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A viagem do sonho
Notícias do ténis
EDIÇÃO ONLINE JANEIRO 2015
Federação Portuguesa de Ténis 1925-2015
Em ano de comemoração dos 90 anos da fundação
da Federação
Portuguesa de Ténis,
os sonhos começam a
ganhar forma em fevereiro, no torneio do
Grupo I da Zona Europa/
África da Fed Cup
2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Federação Portuguesa de Ténis
Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | [email protected]
EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa
o ano começou, a tempo-rada está aí. É tempo de estabelecer calendários,
fixar objetivos. É tempo de dar largas às ideias e aos sonhos. Em ano de comemoração dos 90 anos da fundação da Federa-ção Portuguesa de Ténis, os sonhos começam a ganhar forma em fevereiro, no torneio do Gru-po I da Zona Europa/África da Fed Cup, o tema de capa desta primeira edição de Notícias do Ténis em 2015. A promoção ao Grupo II Mundial da equipa de André Lopes é um desejo que se renova, a esperança na concreti-zação do sonho é ilimitada. Em março, o sonho assume outra dimensão: Portugal recebe Marrocos, na primeira eliminató-ria do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis. O objetivo da equipa de Nuno Marques é o regresso ao Grupo I, para iniciar o percurso até ao almejado sonho da presença no Grupo Mundial. É preciso acreditar, para que o sonho se concretize. Temos mais sonhos. Nesta edi-ção, as estatísticas de 2014, coli-gidas diligentemente por Nuno Mota, revelam, no geral, boa per-centagem do número de tenistas portugueses nos quadros princi-pais em torneios juvenis interna-cionais. O nosso desejo é mais e mais participações de portugue-ses e um acréscimo de provas. Os promotores de eventos têm acesso ao Programa de Apoio
Um novo futuro Editorial
VASCO COSTA
Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
aos Circuitos Internacionais. A Federação Portuguesa de Ténis é a primeira entidade institucio-nal de cada prova e sabemos que o nosso apoio é importante, não só para clubes e outras associações que promovem eventos como para os tenistas portugueses, proporcionando-lhes competição, na difícil transi-ção de júnior para profissional. No circuito profissional, pros-seguimos o sonho de aumentar o número de provas em Portu-gal, em masculinos e femininos. No ano passado, estabelecemos dez em masculinos como meta e tivemos 12 (três em femininos). Desejamos mais este ano: quin-ze em masculinos e cinco em femininos. É o sonho de um novo futuro.
A seleção nacional regressa a Budapeste, no início de fevereiro,
para o torneio do Grupo I da Zona Europa/África da Fed Cup. O objetivo primeiro do coletivo de André Lopes,
coadjuvado por Miguel Sousa em Budapeste, é a permanência no escalão. Contudo, Michelle Larcher de Brito, Bárbara Luz, Maria João Koehler e Inês Murta levam o sonho de promoção ao Grupo II
Mundial para a cidade banhada pelo rio Danúbio.
A viagem
do sonho
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 3
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A seleção nacional
volta a Budapeste,
para o torneio
do Grupo I
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N ovamente em Budapeste, de 4 a 7 de fevereiro, a seleção nacional apre-
senta-se com a esperança de uma boa prestação no torneio do Gru-po I da Zona Europa/África da Fed Cup. Há um ano, igualmente na capi-tal húngara, Portugal terminou em sétimo conjuntamente com Israel, mas, na memória continua o quin-to lugar em 2012, a melhor classi-ficação de sempre. O selecionador nacional, André Lopes, não escon-de o desejo do apuramento para o Grupo II Mundial, embora realce que há um objetivo primeiro. «Os nossos objetivos são os mesmo do ano passado: garantir a manutenção em primeiro lugar, pois temos consciência das enor-mes dificuldades que iremos encontrar. Mas não vamos perder o foco na luta por algo que é dese-jado por todo o grupo, que é a subida de divisão! As contas serão feitas no final», afirmou André Lopes, que, à semelhança do ano passado, volta a contar com o concurso de Michelle Larcher de Brito, Bárbara Luz, Maria João Koehler e Inês Murta. Para André Lopes, o coletivo oferece garantias de realização de um bom torneio: «Este ano, tere-mos a Michelle numa fase melhor, pois irá para Budapeste com alguns torneios disputados em
2015. Recordo que, no ano passa-do, ela vinha de uma lesão e tinha poucas semanas de trabalho. A Maria tem tido alguns problemas de saúde e físicos e teve mais um contratempo há uns dias [obrigou-a a desistir de torneio na Tuní-
sia], pois torceu um pé e já
