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0 ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DIRETORIA OPERACIONAL BATALHÃO DE EMERGENCIAS AMBIENTAIS PLANO DE OPERAÇÕES TEMPORADA DE INCÊNDIOS FLORESTAIS 2018 Cuiabá MT Março 2018

PLANEJAMENTO OPERACIONAL PARA TEMPORADA DE … atualizado editad… · Unidades Operacionais Bombeiro Militar e outros quatro: Cuiabá, Várzea Grande, Sinop ... Proteção e Defesa

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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DIRETORIA OPERACIONAL

BATALHÃO DE EMERGENCIAS AMBIENTAIS

PLANO DE OPERAÇÕES

TEMPORADA DE INCÊNDIOS FLORESTAIS 2018

Cuiabá – MT Março 2018

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DIRETORIA OPERACIONAL

PLANO DE OPERAÇÕES DA

TEMPORADA DE INCÊNDIOS FLORESTAIS

2018

Plano de Operações que estabelece as ações preventivas, preparatórias e combativas relacionadas com os incêndios florestais, define o emprego dos recursos humanos e materiais, bem como apresenta os investimentos necessários para o Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso.

Cuiabá – MT Março 2018

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EPÍGRAFE

" Não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, e sim as mais suscetíveis a mudanças. ”

Charles Darwin

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1

2. INSTRUMENTOS DE RESPOSTA ............................................................. 4

2.1. Unidades Operacionais Bombeiro Militar – UOBM .................................. 4

2.2. Brigada Municipal Mista – BMM ............................................................... 4

2.3. Base Descentralizada Bombeiro Militar – BDBM ..................................... 5

2.4. Equipes de Intervenção de Apoio Operacional – EIAOp .......................... 5

2.5. FIPA – Força Integrada de Proteção Ambiental. ...................................... 6

3. OBJETIVOS ................................................................................................ 6

3.1. OBJETIVO GERAL: ................................................................................. 6

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: ................................................................... 7

4. EXECUÇÃO: ............................................................................................... 8

4.1. CRONOGRAMA DAS AÇÕES: ................................................................ 8

4.2. PREVENÇÃO: ........................................................................................ 10

4.3. PREPARAÇÃO: ....................................................................................... 0

4.4. COMBATE: ............................................................................................ 15

5. RESUMO DOS INVESTIMENTOS: ........................................................... 17

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ........................................................ 19

7. APÊNDICES: ............................................................................................. 20

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1. INTRODUÇÃO

O Mato Grosso é o terceiro estado brasileiro em dimensão territorial com

uma área total de 903.366,19 km² (IBGE, 2015). Possui três biomas distintos,

sendo 52,16% de Floresta Amazônica, 40,80% de Cerrado e 7,04% de

Pantanal (MIRANDA e AMORIM, 2000). Uma população de 3.033.091

habitantes, distribuída em 141 municípios (IBGE, 2010). Com uma densidade

demográfica de 3,36 hab/ km² e a economia voltada, principalmente, para a

agropecuária pode-se afirmar que o Mato Grosso é um estado rural.

Nos últimos 40 anos, por incentivo do governo federal, o território mato-

grossense vem sendo ocupado de maneira predatória, sofrendo uma série de

impactos muitas vezes irreversíveis. Para ocupar e fazer uso do solo, o

produtor rural retira a vegetação nativa (desmatamento) para plantio de pasto

ou lavoura, e a derrubada seguida do uso do fogo tem sido uma prática

comum. O manejo inadequado do fogo sem o devido controle é uma das

principais causas dos incêndios florestais, resultado do impacto antropogênico

no meio ambiente.

Embora o novo Código Brasileiro de Desastres, reformulado em 2011,

tenha classificado o incêndio florestal como desastre de categoria natural, a

bibliografia especializada aponta o homem como o maior causador deste

evento adverso.

