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3ª COORDENADORIA REGIONAL DE
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
EEFM PROFª. MARIETA SANTOS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – PPP
Bela Cruz/CeJUNHO DE 2012
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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"O PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir
referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazos".
Paulo Roberto PadilhaDiretor do Instituto Paulo FreireSP
Núcleo Gestor da Escola
José Geri CostaDiretor Geral
Esmeraldina de Souza OliveiraCoordenadora Escolar – Turno Manhã
Maria Edilêda Leitão CarneiroCoordenadora Escolar – Turno Tarde
Maria Dourisete AraújoCoordenadora Escolar – Administrativa e Financeira
Maria Vilany AraújoCoordenadora Escolar – Turno Noite
Raiara Priscila Araújo AdrianoSecretária Escolar
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Comissão de Elaboração
Núcleo Gestor
Maria Simone do Nascimento/Maria Rogelvânia SilveiraConselho Escolar
Maria Rejane SilvaProfessora
Maria Luciana NascimentoGrêmio Estudantil
Revisão FinalMaria Rejane Silva
Esmeraldina de Souza OliveiraMaria Edilêda Leitão Carneiro
Maria Vilany AraújoCarlos André de Sousa OliveiraÁurea Rita Silveira – 3ª CredeMarta Maria Leitão – 3ª Crede
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Sumário
Conteúdo Pag.
Apresentação 6
Justificativa 7
Missão, Visão de Futuro, valores 9
1. Marco Situacional 10
1.1. Identificação da escola 10
2. Diagnóstico da escola 11
2.1. Análise de desempenho acadêmico dos últimos 3 anos 13
2.1.2. Indicadores internos e projeção Plametas 13
2.2. Indicadores externos 14
2.2.1. SPAECE 14
2.2.2. IDEB e Prova Brasil 16
2.2.3. ENEM 16
3. Marco Doutrinal: as diretrizes filosóficas da escola 17
4. Marco Operacional 20
4.1. Dimensão Pedagógica 20
4.1.1. O planejamento 20
4.1.2. As metodologias do ensino 22
4.1.3. A avaliação 22
4.1.4. A disciplina e a relação professor-aluno 24
4.1.5. As avaliações externas: ENEM, SPAECE, SAEB, Concursos e vestibulares 31
4.1.6. O currículo escolar: concepção e perspectivas para o ensino noturno com a semestralidade
32
4.1.7. Currículo e o projeto Primeiro, Aprender! 42
4.1.8. A dimensão curricular do projeto Professor Diretor de Turma 47
4.1.9. O Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos - EJA 51
4.1.10. A Educação Especial 52
4.2. Dimensão da gestão democrática e participativa 53
4.3. Dimensão administrativa 55
5. Plano de atividades 62
6. Avaliação do Projeto Político-Pedagógico 64
7. Referências bibliográficas 65
Anexo 1: quadro de pessoal 66
Anexo 2: propostas curriculares 68
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Apresentação
Nesta breve apresentação é importante destacar que este projeto pedagógico, de caráter
também político, pretende alcançar três dimensões básicas, por meio da previsão de metas a
cumprir. Assim sendo, está estabelecendo sonhos a realizar e por isso mesmo busca mecanismos
de realização.
Este projeto alcança então estas três dimensões. Primeiro o entendimento do conceito de
projeto uma vez que reúne propostas de ações a serem realizadas definindose horizontes para
tal. Segundo o entendimento de cunho político por considerar a escola como um espaço de
formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e
coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir. Por último, resta uma
terceira compreensão: a de que é pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos
educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
Ao longo deste projeto encontraremos a organização da escola em sua missão, seus
valores e sua visão de futuro; características de sua clientela de atendimento, inclusive pais e
condições sociais e econômicas; dados sobre a o desenvolvimento acadêmico; recursos
disponíveis para amparar o desenvolvimento da escola, entendendo todas as suas abrangências;
as diretrizes pedagógicas que envolvem todos os processos do ensino; questões adjacentes da
gestão da sala de aula; e, por fim, planos de ações de intervenção escolar.
José Geri Costa
Diretor
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Justificativa
Para efeito inicial desta justificativa tomemos para início de discussão a reflexão posta pelas palavras de Gadotti:
Na perspectiva do autor supracitado este projeto político-pedagógico vai além de um
simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas porque ele não deverá ser
construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do
cumprimento de tarefas burocráticas. Ele foi construído para que todos e vindo deles, possam ter
parâmetros de trabalho educacional. Portanto, surge da necessidade emergente de um referencial
de apoio que nos dê subsídios para desenvolver nossas atividades técnico-pedagógicas, com
maior embasamento teórico, possibilitando assim, uma maior aplicabilidade dessas teorias no
contexto da sala de aula.
Por acreditar que a prática não pode está dissociada da teoria, e partindo da ação-reflexão
dessas práticas, é que encontraremos soluções para o quadro que ora se instala em nossa
comunidade escolar, como: considerável índice de repetência em torno dos 15%; alto índice de
evasão na casa dos 10%; desmotivação do corpo docente, entre outros.
Sentimos que é necessária uma transformação, para que esta escola readquira sua função,
tornando-se um espaço prazeroso de conhecimento.
As características que envolvem nossa proposta são: concepção do educando como
sujeito proativo, ou seja, aquele que se torna cidadão pelo fortalecimento da sua identidade
desenvolvida num processo dinâmico de relações e inter-relações consegue mesmo, com os
outros e com o mundo; processo de construção coletiva, privilegiando a participação de
professores com atuação na Unidade Escolar; reconhecimento do papel do professor como
personagem decisivo na vida dos alunos; entendimento de que a competência profissional do
professor depende do conhecimento das características de desenvolvimento do aluno, do
domínio do conteúdo objeto da aprendizagem e do seu compromisso social.
Se considerado as características, necessidades locais e os interesses dos educadores e
dos educando, então definiremos como objetivos amplos:
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores. (1994, p. 579)
a) acompanhar o processo de escolarização dos alunos que apresentam situação de repetência,
isto através das taxas de escolarização do município de Bela Cruz;
b) Contribuir para a diminuição da situação de repetência dos alunos que frequentam a Unidade
Escolar;
c) trabalhar a autoestima dos alunos, dando-lhes condições de se perceberem como portadores
de conhecimento e capazes de aprender;
d) oferecer aos alunos situações diversificadas de ensino-aprendizagem no sentido de superar as
dificuldades apresentadas em classe;
e) Possibilitar aos professores uma formação em serviço, através do acompanhamento do seu
trabalho;
f) Oportunizar a melhoria da pratica pedagógica dos professores, através de cursos de formação,
mesmo considerando para isto aqueles promovido pela CREDE/SEDUC;
g) Refletir sobre as avaliações e resultados acadêmicos internos bem como os externos como
SPAECE, e ENEM;
h) Rever conteúdos básicos para o 1º médio das disciplinas matemática, língua portuguesa,
ciências, historia e geografia, considerando os parâmetros do Programa Estadual Primeiro,
Aprender!, bem como demais séries considerando os PCNs.
i) Promover a participação e desenvolvimento eficiente, eficaz e efetivo do Projeto Professor
Diretor de Turma;
j) Fazer com que nossos alunos e professores se percebam como seres históricos (fazedores de
historia), que necessitam de uma formação integral, preparando-os para exercerem o seu papel
na sociedade, de forma consciente e coerente.
l) Preparar os alunos do Ensino Médio para o mercado de trabalho, resguardando-se sempre os
princípios legais do CNE/CEB e da LDB 9394/96.
Por fim e de modo incisivo, o que sabemos é que temos muito que caminhar, para que a
médio-longo prazo possamos ser o instrumento para a formação integral dos nossos alunos.
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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MISSÃO
Preparar pessoas com uma visão empreendedora e conscientes de suas responsabilidades
sociais, mediante o ensino de saberes escolares que agreguem as potencialidades da sociedade
atual.
VISÃO DE FUTURO
Ser uma escola capaz de fazer cumprir sua missão, reconhecida pela excelência no
atendimento à comunidade escolar e local.
VALORES
Responsabilidade social
Consciência
Cooperação
Respeito mútuo
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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1. MARCO SITUACIONAL/DIAGNÓSTICO DA ESCOLA 1.1. Identificação da escola
1. Nome da Escola : EEFM Profª. Marieta SantosCOD/INEP: nº 23002115 CNPJ: 01.692.720/0004-70RECONHECIMENTO: Em andamento desde janeiro de 2012 VALIDADE: D.O.E.: 2- Endereço: Rua São Vicente, 699 – Centro Bela Cruz – CE CEP: 62.570-0003-Telefone: (88) 3663-1205 e-mail: [email protected] 4- Nome do Diretor: José Geri Costa5- Membros do Núcleo Gestor:Coordenadoras: Esmeraldina de Sousa Oliveira, Maria Dourisete Araújo, Maria Vilany Araújo, Maria Edilêda Leitão Carneiro6- ORGANISMOS COLEGIADOS
CONSELHO ESCOLAR: Mandato: 17 de Março de 2012 a 17 de Março de 2014SEGMENTO TITULAR FUNÇÃO SUPLENTE
Aluno Emanuela Karic dos Santos (1º DT) Membro Titular
Nívea Maria Alves dos Santos (2º AM) Membro TitularFuncionário Selma Lúcia Freitas Membro Titular
Raiara Priscila Adriano Araújo Diretoria - SecretáriaProfessor Maria Rogelvânia Silveira Diretoria - Presidente Fca. Simone do Nascimento
Maria das Graças R. Vasconcelos Diretoria - Vice-Presidente
Sonia Maria Freitas Moura
PaisMaria de Fátima CostaMaria Ivoneide Pires
José Edilson AraújoMaria Zeneida do N. Vasconcelos
Sociedade civil Antônia Oliveira Teodósio Jovino Membro TitularNúcleo Gestor José Geri Costa Membro Nato
GRÊMIO ESTUDANTIL: Mandato: 04 de Maio de 2011 a 04 de Maio de 2013Titular Função S/T/T
Maria Luciana Nascimento Presidente 3º ANAna Paula Carneiro Vice-Presidente 2º BTAndreza Maria Teixeira 1º Secretária 3º BTMaria Maísa Barroso 2º Secretária 3º BTFrancisca Josiane dos Santos 1ª Tesoureira 3º BNAntônia Amanda Araújo 2ª Tesoureira 2º AMMaria Franciane Silva Souza Diretora Social 2º AT
Diretora de ImprensaDiretor de Esportes
Maria Laila Diretora de Cultura 3º AMMaria Aline Hipólito Oradora 3º ATAlex Pereira Vasconcelos Suplente 2º AN7-Níveis de Ensino ministrada na escola: Médio8- Números de alunos em cada nível/modalidadeMédio (Regular): 898Educação de Jovens e Adultos (Ensino Médio): 60Total: 967 alunos9-Turnos da Escola: Manhã, Tarde e Noite10-Número de professores em sala de aula: 04 Efetivos e 32 Temporários10-Número de professores Centro de Multimeios: 1112-Número de Servidores Efetivos (secretaria): 02 13-Número de Servidores Gerais (Efetivos): 0514-Número de Servidores Terceirizados: 01 porteiro e 01 merendeira 15-Nº Servidores Cedidos pela PMBC: 01 vigia16- Percentual de Professores em Sala de aula com licenciatura plena/cursando: 95%17-Número de salas de aula: 09 Biblioteca: 0118- Laboratórios: 02 de Informática e 01 de Ciências Quadra Esportiva: 01 Academia Escolar: 01Dados de março de 2012
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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2. MARCO SITUACIONAL: O DIAGNÓSTICO DA ESCOLA
A Escola Marieta Santos fundamenta seus fazeres administrativos e pedagógicos
de forma integrada onde o primeiro não funciona sem o segundo e vice-versa. A área
administrativa busca soluções que garantam o sucesso escolar do aluno. A gestão pedagógica
busca apropriar-se dos insumos administrativos para assegurar aos alunos o êxito acadêmico.
Uma escola pautada nesse duplo conceito pretende estar num cenário da
excelência educacional, mesmo tendo que lançar mão de medidas de enfrentamento às
demandas que se apresentam como contrários aos primeiros propósitos escolares.
Este projeto que se inicia encontra uma escola que precisa crescer nos seus
aspectos estruturais de bom ensino. Que precisa se fortalecer na sua conjuntura de elevar seus
resultados acadêmicos internos e sobre as avaliações de larga escala da qual ela faz parte.
Temos hoje uma escola que busca trabalhar interfaces múltiplas que constituem o
educando, favorecendo uma dimensão ampla de pessoa. Para isso, considera nos sues propósitos
escolares e educacionais os aspectos cognitivos, emocionais e os contextos de inserção social e
cultural onde o aluno se encontra.
As referências maiores são matrizes que definem as proficiências cognitivas
principalmente, na área da linguagem compreendendo as capacidades amplas de leitura; e da
matemática, envolvendo raciocínios lógicos que permitam transitar pelo mundo dos significados
da comunicação matemática.
Ademais, trabalha-se com foco na transmissão de saberes cujas bases são um
conjunto de competências cognitivas e habilidades relacionadas ao saber fazer “coisas” que o
mundo precisa além da escola. Tais fundamentos encontram amparo nos documentos oficiais
que norteiam os currículos das escolas públicas no Brasil.
Estes documentos são as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio e seus
Parâmetros Curriculares. Daí forma-se todo um currículo, respeitando-se a diversidade das
pessoas, das juventudes, do mundo, ou dos mundos com os quais vivemos e con-vivemos.
Busca-se uma escola que encontre o anseio escolar do jovem que hoje frequenta a
escola pública. Um aluno e uma aluna que ao chegar ao Ensino Médio, não todos, mas um
grande percentual encontra-se em condição de aprendizagem e prosseguimento de estudos desta
etapa, aquém do que se espera; do desejável nos aspectos relacionados à apropriação de
conhecimentos prévios suficientes. Esta pessoa que, por vezes, se não tem estímulo e pré-
disposição exatamente pela ausência destes conhecimentos prévios, decide precocemente já na
primeira série do Ensino Médio, abandonar a escola, sem que esta possa fazer muito e sinta suas
forças reduzidas.
Este mesmo, que gostaríamos de chamar de cidadão pleno, mas que muitas vezes
não conseguimos alcançar, e que no turno noturno precisa trabalhar e, cansado da rotina de
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trabalho do dia, também, sem que a escola encontre suas forças, decide abandonar a escola.
Paradoxalmente, uma escola que busca o desenvolvimento e consciência da cidadania dos seus
alunos, encontra jovens que precisam trabalhar precocemente.
Um jovem que nem sempre tem na escola expectativas favoráveis e positivas para
a vida. Entretanto, um jovem que tem uma vida comparada a um iceberg, do qual os
trabalhadores da educação, por vezes, só conseguem enxergar a ponta.
O Projeto Professor Diretor de Turma colabora para que estes problemas deixem
de existir. Cada um destes Diretores de Turma se envolve no que podem para a boa gerência da
sala de aula, indo do desenvolvimento acadêmico à diminuição da evasão escolar, tão presente,
em torno ano a ano de 10%.
Os pais dos nossos alunos demonstram pouca escolaridade, Isto favorece um
clima de distanciamento da escola, de acompanhamento às tarefas escolares. Mesmo tendo um
número bom de visitas individuais à escola, vemos que comparecem mesmo somente em grande
maioria para assinatura de boletins, bimestralmente. Isso prova que é um grande desafio que a
escola tem. No Marco Operacional buscaremos alternativas para enfrentamento dessa
dificuldade.
Em questionários aplicados aos professores estes apontaram que é preciso que
haja mais integração da equipe escolar; que a problemática da indisciplina tem lugar muito forte,
atribuindo-se também à ausência por parte dos pais junto aos alunos, bem como falta de
amadurecimento emocional por parte dos alunos.
Os professores também se manifestaram quando indagados sobre a Sala de
Leitura que aquele espaço tem tido grandes avanços no atendimento escolar; que os laboratórios
de informática tem colaborado na formação dos docentes ofertando cursos tais como e-proinfo,
muito embora ações direcionadas diretamente à sala de aula ainda deixem a desejar; que o
Laboratório de Ciência precisa estreitar relações diretas com a sala de aula, destacando-se,
porém, a iniciação científica, como força da escola; que a Academia é um incentivo aos alunos,
bem como a quadra esportiva. Sobre o aproveitamento do tempo pedagógico os professores
relatam que precisa focar mais nos conceitos específicos de cada disciplina do currículo. Todos
afirmam que tem se esforçado muito para o atendimento dos objetivos acadêmicos, mesmo
diante das dificuldades, inclusive, para melhoras dos resultados do SPAECE.
Algo positivo na escola é o olhar que esta tem para a educação especial, onde
existe atendimento especializado através da Sala Multifuncional. Grande também é a força da
alimentação escolar ofertada aos alunos, também por conta do destino de 30% de cada recurso
para compras de produtos da agricultura familiar, o que torna esta alimentação mais próxima dos
alunos e menos industrializada.
Isto posto sobre as características gerais da escola, colocadas em contexto
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filosófico, histórico, social e emocional, muito pela circunstância, temos consciência do
tamanho dos desafios que o tempo nos apresenta. Precisamos colocar no chão da escola nossas
forças como formas de nos sustentar perante as ameaças.
O quadro de professores é recém-graduado o que lança à escola oportunizar
tempos de formação continuada, nem sempre disponíveis, eficazes, com resultados no trabalho
docente. Apenas um percentual aproximado em 5% do grupo de docentes tem estabilidade, ou
seja, é efetivo da rede estadual e está em sala de aula. Dos preceitos de Marx (2002) entende-se
que a experiência e as memórias de trabalho são capazes de transformar a realidade que nos
cerca nos nossos serviços, tendo como ponto de partida a transformação de si mesmo, conforme.
Então assimilamos que este fosso de tempo interfere. Os demais são contratados na forma da Lei
22/2000, para suprir carências. Destes, 95% é da rede municipal e detém uma jornada de
trabalho até de 60 horas semanais, somadas as desta escola. É fácil notar que esta condição pode
interferir seriamente no exercício eficaz da docência.
