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Plano BRASÍLIA www.planobrasilia.com.br 04 A SUA CASA EM MILãO EUROLUCE A luz do ISalone que surpreendeu o mundo inteiro PROJETOS Profissionais de Brasília exibem suas melhores obras PRIME

Prime 4ª Edição

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Prime edição 4

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PlanoBRASÍLIA

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A suA cAsA em milão

euroluceA luz do isalone que

surpreendeu o mundo inteiro

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exibem suas melhores obras

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Editorial EXpEdiEntE

EDITORIA E DIRETORES DE REDAÇÃO Liana Alagemovits e Mauro Carvalho

REDAÇÃO Veronica Soares

PROJETO GRÁFICO E DIREÇÃO DE ARTEJoana Nobrega

DESIGN GRÁFICO Camila Soares, Eward Bonasser Jr. e Werley Kröhling

ESTAGIÁRIA DA CRIAÇÃO Paula Alvim

COLABORADORES Christina Pires, Flávio Wer-neck, Francisco Alves, Heloiza Alcoforado, Julieta Rodrigues, Natália Carvalho, Soraya Brixi, Viviane Golçalves Dias

IMPRESSÃO Prol Editora Gráfica

TIRAGEM 30.000 exemplares

CAPA FOTO Mauro Carvalho

MAILING L. A. Logística e Distribuidora LTDA

Comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas às maté[email protected]

AVISO AO LEITOR Acesse o site da editora Plano Brasília para conferir na íntegra o conteúdo de todas as revistas da editorawww.planobrasilia.com.br

PLANO BRASÍLIA EDITORA LTDA.SCLN 413 Bl. D Sl. 201CEP: 70876-540, Brasília-DFAdministração: 61 3039 4003Comercial: 61 3041.3313 | 3034.0011Redação: 61 [email protected]

Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem a prévia autorização dos editores. A Plano Brasília Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

PlanoBRASÍLIAPRIME

DIRETOR ExECUTIVO Edson Crisó[email protected]

DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Nubia [email protected]

DIRETOR ADMINISTRATIVO Alex [email protected]

MIlão é uMa cIdadE EncantadoRa repleta de monumentos, castelos e muita gente bonita, que passeia por suas ruas esbanjando arte e glamour. Ela não nega sua origem céltica, cercada de mistérios e é, desde a Idade Média, um centro nevrálgico. Por tradição, é a casa de vários compo-sitores como Giuseppe Verdi e, para orgulho dos italianos, se tornou um emblema da resistência durante a II Guerra Mundial e do repúdio aos ditadores como Mussolini.

Hoje a sua história está mais leve. A cidade se tornou palco da Feira Internacional de Design e Móveis que reúne os maiores nomes do design internacional. Este ano o tradicional Salone del Mobile 2011 está comemorando 50 anos e conta com espaços alternativos como Brera, Zona Lambrate e Tortona.

Por isso foi uma surpresa ter conhecido Milão, oportunidade que surgiu por causa de um convite da di-retora da Plano Brasília, Núbia Paula. Topamos e resolvemos embarcar nessa aventura que nos custa-ria noites sem dormir e dias absolutamente energizantes, imersos no deslumbre do prédio do arquiteto Massimiliano Fuksas, que abriga os pavilhões da Feira.

Mas foi logo depois de desembarcarmos no aeroporto que tivemos um leve pressentimento do que nos esperava; dias de deslumbramento. De repente nos vimos no meio de um turbilhão de gente que pas-sava por nós. Elas estavam por toda a parte porque a cidade pulsava arte, impregnada nas instalações que preenchiam espaços não ocupados por carros, lambretas ou por bicicletas, tão usadas na Europa.Então, nos sentimos gratos por ter essa oportunidade de viver Milão em puro movimento cênico, tra-zido pela Feira e pelas pessoas interessantes que ali estavam, uma vez que o evento expressa bem a magia e exuberância da Itália. Queremos ainda agradecer a redação, Natália Carvalho, colabora-dores, diagramadores, fotógrafos e todo que trabalham nos escritórios da editora Plano Brasília, que contribuíram para que a nossa viagem aterrisasse no papel. Além disso, Mauro carvalho gostaria de ressaltar o apoio de Willian Brandão e de Soraya Brixi nesta viagem, que também fortaleceu laços de amizade mútua.

Tudo isso fez de Milão, algo inesquecível em termos pessoais, porque vivemos um sonho, e no aspecto profissional, porque tal viagem foi absolutamente imprescindível para trazermos, com clareza, nossas visões, impressões e aventuras no universo das luzes coloridas expostas na Euroluce, estrela do aniver-sário que marcou os 50 anos do ISalone.

Então, chegamos ao Brasil com o coração leve, a mala cheia de catálogos e a nossa Plano Brasília PRI-ME, que agora entregamos em suas mãos.

núbIa Paula, lIana alaGEMoVItS, E MauRo caRValho

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IGUATEMI - SHICA 04 LOTE A LOJA 27 TÉRREO - TEL: 3468-3635

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D E S I N E R

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Sumário

PRIME JUNHO 2011 10

32 pura inSpiração

36 iluminação

40 Em Evidência

54 joiaS

56 ESpaço gourmEt

58 rEcEita

60 rEcEbEr bEm

62 organizE-SE

64 artE

66 projEto

70 projEto

74 arquitEtura

80 projEto

82 projEto

120 luXo

122 tEcnologia

124 EngEnhEiroS E calculiStaS

126 mãoS à obra

128 artigo

130 palavra final

capaiSalone esbanja luz

SuStEntabilidadEA maneira inteligente de se construir

Em Evidênciamárcia Bizzi revela a complexidade de projetar

EntrEviStaWagner Archela fala sobre carreira e

materiais do momento

arquitEturamarcello Bokel: beleza

aliada à praticidade

16

102

40

12

74

88 movimEntação dEcor

94 paiSagiSmo

98 caSa com florES

102 SuStEntabilidadE

108 corES

112 garimpo

116 motor

Márcia Bizzi Cimara e Diloé

Paulo Prata

Caroline Mendonça

Marcello Bokel

Hall de Elevador

Cinema em Casa

Studio AZ

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EntrEviSta Por LIANA ALAGEMOVITS Fotos DIVULGAÇÃO

Como começou sua tragetória?Nasci em São Paulo. Fui nfluenciado pela mistura de culturas e pelo exuberante perfil industrial do local. A Mooca era repleta de pequenas metalúrgicas, marcenarias, estamparias e fábricas de roupas... A molecada vivia brincando dentro e ao redor de oficinas, se a gente queria um brinquedo, ia à metalúrgica ou na mecânica e descolava uns parafusos gigantes, rolimãs, peças de carros velhos e depois a gente ia às fabricas de móveis, escolhia os caibros e retalhos de compensado e saía pela rua montando nossos brinquedos... aquele ambiente era incrível, todo mundo era criativo lá!Mais tarde, deixei a faculdade de engenharia civil a fim de perseguir um sonho de se tornar um artista e me transformei em um músico profissional. Foi partir da convivência parado-xal entre a vida boêmia e o pensamento lógico adquirido na engenharia, que aprendi como harmonizar o etéreo com a re-alização concreta. A combinação das ideias românticas sobre a vida e as técnicas inerentes da construção se combinaram com o meu trabalho.

Quais as maiores dificuldades?No Brasil a indústria está descobrindo aos poucos o que o design pode fazer pelos seus produtos, isso faz com que a iniciativa dos de-signers seja, na maioria das vezes, realizada com recursos próprios. A dificuldade no acesso aos recursos tecnológicos e até mesmo fi-nanceiros se constitui numa grande barreira para os criadores.

Como vem sua inspiração?De todas as formas, mas o mais recorrente é a memória... principal-mente filmes, situações e objetos que marcaram a minha infância.

Como são o mercado brasileiro e o internacional?Difícil dizer em poucas palavras... No que se refere ao design, o Bra-sil começa agora a pensar em design, mas na verdade o mercado não entende direito como utilizar o conceito do design na produção

Escolhido pElos EditorEs da priME Mauro car-valho E liana alagEMovits por sua obra gEnial E pEla polêMica EM utilizar MatEriais inorgânicos, E não MadEiras, WagnEr archEla, paulista dE origEM italiana tEM chaMado a atEnção do MErcado dE artE intErnacional. a plasticidadE MóvEl singu-lar quE incorpora nas pEças quE assina foraM dEstaquE EM Milão por Muitos anos.

wAgneraRchEla

Certamente, Archela possui um passado que justifica sua criação arrojada. Não satisfeito com a profissão escolhida, o artista deixou a faculdade de engenharia para experimentar novos caminhos, passando por casas noturnas tocando jazz e blues. Autodidata, começou a fazer vasos utilizando materiais reciclados até ser descoberto por empresas norte-americanas. Isso lhe abriu um horizonte grandio-so, culminando com sua primeira individual em 2004. Para os que curtem sua obra, Wagner Archela possui seu próprio estúdio em Alphaville, São Paulo.

A banqueta verde oferece design e uma escolha adequada e duradora

do material utilizado.

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A BelezA de umA PeçA de design tem de estAr AcimA do modismo e do mero vAlor dA imAgem

industrial. A maioria dos empresários vai para Milão para “ter ideias”, ou seja, copiar. Temos um caminho muito longo a percorrer.

A matéria prima utilizada é de fácil manutenção? Ela trans-mite uma preocupação ecologicamente correta?O amor pela natureza deve ser provocado antes de tudo pela estética. A beleza da floresta tem o poder de nos comover muito mais do que o pen-samento racional ligado a uma lógica de preservação, além de ser muito mais democrática. “Qualquer pessoa deve defender o que é belo.”A forma intrincada e sinuosa da coleção MANGUE que fiz não é uma tentativa de criar um mangue artificial. Isso na minha opinião seria im-possível e ao mesmo tempo banal. A minha intenção foi a de criar uma forma de beleza singular a partir da referencia estética do crescimento das plantas. A escolha do material sintético no lugar da madeira também seguiu uma lógica estética. Acho que o grande erro que se comete atualmente é valori-zar exageradamente a reciclagem. É um absurdo usar um copo para tomar um café uma única vez e imediatamente jogá-lo fora. Há pessoas que ainda se sentem ecologicamente corretas por que descartam o copo numa lixeira para recicláveis. A maioria desses objetos recicláveis demanda mais energia para serem reciclados do que demandaram para serem produzidos. O importante é que os objetos sejam duráveis! Duráveis, tanto fisicamente como esteticamente. “A beleza de uma peça de design tem de estar acima do modismo e do mero valor da imagem. O valor da arte presente no design tem o poder de proteger o recurso natural de uma maneira muito mais eficaz. Sobre a minha relutância em usar madeira como matéria prima, eu abor-daria a questão mais uma vez pelo viés da estética: O móvel de madeira já foi uma arvore um dia, já teve vida, já abrigou ecossistemas, fungos, insetos e etc. Ainda que seja para se transformar num objeto de arte, o processo diminui o valor da matéria prima. Se a matéria sintética ganha valor com a transformação, a madeira ca-minha no sentido totalmente oposto, por mais belo que seja o design, o móvel de madeira nunca será mais belo, nem mais complexo do que a foi a árvore que o originou.