Anualmente, no período da estiagem, compreendido entre maio a

outubro, todo o Estado é acometido por queimadas indiscriminadas que se

transformam em incêndios florestais por diversos motivos. Em 2017, dos

198.922 focos detectados no Brasil, 34.475 ocorreram no Mato Grosso,

representando 17,33 % do total (BDQUEIMADAS, 2017).

Desta forma, nos últimos 15 anos o Mato Grosso, ou tem sido o

campeão, ou tem figurado entre os três primeiros no ranking nacional de

queimadas, tendo a população mato-grossense cobrado das instituições

governamentais um posicionamento efetivo a fim de mudar este quadro. Por

estes motivos, os órgãos governamentais têm sofrido críticas e

questionamentos por parte do ministério público estadual por não ter condições

de dar uma resposta efetiva a esta hipótese de desastre.

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Desde 2010, na última revisão da LOB (lei 404/10), o Corpo de

Bombeiros Militar criou no seu organograma o Batalhão de Emergências

Ambientais (BEA), que possui em seu quadro quatro Subunidades: GAvBM,

CiaPCCIF, CiaAEPP e CiaBS.

Em 2012, a Corporação apresentou uma proposta ao BNDES e captou

recursos do Fundo Amazônia da ordem de R$ 12 milhões a fim de estruturar a

CiaPCCIF do BEA para reduzir queimadas e incêndios em 15 municípios da

Amazônia Legal.

No entanto, somente em 2015 o Corpo de Bombeiros Militar do Mato

Grosso pôde empregar, sobretudo os recursos materiais disponíveis do

Batalhão de Emergências Ambientais, a unidade especializada mais bem

equipada de toda a Amazônia Legal para enfrentamento dos incêndios

florestais.

QUADRO 1 – Estatística e Comparação dos Focos de Calor no Brasil, Mato Grosso e Estados da Amazônia Legal

ENTE Focos de calor

2016

Focos de calor

2017

VARIAÇÃO EM RELAÇÃO À

2017 (%)

MÉDIA ULTIMOS

DEZ ANOS

VARIAÇÃO EM RELAÇÃO A MEDIA ULTIMOS DEZ ANOS

(%)

Brasil 113.090 198.922 + 75,90 118.199 + 68,29 Mato

Grosso 19.041 44.475 + 81,06 20.744 + 66,19

Estados Amazonia

Legal 79.843 150.696 + 88,74 80.561 + 87,06

Fonte: Relatório da TIF 2017 (CBMMT, 2018)

A TIF 2017 teve um grande aumento de incêndios desta forma

implicando no aumento de emprego de instrumentos de respostas,

principalmente para os grandes eventos, ou seja, incêndio de nível 2. Conforme

apresentado no desempenho operacional do Corpo de Bombeiros Militar que

pode ser visto do quadro 2 a seguir:

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QUADRO 2 – Desempenho da prevenção ativa

Fonte: Relatório da TIF 2017 (CBMMT, 2018)

Quadro 03 – Desempenho Operacional – Fase resposta em 2017.

Fonte: Relatório da TIF 2017 (CBMMT, 2018)

Vale lembrar, que apesar do resultado alcançado em um ano de “el nino”

moderado, dos 141 municípios existentes no Estado apenas dezoito possuem

Unidades Operacionais Bombeiro Militar e outros quatro: Cuiabá, Várzea

Grande, Sinop, Rondonópolis e Barra do Garças estruturam sistematicamente

Prevenções Ativas Qtdade Horas de

trabalho Custo (R$)

Mo

nit

ora

men

to

UC‟s Federais 63

201

R$ 1.044.510,00

UC‟s Estaduais 225

713

UC‟s Municipais 85

241,4

Assentamentos Estaduais e Federais 247

784,3

Terras Indígenas 34

90,5

Áreas Privadas 348

789,42

Vigilância e/ou Geomonitoramento 384,5

TOTAL 1002 3204,13

Combates CICLO OPERACIONAL

Total

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7° 8° 9° 10°

Qtdade 21 41 46 27 23 36 30 41 39 8 312

Horas

53 59 109 65 59 107 165 143 110 45 915

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brigadas municipais fixas que são contratadas para atuar no combate durante o

período proibitivo para uso do fogo.