2.1. ANÁLISE DO DESEMPENHO ACADÊMICO DOS ÚLTIMOS 3 ANOS
2.1.2. Indicadores Internos e projeção PLAMETAS:
SÉRIE HISTÓRICA2006-2011
ANO BASE(%)
APROVAÇÃO(%)
REPROVAÇÃO(%)
EVASÃO(%)
2006 86,9 6,6 6,4
2007 87,6 8,1 4,3
2008 83,3 9,9 6,38
2009PROJEÇÃO PLAMETAS
85.0 8,5 6,5
2009 – RESULTADO INTERNO 85,7 4,8 9,5
2010PROJEÇÃO PLAMETAS
86.0 7,8 6,2
2010 – RESULTADO INTERNO 83,9 5,9 10,2
2011 – RESULTADO INTERNO 85.0 8,5 6,5
DESAFIO - 2012 87,0 7,5 5,5
2012PROJEÇÃO PLAMETAS
87,0 7,5 5,5
Sobre o quadro acima vale ressaltar que, quando falamos de PLAMETAS se refere a um
plano de metas estabelecidas primeiramente pelo diretor ou diretora responsável pela escola.
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Este foi elaborado por ocasião de uma política estadual assumida a partir de 2009 com
fechamento de ciclo em 2012. Pudemos notar que há imaginariamente uma linha sinuosa dos
resultados. Isto indica um trabalho a ser melhorado no sentido de tal curva ser sempre
ascendente.
Sobre os indicadores internos é preciso dizer que eles traduzem um momento dinâmico
da escola. Situações ano a ano são repaginadas pelo ingresso de novos alunos, evolução
biológica dos que já frequentam a escola dentre outros. Fazer uma leitura estática de cada ano
seria por de lado um conjunto de fatores mutáveis que sofrem intervenções cotidianas e que
podem aqui e acolá não falar por si só. É preciso, portanto, antes de qualquer análise ponderar
tais aspectos.
Já no que diz respeito ao que é da escola, - e cabe a pergunta o que é mesmo da escola?-
sua equipe docente é diretamente responsável pelo que se interpreta acerca dos dados acima. As
variáveis do contexto escolar, a permuta de professores talvez conduza ao efeito de aprovação
aqui lido: o do “serrote” como alguns preferem chamar. Há que se considerar tais variáveis.
Numa escola que não se mantém um quadro de professores, onde a cada ano há troca, ou pior a
cada semestre, por circunstâncias do quadro efetivo ser o mínimo, busca-se entendimento para o
efeito distorcido aprovação/reprovação. São formações em serviço “desperdiçadas”. Um esforço
de gestão tenta enfrentar tais situações. O que explica de 2008 a 2010 existir cinco pontos
percentuais para menos em reprovação, quando não se aprovou na mesma medida? A resposta
está num terceiro ingrediente: o jeito fácil com que o aluno deixa a escola. Não ver motivos
nela? Existe um currículo distante do que pretende quem freqüenta a escola à procura de coisas
que façam sentido? Perguntas chaves que não encontram respostas imediatistas. Requerem
reflexão; trabalho e esforço coletivo de um conjunto (todos) de todos que fazem a escola;
empreendimentos pedagógicos eficazes e vorazes, determinantes, vigorosos de ruptura de
modelos “antigos” de escola; formação docente capaz de superar decepções escolares. Estas
questões serão levadas à baila durante este projeto pedagógico. Assim definiremos nossos
horizontes políticos e estruturais de escola.
2.2. Indicadores Externos
2.2.1. SPAECE
SPAECE 2010 - 9º ANOS
EscolaNível da Proficiência
LP MT
Escola Marieta Santos 232,4 238,8SPAECE 2011- 9º ANOS
EscolaNível da Proficiência
LP MT
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
15
Escola Marieta Santos 239,7 252,2
1º ANO – ENSINO MÉDIO
LP MT
2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011
212,3 230,2 238,0 239,7 221,2 235,7 247,4 238,5*
2º ANO – ENSINO MÉDIO
LP MT
2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011
223,6 237,9 240,8 258,5 238,2 248,3 251,8 260,8
3º ANO – ENSINO MÉDIO
LP MT
2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011
231,7 248,0 249,2 244,1* 251,3 270,8 258,2 256,8*
UMA ANÁLISE INTERPRETATIVA ALÉM DOS NÚMEROS
Vamos abordar o que de objetivo existe diante dos números apresentados. Comecemos
pelos 9º anos do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio.
Primeiro é importante trazer à reflexão que o trabalho pedagógico com os 9º anos
aproxima do que se apresenta como resultado no 1º ano do Ensino Médio, na transição 2010 e
2011. Os números tecnicamente segundo o nível de proficiência são praticamente os mesmos, o
que se nota é que ao chegar no Ensino Médio parece nos por ao encontro de um fato curioso
pedagogicamente: o aluno mostra estacionar. É uma questão para um trabalho mais intenso já no
1º ano ou melhor dizendo, fortalecer o que existe. Entretanto vale ressaltar que os alunos
provenientes da rede municipal não apresentam o mesmo indicador. Por vezes ultrapassam a
casa dos 20% em linha descendente.
Colocando o ponto de vista especificamente nos 1ºs anos do Ensino Médio há um fato
que merece atenção: uma linha ascendente com maior evidência entre 2008 e 2010 o que não
ocorre na mesma linha entre 2010 e 2011, em se tratando da Língua Portuguesa. Em
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Matemática, os níveis de proficiências ao longo dos anos são mais consistentes. Seria o fato da
familiaridade com a matemática mais próxima do aluno? Chama atenção a proficiência 2010 em
matemática bem como sua queda em 2011.
Quanto aos resultados do 2º ano pode-se notar evidente trabalho pedagógico ao longo
dos anos, tanto em português quanto em matemática. Isto evidencia que a escola tem agregado,
muito embora num universo mais amplo de proficiências, signifique pouco. Quando se recebe o
aluno no 1º ano evidencia-se pelos indicadores que a escola tem ampliado o universo de
habilidades. Basta observar a evolução interna/série e por também um olhar sobre o ano
anterior/série.
Agora cabe uma pergunta: o que tem acontecido com o trabalho quando se trata da
evolução 2º/3º ano e a evolução também numa serie histórica dentro da mesma série.
Percebemos que há um “gargalo” pedagógico de difícil entendimento. Há inclusive quedas
consistentes nos dois aspectos anteriormente citados. Para efeito deste estudo, isto pode ser
observado pelas marcas em asterisco no texto numérico.
O que evidencia um trabalho de crescimento é quando lemos nesta última abordagem
(marcas de cor laranja) a evolução 2008/2009/2010 considerando o ciclo do Ensino Médio, são
as taxas de crescimento tanto e português quanto em matemática. Na série 2008/2009/2010 (os
mesmos alunos evoluindo ao longo do Ensino Médio), em português e matemática há
igualmente 37 pontos percentuais de crescimento. Já no ciclo 2009/2010/2011 (também
determinados alunos evoluindo ao longo do Ensino Médio) os números são menores, menos
da metade em média: 14 pontos em português e 21 em matemática. O que deverá ter
havido? A escola teria perdido suas forças? Há apenas outro fator sob esta leitura: entre o 2º e 3º
ano a ascendência é bem menos notável.
A escola considera que os números quando negativos podem ser atribuídos a uma
necessidade de maior formação pedagógica, bem como, maior envolvimento de pais no trabalho
escolar o que geraria maior pré-disposição dos alunos. Quando se trata de dados positivos,
atribui serem por força de investimentos didáticos e de infra-estrutura da escola dentro dos
padrões mínimos de funcionamento. Também de um envolvimento de toda a escola em trono da
melhoria de seus indicadores acadêmicos. Contudo falta algo que remeta a uma empreitada
maior em termos de currículo inovador e que encontre aspirações reais de mundo, especialmente
o do aluno.
2.2.2. IDEB/PROVA BRASIL (ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL)
2005: 3,5 2007: 3,8 (Meta IDEB: 3,5) 2009: 4,5 (Meta IDEB 3,7) 2011: ... (Meta IDEB 3,9)
2.2.3. ENEM
2009
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
17
Média da Prova Objetiva: 426,4 Média Total (Objetiva e Redação): 495,91
2010
Média da Prova Objetiva: 428,3 Média Total (Objetiva e Redação): 485,91
Quanto aos indicadores do Ensino Fundamental, 9º ano, o que não mais atende a escola
neste ano de 2012, a escola tem demonstrado êxito. Percebe-se claramente que as metas posta
pelo IDEB são atingidas de maneira até considerável. O que a escola nota é que há uma ruptura
de motivação na chamada “dobradiça” Ensino Fundamental e Ensino Médio. Seria o currículo
mais extenso? Menos atrativo? Eis questões para reflexão a a serem postas no marco
operacional deste projeto pedagógico.
Acerca do ENEM, a escola necessita de um trabalho mais intensivo quanto ao ENEM em
todas suas dimensões: pedagógica e de participação. Leituras múltiplas de mundo que coloque o
aluno dentro da proposta e matriz curricular do ENEM. Os níveis de escrita dos alunos ficam
além do que se exige no ENEM, bem como no que se refere ao domínio das cinco competências
que abrangem o exame.
3. MARCO DOUTRINAL: AS DIRETRIZES FILOSÓFICAS DA ESCOLA
O que dizer sobre a concepção; a visão de sociedade, homem, educação,
instituição, currículo, ensino, aprendizagem, metodologia e orientação paradigmática desta
escola?
Diante da realidade retratada, os referenciais que podemos dispor são aqueles que
submetem toda uma equipe escolar a uma dinâmica um pouco menos retórica, mais prática,
voltada para as suas problemáticas reais. Que se ponham seus desafios e lancem para o futuro
seus sonhos por meio de plano de ação consistentes. A direção para a qual nos movemos define
o conjunto destes planos a ver no marco operacional deste projeto de escola. Que pode ser
ousado, contudo.
Propomo-nos aqui a criar ou, re-criar, uma escola que alcance o jovem que nela
se matricula. Que jovem mesmo é este. A resposta pode ser simples: meninos e meninas, que
atravessam uma parte da vida para serem moças e rapazes, jovens e adultos, envoltos num
universo de juventudes múltiplas, e multifacetadas. Fazer uma escola para esse jovem significa,
portanto, recriar os espaços, tempos e fazeres pedagógicos.
E que ideal essa escola vislumbra para estes jovens que a freqüentam no seu dia a
dia? Para levar ao entendimento desta questão recorremos a DAYRELL, 2007:
A educação da juventude, a sua relação com a escola, tem sido alvo de
debates que tendem a cair numa visão apocalíptica sobre o fracasso da
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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instituição escolar, com professores, alunos e suas famílias culpando-se
mutuamente. Para a escola e seus profissionais, o problema situa-se na
juventude, no seu pretenso individualismo de caráter hedonista e
irresponsável, dentre outros adjetivos, que estaria gerando um
desinteresse pela educação escolar. Para os jovens, a escola se mostra
distante dos seus interesses, reduzida a um cotidiano enfadonho, com
professores que pouco acrescentam à sua formação, tornando-se cada vez
mais uma “obrigação” necessária, tendo em vista a necessidade dos
diplomas. Parece que assistimos a uma crise da escola na sua relação
com a juventude, com professores e jovens se perguntando a que ela se
propõe (2007- pág. 1105)
Então passamos a enxergar todo o universo que cerca o jovem da Escola Marieta
Santos não como um desafio proposto, mas como sujeito propenso a possibilidades de maior
entendimento a uma causa escolar. Desse modo, ao definir princípios norteadores de uma
proposta pedagógica para uma escola marcada pelo quadro situado no diagnóstico anterior,
teremos que intencionar um trabalho diferenciado. Isto significa rever, principalmente, os seus
horizontes de chagada, com definição dos pontos de saída.
Que currículo propor? Um Ensino Médio que alavanque de verdade o que o
jovem busca na escola. É preciso compreender primeiro que o currículo precisa ser revisto;
adequar-se a estes jovens. Talvez ou com certeza, mais motivador, sem “grades” disciplinares
que permita ao aluno escolhas; com possibilidades, inclusive, do que fazer e estudar nesta
escola. Nos próximos tempos será preciso zerar a conta dos saberes e reinventá-los numa
tentativa de gerar redes de significados novos, superpostos ao que há e existe nos contextos
escolares. Precisa-se pensar num currículo de “asas”, talvez por escolhas semestrais, evitando
assim o abandono de uma escola que nada traz de interessante em estar presente. Sinalizamos
aqui para uma escola mais próxima do aluno, capaz de torná-los adultos de verdade, onde suas
escolhas possam definir suas projeções e projetos de vida; onde a arte esteja presente, mas
alinhada a uma proposta de matemática voltada para a arte, para as linguagens. Uma escola feita
de escolhas curriculares onde as ciências humanas favoreçam a compreensão das naturais, re-
significado a cadeia de aprendizagens e saberes escolares.
Esta empreitada certamente passa por uma visão diferente de ensinar e poder
revisar o que venha a ser “dar aula”, na visão de Demo (2009). Uma escola Marieta Santos
pautada em sentidos práticos de ensino que encontre um currículo jovem, deve estar antenada
numa perspectiva simbólica de uma nova didática. As metodologias de ensino devem
necessariamente apontar em tal direção. Os professores deverão deixar de “dar aulas” e
assumirem papeis de incentivadores de descobridores de novas “coisas”. Para isto estaria esta
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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proposta de escola que rumaria para dissipar seus resultados aquém dos desejados.
Para compreender melhor esse papel de nova escola Marieta Santos é preciso
também compreender o seguinte: a existência de uma nova condição juvenil no Brasil. O jovem
que chega às escolas públicas, na sua diversidade, apresenta características, práticas sociais e um
universo simbólico próprio que o diferenciam e muito das gerações anteriores (Abramo, 2005).
É importante situar o lugar social desses jovens, o que vai determinar, em parte, os limites e as
possibilidades com os quais constroem uma determinada condição juvenil. Podemos constatar
que a vivência da juventude nas camadas populares é dura e difícil: os jovens enfrentam desafios
consideráveis. Ao lado da sua condição como jovens, alia-se a da pobreza, numa dupla condição
que interfere diretamente na trajetória de vida e nas possibilidades e sentidos que assumem a
vivência juvenil. Um grande desafio cotidiano é a garantia da própria sobrevivência, numa
tensão constante entre a busca de gratificação imediata e um possível projeto de futuro.
Para finalizar este pensamento,
o mundo da cultura aparece como um espaço
privilegiado de práticas, representações, símbolos e
rituais, no qual os jovens buscam demarcar uma
identidade juvenil. Longe dos olhares dos pais,
educadores ou patrões, mas sempre os tendo como
referência, os jovens constituem culturas juvenis que
lhes dão uma identidade como jovens. Estas culturas,
como expressões simbólicas da sua condição,
manifestam-se na diversidade em que esta se constitui,
ganhando visibilidade por meio dos mais diferentes
estilos, que têm no corpo e seu visual uma das suas
marcas distintivas. Jovens ostentam os seus corpos e,
neles, as roupas, as tatuagens, os piercings, os brincos,
dizendo da adesão a um determinado estilo, demarcando
identidades individuais e coletivas, além de sinalizar um
status social almejado. Ganha relevância também a
ostentação dos aparelhos eletrônicos, principalmente o
MP3 e o celular, cujo impacto no cotidiano juvenil
precisa ser mais pesquisado (Abrantes, 2003).
A equipe desta escola deverá estar atenta a estas culturas do aluno que tem.
Distante desse entendimento de cultura juvenil corre-se o risco de permanecer num entrave
latente escola-aluno. Uma equipe que quer; que deseja; que trabalha muito; somente conseguirá
atingir seus objetivos educacionais e sociais quando se perceber como co-participante dessas
relações dialógicas com seu sujeito chamado aluno, chave do quebra-cabeça profissional que lhe
envolve todo dia. Estes não seriam os tempos e espaços, permeados por suas vidas próprias,
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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aqueles que os meninos e meninas, moças e rapazes, querem para dar salto a um projeto de vida
adulta? O que faz a escola Marieta Santos no seu trabalho que lhe distancia de tais ideais?
Uma colocação última que cabe no contexto: a comunidade, aquela que está no
entorno, ou no centro da escola, os pais dos alunos, ou suas famílias ditas “novas famílias”, que
percepção terão de tudo? Serão convidadas para a discussão temporal e espacial de tudo aqui
dito. Sentirão estas perspectivas nos seus instantes mágicos de mudança. Convidá-la para a
discussão é pertinente, então. Sobretudo, fazê-la perceber por si só, transformações no berço da
escola dos seus filhos, esta será a grande missão e relevância social da Escola Marieta Santos.
4. MARCO OPERACIONAL
Para construirmos este marco operacional levamos em conta os dados
apresentados no marco situacional, bem como os princípios orientadores dispostos no marco
doutrinal. A considerar Vasconcelos (2000) compreenderemos este marco a partir de três grandes
dimensões da escola, prevalecendo a organização da mesma.
4.1. Dimensão Pedagógica:
4.1.1. O planejamento: O fazemos sob uma ótica de compartimentalização onde os saberes
escolares normalmente se apresentam dissociados da rotina ideal de vida do aluno.
Planejemos “coisas” que, por vezes, não refletem necessidades reais de aprendizado. Os
olhares devem estar voltados para o que se segue.
O planejamento do ensino considerará todos os resultados escolares internos e
externos; as demandas sociais, econômicas e culturais dos alunos; as proficiências apresentadas
pelos alunos ao chegarem na escola, bem como as adquiridas ao longo de sua permanência; os
resultados de permanência dos alunos na instituição; as demandas de formação continuada dos
professores; e todos os aspectos cujas relações latentes estejam intricadas a estes fatores.
