43
Rodrigo Flecha Superintendente de Gestão de Recursos Hídricos 18 de março de 2013 Belo Horizonte/MG MESA REDONDA ÁGUA: ESCASSEZ, USO RACIONAL IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE ENGENHARIA DE SAÚDE PÚBLICA

MESA REDONDA ÁGUA: ESCASSEZ, USO RACIONAL · Água: escassez, uso racional iv seminÁrio internacional de engenharia de saÚde pÚblica. estrutura da apresentaÇÃo

Embed Size (px)

Citation preview

Rodrigo Flecha

Superintendente de Gestão de Recursos Hídricos

18 de março de 2013

Belo Horizonte/MG

MESA REDONDAÁGUA: ESCASSEZ, USO RACIONAL

IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE

ENGENHARIA DE SAÚDE PÚBLICA

ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO

Contextualização geral da temática recursos

hídricos

Usos múltiplos da água: principais desafios

nacionais

Situação dos recursos hídricos

Sistema Nacional de Gerenciamento de

Recursos Hídricos - SINGREH

Alguns programas / ações

Considerações

Relações com Variáveis Supervenientes e Intervenientes

CONTEXTUALIZAÇÃO GERAL DA TEMÁTICA

RECURSOS HÍDRICOS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Expansão da Geração

Hidrelétrica / Navegação

Expansão da

Fronteira Agrícola

Poluição

Hídrica

Déficit

Hídrico

Déficit

Hídrico

USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA:

PRINCIPAIS DESAFIOS NACIONAIS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Potencial hidroelétrico nacional:

Estimado em 260 GW

(50,9% nas bacias dos rios Amazonas e

Tocantins/Araguaia)

Aproveitado até 2009: 82 GW (31,5%)

Fonte: Relatório de Conjuntura 2011 (ANA, 2011) e PDEE 2010-2019 (MME/ANEEL)

EXPANSÃO DA GERAÇÃO

HIDRELÉTRICA NA REGIÃO NORTE

Energia Hidrelétrica:

72% da Matriz Energética Brasileira

(potencial instalado)

Matriz Elétrica Nacional

113,8 GW (2009)

82 GW

(2009)

117 GW

(2019)45%

82 GW

USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA:

PRINCIPAIS DESAFIOS NACIONAIS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

82 GW

NAVEGAÇÃO

USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA:

PRINCIPAIS DESAFIOS NACIONAIS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Área Irrigada (2006)*: 4,45 milhões ha

Área Irrigável**: 29,56 milhões ha

* Censo Agropecuário 2006 (IBGE)

** Estimativa da Secretaria de Infra-estrutura Hídrica/ MI (2005)

EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA

6x

10x

Área Irrigada (1960)*: 0,46 milhões ha

USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA:

PRINCIPAIS DESAFIOS NACIONAIS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

IRRIGAÇÃO NO EXTREMO SUL

Área Irrigada (2006)*: 1,38 milhões ha

Área Irrigada (1960)*: 0,29 milhões ha

Área Irrigável (2011)**: 4,51 milhões ha

3x

5x

Criticidade***

* Censo Agropecuário 2006 (IBGE)

** Estimativa da Secretaria de Infra-estrutura Hídrica/ MI (2005)

*** Relatório de Conjuntura – Informe 2011 (ANA)

USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA:

PRINCIPAIS DESAFIOS NACIONAIS

Fonte: Serageldin, 1997.

Água efetivamente

utilizada pelo cultivo: 45% Perdas na aplicação

parcelar: 25%

Perdas no sistema de

distribuição: 15%

Perdas no Sistema

de Condução: 15%

USO DA ÁGUA NO BRASIL

Uso

industrial

19%

Irrigação

59% Uso

doméstico

22%

IRRIGAÇÃO NO MUNDO

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

ABASTECIMENTO PÚBLICOPerdas ~ 38% (SNIS)

Demanda Urbana (Brasil): 484 m3/s 630 m3/s(2005) (2025)

Estima-se um aumento de 27,5% na demanda urbana até 2025 ...

USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA:

PRINCIPAIS DESAFIOS NACIONAIS

Fonte: Atlas Brasil (ANA, 2011)

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Demanda Urbana (2025): 170 m3/s

Demanda Urbana (2005): 130 m3/s

30%

Criticidade

ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO NORDESTE

USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA:

PRINCIPAIS DESAFIOS NACIONAIS

Fonte: Atlas Brasil (ANA, 2011)

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Fonte: Atlas Brasil (ANA, 2011)

ABASTECIMENTO PÚBLICO:

ÁREAS URBANAS E RURAIS

55% dos sistemas de abastecimentos existentes no país apresentam riscos de

não atendimento das demandas projetadas para 2025 ...

USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA:

PRINCIPAIS DESAFIOS NACIONAIS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Déficit de Saneamento(Coleta e Tratamento de esgotos)

POLUIÇÃO HÍDRICAEsgotos domésticos: coleta 55%; tratamento 70% do esgoto

coletado; total tratamento 38%

USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA:

PRINCIPAIS DESAFIOS NACIONAIS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Fonte: Adaptado do Rel. Conjuntura – Informe 2011 (ANA, 2011)

RM de Recife

RIDE Entorno DF

RMs de São Paulo, Campinas e

Baixada Santista

RM do Rio de Janeiro

RM de Porto Alegre

RM de Goiânia RM de Belo Horizonte

POLUIÇÃO HÍDRICA EM ÁREAS DENSAMENTE

OCUPADAS

USOS MÚLTIPLOS DA ÁGUA:

PRINCIPAIS DESAFIOS NACIONAIS

SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: RELATÓRIO DE CONJUNTURA

Órgãos gestores

estaduais

Fonte dos dados

SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: RELATÓRIO DE CONJUNTURA

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Situação dos Recursos Hídricos

Disponibilidade Hídrica Superficial

Brasil

12% da disponibilidade hídrica do planeta

18% se considerarmos a contribuição dos

países estrangeiros

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Situação dos Recursos Hídricos

Disponibilidade Hídrica Superficial

Reservatórios do Nordeste

Situação dos Recursos Hídricos

Águas Subterrâneas

Solimões

Serra Geral

Bauru-Caiuá

Alter do Chão

Itapecuru

Poti-Piauí

Parec is

Boa Vista

Barreiras

CabeçasCorda

Motuca

Furnas

Ponta G rossa

Guarani

Barreiras

Serra Grande

Exu

Urucuia-Areado

Bambuí

Açu

Marizal

Tacaratu

Inajá

Missão Velha

Beberibe

São Sebastião

Jandaíra

Área total:

2.760.000 km2

32% do território

nacional

Disponibilidade

hídrica: 4.090 m3/s

27 Sistemas Aqüíferos

IQA - Situação no ano de 2008

1.812 pontos

Fontes: CETESB (SP), COGERH (CE), CPRH

(PE), EMPARN (RN), FEPAM (RS), IAP (PR),

IDEMA (RN), IEMA (ES), IGAM (MG), IGARN

(RN), IMA (AL), IMASUL (MS), INEA (RJ),

INGÁ (BA), SANEATINS (TO), SEMA (MT),

SRH (PE), SUDEMA (PB) e SUDERHSA (PR)

Situação dos Recursos Hídricos: Qualidade da Água

!