Portanto, os demais (123) municípios ficam sem uma unidade fixa de

resposta sendo assistido apenas pelas Bases Descentralizadas Bombeiro

Militar conforme demanda determinada pelo Comando da Operação.

2. INSTRUMENTOS DE RESPOSTA

Na etapa de resposta o Corpo de Bombeiros Militar adotou como

estratégia a estruturação e operacionalização de cinco instrumentos: as

Unidades Bombeiro Militar já existente (resposta nível 1), as Brigadas

Municipais Mistas (resposta nível 1), as Bases Descentralizadas (resposta nível

1), as Equipes de Intervenção de Apoio Operacional (resposta nível 2) e o

Grupo de Aviação Bombeiro Militar (resposta nível 2 e 3) juntamente com o

BEA.

2.1. Unidades Operacionais Bombeiro Militar – UOBM

As Unidades Operacionais Bombeiro Militar são aquelas que se

encontram instaladas nos 17 municípios mais populosos do Estado e proveram

a primeira resposta (nível 1). O serviço de extinção de incêndio em vegetação

urbana, bem como os incêndios florestais ocorridos no município sede, foi

reforçado, em alguns casos, pelos caminhões pipas e brigadistas contratados

pela prefeitura. O custeio deste instrumento de resposta é exclusivo do Corpo

de Bombeiros Militar e teve a participação das seguintes prefeituras: Cuiabá,

Várzea Grande, Sinop e Sorriso.

2.2. Brigada Municipal Mista – BMM

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A Brigada Municipal Mista é um novo conceito fundamentado na

integração de esforços, onde o Estado, Município, empresas rurais e entidades

de classe assumem compromissos a fim de estruturar a primeira resposta

(nível 1) aos incêndios florestais em municípios que não possuem unidades

bombeiro militar.

A Brigada é composta por 02 (dois) bombeiros militares e 06 (seis)

brigadistas civis. A BMM é comandada por um oficial e auxiliado por um praça.

Os brigadistas deverão ser contratados exclusivamente ou cedidos pela

prefeitura, que operam os 100 dias do período proibitivo para uso do fogo, das

0800h às 1800h (BARROSO e ROSAS, 2015).

Os veículos, equipamentos e uniformes são fornecidos pelas empresas

rurais e entidades de classe parceiras. Este conceito de integração de esforços

é preconizado na Estratégia Internacional para Redução de Desastres e

recomendado pelas Nações Unidas. (EIRD, 2000).

2.3. Base Descentralizada Bombeiro Militar – BDBM

A Base Descentralizada fundamenta-se nos conceitos de mobilidade,

monitoramento, vigilância ostensiva e combate. É composta por 04 bombeiros

militares, comandada por um oficial ou graduado. Atuam com o veículo

equipado, atuarem exclusivamente nos municípios que apresentam unidades

de Conservação Estadual com potencial de risco à incêndio florestal.

A base descentralizada realiza o monitoramento dos focos de calor

registrados pelo INPE, verificando in loco se o foco monitorado é incêndio

florestal e em caso de confirmação, inicia-se imediatamente o combate

provendo a primeira resposta (nível 1), priorizando a preservação das UC‟s

Estaduais.

2.4. Equipes de Intervenção de Apoio Operacional – EIAOp

As Equipes de Intervenção de Apoio Operacional são responsáveis

pelo fortalecimento da atividade de resposta de combate aos incêndios

florestais de nível 2, ou seja, aqueles incidentes que superam a capacidade de

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resposta das unidades operacionais, brigadas municipais mista e bases

descentralizadas.

As equipes de intervenção possuem um aporte de recursos logístico e

humano superior aos demais instrumentos de resposta apresentada no nível 1.