O torneio do Grupo I da zona
euro-africana da Fed Cup
volta a disputar-se no
Syma Event and Congress
Centre, em
Budapeste. A prova
inicia-se a 4 de fevereiro,
uma quarta-feira e termina no sábado
seguinte
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4 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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já não irá competir antes da Fed Cup. No entanto, sei que tem feito de tudo para recuperar a forma e estaremos atentos à sua evolu-ção. A Bárbara, e principalmente a Inês, estão mais maduras em rela-ção ao ano anterior e, apesar de não irem rodadas competitivamen-
te, teremos a oportunidade de organizar, durante a semana que antecede a Fed Cup, alguns encontros competitivos no Jamor, de forma a dar-lhes o ritmo de jogo desejado para encararmos a competição». O sortilégio do sorteio do torneio
Portugal joga com Bulgária,
a 4 de feve- reiro. No dia seguinte, a
formação de André Lopes
defronta a Geórgia. No último
encontro da fase de
grupos, a 6, Bielorrússia é
a nação adversária da equipa
portuguesa
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Bárbara Luz, Michelle Larcher
de Brito, Maria João Koehler e Inês Murta regressam à capital húngara para tentar
o acesso ao Grupo II Mundial
6 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
do Grupo I colocou novamente na «poule» de Portugal as seleções de Bielorrússia e Bulgária. A equi-pa da Geórgia completa o Grupo C. «Tanto a Bielorrússia como a Bulgária são equipas fortes, com as quais tivemos dificuldades em 2014. Na altura, perdemos com a Bielorrússia [3-0], que, mesmo sem Azarenka, tinha uma equipa muito competitiva, aliás esteve perto da subida de divisão. Tam-bém conhecemos muito bem a Bulgária, que vencemos [2-1], numa eliminatória muito dura», afirmou o «capitão» de Portugal, lembrando que a «portuguesa» Elitsa Kostova integra a seleção búlgara. André Lopes reconhece também valia à seleção da Geórgia, com-posta por «jogadoras muito aguer-ridas e que, normalmente nestas competições, se exibem a um nível superior à posição do ‘ranking’ que ocupam». O selecionador nacional na Fed Cup, coadjuvado por Miguel Sou-sa em Budapeste, não atribui favoritismo a qualquer das nações adversárias. «Considero que todas as hipóteses estão em aber-to», disse. «Poderemos chegar ao último dia da prova com a possibilidade de disputar o ‘play-off’ de promo-
Em 2012, em Eilat
(Israel), Portugal
alcançou a melhor posição
de sempre na Fed Cup: quinto lugar.
Em 2013, a equipa
nacional foi nona e, no ano
passado, classificou-se
em sétimo
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Michelle Larcher de Brito (120.ª WTA) Bárbara Luz (503.ª) Maria João Koehler (680.ª) Inês Murta (812.ª)
«Capitão»: André Lopes
Tsvetana Pironkova (52.ª) Elitsa Kostova (207.ª) Dia Evtimova (313.ª) Viktoriya Tomova (314.ª)
«Capitã»: Dora Rangelova
«Poule» C PORTUGAL
BULGÁRIA
ção, mas podemos também estar no ‘court’ ao lado, a lutar para não descer», frisou André Lopes, acrescentando: «Vamos encarar um encontro de cada vez e tenho a certeza que as atletas [portuguesas] que entrarem em
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O Grupo A, o único com
três seleções,
é formado por Sérvia, Hungria e
Áustria. Grã-Bretanha,
Ucrânia, Turquia e
Liechtenstein formam a «poule» B,
enquanto a D é constituída por Bélgica,
Croácia, Israel
e Letónia. Em cada
agrupamento apuram-se
duas equipas para a fase
seguinte. As duas últimas equipas em cada grupo disputam o
«play-off» de
permanência
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Michelle Larcher de Brito (120.ª WTA) Bárbara Luz (503.ª) Maria João Koehler (680.ª) Inês Murta (812.ª)
«Capitão»: André Lopes
Sofia Shapatava (218.ª) Ekaterine Gorgodze (327.ª) Oksana Kalashnikova (530.ª) Mariam Bolkvadze (698.ª)
«Capitã»: Margalita Chakhnashvili
Tsvetana Pironkova (52.ª) Elitsa Kostova (207.ª) Dia Evtimova (313.ª) Viktoriya Tomova (314.ª)
«Capitã»: Dora Rangelova
Victoria Azarenka (44.ª) Aliaksandra Sasnovich (145.ª) Olga Govortsova (146.ª) Iryna Shymanovich (445.ª)
«Capitã»: Tatiana Poutchek
«Poule» C PORTUGAL BIELORRÚSSIA
BULGÁRIA GEÓRGIA
jogo vão dar o melhor de si e lutar por um resultado histórico». Para tanto, André Lopes consi-derou que «é fundamental entrar bem na prova, de forma a dar a confiança e tranquilidade necessá-rias para encarar os restantes
encontros da ‘poule’». Salientou ainda que o selecionado de Portu-gal disporá de «dois dias de adap-tação às condições de jogo» em Budapeste, procurando «afinar os últimos detalhes para uma boa entrada em competição».
