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3ª Edição - Set/Out 2014 Revista DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Bel Pesce “As maiores empresas do mundo de tecnologia cresceram em crise” Ozires Silva “Não há liberdade sem educação” Christina Hernandes Como conversar com os filhos sobre política

3ª Edição Revista Literatura & Cia - 2014

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Entrevista exclusiva com a escritora do livro "A Menina do Vale" e fundadora da FazINOVA, Bel Pesce

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3ª Edição - Set/Out 2014

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Bel Pesce“As maiores empresas do mundo de

tecnologia cresceram em crise”

Ozires Silva“Não há liberdade sem educação”

Christina HernandesComo conversar com os fi lhos sobre política

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Expediente

Editorial

Realização:

Editora e jornalista responsável:Patricia BorgesMTB: 59.846-SP

Diagramação e editoração:Alexei Augustin Woelz

Assistente editorial:Laís Cristine de Sousa

Colunistas:Ozires Silva

Christina Hernandes

Colaboradores:Publish News

Mirian Menezes de Oliveira

Tiragem:5.000 exemplares

Impressão:Focus Vale

Distribuidor:Omar Lanziloti

Distribuição Gratuita:São José dos Campos, Jacarei, Caçapava, Taubaté, São Luiz do Paraitinga, Lorena, Cruzeiro, Moreira

César, Aparecida, Pindamonhangaba e Roseira

Contato:Tel: (12) 3302-1533 / 9-8115-7506

[email protected]

Não nos responsabilizamos pelas informações contidas nos anúncios publicados ou nas ma-térias assinadas, que não representam neces-sariamente a opinião do veículo.

Patricia Borges

Prezados Leitores

Apresentamos a 3ª edição da Re-vista Literatura & Cia, que a cada bimes-tre vem se consolidando. Na nova edição apresentamos uma entrevista exclusiva com a empreen-dedora e escritora Bel Pesce, a menina do vale do silício, a qual leva o nome do seu primeiro livro “A Menina do Vale”. Bel é uma jovem que se destaca a cada dia no segmento empreendedor realizando pa-lestras, treinamentos e lançando seu ter-ceiro livro “A Menina do Vale II” em to-das as capitais do Brasil. Nessa edição contamos com a co-laboração de Mirian Menezes de Oliveira, grande educadora, ativista cultural, con-tadora de histórias e escritora, abrangen-do todos os projetos literários nacionais e internacionais. Dando continuidade a assuntos sobre educação, Ozires Silva aborda um tema imperdível, “Liberdade e a cidada-nia”. A renomada escritora de literatura infantil e assistente social, Christina Her-nandes, nos indica como abordar e con-versar sobre política com nossos filhos. Um tema atual e intrigante. A revista Literatura & Cia sempre busca apresentar de forma direta e sim-ples assuntos da Literatura, Educação e Empreendedorismo. Desejamos a todos os leitores uma ótima leitura.

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Mercado editorialAs maiores editoras do mundoPublishNews - 30/09/2014 - Por Leonardo Neto

A Abril Educação (55ª posição) e a Saraiva (56ª) são as duas únicas brasileiras a configurarem no Ranking Global de Edi-toras, organizado pelo consultor austrí-aco Rüdiger Wischenbart com apoio dos principais veículos que cobrem o mercado editorial e livreiro no mundo, inclusive o PublishNews. Os dados do relatório são referentes a 2013 e pontuaram as editoras com receitas superiores a € 150 milhões. A Abril Educação, no relatório de 2013 (com base de dados de 2012), apresentou receita de € 202,11 milhões e ficou na 39ª coloca-ção. No relatório deste ano, a companhia caiu para 55ª colocação, com receita de € 156,51 milhões. Já a Saraiva aparecia, em 2013, na 56ª posição e apresentava receitas de € 202,11 milhões. No relatório de 2014, a empresa manteve-se na mesma posição, mas com faturamento menor, totalizando € 156,51 milhões em receitas. A FTD, que no ano passado cravou € 150 milhões, nes-se ano ficou fora do ranking, com fatura-mento de € 143,89 milhões. Para Rüdiger, a queda das editoras brasileiras no ranking e no faturamento está diretamente relacio-nada à desvalorização cambial do Real. “As três companhias brasileiras ficaram abaixo das top 50. Não que elas tenham decaído exatamente, mas foram puxadas para bai-xo pela fraqueza da sua moeda”, explica Rüdiger. A Saraiva, por exemplo, apre-sentou crescimento no faturamento de R$ 470,4 milhões em 2012 para R$ 507,16 mi-lhões em 2013, mas considerando a queda do Real frente ao Euro, a companhia caiu no ranking.

