Independência do Brasil. A função da his-toria surge como instrumento que contri-bui para a formação do aluno cumprindo seu papel , na medida que coloca o edu-cando no centro dos questionamentos cívicos fundamentais para o exercício da cidadania e da soberania nacional.

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Práticas Educativas e SaúdeA IMPORTÂNCIA DA MULHER BUSCAR QUALIDADE DE VIDA

Qual é o perfil de mulheres que buscam a ginástica cerebral? O SUPERA tem muitas alunas mulheres na faixa dos 30 a 50 anos. Muitas delas nos pro-curam por estarem apresentando falhas de memória, outras são mulheres que querem voltar ao mercado de trabalho e sentem-se inseguras por terem ficado em casa por mui-to tempo, cuidando dos filhos, sem exercer a profissão. Mas temos também alunas que estão pres-tando concursos públicos e querem ter maior capacidade de concentração e agilidade de raciocínio para realizar uma boa prova.

Mulheres são mais propensas à perda de memória?Acredito que está questão esteja ligada ao fato de as mulheres terem capacidade de de-sempenhar várias tarefas ao mesmo tempo. Ao contrário do que se pensa o cérebro não é capaz de dividir sua atenção. O que acon-tece com as mulheres é que elas alternam sua atenção muito rapidamente. Como a atenção é a porta para a memória, a memó-ria acaba sofrendo com esta alternância.É preciso considerar também questões físi-cas, orgânicas, hormonais. As mulheres têm mais oscilações de humor,

tomam mais medicamentos do que os ho-mens (anti-depressivos, ansiolíticos....). Isso tudo afeta a memória.

O cérebro também vai perdendo sua capaci-dade produtiva ao longo dos anos?Sim, o cérebro tende a perder neurônios a partir dos 27 anos de idade para qualquer sexo, então ele precisa ser estimulado para continuar exercendo suas funções em alta performance. Um cérebro ativo é um cére-bro ágil e jovem.

Como é desenvolvido o método da ginástica cerebral e em que ele se baseia?O método de ginástica cerebral é baseado na novidade, na variedade e no desafio crescente. O cérebro, embora seja um dos órgãos mais importantes e fascinantes do corpo humano, é preguiçoso. Mas a cada vez que enfrentamos desafios, ele se esforça. É como se os neurônios adormecidos fossem acionados. Eles se acendem, refazendo as conexões sinápticas. Para ativar o cérebro, podemos exercitá-lo de forma adequada. Mas também podemos conhecer pessoas novas, viajar para lugares diferentes, apren-der, ler livros e sair da rotina.

Um tema que Antonio Carlos Guarini Perpétuo, presidente da Rede Supera – Ginástica para o Cérebro, alerta as mulheres de todas as idades para buscar realizar exercícios, através de jogos que estimulam uma memória ativa e uma mente sadia. A mulher que cumpre as di-versas atividades do lar, com a família, com os filhos e a cobrança profissional, tende a ficar com a mente e a memória esgotada. A ginástica para o cérebro melhora muito a qualidade de vida das mulheres mantendo a paciência e a auto-estima sempre presente.

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Quais são os resultados alcançados com o início da ginástica cerebral?Os primeiros resultados que as mulheres re-latam com a ginástica cerebral é a melhora da memória, da paciência e da autoestima.

Como o método está relacionado com cor-rentes pedagógicas?Para estimular o cérebro, o SUPERA utiliza ferramentas pedagógicas como o ábaco, um instrumento milenar de cálculo, que exer-cita muito a atenção e o raciocínio lógico. Além disso, os alunos resolvem desafios e exercícios de lógica e visão com apostilas elaboradas por pedagogos. O método SU-PERA também inclui uma série de jogos de tabuleiro, dinâmicas de equipe e neuróbicas. As neuróbicas são atividades aeróbicas para neurônios.

O que são neuróbicas?Assim como nosso corpo, nosso cérebro pre-cisa se exercitar. E a neuróbica é a atividade que ativa as conexões neuronais que não usamos há muito tempo, e também cria no-vas conexões que ainda não existiam. A esta faculdade de se modificar, damos o nome de neuroplasticidade cerebral. E é por isso que praticar a neuróbica trás muitos benefícios

para a saúde mental, pois mantém nosso cérebro sempre em forma e ativo.Neuróbica é a atividade que:1 – Envolve um ou mais dos seus sentidos num contexto novo, diferente.2 – Concentra a sua atenção, e te deixa alerta.3 – Transforma uma atividade rotineira em algo inesperado e não-trivial.