«Ran
king
s» a 19 de jan
eiro d
e 2015
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8 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
diferente para solucionar, organi-zar ou mostrar», afirmou Eduardo Cabrita. O responsável da AAC acres-centa que «a experiência da asso-ciação permite pensar num con-junto de organizações dirigidas essencialmente aos escalões de formação, sobretudo para aqueles que pretendam chegar à universi-dade, que desejem tirar um curso superior na Universidade de Coim-bra e continuar a praticar ténis». Eduardo Cabrita refere ainda que, na perspetiva da AAC, «o desenvolvimento da modalidade passa por um conjunto de ativida-des que consigam entusiasmar e galvanizar todos os praticantes, especialmente os escalões de for-mação». «Daí acreditarmos que os melhores agentes para a execu-ção destas tarefas serão sempre os mais jovens», sustenta. Organizar «o que quer que seja não é nada fácil», sublinha Eduar-
P ela primeira vez, Portugal acolhe uma fase de qualifi-cação da Winter Cup. De 6
a 8 de fevereiro, oito seleções de sub-16, em masculinos, decidem em Coimbra quem vai ocupar as duas vagas na fase final, em Rochin, na França, de 20 a 22 do mesmo mês. Eduardo Cabrita, da Associação Académica de Coimbra (AAC) — Secção de Ténis, recorda que «a ideia da candidatura começou há três anos». A experiência adquirida na orga-nização do Memorial Luzio Vaz, prova internacional promovida sob a égide da Tennis Europe, e outras competições estimulou à apresentação da candidatura para receber a Zona C da qualificação da Winter Cup. «Tudo o que seja organizar algo que nunca se tenha realizado aca-ba por ser um desafio, mais que não seja pela novidade. Haverá sempre algo que se apresente
Coimbra tem
mais encanto
A experiência adquirida na organização de provas
levou a Associação
Académica de Coimbra —
Secção de Ténis
a lançar-se num novo desafio: a
organização da Zona C da qualificação
da Winter Cup, em sub-16, em
masculinos
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A qualificação em Coimbra vai decorrer de 6 a 8 de
fevereiro, no Estádio
Universitário
do Cabrita, aludindo à reunião de apoios. «No entanto, a vontade e os objetivos que sonhamos atingir são o melhor elixir para vencer as vicissitudes que se apresentam, os obstáculos que encontramos ou as cascas de banana que a maldicência planta», frisa. Em Coimbra, além da seleção
portuguesa de sub-16, estarão os selecionados representativos de Áustria, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Sérvia, Espanha e Sué-cia. A Zona C da qualiificação da Winter Cup vai decorrer nos «courts» do Estádio Universitário de Coimbra.
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N a segunda-feira 6 de fevereiro assinalar-se-á um marco importante:
João Sousa, número um portu-guês na atualidade e de sempre, cumpre a centésima semana entre os cem mais cotados no «ranking ATP. João Sousa ingressou no «top» 100 pela primeira vez a 15 de outubro de 2012. Durante sete semanas, o vimaranense, treinado por Frederico Marques, atingiu o 97.º lugar. A partir de 28 de janeiro de 2013, João Sousa reentrou no «top» 100, permanecendo entre a elite durante onze semanas. A 18 de março desse ano, o tenista radicado em Barcelona desde os 15 anos igualou a posição máxima alcançada por Nuno Marques, em 1995 — 86.ª. João Sousa — detentor do recorde de vitórias portuguesas em provas do «Grand Slam», com sete triunfos, contra quatro de Nuno Marques e três de Frederico Gil — voltou ao «top» 100 em julho de 2013, na segunda-feira 15. Desde então, com o triunfo em Kuala Lumpur (Malásia) pelo meio, o primeiro em singulares de
um português no ATP World Tour, João Sousa tem presença no «top» 100 até à atualidade. É o único português que com-pletou um ano (52 semanas) entre os cem tenistas mais bem cotados do mundo.
A centésima semana
João Sousa entrou no
«top» 100 pela primeira vez a 15 de outubro de
2012. O vimaranense
é o único português
que comple-tou um ano
(52 semanas) entre os cem mais cotados
no mundo
João Sousa vai completar cem semanas no «top» 100 mundial
Em duas semanas, João Sousa posicionou-se em 35.º — de 14 a 21 de julho de 2014 —, a posição mais alta da carreira do vimara-nense, que completa 26 anos em março, e o melhor registo de sem-pre no ténis português.