Livros - SugestõesPoesia

Contos

Literatura Infantil

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Bel Pesce - Entrevista

1- A rotina do trabalho ou do próprio es-tudo às vezes gera cansaço. É natural. Qual sua reação, atitude para reverter esse qua-dro, quando “bate” aquele desânimo ou cansaço, principalmente em estudantes de todas as faixas etárias? Bel Pesce - Quando a gente pensa em can-saço, em produtividade, em maneiras de es-tar ligado, a maior dica para te ajudar a estar bem é ter autoconhecimento, é saber aqui-lo que importa para você, saber como tudo que você faz todo dia está ligado com algum propósito maior que te de energia além. Eu acredito muito em autoconhecimento como uma boa ferramenta para te energizar e dimi-nuir o cansaço. Diversas coisas geram uma boa energia, como uma música que te deixe maluco, um vídeo que te empolga, uma his-tória ou pode ser realmente um trabalho que você faz, como ler um email de um cliente te agradecendo ou dando sugestões. Minha grande dica são essas pequenas coisas em to-dos esses quesitos que me energizam e fazem com que eu não pare.

Bel Pesce é uma jovem mulher com cara de menina, mas com um amadurecimento precoce diante até de muitos empresários veteranos. Desde os 17 anos iniciou seus estudos e carreira profissio-nal. Nasceu em 1988 e foi criada em São Paulo. Passou pela renomada escola de Massachusetts, Institute of Technology (MIT), Estados Unidos. Durante a faculdade, trabalhou na Microsoft, Google e Deutsche Bank, e concluindo vários cur-sos: engenharia elétrica, ciências da computação, administração, economia e matemática, além de programas em liderança e inovação. Bel Pesce sabe fazer valer seu tempo. Bel Pesce, é uma potência em pessoa cheia de sonhos, mas parece já ter nascido com os requisitos essenciais: iniciativa, atitude, vontade de saber, conhecer e empreender. Com uma vida agitada, agenda lotada, a ociosidade não faz par-te da sua rotina. Fundadora da FazINOVA, uma empresa de cursos, treinamentos e o aprimora-mento pessoal com o objetivo de fomentar a cada dia o empreendedorismo. A FazINOVA com sede em São Paulo, recebe muitos jovens empreende-dores e empresários renomados do Brasil inteiro, realizando troca de experiências e informações. Lançou três livros – A Menina do Vale I, Procu-ram-se Super Heróis, e recentemente o terceiro li-vro A Menina do Vale II. Com o lançamento do seu terceiro livro, ela tem percorrido as capitais do país para lançar a obra e palestrar. É uma pessoa hiper ativa e animada, buscando incessantemen-te o seu melhor em desempenho, desenvolvimento pessoal e profissional. Tem prazer em repassar seu conhecimento e entusiasmo a todos que buscam o mesmo caminho, empreender. Prova disso é o depoimento de Flávio Augusto – Presidente do Ometz Group e criador da Geração de Valor, de-clarando que: “A Bel é tesouro nacional. Com sua determinação, atitude e iniciativa, ela é capaz de inspirar como ninguém.”