2.5. FIPA – Força Integrada de Proteção Ambiental.

A força integrada são ações de fiscalização e resposta de nível 2 e 3,

desenvolvido pela EAIOp em conjunto com outros órgãos como SEMA, Polícia

Militar Ambiental, Centro Integrado de Operações Aéreas e a Politec para

combater a cultura do „fogo para limpar terra no período proibitivo‟ nos lugares

que existe um alto índice de queima irregular. Tem como principal objetivo

trabalhar na prevenção com rondas ostensivas.

Todos esses órgãos se integram com intuito fiscalizar as áreas

queimadas ilegalmente, buscando a responsabilização dos proprietários para

com o uso indevido do fogo.

Neste contexto, este plano pretende proporcionar aos municípios

considerados vulneráveis aos incêndios florestais a oportunidade de

estabelecer um organismo que promova ações preventivas e a primeira

resposta, caracterizando assim a proteção ambiental prevista na Política

Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 1981) e a execução do Plano de Ações

para Prevenção e Controle de Desmatamento e Queimadas do estado de Mato

Grosso (MATO GROSSO, 2009).

Este Plano contempla inúmeras ações que se apresentam em três

apêndices: Mapa de distribuição operacional, cronograma das ações

detalhadas e planilha de custo.

Assim sendo, com um plano mais amplo e completo e que envolva

outros órgãos governamentais, setor privado e terceiro setor, a Corporação

Bombeiro Militar pretende mitigar a ocorrência dos incêndios florestais no

Estado.

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL:

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- Reduzir os riscos e dar resposta aos incêndios florestais no Mato Grosso.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Estabelecer o cronograma das ações relacionadas ao ciclo dos incêndios

florestais no Estado;

- Reduzir os riscos de incêndios florestais por meio de ações preventivas;

- Ampliar a primeira resposta aos incêndios por meio de implantação de

brigadas Municipais mista;

- Operacionalizar as ações de nível 2 por meio do Batalhão de Emergências

Ambientais;

- Capacitar os militares e brigadistas para as atividades de prevenção, controle

e combate a incêndio florestal;

- Quantificar os investimentos necessários para a execução do Plano;

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4. EXECUÇÃO:

4.1. CRONOGRAMA DAS AÇÕES:

Seguindo recomendações da Estratégia Internacional para

Redução de Desastres (EIRD, 2000) e o que preconiza a Política Nacional de

Proteção e Defesa Civil (BRASIL, 2012) todas as hipóteses de desastres

devem ser tratadas em cinco etapas: prevenção, mitigação, preparação,

resposta e reconstrução.

Neste contexto, em cumprimento ao artigo 82 da Constituição

Estadual e a Lei de Organização Básica cabe ao Corpo de Bombeiros (MATO

GROSSO, 2010):

I) Realizar serviços de prevenção e extinção de incêndio; II) Executar serviços de proteção, busca e salvamento; III) Executar as atividades de defesa civil do Estado, dentro de sua área de competência no Sistema Estadual de Defesa Civil; IV) Estudar, analisar, exercer e fiscalizar todo o serviço de segurança contra incêndio e pânico no Estado; V) Realizar socorros de urgência e emergência; VI) Executar perícias de incêndios, relacionadas com sua competência; VII) Realizar pesquisas científicas em seu campo de ação; VIII) Desempenhar atividades educativas de prevenção de incêndio, pânico coletivo e de proteção ao meio ambiente; IX) Realizar serviços de prevenção e extinção de incêndios florestais visando à proteção do meio ambiente, na esfera de sua competência; X) Monitorar, no âmbito de sua competência, e mediante convênio com a autoridade de trânsito com jurisdição sobre a respectiva via, os serviços de transportes de cargas de produtos especiais e perigosos, visando à proteção das pessoas, do meio ambiente e do patrimônio público e privado; XI) Desempenhar outras atividades previstas em lei.(grifo nosso)

Para cumprir suas missões constitucionais o Corpo de Bombeiros

Militar deve desenvolver as atividades relacionadas com incêndios florestais no

decorrer do ano e não apenas na época mais próxima da ocorrência destes

eventos, como vem sendo realizado.