Por assim dizer, necessita o ato de planejar de envolvimento de equipe capaz de ir
além das informações explícitas que se tem dos alunos; deverá buscar informações adjacentes,
por vezes tácitas no envolvimento social, emocional e cognitivo dos educandos. Cada plano de
aula deverá dispor de mecanismos suficientes para a superação do que não se apresenta como
desejado, esperado dos alunos, desde sua predisposição mais singular à escola até aspectos mais
singulares mais claros tais como motivação e estímulo.
Para atender ao aqui disposto os professores se reunião semanalmente, em horário
convergente, nas áreas do conhecimento definidas pelos Parâmetros Curriculares do Ensino
Médio e demais orientações oficiais emanadas dos mesmos. Estas áreas abrangem o currículo
em: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da
natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias. Nesta última área os professores ____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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estarão reunidos num mesmo dia.
Em sistema coletivo os professores, acompanhados por coordenadores escolares
ligados a área pedagógica bem como por professores coordenadores de área, terão como pautas
permanentes as 10 estruturas aqui apresentadas na forma de objetivos:
a) aportar mais sobre soluções que mesmo sobre dificuldades, sendo estas, pontos
de partidas das discussões para a promoção de estímulos aos alunos para aprender bem e
permanecer na escola no ciclo de ensino/modalidade a que se propõe;
b) enxergar a educação com alegria como possibilidade de transformá-la, gerando
como frutos jovens realmente importantes na vida em sociedade, colaborando para a melhoria
da vida em comum e individual;
c) marcar os pontos relevantes do ensino, alinhando a estes as situações dos
conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, de onde emanam novos posicionamentos
por parte do aluno, dando a estes o poder de fazer escolhas e propor mudanças sociais e nas suas
vidas;
d) elaborar e revisar os planos de ensino colocando-os no centro das discussões
quando se tratar da seleção de conteúdos historicamente acumulados e sistematizados,
articulando-os sempre aos novos saberes apresentados pelo mundo contemporâneo, globalizado
e informacional;
e) elaborar e adequar os planos de aula aos contextos e orientações emanadas da
Secretaria da Educação, resguardando-se os preceitos deste projeto e autonomia da escola, bem
como os sujeitando às necessidades cognitivas, emocionais e sociais dos alunos, além de
garantir respeito às peculiaridades regionais e locais;
f) assegurar e garantir planos de aula condizentes e coerentes com as realidades
dos alunos e seus contextos reais de vida, mobilizando para isso uma cadeia de saberes
suficientes de dar conta de resgatar ou fazer emergir as potencialidades dos alunos;
g) definir em colegiado as situações de escolha de objetivos do ensino,
competências e habilidades necessárias capazes de remetê-las ao acesso de conteúdos
específicos;
h) selecionar metodologias e formas de avaliar numa perspectiva formativa de
modo a ir ao encontro de um ensino dinâmico e de mobilidade pedagógica onde o aluno sinta-se
à vontade para as aprendizagens e permanecer na escola;
i) organizar os processos burocráticos pertinentes à função da escola, de acordo
com este projeto, sempre dando prioridade ao que melhor servir socialmente ao aluno;
j) colaborar com o desenvolvimento da escola como um todo, abrangendo os seus
aspectos mais variados: de gestão, de condução pedagógica, de condutas e princípios aqui
balizados, preservando-se sempre a sua missão, sua visão de futuro e seus valores.
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Da forma aqui descrita os planejamentos deverão operacionalizar-se na estrutura
abaixo:
Área Dia da Semana Horário
L. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias TerçaFeira 19h40 às 22h
Ciências Humanas e suas tecnologias QuartaFeira 19h40 às 22h
Ciências da Natureza e suas Tecnologias QuintaFeira 19h40 às 22h
Matemática e suas tecnologias QuintaFeira 19h40 às 22h
4.1.2. As metodologias do ensino: Ainda estão centradas na perspectiva de dar aulas por meio
da exposição e da resposta. Aulas expositivas que, na sua grande maioria levam ao cansaço por
parte do aluno. Será preciso rever noutros sentidos.
As metodologias do ensino devem priorizar a investigação, a pesquisa, a
curiosidade. Deve-se pensar num aluno e numa aluna que vai além do conhecimento exposto no
livro ou na lousa, ou nas apostilas. Ao aluno caberá ter a oportunidade de escolher os caminhos
por onde seguir, descobrir seu fim; enxergar seu horizonte. Ao professor, caberá propor rumos
de ensino embasado nas teorias de ensino a exemplo de Nóvoa (2009), onde o aluno será o
grande respondente de questões formuladas pelos livros ou pelo professor. Deve saber que os
conhecimentos não estão prontos, podem ser re-inventados.
As metodologias do ensino irão ao redor da escola, percebendo sua dinâmica e
mobilidade constante, na medida em que o globo está sempre em movimento. A aula feita,
pronta, cederá ligar a um ambiente vivo, que provoque desejos de ir além do que se sabe. O
aluno para o SPAECE ou para o ENEM estará pautado nestas investigações metodológicas.
Serão todos os docentes convidados a um grande passeio ao desconhecido por meio das
literaturas oficiais e disponibilizadas na sala de leitura e nas mídias disponíveis, já na escola.
Isso perpassa por um conjunto de formações em serviço às quais os professores estarão
didaticamente e metodologicamente sujeitos. Lançarão mãos dos ambientes de ampliação
pedagógica tal como laboratórios de informática e de ciências, e seus coordenadores.
Esta aula se superpõe a uma rotina multifacetada, com nuances de “coisas” novas
para ensinar e de jeito também novo, diferente. O professor da escola, envolto deste projeto
pedagógico estará dentro de um currículo móvel, de “asas” conforme Mello (2008).
4.1.3. A avaliação: Quase sempre de caráter de memorização onde o que “se dá” também se
cobra, distanciando-se de um papel de negociação de ensino e aprendizagem, este colocando a
avaliação escolar no lugar de mediadora dos processos pedagógicos.
Uma infinidade de teóricos nos conduziria à repetição. No entanto, como todas as
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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suas infinitas teorias são verdades, então é preciso crer que os processos de avaliação dos alunos
os quais estão apontados neste projeto pedagógico concebido de decisões, requerem um olhar
digamos, pretensioso. Pretensioso no sentido de que agrega intenções múltiplas dos muitos
agentes envolvidos. Isto porque a avaliação dos alunos passa por um entendimento onde o
diretor escolar ou os coordenadores são pessoas atentas e envolvidas. Se os alunos vão bem, está
tudo bem para todos. Se os alunos vão mal, então somente estes os envolvidos? Pensar no todo é
pressuposto imprescindível para sinalizar tomada de decisões acertadas, agora coletivas porque
os resultados são de um conjunto de sujeitos direta ou indiretamente envolvidos nos processos
de avaliação escolar.
A partir destas colocações é possível afirmar que os alunos podem quando todos
podem. As tarefas avaliativas são dos alunos e dos professores e da escola. Um trabalho de
equipe avalia o grupo ou a individualidade da participação? Se o grupo vale como resposta,
avalia a equipe porque um está dentro do outro. Caso avalie a individualidade da participação
cabe imaginar que a intervenção de cada um fez o sucesso de todos. Parecem as duas faces da
mesma moeda. Como redator não vou me permitir a decisão individual do que seja correto.
Apenas me limitar a uma questão: avaliar na perspectiva deste projeto pressupõe um olhar
amplo, de ida e volta; de permanente intervenção, do aluno, do professor, do gestor escolar sob
vários pontos de vista. Que sejam estes válidos para cada um de tais agentes.
Em termos práticos, o que se evidencia é que o aluno não irá ser avaliado pelo
que não sabe, mas pelo que teve capacidade de abstrair daquilo que lhe foi permitido aprender.
O professor não será o carrasco, aquele que “dar” a nota vermelha, mas o que sinaliza para o
aluno que ele errou e que tais erros não sucumbem os acertos. Se há algo que foi aprendido isto
importa mais do que aquilo que não foi. O que fazer a partir daí? Retomar os aspectos que não
foram alcançados com o propósito inicial e apontar para caminhos de superação. Este deverá ser
o projeto do professor a colocar o aluno num patamar novo de aquisição de saberes na escola.
Isto vale para o que se pretende com avaliações internas ou externas.
Vimos o quadro de avaliações internas numa série histórica. Há um “efeito
serrote”, de subida e descida ao longo dos anos de 2006 a 2011. Parece que as intervenções não
foram suficientes. Então caberia uma concepção próxima os princípios aqui expostos desde o
início. Podemos olhar para as marcas filosóficas deste projeto e veremos um sinal que algo saiu
do alcance ou que algo não havia sustentação de trabalho pedagógico. É importante refletir
sobre estas questões onde estão iminentes a avaliação ou a forma como esta é adotada, feita em
sala de aula. Portanto, resta o entendimento de que é preciso ir e voltar, sem ter o significado de
queda de queda e salto. Ver os lados da moeda, buscar os mistérios envoltos nessas viradas.
Embora pareça metafórico, o óbvio surge. É preciso avaliar de modo consciente.
Os alunos da Escola Marieta Santos serão avaliados por seus professores sob um
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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ponto de vista de crescimento, de acertos, não de erros. Este segundo, servirá de escada para
reverter os erros e transformá-los num segundo momento em possibilidade real de certeza no
que fez. São processos subconscientes renovados que devem ser apresentados aos alunos.
A partir deste ponto abordaremos as formas técnicas de avaliar com o
entendimento de que as intenções pedagógicas se superpõem aos números. Desse modo
quaisquer métodos ou técnicas somativas de sistematização de saberes devem ser submetidas a
uma apreciação qualitativa, de formação de avaliação contínua porque este mecanismo está para
conduzir e por para fora e não parta finalizar, internalizar introspectivamente, ou seja, dar fim
aos processos. Impede-se esta compreensão pura e simplesmente pelo fato de que as
aprendizagens não têm por si um fim. Não seria a avaliação que daria cabo a este pensamento.
A avaliação paralela desse modo é intensa, permanente, dentro dos duzentos dias
letivos legais. Todo dia para ser mais claro, a cada momento que perceber-se a necessidade e
sempre sob a ótica da metáfora de que avaliar é enxergar o processo como as duas faces da
mesma moeda. Não há que se confundir recuperação paralela com recuperação final. Esta
segunda tem seu tempo organizado para além dos duzentos dias letivos calendarizados pela
escola. Quanto à primeira, em quaisquer reuniões de conselho de classe podem já ser definidos
rumos a partir de uma complementação de estudos, quando levada a proposta com seriedade e
responsabilidade. Ou na hora exata que o professor achar conveniente.
A escola determinará a seguinte estratégia de apuração de resultados acadêmicos
para coleta de dados ao final de cada bimestre. Vamos perceber que cada componente curricular
agrupa um portfólio de informações acerca do rendimento escolar do aluno ao longo do bimestre
numa perspectiva de somatória escalonada de 0 a 10, valendo para aprovação a aquisição de
uma nota 6,0. Veremos a seguir a estruturação destes valores:
• Língua Portuguesa: 02 trabalhos dirigidos (4 pontos); 01 redação (2 pontos); 1 prova
escrita ao final do bimestre (4 pontos). Total: 10 pontos
• Matemática: 02 trabalhos dirigidos (4 pontos); 01 prova discursiva (2 pontos); 1 prova
escrita ao final do bimestre (4 pontos). Total: 10 pontos
• Física/química/biologia: 0 trabalho dirigido (2,5 pontos); 01 prática laboratorial (2,5
pontos); 1 prova escrita ao final do bimestre (5 pontos). Total: 10 pontos
• História/geografia/filosofia/sociologia/arte: 01 trabalho dirigido (2 pontos); 01
seminário (3 pontos); 1 prova escrita ao final do bimestre (5 pontos). Total: 10 pontos
• Língua Estrangeira: 01 trabalho dirigido (2 pontos); conversação e tradução (3 pontos);
1 prova escrita ao final do bimestre (5 pontos). Total: 10 pontos
• Educação Física: 01 trabalho dirigido (2 pontos); prática de educação física (3 pontos);
1 prova escrita ao final do bimestre (5 pontos). Total: 10 pontos
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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4.1.4. A disciplina e a relação professor-aluno: Com grandes situações de conflitos. Por
muitas vezes, o professor lança mão da equipe gestora perdendo de modo implícito sua
autoridade de professor e condutor da gestão direta da sala de aula. Portanto, para haver uma
ruptura deste pensamento será preciso alguns novos entendimento acerca do tema.
Nas relações da gestão da sala de aula devem vigorar os princípios que alicerçam
este projeto abrangendo os aspectos da formação geral e acadêmica de cada aluno. Este é um
ponto de fundamental cujos elementos existentes e vividos demarcam todo o desenvolvimento
da aula, do estar com o aluno, implicando suas relações de convívio com aquele que ele
denomina professor ou professora. Para sustentar ideais de uma gestão de sala de aula eficaz
apresentamos algumas recomendações aos professores.
As regras e os procedimentos variam de sala para sala, mas todas as turmas bem
geridas possuem-nas. É impossível para um professor dar instruções ou fazer trabalhos com
alunos de forma produtiva se eles não têm nenhuma linha orientadora sobre como agir na sala de
aula ou quando sair da sala ou ainda para controlar as interrupções nas suas conversas com o
professor ou com os seus colegas. Além disso, a insuficiência de procedimentos ou a ausência de
rotina na sala de aula pode conduzir à perca de tempo e a uma perca de atenção e interesse por
parte do aluno. Ao expor as regras e procedimentos na sala de aula, o professor deve mostrar
claramente ao aluno o comportamento que ele espera deles. Isso criará condições para os alunos
adotarem comportamentos adequados nas atividades escolares.
Evidentemente, que conhecer o comportamento apropriado não garante que os
estudantes adotem esses comportamentos ideais. Contudo, as expectativas claras no que
concerne aos comportamentos adequados são a base da instalação de uma sala de aula bem
gerida.
Várias regras diferentes são possíveis, mas um regulamento, geralmente, com
menos de dez regras, deve ser desenvolvido para cobrir áreas mais importantes do
comportamento na sala de aula. As regras devem ser gerais e abranger uma série de
comportamentos da sala de aula. Para cada regra, os exemplos de comportamentos a serem
adotados devem ser indicados. As regras devem ser feitas para que a mensagem recebida seja
positiva, e deve especificar quais são as expectativas para os alunos. Os professores devem
discutir suas expectativas com os seus alunos. O professor deve ser um exemplo em relação ao
comportamento intolerável. O regulamento que o professor escolhe pode ser usado de maneiras
diferentes. Primeiro, os professores devem discutir com os alunos no primeiro dia de aula.
Também é importante que as regras sejam estabelecidas na sala de aula e cada aluno deve ter
uma cópia da carta. Finalmente, o professor deverá referir-se às regras específicas para lembrar
aos alunos o comportamento adequado a adotar durante o ano letivo. Frequentemente, são
empregadas as seguintes regras básicas e os comportamentos a elas associados:
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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a) trazer todos os materiais necessários na sala de aula: É importante que os alunos saibam exatamente o
que levar para a aula para que esta regra seja seguida. Os alunos precisam de saber se eles
devem levar uma caneta, lápis, calculadora, papel,um notebook ou um caderno de textos;
b) estar no lugar e pronto para trabalhar após o toque;
c) respeitar e ser cortês com todos;
d) não falar ou deixar sua sala quando alguém está falando: esta regra é muito específica e interpela
comportamentos dos estudantes que, se eles são tolerados, podem tornar-se uma fonte de
desordem comportamental;
e) respeitar a propriedade dos outros: a regra pode incluir orientações como: a) manter a sala limpa e
arrumada, b) recolher o lixo, c) devolver o material emprestado, d) não escrever nas mesas, e)
não usar as coisas de alguém sem permissão;
f) obedecer todas as regras da escola: Esta regra é útil porque ela lembra aos alunos que as regras da
escola também se aplicam à sua turma. Isto também sugere que se aplicam a todas as áreas
abrangidas pelas regras da escola. Os alunos precisam ser envolvidos na criação do regulamento
para que se sintam envolvidos por essas regras e desenvolvam alguma responsabilidade pelo seu
comportamento. Envolver os alunos pode ser feito de várias formas, como uma discussão das
razões para o estabelecimento de um sistema de regras esclarecendo o significado de regras
específicas. Outra maneira de envolver os estudantes é o de permitir que eles partilhem os seus
pontos de vista no processo de criação de regras específicas. Isso pode ser feito na escola com
um representante dos estudantes que participa da criação de regulamentos. Os professores
devem escolher e selecionar as sanções da violação dessas regras ou pelo respeito a elas. Isso
deve ser abordado como um reforço positivo. O reforço é um evento (por exemplo, a atividade,
o acesso a um item favorito, um privilégio ou uma interação social), que mantém ou aumenta a
probabilidade futura da resposta na sequência do reforço. O reforço pode ser positivo, o que é a
apresentação preferencial do evento, acompanhando o comportamento desejado do aluno, ou o
reforço negativo, o que impede que o evento preferencial ou a apresentação de uma punição na
sequência de uma violação regra. O reforço deve ser sempre usado nos alunos. Além disso, as
razões para a utilização do reforço devem ser claras para o aluno que a recebe e para a turma. O
elogio pode ser um método de reforço positivo eficaz, especialmente entre as crianças e
adolescentes. As linhas condutoras que se seguem são exemplos de como reduzir e corrigir a
violação de regras.
Em cada classe, podemos encontrar diferentes alunos motivados por coisas
diferentes. Um aluno pode estar muito interessado num assunto particular, procura atividades de
aprendizagem, que representam um desafio, participa ativamente nas discussões na sala, realiza
os exercícios e recebe notas altas nas avaliações. Enfim, cada um tem seu jeito de motivar-se
para algo que estar por vir.