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2- A sua motivação e interesse por ler, bus-car novos conhecimentos e estudar, ini-ciou por vontade própria desde criança ou foi pela educação aplicada pelos seus pais?B.P. - Sempre gostei muito de ler, ler his-tórias, ler gibi, a ler livros, pois sempre fui muito curiosa. Meus pais não são tão vicia-dos em leitura, mas eu tenho a tia Cecília, muito querida, que sempre nos presenteava no dia das crianças, no dia de nosso aniver-sário e em todos os Natais com livros. Eu sempre adorava os livros que ela nos dava. Ela escolhia os livros com o maior carinho do mundo, e sem dúvida isso sempre teve um papel importante. Mas dentro de mim eu sempre achei que os livros transportavam a gente para algum outro lugar, mostravam mundos paralelos. Os livros era como uma viagem. Sempre gostei muito disso, pois era uma coisa que na verdade dentro de mim eu sempre gostei.

3- Crianças e adolescentes que vivem em um lar conturbado, o que você aconselha para reverter esse quadro, e não perder a oportunidade de um futuro no mercado de trabalho?B.P. - Qualquer pessoa nesse mundo tem dificuldades e facilidades na vida. É difícil a gente ter o contexto. Só você próprio sabe o que vive, então, assim as realidades de cada pessoa só você entende o quão é difícil, o quão legal são. Mas a minha maior dica para você é: A responsabilidade da sua vida pe-los seus sonhos e pelo o que você vai fazer, é sua; e muito mais importa para onde você vai do que de onde você veio. Tem histó-rias maravilhosas de pessoas que sofreram coisas dificílimas e usaram isso como ain-da mais força para crescer. Às vezes a falta, a dificuldade faz com que você queira ainda mais fazer valer as oportunidades que você tem, faz com que você queira crescer mais. Então, cabe a você entender, que primeiro:

todo mundo tem dificuldades na vida e não vai ser olhando pra outra vida, e ver se a ou-tra pessoa tem mais ou menos, que você vai conseguir resolver sua vida. Segundo: A res-ponsabilidade é sua. Existem sim ferramen-tas, conteúdos e atitudes que você pode ter, que faz com que independente de onde você veio você pode ir para lugares muito bons e que te façam crescer cada vez mais; e se hou-ver algo ruim cabe você usar essa coisa como mais um fator para você querer ainda mais adiante.

4- Você acredita que “qualquer pessoa é ca-paz de realizar seus sonhos e de que a força está dentro de cada um de nós”. O que diz quando o que se planeja não acontece, um acidente de percurso aparece e a desmoti-vação aperta?B.P. - Olha, metade do meu dia coisas que eu espero que aconteceriam e não aconte-cem, como todo mundo. Ainda mais quan-do a gente sonha grande, pensa grande, a gente tem que lhe dar sim com os “trancos e barrancos” e com coisas que não acon-tecem. E isso acontece com a vida de todo mundo, é natural. O que precisamos é ter uma atitude ao contrário, de que quando algo te derruba por algo que não deu certo, cabe a você ter outras atitudes para melho-rar aquilo, fazer com que dê certo de outra maneira ou aprender com aquilo para que uma próxima vez dê certo de outra manei-ra ou aprender com esse erro para que uma próxima vez dê certo.

5- A FazINOVA é uma empresa fundada por você com o objetivo de reciclar quem já empreende e treinar novos talentos. Como você contorna uma pessoa que in-siste em continuar “dando um murro em ponta de faca” ou “dando um tiro no pé”, como diz os ditados populares no mundo dos negócios.

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B.P. - Vamos supor que sim, que as pessoas tomam algumas providências, que aprofun-dam as coisas a dar errado. Acho que muitas vezes isso acontece, por duas razões:1-Por pressa de querer resolver rápido e não parar para analisar o que está acontecendo de er-rado e ainda não conserta no meio do cami-nho. 2- Por falta de propósito, por continuar indo a fundo, insistindo no erro, por medo de errar ainda mais. Às vezes quando a gente erra, o que a gente mais quer é acertar, e sim-plesmente não consegue mudar. Voltamos para a questão anterior, se você errou tudo bem, melhor momento para mudar alguma coisa, e pode ser até há 10 anos átras; e o se-gundo momento para você ter atitude certa é agora, e não é esse momento que já passou. Cabe a você conseguir parar de nessa roda via, que se já deu errado agora, eu vou me aprofundar. Calma! Hoje é o melhor, segun-do melhor momento para fazer a diferença já que você não o fez no momento que era certo no passado. Eu observo dessa maneira.