Todas as Unidades Operacionais do Corpo de Bombeiros Militar

possuem responsabilidade para cumprir as atribuições legais na sua área de

atuação. Entretanto, o Batalhão de Emergências Ambientais é a unidade

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especializada da Corporação para tratar desta temática conforme seu

respectivo Plano de Emprego Operacional.

Nesta lógica, apresenta-se no quadro 3 a seguir os meses do ano

com as respectivas etapas de trabalho.

QUADRO 3 – Cronograma das Ações Relacionadas com Incêndios Florestais no Mato Grosso

ETAPA MESES DO ANO

Planejamento Pré evento (antes)

Janeiro e fevereiro

Prevenção Passiva Janeiro a dezembro

Preparação Abril a junho

Prevenção ativa e Combate

Evento (durante)

Maio a outubro

Avaliação e correção Pós evento (depois)

Novembro a janeiro

Fonte: Adaptado pelos autores. Soares e Batista (2007) e Castro (1999)

É evidente que as etapas de planejamento, avaliação e correção

realizadas em âmbito interno, antes e depois das operações, são

indispensáveis e fundamentais para terem como objetivos que serão

alcançados com as devidas correções para os planos futuros.

Todavia, é por meio da prevenção, preparação e combate que se

operacionalizam as ações. No âmbito do Corpo de Bombeiros Militar as ações

relacionadas com incêndios florestais são coordenadas pelo Batalhão de

Emergências Ambientais.

O cronograma das ações ou Calendário da TIF 2018 completo

encontra-se no apêndice III deste plano.

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4.2. PREVENÇÃO:

Segundo Castro (2007), as ações de resposta aos desastres e de

reconstrução exigem vultuosos gastos e desviam recursos que poderiam ser

alocados em programas de desenvolvimento, de prevenção de desastres e de

preparação para emergências e desastres.

É sabido, todavia, que para cada um real gasto em prevenção

economiza-se sete reais em resposta. Neste sentido torna-se premente um

maior investimento na prevenção e preparação.

Nesta Temporada foi elaborado um Plano de Prevenção que se

encontra no Apêndice I. Entretanto, até o presente momento não se tem

certeza da disponibilização dos recursos necessários que seriam

aproximadamente de R$ 500 mil para a execução do plano de prevenção que

compreende uma campanha abrangente junto a toda sistema escolar e

população de 28 municípios (18 UOpBMs e 10 BMMs) do Estado.

Assim sendo, na etapa de prevenção serão desenvolvidas

principalmente medidas não estruturais que viabilize:

a. Realização do I Congresso de emergências ambientais da Amazônia

Legal com o tema: “Possibilidades e perspectivas para estudos

científicos no Estado de Mato Grosso”;

b. Difusão do conhecimento por meio de palestras educativas em escolas e

entidades de classe rural (sindicatos, cooperativas, associações)

abordando a temática das queimadas e incêndios florestais;

c. Divulgação das informações pertinentes a cada etapa de trabalho, por

meio de comunicação difuso (rádio) e gratuito (comunitária);

d. Estruturação de vigilância preventiva por meio de bases

descentralizadas que possam ser empregadas na etapa de combate;

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Definição das ações Período Local Responsáveis Custo

a.

I Congresso de emergências ambientais da Amazônia Legal;

Março

a

Dezembro

Cuiabá-MT dias 04, 05 e 06 de julho de 2018, UFMT

Agências

correlatas a

queimadas e

incêndios

florestais;

R$ 30.000,00;

b.

