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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA
CENTRO DE CINCIAS DA SADE
CURSO DE ODONTOLOGIA
MIGUEL VANDR LIKES DA CRUZ
MIRELLA SILVEIRA CAVALCANTI
AVALIAO DA INFLUNCIA DA DIREO DA FONTE
POLIMERIZADORA NA INFILTRAO MARGINAL EM CAVIDADE
CLASSE V ESTUDO IN VITRO
Itaja (SC) 2007
MIGUEL VANDR LIKES DA CRUZ
MIRELLA SILVEIRA CAVALCANTI
AVALIAO DA INFLUNCIA DA DIREO DA FONTE
POLIMERIZADORA NA INFILTRAO MARGINAL EM CAVIDADE
CLASSE V ESTUDO IN VITRO
Itaja (SC) 2007
Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito parcial para obteno do ttulo de cirurgio-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itaja Orientador: prof. Nivaldo Murilo Diegoli
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AVALIAO DA INFLUNCIA DA DIREO DA FONTE POLIMERIZADORA NA INFILTRAO MARGINAL EM CAVIDADE CLASSE V ESTUDO IN VITRO Miguel Vandr Likes da CRUZ e Mirella Silveira CAVALCANTI Orientador: Prof. Nivaldo Murilo DIEGOLI Data de defesa: setembro de 2007 Resumo: O objetivo desta pesquisa foi verificar a influncia da direo da fonte polimerizadora na infiltrao marginal em cavidade classe v restaurada com compsito. Foram confeccionados 50 corpos-de-prova em forma de discos com 10mm de dimetro e 2mm de espessura, sendo 1mm de esmalte e 1mm de dentina. Sobre o esmalte foram confeccionadas cavidades em forma de oito, com 1mm de largura, 3mm de comprimento e 1,5mm de profundidade. Todas as cavidades foram tratadas com o sistema de unio SingleBond, de acordo com as recomendaes do fabricante e restauradas, em incremento nico com o compsito Z 100. No grupo 1 a ponta do fotopolimerizador foi aplicada sobre o esmalte e compsito e no grupo 2 foi aplicado sobre a dentina. Aps isso, o disco foi isolado com verniz de unha exceto a restaurao e 1mm ao seu redor. Aps 24 horas em azul de metileno foi feito o corte com disco diamantado dupla-face. A anlise da microinfiltrao foi feita em lupa estereoscpica por trs examinadores por consenso. Foi usado o teste de Wilcoxon da verificao de ranking, isto , quantas vezes cada escore (0 ,1, 2 e 3) apareceu em cada grupo. Os resultados foram: grupo 1 36,6 (mdia 2,7) e grupo 2 24,4 (mdia 1,7). De acordo com os resultados foi observado que houve maior infiltrao do corante no grupo em que a ponta do fotoativador foi colocado sobre o esmalte evidenciando que, provavelmente, a contrao de polimerizao acontece em direo da fonte luminosa. Palavras-chave: dentstica, materiais dentrios, resinas compostas.
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SUMRIO
1 INTRODUO........................................................................................... 05
2 REVISO DE LITERATURA........................................................................ 07
3 MATERIAIS E MTODOS........................................................................... 23
4 APRESENTAO DOS RESULTADOS..................................................... 28
5 DISCUSSO................................................................................................ 30
6 CONCLUSO.............................................................................................. 35
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1 INTRODUO
Em odontologia podemos considerar que no h material restaurador
definitivo. Toda restaurao, seja direta ou indireta, algum dia, provavelmente,
necessitar de substituio. Mesmo o amlgama, material restaurador usado h
mais de cem anos e que chega a suportar tcnicas incorretas e desleixos aplicados
pelos profissionais da odontologia, necessita de substituio peridica. Este mesmo
material, devido sua cor bastante diferente da cor do dente natural, gerou muitas
pesquisas no sentido de se descobrir um substituto, com suas qualidades, mas
diferente quanto sua esttica, principalmente para ser utilizado em dentes
posteriores.
Um primeiro e verdadeiro material restaurador posterior substituto para o
amlgama foi a resina composta, surgida na dcada dos anos sessenta do sculo
passado a qual, no incio, no era compatvel com as estruturas dentais no que se
refere s propriedades fsicas, qumicas e mecnicas. No entanto, com o passar do
tempo, a concorrncia entre os fabricantes, fez com que pesquisas fossem
realizadas no sentido da melhoria do material.
Com o advento da tcnica do condicionamento cido e, com o conseqente
surgimento da tcnica de adesividade, com os sistemas de unio ao esmalte e
dentina, a resina composta foi definitivamente enquadrada como material
restaurador para dentes posteriores.
No entanto, a sua aplicao uma tcnica detalhista e, para se conseguir o
mximo resultado de seu uso, faz-se necessria a observao de uma srie de
procedimentos dentro da ttica operatria a ser aplicada.