6 - Você acredita que um empreendedor consegue manter seu negócio sadio ou

somente sobreviver num país em crise econômica?B.P. - É um negócio interessante. As maiores empresas do mundo de tecnologia, como Linkedin, Facebook e outras empresas, cres-ceram em crise. Isso é uma ironia. Mas em crises econômicas às vezes são os melhores momentos para crescimento, porque a com-petição é menor. Então assim, enquanto al-guns choram outros vendem lencinhos. Você pode usar qualquer coisa como desculpa. Você pode usar a crise econômica como des-culpa, dizer que não encontrou um talento bom, falar que as pessoas não tem dinheiro e por isso não compram seu produto. A coisa mais fácil é colocar a culpa no outro. Agora se você tem um negócio e quer fazer aconte-cer, claro que as circunstâncias econômicas, as leis tributárias, as leis trabalhistas melho-ram ou pioram a situação. Agora se você quer fazer acontecer, dá para fazer acontecer, mas você tem que criar uma maneira que fe-che as contas. Tem que ser responsável, tem que conseguir seguir adiante. Agora simples-mente usar a desculpas, e fazer com que os fracassos com certeza não aconteça.

7- Você lançou três livros para jovens em-preendedores – A Menina do Vale I, Procu-ram-se Super Heróis e a Menina do Vale II, sendo o último livro estar lançando em todas as capitais do Brasil. Você busca ler livro somente da sua área ou acredita que também é importante ler todo o tipo de li-nha editorial, como um clássico, romance?B.P. - Muitas das criatividades e ideias que eu tenho para vários projetos, para ajudar

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alguém ou meus próprios projetos vem de ler coisas que abrem minha mente; e eu acho que a gente não pode subestimar os valores dos livros, de romance a clássicos, e a mos-trar isso pra gente. Agora, estou lendo o livro “A Nascente”, um clássico. Tem muitas coisas que você pode aprender pra você, pra sua ci-dade, para os seus projetos em cima disso.

8- Em época de eleição, qual a sua opinião e visão sobre um futuro promissor para o nosso país no âmbito empreendedor?B.P. - O Governo tem que fazer muita coisa para melhorar nosso ambiente empreende-dor, não há dúvida quando a gente pensa na burocracia, nas leis, nas estruturas que faltam para fomentar as pessoas, a realmente come-çar algo sem medo de ser um fracasso. Falta muito! O problema disso é que não se muda a curto prazo, se muda a longo prazo. Em épo-ca de eleição “a galera” só quer saber de curto prazo ao invés de pensar a longo prazo. A ver-dade é que até em época de governo, a galera não pensa a longo prazo, se preocupando em estruturas, mudanças e principalmente opini-ões, quando dizem: “Quem faliu uma empre-sa, é pra sempre um fracassado”. Tudo isso não se muda a curto prazo. Pode sim transformar a longo prazo novas ferramentas, novos con-teúdos, novas maneiras de fazer a acontecer mostrando para as pessoas que os resultados podem vir de forma diferente, apresentando os resultados que podem vir na 3ª ou 4ª ten-tativa. Agora quem conseguir tomar as rédeas disso, e transformar o Brasil num país 100% protagonista, todo mundo vai ganhar a longo prazo, pois a curto prazo só temos a perder.

