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21 Bahia Agríc., v.8, n. 1, nov. 2007 COMUNICAÇÃO O deserto de Surubabel na Bahia Arlicélio de Queiroz Paiva* Quintino Reis Araújo** Eduardo Gross*** Liovando Marciano da Costa**** *Doutorando em Solos – UFV, Professor do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Ilhéus – BA, e-mail: [email protected] **Doutor em Fitotecnia, Professor do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Pesquisador da CEPLAC, Ilhéus – BA; e-mail: [email protected] ***Doutor em Ciências Biológicas, Professor do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Ilhéus – BA; e-mail: [email protected] ****PhD em Solos, Professor do Departamento de Solos da UFV, Viçosa – MG, e-mail: [email protected] Foto: Quintino Araújo, 2005 Os primeiros registros de desertifica- ção em áreas agrícolas no mundo são de 1930, quando ocorreu um fenômeno co- nhecido como Dust Bowl no meio-oeste americano. A área atingida ficou conheci- da como a grande Bacia do Pó. Essa área era caracterizada por solos de pouca pro- fundidade, pequena precipitação anual e ventos fortes. Os desmatamentos e a in- tensificação da exploração dos solos por meio da agricultura e pecuária, agrava- dos por forte seca entre os anos de 1929 e 1932, foram as causas principais desse fenômeno. Uma superfície de 388.500 km 2 de solo seco foi arrastada pelo vento, formando enormes tempestades de pó. O sol ficou totalmente encoberto e ci- dades como Washington e Nova Iorque mergulharam na escuridão. Milhares de pessoas morreram de fome ou de do- enças pulmonares. A seca obrigou mais de 350 mil pessoas a abandonar a região com destino a outras zonas dos Esta- dos Unidos (MCLEISH, 1997; SCHENKEL; MATALLO JÚNIOR, 2003). Outra manifestação importante da desertificação ocorreu nos anos 1970 na região subsaariana do Sahel, onde cerca de 250 a 500 mil pessoas morreram de fome em função de um período intenso de seca que comprometeu seriamente a base agrícola de Níger, Mali, Alto Volta, Senegal e Mauritânia (HARI, 1992; BRASIL, [1993?]; RODRIGUES, 2000; SAADI, 2000). Depois da ocorrência desses dois fe- nômenos, a comunidade internacional começou a discutir sobre o assunto e mencionou tal processo como sendo de- sertificação, isto é, a formação de condi- ções do tipo desértico em áreas de clima semi-árido. Esse fenômeno serviu de estí- mulo para a convocação da Assembléia das Nações Unidas, em 1974, onde se discutiu pela primeira vez sobre a deser- tificação no mundo (HARE, 1992). De acordo com Convenção das Na- ções Unidas de Combate à Desertifica- ção (PNUD, [1993?]), “por desertificação entende-se a degradação da terra nas zonas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, resultantes de vários fatores, in- cluindo as variações climáticas e as ati- vidades humanas”. A convenção define a degradação como a redução ou perda da produtividade biológica ou econômica das terras agrícolas devido aos sistemas de utilização da terra, a erosão do solo causada pelo vento e/ou pela água, a de- terioração econômica e das proprieda- des físicas, químicas e biológicas do solo e a destruição da vegetação por períodos prolongados. CAUSAS DA DESERTIFICAÇÃO Todo o uso de terras localizadas em regiões secas que não levar em conside- ração a sensibilidade dos ecossistemas e a sua fragilidade poderá provocar um impacto que conduzirá à desertificação, uma vez que esses ecossistemas apre- sentam um equilíbrio delicado, em espe- cial, durante a época seca (HARE, 1992). Além dos fatores ambientais que fa- vorecem a degradação das terras e o sur- gimento da desertificação, a pobreza e a insegurança alimentar são consideradas

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O deserto de Surubabel na BahiaArlicélio de Queiroz Paiva*