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Frederico Marques foi designado presidente em Portugal da Global Profes-sional Tennis Coach Asso-ciation, representada em 41 países. Uma indicação que o treinador dos qua-dros da academia Barcelo-na Total Tennis recebeu
com «felicidade pessoal». «Esta designação é um privilégio para mim. Para ser eleito presidente, é preciso cumprir vários requisitos e, além disso, ser aceite por todos os outros presidentes dos restantes países. Todos estes presidente foram e são grandes treinadores, de renome mundial, e o facto de ter sido eleito por eles é algo que me deixa muito feliz», disse Frederi-
co Marques. Treinador de João Sou-sa, Frederico Marques, o mais jovem técnico de um tenista que ocupa o «top» 100 ATP, realçou que «o mais importante» na nomeação como presiden-te «é poder trazer para
Portugal mais informação e experiências do circuito
ATP». «O meu objetivo passa por poder transmitir expe-riências vividas no circui-to, através de cursos de formação, com vários trei-nadores de renome mun-dial, fisioterapeutas do cir-cuito, árbitros, nutricionis-tas, etc… O circuito é um mundo ainda pouco explo-rado por profissionais por-tugueses. Procuro trazer conhecimento e profissio-nalismo ao ténis portu-
guês», afirmou.
Frederico Marques: o escolhido A centésima semana
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PR
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IUM
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12 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Proporcionar mais
competição
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50 por cento de ‘wild cards’ de todas as provas dos circuitos inter-nacionais juvenis e profissionais; e garantir pelo menos 50 por cento dos OA’s (Organizer Acceptance) dos torneios de sub-12, sub-14 e sub-16.» No ano passado, disputaram-se em Portugal três torneios interna-cionais de sub-12 (Azores Open, Braga Open e Memorial Luzio Vaz), quatro de sub-14 (Taça Internacional Maia Jovem, Lawn Tennis Club Tournament, Vila-moura International U14 e Porti-mão International Tournament) e três de sub-16 (Beloura Junior Open, Parque Nascente Cup e Maia Junior Cup). Ao todo, foram dez torneios ins-critos no calendário da Tennis Europe, o número que Nuno Mota refere que é objetivo da Federa-ção Portuguesa de Ténis «manter» em 2015. Aliás, nestes torneios, concluiu-se que «os atletas portugueses são os principais ’clientes’ dos tor-neios dos circuitos juvenis em Por-tugal», ressalvando Nuno Mota
U ma prova internacional em Portugal possibilita a jovens tenistas adquirirem a expe-
riência necessária à sua evolução, desde os escalões de formação à transição para o profissionalismo. Nuno Mota, coordenador técnico das seleções nacionais juvenis na Federação Portuguesa de Ténis, atribui capital importância a pro-porcionar competição internacio-nal em Portugal. «Importa ter torneios internacio-nais em Portugal com muitos joga-dores estrangeiros ou com muitos jovens portugueses?», questiona Nuno Mota. A resposta é clara-mente a de proporcionar competi-ção internacional em Portugal aos jovens tenistas portugueses, per-mitindo ainda que os treinadores reúnam experiência e que os árbi-tros «tenham semanas de traba-lho». O responsável do quadro técni-co da Federação Portuguesa de Ténis frisa que «várias dezenas de jogadores portugueses» podem ter «experiência internacional com uma prova» sob a égide da Tennis Europe (de sub-12 a sub-16) e da ITF (sub-18 e seniores). Nuno Mota assinala que, com «uma deslocação ao estrangeiro», um tenista português «gasta apro-ximadamente 1.500 euros por semana», montante que não é despendido se o torneio interna-cional se realizar em Portugal. Com uma prova internacional no país, é possível «habituar os joga-dores portugueses a competir internacionalmente em todo o seu percurso de formação». O coordenador técnico das sele-ções nacionais juvenis refere que os objetivos da Federação Portu-guesa de Ténis estão delineados: «aumentar, fidelizando a médio prazo, o número de torneios em Portugal dos circuitos profissio-nais; garantir quadros principais de singulares de 64 jogadores em todos os torneios dos escalões de sub-14, sub-16 e sub-18; garantir