Mas o que é Corian?As placas de Corian tem a certificação SCS – Scientific Certification Systems porque contém, dependendo de sua cor, no mínimo 6% de material reciclado em sua composição. Ele é fabricado de acordo com processos industriais mais responsáveis, com tecnologia avançada e rígidos padrões de qualidade que per-mitem reduzir o consumo de energia e geração de resíduos. O material também é um baixo emissor de componentes orgânicos voláteis (VOC) e poluentes de alto risco para o ar. Eles possuem os certificados Green-guard Indoor Air Quality e Greenguard for Children and Schools.

A beleza das luminárias transcende a qualquer

modismo em transmutação de cores inusitadas

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EntrEviSta . wagnEr archEla

Todos os pigmentos usados na sua fabricação estão aprovados pelo FDA (Food & Drug Administration dos EUA), pois não con-tém metais pesados, nem ingredientes tóxicos ou cancerígenos. Ele é excelente em termos de higiene, com desempenho aprova-do pela LGA Qualitest GmbH. O Corian tem um maior ciclo de vida útil, pois pode ser facilmente reparado, reaproveitado ou renovado. Sua utilização evita a extração de recursos naturais como madeira, mármores e granitos.

seus prêmios. Quais os que mais emocionaram?Sem dúvida foi em 2006 quando eu participei pela primeira vez do Salone Satellite na Semana de Design de Milão. Nes-sa oportunidade, a revista Corriere Della Sera pediu a alguns mestres do design italiano tais como Giulio Cappellini, Italo

Lupi, Patricia Urquiola e Enrico Astori que escolhessem os novos talentos em que eles apostariam. Com o titulo “I Maes-tri Scommettono Su Questi Dieci” (Os mestres apostam nes-tes dez), foi publicada no dia 06 de abril de 2006 a matéria que elegeu dez novos designers, e eu era um deles. Estar entre eles foi sem dúvida um enorme incentivo. No ano seguinte a curadora do Salone Satellite Marva Griffin Wilshire elegeu os 15 melhores designers que passaram pela mostra nos então últimos dez anos...eu também fui um deles. Legal, né?

Possui algum plano para o futuro próximo? sonho?Estou trabalhando em duas novas coleções, uma de luminárias e uma de móveis... meu sonho é poder ter uma vida mais tran-quila, tenho corrido muito, cada vez mais.

o Amor PelA nAturezA deve ser ProvocAdo Antes de tudo PelA estéticA

O conforto da poltrona e das linhas geométricas dos cubos são elementos

da série MANGUE de Archela

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Sua cozinha vai ser linda como sua festa.

Temos uma área especialmente criada para atendimento às noivas. 3445-2424 | 211 Sul

O Melhor para o Melhor Lugar da Casa

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capa . milãoPor LIANA ALAGEMOVITS E MAURO CARVALHO Fotos DIVULGAÇÃO

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luz, caMEra, Milão...

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capa . milão

Poltrona Barceloneta e banqueta Barcelonino de Raffaela Mangiarotti para Serralunga, releitura da clássica linha Barcelona

Mostra no Triennale Design Museum, Canapé Cactus de Maurizio Galante para Cerruti BaleriFl

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a FEIRa IntERnacIonao dE MIlão completa seus 50 anos, lite-ralmente iluminada pelo luxo, por inovações e por uma energia con-tagiante! Para atender a diversos interesses, o evento oferece vários segmentos. Assim, para comemorar esse aniversário a Euroluce-Ilu-minação foi homenageada. Também foram montados o Salão Inter-nacional do Móvel, o do Complemento e Decoração, o de Ufficio--Escritórios e o inovador Satélite-Exposição, que é direcionado para Jovens Designers. Esse pavilhão sempre traz projetos de profissionais que estão entrando no mercado e que expõem seus trabalhos acom-panhados de muita empolgação e entusiasmo, típicos da idade. Essa celebração de tendências visionárias olha para o futuro e envolveu a cidade de Milão, proporcionando ainda uma oportunidade única para reflexão sobre design, sobre o mundo da indústria, da criativi-dade e da cultura internacional.

A tão esperada e comentada Euroluce 2011, feira especializada em iluminação, não decepcionou as milhares de pessoas que estiveram nos pavilhões montados para o maior evento de decoração e design

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Cyborg , Stand da Magis, Salone Design, Designer: Marcel Wanders

Mostra no Triennale Design Museu, coletânea de Karim Rashid

Puffs da Moroso para a Linha Diesel

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do mundo. Podemos dizer então, que a Feira de Milão 2011, que ocupa o imenso edifício projetado pelo arquiteto Mas-similiano Fuksas, se transformou em um palco majestoso repleto de grandes marcas e muita emoção. E assim, seus 22 pavilhões espalhados em 40.000m², encantaram cerca de 400 mil pessoas, fazendo sonhar arquitetos, decorado-res, lighting designers, atacadistas, empresários e quase 5.000 jornalistas ávidos por informação. Além dessa fes-ta, espalhados pela cidade foram instalados mais de 300 eventos que desvendam culturas multifacetadas em locais históricos. Como não podia deixar de ser, nossa equipe se apaixonou pela arquitetura da antiga Milão que nos foi cor-dialmente desvendada por nosso guia, o italiano radicado no Brasil, Antonello Monardi.

Realmente a cidade milenar encantou com o charme de suas ruas e castelos que contam um pouco da sua criação datada do Século VI antes de Cristo, quando foi fundada pelos celtas e depois ocupada pelos romanos. E foi nesta cidade encantadora que a Feira de Design comemorou seu 50º aniversário. Neste clima, o ISalone foi marcado por uma criação provocativa, por tecnologia e por beldades espalhadas em ambientes mais reais do que pirotécnicos, mesmo tendo a iluminação luxuosa e vibrante como des-taque. Os que estiveram na feira se depararam com peças inusitadas e com luminárias e móveis funcionais revestidos por tecidos impregnados de aspectos étnicos e de influên-cias culturais. A feira se descortina verdadeiramente como uma viagem estratosférica que emociona a todos porque oferece uma mistura cultural harmonizada e transmutada em cores e luzes. Os cenários dispostos exaustivamente nos mostraram do que a criação é capaz: de nos fazer sonhar sempre. Também notamos que não apenas materiais eco-logicamente corretos eram utilizados como tendência. O moderno era marcado por resinas e muita luz, dando pra-ticidade aos objetos coloridos e vibrantes que pontuam as tendências pós-Milão 2011.

A design Soraya Brixi reconhece que o “design” mais do que um produto se traduz em uma atitude de pensar e olhar di-ferente para o mundo, onde a qualidade e a inovação na produção estão diretamente associadas à sustentabilidade e também à poesia, que traz emoção em uma interação en-tre o industrial e o artesanal.

Brixi se encantou com a questão da ecologia e da sustenta-bilidade que se consolidaram como o novo funcionalismo, inserido num conceito de design muito mais amplo do que o de produzir objetos e arquiteturas. Para ela, as instalações de renomados arquitetos e designers convidados trazem a reflexão sobre a mutação como conceito de responsabili-dade no projetar, ligado ao tema da sustentabilidade para

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Luminárias deAim Ronan & Erwan Bouroullec dão um toque de modernidade a qualquer ambiente

em oposição a poltrona de cunho ecológico e descontraidamente confortável dos irmãos Campana

pensar objetos e espaços de modo inovador. A design elegeu Zaha Hadid, com sua instalação TWIRL que utiliza material rígido cerâmi-co e que provoca um impactante movimento espiral de luz, como um dos artistas mais impactantes que pôde ver. Por todos os lados podí-amos reconhecer que a variedade de estilos que pontuava as novas tendências ou que usaram e abusaram das tecnologias envolvidas e causaram um glamour sensorial impressionante!

Mas a estrela do evento foi mesmo a luz, mãe da magia, prestigiada por grandes grifes do segmento da iluminação mundial. Os expositores apresentaram suas novidades que prezaram pela beleza e praticidade. Isso mesmo, o mundo moderno não pode mais se dar o luxo de não oferecer conforto e funcionabilidade. Assim, os 479 expositores da Eu-roluce apresentaram uma eclética variedade de opções para iluminar de maneira funcional. Apareceram então pelo salão, diversos lustres elegantes, com ares de palácio real, modernosos como no filme Blade Runner – O Caçador de Andróide - de Ridley Scott ou futurista como Tron de Joseph Kosinskiaté. Até os modernos LEDs, mais uma vez con-quistaram o mercado por oferecerem baixo consumo e vida útil longa.

o undErground da fEiraMas fora do salão, a cidade também ficou dominada por design. Po-de-se dizer que, praticamente, tropeçávamos em arte a cada esquina. E como se não fosse suficiente tanta vibração, a Zona Tortona ofere-ceu, em paralelo, uma feira alternativa onde marcas e pessoas se api-nham para ver o hype da decoração mundial. Palco underground de uma proposta despojada, sem o compromisso puramente comercial e repleta de música e de performance, esse lugar encantou porque é diferente e é energizante.

A arquiteta Heloiza Alcoforado lembra que foi lá que o design mexeu com os sentidos de todos que estiveram em Milão em busca de arte. De toda sua experiência, Alcoforado fez questão de ressaltar a alegria das mostras alternativa nas ruas de Tortona, de Savona e de Stendhal, que foram feitas em galpões, lojas e casas, com um viés muito conceitual. Ela lembra de que objetos de papéis reciclados, cadeiras de papelão, móveis de caixas de ovos se mesclavam com a tecnologias de alta gera-ção, os leds. Heloiza também se colocou como espectadora do filme da Disney – TRON ao se deparar com o design arrojado dos mobiliários, automóveis, motos, cozinha e na sala inspirada no mundo virtual. Para ela, estar na Feira de Milão lhe rendeu muita informação e emoções, ou seja, foi uma experiência inesquecível e enriquecedora.

Neste período, Milão respirou inovações e beleza por toda parte. Como Alcoforado, esbarramos com o curioso Fuori Salone, que são instalações monumentais colocadas em lugares inesperados, como Brera e na Zona Lambrate. A ideia da instalação da Fuori Salone criada em 2011, chegou para abrigar propostas alternativas dos novos designers que revitalizaram uma zona decadente da cidade. Nestes lugares havia uma certa magia em que o excêntrico era oferecido até aos desavisados que por ali caminha-vam. E foi exatamente esse pacote todo que faz de Milão o melhor centro de design do mundo...

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Poltrona Plastic Magis Proust, Stand da Magis, Salone Design,

Designer: Alessandro Mandini

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Poltrona Barceloneta e banqueta Barcelonino de Raffaela Mangiarotti para Serralunga, releitura da clássica linha Barcelona

Mostra no Triennale Design Museum, Canapé Cactus de Maurizio Galante para Cerruti BaleriFl

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dEtalhESEm termos do uso das cores, observou-se uma tendência com relação a pa-dronagem do mobiliário muito semelhante com o que gostamos de usar aqui no Brasil. A maior parte dos móveis e objetos que vimos era colorido e alegre. O interessante é que a cor foi utilizada em praticamente todos os setores do mobiliário e da iluminação. A rusticidade elegante da madeira, por sua vez, foi valorizada em áreas externas com um design arrojado, que também pre-servou seu posto. Tudo isso com muito volume e com diferentes espessuras, valorizando sempre as formas limpas do design italiano contemporâneo.