Resumo

Manutenção do

quadro geral do país

Aumento dos pontos

de monitoramento

Melhora da qualidade

da água no rio das

Velhas

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Situação dos Recursos Hídricos

Balanço hídrico - qualidade

Região Metropolitana

Distribuição percentual da extensão dos rios - Brasil

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

Situação dos Recursos Hídricos

Balanço demanda / disponibilidade

Bacia do Tietê

“Stress” hídrico devido à

demanda de água muita alta

para abastecimento urbano

Sub-bacias das RHs do Uruguai e

Atlântico Sul

“Stress” hídrico devido à demanda de

água extremamente alta para irrigação

Bacias da Região semi-árida

“Stress” hídrico devido à baixíssima

disponibilidade hídrica

Balanço demanda / disponibilidade hídrica

Distribuição % da extensão dos principais rios do País

Classificação da extensão dos rios

brasileiros

Criticidade quali-

quantitativa:

Rios em regiões

metropolitanas -

Elevada demanda

e grande carga de

lançamento de

esgotos

Criticidade quantitativa

Rios no sul do Brasil. Elevada

demanda para irrigação (arroz por

inundaçaõ)

Criticidade

quantitativa

Rios do Nordeste -

Baixa

disponibilidade

hídrica para

atender a

demanda

Balanço quali-

quantitativo!

LEI NO 9.433/1997: DIRETRIZES GERAIS DE AÇÃO

MISSÃO: implementar e coordenar a gestão compartilhada

e integrada dos recursos hídricos e regular o acesso à água,

promovendo o seu uso sustentável em benefício da atual e

das futuras gerações

AGENDA: Implementação e coordenação do SINGREH

Gestão, regulação e planejamento

Uso racional e combate ao desperdício

Eventos críticos (seca / cheia)

Poluição hídrica

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

INSTRUMENTOS DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

PLANOS DE

RECURSOS

HÍDRICOS

(Programa de

Investimento)

MARCOS REGULATÓRIOS

Conjunto de regras gerais e específicas de uso,

controle, monitoramento e fiscalização de recursos

hídricos, executadas pelas autoridades outorgantes,

definidas de forma negociada com os atores da bacia (órgãos gestores

de recursos hídricos, comitês de bacia, usuários

de água e órgãos ambientais).

Fonte: ANA – Relatório de Conjuntura 2011

Regulação dos Usos dos

Recursos Hídricos

Trecho perenizado pelo Reservatório

Curema-Mãe D’Água

Paraíba: 95,0 km

Rio Grande do Norte: 65,0 km

PLANO DE REGULARIZAÇÃO E

ORDENAMENTO DOS USOS DOS

RECURSOS HÍDRICOS DO SISTEMA

CUREMA-AÇU

Piranhas Açu

São Francisco

Verde Grande

Doce

Paraíba do Sul

PCJ

Paranapanema

Grande

Paranaíba

Comitês em Bacias Interestaduais

Instalados (7)

Instalados em 2012 (2)

COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

Comitês em Bacias Estaduais

Instalados (169)

COBRANÇA PELO DIREITO DE USO DOS

RECURSOS HÍDRICOS

Bacias PCJ:• cobrança implementada em toda bacia (União/SP/MG)• fórmulas e valores de cobrança são iguais• há uma única agência (ganho de escala)• planejamento unificado• mais recursos para investimentos na bacia

EVOLUÇÃO DA COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA (2003 – 2012)