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Organização da sala de aula
O ponto de partida da prática de gestão de sala de aula é uma gestão eficaz do
espaço físico da sala de aula para que o ensino esteja indo bem. O layout físico da classe inclui
espaço, mobiliário, equipamentos, e material escolar. Este é o ponto de partida lógico porque é
uma tarefa que o professor deve fazer antes da aprendizagem ou que o ensino inicie. Os
professores encontrarão o planejamento de outros aspectos da gestão mais fácil da sala de aula
depois de terem concebido a ideia de como o layout físico da sua sala será. A boa disposição da
sala de aula ajuda na gestão da mesma, pois pode ajudar a atender as complexas demandas de
ensino em grupos. Quanto ao projeto de formato das salas os professores devem tomar decisões
sobre:
a) A disposição das mesas, carteiras e cadeiras; b) A localização da mesa do professor e outros
recursos; c) A localização do espaço utilizado para as apresentações; d) A forma como os alunos
e professores recebem materiais e material escolar; f) O fluxo de tráfego entre as linhas; g) A
forma como os alunos saem e entram na sala.
Ideias-chave para a boa gestão de sala de aula
As seguintes ideias-chave serão úteis como linhas orientadoras quando os
professores tiverem que tomar decisões relativas à concepção da sala.
a) manter os corredores livres para circulação: os corredores incluem as secções para o trabalho
em grupo, o espaço próximo ao quadro, lixo, portas, estantes e acessórios, os líderes de sala. As
áreas de maior circulação deverão estar livres e separadas umas das outras e ser facilmente
acessíveis;
b) certifique-se que os alunos estão no campo de visão do professor: este é um componente
importante de gestão de uma sala. Se o professor não pode ver os alunos, será difícil impedir que
a indisciplina se instale. Nesse sentido, é importante que a gestão da sala permita que o
professor veja os seus alunos e que estes estejam sentados;
c) mantenha os materiais usados com frequência à mão: a gestão eficaz da sala de aula inclui
também terminar uma atividade e começar imediatamente outra, reduzindo o tempo gasto para
se guardar o material e preparar a nova atividade. Isto requer um bom planejamento da aula;
d) certifique-se que os alunos vêem claramente as apresentações: certifique-se que assentos
permitirão que os alunos vejam a tela de projeção ou o quadro, sem mover as suas cadeiras, as
mesas ou virarem a cabeça;
e) assegurar que alunos que se dão bem sentem-se lado a lado: os alunos que parecem dar-se
bem, sem se tornarem indisciplinados, devem ser agrupados próximos um do outro na sala de
aula. Além disso, os alunos são posicionados, de modo a que possam ajudar-se uns aos outros;
f) as aulas que enfatizam métodos de leitura exigirão um arranjo diferente daquelas que
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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enfatizam a discussão como um método de ensino em primeiro lugar. O professor deve pensar,
que tipo de arranjo é mais benéfico para seus métodos e seu estilo de ensino.
g) posição dos grupos para reduzir distrações entre os estudantes: os locais onde os alunos
trabalham em grupos ou individualmente devem ser colocados numa área com um mínimo de
distrações externas. Os professores devem considerar as distrações potenciais provenientes das
janelas ou portas;
As relações interpessoais na sala de aula
A qualidade da relação professor-aluno afeta grandemente se as necessidades dos
alunos são satisfeitas ou não. Os alunos passam uma percentagem enorme de seu tempo
trabalhando com o professor e outros estudantes. Porque os professores são responsáveis pela
avaliação dos trabalhos de estudantes e pela monitoria da qualidade de vida na sala de aula, eles
são figuras proeminentes na vida dos estudantes. Os professores eficazes compreendem o
impacto que têm sobre os alunos e usam essa influência para ajudá-los a se realizarem
academicamente.
Qualquer um que tenha ensinado há já muito tempo percebeu que os alunos querem e precisam
de um professor positivo para ser associado com o rigor, os limites realistas e técnicas de ensino.
A capacidade de produzir uma atitude acolhedora e solidária associado aos objetivos realistas é
uma tarefa difícil para os novos professores. Os professores eficazes devem, ser capazes de
impor o respeito. É sua responsabilidade garantir que os alunos hajam bem em grupo. Ser
caloroso e carinhoso é tão importante quanto como o rigor. O ensino exige uma mistura de
todos estes ingredientes chave. As habilidades de comunicação que se apresentam a seguir vão
ajudar os professores a desenvolverem relacionamentos abertos e eficazes com os alunos.
Estabelecer relacionamento eficaz com os alunos.
1. Criar um sistema aberto, profissional e adequado com os alunos:
Embora as decisões específicas que o professor assume no que concerne ao seu relacionamento
com os alunos dependam da idade destes, os temas básicos relacionados com as relações entre
professor e aluno são semelhantes entre os diferentes níveis de ensino. Uma questão importante
implica saber de que forma é que o professor quer que seu relacionamento com o aluno seja
aberto qual o seu grau de envolvimento. Os professores podem escolher entre três tipos gerais de
relação professor-aluno.
a) Quase uma abertura completa, na qual o professor partilha muitos valores e problemas
pessoais com o aluno;
b) Uma abertura relativa às reações do professor com uma partilha limitada de aspectos que
refletem a vida do professor fora da escola.
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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c) A ênfase quase exclusiva na matéria. O professor não partilha qualquer sentimento ou reação,
ele concentra-se no seu trabalho educativo.
O primeiro tipo de relação é essencialmente escolhido por professores que trabalham em
ambientes informais com alunos mais velhos. Devemos, no entanto, evitar tornar-mo-nos
excessivamente envolvidos em atividades ou interesses dos alunos fora da escola, especialmente
se somos professores do ensino médio.
2. Construir sistematicamente melhores relações.
É altamente recomendável que os professores sempre atuem no desenvolvimento de uma relação
positiva professor-aluno. Os professores podem expressar seus interesses e perguntas:
controlando a qualidade das suas relações com os alunos, tendo em vista a manutenção de um
diálogo positivo; criando oportunidades para uma entrevista pessoal com o aluno e;
demonstrando seus interesses que são também importantes para os alunos.
3. Comunicar expectativas elevadas
A forma como o professor comunica as suas expectativas sobre o desempenho do aluno é um
fator importante nas relações professor-aluno. Numa variedade de formas subtis ou não tão
subtis, o professor comunica com alguns alunos inteligentes, capazes e responsáveis, enquanto
que os outros percebem a mensagem que eles são maus alunos, incompetentes e irresponsáveis.
É óbvio que os nossos comportamentos queriam expectativas positivas, favorecem quase sempre
as relações professor-aluno e que aqueles que demonstram expectativas negativas não só criam
relações professor-aluno desfavoráveis, mas também geram uma baixa autoestima e reduzem a
aprendizagem. Como professores, devemos estar conscientes da importância de comunicar
expectativas positivas a todos os alunos. Periodicamente, nós devemos recolher dados sobre a
forma como interagimos com nossos alunos na sala de aula; analisar esses dados para ver se as
interações são animadoras ou não; determinar se nós respondemos de forma diferente a certos
alunos e, dessa forma, tentar mudar a nossa maneira de comunicar as expectativas positivas para
todos os alunos.
4. Criar oportunidades para discussões pessoais
Como em qualquer relacionamento, é útil aprender a se conhecer, sem as
interrupções causadas por eventos diários. As ideias a seguir podem ser utilizadas pelos
professores para florescer a sua relação com o aluno para além do contexto educacional. Os
professores são encorajados a usar estas idéias no contexto apropriado.
a) Demonstrar interesse em relação às atividades dos alunos;
b) Comer com os alunos na hora do lanche;
c) Enviar cartas e notas aos alunos;
d) Usar uma caixa de sugestões;
e) Juntar-se a atividades da escola e da comunidade;
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f) Participar dos jogos recreativos dos alunos;
g) Fazer cartões de aniversário.
Usar as suas habilidades de comunicação eficaz com os alunos
A importância do uso de habilidades de comunicação efetiva pode nunca ser
demasiado avançada. Elas são a base para a boa gestão da sala de aula. Sem usar essas
habilidades, qualquer tentativa de criar um ambiente de aprendizagem positivo e bem gerido
está fadado ao fracasso. Bem desenvolvidas, as relações interpessoais são essenciais para
responder às necessidades individuais, importantes para a segurança e os sentimentos de
pertença e autoestima. Além de criar relações que têm em conta as necessidades mais
importantes dos alunos, uma comunicação eficaz permite-nos igualmente satisfazer as nossas
necessidades e os nossos objetivos profissionais. Os professores eficazes devem ter
conhecimentos substanciais em duas categorias principais de comunicação, respectivamente as
competências de envio de dados e de recepção de dados. As habilidades de envio de dados é
usada quando se fala a alguém. As competências de recepção de dados são técnicas que podem
ser utilizadas para melhorar a nossa capacidade de ouvir.
Compreender a turma
A turma, pela sua própria natureza, está sujeita a muitas interações e emoções. Ao
agrupar mais de 30 alunos numa sala pequena, a escola cria um ambiente altamente interativo. A
interação entre colegas é natural e desejável para todos os ambientes de aprendizagem. A
educação em grupo é necessária porque ela é muito mais rápida e porque uma boa educação
envolve aprender como funcionar em grupo. A influência do grupo é influenciada pela
concorrência encontrada na maioria das salas de aula. Os estudantes competem para as notas
mais altas, a fim de integrarem um grupo de leitura enriquecida ou outro ... Mesmo quando
utilizamos métodos individualizados e queremos desvalorizar a competição, os estudantes têm
muitas oportunidades para comparar seu trabalho com o dos seus colegas. É
compreensível, até mesmo inevitável que as aulas sejam conduzidas por um alto grau de
interação e troca espontânea de emoções. Mesmo quando utilizamos métodos individualizados e
minimizamos a concorrência, os alunos têm diversas oportunidades. Embora os professores
expressem suas frustrações e dúvidas sobre o aspecto altamente negativo da pressão proveniente
dos colegas, o grupo pode ser um fator positivo e encorajador na sala. Quando os alunos se
sentem valorizados por seus colegas e, quando as interações são caracterizadas por uma atenção
particular e auxiliante, os alunos experimentam uma sensação de segurança, um sentimento de
pertença e de carinho, respeito do outro, e poder. Os alunos são assim capazes de se
concentrarem totalmente na aprendizagem e tornam-se mais propensos a assumirem riscos na
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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tentativa de adquirir novas habilidades. Os professores precisam de perceber que os grupos,
como os indivíduos, têm necessidades que devem ser satisfeitas para que o grupo funcione de
forma eficaz.
Se o grupo trabalha de modo encorajador, com objetivos comuns, os professores
devem reservar um tempo para atividades que permitam que os alunos aprendam a conhecer eles
próprios, de desenvolver um sentimento de pertença, e criar redes de amizade diversas. Um
grupo só pode continuar a responder de forma satisfatória aos objetivos de aprendizagem da
turma depois que estes sentimentos tenham sido desenvolvidos. Para atingir as características
positivas do grupo, o professor pode sugerir: atividades sobre o conhecimento; atividades para
estabelecer uma boa coesão do grupo; atividades para expandir as várias áreas de interesse.
4.1.5. As avaliações externas: ENEM, SPAECE, SAEB, concursos e vestibulares
O conjunto das avaliações externas tem por si sós valores fundamentais na
construção de diagnósticos eficazes. É ponto de partida para a reflexão das práticas pedagógicas
existentes e a se planejarem no âmbito do que pretende a escola. Os desempenhos acadêmicos
marcados pelas avaliações externas são considerados pela escola como molas-mestras dos
processos de gestão.
O Exame Nacional do Ensino Médio e o SAEB colocam a escola dentro de um
sistema de avaliação de larga escala em contexto nacional. Vale sua importância posto que a
escola pode se ver enquanto sistema micro e de tal forma, se espelhar em contexto relacional
com outros sistemas escolares.
Quando nos reportamos ao Sistema Permanente de Avaliação Básica do Estado
do Ceará -SPAECE, adota-se uma postura mais atenciosa. É nesta avaliação que todos os
processos de gestão que abrangem a escola podem ser vistos mais de perto, voltam a la mesma
com mais preocupação, isto porque funciona também como mecanismo de avaliação de gestores
e professores.
Todos os resultados coletados anualmente pelo SPAECE são estudados dentro da
própria escola. A equipe de professores debruça-se sobre os dados e apontam novos rumos.
Como se pode observar nos itens postos no marco situacional, estamos caminhado com
melhorias, muito embora apresentem-se fraquezas pontuais dependendo das leituras feitas.
Notamos que precisamos fazer mais, de forma mais eficaz, realmente, de forma mensurável.
Requer um trabalho onde as estratégias pedagógicas possam ter seus resultados realmente
medidos. Temos internamente um projeto de nome SPAEMAS que funciona como um sistema
micro de avaliação de sistema, da própria escola, no formato do SPAECE. Precisamos melhorá-
lo uma vez que é visto como uma ação boa e que pode trazer resultados mais vigorosos.
Precisamos criar melhores estratégias de participação dos alunos em concursos e
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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vestibulares. Estes alunos apresentam um caráter de desestímulo em participar. Buscamos
intensamente respostas para tal questão. Um grande número de alunos ao terminarem o 3º ano
de Ensino Médio, sequer demonstram vontade em participar de vestibulares. Esta tem sido uma
realidade constante, ano a ano. Nossos desafios quanto a este aspecto são muitos e precisamos
buscar fortalezas de enfrentamento.
4.1.6. O Currículo escolar: concepção e perspectivas para o ensino noturno com a
semestralidade
O currículo a que propomos desenvolver busca estar em consonância com o
Parecer nº 5/2011, CNE/CEB que institui as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio/DCNEM o qual dispomos na íntegra ao final deste PPP por considerar
importante. Nosso currículo deverá assegurar o pleno desenvolvimento do educando voltado
para uma concepção teórico-educacional que leve em conta as dimensões: intelectual, afetiva,
física, ética, estética, política, social e profissional. Assim, do referido documento, retiramos
alguns extratos para justificar este currículo.
Lancemos mãos de alguns conceitos para justificar a construção deste currículo
escolar. O planejamento curricular desta escola passa a ser
compreendido de forma estreitamente vinculada às relações que se produzem entre a escola e o
contexto histórico-cultural em que a educação se realiza e se institui, como um elemento,
portanto, integrador entre a escola e a sociedade.
Assim, toda a ação de planejar deve considerar:
I – a participação de todos os elementos envolvidos no processo;
II – a necessidade de se priorizar a busca da unidade entre teoria e prática;
III – o planejamento deve partir da realidade concreta e estar voltado para atingir as finalidades
legais do Ensino Médio e definidas no projeto coletivo desta escola;
IV – o reconhecimento da dimensão social e histórica do trabalho docente.
Como proporcionar, por outro lado, compreensões globais, totalizantes da
realidade a partir da seleção de componentes e conteúdos curriculares? Como orientar a seleção
de conteúdos no currículo?
A resposta a tais perguntas implica buscar relacionar partes e totalidade. Segundo
Kosik (1978), cada fato ou conjunto de fatos, na sua essência, reflete toda a realidade com maior
ou menor riqueza ou completude. Por esta razão, é possível que um fato contribua mais que
outro na explicitação do real. Assim, a possibilidade de se conhecer a totalidade a partir das
partes é dada pela possibilidade de se identificar os fatos ou conjunto de fatos que esclareçam
sobre a essência do real. Outros aspectos a serem considerados estão relacionados com a
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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distinção entre o que é essencial e acessório, assim como o sentido objetivo dos fatos.
No que concerne à seleção dos conteúdos disciplinares, importa também evitar as
superposições e lacunas, sem fazer reduções do currículo, ratificando-se a necessidade de
proporcionar a formação continuada dos docentes no sentido de que se apropriem da concepção
e dos princípios de um Ensino Médio mias próximo do aluno, considerando o envolvimento das
áreas do conhecimento; o projeto Primeiro Aprender; e todas as abrangências de
transversalidade.
Este PPP leva consigo as finalidades legais do Ensino Médio porque definem a
identidade da escola no âmbito de quatro funções indissociáveis, a saber:
I – consolidação dos conhecimentos anteriormente adquiridos;
II – preparação do cidadão para o trabalho;
III – implementação da autonomia intelectual e da formação ética; e
IV – compreensão da relação teoria e prática.
É importante ressaltar que os profissionais da Escola Marieta Santos precisam ter
clareza das finalidades propostas pela legislação acerca dos objetivos do Ensino Médio bem
como das demais modalidades de oferta tal como Educação Especial e Educação de Jovens e
Adultos, sobre as quais discorremos adiante. Para tanto, há necessidade de refletir sobre a ação
educativa que a escola desenvolve com base nas finalidades e os objetivos que ela define. Então
nos cabe levantar uma nova discussão: refletir sobre sua intencionalidade educativa. Desse
modo este projeto exige essa reflexão, assim como a explicitação de seu papel social, e a
definição dos caminhos a serem percorridos e das ações a serem desencadeadas por todos os
envolvidos com o processo escolar.
Todos nós precisamos entender que o currículo não é um elemento neutro de transmissão
desinteressada do conhecimento social( ...) não é um elemento transcendente , atemporal
( MOREIRA e SILVA(orgs.) 2005:8). Precisamos compreender a influência que ele exerce sobre
o fazer da escola. Por isto ao construí-lo, precisamos torná-lo aberto às diversas demandas que a
escola impõe, analisando criticamente os conteúdos, atitudes e posturas a serem adotadas na
escola, visando a garantia do respeito a pluralidade e a vivência dos valores éticos, capazes de
construir uma sociedade mais solidária e responsável. Precisam atender as demandas
explicitadas no Estatuto da Criança e do Adolescente, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação das Relações-Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana e nas diretrizes para o Ensino Médio e para a Educação de Jovens e adultos.
A considerar a oferta de Ensino Médio Noturno temos um projeto especificado
dentro de algumas considerações relevantes de acordo com as DCNEM, aqui mencionadas.
Em primeiro lugar, cabe destacar que a maioria dos estudantes do ensino noturno
são adolescentes e jovens. Uma parte está dando continuidade aos estudos, sem interrupção,
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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mesmo que já tenha tido alguma reprovação. Outra parte, no entanto, está retornando aos
estudos depois de haver interrompido em determinado momento.