Quintino Reis Araújo**Eduardo Gross***

Liovando Marciano da Costa****

*Doutorando em Solos – UFV, Professor do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Ilhéus – BA, e-mail: [email protected] **Doutor em Fitotecnia, Professor do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Pesquisador da CEPLAC, Ilhéus – BA; e-mail: [email protected]***Doutor em Ciências Biológicas, Professor do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Ilhéus – BA; e-mail: [email protected]****PhD em Solos, Professor do Departamento de Solos da UFV, Viçosa – MG, e-mail: [email protected]

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Os primeiros registros de desertifi ca-ção em áreas agrícolas no mundo são de 1930, quando ocorreu um fenômeno co-nhecido como Dust Bowl no meio-oeste americano. A área atingida fi cou conheci-da como a grande Bacia do Pó. Essa área era caracterizada por solos de pouca pro-fundidade, pequena precipitação anual e ventos fortes. Os desmatamentos e a in-tensifi cação da exploração dos solos por meio da agricultura e pecuária, agrava-dos por forte seca entre os anos de 1929 e 1932, foram as causas principais desse fenômeno. Uma superfície de 388.500 km2 de solo seco foi arrastada pelo vento, formando enormes tempestades de pó. O sol fi cou totalmente encoberto e ci-dades como Washington e Nova Iorque mergulharam na escuridão. Milhares de pessoas morreram de fome ou de do-enças pulmonares. A seca obrigou mais de 350 mil pessoas a abandonar a região com destino a outras zonas dos Esta-dos Unidos (MCLEISH, 1997; SCHENKEL; MATALLO JÚNIOR, 2003).

Outra manifestação importante da

desertifi cação ocorreu nos anos 1970 na região subsaariana do Sahel, onde cerca de 250 a 500 mil pessoas morreram de fome em função de um período intenso de seca que comprometeu seriamente a base agrícola de Níger, Mali, Alto Volta, Senegal e Mauritânia (HARI, 1992; BRASIL, [1993?]; RODRIGUES, 2000; SAADI, 2000).

Depois da ocorrência desses dois fe-nômenos, a comunidade internacional começou a discutir sobre o assunto e mencionou tal processo como sendo de-sertifi cação, isto é, a formação de condi-ções do tipo desértico em áreas de clima semi-árido. Esse fenômeno serviu de estí-mulo para a convocação da Assembléia das Nações Unidas, em 1974, onde se discutiu pela primeira vez sobre a deser-tifi cação no mundo (HARE, 1992).

De acordo com Convenção das Na-ções Unidas de Combate à Desertifi ca-ção (PNUD, [1993?]), “por desertifi cação entende-se a degradação da terra nas zonas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, resultantes de vários fatores, in-cluindo as variações climáticas e as ati-

vidades humanas”. A convenção defi ne a degradação como a redução ou perda da produtividade biológica ou econômica das terras agrícolas devido aos sistemas de utilização da terra, a erosão do solo causada pelo vento e/ou pela água, a de-terioração econômica e das proprieda-des físicas, químicas e biológicas do solo e a destruição da vegetação por períodos prolongados.

CAUSAS DA DESERTIFICAÇÃO

Todo o uso de terras localizadas em regiões secas que não levar em conside-ração a sensibilidade dos ecossistemas e a sua fragilidade poderá provocar um impacto que conduzirá à desertifi cação, uma vez que esses ecossistemas apre-sentam um equilíbrio delicado, em espe-cial, durante a época seca (HARE, 1992).

Além dos fatores ambientais que fa-vorecem a degradação das terras e o sur-gimento da desertifi cação, a pobreza e a insegurança alimentar são consideradas

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como causas e, ao mesmo tempo, conse-qüências da desertifi cação (PAN-BRASIL, 2004). Em estudo desenvolvido sobre de-sertifi cação e pobreza no Semi-Árido do Nordeste brasileiro, Lemos (2000) encon-trou uma forte relação entre níveis eleva-dos de pobreza e degradação ambiental que levam à desertifi cação.

O aumento da demanda por alimen-tos, energia e outros recursos naturais provocado pelo crescimento da popula-ção e da densidade populacional, implica no cultivo de novas terras, quase sempre com menor capacidade de suporte ou, o mais comum, no aumento da intensida-de de cultivo das terras já cultivadas, con-tribuindo para a ocorrência de desertifi -cação (BRASIL, [1993?]; MCLEISH, 1997).