Quais atitudes podem se associar ao mé-todo para que os resultados obtidos sejam mais satisfatórios?Todas as pessoas, de qualquer idade, podem exercitar o cérebro no seu dia a dia. Em casa, por exemplo, podemos usar a mão não dominante para escovar os dentes, tomar banho no escuro, tentar ler palavras de traz para frente, usar o relógio no pulso contrário ao de costume e fazer caminhos diferentes para ir ao supermercado e ao trabalho. A ginástica cerebral pode ser potencializada também com uma alimentação equilibrada rica em ômega 3, substância contida em peixes, ovos e frutas vermelhas. Existem pesquisas que mostram ainda que praticar atividades físicas regularmente também con-tribui para o bom desempenho do cérebro.

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Ozires Silva -Educação e Empreendedorismo

O FUTURO SEMPRE CHEGA

Este é um tema que preocupa a todos, tanto do ponto de vista pes-soal como do coletivo: como será quando o futuro chegar? Aonde es-tarei? O que estarei fazendo? Estas são perguntas recorrentes, sempre presentes, nem sempre respondidas. Os jovens, em particular, olham para o futuro com mais confiança do que os mais velhos, tanto é que se arriscam muito mais. Em particular, nas competições es-portivas, nas quais o acidente seja previsto ou possível numa grande proporção das vezes e, embora o perigo, os jovens não se detêm e avançam, aceitando os desafios. Aqueles que são mais velhos mui-tas vezes não compreendem por que isso ocorre. Parece que, na medida do avan-ço das idades, damos menor valor ao algo que nos impele para o fu-turo, pois os mais vividos sentem mais agudamente as dificuldades e olham com certas preocupações os possíveis resultados. E mais ainda, temem que eles não

sejam tão bons como os previstos. Ou mesmo pensam mais nos tro-peços para alcançar as realizações do que as possibilidades de êxito! Victor Hugo, um novelista fran-cês do século 19, já dizia: “O futuro tem muitos nomes. Para os fracos é o inalcançável, para os temerosos, o desconhecido, para os valentes, a oportunidade”. Ora, a vida na sociedade não leva em conta o balanço existente entre o risco e as iniciativas. Essa questão é tradicional e aparece em todos os empreendimentos. É muito difícil antecipar o êxito de algo que desejamos criar, fabri-car ou vender, embora, quando se começa o clima seja de otimismo. Claramente, tudo depende de es-tudo de cenários, da conjuntura, fa-vorável ou não, da sociedade aon-de nós vivemos, da capacidade de atrair ajuda ou cooperação e assim por diante. Por outro lado, sempre estão surgindo os agouros! E se não der certo? Mesmo pressionados por inspi-

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Ozires Silva -Educação e Empreendedorismo

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rações e por vontade, muitos as-seguram que o desconhecido che-ga cada vez mais depressa e chega também com mais impacto. Hoje, nós vivemos no mundo da inovação e estamos conscientes da capacidade de gerar curiosidade e atenção de tudo que seja novo. Assim, inovar tem transformado a estratégia e as iniciativas das em-presas, levando-as ao sucesso. Olhando para a nossa São José dos Campos, a administração do nosso prefeito Carlinhos Almeida (PT) de-cidiu criar um Fórum de Desenvol-vimento Econômico Sustentável, com o objetivo de pensar agora para criar futuros viáveis. Grande ideia e grande iniciativa. Precisa-mos pensar em grandes resultados. É um convite aberto à sociedade civil para participar com sugestões e com trabalho, todos unidos para o sucesso de nossa cidade. Nas previsões para o futuro, sur-gem os jovens, no momento de es-colha profissional para o seu futuro. No passado, era comum a he-rança dos pais dar uma orienta-ção, ou melhor ainda, oferecer as alternativas.Hoje, com o advento do capitalismo

mundial e a evolução tecnológica, as opções variaram bem mais. Dessa forma, sempre vivemos em face de uma decisão de escolha e, embora a velocidade com que as coisas mudam no mundo moderno, é de suma importância se pensar no futuro. A escolha sobre o caminho a se-guir, queiramos ou não, toma agora ou sempre um grande espaço nas nossas vidas. E as decisões sempre são perme-adas por influências da sociedade em geral, aonde a família, escola e os amigos poderão interferir no momento de tal escolha. Mas, sempre sabendo que o fu-turo chegará e, pesando que temos de inovar, cresce a importância das escolhas, sejam para as pessoas ou empresas e para as comunidades.Enfim, é algo com o que temos de nos preocupar pois, participando ou não das decisões, nossa respon-sabilidade de cidadãos de partici-par é fundamental, como coloca-do pela administração municipal com sua iniciativa de criar o Fórum de Desenvolvimento Econômico Sustentável!

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