Para os mais tradicionais, não faltou opção do estilo clássico. Diversas peças apresentadas do mobiliário como o estofado, cadeiras, poltronas e cabeceiras de cama, foram reapresentadas em cores neutras, com estampas pequenas e delicadas, típicas do trabalho das italianas Giulia Scalvini e Clara Bertoli. Te-cidos como algodão, renda e seda, como sempre, tiveram seu lugar garantido.

A cor, essa sim foi a grande atração e surpresa para todos. Na seqüência, a linha de dormitórios, de home theater, de salas de estar ou de jantar, conseguiram agradar a gostos diversos, tendendo, é claro, para o contemporâneo pós-moder-no. O estilo minimalista, sempre presente e atual, na linha de que “menos é mais”,

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Cyborg , Stand da Magis, Salone Design, Designer: Marcel Wanders

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As luminárias suspensas da Feira de Milão, dão um show a parte marcando com suavidade a composição dos ambientes internos

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também colocou os profissionais brasileiros em sintonia com o cenário interna-cional. Os cristais swarovskis, o estilo indiano, a predominância do aço, além de cadeiras de tecidos prensados e banquetas em acrílico iluminadas, são provas de que o mundo inteiro estava lá representado.

braSil Em milão Podemos afirmar que o Brasil está em sintonia com o que vimos. Isso com rela-ção à alegria no uso e na combinação de cores vibrantes, além das tecnologias aplicadas ao design de nossas criações. Estilos diversos de cores e de materiais orgânicos foram utilizados por grandes nomes do design de todo o mundo, in-cluindo os brasileiros que não fizeram feio neste palco de pura beleza. Três deles deram o que falar em Milão. O paulistano Pedro Paulo Santoro Franco apresen-tou sua coleção de poltronas denominada de Kaos e o mineiro Olavo Machado Neto brilhou com peças menores de pura beleza. Por outro lado, Sérgio Matos, de Mato Grosso, nos representou utilizando aspectos culturais bem brasileiros. A festa junina e as feiras populares do nosso País trouxeram para suas poltronas confortáveis diversos materiais rústicos que agradaram os estrangeiros. Podemos afirmar, com orgulho extremo, que o Brasil, realmente, sempre está em alta.

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luz para Sonhar A luz traz magia e dá plasticidade sensorial ás formas. Assim, as pe-ças que mais brilharam foram as luminárias que apesar dos tamanhos grandiosos, primaram por apresentar uma leveza inacreditável. Diver-sos formatos tomaram conta do pavilhão iluminado por formas, lustres e luminárias suspensas inusitadas, que realmente foram um deslumbre!

Como sempre, o salão se consagra por oferecer uma linha completa em sistemas de iluminação, que vai desde fontes de luz para a iluminação do-méstica até iluminação para espaços públicos, como hotéis e restaurantes.

Essa beleza saltou aos olhos de profissionais atentos como a arquiteta Ju-lieta Rodrigues que se impressionou com a instalação da KANEKA, empre-sa japonesa de design de OLEDS (organic light-emitting diode), que criou uma cenografia enaltecendo a forte tradição japonesa através da avança-díssima tecnologia, utilizando pequenas luminárias, formando grandes vo-lumes e criando efeitos surpreendentes. Ela lembrou ainda, da suavidade das NOREN – cortinas japonesas, representadas por correntes de luzes que flutuam no ar e outra proposta onde pequenas luminárias foram instaladas em diferentes alturas para dar forma a uma superfície aérea, remetendo ao VOZAKURA - costume japonês onde se aprecia a visão noturna das flores de cereja. Por fim, Julieta ficou enaltecida diante da sutileza e do minimalis-mo típicos dos japoneses, que deram mais brilho a feira.

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As arquitetas Heloiza Alcoforado, Soraya Brixi e Julieta Rodrigues foram testemunhas ocular fiéis da conceitualização da globalização que enfoca

a funcionabilidade tecnológica futurista mesclada e diversidade culturalJu

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A instalação TWIRL O de Zaha Hadid, que utiliza material rígido cerâmico e provoca um impactante movimento espiral de luz refletindo uma perfeita sintonia com outro trabalho que proporciona um autêntico banho teletransportado para o universo do filme da Disney Tron

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Neste sentido é que podemos afirmar que, a Euroluce também abriu espaços para propostas contemporâneas, em que as lâmpadas LED (diodo emissor de luz) apareceram com leveza e com apelo ambiental, marcando instalações de jardins e in-teriores. Observamos ainda, que desta vez a estrela do evento, a iluminação, tinha como proposta não brilhar sozinha, mas de se integrar aos ambientes. Temos então, a sensação de que o evento alcançou seu objetivo e que atingiu sua maturidade contando com a participação de empresas sólidas que querem fomentar o belo, mas que também, mesmo em período de cri-se, sabem que é preciso fazer bons negócios.

Por fim, Milão sempre surpreende! Assim, passeamos, sonha-mos, admiramos e trouxemos o melhor que vimos, empolgados com o que poderemos encontrar no próximo ano. Então, que venha 2012. ARRIVEDERCI!

Os brasileiros sempre são destaque em Milão. Neste ano brilharam, o paulistano Pedro Paulo Santoro Franco que apresentou sua coleção de poltronas denominada de Kaos ao lado Sérgio Matos, que utilizou aspectos culturais bem brasileiros e Olavo Machado Neto

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Charme

É segredo, mas vamos mostrar do que nossos móveis são feitos

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pura inSpiraçãoFLAVIO WERNECK

lIbERdadE coloRIdaAo desembarcar em Milão, as expectativas eram grandes, afinal estava co-meçando o cinquentenário do Salão e muitas atividades e manifestações estavam previstas, toda a cidade estava se preparando e interagindo com o Salõo. Pude então perceber que apesar da crise na Europa ou talvez por causa dela, existia uma vontade em buscar de novas formas, mais lúdicas e coloridas apontando para um o novo nicho no mercado, os jovens indepen-dentes. Fiquei muito feliz ao ver a criatividade dos designers buscando novas soluções e conceitos para os espaços e os produtos.

A utilização de novas tecnologias demonstraram também que era possível usar formas mais orgânicas, além da utilização de uma palheta multicolorida que nos davam esta sensação de frescor e originalidade a cada peça exposta. Tudo com um toque jovial e descompromissado, sem deixar de lado todas as ques-tões ambientais e de sustentabilidade.

Abaixo, Instalação Sex & Violence do brasileiro Alê Jordão, Grand Studio Piu, Fuori Salone, Via Tortona.

Exemplo da utilização de cores vivas e formas lúdicas em uma das instalação nos galpões da Via Tortona

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Acredito que estas novas tendencias ditam uma abordagem mais alegre e casual no design mundial e que o os produtos destinados a este publico jovem está ditando novas regras ao mercado consumidor. O mais evidente é que o universo da criação está mais colorido ultimamente. Vários sites do mercado de criação estão eviden-ciando este fato, assim como pude perceber em Milão em tudo que estava exposto. Vi um festival de cores !

Tínhamos associado que o preto, o branco, assim como as cores neutras eram es-colhas seguras, como cores do luxo e da elegância. Percebemos no entanto, que designers, artistas e marcas de luxo estavam utilizando cores vivas em seu trabalhos e produtos, apesar das mesmas estarem associadas à arte popular ou à primitiva. Parecia que o uso das cores neutras eram alternativas sérias e civilizadas.

Na verdade, estamos vendo um claro aumento do uso das cores na concepção de um mundo mais amplo. Observamos mais cores na arquitetura e no design de interiores, residencial e comercial, nas artes e instalações, nos eventos, no varejo, nos hoteis, nos hospitais,nos meios de transportes, no marketing e nas mídias. Desta forma, fica difí-cil até afirmar que existe alguma tendência para este ano em relação a cores, mesmo tendo os rosados, os alaranjados, os pistaches e mostardas se destacado ou sendo

Poltrona Plastic Magis Proust, Stand da Magis, Salone Design,

Designer: Alessandro Mandini

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pura inSpiração

bastante utilizados ao lado de cores neutras como o grafite. Percebi uma grande gama de cores sendo aplicada em quase todos os produtos.

Nos rendemos ao fato de que as cores afetam nossa vida cotidianamente mesmo quando não percebemos. Apesar de vivermos em um país tropical onde exista uma explosão de cores e de termos a nossa cultura local, desde as origens indígenas, sofrido influências trazidas da África, Ásia e Europa, possuímos ainda a mesma sensação dos europeus quanto ao uso deles. Muitos relutam e se sentem inseguros quando vão utilizá-las e com toda razão. Assim, devemos mesmo ter muito critério ao escolher uma, pois todas trazem uma carga emotiva e significativa. Além disso, vejo que as cores, ao longo do tempo, também representam e expressam status, religião, origem e sentimentos.

Diante dessas considerações ou talvez pela recessão na economia mundial os de-signers tenham sido seduzidos a usar mais cores para nos atrair a este universo. Mas pode ainda ser porque estamos vivendo um momento hístórico da informação onde o mundo se conecta, onde existe uma troca cultural de conhecimentos, ou até mesmo devido ao desenvolvimento tecnológico, permitindo novas matérias e aplicações de cores onde antes não era possível. Bem, qualquer que seja a razão, estamos vendo e vivendo um mundo mais eclético, mais aberto ao novo e ao dife-rente, com mais cores. Tudo isso é maravilhoso.

Poltrona Barceloneta e banqueta Barcelonino de Raffaela Mangiarotti para Serralunga, releitura da clássica linha Barcelona

Mostra no Triennale Design Museum, Canapé Cactus de Maurizio Galante para Cerruti BaleriFl

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Cyborg , Stand da Magis, Salone Design, Designer: Marcel Wanders

Mostra no Triennale Design Museu, coletânea de Karim Rashid

Puffs da Moroso para a Linha Diesel

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iluminaçãoPor NATÁLIA CARVALHO Fotos FÁBIO PINHEIRO E DIVULGAÇÃO

atualMEntE a iluminação ocupa um lugar de destaque nos projetos residenciais e comerciais. Foi-se o tempo onde a instalação de apenas um ponto central servia para distribuir a luminosidade de forma homo-gênea. Uma boa luz pode ser o ponto alto de um ambiente assim como pode resultar num efeito que destrói qualquer boa ideia. O papel da ilu-minação deixou de ser simplesmente iluminar e passou a se relacionar também com o bem estar físico, mental e ambiental, podendo influenciar no humor, deixando-nos mais agitados ou tranquilos, por exemplo.

Armando Cunha, sócio diretor da empresa brasiliense 2A Designs desta-ca a importância da iluminação no ambiente de trabalho. “A iluminação pode mudar o rendimento profissional, o tempo e qualidade do que é produzido. A iluminação deve ser vista como instrumento ergonômico! É comprovado que em ambientes saudáveis e aconchegantes as faltas e licenças médicas são menores. Ambientes profissionais adequadamente iluminados são mais rentáveis”, afirma.

Pensando nisso, o mercado já disponibiliza, entre várias opções, uma luminária automatizada na qual as lâmpadas mudam sua temperatura de cor, a fim de proporcionar uma luz mais semelhante à natural, que lembre manhã, tarde e noite, visando aumentar a produtividade do cola-borador a partir do seu conforto.