Palestras preventivas e orientativas nos 10 (dez) municípios

BMM e nas 18 (dezoito) UOpBMs – todas as Escolas,

Sindicatos Rurais/ Cooperativas;

Nas escolas e

sindicatos dos 27

municípios que

participarão deste

Plano (10 BMM e 18

UOpBM);

BEA e UOpBMs/

CRBMs;

Sem custo

c.

Ronda ostensiva por meio das BMM‟s e BDBM‟s; (esse valor é considerado uma porcentagem das diárias dos militares e só iremos saber no final da TIF)

Nos municípios que

serão implantadas as

BMM‟s e BDBM‟s;

BEA e UOpBMs/

CRBMs;

(3.3 a.) e (3.3 c.)

d.

Monitoramento dos incêndios florestais e queima controlada por meio de geoprocessamento e sensoriamento remoto.

BEA

BEA Sem custo

Considerando os números apresentados acima conclui-se que o valor do investimento necessário para o desenvolvimento

das ações da etapa de prevenção deste plano são: R$ 30.000,00.

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4.3. PREPARAÇÃO:

Seguindo a mesma lógica anterior, na etapa de preparação serão

desenvolvidas as seguintes ações:

a. Teste de Conhecimento Profissional – TCP para os Bombeiros

Militares, cujo tema: Incêndio Florestal;

b. Capacitação de militares das unidades do Exercito Brasileiro

existentes no Mato Grosso que possam ser empregados pelo

CIMAN, quando se esgotar a capacidade de resposta das agências

estaduais;

c. Somatório de horas de vôo para os pilotos do GavBM para operar o

Air Tractor;

d. Capacitação dos integrantes das Brigadas Municipais Mistas que

forem ativadas pela assinatura do TCT;

e. Cursos de especialização para Bombeiros Militares e agencias

correlatas;

f. Campanha preventiva e preparação para TIF2018;

g. Capacitação dos Gerentes das UCEs do Projeto BMUC;

h. Nivelamento EAD para os militares que participarão da TIF 2018;

i. Nivelamento de Gestão Operacional 2018.

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Definição das ações Período Local Responsáveis Custo

a.

Teste de Conhecimento Profissional – TCP;

Maio

Nas respectivas

UopBMs

CBMMT

Sem custo

b.

Treinamento dos integrantes da 13ªBdaInfMtz (44ºBIMtz, 58ºBIMtz, 2ºBFron, 18ºGAC);

Junho

Cuiabá, Rondonópolis,

Barra do Garças, Cáceres e

Chapada dos Guimarães

CRBM „s

Sem custo

c.

Escala de Serviço para os pilotos do GAvBM;

Maio a Junho

CIOpAer GAvBM

Sem custo

d.

Curso de Formação de Brigadistas;

Fevereiro

Nos Municípios das BMM‟s

Os BMs das UOpBMs dos

municípios das BMMs

Sem custo

e. GeoIF Maio Cuiabá e Água Boa

BEA

R$ 3.510,00

Helitif Junho

Cuiabá Sem Custo

Curso de Manutenção de Equipamentos Motomecanizadas março São Paulo R$ 2.640,00

f. 02(duas ) Semanas de prevenção e preparação para os Incêndios Florestais – SP2IF

Maio

Sinop

BEA

R$ 17.100,00

junho Cotriguaçu

g. Reunião com os Gerentes de UCEs Abril

Cuiabá

CEEA e BEA

R$ 12.150,00

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Definição das ações Período Local Responsáveis Custo

h.

Nivelamento EAD para os militares que participarão da TIF 2018

Maio

Nos Municípios da UopBM

DOP

Sem Custo

i.

Nivelamento de Gestão Operacional 2018

Junho

Cuiabá CEEA e BEA Sem custo

Considerando os números apresentados acima conclui-se que o valor do investimento necessário para o desenvolvimento

das ações da etapa de preparação deste plano são R$ 35.400,00

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4.4. COMBATE:

A etapa de combate é o momento que o CBMMT realiza a resposta

ao evento ocorrido. Neste caso o tempo é a principal variável a ser

considerada. E para que a resposta seja rápida os meios devem estar

preparados e distribuídos conforme o planejamento.