Proporcionar mais
competição
A Federação
Portuguesa de Ténis pretende
manter o número de provas em
Portugal sob a égide da
Tennis Europe e aumentar as competições dos circuitos profissionais. O objetivo é proporcionar
oportunidades de competição internacional em Portugal aos atletas
portugueses
Nuno Mota
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14 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
que, «em termos gerais», registou-se uma boa percentagem de par-ticipação de jogadores portugue-ses em quadros principais». No entanto, Nuno Mota não dei-xou de manifestar «preocupação com «o decréscimo de participan-tes no torneio Azores Open, de sub-12», além da «baixa percenta-gem de jogadores portugueses» naquela competição, no «Coimbra Open (estratégia da prova), Taça Internacional Maia Jovem (G1) e Lawn Tennis Club Tournament (pouca participação e quadros de 32)». Outro dos aspetos apontado é o facto de os torneios de sub-12 apresentarem «um caderno de encargos mais elevado para a sua organização». Nos circuitos profissionais, Por-tugal teve 15 torneios no ano pas-sado, 12 em masculinos (Vale do Lobo, Loulé, Faro, Termas de Monfortinho, Pombal, Ponta Del-gada, Caldas da Rainha, Castelo Branco, Oliveira de Azeméis, Por-to, Ponta Delgada e Elvas) e três em femininos, dois em S. Miguel e o tradicional Amarante Ladies Open. Para 2015, a Federação Portu-guesa de Ténis estabeleceu a meta de 15 torneios de categoria «Future», com «distribuição de séries de três torneios na mesma associação regional (mesmo piso)», e o aumento para 10 pro-
vas do ITF Women, com «distribuição de séries de dois tor-neios na mesma associação regio-nal (mesmo piso)». Nuno Mota recorda ainda a reali-zação de 17 provas internacionais em veteranos, incluindo o Cam-peonato Nacional, e uma (Open Baía de Setúbal), no circuito inter-nacional de ténis em cadeira de rodas em 2014 Reconhecendo dificuldades na organização de provas — financia-mento, instalações, voluntariado,
No ano passa-do, 15 provas dos circuitos profissionais em masculi-nos e femini-
nos realizaram-se em Portu-
gal. A meta é
aumentar o número de torneios, quer de categoria
«Future» quer no ITF
Women
BE
LO
UR
A J
UN
IOR
OP
EN
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A Federação
Portuguesa de Ténis está igualmente empenhada
em «melhorar a qualidade dos torneios
internacionais juvenis» em Portugal. O «upgrade»
para Grau 1 do Beloura
Junior Open
foi concretizado
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 15
A Tennis Europe promoveu
o Beloura Junior Open ao Grau 1
adesão do público, orçamentos das autarquias e a atracão de novos parceiros —, a Federação Portuguesa de Ténis criou o PACI (Programa de Apoio aos Circuitos Internacionais). «Apoiar as organizações dos torneios internacionais juvenis e profissionais e apoiar os melhores atletas portugueses» é um dos desígnios que presidiu à criação do PACI, além de proporcionar apoio material (bolas de ténis). Como contrapartida, as organi-zações cedem à Federação Portu-
guesa de Ténis «50 por cento dos ‘wild cards’ dos quadros principais e ‘qual i fyings’», além de «alojamento para os dois treinado-res nomeados pela Federação Portuguesa de Ténis para o acom-panhamento técnico das equipas oficiais portuguesas». Nuno Mota, que partilhou e ana-lisou toda a informação recolhida com os diretores de prova dos cir-cuitos internacionais em Portugal, afirmou que os «objetivos da Federação Portuguesa de Ténis para o futuro é apoiar os jovens atletas lhes permitir mais competi-ção internacional em Portugal» e «melhorar a qualidade dos tor-neios internacionais juvenis», com o «’upgrade’ para Grau 1 ao Beloura Open e para Grau 2 ao Vilamoura Open». Também são objetivos «garantir cinco séries de três torneios ‘Futures’ masculinos (15 torneios), cinco série de dois torneios ITF Women (10 torneios) e colocar jogadores no ‘top’ 50 da Tennis Europe, em sub-14 e sub-16», no ‘top’ 100 ITF Junior e no ‘top’ 100 ATP e WTA». Em discussão estão matérias como «arbitragem nos torneios, receitas do ‘Live Scores’ nos tor-neios ‘Future’, critérios de conces-são, critérios para passar para o Grupo A e torneios internacionais juvenis dos Açores», entre outras questões.