Para Ebenezer Marques, proprietário da franquia Interpam em Brasília, é importante o bom senso aliado ao conhecimento e à técnica na hora de fazer um projeto de iluminação. “Para tornar um ambiente aconchegan-te o mais importante é conhecer os hábitos do cliente e idealizar um pro-jeto voltado para a sua realidade. Criar jogos de luz e sombra, valorizar detalhes da decoração, deixar outros elementos em segundo plano são alguns recursos utilizados pelos lighting designers para compor cenários de acordo com o ambiente. Sem esquecer de um ponto muito importan-te: iluminação não é para ser vista e sim para ser sentida”, afirma. Cristi-na Guimarães, gerente da Cecin Sarkis, complementa. “A iluminação faz toda a diferença entre o trivial e o dramático. Até mesmo a arquitetura mais simples assume um aspecto magnífico com uma iluminação proje-tada corretamente, afirma”Il

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dA ArquiteturA com o ser humAno

Mandala projeta estilo no ambiente

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Sombras refletidas nos espaços neutros dão personalidade ao local

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iluminação

Mas a luz, com sua exuberância, também deve trazer em si uma utiliza-ção inteligente, tanto em termos ecológicos como funcionais.

Em tempos de preocupação com o meio ambiente, os leds estão no topo dos eco-logicamente corretos. Há quem acredite que em pouco tempo as lâmpadas serão totalmente substituídas por eles. Essa nova tecnologia trouxe potência de ilumi-nação, variação de cores e tons, maior durabilidade e acima de tudo economia.

milão A cada dois anos acontece a Eurolucce, em Milão. O salão apresenta uma

linha completa em sistemas de iluminação, desde fontes de luz até ilumina-ção doméstica, engenharia de iluminação, iluminação de espaços públicos e lança ainda as tendências mundiais para o setor. Os expositores apresentam suas novidades a cada ano.

Entretanto, na última edição Mário Andrade, diretor da Dessine, ressalta que no quesito iluminação, o destaque foi na uma maior utilização dos leds. “As empre-sas estão investindo cada vez mais nas variações de temperaturas de cor do led, para que fiquem bem próximo da luz amarelada que a gente precisa e com uma economia absurda”, comenta. Entre as vantagens destacada por Mário na visita à Feira, estão o estreitamento no relacionamento com as empresas fornecedoras e os lançamentos em tecnologia com design. “Uma das tendências são as formas grandes que se comunicam com a arquitetura e dão a impressão de que a ilumi-nação brota da estrutura”, esclarece. Algumas linhas lançadas em Milão já estão disponíveis nas suas lojas, outras ainda estão por vir!

A luz guia também tem seu charme

Luminárias pendentes de formas variadas são destaque na decoração

serviço

Interpamwww.interpam.com.br

Dessinewww.dessine.com.br

Cecinwww.cecinsarkis.com.br

2A Designs(61) 3427.2226(61) 3427.2029

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SIA . Trecho 03 . Lotes 1470/1480 | (61) 3363.5511 | [email protected]

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A perfeição é a nossa matéria prima

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Por LIANA ALAGEMOVITS Fotos DIVULGAÇÃO

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Em Evidência . márcia bizzi

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A Arte de

GRandESdEFInIR um projeto e integrar todas as ações e técnicas

necessárias para estabelecer um planejamento de exe-cução de uma obra não é tarefa fácil. Além disso, há outro grande desafio que é aliar prazos, oferecendo ajustes entre realidade, orçamento, conforto, beleza, utilização correta de espaços e decoração.

A empresa Bizzi Arquitetura conseguiu, em 16 anos de existência, oferecer para seus clientes, que geralmente são construtoras, exatamente esse serviço baseado em organização de etapas, método, conhecimento técnico e de obra, além do aproveitamento de espaço, funcio-nalidade, mobilidade, coerência e alto padrão estético.

Conduzida pela empresária Márcia Bizzi e por sua sócia Cristina Kawashita, a empresa desenvolve e executa serviços de arquitetura que geralmente são projetados para corporações e áreas comerciais. “Fui responsável por integrar grandes espaços como as onze projeções da SQN 311, mais conhecida como Quadra Park. Essa foi uma experiência espetacular para nossa equipe”, lembra.

Hoje, o escritório vem trabalhando para finalizar todo o detalhamento executivo do shopping Pátio Capital projetado pelo arquiteto Giovanini Lettieri, empreen-dimento que compreende também torres de escritório.

“Nós compreendemos a importância de obras gran-diosas. Elas são complexas e custam caro. Por isso, devem ser eficientes tanto na sua execução, quanto em sua estrutura. Achamos importante pensar tam-bém em projetos de arquitetura e design de interio-res”, disse ao afirma que procura tirar das mãos dos clientes qualquer problema, principalmente o buro-crático. “Acho que essa é uma das razões pelas quais somos procurados”, analisa a arquiteta ao explicar

integrAr

PRojEtoS

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Ao lado: Espaço Gourmet amplo e arejado, perfeito para o laser dos

moradores do residencial

Acima: Hall de Entrada do Residencial Cris Village, com banco escultural executado em Silestone. No painel, obras de Cris Conde

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Em Evidência . márcia bizzi

Fachada frontal do edifício CNA, apresentando volumetria composta por um bloco central, de-dicado aos elementos de circulação vertical e instalações de serviço, e por dois pórticos laterais curvos, assimétricos, revestidos em granito fixado por inserts metálicos, os quais emolduram painéis vazados, formados por brises de alumínio.

que trabalha com todas as etapas de um projeto, que vai desde sua con-cepção, se necessário, até o seu acompanhamento, aprovação e estudos de compatibilidade de acordo com os projetos complementares, como o de estrutura, de instalação, de paisagismo, de hidráulica, entre outros. Segundo ela, ao todo, esse processo pode englobar até 20 projetos para que um planejamento possa ser entregue.

Bizzi lembra que sempre que se for construir, é preciso integrar etapas, mas que isso se torna ainda mais crítico quando se pensa em projeções de grande porte. E foi exatamente por isso que a empresa se tornou uma das únicas de Brasília a desenvolver o que se chama de Projeto de Deta-lhamento Executivo, facilitando a obra e sua complementação, como a decoração de interiores. Sabe-se que os pontos necessários para instala-ções de luminárias, bancadas, pilares para sustentação, saídas de água, detectores de fumaça, sonofletores, sistemas de iluminação, ar condicio-

nado, elevadores, captação e distribuição de água e gás devem estar pre-visto. Mas para isso a arquiteta lembra que é preciso até mesmo entregar plantas como a de teto rebatido para que as instalações sejam vistas com clareza por seus executores.

“Tudo precisa de uma seqüência e cada decisão precisa ser aprovada em conjunto, previamente, para que dê tudo certo”, afirma ao lembrar que essa integração deve ocorrer na fase inicial dos projetos para adequar sis-temas de automação, de segurança, elétrico, e de ar-condicionado, entre outros. Então, a implementação de um planejamento tem que contar com definições a partir das necessidades e requisitos do cliente, assim como a interface com todos os sistemas de utilidades. Por isso, o planejamento de grandes prédios pode durar até seis meses para serem entregues. Por en-tender toda essa complexidade e por sua dedicação, Bizzi é reconhecida no mercado como uma profissional de destaque. Ela desenvolve projetos ino-

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Em Evidência . márcia bizzi

Acima, no auditório que comporta uma platéia de mais de 300 lugares, todos os revestimentos foram estudados para que se obtivesse melhor conforto acústico.

Na foto abaixo, Hall de acesso principal com pé-direito triplo

vadores com soluções de execução espacialmente ricas e conceitualmente corretas. Mas isso só foi possível por seu domínio com relação às técnicas construtivas, aplicadas conforme as característi-cas de cada obra, cada lugar e de cada material a ser utilizado.

Mas a arquiteta também gosta de inovar e de pro-por formas que, a princípio são rejeitadas. É o caso do restaurante Hakone de Goiânia. Depois de mui-ta conversa, Márcia Bizzi conseguiu convencer os proprietários a fazer um belo mezanino, que hoje é o cantinho mais procurado. “Como o local parece uma grande e sofisticada vitrine onde as pessoas vão desfilar, o mezanino que era desprezado por ser de difícil acesso inclusive para os garçons, passou a ser o lugar ideal para se observar toda a movimen-tação. No final virou o ambiente mais disputado!”, lembra com satisfação Bizzi.

No restaurante ela também abusou da estrutura metálica explorando o aspecto tridimensional para causar um efeito surreal. A articulação das estrutu-ras dispostas revela um movimento único do metal que também cede espaço a grandes vazios.

nichoPara Márcia Bizzi o mercado não só de Brasília, mas de todo o País, vem se aquecendo e é preciso que os profissionais possam detectar sua maior aptidão para conquistar seu espaço. “Como sou detalhista e gosto de projetar, além de ter tido uma grande experiência profissional em construtoras, descobri que poderia oferecer algo que faltava na constru-ção civil, a integração de projetos”, analisou Bizzi.

Neste processo, a arquiteta se tornou responsável por um planejamento que vai desde a escolha do terreno ideal para cada obra, até a seleção de material de acabamento. O planejamento encomendado promo-ve ainda um estudo técnico e conseqüente formas de adequar expectativas, com resultados positivos princi-palmente ao que se refere a prazos e orçamento.

Acertando em cheio no alvo, Márcia conseguiu conquistar a confiança de grandes clientes como a empresa Villela e Carvalho, que necessitava de seus

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Em Evidência . márcia bizzi

Atmosfera aconchegante do Hotel Naoum, criada por um conjunto de texturas, cores, luzes e tempera-turas dos revestimentos e acabamentos utilizados

O mobiliário utilizado foi escolhido por aliar conforto, design, durabilidade e facilidade de manutenção, tudo acompanhado por um belo piano caramelo

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Em Evidência . márcia bizzi

Vista superior da piscina do Residencial Cris Village,revestida em pastilhas de porcelana. O deck é revestido em porcelanato linha Ecowood da Portobello.

serviços para ter mais eficiência na execução de grandes empreendimentos. Neste caso, Márcia Bizzi fica responsável até por unidades decoradas, espa-ços de uso comum e até pelos próprios stands de venda. “Até a comunicação visual deve estar alinhada”, avisa.

Esta é a proposta da Integrar - Arquitetura e Interiores. Atualizado com as mais novas tendências em projetos residenciais e comerciais tem como re-sultado a integração perfeita entre bom gosto, harmonia e singularidade.

EnErgia quE intEgraSempre curiosa e perfeccionista, Márcia Bizzi assume que seu trabalho é fruto de muita persistência, de uma boa equipe, de pesquisa e de viagens

quando consegue trazer soluções de ponta para seu cliente. “Vou sempre a Milão e isso abre nossos horizontes. Esse ano muitas coisas surpreen-deram, mas acho que também ter contato com profissionais do mundo todo talvez seja o que mais conta”, diz. “Gosto de procurar um autoco-nhecimento, um crescimento pessoal, o que certamente resulta em muitas coisas positivas tanto na minha vida pessoal, como em meu trabalho”, admite ao citar a sua equipe que conseguiu formar durante o longo dos anos. Para a arquiteta, o ambiente do seu escritório é fundamental para que o trabalho seja entregue com beleza e técnica minuciosa. “Aqui tra-balhamos muito, mas com espírito de união. Quando marcamos um gol, é ponto para todos nós”, elogia.