Aqui reside outra preocupação. Os estudantes do ensino noturno desta escola
mostram situações específicas dos alunos do turno diurno. Então temos esta preocupação de
inserção e de um currículo específico, de modo que evite abandono escolar.
Levamos em consideração aqueles alunos que estudam e trabalham e que, em
geral, enfrentam dificuldades para conciliar as duas tarefas. Vale ressaltar Arroyo (1986, in
Togni e Carvalho, 2008), ao tratar do “aluno (estudante)-trabalhador”, como nos referindo a um
trabalhador que estuda, ou seja, jovens que, antes de serem estudantes, são trabalhadores e que
“dessa diferenciação, não deveria decorrer qualquer interpretação que indique uma valorização
diferente, por parte dos estudantes, da escolarização, mas sim, especificidades nas relações
estabelecidas na escola” (Oliveira e Sousa, 2008).
Desse modo, o enfrentamento das necessidades detectadas no ensino noturno tem
de nossa parte, passado inicialmente, pelo reconhecimento da diversidade que caracteriza a
escola e o corpo discente do ensino noturno para, em seguida, adequar seus procedimentos aos
projetos definidos para a mesma. Isto posto pelo fato de também termos professores que aqui
completam suas cargas horárias de trabalho, como visto no Marco Situacional.
Por estas razões lançamos mão da Constituição Federal, no inciso VI do art. 208,
que determina, de forma especial, a garantia da oferta do ensino noturno regular adequado às
condições do educando. E mesmo a LDB, no inciso VI do art. 4º, reitera este mandamento como
dever do Estado.
Considerando estes indicativos, para o ano de 2013 pretendemos a semestralidade
que encontra respaldo legal, no Art. 23 da Lei 9394/96 (LDB) que versa:
A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos
semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos
não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios,
ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do
processo de aprendizagem assim o recomendar.
Ainda o que versa a Lei que para este turno, adequando a escola à situação e às
circunstâncias de vida dos estudantes trabalhadores do Ensino Médio Noturno, lhes
garantido efetivo acesso, permanência e sucesso nos estudos desta etapa da Educação
Básica.
Vejamos a proposta para a nossa escola de acordo com os parâmetros da
Secretaria da Educação:
Relato do Modelo Disciplinar e suas consequências negativas no Ensino Médio Noturno
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM, 1998) e os
Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM, 2000) sintonizados com os
princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei 9394/96), propuseram uma
organização curricular, organizada em três grandes áreas: Linguagens e Códigos e suas
Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas
Tecnologias. A nova proposta expressa nos PCNEM, além de valorizar as tecnologias e o mundo
do trabalho na formação do educando, deu bastante ênfase aos princípios da Contextualização e
da Interdisciplinaridade no processo de Ensino e Aprendizagem.
A realidade tratou de familiarizar, mesmo que precariamente, os jovens com as
novas tecnologias da comunicação e da informação. Aliás, o fascínio exercido pelas tecnologias
sobre esse público ajuda a compreender porque mesmo assim, em grande parte excluído desse
mercado, foram criadas estratégias que possibilitaram seu acesso, dentre as quais se destaca a
proliferação das lan houses e a introdução de computadores nas escolas públicas.
Apesar dos avanços trazidos com os PCNEM, a implementação de metodologias
de ensino capazes de tirar do papel os princípios da Contextualização pouco avançaram. Com
relação a esses princípios, o da Contextualização, há principalmente a alegação por grande parte
dos professores de que o material didático não colabora nesse sentido, aliás, muitas vezes, até
dificulta, na medida em que os conteúdos referem-se a outros contextos e realidades que não a
de seus alunos.
No tocante a implementação de um ensino Interdisciplinar ocorre fenômeno
semelhante. A alegação supramencionada se repete acrescida de outros fatores. Muitos
reconhecem suas limitações de ordem epistemológica para promover um trabalho
Interdisciplinar. A primeira justificativa encontra origem na formação inicial, segundo muitos,
que não os teria preparado nessa direção. Pelo contrário, muitas vezes, tiveram uma formação
centrada numa perspectiva disciplinar.
Outra barreira à desconstrução de uma concepção disciplinar de ensino decorre,
segundo os professores, da dinâmica pedagógica da escola, cujo planejamento não ocorre, em
geral, como deveria.
A criação do Professor Coordenador de Área (PCA) objetivou, dentre outros
desafios, promover um ensino que articulasse as disciplinas numa perspectiva numa perspectiva
interdisciplinar, mas ao que parece os resultados têm se revelado insatisfatórios. As reflexões
expressas não pretendem encontrar culpados, mas apenas diagnosticar esses problemas e buscar
uma compreensão das suas raízes, a fim de superá-los em prol da aprendizagem do aluno.
Há fortes indícios de que a solução do problema passa pela conexão, entre
interdisciplinaridade e contextualização, numa perspectiva de uma abordagem funcional do
conhecimento, em que “prática e teoria” se complementem para dar dinamicidade ao conteúdo
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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trabalhado em sala de aula. É, portanto, na perspectiva da contextualização que temas geradores
e/ou transversais apresentam-se como estratégias exequíveis nas duas direções, tanto pode
abordar o contexto no qual o aluno está inserido, como pode permitir a realização de uma
aprendizagem interdisciplinar.
A expectativa de implementar um ensino contextualizado e interdisciplinar
parecem simples à primeira vista. Contudo, a experiência concreta em grande parte das escolas
têm demonstrado que tirar essas ideias do papel não têm sido tarefa fácil, pois tais ideias
requerem das instituições, comunidades escolares e sociedade, de modo geral, uma mudança de
paradigma educacional.
Desconstruir o modelo disciplinar apresenta-se como um desafio, em qualquer
nível de escolaridade. Nesse sentido, a proposta de romper com esse paradigma no que concerne
ao ensino médio noturno, deve-se ao reconhecimento das suas conseqüências negativas, das
quais pode-se destacar um ensino descontextualizado, fragmentado, abstrato e, muitas vezes,
conduzido de forma desestimulante e desinteressante. Apesar de este Projeto conservar o modelo
disciplinar em sua proposta de estrutura curricular, considera-se que é necessária a ampliação
desta discussão, sinalizando mais a frente, possíveis concentrações da carga horária entre as
disciplinas de uma mesma área, desenvolvidas a partir de temas, projetos e orientadas por
competências.
“O protótipo desenvolvido compõe-se de significativas mudanças na visão e
organização do currículo das escolas estaduais cearenses, como forma original de combater a
evasão escolar e valorizar o tempo de contato dos alunos com as disciplinas de estudo e com os
próprios professores. Entendeu-se que um projeto de organização curricular baseado no
semestre, ou semestralidade, atendia melhor às condições de estudo no período noturno.
Juntamente com esta mudança foram delineadas importantes características que deveriam
complementá-la, a saber:
• Divisão das disciplinas em dois blocos a serem desenvolvidos simultaneamente
em turmas distintas a cada semestre, concentrando-se, assim, a carga horária das disciplinas,
mantendo um equilíbrio entre as áreas durante os três anos do ensino médio;
• Matrícula e reingresso de estudantes podem ser realizados em qualquer início
de semestre letivo, aproveitando os estudos do bloco anteriormente concluído, inclusive em
casos de abandono;
• Manutenção das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática nos dois
blocos, assegurando-se, no entanto, a independência entre os conteúdos a serem estudados
nestas disciplinas em cada um dos blocos;
• Criação da disciplina de Formação para o Trabalho, contendo 40 horas
semestrais, com ementa voltada para o desenvolvimento de competências e habilidades para o
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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ingresso no mundo do trabalho e criando a possibilidade de certificações específicas;
• Construção da Ementa da disciplina de Formação para o Trabalho pela
própria escola, utilizando-se do perfil do professor já lotado e sua respectiva carga horária,
bem como do suporte técnico-pedagógico da Secretaria da Educação;
• Implantação do Projeto Diretor de Turma, com a disciplina de Formação para
a Cidadania, com 20 horas semestrais, que permite o fortalecimento dos vínculos entre os
estudantes e a escola.
Estas características fortalecem a singularidade deste projeto. Portanto, as
características, acima elencadas, compõem uma estrutura que, de modo geral, procura ampliar
a permanência dos alunos na escola, a motivação em seus estudos e a preparação para o
mundo do trabalho, ao mesmo tempo que visa fornecer condições para que a escola atue
contemplando as necessidades específicas do estudante do período noturno.
A proposta de organização curricular por semestre para o ensino médio noturno,
toma como referência principal a necessidade de diminuição da evasão escolar, a formação para
o trabalho e a busca por melhores condições de aprendizagem.
A organização do currículo, tomando como base as fronteiras do semestre, pode
representar significativos benefícios para as instituições escolares. Divididas em blocos, a
concentração dos alunos se direciona para um número menor de disciplinas, ao mesmo tempo
que amplia o tempo de contato entre professor e aluno, oportunizando assim um olhar mais
individualizado sobre as condições de aprendizagem de cada estudante.
Atualmente, o mapa curricular é composto, com um mínimo de 13 (treze)
disciplinas, sendo apenas a de Língua Estrangeira na Parte Diversificada. Na proposta da
semestralidade as disciplinas são apenas 9 (nove) em cada bloco, incluindo-se a de Formação
para o Trabalho e a de Formação para a Cidadania, na Parte Diversificada, como mostrado no
quadro a seguir:
Divisão das Disciplinas em Blocos e suas respectivas cargas horárias
Bloco A Carga Horária SemanalCarga Horária por
SemestreMatemática 2 40Biologia 3 60Química 3 60Sociologia 2 40História 3 60Língua Portuguesa 3 60Educação Física 1 20Formação para a cidadania 1 20Formação para o trabalho 2 40Total 20 400
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Bloco B Carga Horária SemanalCarga Horária por
SemestreMatemática 3 60Física 3 60Filosofia 2 40Geografia 3 60Língua Portuguesa 3 60Arte 1 20Língua Estrangeira 2 40Formação para a cidadania 1 20Formação para o trabalho 2 40Total 20 400
A divisão em blocos é seguida de uma redistribuição da carga horária semanal e
final das disciplinas, possibilitando, por exemplo, o aumento para 2 (duas) horas semanais nas
disciplinas de Sociologia e Filosofia, bem como uma abertura de carga horária para inclusão de
disciplinas na área diversificada do currículo, como a de Formação para a Cidadania e a de
Formação para o Trabalho. Em ambos os blocos mantém-se permanentemente ao longo dos seis
semestres do ensino médio, as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Formação para a
Cidadania e Formação para o Trabalho.
Mantém-se, nesta proposta, os limites de carga horária determinados pela LDB e
reforçados no Parecer CNE/CEB nº 15/98 e na Resolução CNE/CEB nº 3/98, a saber, mínimo de
800 horas em cada ano do ensino médio, distribuídas em pelo menos 200 dias letivos. Limites
esses que ainda se mantém nas Novas Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, em fase de
homologação no Ministério da Educação (MEC). O mapa curricular do ensino médio noturno é
mantido o mesmo, durante os três anos em curso e, de forma geral, pode ser visualizado na
distribuição gráfica a seguir:
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Projeto Professor Diretor de Turma e Formação para a Cidadania
Desde 2007, a Secretaria da Educação vem desenvolvendo o Projeto Diretor de
Turma, pelo qual a escola exerce um acompanhamento dos estudantes em seus aspectos
pessoais, sociais, culturais, de diversidade étnica, linguísticos, cognitivos e de integração social.
Segundo a proposta, os professores devem ser lotados como diretores de uma só turma, para
realizar registros, reuniões e intervenções, junto a cada um dos alunos e de seus respectivos pais.
Como âncora em seu trabalho, o professor é, também, lotado na disciplina de Formação para a
Cidadania, em que esta aborda temas de relevância para a o contexto de vida dos alunos,
identificados principalmente a partir de seus dossiês e portfólios.
Por estas características, o projeto foi adotado como um dos componentes
necessários à reorganização curricular do ensino médio noturno. Como a proposta está
diretamente articulada com o fortalecimento do vínculo dos estudantes com seu próprio projeto
de vida, com seus colegas de turma e com a escola, fornece boas condições para que o
estudante, do turno da noite, sinta-se melhor integrado ao ambiente de escolar.
A disciplina de Formação para a Cidadania possui 1 (uma) hora/aula por semana,
durante os seis semestres que compõem o ensino médio, e esta é ministrada pelo Professor
Diretor de Turma, o qual ainda é também professor de sua disciplina específica na escola.
Assim, pode-se afirmar que esta disciplina se baseia na realidade dos estudantes, sendo uma
oportunidade de expressão, reflexão e discussão acerca de suas vivências dentro e fora da sala de
aula. Dentre os principais temas globais trabalhados estão educação sexual, violência, drogas,
saúde, família e ética.
Um outro aspecto relevante do Projeto Diretor de Turma reside no fato deste
focar a importância, do professor, em sua prática pedagógica, criar estratégias relativas as suas
atividades pedagógicas, de forma que efetivem o desenvolvimento de conteúdos, numa estreita
relação entre o acompanhamento e a avaliação da aprendizagem dos seus alunos.
A partir de reuniões demarcadas no meio e no fim do semestre são identificadas
as dificuldades dos alunos, registradas nos instrumentos de coleta de informações como o dossiê
e o portfólio. Neste processo os resultados são debatidos, levando-se em consideração os
aspectos quantitativos.
Formação para o Trabalho
A LDB ressalta, em mais de um ponto, a importância da articulação entre a escola
e o mundo do trabalho. Um dos princípios do ensino, exposto em seu Art. 2º, é a “vinculação
entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”. Outro ponto forte desta associação
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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está materializado no Art. 22, que coloca como finalidade da educação básica, “fornecer ao
educando os meios para que este possa progredir no trabalho e em seus estudos posteriores”.
Também está claro nesta mesma lei que os conteúdos curriculares da educação básica devem ser
orientados para o trabalho (Art. 27) e que entre as finalidades do ensino médio, está “a
preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições
de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores” (Art. 35).
Atendendo à lei e às próprias características do ensino médio noturno, este
projeto procura fortalecer o vínculo entre escola e trabalho, principalmente, a partir de duas
dimensões: a primeira é como finalidade da própria educação, claramente exposta na LDB; e a
outra é como princípio educativo, em que a ação produtiva, transformadora é o alicerce de uma
educação fundamentada na aquisição de competências e habilidades voltadas à intervenção na
realidade, que une teoria e prática. Desse modo, as escolas estão sendo orientadas a incorporar
no currículo de cada uma de suas disciplinas e também em um componente curricular à parte,
estas duas dimensões da relação entre a escola e o mundo do trabalho.
No planejamento curricular das disciplinas, o esforço concentra-se no sentido de
que aulas e atividades possam contribuir para o desempenho dos estudantes nas mais diversas
atividades profissionais, bem como para que o desenvolvimento das competências e habilidades
propostas nos conteúdos de ensino esteja articulado com a vivência cotidiana dos próprios
alunos.
No currículo geral, foi inserida também a disciplina de Formação para o
Trabalho, cuja finalidade é proporcionar ao estudante o desenvolvimento de competências e
habilidades gerais, que ampliem suas condições de aquisição, manutenção e progresso no
mundo do trabalho. Composta de Composta de 2 (duas) horas/aulas semanais e de 40 (quarenta)
horas/aulas semestrais, durante os 6 (seis) semestres do Ensino Médio essa disciplina é
ministrada por um professor lotado na própria escola e cuja habilidade tenha sido identificada
pelos gestores. Como forma de materialização do resultado da aprendizagem, nessa disciplina,
este Projeto garante o fornecimento de certificação específica, discriminando os conteúdos e
práticas desenvolvidos pelos alunos, de modo a compor o portfólio e o curriculum vitae do
estudante. A certificação será emitida obedecendo os critérios:
• frequência mínima de 75% (30 horas/aulas) no semestre da disciplina;
• aproveitamento mínimo de 60%, demonstrado através das atividades realizadas ao longo do
semestre.
O projeto prevê, na elaboração da ementa da disciplina de Formação para o Trabalho,
que sejam contemplados os seguintes temas gerais nos 6 semestres:
• Trabalho e Cidadania;
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• Trabalho e Tecnologia;
• Trabalho e Linguagens;
• Trabalho e Empregabilidade;
• Trabalho e Empreendedorismo.
A partir destes temas as escolas, assessoradas pela SEDUC, são responsáveis pela
construção da ementa, contendo os temas, subtemas, justificativa, conteúdo programático,
metodologia e forma de avaliação (ver exemplo no Anexo I). Entende-se, de modo geral, que
esta disciplina possa valorizar a vivência de conceitos de uma aprendizagem orientada por
competências. Segue no Anexo II uma sugestão de detalhamento de sua ementa e dos temas nos
6 semestres.
Língua Portuguesa e Matemática
Língua Portuguesa e Matemática foram, neste projeto, incluídas durante todos os 6
semestres do Ensino Médio devido à sua relevância. A inclusão destas disciplinas, em todos os
semestres, fez surgir um outro aspecto necessário à implantação deste projeto. Para favorecer o
reingresso dos estudantes, no meio do ano e em qualquer semestre, exige-se que os dois blocos
de disciplinas sejam ofertados independentemente de sua ordem. Assim se garante que os
conteúdos abordados em um bloco, não sejam pré-requisitos para o outro, na mesma série.
Nesse sentido, foi realizado o esforço conjunto com professores destas duas disciplinas, para que
se pudesse estabelecer uma orientação curricular comum para os cursos de Língua Portuguesa e
de Matemática, servindo de base para a construção do planejamento curricular específico.
Avaliação de Aprendizagem e Estudos de Recuperação
Este projeto, apesar de não pretender alterar substancialmente os modelos da
avaliação vigente na escola, entende a importância que os processos verificadores de
aprendizagem possuem para a continuidade dos estudos e para o fortalecimento do vínculo entre
os estudantes e a própria escola. Nesse sentido, é preciso mencionar que a organização curricular
por semestre, implica em algumas observações:
• Faz-se necessário que esta avaliação seja contínua e dinâmica, oportunizando ações
pedagógicas transformadoras;
• As avaliações também devem ultrapassar a simples verificação estática de conhecimentos e
fundamentar-se em oportunidades que demonstrem, qualitativamente, o aprendizado
desenvolvido ao longo do tempo;
• Além de exames pontuais, a avaliação será composta de atividades, nas quais possam ser
reconhecidas as diversas competências e habilidades desenvolvidas durante o ensino médio,
bem como os registros de ações e comportamentos,amaro que identifiquem os aspectos
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
42
qualitativos envolvidos na aprendizagem dos alunos.