16 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
O ano de 2014 ficou marca-do pela aposta na qualida- de das ações de formação
da Federação Portuguesa de Ténis, reconhecida nacional e internacionalmente. Dirigido por Vítor Cabral, o DdD (Departamento de Desenvolvi-mento) da Federação Portuguesa de Ténis «apostou na organização de grandes eventos formativos», pese embora «o enquadramento nacional de austeridade e crise, com dramáticos cortes sucessi-vos no apoio do IPDJ (Instituto Português de Desporto e Juventu-de) às atividades federativas, que ameaçam não só os programas e projetos, mas as próprias federa-ções». Vítor Cabral lembrou a realiza-ção da conferência internacional realizada no âmbito do Dia Mun-dial do Ténis, a 1 de março. «Portugal decidiu alargar o âmbito deste dia aos treinadores e foi, sem dúvida, uma aposta ganha», afirmou, acrescentando que
estiveram presentes na conferên-cia cerca de 100 participantes, que puderam aproveitar a presen-ça de um conjunto de preletores de luxo, como Miguel Crespo, Carl Maes e Richard Gonzalez». O Simpósio Nacional de Treina-dores foi outro dos eventos de qualidade, qualificado por Vítor Cabral como «o evento rei da for-mação de treinadores». «Para a Federação Portuguesa de Ténis, foi um enorme desafio realizar este tipo de evento gran-de, no final do ano, altura em que os orçamentos estão praticamente esgotados». «Contribuiu decisivamente para isso o grande painel de preletores, de primeira linha mundial, contan-do com Mark Tennant e Mike Bar-rell, os principais responsáveis do desenvolvimento técnico específi-co do programa ‘Play and Stay’, e Hrvoje Zmajic, responsável da ITF para o continente europeu. Contá-mos ainda com Josep Campos, responsável pela área de docên-
Dois eventos marcaram
2014: a conferência
internacional no âmbito do Dia Mundial do Ténis e o
Simpósio Nacional de Treinadores,
em Vilamoura. Em ambos, a qualidade dos
preletores
Mais qualidade
formativa
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Vítor Cabral
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 17
cia e investigação da Federação de Ténis da Catalunha», disse Vítor Cabral, o primeiro português a integrar a Comissão Mundial de Treinadores, também ele interve-niente no Simpósio Nacional. Vítor Cabral aludiu ainda à importância da presença de «representação portuguesa nas últimas conferências europeias, estreitando relações com a ITF, Tennis Europe e aproximando os
responsáveis técnicos na área do desenvolvimento dos cerca de 36 países presentes». Um exemplo inequívoco da «importância da proximidade com a ITF» foi a formação nos PALOP (Países de Língua Oficial Portu-guesa), com Vítor Cabral designa-do responsável pela formação. Em 2014, realizaram-se dois cur-sos, um em Moçambique e outro na Guiné Bissau.
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Vítor Cabral ministrou dois
cursos de formação
em PALOP, um em
Moçambique e outro
na Guiné Bissau
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Vítor Cabral
18 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Federação Portuguesa de Ténis, que, desde janeiro de 2011, tem a tutela do padel. O «ranking» do Circuito Padel Portugal será definida após homo-logados os resultados da última prova do conjunto de competi-ções, a etapa do Padel Campo Grande, em Lisboa. Realizado em dois fins de sema-na, devido às condições atmosféri-cas adversas, o torneio do Padel Campo Grande teve como vence-dores as duplas Martim Trueva/José Correa Barros e Kátia Rodri-gues/Diana Baptista. Na final em masculinos, muito bem disputada e com emotivida-de, o par constituído por Martim Trueva e José Correa Barros levou a melhor sobre a dupla for-mada por Eduardo Carona e Jesus Lizarbe. O desfecho foi de 6-2, 2-6 e 6-4. Em femininos, a fase de grupos concluiu-se com o triunfo de Kátia Rodrigues e Diana Baptista, que somaram por triunfos os três encontros disputados. O torneio de pares mistos da prova do Padel Campo Grande, com um «prize money» de mil euros, acabou por não se reali-zar.
Edição de 2015. A edição
de 2015 do Circuito Padel Portu-gal, a segunda, está a ser pre-parada, perspetivando-se a pos-sibilidade de promoção de eta-pas de categoria Padel Portugal
O Masters do Circuito Padel Portugal, organizado pela Federação Portuguesa
Ténis, tem já data marcada, embora o local esteja ainda por definir: 28 de fevereiro e 1 de mar-ço. Para o Masters, adiado para o início deste ano devido à última prova do Circuito Padel Padel ter sido adiada devido ao mau tempo, apuraram-se os oito padelistas mais bem cotados em masculi-nos e igual número em femininos. Siginifica que a prova final do cir-cuito terá oito duplas em masculi-nos e o mesmo número em femini-nos. Quanto aos pares mistos, qualifi-cam-se igualmente os oito atle-tas masculinos com mais créditos e as oito jogadoras com melhor posição no «ranking». Para se apurarem para o Mas-ters, os atletas tiveram de partici-par em eventos de categoria Padel Portugal e mais duas pro-vas, no mínimo, do restante calen-dário oficial do Circuito Padel Por-tugal. A participação no Campeonato Nacional de Padel/Taça Banco BIC, que decorreu no CIF em setembro do ano passado, no âmbito da Semana do Ténis & Padel, foi igualmente obrigatória para os padelistas que, no início da temporada, estabeleceram como objetivo a disputa do Mas-ters, que encerra o Circuito Padel Portugal, cuja primeira edição foi promovida no ano passado pela
A hora do Masters
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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 19
As previsões da Federação Portuguesa de Ténis apontam para o início da segunda edição do Circuito Padel Portugal em finais de março ou princípios de abril.
em Lisboa, Algarve e Madeira. O calendário do Circuito Padel Portugal será definido muito em breve, depois de reunião da Fede-ração Portuguesa de Ténis com clubes para organizar datas.