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Em Evidência . márcia bizzi

A fachada frontal do Restaurante Hakone, através de suas amplas áreas envidraçadas, deixa transparecer todo o movimento de público externo e interno e, também, uma inusitada treliça de 35 metros de vão que sustenta o mezanino.

O mezanino foi intencionalmente concebido para oferecer um clima mais intimista e aconchegante

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Em Evidência . márcia bizzi

Lavabo do Hakone, que ousa em elementos como as torneiras flutuantes

nEcESSidadE EmprESarialA necessidade de um planejamento é sentida em qualquer área. Na arquitetura isso não poderia ser diferente. Ela também deve ser capaz de elaborar projetos com capacidade, com estética e com téc-nica suficiente para que engenheiros, administra-dores e toda uma equipe possa estar munida de informações precisas para o desenvolvimento de processos complementares, que levem a uma exe-cução adequada de uma obra.

Logo de início o executor deve ter em mãos os desafios, podendo remanejar sua equipe ope-racional obtendo melhores resultados. Desta forma, qualquer planejamento relacionado à arquitetura deve mapear processos, propor prazos, reduzir custos, proporcionar redução de orçamentos e recursos, além de propor solu-ções. Isso garante uma participação integral da equipe e de operações.

As vantagens são diversas, o que faz de escritó-rios como o de Márcia Bizzi, uma referência. Na verdade, a arquiteta enfatiza que um Projeto de Detalhamento Executivo deve estar intimamente ligado a administração de toda a obra. Assim, os processos do planejamento são facilitado-res porque incorporaram estratégias. Então, o planejamento arquitetônico é um processo que converte várias orientações, exigências e pa-drões para que os construtores possam ter uma implementação bem sucedida e uma obra entre-gue sem problemas...

serviço

Bizzi Arquitetura CLN 309, Bloco A – sala 107Tel. (61) 3340-1806

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joiaSPor CHRISTINA PIRES Fotos LINCON IFF

aS MulhERES quE cIRculaM nas modernas ruas da capital do nosso país, certamente são pessoas atentas ao belo. Brasília é uma cidade em que as projetadas formas, na verdade gigantescas jóias urbanas, brotam livremente do chão árido e emprestam plasticidade a cidade. Assim, é fácil ver pessoas bem vestidas e que prezam pela elegância consumindo produtos de inquestionável qualidade estética.

Desta forma, profissionais que trabalham com a pura arte, possuem aqui um campo vasto. Isso porque quere-mos ver, admirar e possuir coisas bonitas e sofisticadas. Certamente, Fabrizio Giannoni, que há mais de 20 anos desenvolve semijóias e acessórios, é um deles. Sua obra é inspirada em nossas pedras e em outros materiais exclusi-vos, como madeiras nobres da Amazônia.

aGRadaM a quEM tEM EStIloAs PedrAs de FABrizio giAnnoni

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A família preza pela beleza e exclusividade de Giannoni. Na página ao lado, Ana Maria com suas filhas Melissa, Isabela e Tamara

Giannoni se tornou conhecido em todo o Brasil por seu design original e pela beleza de suas coleções, que apresentam brin-cos, colares e pulseiras que são verdadeiros tesouros, quando se fala de criação. Tendo Brasília, o segundo maior mercado de luxo no país, como palco o design de jóias se projetou na-cionalmente com muita facilidade.

dEtalhEO processo de fabricação das peças de Fabrizio, que é gemó-logo e especializado em pedras preciosas, é acompanhado de perto. Sua equipe de criação, composta por jovens entre 25 e 35 anos, está sempre atenta a novas formas de trabalhar as matérias-primas. “Claro que inspiração é fundamental, mas não abro mão de estudar e de pesquisar antes do de pensar em uma criar uma coleção.”, avisa.

Pérolas estão sempre em alta porque o

clássico não de moda

Brincos leves emolduram o rosto com elegância

Pulseira de pedras faz parte do conjunto exclusivo

serviço

Fabrizio GiannoniShopping Iguatemi

aS jóiaS quE dESlumbram a fEminilidadEEntão, não é por acaso que suas duas lojas em Brasília fazem tanto sucesso. Sua renomada clientela, composta por mulheres de extremo bom gosto e exigentes, se transformaram em ver-dadeiras vitrines ambulantes. Para elas, as jóias de Fabrízio ex-pressam elegância e o inquestionável poder da feminilidade.

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ESpaço gourmEtPor LIANA ALAGEMOVITS Fotos DIVULGAÇÃO

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FlaVIa aMoRIM E REnata MElEndEz, donas do estúdio A/Z arqui-tetura & Soluções fundado em 2003, sabem que para ganhar um projeto é preciso entender, de verdade, a personalidade da sua clientela.

Jovens e de cabeças abertas, as arquitetas contam que para isso elas tra-balham para unir estética e funcionabilidade dos espaços. Esse é o caso desse impressionante espaço gourmet que depois de uma reforma se tor-nou o lugar preferido do proprietário.

A casa, localizada no Lago Norte, pertence a um cliente antigo, que já tinha encomendado anteriormente para aquele local uma área de lazer com um apelo mais familiar. Depois de uma separação, o proprietário se viu sozinho e decidiu pedir que transformassem o antigo projeto em um espaço gourmet integrado para receber seus amigos e organizar grandes festas. “É o jeito dele. Trata-se de uma pessoa muito alegre, festeira e que gosta de ter pessoas queridas por perto.”, analisa Flávia Amorim.

Neste caso, uma mudança de estilo de vida fez com que tivessem que trabalhar em uma proposta radical, que deu certo. Desta forma, as arquitetas expandiram a varanda, trazendo a piscina de cor de cara-melo mais para perto da casa e deram um lugar de destaque para o DJ. As profissionais também inovaram na proposta de iluminação do piso, além da parte da cozinha, do ofurô e da sauna que fazem parte de todo o conjunto.

O Espaço Gourmet está inserido em uma ampla e agradável área de lazer, ideal para receber muitos amigos em grande estilo

quE SEja uMa caSa de muitAAlegriA

serviço

studio AZ Arquitetura e soluçõeswww.studioaz.arq.brTel.: (61) 3034.8967

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XXXX XXXXXXXXXPor xx xxxxxxxxx xx Fotos xxxxxx xxx xxxx

VoVóabadIa

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delíciAs dA

a PRoFISSIonal que marcou a história da decoração de Brasília revela um dos seus mais preciosos segredos: Os biscoitos de família.Dizem que ser avó é muito mais que ser mãe. É ser mãe sem pressa, sem ansiedade, com doçura, e com ternura. Por isso, Abadia Teixei-ra não se queixa de entrar na cozinha. Sempre animada, ela adora fazer o prato preferido de seus netos VictorAlberto, (10) anos, Thia-go, (8), Letícia, (5) e Isadora de um ano e meio: bolinhos Madeleine.

Abadia ficou à frente da Casa Cor em Brasília durante seis anos. “Foi um tempo de grande aprendizado.”, diz a empresá-ria. Conforme ela, foi um momento que conseguiu dar vazão ao seu profissionalismo. Hoje, essa mineira de Uberaba tem se de-dicado cada vez mais aos netos que moram com ela desde que nasceram. “Assim conheço o gosto de cada um e para eles te-nho vários mimos como certos quitutes.”, diz orgulhosa. O mais famoso deles, é uma receita de biscoitos franceses, o bolinho Madeleine. Segundo a dedicada vovó, a tradição começou por-que eles adoraram os biscoitos e porque os famosos quitutes são realmente delicados e bonitinhos. “As crianças dizem que pare-cem que foram arranhados pelas unhas de gatinhos.”, se diverte lembrando-se das forminhas especiais responsáveis pelo charme do doce. O bolinho Madeleine tem uma receita bem fácil, mas Abadia alerta: “É calórico gente!”, brinca.

Empresária bem sucedida, esposa de sucesso, mãe e vovó. Esta é Abadia. Casada há 41 anos com o empresário do ramo da cons-trução civil, Alberto de Lima Teixeira. A filha única do casal, a ar-quiteta Ticiana Teixeira Monteiro, que deixa para a mãe a tarefa de agradar na cozinha com petiscos singelos, é casada com o em-presário Saulo Warton Monteiro.

Por LIANA ALAGEMOVITS* Fotos VICTOR BONFIM E FABIO PINHEIRO

* Colaborou Larissa Galvão, estagiária

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rEcEbEr bEmPor VERONICA SOARES Fotos VICTOR HUGO BONFIM

Amigos Pertodo coRação

chEGaR EM caSa, que é simplesmente a sua cara, depois de um dia de trabalho é um alívio. Mas, muito melhor que isso é quando temos grandes amigos que gostem de estar perto da gente, de freqüentar esse cantinho, que nada mais é do que uma materialização do nosso jeito de ver a vida. Isso é o que dá graça aos nossos dias e enriquece a nossa alma, especialmente quan-do exercitamos esse acolhimento mútuo, com prazer e muita simplicidade. Mas para isso acontecer, o nosso coração e o espaço, que chamamos de lar, devem estar de portas abertas porque as pessoas gostam, antes de tudo, de se sentir bem, ou melhor,de serem simplesmente especiais.

E é justamente o gostar de receber que faz de Ana Lúcia Matos, a Lula, como é carinhosamente conhecida, uma pessoa daquelas que a gente fica torcendo para telefonar oferecendo com delicadeza, que lhe é peculiar, um delicioso con-vite para ir até a sua casa, merecidamente chamada de Vila dos Anjos. Segundo Lula, quando decide reunir as pessoas ela sempre pensa que o grande barato é te-las por perto. “Quero sempre que todos possam se divertir trazendo uns para os outros, vivências que acrescentem ao ser humano.”, avalia.

Isso não é nada difícil para Lula em seu amplo e aconchegante espaço, que é também o próprio convite para que todos se sintam à vontade. “Sonhei em fa-zer essa casa de um modo muito nosso. Eu e o meu marido tínhamos em mente cantinhos aconchegantes como a biblioteca, minha cozinha simples para expe-rimentar receitas, para comer com prazer, rir a valer e jogar muita conversa fora. Além disso, temos o nosso pátio interno, que na verdade é onde todo o projeto começou porque ele é íntimo e é onde gostamos de ficar com poucos amigos to-cando violão, cantando antigas canções nossas, que ainda nos fazem sonhar!”, disse com um pequeno sorriso.

Na verdade, todos os ambientes da “vila dos anjos” são acolhedores a começar pelo portão de entrada que traz em si dois anfitriões angelicais anunciando uma paz caseira, cheia de charme. Lula conta que seus anjos são mensagens de boas vindas de quem, adora ver a casa cheia de pessoas do bem, seus amigos queri-dos que o casal foi conquistando ao longo da vida.

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sarau, mas o mais legal é compartilharmos dicas, experiências, músicas e boa vontade com o próximo.”, explica.