Os estudos de recuperação, obrigatórios segundo a LDB em seu Art. 24, inciso V,
serão realizados, “de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo
rendimento”, que poderão ser realizados após o término do cumprimento da carga horária
mínima anual. Além do processo de recuperação paralela e da recuperação final, os estudos de
recuperação poderão ser realizados, ainda, das seguintes formas:
• a escola implantará os estudos de recuperação da disciplina que o aluno não obteve êxito
concomitante ao semestre seguinte;
• o aluno poderá ser encaminhado ao CEJA para fazer dependência nas disciplinas em que não
obteve êxito, em qualquer um dos semestres.
Registro de Notas
O registro das notas no Sistema Integrado de Gestão Escolar – SIGE será
realizado duas vezes a cada semestre, sendo o primeiro registro ao final do 50º dia letivo, e o
segundo ao final do 100º dia letivo.
Transferência de Alunos
A transferência de alunos de uma escola com semestralidade para uma escola
com currículo organizado anualmente obedecerá o disposto no Art. 23, §1º da LDB: “a escola
poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre
estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais”.
4.1.7. Currículo e o projeto Primeiro, Aprender!
É uma ação voltada para o 1º ano do Ensino Médio. Traduz-se na articulação das
diversas disciplinas deste ano focalizando, no período de 12 semanas, o desenvolvimento e
consolidação de habilidades de leitura através do uso de material estruturado para o aluno e para
o professor. As avaliações externas de caráter internacional, nacional e estadual (Pisa,
Saeb/Prova Brasil e Spaece) demonstram que os estudantes concluintes do ensino fundamental e
do ensino médio apresentam baixo desempenho em leitura e matemática.
Desconsiderar esta realidade significa comprometer qualquer perspectiva de
melhoria do desempenho acadêmico dos alunos no Ensino Médio. Especialmente no Ensino
Médio, uma boa capacidade leitora e um bom domínio de cálculo e raciocínio lógico são pré-
requisitos para que os estudantes possam ter uma efetiva aprendizagem no decorrer dos três anos
de estudo deste nível.
Desenvolver e consolidar conceitos, competências e habilidades das diversas
disciplinas, considerados como necessários ao bom desempenho dos estudantes ao longo do
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
43
ensino médio, focalizando as habilidades de: compreensão de textos, raciocínio, articulação
lógico-abstrata de conteúdos e resolução de problemas. A organização curricular está
compreendida em:
BLOCO I: Disciplinas alinhadas à Língua Portuguesa
1. Língua Portuguesa – 60 aulas.
2. História – 24 aulas.
3. Língua Inglesa – 24 aulas.
4. Filosofia – 12 aulas.
5. Educação Física – 12 aulas.
6. Arte – 12 aulas.
BLOCO II: Disciplinas alinhadas à Matemática
1. Matemática – 60 aulas.
2. Biologia – 24 aulas.
3. Química – 24 aulas.
4. Física – 24 aulas.
5. Geografia – 24 aulas.
O material está assim organizado:
Caderno do aluno - Serão 03 cadernos para cada bloco de disciplinas: Cada aula de qualquer
das disciplinas está organizada a partir de um texto-base seguido de questões ou tarefas. Devem
ser incluídos diferentes tipos de textos, envolvendo não somente passagens em prosa, mas
também vários tipos de documentos como listas, formulários, gráficos, diagramas, etc.
Caderno do professor - É composto de orientações didático-metodológicas gerais e específicas,
apresentando os objetivos do programa em cada disciplina, bem como em cada aula. Para cada
aula são expostas as habilidades de leitura e/ou raciocínio lógico-matemático a serem
consolidadas; as habilidades
específicas do campo de estudo/disciplina a serem desenvolvidas; procedimentos para a
condução da aula; e explicação de cada questão ou tarefa – incluindo objetivo,
conhecimentos/conteúdos envolvidos e resposta com notas explicativas.
Para finalizar transpomos das DCNEM o Título II, Capítulo I do Projeto de
Resolução desta DCNEM as quais tratam da Organização Curricular e Formas de Oferta do
Ensino Médio que abrange também nestes termos esta Unidade de Ensino:
Art. 7º - A organização curricular do Ensino Médio tem uma base nacional comum e uma parte
diversificada que não devem constituir blocos distintos, mas um todo integrado, de modo a
garantir tanto conhecimentos e saberes comuns necessários a todos os estudantes, quanto uma
formação que considere a diversidade e as características locais e especificidades regionais.
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
44
Art. 8º - O currículo é organizado em Áreas de conhecimento, a saber:
I – Linguagens.
II – Matemática.
III – Ciências da Natureza.
IV – Ciências Humanas.
§ 1º - O currículo deve contemplar as quatro àreas do conhecimento, com
tratamento metodológico que evidencie a contextualização e a interdisciplinaridade ou
outras formas de interação e articulação entre diferentes campos de saberes específicos.
§ 2º - A organização por Áreas de conhecimento não dilui nem exclui
componentes curriculares com especificidades e saberes próprios construídos e
sistematizados, mas implica no fortalecimento das relações entre eles e a sua
contextualização para a apreensão e intervenção na realidade, requerendo planejamento e
execução conjugados e cooperativos dos seus professores.
Art. 9º A legislação nacional determina componentes obrigatórios, que devem ser
tratados em uma ou mais das Áreas de conhecimento para compor o currículo:
I – São definidos pela LDB:
a) o estudo da Língua Portuguesa e da Matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e
da realidade social e política, especialmente do Brasil;
a) o ensino da Arte, especialmente em suas expressões regionais, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos estudantes, com a Música como seu conteúdo obrigatório, mas
não exclusivo;
b) a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da instituição de ensino, sendo sua
prática facultativa ao estudante nos casos previstos em Lei;
c) o ensino da História do Brasil, que leva em conta as contribuições das diferentes culturas e
etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e
europeia;
d) o estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, no âmbito de todo o currículo
escolar, em especial nas Áreas de Educação Artística e de Literatura e História brasileiras;
e) a Filosofia e a Sociologia em todos os anos do curso;
f) uma língua estrangeira moderna na parte diversificada, escolhida pela comunidade escolar, e
uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.
Todas estas premissas e as do Marco Doutrinal deverão consolidar o Plano
Curricular de cada componente do ensino os quais estão dispostos na forma de anexo deste
documento. Por enquanto, aqui disporemos dos mapas curriculares, ainda em vigor neste ano de
2012.
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
45
Apresentamos então o mapa curricular que abrange este formato da Lei, bem como sua
distribuição temporal no cotidiano da escola:
MAPA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO 2012 – DIURNO
Base Legal
Área do Conhecime
nto
Disciplina/série
1º 2º 3º
C/H sem
C/H anual
C/H sem
C/H anual
C/H sem
C/H anual
LDBENNº
9394/96Base
Nacional Comum
Linguagens, Códigos e
suas Tecnologias
L. Português 5 200 5 200 5 200
Arte 1 40 1 40 1 40
Ed. Física 2 80 2 80 2 80
Ciências da Natureza,
Matemática suas Tec.
Matemática 4 160 4 160 4 160
Física 2 80 2 80 2 80
Química 2 80 2 80 2 80
Biologia 2 80 2 80 2 80
Ciências Humanas e
suas tecnologias
História 1 40 1 40 1 40
Geografia 2 80 2 80 2 80
Filosofia 1 40 1 40 1 40
Sociologia 1 40 1 40 1 40LDBEN
Nº 9394/96
P. D
L. C.L. E. (Inglês) 1 40 1 40 - -
L. E. (Espanhol) - - - - 1 40
C. H. For. Cidadania 1 40 1 40 1 40TOTAL 25 1.000 25 1.000 25 1.000
MAPA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO 2012– NOTURNO
Base Legal
Área do Conhecime
nto
Disciplina/série
1º 2º 3º
C/H sem
C/H anual
C/H sem
C/H anual
C/H sem
C/H anual
LDBENNº
9394/96
Base Nacion
al Comum
Linguagens, Códigos e
suas Tecnologias
L. Português 4 160 4 160 4 160
Arte 1 40 - - - -
Ed. Física 1 40 1 40 1 40
Ciências da Natureza,
Matemática suas Tec.
Matemática 4 160 3 120 3 120
Física 2 80 2 80 2 80
Química 1 40 2 80 2 80
Biologia 1 40 2 80 2 80
Ciências Humanas e
suas tecnologias
História 1 40 1 40 1 40
Geografia 1 40 1 40 1 40
Filosofia 1 40 1 40 1 40
Sociologia 1 40 1 40 1 40LDBEN
Nº 9394/9
6P. D
L. C.L. E. (Inglês) 1 40 1 40 - -
L. E. (Espanh) - - - - 1 40
C. H. For. Cidadania 1 40 1 40 1 40
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
46
TOTAL 20 800 20 800 20 800
MAPA CURRICULAR DA EJA – ENSINO MÉDIO 2012– NOTURNO
Base LegalÁrea do
ConhecimentoDisciplina
CARGA HORÁRIA
Semanal Anual
LDBENNº
9394/96Base
Nacional Comum
Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias
L. Português 4 160
Arte 1 40
Ed. Física 1 40
Ciências da Natureza,
Matemática suas Tec.
Matemática 4 160
Física 2 80
Química 1 40
Biologia 2 80
Ciências Humanas e
suas tecnologias
História 1 40
Geografia 1 40
Filosofia 1 40
Sociologia 1 40LDBEN
Nº 9394/96
P. D
L. C.L. E. (Inglês) 1 40
L. E. (Espanh) - -
TOTAL 20 800
HORÁRIO DAS AULAS DE DISTRIBUIÇÃO DO CURRÍCULO
DIURNO
NOTURNOOrdem da
aulaNoite
início término1ª 18:10 18:552ª 18:55 19:40
Intervalo 19:40 19h553ª 19:55 20:404ª 20:40 21:25
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
47
Ordem da aula
Manhã Tardeinício término início término
1ª 7:00 7:50 13:00 13:502ª 7:50 8:40 13:50 14:403ª 8:40 9:30 14:40 15:30
Intervalo 9:30 9:45 15:30 15:454ª 9:45 10:35 15:45 16:355ª 10:35 11:25 16:35 17:25
4.1.8. A dimensão curricular do Projeto Professor Diretor de Turma na Escola Marieta
Santos
Apresentamos a seguir o Projeto Diretor de Turma, política que visa assegurar com
maior eficiência a permanência do aluno na escola, bem como seu sucesso escolar. Caracteriza-
se, fundamentalmente, por um conhecimento sistematizado e aprofundado do aluno. Na
mediação que se realiza entre os alunos e os demais professores da turma promove-se o
desenvolvimento de um trabalho cooperativo que oportuniza aos professores conhecer as
problemáticas que fazem parte do cotidiano de cada aluno e implicam imediatamente do seu
desempenho escolar.
O Projeto Diretor de Turma visa a construção de uma escola que eduque a razão e
a emoção, onde os estudantes são vistos como seres humanos que aprendem, riem, choram, se
frustram... Uma escola que tem como premissa a desmassificação. Uma escola com plenos
objetivos de Acesso, Permanência, Sucesso e Formação do Cidadão e do Profissional.
Casussa, a partir de uma pesquisa que liderou na Unesco sobre os efeitos das
principais
variáveis presentes no rendimento escolar, chegou a informação surpreendente. Após análise
minuciosa de diferentes variáveis entre elas o nível socioeconômico, infraestrutura física,
material escolar, formação de professores, gestão da escola, constatou que um fator que permitia
melhor aprendizagem das crianças se encontrava no plano emocional, isto é, no tipo de relações
e interações entre as pessoas. Potencializar estas relações e interações é um dos principais
objetivos do Projeto Diretor de Turma.
Reconhecendo a grande importância e não estando fora de questão o
conhecimento cognitivo, Casussa afirma que as emoções vêm “antes” e “depois” do
conhecimento cognitivo, pois no primeiro caso, podem facilitar ou dificultar a aprendizagem, e,
no segundo, nos motivam para novas aprendizagens.
Assim, o afeto e o conhecimento sociobiográfico do aluno dá entrada na plenitude
feliz do
acesso à escola, concorrendo para uma Permanência nesta e revelando o caminho para o Sucesso
em sala de aula com aprendizagens eficientes, significativas que redundam na eficácia do
ensino.
Considerando esta referência, o Projeto Diretor de Turma potencializa uma escola que vê
os alunos em constante transformação, valorizando suas especificidades. Uma escola que tem a
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
48
perspectiva de formar cidadãos livres, críticos, responsáveis. Ruben Alves afirma que há escolas
que são gaiolas, e há escolas que são asas. Segundo o autor, a coragem para voar já nasce dentro
do pássaro, não podendo este ser ensinado, mas encorajado. Aqui está patente o trabalho do
Diretor de Turma. Para tal seu perfil deve ser de um professor incentivador, prudente e capaz de
proporcionar este encorajamento, fazendo da sala de aula uma experiência gratificante. É preciso
dar asas aos alunos para que sejam críticos, participativos, responsáveis, valorizando as suas
potencialidades e vivências e assim, transformando-os em verdadeiros cidadãos protagonistas.
Perfil e principais tarefas do Professor Diretor de Turma
i. Motivação para desempenhar a função;
ii. Participar, articular e coordenar o trabalho desenvolvido pelos vários professores dos
Conselhos de Classe;
iii. Conhecimentos da legislação em vigor, avaliação e estatuto dos alunos;
iv. Estabelecer relacionamento com alunos, pais ou responsáveis;
v. Promover e fomentar bom relacionamento entre alunos e comunidade educativa;
vi. Gerir situações de conflitos;
vii. Promover um ambiente facilitador do desenvolvimento pessoal, cognitivo e social
dos alunos.
Tempo e organização para o cumprimento das tarefas de diretor de turma
Destinação de 04 horas semanais para cumprimento das tarefas de diretor de turma que serão
distribuídas da seguinte forma:
i. 01 hora para organização do Dossiê da Turma (em que algumas tarefas são distribuídas por
outros pares envolvidos na educação).
Na elaboração do dossiê devem participar todos os envolvidos no processo de aprendizagem
(professores, alunos, secretaria, núcleo gestor) para um melhor conhecimento e mais eficiente
diagnóstico da turma. É dessa análise que vai nascer o tema que em Formação para a
Cidadania se tratará com a finalidade de resolver lacunas logo no início do ano.
ii. 01 hora para atendimento aos pais ou responsáveis pela educação do aluno.
A hora e o dia deste atendimento devem ser negociados com os representantes em reunião de
pais que será realizada logo no início do ano. Nesta reunião, é feita a eleição de 1 ou 2 pais,
como Representantes da Turma e que terão como atribuição participar nas reuniões
intercalares e bimestrais, fazendo o elo de informação com o restante dos pais da turma.
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
49
iii. 01 hora para orientação de alunos monitores de Estudos Orientados.
O Estudo Orientado será implementado gradativamente como um apoio fundamental a
determinados grupos de estudantes no contraturno de suas aulas. Este apoio destina-se a
aprender a estudar e a pesquisar e constitui-se de grupos de alunos por disciplina conforme
suas dificuldades. Este serviço será
desenvolvido com alunos monitores que terão orientação direta do professor Diretor de Turma,
e indiretamente dos professores das disciplinas em que há dificuldades através de um
planejamento a partir da análise das reuniões intercalares e bimestrais.
iv. A 4ª hora será dedicada a uma área curricular não disciplinar (Formação Cidadã), ministrada
pelo Diretor de Turma, que fará parte da grade dos alunos, bem como da dos professores
Diretores de Turma. É uma área em que o Diretor de Turma terá uma primeira fase de
conhecimento mais detalhado de cada aluno, através de instrumentais para este fim.
v. É importante que seja reservado um espaço para os diretores de turma poderem realizar suas
tarefas. A escola deve buscar essa possibilidade. Os professores Diretores de Turma têm que ter
expostos os seus horários num painel de parede à vista de quem visita este espaço. Os
instrumentais do dossiê devem estar
registrados e digitados em computador com pastas nomeadas para cada turma, bem como em
pasta AZ onde se arquivarão todos os instrumentais que se imprimem do computador. Estas
pastas devem estar em armário e prontas a serem vistas quer pelo núcleo gestor, supervisor,
Superintendente, no atendimento aos pais, ou a qualquer professor da turma.
Atribuições do Diretor de Turma
i. Atividades que envolvem alunos, professores e pais ou responsáveis, Núcleo Gestor, possíveis
parcerias com a comunidade educativa e elaboração do Dossiê de Turma.
ii. A realização das Reuniões de Conselho de Turma serão da responsabilidade do Diretor de
Turma.
A convocação destas reuniões é feita pelo Núcleo Gestor, em tempo devido. Também devem ser
convocados os Representantes e Lideres de sala de aula com tempo necessário (geralmente 08
dias de antecedência) para que possam se reunir com seus pares e preparar os devidos pontos
da pauta de trabalho. Da mesma forma, os professores agirão, com a finalidade da reunião ser
incisiva, precisa e concisa e prática.
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
50
Tarefas organizativas e administrativas do Diretor de Turma
O Diretor de Turma tem ainda tarefas organizativas / administrativas, tais como:
i. Analisar o registro de faltas;
ii. Analisar as coletas de dados de informação por disciplina fornecidas por cada professor de
cada disciplina;
iii. Analisar Atas das reuniões dos Conselhos de Turma, junto com o Secretário que as digitou.
As atas serão digitadas por um dos seus professores (pela ordem alfabética) do Conselho de
Turma;
iv. Organizar o Dossiê da Turma.