A lógica de funcionamento desta etapa é bastante simples.

A primeira resposta nível 1 será realizada no próprio município por

meio das bases centralizadas (BMM) e ou unidades operacionais do Corpo de

Bombeiros Militar. Caso a resposta nível 1 não seja suficiente para controlar o

incêndio, poderão ser acionada, via CIMAN-MT, a resposta nível 2. Esta

resposta nível 2 inclui o reforço ao atendimento pelas bases descentralizadas,

e ainda poderá empregar as agências que compõem o CIMAN-MT, em

conjunto ou não, e que tenham disponibilidade para prestar o apoio necessário.

Caso a resposta nível 2 não seja suficiente para controlar o incêndio, poderão

ser acionada via CIMAN nacional a resposta nível 3. Neste nível de resposta

deverá ser acionado o Ministério de Integração Nacional, via Secretaria

Nacional de Proteção e Defesa Civil e Ministério do Meio Ambiente.

Seguindo a mesma lógica anterior, na etapa do combate serão

desenvolvidas as seguintes ações:

a. Brigadas Municipais Mistas – BMM;

b. Unidades Operacionais de Bombeiros Militar – UOpBM;

c. Base Descentralizada Bombeiro Militar – BDBM;

d. Equipes de Intervenção de Apoio Operacional- EIAOp;

e. Pericias de Incêndio Florestal –PerIF;

f. Combate aéreo com os Air tractor e Helicóptero;

g. Força Integrada de Proteção Ambiental – FIPA

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Considerando os números apresentados acima conclui-se que o valor do investimento necessário para o desenvolvimento das

ações de resposta é R$ 2.173.612,18 acrescido de R$99.900,00 com Responsabilização. Total de R$ 2.273.512,18.

Definição das ações Período Local Responsáveis Custo

a.

O Combate a Incêndios Florestais com bases

fixas centralizadas em 27 (vinte e sete) municípios e bases descentralizadas nos

demais 113 e 9 (nove) Unidades de Conservação do Estado

Maio

a

Outubro

Brigadas Municipais Mistas (bases centralizadas) em 10 municípios do bioma Amazônico;

BMM e UOpBMs do CBMMT e Brigadistas

R$ 307.800,00

b.

Unidades Operacionais Bombeiro Militar já instaladas em 17 municípios;

custeio UOpBM

c.

05 bases descentralizadas fazendo rondas pelas das UC‟s;

R$ 261.630,00

d.

Equipes de Intervenção operacional composta por 10 BM‟s

R$ 102.600,00

e.

Realizar perícias em UC‟s e propriedades Privadas;

R$ 48.600,00

f.

Combate aéreo com aviões Air Tractor e helicóptero

R$1.501.582,18

g.

Força tarefa (integrada): Operação Abafa Araguaia, Abafa Amazônia;

R$ 51.300,00

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5. RESUMO DOS INVESTIMENTOS:

Os números detalhados deste resumo encontram-se no apêndice II -

Planilha de custeio da OpTIF2018 deste plano. Cabe ressaltar que para

execução das ações necessitará de R$ 474.136,341 para custear as viaturas

terrestres.

QUADRO 4 – RESUMO DO CUSTEIO DA OPTIF2018

*Com a inclusão do valor de custeio com viaturas terrestres, o

valor total será de R$ 2.813.048,52.

.

Está previsto no Plano de Trabalho Anual – PTA da SEMA e CBMMT as

seguintes dotações orçamentárias:

R$ 699.000,00 CEGF/SEMA

R$ 1.684.466,60 DOP/SESP

R$ 50.000,00 ARPA/SEMA

R$ 30.000,00 FAPEMAT (projeto submetido)

R$ 216.524,26 GTRAN/SEMA (correspondente a 12 viaturas por

3 meses)

R$ 50.000,00 SAI/SESP

Cabe ressaltar que o cumprimento total do plano será necessário R$

837.330,00 para custear as diárias, no entanto, até o momento está previsto R$

749.960,00, necessitando de uma suplementação de R$ 37.370,00.