9- Qual projeto ou ideia você aconselha para políticos no quesito educação e de-senvolvimento econômico de nosso país?B.P. - Tem muito para fazer. Daria 1 (uma) hora no mínimo de palestras somente apre-sentando ideias de projetos para a educação. Eu acredito que tem alguns ramos diferen-tes para investir. Vamos pegar a base. E eu não trabalho tanto com a base na FazINO-VA. Mas vamos pensar na base, pois tem uma métrica que eu acho muito relevante, a métrica de analfabetismo funcional, onde pontuamos o número de pessoas no Brasil que pega um texto básico e não entendem o que um texto quer dizer; e esse número é de 74% no Brasil, que chega de 3 a 4 pesso-as. E o que é mais assustador é que começa-ram a ver essa métrica em 2001 e esse nú-mero praticamente não se inalterou. Nesses últimos 13 (treze) anos foi praticamente de 3 em 4 que não conseguiam entender um texto simples. Isso é diretamente relaciona-do com a falta do Brasil de competir com o mundo, em o povo buscar ser produtivo, a tudo que os políticos vendem, a tudo que a gente quer, como um país melhor; isso de-veria estar em todas as pautas melhorando o básico, como a leitura para melhorar o entendimento, para a pessoa conseguir ter ferramentas para entender o mundo, e para assim conseguir crescer. Não estou falando nem em criar projetos ou ser presidente de uma empresa, estou dizendo do básico para você conseguir viver decentemente. Precisa de políticas para uso. O outro problema é que os outros 26% de pessoas que sabem se virar existe uma falta de protagonismo mui-

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to grande mesmo dessas pessoas que podem e já tem uma ferramenta para seguir adiante; e dai chegam há mil razões em relação a ou-tros fatores que impatam os outros 26% de ser o protagonista, como estruturas para o vestibular. É preciso criar um filtro que re-almente ajude as pessoas a abrir portas nas vidas delas. Eu por exemplo, adoro estudar, sou curiosa, e por isso eu gostava de todas as matérias que eu estudei na vida, mas se eu olhar para trás e tentar entender o que me abriu portas na vida, as habilidades compor-tamentais, chamadas habilidades não cogni-tivas, como saber motivar equipes, e como criar algo de uma maneira que todo mundo ganha, isso abre muito mais portas do que qualquer conteúdo específico, e é claro que conteúdo específico é importante, pois, você não vai aprender a fazer uma cirurgia no coração sem conteúdo específico, a montar um avião. Eu não estou desvalorizando isso. Eu só acho que a gente precisa implemen-tar atividades, projetos que fazem a pessoa perceber que ela é capaz, e que seja tão im-portante quanto os outros conteúdos que são mais decorebas do que qualquer outra coisa. E ainda tem mil outras políticas que a gente pode implementar.

10 - Cite alguns livros que te entusiasmou e moveu como empreendedora – que cola-borou para sua formação como empreen-dedora e quais já constam na sua lista de espera?B.P. - Tenho um livro que eu adoro, que cha-ma “Seu eu soubesse aos 20”, de Tina Seeling. Ela escreveu esse livro para o filho quan-

do ele fez 20 anos, e é lindo o livro. Mostra como a inovação é simples, como a inova-ção é tentativa e erro, como você consegue fazer tudo com pouco, como tudo é questão de ir lá e fazer. Gosto muito mesmo desse livro. Eu gosto também de livros de histó-rias, e cito um que chama “Star Trucks Bra-sil”, onde conta histórias desde Maurício de Sousa até o Alexandre Costa da Cacau Show, abordando histórias bem legais, brasileiras, de todos ramos diferentes, da tecnologia a literatura. Vale muito a pena ler! Tem vários outros livros que me tocaram bastante. Tem um terceiro livro que diz sobre como levan-tar investimento, “Venture Deals - Seja mais esperto que seu advogado e ser investidor” de Brad Feld e Jason Mendelson. Só não sei di-zer se existe já em versão na língua portu-guesa. Tem um livro livro que gosto bastante que chama “A Startup Enxuta” de Eric Ries, que mostra como empreender está relacio-nado com o método científico, muito bom. Esses são alguns dos livros que me inspira-ram, livros de histórias de pessoas, como do presidente da MCDonald’s, Ray Kroc, do au-tor Richard Branson, que também escreveu “Perdendo a minha virgindade”, sendo um livro incrível.