Aspectos a serem considerados pelo Diretor de Turma junto aos alunos
i. Conhecimento do aluno em toda a sua dimensão;
ii. Orientação personalizada aos alunos;
iii. Adequação do plano de estudos;
iv. Observação dos comportamentos em situações coletivas;
v. Conhecimento dos interesses, atitudes, valores e hábitos de trabalho;
vi. Promoção de uma correta integração do aluno na vida escolar;
vii. Clima de liberdade que facilite a adaptação social, física e intelectual do aluno.
viii.Alunos com dificuldade de acompanhamento especial;
ix. Atividades extracurriculares;
x. Ser o elo entre a escola e a família.
Aspetos a serem considerados junto aos professores
i. Fornecer informação da Turma;
ii. Discutir e definir com os professores estratégias de ensino-aprendizagem;
iii. Promover o trabalho de equipe entre os professores;
iv. Favorecer a coordenação interdisciplinar;
v. Recolher/fornecer informações sobre assiduidade/comportamento/aproveitamento;
vi. Analisar problemas dos alunos;
vii. Coordenar relações interpessoais e intergrupais;
viii. Coordenar a elaboração de propostas de apoio pedagógico, nas disciplinas de dificuldades;
ix. Propor/debater formas de atuação entre escola/pais, durante as reuniões de Conselho de
Turma.
Aspetos a serem considerados junto dos Pais ou Responsáveis
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
51
i. Informar os Pais ou Responsáveis.
ii. Combinar com eles comunicando-lhes o dia e a hora de atendimento semanal.
iii. Fornecer aos pais, com regularidade, informações sobre a assiduidade comportamento e
aproveitamento escolar dos alunos.
iv. Após aviso do núcleo gestor, convocá-los para as reuniões. Uma no início do ano escolar
(onde se fará a eleição do Representante ou Representantes), uma para cada entrega de avaliação
do aluno;
v. Realizar as atividades educativas pais / alunos / professores da turma.
vi. Propor formas de atuação para uma relação mais estreita família / escola.
vii. Arranjar estratégias específicas de aproximação.
Organização do Dossiê de Direção de Turma
O Dossiê é organizado numa pasta (az) para cada turma e respectivo ano escolar. Pode e deve
também ser concomitantemente digitado em computador e inserido numa pasta para cada
direção de turma. Depois é só imprimir e colocar os instrumentais na pasta az que ficará
guardada em armário no espaço em que a escola reservar para a direção de turma. Este dossiê é
para ser consultado pelo núcleo gestor, professores da turma, supervisor, superintendente ou
outras pessoas superiormente hierárquicas e analisado pelo diretor de turma sempre que
necessário e no atendimento aos pais de cada discente ou responsáveis pela educação. É nessa
pasta que se colocam todos os instrumentais que nos vão levar ao conhecimento de cada aluno.
A capa deve ser dividida por separadores elaborados em papel colorido 40 quilos por onde se
distribuem os respectivos instrumentais.
4.1.9. O Ensino Médio e a EJA
A Educação de Jovens e Adultos – EJA nesta Unidade Escolar objeto deste
projeto político e pedagógico será regido de acordo com as recomendações legais previstas,
quais sejam emanadas dos sistemas de ensino superpostos a este e devem nortear suas práticas e
processos de constituição e execução.
O inciso I do art. 208 da Constituição Federal determina que o dever do Estado
para com a educação é efetivado mediante a garantia da Educação Básica obrigatória e gratuita
dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não
tiverem acesso na idade própria. A LDB, no inciso VII do art. 4º, determina a oferta de educação
escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas
necessidades e disponibilidades, garantindo-se, aos que forem trabalhadores, as condições de
acesso e permanência na escola. O art. 37 traduz os fundamentos da EJA, ao atribuir ao poder
público a responsabilidade de estimular e viabilizar o acesso e a permanência do trabalhador na
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
52
escola, mediante ações integradas e complementares entre si e mediante oferta de cursos
gratuitos aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular,
proporcionando-lhes oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do
alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. Esta
responsabilidade deve ser prevista pelos sistemas educativos e por eles deve ser assumida, no
âmbito da atuação de cada sistema, observado o regime de colaboração e da ação redistributiva,
definidos legalmente.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação e Jovens e Adultos estão
expressas na Resolução CNE/CEB nº 1/2000, fundamentada no Parecer CNE/CEB nº 11/2000,
sendo que o Parecer CNE/CEB nº 6/2010 e a Resolução CNE/CEB nº 3/2010 instituem
Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos aspectos relativos à
duração dos cursos e idade mínima para ingresso nos cursos de EJA; idade mínima e
certificação nos exames de EJA; e Educação de Jovens e Adultos desenvolvida por meio da
Educação a Distancia. Indicam, igualmente, que mantém os princípios, objetivos e diretrizes
formulados no Parecer CNE/CEB nº 11/2000.
Sendo os jovens e adultos que estudam na EJA, no geral trabalhadores, cabem as
considerações anteriores sobre os estudantes do Ensino Médio noturno, uma vez que esta
modalidade é, majoritariamente, oferecida nesse período. Assim, deve especificar uma
organização curricular e metodológica que pode incluir ampliação da duração do curso, com
redução da carga horária diária e da anual, garantindo o mínimo total de 1.200 horas. A
aproximação entre a EJA – Ensino Médio – e a Educação Profissional, materializase, sobretudo,
no Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na
Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), instituído pelo Decreto nº 5.840/2006.
A proposta pedagógica do PROEJA alia direitos fundamentais de jovens e adultos, educação e
trabalho. É também fundamentada no conceito de educação continuada, na valorização das
experiências do indivíduo e na formação de qualidade pressuposta nos marcos da educação
integral.
4.1.10. A Educação Especial
Destacamos para esta modalidade de ensino as diretrizes emanadas da Lei. Como
modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino a Educação Especial
deve estar prevista no projeto político-pedagógico da instituição de ensino.
O ensino para de pessoas com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação segue, pois, os princípios e orientações
expressos nos atos normativos da Educação Especial, o que implica assegurar igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola e o atendimento educacional especializado na
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
53
rede regular de ensino, cmo buscamos e fazemos nesta escola.
Conforme expresso no texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência e de seu Protocolo Facultativo4, “a deficiência é um conceito em evolução”,
resultante “da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras devidas às atitudes e ao
ambiente que impedem a plena e efetiva participação dessas pessoas na sociedade em igualdade
de oportunidades com as demais pessoas”. Considerando o “respeito pela dignidade inerente, a
autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas” e o entendimento da
diversidade dos educandos com necessidades educacionais especiais, esta escola não restringe o
acesso por motivo de deficiência. Tal discriminação “configura violação da dignidade e do valor
inerentes ao ser humano”.
Cabe-nos assim garantir a transversalidade das ações da Educação Especial no
ensino regular, assim como promover a quebra de barreiras físicas, de comunicação e de
informação que possam restringir a participação e a aprendizagem dos educandos.
Nesse sentido, buscamos organizar processos de avaliação adequados às
singularidades dos educandos, incluindo as possibilidades de dilatamento de prazo para
conclusão da formação e complementação do atendimento.
Para o atendimento desses objetivos, definimos maneiras inclusivas de
atendimento aos estudantes que aqui se matriculam com estas especificidades, assegurando-lhes
o necessário apoio na sala de recurso multifuncional; a formação continuada de professores para
o atendimento educacional especializado, esta pela professora lotada naquele espaço. Buscamos
adequar o prédio para tal demanda com os recursos do FNDE, escola acessível, com vistas a
integração das diferentes ações institucionais de inclusão de forma a prover condições para o
desenvolvimento acadêmico dos educandos, propiciando sua plena e efetiva participação e
inclusão na sociedade.
4.2. Dimensão da gestão democrática e participativa
Buscamos a atuação dos organismos colegiados de maneira a fazer intervenção
nos processos escolares. Entretanto, há uma lacuna de afastamento o que está sendo discutido
através de formações continuadas para tais grupos.
Buscamos também um projeto forte e coerente com as novas demandas sociais.
Ao empenhar-se em garantir aos estudantes uma educação de qualidade, todas as atividades da
escola e a sua gestão estão caminhado para esse propósito. O processo de organização das
turmas de estudantes, a distribuição de turmas por professor, as decisões sobre o currículo, a
escolha dos livros didáticos, a ocupação do espaço, a definição dos horários e outras tarefas
administrativas e/ou pedagógicas pretendem sempre alcançar e priorizar o atendimento dos
interesses e necessidades dos estudantes
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
54
Nesse sentido, entendemos que a gestão democrática é um dos fatores decisivos
para assegurar a todos eles o direito ao conhecimento.
Pretendemos com este projeto político-pedagógico traduzir a proposta educativa
construída pela comunidade escolar no exercício de sua autonomia, com base no diagnóstico dos
estudantes e nos recursos humanos e materiais disponíveis, sem perder de vista as orientações
curriculares nacionais e as orientações emanadas da Secretaria da Educação e dos órgãos
maiores da educação dos respectivos sistemas de ensino.
Para esta construção buscamos vários encontros com uma ampla participação dos
profissionais da escola na definição das orientações imprimidas nos processos educativos.
Buscamos também apoio de pais, muito embora haja uma dificuldade nesse sentido.
Com estes princípios queremos nos distanciar da ideia de ser este texto
burocrático, mas sobretudo, caminho para discussões futuras que melhore e fortaleça as boas
práticas advindas deste documento, tornando-o assim instrumento de consulta e revisão
constante. Entendemos este projeto como facilitador da gestão democrática. Por isso, estamos
colocando-o à discussão constante.
Pelo explícito cabe lembrar que a gestão democrática do ensino público é um dos
princípios em que se baseia o ensino, conforme determina o inciso VIII do art. 3º da LDB,
completado pelo seu art. 14:
Art. 3º (...)
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de
ensino.
Art. 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na
Educação Básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Com a elaboração deste projeto esperamos alcançar melhorias significativas da
qualidade de ensino desenvolvendo boas práticas, adequadas à situação da nossa comunidade.
Em outras palavras, este é um caminho para se desenvolver a educação que almejamos; isto
passa pelo compromisso de toda a nossa comunidade e pela nossa escola.
Com este projeto queremos colocar o aluno no centro do planejamento curricular,
considerando-o um sujeito com todas as suas necessidades e potencialidades, e que tem uma
vivência cultural e é capaz de construir a sua identidade pessoal e social.
Consolidando estes processos de democracia e transparência buscamos esclarecer
as fontes de obtenção financeira e o bom gerenciamento destes, sempre colocando o estudante
como fator mais importante de investimento, seja na qualidade da alimentação escolar,
manutenção do prédio escolar, ou dos serviços eficientes do ensino por meio dos seus materiais
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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humanos e didático. Todos os recursos estão voltados para esta excelência dos serviços
prestados.
Outros pontos importantes desta dimensão
Relacionamento na escola: desejamos manter as boas relações entre os pares constituindo a
harmonia e a cooperação.
Relacionamento com a família: buscamos maior estreitamento. Percebemos faltar uma linha
estratégica a seguir.
Relacionamento com a comunidade: percebemos que a comunidade tem aceitação pela escola,
embora esta vinda de forma mais participativa deixe a desejar.
Participação e organização dos alunos: a organização dos alunos busca sempre o zelo pela sua
formação geral e acadêmica. Zelamos pela uniformização dos alunos como forma de estabelecer
o princípio da igualdade.
Atividades esportivas e culturais: promovemos atividades esportivas e entretenimento
educacional.
Orientação vocacional: desejamos fortalecer os mecanismos de orientação vocacional com os
alunos do 3º ano de Ensino Médio.
4.3. Dimensão Administrativa:
O quadro de pessoal é gerenciado de forma a garantir a todos que procuram a
escola serviços públicos de qualidade, qualificados pela eficiência no atendimento.
Busca manter a escola sempre limpa e acolhedora, valendo-se da gerência
eficiente do quadro de servidores gerais.
Ao aluno é ofertada a alimentação escolar na forma das recomendações legais
definidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar- PNAE.
Os trabalhos de escrituração escolar primam pelo bom atendimento e
fornecimento em tempo hábil daquilo que é solicitado e permitido à comunidade escolar,
zelando pela vida burocrática do aluno e dos profissionais, mantendo os arquivos e registros
sempre atualizados.
VISÃO SISTÊMICA DA ESCOLA: QUEM É QUEM NA ESFERA DO DESEMPENHO E ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO
Com o objetivo de alinhar e organizar as múltiplas atividades que abrangem a
área pedagógica da escola, estas orientações passam a constituir-se como mecanismo de controle
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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da gestão escolar referente aos processos do ensino e da aprendizagem. Está dividido nas
diversas vertentes que incorporam os profissionais responsáveis diretamente pelo dorso central
da estrutura escolar: o ensino e a aprendizagem.
Papel da coordenação escolar relacionada de forma direta com os processos
pedagógicos: Cada coordenador, no caso atual três, zelará pelo desenvolvimento de um do
turno, também respondendo por cada uma das áreas do ensino, planejando a gestão do ensino
concentrado na sede da escola e Extensão de Matrícula, ambos lançando mão do apoio técnico-
pedagógico e exercendo gerência dos seguintes agentes: Centro de Multimeios e Sala de Leitura,
Professores Coordenadores de Área e Professores Coordenadores dos Laboratórios de Ciências e
Informática Educativa.
A sala de leitura será de responsabilidade do coordenador da área de linguagens;
laboratórios de informática também; já o laboratório de ciências estará a cargo do coordenador
da área de ciências da natureza. Os projetos paralelos da escola tal como PETECA, Educação
Fiscal, PSE, organismos escolares, ficarão a cargo de um terceiro coordenador. Já o projeto
Diretor de Turma será responsabilizado pelo coordenador da área de humanas.
A estas atribuições gerais dissecamos em outras de ordem mais específicas, não se
excluindo aquelas aqui ausentes, mas que constituem e são próprias do trabalho de qualquer
gestor escolar.
a) definir a pauta dos planejamentos semanais junto aos demais coordenadores e direção da
escola, compreendendo formação continuada; agremiação dos ambientes de suporte à
aprendizagem; elaboração de planejamentos de aula, resguardando os preceitos disposto
neste projeto político e pedagógico; e momentos de registros de documentos próprios da
rotina do professor, inclusive validando os Diários de Classe e neste apondo suas
assinaturas e acompanhados de carimbos, o que deve ser feito nestes momentos;
b) responsabilizar-se pelas informações dadas à frequencia dos planejamentos dos
professores, inclusive apondo FALTOU aos que não comparecerem;
c) conduzir o planejamento de ensino em articulação com os demais coordenadores;
d) validar e acompanhar a execução dos Planos de Ensino dos professores, bem cmo os
planos voltados para a melhoria dos resultados do SPAECE, zelando pelos processos de
recuperação paralela sempre que couber a necessidade;
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e) mobilizar os seus respectivos professores, com foco principal nos de Língua
Portuguesa e Matemática mas não somente junto a estes, as atividades de
fortalecimento para a melhoria dos resultados do SPAECE;
f) fornecer ajuda e contribuição didática-metodológica aos seus docentes, coordenando os
processos de avaliação interna (diagnóstica, formativa/intervenção e somativa),
respeitando-se a carga horária de cada uma destas disciplinas e as peculiaridades de cada
uma delas. Ressalte-se que a orientação conceitual é mais específica do Professor
Coordenador de Área, mas que o planejamento e qualquer ação inerente a este é de total
responsabilidade do coordenador;
g) realizar avaliações bimestrais de desempenho dos professores em articulação com o
Conselho Escolar, Direção e com representantes dos alunos;
h) estabelecer conexões de gestão com a Coordenadora do Projeto Diretor de Turma, bem
como participar das reuniões inerentes ao projeto;
i) acompanhar o desenvolvimento dos Planos de Curso e suas conexões com os Planos de
Unidade e de Aula, verificando sua coerência com os tempos previstos nestes planos,
bem como acompanhando seus registros e impactos no desempenho do aluno;
j) conduzir os ajustes necessários à reformulação de Planos de Curso quando se deva
proceder adendos ou retiradas em função do Projeto Primeiro Aprender ou outros
projetos/programas demandados da SEDUC; isto dando atenção especial ao Projeto
Primeiro, Aprender!;
k) fazer levantamento bimestral dos indicadores de desempenho, após reuniões bimestrais
dos Diretores de Turma encaminhando-os à análise dos professores e posteriormente à
CREDE. Estes indicadores aos alunos e pais deverá ser feito pela direção da escola;
l) Realizar avaliações bimestrais de desempenho dos professores Diretores de Turma em
articulação com o Conselho Escolar, Direção e com representantes dos alunos, demais
coordenadores;
m) Gerenciar o Projeto Diretor de Turma e responder por todas as suas ações inerentes ao
projeto, informando em tempo hábil à Direção e à CREDE as informações requeridas e
necessárias;
n) Organizar junto à Direção, reunião de pais, professores dentre outras;
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o) Gerenciar os programas e projetos paralelos ao currículo oficializados ou apenas
propostos pela SEDUC, tais como Escola que Protege, Educação Fiscal, cumprimento da
Lei do Buling, PETECA dentre outros;
p) Coordenar, junto à Direção, os projetos de fortalecimento à gestão democrática da
escola: grêmio estudantil, conselho escolar, regimento escolar, PPP, Prêmio Gestão;
q) Desenvolver o protagonismo juvenil, através das ofertas múltiplas de apoio ao currículo
como a Academia Muscular, Banda de Música, Grupos de Dança, Teatro, Capoeira,
Informática;
r) Promover ações eficazes de formação continuada do professor.
Por considerar de extrema importância o atingimento do objetivo central da
escola esta lança mão de alguns agentes de apoio pedagógico. Assim, os apresentamos com suas
funções abrangentes:
Professores Coordenadores de Área:
a) Atuar em conjunto com os demais agentes pedagógicos no planejamento do ensino,
inclusive colaborando com os Coordenadores Escolares.
b) Coordenar ações pedagógicas e de logística do SPAEMAS e SPAECE.
c) Atuar no sentido de ajudar o professor a melhor desenvolver os temas das disciplinas,
fornecendo materiais didáticos ao professor, executando também ações de formação
docente.
d) Colaborar na organização e desenvolvimento dos planos de aula, mensal e de curso.