Cuiabá, MT, 08 de Março de 2018.

1 Valor calculado com base na Temporada de Incêndio Florestal de 2017. Cabe ressaltar que R$

216.524,26 foi custeado por meio do PTA da Gerencia de Transporte da SEMA, para locação das viaturas e combustível. O restante, R$ 257.612,08 foi pago com o orçamento da DAI/CBMMT para custear a manutenção preventiva/corretiva e combustível das ABTF’s, ARF’s e o Auto Tanque de Combustível.

Fase Custo (R$) (%)

Prevenção Passiva R$ 30.000,00 1,28

Prevenção Ativa R$ 470.420,00* 20,11

Preparação R$ 35.400,00 1,51

Resposta R$ 1.703.191,18 72,82

Responsabilização R$ 99.900,00 4,27

TOTAL R$ 2.338.912,18* 100

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Este Plano de Operações foi elaborado por:

PAULO A. DA SILVA BARROSO –CEL BM Comandante do BEA

FLAVIO GLEDSON V. BEZERRA – TEN CEL BM Comandante do GAVBM

JEAN CARLOS P. DE A. OLIVEIRA – MAJ BM Chefe da Seção de Operações/BEA

MARCO AURÉLIO AIRES DA SILVA– MAJ BM Chefe da Seção de Administração/BEA

LUCAS DE SOUZA BRITO – TEN BM Comandante da CiaPCIF/BEA

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BDQUEMADAS Índice de focos de calor 2017. Disponível em http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas/ acesso em 21/01/2018 as 2100h BRASIL. Política Nacional do Meio Ambiente. Lei nº: 6.938, de 31 de agosto de 1981 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. BRASIL. Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. Lei 12.608, de 11 de abril de 2012. Institui a Politica Nacional de Proteção e Defesa Civil, dispõe do sobre o SINPDEC, e o COMPDEC; autoriza a criação de sistema de informações e monitoramento de desastres e dá outras providencias. CASTRO, A. L. C. Manual de planejamento em defesa civil. Vol.1. Brasília: Ministério da Integração Nacional, 1999. 133p. EIRD. Estratégia Internacional para Redução de Desastres. Nações Unidas: Genebra, 2000. Disponível em <http://www.integracao.gov.br/cidadesresilientes/pdf/mah_ptb_brochura.pdf> acessado em 21/01/2017 às 1230h IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Disponível em <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>acesso em 21/01/2017 as 1815h LAKATOS,E. M. e MARCONI, M. A. Fundamentos da Metodologia Científica. 5ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2003. 311 p. MATO GROSSO. Plano de ações para prevenção e controle do desmatamento e queimadas do estado do Mato Grosso. Cuiabá: SEMA, 2009. 69p MATO GROSSO. Lei Complementar n. 404, de 30 de junho de 2010. Lei de Organização Básica do Corpo de Bombeiros. MATO GROSSO. Relatório da Temporada de Incêndios Florestais 2017. Cuiabá: CBMMT, 2017. 37p MIRANDA, Leodete e AMORIM, Leonice. Mato Grosso: atlas geográfico. Entrelinhas: Cuiabá, 2000. 40p. SOARES, Ronaldo Viana e BATISTA, Antônio Carlos. Incêndios Florestais: controle, efeito e uso do fogo. Curitiba: FUPEF, 2007. 250 pp

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7. APÊNDICES:

I - Mapa de distribuição da TIF 2018;

II - Cronograma das ações do PlOpTIF 2018 detalhado;

III – Planilha de custeio das ações;

IV – Planilha de Efetivo Disponível;