Mas não só as noites que trazem essa magia, mas os dias de sol também são agitados. Constantemente, Lula abre espaço para amigos que curtem uma partidazinha despretensiosa de vôlei de areia. Conforme ela, em dias de frio, uma taça de vinho e uma conversa fiada à beira da lareira, com os amigos mais íntimos, também são bem-vindas. Seja no inverno ou verão, na Vila dos Anjos, sempre há espaço para juntar os amigos com muita naturalidade. “Para rece-ber, a simplicidade é uma coisa necessária.”, finaliza Lula, completando ainda que o bom mesmo é poder ter amigos especiais pertinho e poder demonstrar, com simplicidade, que eles são pessoas queridas. Para esse simpático casal, na verdade, seus amigos são seus anjos também...

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Desde que se casou com Raimundo Costa, a ideia da construção de uma casa espaçosa sempre esteve presente nos planos. “Ele é uma pessoa divertida que gosta de arte, de compor, de cantar com os outros e para eles. Assim, nada melhor do que ter nosso espaço para deixar todo muito a vontade para soltar a voz.”, brinca. Mas antes que a casa dos anjos saísse do plano dos sonhos e fosse parar na prancheta, Lula tratou logo de achar o arquiteto Sylvio Caramaschi, que hoje é um grande amigo e freqüentador dos famosos saraus.

E assim esse espaço, se tornou uma mescla de uma bonita casa com um lugar onde não há cerimônia de espécime alguma. Nas festas, reuniões e os vôleis de final de semana são excelentes ocasiões para estar ao lado do simpático casal: Lula e Raimundo. “Acho que as pessoas gostam de vir porque parto da premissa de que eu sou a primeira convidada, logo não faço festa apenas para os outros, faço para mim também. Tudo aqui é muito simples e natural.”, revela.

Lá, a regra é clara e o trabalho é zero. A dona da casa sai pelo jardim em bus-ca das flores da época, para presentear seus amigos com um perfume singelo e velas, que são sempre sinônimos de ternura. De forma simples, tudo sai lindo e prático. Comida e bebida são feitas ao gosto dos convidados. Quando não são os anfitriões, os próprios convidados é que vão para a cozinha fazer suas recei-tas para compartilhar. E os convidados são os mais variados possíveis. Músicos, cineastas, poetas e familiares. Segundo ela, os eventos são realizados de acordo com os convidados. Como por exemplo, as sessões de cinema. Periodicamen-te, diretores, cineastas e amantes da sétima arte se reúnem para ver as próprias produções ou para assistirem documentários raros. Tudo, é claro, é regado por pipoca e muita conversa em torno do tema. Realmente é enriquecedor.

Há também espaço para músicos. O marido dela, Raimundo Costa que tam-bém é compositor, assina embaixo a proposta para juntar o pessoal. No sarau “partilhar”, como o nome já diz, os amigos compartilham experiências, receitas de comidas, poemas, músicas e vinhos. Além disso, nestas reuniões, os convi-dados geralmente trazem donativos para ajudar a uma entidade carente. “Até mesmo uma carta que uma pessoa recebeu e achou bonita pode ser lida no

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organizE- SE DA REDAÇÃO* Fotos VICTOR BONFIM

oRGanIzação

do lArSabE aquElaS VEzES quando você chega em casa e encontra tudo fora de lu-

gar? As roupas espalhadas pelo chão, o guarda roupa em desordem e, ainda por cima, aquela clássica toalha jogada na cama? Dá até vontade de sair correndo, não é mesmo? Para aquelas pessoas que desejam deixar a casa em ordem, mas não tem tempo ou ideia do que fazer, a revista Prime trás dicas de como manter a casa arrumada sem perder tempo e ainda economizar espaço.

Devido ao desgaste do dia-dia atribulado, as pessoas não têm mais tempo para a casa e para a família. Uma realidade do novo século. É cada vez mais di-fícil conseguir organizar o lar e ainda por cima arranjar tempo para as ativida-des recreativas. Devido a isso, vêm surgindo no mercado empresas especializa-das em arrumação como a Organize Mania. Conforme uma das proprietárias da empresa e consultora Daniela Lorenzi Kniggendorf, a organização é muito importante para a manutenção do dia a dia da pessoa.

Segundo a consultora, o primeiro passo para manter a casa organizada é fazer uma manutenção constante da arrumação do ambiente. “Não es-pere seis meses para resolver organizar a casa”, diz. É importante montar um cronograma com os dias certos para cada tarefa e procurar a melhor maneira de organizar o espaço, de forma que se adapte as suas necessida-des e costumes.

Daniela dá algumas dicas básicas de organização, que são uteis para qual-quer espaço. Nos ambientes, ela usa a regra de ouro, do menos é mais. Mui-tas vezes, menos moveis e utensílios representam uma casa mais organizada, que dará menos trabalho na hora de arrumar e ainda deixará o ambiente mais limpo. “Muitas pessoas carregam a casa de objetos, o que acaba pas-sando a impressão de desordem”, afirma. Um bom teste para medir a organi-zação do local, é observar se há espaço para as pessoas circularem.

Na hora de arrumar o armário ela a aconselha guardar as roupas que não são da estação na parte de cima do armário, onde o acesso não é muito fá-cil. Nesse outono inverno mesmo, deixe a mostra apenas às roupas de frio. Daniela aconselha também a separar os artigos por cor, porque facilita na hora de achar a peça de roupa ou o sapato que a pessoa procura. “Muitas vezes a pessoa acaba vestindo uma segunda ou até terceira opção porque não encontrou aquilo que procurava”, diz. Conforme a consultora, muitas clientes da Organize-se chegavam até a comprar novas roupas por não

conseguirem visualizar as peças que tinham, artigos que em muitos casos nunca foram usados ou eram semi novos.

Segundo Daniela, existem muitas pessoas que costumam acumular coisas e depois não sabem como se desfazer ou guardar o que compram por im-pulso e acabam não utilizando. No caso das roupas ela aconselha a vender para um brechó, bazar, ou doar. “Muitas vezes, é preciso desapegar para manter o ambiente organizado”, diz. Segundo a consultora, se depois de um ano a pessoa não usou mais aquele artigo, ela pode se desfazer dele pois provavelmente não o usará de novo. Mas se quiser dar uma segunda chance ao objeto, a consultora estabelece um prazo de seis meses. Se ela não voltar a usar o artigo, pode passar o adereço para frente.

serviço

organize ManiaTel.: (61) 8401.1065 / [email protected]

De olho na vida agitada das mulheres que são profissionais e donas de casa, Daniela desenvolveu técnicas de organização

* Colaborou Fernanda Azevedo, estagiária

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artEPor LIANA ALAGEMOVITS Fotos FÁBIO PINHEIRO

a aRtISta PláStIca gaúcha e professora do Departamento de Arquitetura da UnB, radicada em Brasília, Dulce Schunck recebeu a equipe da Plano Brasília Prime em seu iluminado atelier. Simpática e cheia de energia a capricorniana Dulce, que há 20 anos se dedica ao ofício das belas artes nos oferece a delícia de contemplar lindas peças, além de nos dar uma aula sobre pedras e minerais, elementos básicos de sua obra, lite-ralmente, alquímica.

Simpática e cheia de energia, a capricorniana Dulce desenvolveu uma técnica singular em que mistura pó de mármore com terra, pó de ouro e a outros pigmentos. O resultado é surpreendente. Certamente foram vários anos que Dulce dividiu entre seu atelier e várias pesquisas no departamento de Geologia da UnB.

“Depois passei para a simplicidade das chitas e logo depois para a mutação Zen.” Disse ao afirmar que foi exatamente nessa época que encontrou o seu divisor de águas que a levou para hoje, momento em que vive a sua nova fase das Flores do Cerrado, uma verda-deira explosão de cor.

Suas flores são coloridas, místicas e cheias de luz. Para nós, certamente, belas. Para a artista representam outro passo para transpor suas fases. “É bom se libertar.”, descomplica ao ga-rantir que pode ser vista ainda perambulando pelo cerrado onde encontrou a especularita mais conhecida como micro-espelho e a sua preciosa areia verde em Niquelândia, no interior de Goiás. “Tenho que levantar questões sobre a ecologia porque o meu tesouro é também minha matéria prima.”, avalia ao garantir também que agora vem experimentando outras formas não apenas artesanais para obter cores que precisa.

Seguindo essa nova linha e ao sentir com mais clareza sua arte e o mercado de hoje, que vem se transformando rapidamente diante da globalização e da tecnologia, Dulce participa do livro “TV um Olhar Reciclado”, apoiado pelo Ibama. Participar do impresso é uma honra para a artista que já foi destaque na Casa Cor e que conta com 10 exposi-ções individuais e cerca de 60 coletivas.

Finalizamos, concordando que os verdadeiros artistas não possuem meios de se libertar de suas sensibilidades e que, no caso de Dulce, esse dado se traduz em verdadeiras joias que podemos colocar em nossas paredes...

aRquItEta

daS coRESPAsseiA nA mAgiA

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As flores são verdadeiras explosões de cores captadas pela artista, no micro e no macro universo de suas formas

serviço

Dulce schunck Condominio Village da Alvorada 1, rua B, casa 7Tel.: (61) 8405.3695

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projEtoPor NATÁLIA CARVALHO Fotos CLAUSEM BONIFÁCIO

o jeito de serdo clIEntE

a arquitEta ciMara zancanaro E a dEsignEr dE intE-riorEs diloé zancanaro Estão a frEntE do Escritório zancanaro arquitEtura, uM dos principais dE bra-sília, a quasE 18 anos. coM rEspEito ao cliEntE E sEn-sibilidadE intuitiva, ciMara E diloé aliaM o gosto do cliEntE às tEndências atuais do dEsign Mundial.

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A entrada social da casa é marcada pela disposição de piso e jardins, e evidenciada pelo jogo de níveis de cobertura

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projEto

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As irmãs Cimara e Diloé buscam inspiração para o seu trabalho em viagens nacionais e internacionais, visitando mostras, feiras, lojas especializadas e lo-cais onde a arquitetura e o design são destaques. Com isso, possuem um am-plo conhecimento de diferentes projetos, conseguindo atender vários perfis, do clássico ao contemporâneo, do rústico ao moderno e do urbano ao rural. Já de-senvolveram diversos projetos residenciais, comerciais e até para agronegócios. Por exemplo, no momento estão projetando a reformulação da sede de uma fa-zenda próxima a Brasília, onde têm como objetivo principal adequar da melhor maneira o posicionamento das edificações, como a casa dos proprietários, casa dos funcionários, espaço para treinamento e lazer, alojamento, refeitório, casa de máquinas e insumos, procurando aliar o bem estar dos moradores do local à funcionalidade necessária ao bom desempenho do trabalho.

Selecionamos um projeto da Zancanaro Arquitetura para ilustrar o diferen-cial do escritório.

dESdE o PRIMEIRo contato com o cliente, buscam entender suas expectativas, o que o cliente espera do projeto, para que desde os primeiros traços seu objetivo seja alcançado. “Observamos o jeito de ser do cliente, seus hábitos , como ele age e como se expressa. Procuramos decifrar seus desejos e entender cada necessidade. Com isso, procuramos expressar no projeto o sonho de cada um”, diz Cimara. “As reuni-ões seguintes são para apresentar nossas ideias e aprofundarmos o entendimento do projeto”, explica Diloé. Esse tem sido o diferencial do escritório, perceber a real necessidade, a expectativa e os desejos de cada cliente. Além disso, o acompanha-mento durante todo o projeto é marca constante do escritório: “O cliente tem todo o acompanhamento durante a obra, da fundação até posicionar a última obra de arte”, afirma Cimara.