Professores Coordenadores dos Laboratórios de Informática Educativa:
a) Atuar em conjunto com os demais agentes pedagógicos no planejamento do ensino,
fazendo conexões pedagógicas com a Língua Portuguesa e as proficiências do
SPAEMAS/SPAECE.
b) Atuar no sentido de ajudar o professor a melhor desenvolver os temas das disciplinas,
fornecendo materiais didáticos no âmbito das novas tecnologias de informação,
executando também ações de formação docente (PCN/Informática).
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c) Promover ações de fortalecimento da leitura e da escrita a partir do uso do computador
em articulação direta com o CM.
d) Desenvolver com os professores hábitos escolares de que a ferramenta computacional
não está para a “pesquisa”.
e) Ser o cérebro de articulações entre as áreas (ou dentro das mesmas) com a finalidade de
realizar projetos inter e multidisciplinares.
Professores Coordenadores do Laboratório Multifu8ncional de Ciência:
a) Atuar em conjunto com os demais agentes pedagógicos no planejamento do ensino.
b) Coordenar ações pedagógicas voltadas para o desenvolvimento e incentivo à pesquisa
científica juvenil.
c) Atuar no sentido de ajudar o professor a melhor desenvolver os temas das disciplinas,
fornecendo materiais didáticos ao professor.
d) Colaborar com o desenvolvimento de práticas laboratoriais entre as aulas da área e a sala
de aula, com experiências de projetos inter e multidisciplinares.
e) Planejar e dar apoio executivo-pedagógico à realização da Mostracma.
Professores do Centro de Multimeios/Sala de Leitura:
a) Estabelecer elo entre os demais centros de apoio à aprendizagem, sempre sob a
gerência central dos Coordenadores delegados.
b) Estar atualizado dos processos que ocorrem nos centros de apoio inerentes
(laboratórios).
c) Favorecer um clima de boa aprendizagem por meio dos incentivos à leitura.
d) Ser o centro de discussão dos projetos de suporte e fortalecimento ao currículo
escolar e à aprendizagem dos alunos.
e) Mobilizar professores e coordenadores para leitura de livros técnicos-didáticos.
f) Mobilizar alunos e professores de Língua Portuguesa para a disposição literária por
meio da leitura de romances, articulando para tanto, saraus, mostras, recitais,
produções literárias, encenações sistemáticas etc., buscando intervir no currículo da
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língua materna de forma pró-ativa, empreendedora, consistente e vigorosa, sem que
se esvazie por si o programa do professor. Assim sendo, noutros tempos da aula.
g) Colaborar com o desenvolvimento de habilidades do SPAEMAS e SPAECE, paraleo
ao trabalho natural da sala de aula do professor de Língua Portuguesa.
h) Coordenar a distribuição de livros didáticos do Banco do Livro, bem como mantê-lo
em ordem e atualizado conforme os SISCORT.
i) Coordenar os processos de empréstimo de livros paradidáticos e outros, bem como
mantê-los atualizados no SISCORT.
j) Promover gincanas culturais e organizar datas festivas, comemorativas e oficiais,
buscando apoio logístico e técnico da Direção e Coordenadora Vilany.
O PROFESSOR REGENTE DE SALA DE AULA
Por fim, vele lembrar sobre a função do principal agente do bom desempenho do ensino,
o professor regente de sala de aula, naquilo/aquele que envolve plenamente o “zelar pela
aprendizagem do aluno”. Seguem as dicas ou 01 alfabeto que se confundem com funções, na
verdade:
a) Buscar manter as boas relações em sala de aula.
b) Preparar-se bem para sua aula, lembrando que a primeira nunca é igual à segunda
(aula).
c) Selecione o que é relevante ter como conteúdo. Saiba reconduzir um plano e
comunicar seu coordenador.
d) Lançar mão de boas técnicas didáticas.
e) Ser criativo: avaliar de diversas formas. Não amarrar-se a fórmulas. O jeito que você
trabalhou num bimestre pode ser diferente noutro. Portanto as estratégias de
avaliação podem sugerir ajustes. Os ritmos são diferentes, os conteúdos são
diferentes. E quem define o final das contas é você, com justiça e responsabilidade.
Verifique sua carga horária e vai ver que fórmulas avaliativas nem sempre
funcionam.
f) Elevar nos alunos o nível de proficiências no SPAECE. É tarefa de cada um, de
todos. O SPAECE é o termômetro do sistema estadual de ensino do Ceará.
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g) Avaliar de forma justa.
h) Avaliar-se sempre e, principalmente, quando o resultado não for o esperado.
i) Ser humilde: nunca se sabe muito. Sempre aprende-se muito mais... com o tempo.
j) Evitar que a aula seja cansativa em excesso, ou demasiadamente, animada. Manter o
limite, o equilíbrio é sempre o adequado.
k) Estabelecer acordos com o aluno: hora de sair, de entrar em sala de aula (mas sempre
buscando ser o exemplo). Esses acordos sempre funcionam. Porém, busque a
continuidade.
l) Manter firmeza na fala; gritos nem sempre é a melhor solução.
m) Ser a autoridade na/da sala de aula é SEMPRE o professor. Se alguém invadí-la,
busque num outro momento a pessoa que talvez sem intençã invadiu essa autoridade
e converse honestamente com ela sobre o assunto.
n) Zelar pelo tempo de aprendizagem. Veja a hora (e o jeito ideal) de fazer a chamada,
por exemplo. Observe o tamanho de sua carga horária anual. Pode ser muito pequena.
o) Chegar na hora certa (ou diria, 10 minutos antes à escola). Isto vai favorecer os
últimos detalhes antes de chegar à sala de aula. O aluno está sempre de olho!
p) Estar sempre às reuniões convocadas pela escola. Isto garante um profissional
responsável e de visível compromisso com o trabalho.
q) Buscar deixar problemas em casa. Mesmo sendo difícl, por muitas vezes, manter essa
distância.
r) Manter Diários de Classe e outros documentos sempre atualizados e na escola, no
caso, o Diário de Classe.
s) Assinar sempre seu livro de ponto, muito embora seu registro legalmente seja
caracterizado pelo registro de sua aula no Diário de Classe.
t) Esperar sempre seu colega para entregar a sala de aula. Isto favorece a disciplina de
modo geral.
u) Seja FIRME com seus alunos, respeitando-os para ter direito ao respeito deles.
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v) Zelar pela assiduidade.
w) Ser um bom Diretor de Turma.
x) Ser ético. Não permita que alunos falem mal de seus colegas, feche com diplomacia
o assunto.
y) Liberar alunos de sala de aula somente quando das provas bimestrais. Não tornar
rotina trabalhos em equipe, por motivo algum, no pátio da escola.
z) Vestir o uniforme da escola. Isto significa “vestir a camisa” da instituição.
5. PLANO DE ATIVIDADES*
Dimensão AçõesAtividades
PermanentesObjetivos Metas Responsável
Pedagógica (Gestão de resultados)
Cumprir as metas 2012 do Plametas
Fortalecimento do Projeto Diretor de Turma
Cumprir metas estabelecidas
Atingir o planejamento de metas
Geri (Diretor)
Fazer melhorar os resultados do SPAECE
Fortalecer a presença de professores em sala de aula e qualificar o projeto SPAEMAS
Aumentar o nível de proficiência dos alunos
Aumentar o nível de proficiência em pelo menos 7% em 2012
Esmeraldina (coordenadora manhã);Edilêda (coordenadora Tarde);Vilany (coordenadora noite)
Qualificar os planejamentos no âmbito da formação continuada acerca da gestão de sala de aula; domínio técnico-científico do trabalho docente.
Planejar atividades que venham ao encontro destas demandas
Melhorar o ensino
Qualificar todos os professores para o exercício da docência
Esmeraldina (coordenadora Linguagens);Edilêda (coordenadora Matemática e Ciências da Natureza);Vilany (Coordenadora humanas)
Participar com mais facilidade das inscrições do ENEM e na realização das provas, bem como de vestibulares
Articular documentos necessários para a inscrição; mobilizar pessoas de suporte pedagógico para o trabalho
Melhorar a participação no ENEM bem co mo a qualificação na realização das provas
Atingir 100% em participação em 2013, uma vez que em 2012 chegou-se a 97,3%;
Esmeraldina (coordenadora Linguagens);Edilêda (coordenadora Matemática e Ciências da Natureza);Vilany
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vocacional e preparação técnica para a boa realização nas provas do ENEM e concursos
elevar para 550 pontos a média total da provas objetiva e redação no ENEM; cobrir em 50% a participação dos alunos nos vestibulares da região e PROUNI
(Coordenadora humanas)
Gestão democrática
Melhorar a aproximação escola e pais
Qualificar a intervenção dos organismos colegiados e intensificar os objetivos do Projeto Diretor de Turma
Eliminar as lacunas existentes entre escola e pais de alunos
Atender todos os pais de modo que estes percebam sua importância no desenvolvimento escolar dos filhos
Esmeraldina (coordenadora dos organismos colegiados;Vilany (Coordenadora do projeto Diretor de Turma)
Gestão administrativa
Melhorar o envolvimento de todos os trabalhadores da escola com as diversas ações educacionais em torno do sucesso e permanência do estudante
Favorecer redes de intercomunicação entre todos os pares da escola a favor do aluno
Congregar professores e funcionários em torno de um objetivo comum
Fazer pelo menos 04 reuniões ao longo do ano letivo de modo a agregar as potencialidades do grupo
Geri (Diretor)Dourisete (coordenadora)
Qualificar o atendimento pela excelência nos diversos setores que envolvem a dinâmica escolar (serviços de secretaria; organização do clima escolar seja físico ou humano; serviços de limpeza e
Organizar de forma eficaz e eficiente as demandas de atendimento escolar nos diversos setores de serviços públicos da escola, por meio de calendários de funcionamento
Qualificar o atendimento educacional da instituição
Melhorar em 100% o atendimento tendo em vista as ações propostas
Geri (Diretor)Dourisete (coordenadora)
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similares) e distribuição de funções; publicação de ofertas; identificação de espaços; facilitação de locais de atendimento etc.
*Plano a ser revisto a cada encontro de avaliação deste projeto. Estas atividades não se resumem em sí, mas
abrem outros leques de possibilidades para que cada ação possa ser ampliada e melhor planejada no
decorrer dos trabalhos da prestação de serviços.
6. A avaliação do projeto político-pedagógico
A avaliação o projeto deve ser realizada através de um processo continuo de
acompanhamento e reflexão sobre as ações, visando a confirmação ou modificação das decisões
assumidas no momento de sua elaboração.
Decisões sobre alterações no plano exigem o estabelecimento de novos fluxos e troca de
informações que devem consolidar os resultados almejados levando-se em conta:
Os problemas apresentados pelas diversas disciplinas;
Se a metodologia e as propostas curriculares atendem as necessidades de conhecimento dos
alunos;
Se a taxa de evasão tem diminuído;
O nível de desempenho do aluno;
A modificação da pratica do professor após a capacitação;
Se o acervo da Biblioteca atende as necessidades;
Os eventos em que os alunos, pais ou professores participarão;
Definir por uma avaliação processual sem se preocupar com o acumulo de conteúdo;
Considerar a avaliação quantitativa (a nota atribuída ao aluno) o ponto de partida para
avaliação qualitativa (atitudes do aluno) nas diferentes atividades propostas em todos os
componentes curriculares;
Definir previamente pontos de chegada para cada série e disciplina, por bimestre, utilizando
como critério avaliação processual e final;
Levantar após cada avaliação de unidade os resultados de aprendizagem em termos
percentuais.
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Repensar a prática pedagógica com visão sócia política do trabalho educativo o que pressupõe
um olhar para o aluno, com sistema de crenças voltado para a confiança de que, todo o aluno é
capaz de aprender.
Estas são algumas das muitas situações de investigação que a escola deve
levantar na busca de soluções para os problemas identificados. Concebida como processual, a
avaliação do projeto envolverá pais, professores, direção da escola, alunos e funcionários.
7. Referências Bibliográficas
ABRAMO, H. Condição juvenil no Brasil contemporâneo. In: ABRAMO, H.; BRANCO, P.P.M.
Retratos da juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional. São Paulo: Instituto
Cidadania; Fundação
Perseu Abramo, 2005. p. 37-73.
ABRANTES, P. Os sentidos da escola: identidades juvenis e dinâmicas de escolaridade. Oeiras: Celta, 2003.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação/CNE. Câmara da Educação Básica/CEB. Parecer 5/2011.
CARRANO, P. Os jovens e a cidade. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2002.
DAYRELL, Juarez. A escola “faz” as juventudes? Reflexão em trono da socialização juvenil,
2007. http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a2228100.pdf, acesso em 11/06/2012.
GADOTTI, Moacir. Organização do trabalho na escola: alguns pressupostos. São Paulo: Ática, 1994.
OLIVEIRA, R. P., SOUSA, S. Z. Ensino Médio Noturno: democratização e diversidade. Revista Educar. Nº 30, UFPR, 2008.
VEIGA, Ilma P.A. "Escola, currículo e ensino". In: I.P.A. Veiga e M. Helena Cardoso (org.) Escola fundamental: Currículo e ensino. Campinas, Papirus,1991.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: Teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo, Cortez e Autores Associados, 1983.
CEARÁ. Secretaria da Educação Básica/SEDUC/2010. Projeto Primeiro Aprender/Projeto Diretor de Turma.
CEARÁ. Secretaria da Educação Básica/SEDUC/2011. Ensino Médio Noturno.
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Anexo 1Quadro de Pessoal
QUADRO DE LOTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EFETIVOS – 2012
MPROFESSOR DISCIPLINA1 Marcos Antônio Lopes Carvalho Geografia1 Ana Lúcia Araújo Santos Português1 Ney Wagner Vasconcelos Educação Física4 Maria Edileda Leitão Carneiro Matemática1 Jannie Cristina Vasconcelos Pontes Biologia
Paulo César de Oliveira Filosofia1 Manoel Eranildes Ferreira Matemática1 Márcio José Soares Inglês1 Ismaura Ferreira Dutra Português1 Priscila Neila Alves Química3 Maria das Graças Rocha Vasconcelos Português3 Francisca Simone do Nascimento Português1 Maria Cerilene Souza Português5 Marcos Paulo Teixeira Português
Maria Liliane Silveira Lima Português1 Lêda Maria Ferreira Português5 José Flávio Jovino Sobrinho Biologia1 Maria Gilvana Freitas Araújo Química1 Maria Eliene Araújo Química3 José Jair Carneiro Adriano Matemática
Luís Carlos da Silva Matemática1 Francisco Vagner Silveira Matos Matemática1 Ana Clara Vasconcelos Física1 César Roberto do Nascimento História3 Carla Nayane Rodrigues Correa Hisptória3 Ana Kelly Freitas Araújo Português1 Francisco Edineudo de Araújo Química 3 Jacques Coelho Reginaldo Física1 Francisco Fabiano Araújo Prof. Coord. LIE3 Luís Vongesse Júnior Prof. Coord. LIE3 Francisca Selene Vasconcelos Geografia5 Samira Quécia Freitas Geografia5 Samira Vasconcelos Soares Geografia1 Maria Valdelene Moreira Português1 Cláudia Márcia de Vasconcelos Português1 Sheila Maria de Vasconcelos Matemática3 Francisco Marques de Sousa Física5 Lucivalda Sousa Teixeira Química
5 Leidiane Dangela Vasconcelos História
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Centro de Multimeios
MATRIC. PROFESSOR DISCIPLINA C/H12302916 Maria Rogelvanea Silveira Regente13672911 Francisca do Livramento Araújo Readaptada – Apoio 2012079710 Christianne Carvalho Lima Readaptada – Apoio 2013672814 Maria Marta Rios Morais Readaptada – Apoio 2009537716 Regina Célia da Silva Souza Readaptada – Apoio 4012080018 Francisca Maria Vasconcelos Readaptada – Apoio 4003569011 Onédia Mercedes de V. Carvalho Readaptada – Apoio 2016100315 Rejane Maria da Silva Readaptada – Apoio 4012076614 Sonia Maria Freitas Readaptada – Apoio 3012080514 Rita Maria da Fonseca Carneiro Readaptada – Apoio 4009533317 Maria Auricélia Fonseca Araújo Readaptada – Apoio 40
LOTAÇÃO SERVIDORES DE SERVIÇOS GERAIS E SECRETARIA
MATRICULA SERVIDOR FUNÇÃO H/A08837813 Maria Marlene Silveira Aux. Administrativo 3008827915 Maria Eliane de Vasconcelos Soares Aux. Administrativo 3008831815 Maria de Lourdes Araújo Aux. Serv. Gerais 3008143315 Francisco de Assis Silveira Aux. Serv. Gerais 3006061311 José Edivaldo de Morais Aux. Adm./datilógrafo 3008831912 Manoel Itamar de Freitas Aux. Serv. Gerais 3008857511 Juscelino Vasconcelos Souza Aux. Serv. Gerais 30
TERCEIRIZADOS
NOME FUNÇÃO
LUCAS RONIELES ARAÚJO Porteiro
MARIA APARECIDA ARAÚJO Merendeira
MARIA ELIANE ANDRADE Auxiliar de Serviços Gerais
SELMA LUCIA FREITAS FERREIRA Merendeira
NÚCLEO GESTOR 2012
JOSÉ GERI COSTA
MARIA DOURISETE ARAÚJO
ESMERALDINA DE SOUZA OLIVEIRA
MARIA EDILEDA LEITÃO CARNEIRO
MARIA VILANY ARAÚJO
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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Anexo 2PROPOSTA CURRICULAR
____________________________________________________________________________________________ “Não são os alunos que queremos, mas são os alunos que nós temos”.
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