Masters está
programa para 28 de
fevereiro e 1
de março
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D e novo em Moscovo. O Mundial Equipas de ténis de praia vai decorrer na
capital russa, de 15 a 19 de julho. A competição terá lugar nova-mente no The National Tennis Centre, em Moscovo, que recebe o Mundial Equipas pela quarta vez e que albergará também a edição de 2016, após acordo celebrado com a ITF. Neste Campeonato do Mundo Equipas de ténis de praia, a Itália defenderá o título conquistado no ano passado, em que Portugal classificou-se em oitavo entre 24 nações. Com Dino Almeida como «capitão», a seleção portuguesa apresentou-se em Moscovo com Filipe Rebelo, Pedro Correia, Ana Pereira e Susana Pereira. Sétimo cabeça de série, o coleti-vo português ficou isento na pri-meira ronda do quadro do Grupo Mundial.
Na segunda eliminatória, Portu-gal cruzou-se com a Bielorrússia e venceu por 2-1. Ana Pereira e Susana Pereira não conseguiram evitar que as bielorrussas Olga Barabanshikova e Natália Zvereva vencessem por 3-6, 6-4 e 6-1. Portugal partiu em desvantagem para o segundo encontro, reserva-do a pares masculinos, mas Pedro Correia e Filipe Rebelo igualaram o confronto, após terem imposto 6-1 e 6-4 aos bielorrussos Pavel Kotliarov e Ilhar Lakhvich. No terceiro e decisivo encontro, em pares mistos, Ana Pereira e Filipe Rebelo deram o triunfo à seleção nacional, após disputado encontro com Olga Barabanshiko-va e Pavel Kotliarov. Os portugue-ses fecharam o embate com os parcelares de 6-2, 6-7 (2) e 7-5. Nos quartos de final, Portugal encontrou-se com Itália, que aca-bou por conquistar o título.
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Mundial de novo em Moscovo
D.R
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Ana Pereira e Susana Pereira cederam ante Sofia Cimati e Rva D’Elia (6-0 e 6-0) e Pedro Correia e Filipe Rebelo não ficeram melhor frente a Alessandro Cal-bucci e Luca Cramarrossa (6-0 e 6-1). Nos pares mistos, Pedro Cor-reia e Susana Pereira consentiram 4-1 e 4-0 a Federica Bacchetta e Marco Garavini.
No apuramento dos quinto ao oitavo lugar, Portugal defrontou a Venezuela, terceiro cabeça de série, e cedeu por 2-0 e, logo a seguir, enfrentou o Japão, quarto. Os nipónicos venceram o selecio-nado português por 2-1. No Mundial Equipas de 2013, Portugal foi 16.~º classificado e no de 2012 quedou-se em nono.
Mundial de novo em Moscovo
D.R
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Mundial realiza-se de 15 a 19 de julho,
novamente na capital
russa
«Jogo porque dá-me prazer» No ITF Junior,
Danyal Suale-he foi vice-
campeão em singulares em
Tlemecen (2012) e Anna-ba (2011), cida-des argelinas. Em Tlemecen
também foi vice-campeão
ao lado de Felipe Cunha e Silva (ambos cederam para Nuno Deus e José Maria
Moya). No circuito
profissional, o irmão de Sofia
Sualehe foi vice-campeão no ITF Futures Guimarães, em 2013, fazendo
dupla com
Gonçalo Pereira. Danyal
foi campeão nacional de
pares mistos em 2006 (com Bárbara Luz) e de duplas de
sub-16 em 2009 (com
João Monteiro)
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O sucesso significa… que estamos no caminho para atingir os nossos sonhos e objetivos.
No ténis, quero atingir… o máximo de prazer enquanto tiver uma raqueta na mão.
Depois de vencer um encon-tro… cumprimento o meu adver-sário, desfruto da vitória e começo a preparar-me para o próximo.
Até ao momento, as minhas maiores alegrias foram... ser campeão nacional de pares, em sub-16 [em 2008 e 2009]; vencer os Jogos da CPLP, em 2010, por-que foi a primeira vez que repre-sentei o meu país; e, também, quando me deram a oportunidade de jogar o quadro principal] do «Challenger» de 125 mil euros na Tunísia [Tunes].