Quem desejar conhecer mais sobre os trabalhos da Bel Pesce e

baixar seus livros acesse pelos sites:

www.meninadovale.com www.fazinova.com.br

www.caderninhodabel.com

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Mirian Menezes de OliveiraAutora de “O Cientista e a Poeta” tem seus textos espalhados pelo mundo.

Mirian Menezes de Oliveira, escri-tora, educadora, ativista cultural e conta-dora de histórias lançou, em 2011, seu livro de poesias: “O CIENTISTA E A POETA” - EDITORA TRIOM. Desde então, o livro tem percorrido vários países. Na segun-da quinzena de setembro, será lançado na FEIRA DE GOTEMBURGO - Suécia. Além disso, a autora sempre participou de deze-nas de Antologias e publicações on-line, o que a auxiliou no processo de disseminação de poemas e crônicas por várias regiões do Brasil. Mirian possui também textos pu-blicados nos seguintes territórios: Portu-gal, Itália, França, Suíça, Suécia e Estados Unidos. Além de assumir algumas ACA-DEMIAS, é membro do NÚCLEO BRA-SILEIRO DA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE LISBOA (Acadêmica Estrangei-ra). A escritora é membro da REBRA (Rede de Escritoras Brasileiras), da qual recebeu, o “Prêmio de excelência literária”, pela Pre-sidente Joyce Cavalccante. Além de incrementar a venda de “O CIENTISTA E A POETA”, a autora lança-rá, brevemente, seu segundo livro de poe-sias: “ROTINAS E SURPRESAS: ESPIRAIS DE VIDA”- EDITORA SCORTECCI e participará de outras Antologias, que cir-cularão pelo mundo, inclusive Antologias bilingues. É colunista do Projeto Divulga Escritor, com parceria em Portugal. Re-

centemente, teve seu texto “Memórias de Leitura”, publicado em português e francês: ANTOLOGIA “BRÉSIL EM SCÈNE”, pela DIVINE Èdition e participou com um so-neto na ANTOLOGIA “MAR - À - TONA: HERÓIS DO MAR”, pela EDITORA MO-DOCROMIA, em Portugal. Seus projetos mais próximos: 1. De 24 a 26 de outubro, será uma das artistas a expor no Carrosel du Louvre, em Paris – França, com seus parceiros Gilmar Dueñas (Fotógrafo) e Tita Selicani (Escultora). Dessa vez, a Exposi-ção, agrega o Sr. Bruno Schultz (INPE), que forneceu quatro imagens-satélite de regiões importantíssimas para a preservação ecoló-gica do município: Parque Vicentina Ara-nha, Parque da Cidade, Banhado e Cerrado. O conceito da Exposição intitula-se Trilha de Olhares “Verde Órion”, sob curadoria de Diva Pavesi. Elementos resgatados da Mito-logia Clássica, articuladas à Ciência, deram formato à Exposição, que possui respon-sabilidades: social e ambiental com o mu-nicípio. Mirian possui também diversos artigos sobre leitura, publicados em Con-gressos Nacionais e Internacionais.

Para saber mais:www.mirianmenezesdeoliveira.blogspot.com.br/2014/09/httpwww.htmlwww.divulgaescritor.com/products/mirian-menezes-colunista/www.rebra.org/escritora/escritora_ptbr.php?id=1794

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Ozires Silva - Educação e Empreendedorismo

Não há liberdade sem cidadania

Cresce o debate mundial sobre a vida dos humanos no Planeta, em alguns lugares sacudidos por disputas, provoca-das por diferentes motivos e sob vários ar-gumentos. A violência aparece sob formas que não víamos, desde há muito, observa-da por exemplo, na Idade Média. Será que os conceitos sobre cidadania e sobre a vida em grupo desapareceram ou estão sob risco de não mais ser o objetivo das sociedades organizadas? As últimas décadas mudaram o mundo de forma intensa, graças às rupturas tecnológicas que muito nos afetam na atu-alidade, mas parecem que, cada vez mais, não levam em conta que uma cidadania es-clarecida é indispensável para o bom fun-cionamento de uma sociedade progressista e respeitosa para com seus cidadãos. Não é generalizada a compreensão de que gover-nos foram constituídos para servir aos ci-dadãos e não o contrário! Que também os governantes existem para servir aos gover-nados e que devem operar adequadamente e, em consonância com as boas regras, para atender as sociedades sob suas jurisdições.