Ampla área de lazer composta por piscina, deck, área de relaxamento com spa e cromoterapia

Suíte do casal aconchegante com iluminação discreta e pontual

serviço

Cimara e Diloé ZancanaroSGAS 910 bl D Salas 114/ 116 Ed. Mix Park Sul Asa Sul Tel.: (61) [email protected]

O projeto é uma casa no Lago Sul com 700m2 de área construída, para um casal e quatro filhos. Cimara e Diloé foram responsáveis por todo o projeto, desde a arquite-tura até o detalhamento de interiores. Aqui, buscaram atender a todos os desejos do casal, privilegiando as áre-as de lazer, um dos desejos dele, já que adora receber a família e os amigos, e também a sala de estar, com pé direito bem alto e grande espaço, um dos desejos dela, sem esquecer de uma área externa adequada para o la-zer das crianças.

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Living com pé-direito alto e cores quentes tornam

o ambiente sofisticado e acolhedor. A iluminação

cênica ressalta a disposição assimétrica do mobiliário

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projEtoPor LIANA ALAGEMOVITS Fotos CLAUSEM BONIFÁCIO

desenhAndo A noVa REalIdadEaoS olhoS dos meros mortais, todo artista é meio complicado. Tem gente que acha que

os designers também são assim porque transmutam formas em concretas em verdadeiras obras de arte. A verdade é que a realidade não é bem assim, principalmente para profissio-nais descolados como a designer de interiores Caroline Mendonça.

Formada em 2001 pela Projetare, Caroline afirma que sempre teve em mente o fato de que seus clientes procuravam realizar necessidades para morar bem, segundo estilos de vida que a sociedade hoje vive. “O que é bom para mim, pode não ser para os outros. E o que era legal há anos atrás, não atende mais as pessoas”, frisa.

O estar do espaço gourmet convida ao aconchego e à descontração desta residência no Park Way

No canto de leitura, cores e texturas compõe o ambiente

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A luz do ambiente ressalta a legância na Sala de jantar

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projEto

Sala de estar em apartamento no Sudoeste: sofisticação em tons neutros

Pensando assim, Caroline não acredita que seus trabalhos podem se encaixar em apenas uma categoria. “Não posso dizer que tenho um estilo clássico, contempo-râneo ou colonial porque eu me adapto para que o projeto tenha elementos de acordo cada perfil e com as coisas que os tempos modernos nos impõem.”, explica.

Caroline afirma que hoje há alguns quesitos que estão em alta. Ela ressalta o pro-fissional deve caprichar na parte íntima, como quartos e banheiros porque estão em alta. Para ela, o cliente preza pela personalidade nestes cômodos.

A área externa também tem sido bastante valorizada até em apartamentos por-que as pessoas buscam chegar do trabalho para ter a sensação de bem estar e também para receber bem. Por causa disso, outros cômodos também estão sendo vistos com outros olhos pelos moradores. É o caso de cozinhas que antiga-mente eram espaços apenas para se preparar refeições. “Ninguém freqüentava a

cozinha de ninguém. Eram pequenas, sem ventilação e não havia uma preocupa-ção estética com relação a ela.”, lembra Caroline. Hoje, a cozinha pode se integrar a sala porque atende a um papel social. Isso se deve por causa dos novos materiais e da tecnologia . Assim, esses espaços viraram ambientes prazerosos e agradáveis em que podemos receber. Então a designer, que está de olho nas transformações sociológicas, continua projetando a beleza e as novas formas de se interagir com os espaços.

serviço

Caroline Mendonça - studio ContemporâneoCLSW 504 BL A sala 105 Ed Paladium Center Sudoeste.Tel.: (61) 3202.9909www.studiocontemporaneo.com.br

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arquitEturaPor LIANA ALAGEMOVITS Fotos EDGAR CÉSAR

A PrAticidAde

um sonhodE REalIzaR

sonhar Morar EM uMa linda casa é o quE todos nós fazEMos, Mas infElizMEntE ExEcutar EssE dEsEjo podE sEr trabalhoso. para isso, você tEM quE achar “aquElE” arquitEto quE sE afinE pErfEitaMEntE coM suas idEias, sEu jEito E na MElhor das hipótEsEs, quE taMbéM assuMa a partE Mais árdua quE vEM logo dE-pois da concEpção do projEto, a aprovação E ExEcu-ção da própria obra.

A Casa Horta traz luz através das grandes janelas da fachada

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dEFInIR essas duas últimas etapas podem dar muita dor de ca-beça a qualquer leigo que não queira lidar com as complica-ções para achar mão de obra especializada ou de tomar para si a escolha de itens sem ter condições técnicas para tal. Isso porque várias coisas podem contribuir para que o seu sonho vire um pesadelo real, repleto de desentendimentos, de brigas ou de desperdício de tempo e dinheiro. Ou seja, as pessoas hoje devem buscar a comodidade de ter uma boa equipe ao seu lado para evitar desnecessários investimentos emocionais e financeiros, mesmo quando se trata de se realizar um sonho.

Devido ao seu conhecimento técnico oriundo de uma experi-ência em obras e, por aptidão estética, transmutada em belas casas de sua autoria, Marcello Bokel é, em Brasília, sem dúvi-da alguma, um dos raros arquitetos que possui estrutura ade-quada para projetar e entregar uma obra impecavelmente construída dentre os maiores padrões de eficiência e qualida-de. Seus projetos, que vão desde residências de médio porte até casas de mil metros quadrados, chamam a atenção por serem bonitas, práticas e bem construídas.

Quando chegou à Brasília em 1996 para assumir o conhe-cido restaurante Antigamente, que nos proporcionava uma romântica viagem ao passado, esse carioca já possuía uma grande bagagem por fazer parte de uma família de construto-res renomados e por ter ajudado a realizar projetos audacio-sos, como o Hotel Rio Atlântica.

Hoje ele é dono da empresa, que também leva seu nome, e que foi fundada em 2001 com sua esposa, a jornalista Sabrina Neves BokelMarcello se considera um privilegiado ao poder congregar a arte de projetar com a adrenalina diária dos can-teiros de obra que exigem do profissional tato, equilíbrio, pes-quisa, planejamento, administração e uma técnica refinada.

Assim a Marcello Bokel, que é na verdade uma construtora e um escritório de arquitetura, executa residências com excelên-cia, qualidade e comprometimento para que se possa conse-guir um resultado final impecável.

A partir de um determinado momento a empresa ficou co-nhecida por desenvolver um sistema de obras “full pack”, pois acompanha seus clientes desde a escolha do terreno, a execução da obra, o planejamento, os projetos arquitetônicos desenvolvidos e seus complementares como o de iluminação e paisagismo, que enriquecem.

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arquitEtura

A volumetria dos telhados da Casa Brunelli em harmonia com a área externa, sempre ampla, é marca registrada das Bokel

A rigidez dos pilares em pedra contrastam com formas orgâcicas, tracejadas pela luz, dão charme ao ambiente da Casa Horta

Bokel diz ainda que seus clientes se sentem confortáveis porque ele assume coisas que eles não querem, não podem ou não sa-bem fazer. “Compartilhamos decisões e tornamos um sonho realidade porque desenvolvemos e executamos todo o projeto sem stress”, analisa.

Para ele isso se dá porque o cliente tem conhecimento do pro-cesso e por isso pode fazer previsões orçamentárias. Segundo os cálculos do arquiteto o custo de uma obra pode variar de R$1.800,00 até R$3.500,00 o metro quadrado, dependendo da sofisticação do cliente.

Além disso, a transparência e o profissionalismo estão sempre presentes no trabalho do casal, que em sintonia, toma conta das obras de seus clientes, garantindo que cada pedido seja executado de acordo com o combinado, abrangendo os as-pectos técnicos, estéticos e humanos.

Mas para que isso ocorra, a dupla Marcello e Sabrina, usa e abusa da criatividade, que é um elemento essencial para o de-senvolvimento dos projetos. “É importante para nossa empre-sa propiciar satisfação e atender as necessidades de quem vai morar. Por isso, também oferecemos beleza aliada a soluções práticas e inovadoras, sempre focadas em qualidade e na me-lhor relação custo-benefício”, conclui.

“Ás vezes nos procuram para desenvolver uma ideia que não é viável. Argumentamos, mostramos os prós e contras e aí é possível trabalhar melhor. O resultado é sempre bom porque tudo fica muito claro para nós, que vamos projetar e para ele, que um dia vai ocupar o espaço”, explica Sabrina que enfatiza que projetar para alguém é a arte de conhecer a pessoa, seus hábitos, seus desejos, suas expectativas e o seu dia-a-dia.

Relembrando sua trajetória, o arquiteto conta várias histórias interessantes, uma delas é sobre um projeto antigo. Ele conta que, com surpresa, foi procurado para reformar sua própria obra. “Uma pessoa comprou uma residência inacabada de 500 metros quadrados e queria expandir. Ela então resolveu preservar exatamente o que mais lhe agradava, a estrutura e foi tentar me achar, assim, tive o prazer de dobrar a área cons-truída do esqueleto”, disse ao citar o projeto Brunelli.

tEcnologia a SEu favorOutro caso interessante tem grande ligação com os avanços tecnológicos. Marcello desenvolveu um trabalho para um cliente italiano, em um dos condomínios de Brasília, em que o projeto e toda a obra foram aprovados e executados to-talmente via internet. “Foi uma experiência fantástica para mim!”, reconheceu.

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A cozinha planejada da família Horta exala um ar de aconchego e intimidade

Ellam rempore ictiam idem desequunt labore sim sim doluptur, sequam, apiti-bus, sendebissum ut

Telhados em movimento e pedras simetricamente cortadas marcam a fachada da Casa Brunelli

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arquitEtura

serviço

Marcello BokelTel.: (61) 3366.5606SMDB conj. 12 Bl. A Sala 206 - Comércio Local

ESpEcializadoS Em dEScomplicarDurante estes anos o escritório Bokel se especializou no planejamento, na execução e no gerenciamento de construções de residências. Essa vivência em obras trouxe para a empresa o desenvolvimento de soluções adequa-das para quem quer construir sem problemas, tornando-a um diferencial no mercado brasiliense.

EStilo para aprovEitar o quE braSÍlia tEm dE mElhorMarcello Bokel tem deixado sua marca na cidade. Para um observador aten-to, seus telhados chamam atenção pelo movimento e plasticidade. Não se trata apenas de um elemento que deve ser incorporado para a proteção de uma residência, e sim de uma estrutura complementar bela e harmônica.

Bokel é ainda um projetista de espaços amplos e leves. Eles são marcados por simétricas pedras, vidros e madeira cortada artesanalmente para com-por sua obra de arte, ou seja, seus projetos.

É fácil detectar isso, quando flagramos o profissional com sua lapiseira, traçando incontáveis espaços que, em breve, estarão tomando forma em terrenos anteriormente áridos. “Tenho que ter esse contato com a criação,

e com o desenho para criar livremente”, relata com emoção o arquiteto que também não descarta a praticidade do computador para etapas finais da elaboração de seus projetos.