A inadequação dos sistemas produ-tivos também contribui para a ocorrên-cia de desertifi cação (BRASIL, [1993?]). A estimativa mundial para a desertifi cação causada pelos efeitos conjuntos do pas-toreio excessivo, salinização das terras provocada pela irrigação, e uso agrícola intensivo é de 60.000 a 100.000 km2/ano, resultando em perdas econômicas e cus-tos de combate e recuperação estima-dos em dezenas de bilhões de dólares (MATALLO JÚNIOR, 2000; SAADI, 2000).

Embora as terras áridas e semi-áridas tenham, de modo geral, uma fertilidade natural razoável, elas apresentam uma utilização restrita em função da fragilida-de do ambiente. Por essa razão, a prática do pousio é utilizada de modo efi ciente para proteger os solos dessas regiões (MCLEISH, 1997). A agricultura intensiva, com o uso indiscriminado de máquinas e equipamentos agrícolas, tem sido a prin-cipal responsável pelo avanço da deserti-fi cação no mundo (OLIVEIRA, 2000).

DESERTIFICAÇÃO NO MUNDO E NO BRASIL

A degradação das terras e a deserti-fi cação atingem cerca de 33% da super-fície do planeta (HARE, 1992; SCHENKEL; MATALLO JÚNIOR, 2003) e 70% das re-giões com problemas de aridez (RODRI-GUES, 2000; SAADI, 2000). A população atingida pelo processo de desertifi cação varia de 300 milhões (SAADI, 2000) a 785

milhões (RODRIGUES, 2000), podendo atingir cerca de 2,6 bilhões de pessoas (PAN-BRASIL, 2004). A maioria das áreas afetadas pela desertifi cação no mundo coincide com os maiores bolsões de po-breza nos países em desenvolvimento, onde as conseqüências são trágicas, par-ticularmente nos países africanos (ONU, 1994).

As áreas de ocorrência de desertifi -cação no Brasil são aquelas enquadradas no polígono das secas do Nordeste Brasi-leiro (MATALLO JÚNIOR, 2000). A Região Nordeste do Brasil tem uma área de 1,5 milhão de km2, correspondente a 18% do total do território brasileiro. A população estimada pelo censo do IBGE de 2000 é de, aproximadamente, 47,7 milhões de habitantes, correspondendo a 28,12% do total do país (IBGE, 2000). O Semi-árido compõe cerca de 60% da área total do Nordeste (MAGALHÃES; GLANTZ, 1992). Cerca de 181.000 km2 de terras da região semi-árida do Nordeste encontram-se em processo de desertifi cação. Essa área corresponde a cerca de 20% do total do Semi-árido brasileiro (ACCIOLY, 2000).

A desertifi cação no Nordeste ma-nifesta-se de maneira difusa, atingindo diferentes níveis de degradação do solo, da vegetação e dos recursos hídricos, e de maneira concentrada, com intensa degradação dos recursos naturais (BRA-SIL, [1993?]). As regiões afetadas por de-gradação muito intensa devem merecer uma atenção especial. Nessas áreas estão localizados os núcleos de desertifi cação e, praticamente, atingiram um grau irre-versível: Gilbués (PI), Cabrobó (PE), Irau-çuba (CE) e Seridó (RN) (SAADI, 2000). Esses núcleos têm em comum o desma-tamento indiscriminado, as queimadas e o pastoreio de caprinos e ovinos acima da capacidade de suporte do ambiente (ACCIOLY, 2000).

Os solos predominantes em Gilbués (PI) são Latossolo, Neossolo Quartzarê-nico e Argissolo, a vegetação é do tipo campo cerrado e ocorrem erosões eóli-ca e hídrica (ACCIOLY, 2000). A atividade mineradora na região também contribui para a ocorrência de desertifi cação (PAN-BRASIL, 2004). Nos demais núcleos, há

ocorrência de Luvissolo Crômico, Neos-solo Litólico e Planossolo. A vegetação é do tipo caatinga hiperxerófi la e ocorre erosão hídrica (ACCIOLY, 2000).