Distorções e deficiências são resul-tados da cultura e do comportamento das massas de pessoas, cada vez mais presen-tes nas cidades. E que tais comportamen-tos são derivados do nível educacional e cultural das pessoas. O mundo constata e mostra que tais atributos, os da educação, são necessários para criar leis, regras e re-gulamentos capazes de garantir as ações suficientes para a exercer a supervisão dos poderes constituídos. Portanto, todo o com-portamento de uma sociedade depende dos níveis culturais e do comportamento de sua população. Com todos seus defeitos, demo-cracia consagrou-se como a mais aceitável forma de exercer o poder, exercício esse ca-racterizado como “do povo e para o povo”. No século 18, Thomas Jefferson enfatizava que todo governo se degenera quando con-fiado aos governantes sozinhos, que podem governar sem a participação ativa do povo. Thomas Jefferson, notável político norte-a-mericano, principal autor da Declaração de Independência dos Estados Unidos em 1776, acentuava que meios mais eficazes de prevenção contra a tirania são mentes das

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pessoas em geral que, para tanto, precisam ganhar níveis culturais e de comportamen-to, somente proporcionados pela educação. E completa, insistindo que as pessoas po-dem concordar, mas não podem aprovar o que não entendem. Em outras palavras “Não há liberdade sem educação!” e acres-centava “Luz e liberdade caminham juntos”. Esses pensamentos com mais de 200 anos mostram que nossa democracia brasileira, ainda encarada como nova, pre-cisa ser ajustada ou renovada. Agora, em 2014, estamos num ano eleitoral e assistin-do o embate competitivo dos candidatos aos postos eletivos, sejam eles majoritários ou minoritários. Não tem sido comum ter-mos oportunidades de assistir colocações de reais estadistas dos nossos candidatos, todos praticamente competindo pelos mes-mos jargões e objetivos de um passado que precisa ser mudado. Para refletir o mundo competente no qual vivemos, também te-mos de ser competentes! Em cada momento que vivemos, graças aos modernos meios de comunica-

ção universais, o mundo moderno está nos mostrando caminhos a seguir, os quais pa-rece que ignoramos. Não prestamos aten-ção, esquecendo-nos que estamos no Ter-ceiro Milênio, embutidos em corrida quase que desenfreada pelo conhecimento e pela competência. Os produtos que ordinariamente encontramos nas lojas de nossas cidades, importados quase todos do Hemisfério Norte, não deixam de nos mostrar, todos os dias, quais caminhos temos de percor-rer para vencer entre as nações mais desen-volvidas. Tudo isso mostra um mosaico de produtos, de populações e de pessoas, tudo muito variado e diferenciado. Aliás, esta é uma característica bem forte na Natureza, aonde não deveria caber as disputas e so-bretudo o autoritarismo de pessoas contra pessoas ou contra as coisas. Por que a pergunta? A resposta cabe a nós e o mecanismo que a democracia nos concede é a eleição, cuja importância não deveria ser subestimada. Nem o voto negociado!

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Christina Hernandes - Universo Infantil

Como conversar com os filhos sobre política.

