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Terezinha, cidade de perfil religioso no agreste pernambucano, onde encontra-se um povo hospitaleiro que procuram estar sempre abertas a novos conhecimentos. Há uma mistura de suavidade no jeito de ser das pessoas e um perfil de luta como o de Maria Damiana Inácio de Oliveira, casada com Valdeli Alves de Oliveira Carvalho, que mora a 17 anos no sitio Tamboril município de Terezinha - PE. Apaixonada pela agricultura, cultiva hortaliças para seu consumo e da sua família, com muito esforço, pois depende da água que é l últilizada na cozinha para irrigar sua pequena plantação, que é necessária para melhorar a qualidade da alimentação. Por anos foi para São Paulo trabalhar no corte da cana-de-açúcar e colheita de laranja, mas, não pensa em sair de sua terra novamente, apostando no potencial do seu pedaço de chão. Quando ia para o sudeste em busca de emprego, levava consigo seu esposo e filhos, não se preocupava por não saber como estão, mas em contrapartida, se estavam bem longe de casa. Ela relata que deixar sua terra é uma decisão muito difícil, principalmente por causa das crianças. Saia de quatro horas da manha e retornava às seis. Pensou com ela mesma, que um dia iria conseguir melhorar de vida no seu Estado e não voltaria mais em são Paulo, apesar que, la segundo ela, dá para ganhar algum dinheiro. Mas existem fatores determinantes para que não queira sair de sua terra .Por exemplo a violência de São Paulo, e o sossego do sue lugar j é ponto fundamental para continuar aqui. Apesar de existir um pequeno riacho, o acesso a água sempre foi complicado e ele servir basicamente para dar de beber a animais domésticos, mas para finalidades produtivas ou uso pessoal é inviável. Passa próximo àcasa dela e só tem utilidade produtiva , durante o período Pernambuco Ano 6 | nº 927 | Outubro | 2012 Terezinha- Pernambuco Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Pernambucana de Terezinha dá Exemplo de Luta e Sonhos 1 Maria Damiana junto ao pé de acerola Caldeirão

Pernambucana de Terezinha dá exemplo de luta e sonhos

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Page 1: Pernambucana de Terezinha dá exemplo de luta e sonhos

Terezinha, cidade de perfil religioso no agreste pernambucano, onde encontra-se um povo hospitaleiro que procuram estar sempre abertas a novos conhecimentos.

Há uma mistura de suavidade no jeito de

ser das pessoas e um perfil de luta como o de Maria Damiana Inácio de Oliveira, casada com Valdeli Alves de Oliveira Carvalho, que mora a 17 anos no sitio Tamboril município de Terezinha - PE.

Apaixonada pela agricultura, cultiva hortaliças para seu consumo e da sua família, com muito esforço, pois depende da água que é l últilizada na cozinha para irrigar sua pequena plantação, que é necessária para melhorar a qualidade da alimentação.

Por anos foi para São Paulo trabalhar no corte da cana-de-açúcar e colheita de laranja, mas, não pensa em sair de sua terra novamente, apostando no potencial do seu pedaço de chão.

Quando ia para o sudeste em busca de emprego, levava consigo seu esposo e filhos, não se preocupava por não saber como estão, mas em contrapartida, se estavam bem longe de casa.

Ela relata que deixar sua terra é uma decisão muito difícil, principalmente por causa das crianças. Saia de quatro horas da manha e retornava às seis. Pensou com ela mesma, que um dia iria conseguir melhorar de vida no seu Estado e não voltaria mais em são Paulo, apesar que, la segundo ela, dá para ganhar algum dinheiro. Mas existem fatores determinantes para que não queira sair de sua terra .Por exemplo a violência de São Paulo, e o sossego do sue lugar j é ponto fundamental para continuar aqui.

Apesar de existir um pequeno riacho, o acesso a água sempre foi complicado e ele servir basicamente para dar de beber a animais domésticos, mas para finalidades produtivas ou uso pessoal é inviável. Passa próximo àcasa dela e só tem utilidade produtiva , durante o período

Pernambuco

Ano 6 | nº 927 | Outubro | 2012Terezinha- Pernambuco

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Pernambucana de Terezinha dá Exemplo de Luta e Sonhos

1

Maria Damiana junto ao pé de acerola

Caldeirão

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largura tarja 1cm

largura tarja superior 1ª página 4cm

altura da marca 3,8cm

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chuvoso, pois, o grande volume água diminuí concentração de sal e assim a água pode ser utilizada na irrigação. Mas vale ressaltar que o inverno dura em media 4 meses e no semiárido esse período é muito relativo, principalmente em anos como este, onde foi registrado a maior seca dos últimos 40 anos.

Por trás da casa dela existe um caldeirão

que foi construído em um lajeiro e que neste ano, não encheu, devido a falta de chuva.

Quando foi contemplada com a cisterna da primeira água, ela não pensou duas vezes e abraçou a ideia, pois viu ali uma chance de melhorar sua qualidade de vida de maneira direta e a curto prazo.

Com consciência ecológica, parou de queimar o lixo e está providenciando o aterro sanitário familiar, pois assim evitará a degradação dos componentes do solo -que já tem carência de água- e o efeito estufa.

Considera que a melhor coisa do mundo é trabalhar. Broca o mato, faz cerca e busca sua melhoria de vida com o esposo. Mesmo sendo mulher, lida com os afazeres com vigor, força e coragem.

A cisterna de 16 mil litros construída à cinco anos pelo projeto da associação, antes dela, para buscar água para o uso domésteco, era necessário andar uma hora e meia com os recipientes na mão ou na cabeça.

Aguarda com muita esperança a finalização da construção de sua cisterna de enxurrada, onde

deposita sonhos, pois a finalidade do P1+2 é a capitação de água para produção, pensa em diversificar a cultura já existente, comercializar o excedente, considerando também a ideia de criar aves.

Também aprendeu e usa outro método para aumentar a água disponível, utilizando cobertura

morta no local do plantio para que o sol não promova a evaporação rápida , e também utilize menos água.

Damiana está aprendendo outras maneiras de convívio com o semiárido. Atualmente participa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), onde utiliza suas próprias frutas no preparo das poupas, tendo dessa maneira uma renda fixa anual de R$ 4.500.

Numa história repleta de coragem e disposição para o trabalho, Damiana vem concretizando sonhos e busca sempre sua melhoria baseada na força que ela possui e que, determinada à fazer sempre o melhor, não mede esforços para se adaptar as novas propostas.

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Produção de polpas para o PAA

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

largura tarja superior 2ª página 4cm

Fonte Arial corpo 11

largura tarja inferior2ª página 2,8cm

Pernambuco

Apoio:

MARCAUGT

Programa Cisternas

largura 11,5mm