Fonte: GECOB/ANA

Bacia Bacia Afluente Domínio Cobrado 2011, em R$ Arrecadado 2011, em R$

Paraíba do Sul

CEIVAP* União 10.295.162,78 25.823.639,15

CBH - Piabanha RJ 690.300,43 663.174,77

CBH - Dois Rios RJ 604.707,28 532.930,01

Bacia Médio Paraíba RJ 972.667,65 796.490,09

Bacia Baixo Paraíba RJ 140.888,24 136.576,93

CBH - Paraíba do Sul SP 3.435.556,00 3.351.753,00

15% Transposição RJ 3.447.525,73 3.430.061,28

TOTAL 19.586.808,11 34.734.625,23

Piracicaba-Capivari-Jundiaí

Comitê PCJ União 16.411.083,85 16.523.988,84

Comitê PCJ SP 17.143.778,74 16.838.970,50

Comitê PJ MG 54.828,72 42.685,53

TOTAL 33.609.691,31 33.405.644,87

São FranciscoCBHSF União 21.815.684,00 20.919.700,96

CBH Rio das Velhas MG 10.187.942,81 7.234.895,52

TOTAL 32.003.626,81 28.154.596,48

Paranaíba CBH - Araguari MG 4.594.548,31 3.398.326,30

TOTAL 4.594.548,31 3.398.326,30

Guandu RJ 18.061.794,49 17.958.305,17

Baía da Ilha Grande RJ 252.755,17 238.239,06

Baía da Guanabara RJ 3.722.473,98 3.700.099,74

Lagos São João RJ 1.324.367,35 1.215.741,54

Macaé e rio das Ostras RJ 1.000.711,50 911.416,18

Itabapoana RJ 62.211,65 61.874,39

Sorocaba e Médio Tietê SP 7.145.646,02 6.761.984,71

TOTAL 31.569.960,16 30.847.660,79

TOTAL 121.364.634,70 130.540.853,67

COBRANÇA EM ÁGUAS DE DOMÍNIO DA UNIÃO

E DOS ESTADOS EM 2011

Mín: 126,8 m³/s

Méd: 184,9 m³/s

Máx: 242,6 m³/s

Mín: 106,9 m³/s

Méd: 138,5 m³/s

Máx: 174,9 m³/s

Mín: 235,7 m³/s

Méd: 268,2 m³/s

Máx: 292,1 m³/s

Outorgas da CODEVASF na Bacia do Rio São Francisco

COBRANÇA x USO RACIONAL

Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional

INOVA privilegiando a EFICIÊNCIA

PAGA POR RESULTADOS

Programa de melhoria da

qualidade e da quantidade

de água em mananciais

via incentivo financeiro

aos Produtores Rurais

PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA

PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA: OBJETIVOS

• Melhoria da qualidade da água, via incentivo à adoção de práticas que promovam o abatimento da sedimentação

• Aumento da oferta de água (e sua garantia)

• Conscientização dos produtores e consumidores de água da importância da gestão integrada de bacias hidrográficas

Adequação de métodos e sistemas de irrigação

OUTORGA PARA IRRIGAÇÃO

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

• Criação dos CERHs e Comitês

Estaduais e Interestaduais

ÓRGÃOS

COLEGIADOS

1991 - 2011 2012 ...

INSTRUMENTOS

DE GESTÃO

• Elaboração do PNRH e

diversos planos estaduais e

de bacia

• Primeiras experiências de

cobrança pelo uso da água

• Constituiçãs de Entidades

Delegatárias das funções de

Agências de Água

• Estruturação dos processos

de outorga de uso da água

• Consolidação e

aprimoramento dos processos

regulatórios

• Efetivação dos planos e do

enquadramento

• Ampliação das experiências

de cobrança e diversificação

de receitas/fontes SINGREH

• Consolidação dos Órgãos

Colegiados

• Ampliação e fortalecimento

das Agências de Água

• Maior inserção Municipal no

Processo Decisório

O QUE FIZEMOS. O QUE VAMOS FAZER?

CONSIDERAÇÕES FINAIS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS

• Estabelecimento da Política

Nacional e das Políticas

Estaduais de Recursos

Hídricos

POLÍTICAS

PÚBLICAS

1991 - 2011 2011 ...

SISTEMAS

DE GESTÃO

• Criação do SINGREH

• Criação dos SEGREHs • Articulação SINGREH e

SEGRHs

• Fortalecimento dos

SEGREHs, em especial, dos

OERHs e dos Comitês

• Maior integração com a

política ambiental

• Maior integração com as

políticas locais

• Maior integração com as

políticas setoriais

O QUE FIZEMOS. O QUE VAMOS FAZER?

CONSIDERAÇÕES FINAIS