Vou precisar entrar no mundo da literatura para fazer uma tentativa, tão so-mente, de responder a essa pergunta tão fácil na sua construção e tão difícil na sua compreensão para seu envolvimento. A base de todo nosso conhecimento é tão somente a educação. É tudo que traze-mos enraizado na nossa identidade das vi-vencias do cotidiano em família, na escola, com os amigos, os rivais, com os vizinhos, com as notícias trazidas da mídia, nas re-portagens nacionais e internacionais, enfim na vida. Na medida em que vamos adqui-rindo conhecimento, o hábito da leitura, compreendendo a importância da pesqui-sa, temos segurança para formar opinião, aprender a discernir o certo do errado, o bom do ruim e assim por diante, partici-par de conversas sobre os mais diferentes assuntos, durante os momentos de reunião familiar, sem que se tornem maçantes ou impositivos, porém qualquer conversa com os filhos precisa se respeitar o momento, o interesse e o conhecimento que esse tenha sobre o que vamos falar, caso contrario não

teremos uma conversa de amigos, mas um monólogo onde o sono dominará a roda e qualquer assunto se tornara enfadonho. Nossos filhos querem em primeiro lugar entender a serventia, como o assunto a ser discutido irá agregar em sua vida e lhe trará mudanças e benefícios. Em se falando de política ai fica mais difícil convencê-los da importância de se manter informado, de que será o adulto de amanhã, os formadores de opinião, isto porque muitas das vezes nem os pais estão convencidos do seu próprio discurso. Não podemos falar em cidadãos na sua integra sem falar da educação. Um povo bem formado é um povo com opinião própria, que sabe ter acesso a informação e sabe utilizar o conhecimento em benefício da construção da sua cidadania. Através dos livros portas se abrem para a formação do nosso livre arbítrio tornando possível discussões responsá-veis sobre diferentes temas, principalmen-te àqueles cujas opiniões são divergentes. Ouvir primeiro, saber elaborar sua resposta dentro do conhecimento, da verdade e não do achismo.

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A leitura, o conhecimento, propicia uma viagem aos mais longínquos aos mais pró-ximos lugares lhes apresentando tantas possibilidades, tantos caminhos, tantas verdades não absolutas ficando surpre-sos com a diversidade das culturas, dos saberes e o quanto o diálogo nos leva ao consenso tão desejável para os homens e mulheres de bem. Conversar sobre política com os filhos não é assunto estanque que se ini-cia na adolescência, é formação desde o berço quando os pais vão lhe ensinando a andar, falar, cumprir horários para dormir, alimentar, brincar, respeitar as regras e nor-mas ditadas, calar , ouvir, falar, construin-do dia a dia seu caráter, amigo inseparável de sua vida inteira. Sua personalidade na adolescência será o somatório da educação trazida dos pais, de geração a geração, através das suas tradições, mitos, segredos, e reforçada no aprendizado ensinado continuadamente na escola. A escola é formadora de opiniões na medida em que reforça aos jovens a bus-ca do conhecimento, da verdade, da pesqui-sa e do trabalho em equipe tão importantes para a construção da vida social, da cidada-nia, da ética, da busca pela soberania na-cional, do pertencimento de Ser ,brasileiro. A falta de interesse e desesperança, em se conversar sobre política com os jo-vens se dá em razão das informações sobre a corrupção, desmandos, impunidade, con-chavos e tantos outros desvios de conduta em que se encontram muitos políticos, des-

motivando os jovens a crer que é possível mudar o paradigma e construir um país melhor para todos nós brasileiros. O assunto é importante de ser dis-cutido no seio familiar. O jovem precisa buscar conhecer o candidato para enten-der a diferença entre a politicagem que antecede as eleições e a política exercitada por aqueles representantes legítimos com-prometidos com seu programa de governo; defensores da política séria de responsa-bilidade possibilitando ao jovem, escolher candidatos cumpridores do seu discurso de promover melhor condição de vida para os brasileiros, como educação de qualidade, trabalho e salário digno, onde possam se auto sustentar não ficando reféns da bene-merência do Estado, em saúde, saneamento e tantos outros serviços necessários tendo a confiança da correta e transparente aplica-ção do dinheiro público para se almejar o que todos os brasileiros desejam: o desen-volvimento e respeitabilidade do país atra-vés dos seus governantes.

“Não podemos falar em cidadãos na sua integra sem falar da educação. Um povo bem formado é um povo com opinião

própria”

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