As minhas maiores tristeza no ténis foram… não ter tido ainda uma oportunidade de jogar o Por-tugal Open e quando Frederico Gil perdeu a final do torneio português para Albert Montañes, em 2010.
Se eu mandasse no ténis… seria o mais honesto possível e trabalharia em prol da evolução de todos os atletas.
Em Portugal, o ténis precisa de… mais cooperação entre todos os envolventes (dirigentes, treina-dores, árbitros e jogadores) e menos inveja e foco nos outros.
D anyal Sualehe completa 21 anos a 8 de março. Treina-do por Emanuel Couto,
Cláudio Cufré, José Nunes e Vas-co Martins, o tenista soma dois títulos em singulares no circuito ITF Junior e foi vice-campeão de pares numa prova de categoria «Future», ao lado de Gonçalo Pereira.
O ténis é... o desporto mais completo e exigente da atualida-de. É também a minha profissão! Jogo ténis porque… é o que mais gosto de fazer e o que me dá mais prazer. O que mais gosto no ténis… é o facto de ser um desporto indivi-dual e só dependermos de nós para melhorar pancada após pan-cada. É também o único desporto, tirando as outras modalidades de raqueta, em que se defrontam dois atletas sem confronto físico, o que o torna tão especial. O que mais detesto no ténis… a falta de apoios e mediatismo que uma modalidade tão gratifi-cante tem.
Treinar é… o mais importante para poder competir. É o nosso «laboratório», no qual podemos errar, experimentar coisas novas, melhorar os nossos aspetos mais positivos e potenciar as nossas armas.
O meu torneio preferido é…, de entre os torneios que joguei já, o meu preferido, até ao momento, foi a Copa Gerdau, Gru-po A [circuito internacional] de juniores, em Porto Alegre, no Brasil.
A minha superfície preferida
é… terra batida.
No meu saco, não dispenso… raquetas, sapatilhas e «grips»
D.R
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Danyal
Sualehe
20 anos
Um ou uma tenista de Portugal no "top" 10... serei eu daqui a uns anos!. Um bom treinador é… quem conhece muito bem o atleta e o ajuda a superar as suas lacunas e a evoluir os aspetos mais fortes. Os meus ídolos no ténis são atualmente... Rafael Nadal, Fábio Fognini e, o mais importante, Fre-derico Gil.
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Sualehe foi vice-campeão
nacional de pares em
sub-14 e sub-16 em 2008 (com
Ricardo Jorge) e de sub-16
em 2010
(comGonçalo Loureiro)
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Continua a ser prioridade
educar a comunidade
tenística,
visando alterar esta
tendência e contribuir
para a integra-ção do treino
mental de modo
sistemático no processo
global de treino
Q uando perguntamos em que consiste o treino mental a resposta inclui
frequentemente a palavra «problema». Esta resposta reflete a ideia de que este tipo de treino é apenas para indivíduos com problemas, que sofrem de doen-ça psicológica ou síndroma que necessita ser remediado. O treino mental não se focaliza apenas na remediação ou elimi-nação de problemas psicológi-cos. A metodologia eficaz e reco-mendada é de natureza educati-va e preventiva (em oposição à c l í n i c a ) , e x e c u t a d a n o «court» (em oposição ao gabine-te), englobando toda a equipa (tenista, treinadores, pais, fisiote-rapeutas), promovendo a autono-mia dos intervenientes (em oposi-ção à criação de dependência) e visando a melhoria do desempe-nho (dentro e fora do «court»), especialmente em momentos cruciais. A forma como a psicologia do desporto tem sido tradicional-mente abordada, associado à imagem veiculada em filmes (retratando apenas a vertente clí-nica, em que sessões são condu-zidas com os clientes deitados na marquesa de um gabinete e gerando frequentemente relações de dependência), cria mitos irreais e aversão no público em geral quando ouvem falar de trei-
Desmistificar
o treino mental Opinião
DAVID DE HAAN CRISTINA ROLO *
no mental. Ainda é frequente ouvir: «Não, não necessito treino mental, pois isso é só para atle-tas com problemas.» Esta atitude leva os tenistas a não usufruir de estratégias que poderiam contribuir para melho-rar o seu desempenho no ténis e vida em geral (negócios, educa-ção, saúde). Continua a ser prio-ridade educar a comunidade tenística, visando alterar esta tendência e contribuir para a inte-gração do treino mental de modo sistemático no processo global de treino.
* Especialistas em melhoria do desempenho no ténis de alto rendimento e autores do livro «Treino Mental no Ténis: Estratégias Práticas para o Sucesso». Questões relativas a este artigo poderão ser enviadas aos autores
para [email protected].
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