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Um dos problemas que sempre desafiaram os pesquisadores e fabricantes
a contrao de polimerizao que ocorre durante a passagem da fase pr-gel para a
fase gel. Baratieri et al., em 1989, afirmaram que a contrao de polimerizao das
resinas compostas fotopolimerizveis ocorre sempre em direo fonte luminosa.
(p.492) Por este motivo, para minimizar as conseqncias da contrao de
polimerizao, dever-se-ia deixar a estrutura dental, entre a resina composta e a
fonte luminosa, ao se fotopolimerizar uma restaurao. Os autores citados acima
sugerem, inclusive, que para minimizar a contrao de polimerizao deve-se usar a
tcnica incremental descrita por Pollack, em 1988 e que foi preconizada por Lutz et
al., em 1986.
Na ltima dcada do sculo XX, surgiram algumas pesquisas tentando
explicar que a contrao de polimerizao das resinas compostas fotopolimerizveis
dava-se em direo ao calor das paredes cavitrias e no em direo fonte de luz
do fotopolimerizador.
Pelo exposto, o objetivo desta pesquisa verificar a influncia da direo da
fonte de luz polimerizadora na infiltrao marginal de restaurao classe V.
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2 REVISO DE LITERATURA
Baratieri et al. (1989) salientaram que as resinas compostas fotoativadas
quando sofrem polimerizao contraem em direo fonte luminosa e quando
inseridas em um bloco nico geram uma grande tenso em conseqncia da
contrao, provocando a formao de uma fenda na interface dente-material
restaurador. O processo de polimerizao inicia na superfcie do bloco, junto fonte
de luz do fotopolimerizador, propagando-se para o interior da restaurao. Para
minimizar esta contrao de polimerizao, os autores sugerem o uso da tcnica
incremental de Lutz et al. (1986) modificada por Pollack, em 1988, na qual o material
restaurador deve ser colocado em incrementos obliquamente, sendo que a fonte
luminosa deve ser aplicada de maneira a deixar a estrutura dental entre ela e o
material restaurador afim de que a contrao de polimerizao acontea contra a
parede dentria. Esta tcnica pode ser usada nas caixas proximais de dentes
posteriores, com matriz transparente e cunha refletiva e a polimerizao feita ora por
vestibular ora por lingual.
O objetivo do trabalho de Eick et al. (1993) foi apresentar um componente
para ser includo no polmero desenvolvido para ter alta performance no contrtil
para uso como matriz em compsitos. So os chamados espiroortocarbonatos
(spiroorthocarbonates SOC) que se expandem durante a polimerizao e que, em
combinao com um comonmero de resina epxi, apresentam propriedades
mecnicas, sorpo de gua, solubilidade e grau de polimerizao aceitveis para
uso dental. A expanso dos espiroortocarbonatos na polimerizao foi inicialmente
descrito por Bailey que demonstrou sua utilidade para algumas resinas industriais de
alta resistncia. Um SOC alicclico consiste de um total de quatro anis, dois em
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cada lado do espirocarbono. A expanso do SOC na polimerizao atribuda
abertura do anel duplo desta espiromolcula, ou seja, duas ligaes covalentes
quebram-se para formar uma nova ligao. O uso do SOC como componente de um
compsito apresentou incompatibilidade com o material restaurador, principalmente
com o bis-GMA. Tentativas de formar uma matriz homognea de polmero
resultaram na incompleta polimerizao do SOC detectvel pela presena de SOC
cristalino no reativo na resina polimerizada. Mais recentemente foram estudados
SOCs com ponto de fuso mais baixo e cujas variaes estruturais permitiam vrias
formulaes diferentes de mistura compatveis entre o prprio SOC, o bil-GMA e o
TEGDMA. Estas formulaes apresentaram menores contraes que as resinas
controle, porm, sua contrao ainda era aprecivel. Um SOC estudado pelos
pesquisadores, compatvel com resina epxi e cationicamente iniciado por luz, foi o
trans/trans-2, 3, 8, 9-di (tetrametileno)- 1, 5, 7, 11 tetraoxospiro (5.5) undecano. A
fora de tenso para a matriz resinosa convencional relatada como sendo entre 15
e 25MPa e para o mdulo de elasticidade variando entre 2 e 3GPa. O grupo controle
epxi e as trs formulaes SOC-epoxi apresentaram valores de fora de tenso e
mdulo de elasticidade comparveis aos da matriz resinosa convencional. O grupo
controle epxi e o SOC-epoxi a 5% passaram pelo teste ISSO de sorpo de gua e
solubilidade, enquanto que os SOCs experimentais de 15 e 30% falharam em ambos
os testes, provavelmente devido incompleta polimerizao. No entanto, o
trans/trans SOC oligmero expandiu 3,5% durante a converso do monmero em