No núcleo do Seridó (RN), o proble-ma da desertifi cação é agravado pela re-tirada de lenha para atender a demanda de olarias, pela atividade mineradora e extração de argila dos Neossolos Flúvicos (ACCIOLY, 2000; PAN-BRASIL, 2004). No núcleo de Cabrobó (PE), a salinização dos solos nas margens do rio São Francisco tem certa importância na ocorrência da desertifi cação nessa região.

Na página da internet <http://www.rebidia.org.br/esquel/pncd.htm>, con-sultada em abril de 2007, consta que a Fundação Grupo Esquel Brasil foi desig-nada para exercer a função de agência implementadora do Plano Nacional de Combate à Desertifi cação (PNCD) e que seria criado um quinto núcleo de comba-te à desertifi cação em Rodelas e Raso da Catarina na Bahia. A desertifi cação nessa região já vem sendo relatada há muito tempo. Um estudo realizado pelo CEPED (1979), na Bahia, identifi cou uma área em processo de desertifi cação localizada na parte do baixo rio São Francisco, no ser-tão de Paulo Afonso e nos tabuleiros de Euclides da Cunha e Jeremoabo.

Um levantamento preliminar feito por Aouad e Condori (1986) também aponta a presença da desertifi cação na mesma região do Estado onde, em al-guns trechos, chove pouco mais de 300 mm por ano. Os solos encontrados nessa região são pouco profundos e mal dre-nados, como Neossolo Litólico, Luvissolo Crômico e Planossolo Nátrico, ou profun-dos e excessivamente drenados como Neossolo Quartzarênico.

Na década de 1990, estudos realiza-dos pelo núcleo DESERT da UFPI apon-taram a substituição da caatinga pela agricultura e pecuária como responsável pela ocorrência de desertifi cação na re-gião do Sertão do São Francisco na Bahia (PAN-BRASIL, 2004).

Existem diversas outras regiões com susceptibilidade e/ou com ocorrência de desertifi cação na Bahia, mas nenhuma delas com uma gravidade semelhante

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à região de Rodelas (Figura 1), onde o problema de aridez é acentuado, com predominância de Neossolos Quartzarê-nicos (EMBRAPA, 1979) e vegetação for-mada por caatinga hiperxerófi la.

Nessa região existe um deserto ins-talado, com cerca de 400 ha, formado por dunas com mais de cinco metros de altura (Figura 2). Essa área, conhecida como deserto de Surubabel, localizada na beira do lago da barragem de Itapa-rica, fi cou abandonada depois da criação do lago na década de 1980. Com o pas-sar dos anos, esse local serviu como área de pastoreio excessivo, principalmente de caprinos, e sofreu um desmatamento acentuado, com a retirada de lenha para atender às necessidades da população (Figura 3). Como esta, existem diversas outras áreas na região em processo de desertifi cação.

Figura 1 - Imagem de satélite CBERS (INPE) do deserto de Surubabel em Rodelas (BA), com área aproximada de 400 hectares (nov. 2005).

Figura 3 - Devastação da vegetação e exposição do solo arenoso, levando a formação do deserto de Surubabel em Rodelas (BA) (Foto: Quintino R. Araújo, 2005).

Figura 2 - Dunas com mais de cinco metros de altura no deserto de Surubabel em Rodelas (BA) (Foto: Quintino R. Araújo, 2005).

Essa região, que já possuía alta sus-ceptibilidade natural à desertifi cação, passou por um processo acelerado de erosão hídrica após a retirada da cober-tura vegetal dos solos arenosos. Antes da construção da barragem, o rio São Fran-cisco tinha uma largura menor e passou para, aproximadamente, 5.000 metros depois da criação do lago. Com isso, os ventos, possivelmente, atingiram uma velocidade muito maior em função da grande distância do espelho d´água que não oferece qualquer barreira. Dessa ma-neira, a erosão eólica começou a atuar na área e formou dunas com mais de cinco metros de altura.

Embora a criação do núcleo de de-sertifi cação de Rodelas já venha sendo anunciada há certo tempo, até o mo-mento isso ainda não foi efetivado. Espe-ra-se que a partir da criação desse núcleo ou da intervenção do Estado na região, o avanço do deserto possa ser contido.

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