Com mestria, Marcello desenvolveu conceitos e novas concepções do espa-ço para se morar bem no Planalto Central. Suas obras arejadas se desta-cam do conjunto arquitetônico da cidade por suas linhas originais e moder-nas que, além da plasticidade, prezam pelo conforto térmico e funcional.

Grandes espaços integrados, alinhados a circulação interna, também são marcas do arquiteto, que procura valorizar a luz vinda de fora de suas va-randas confortáveis, repletas de verde, onde se pode curtir o céu límpido de Brasília, coroado e premiado por inimagináveis visões do cerrado.

A curvatura da piscina compõe os jardins e a varanda da Casa Brunelli

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É única e diferente. É pra você.

SCLN 212 - 61 3202-4848SIA trecho 2 - 61 3363-3950www.duomodecore.com.br

Admirável.

Proje

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Wallé

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projEtodA redAção* FotoS victor hugo BonFim

a boa impressão é sempre a primeira. Sabendo disso, pode-se dizer que uma decoração que imprime o estilo dos moradores, pode começar antes da porta de entrada de qualquer apar-tamento. Bem projetado, o hall do elevador funciona como um cartão de visitas. “Esse local recepciona as pessoas que visitam um edifício. Por isso deve ser bonito, agradável e bem elabo-rado”, anuncia com sabedoria a designer de interiores Beth Rosso.

É isso mesmo. Os halls recepcionam, acolhem e oferecem conforto. É como se fosse um am-biente de boas-vindas. Na verdade, ele é um local de permanência breve para os visitantes mas mesmo assim, deve ser visto com muito carinho. Exatamente por essa característica singular, deve-se tomar alguns cuidados, para não chocar, assustar por opulência ou em outro extre-mo, por total frieza ou por falta de conforto. Não podemos torná-lo desagradável para quem chega. Pensando nisso, é preciso estudar o estilo dos que moram no local e quais são as neces-sidades do condomínio com relação à segurança, além das normas de entrada de pessoas no prédio. “O tamanho do hall comanda muitas decisões. Se ele for pequeno, o ideal é valorizar mais as paredes de uma forma leve e estética. Mas quando o hall for grande e espaçoso, pode-mos trabalhar com um mobiliário interessante, para preencher e aconchegar os que aguardam o elevador. A ideia é que este lugar nunca pareça uma sala de espera de escritórios, ou seja, um lugar muito frio.”, analisa Beth. Mas atenção! É bom não exagerar em peças soltas ou que possam quebrar facilmente, já que crianças e o fluxo constante de pessoas são variáveis que devem estar sempre presente na mente do design de interiores.

impreSSioneAntes de entrAr

* Colaborou Larissa Galvão, estagiária

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serviço

Beth rosso Design de Interiores [email protected].: (61) 3244.1939

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projEtoPor NATÁLIA CARVALHO E LIANA ALAGEMOVITS

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aSSIStIR ao seu programa predileto, seja um filme, seriado, ou musical em um ambiente completamente aconchegante e con-fortáve é uma dessas coisas na vida que não tem preço. Por isso as pessoas estão investindo cada vez mais em home cinema. Os clientes estão atentos à ambientes nos quais possam receber amigos, reunir a família e curtir um bom filme, ou para descansar sem ter que sair de casa. Mesmo quando não se dispõe de muito espaço, é possível ter um home cinema dividindo espaço com ou-tros ambientes, como o escritório. Detalhes como um bom sofá, uma iluminação e sonorização adequada podem fazer toda a diferença. Selecionamos alguns ambientes que podem servir de inspiração para você montar o seu. Aproveite!

cinemAem cAsA

A arquiteta letícia Escher projetou esse espaço de 36m2 priorizan-do linhas retas e sistema de deslizamentos nas portas de vidro na cor Opaque Bronze, para melhor aproveitamento dos espaços. Ilumi-nação bem pontual e um bom projeto de sonorização garantem o conforto do ambiente. Móveis produzidos pela Celmar.

À esquerda, home projetado pela Kit house gallery, de 30m2, possui portas em Dupont Corian com sistema de aber-tura toque leve e ferragem com corrediça telescópica, o que proporciona extração total da gaveta. A bancada é revestida em MDF preto e o painel em Carvalho Dakar.

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coM prEços Mais acEssívEis E projEtos quE valorizaM os Espaços, é possivEl tEr uM cinEMa só para você

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projEto

Esse ambiente projetado pela arquiteta walléria teixeira ilustra bem essa nova tendência. Deno-minado como home family, o espaço de 70m² possui além do home theater uma mesa para jogos e um espaço para degustar bebidas. O sofá em camurça bege possui encosto inclinável, o que o torna ainda mais confortável. As poltronas em tecido listrado também são ótimas para assistir ao telão. Conforto sofisticação e aconchego traduzem esse ambiente. Mobiliário da Líder Interiores.

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Home theater desenvolvido pela S.c.a., otimizando o pé direito de cinco metros de altura, na cor nocciola e painel em Slimstone kronus retro-iluminado, produto exclusivo S.C.A.

Os arquitetos gislaine garonce e marcelo martiniano projetaram esse home de 31m2 parra um casal jovem, sem filhos, apaixonados por som de qualidade e móveis de design clássico. O ponto forte do projeto, de acordo com Gislaine, foi agregar leveza e harmonia ao ambiente combinando móveis clássicos aos equipamentos de áudio de última geração. Além disso, o projeto de iluminação considera todas as possibilidades de utilização do espaço, tanto como home quanto como living. O móvel na cor ébano, abaixo do telão de 100 polegadas, foi projetado pela arquiteta atendendo todas as especi-ficidades técnicas da aparelhagem e também interagindo harmonicamente com os outros móveis mais clássicos.

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A arquiteta isabel veiga projetou na sua casa um home que ela chama de x Tudo, ou seja, um ambiente familiar, ideal para encontros, conversas e um lanchinho no final da noite. Para isso, priorizou diversão e conforto com o objetivo de aconchegar a família. A arquiteta enfatiza que há clientes que buscam homes perfeitos porque são afcionados por cinema e por isso prezam por acústica e outros parâmetros técnicos. Há no entanto, os que querem que o home seja um ambiente mais íntimo, pedem conforto e praticidade. Para quem tem família grande e crianças pequenas, esse ambiente está se tornando o centro da casa. “Estamos vivendo verdadeiras revoluções fincionais”, explica Isabel.

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NATÁLIA CARVALHOE MAURO CARVALHO

EVEnto MoRaR MaIS EM MIlão O empresário Willian Brandão, agora é o novo licenciado da marca Morar Mais® por menos Brasí-

lia 2011. O principal conceito da mostra é provar que é possível aliar soluções sofisticadas de design à sustenta¬bilidade e preços acessíveis. O contrato foi assinado em Milão durante a Feira Internacio-nal do Móvel. Lígia Schuback, ide-alizadora da marca Morar Mais® e Willian Brandão brindaram a parce¬ria com arquitetos, designers de interiores e empresários brasilienses que estavam em Milão.

Priscylla Pontes, Leo Moreira, rachel Fechina e Márcia Bizzi

soraya Brixi, Julieta rodrigues, Humberto Macedo e Christina Praddo

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Acervo Pessoal

tony Lopes, Daniela Ibanhez e Beth rosso

Bárbara Paiva, M.Cavalcante e Ângela Borsoi

Ivana Valença. Heloíza e sóstenes Alcoforado

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movimEntação dEcorEs

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InauGuRação hoME cEntER cIaIMPER Foi inaugurado em Brasília o primeiro Home Center espe-

cializado em produtos químicos para impermeabilização. A CIAIMPER abriu as portas com um evento para cerca de 300 convidados entre engenheiros, arquitetos e execu-tivos da cidade.

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Camila Diógenes e Kely Carvalho

César Barney e o proprietário da CIAIMPEr, Paulo Henrique Vasconcelos

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REalIdadE auMEntada A La Lampe está sendo palco de uma série de apresentações

para profissionais de arquitetura e decoração de Brasília. Em abril os proprietários Andréa Mattos, Soledad Hurta-do e Venelouis Maia apresentaram aos convidados a Rea-lidade Aumentada, o que há de mais novo no mercado de TI para trazer ao mundo real o que está dentro do espaço virtual. O coordenador nacional de marketing da La Lampe, Júlio Camargo esteve presente nesse primeiro encontro.

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sara Puttini, João rafael e Anelise Melo

Daniel Mangabeira, Walléria teixeira, sonia Peres e Hélio Albuquerque

Vanessa Von Glehn, Márcio Borsoi e Maria do Carmo Araujorge

Flávia Lencastre e Ana Barata

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movimEntação dEcor

docE dE MãE A IV edição do concurso Doce de Mãe, promovido

pela Kit House Gallery, já tem uma vencedora: a sobremesa “Benetida”. Arquitetas e designers de interiores apresentaram, na grande final, seus do-tes culinários. Depois de passar pelo crivo dos ju-rados e ser julgada seguindo os critérios de sabor, apresentação, facilidade de elaboração e origina-lidade, a sobremesa desenvolvida pela arquiteta Sylvia Thereza Garcia foi eleita como grande ga-nhadora. Como prêmio, Sylvia receberá uma cozi-nha, ou outro ambiente da casa de sua escolha, no valor de R$ 10 mil.

noVo REStauRantE Os sócios Roberto Magnani e Silvio Perissinotti inauguraram o conceituado res-

taurante curitibano Avenida Paulista Pasta Pizza i Vino no Setor de Clubes Sul. Criado por Denise Zuba e Juliana Zuba, o projeto arquitetônico da casa é inspirado na casa de Curitiba, com toques de rusticidade e sofisticação. Com a ajuda de Roberto, que também é arquiteto, Denise e Juliana mesclaram ele-mentos como tijolos aparentes, ladrilhos hidráulicos, vidro na forma rústica de arandelas e em enormes panos transparentes. O aço corten muito presente, fi-gura na sua forma aparente em diversos elementos da adega e ornamentando bares. A casa tem três pavimentos, sendo o terceiro um terraço de onde se tem uma privilegiada vista da ponte JK.

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rosane França Josefa Antonieta rodrigues mãe da arquiteta Julieta rodrigues

sofia e a mamãe Mariângela Lemos

Ana tereza Bandeira, Adriana Nasser, Hugo Melo, sylvia thereza, Gabriela Andrade e Janini Giani

Juliana e Denise Zuba

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4ª MoStRa SER PoRtobEllo ShoP Cerca de 100 convidados foram conferir a inauguração da 4ª Mostra Ser Portobello Shop realizada

na loja do Setor de Indústrias e Abastecimento. Thânia Lacerda, proprietária da franquia em Brasília, convidou um grupo de arquitetos e designers de Brasília para projetarem as vitrines e os mini ambientes da loja. O Buffet Festim foi o responsável pelas delícias. Durante o evento, os atores do grupo Teatro de Plantão fizeram uma performance e em seguida desfilaram, entre os convidados, com porcelanatos e pastilhas que fazem parte da nova coleção Portobello.

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Luciana Passamani, Patrícia Azevedo, Beatriz Del Giudice e Isabel Veiga

José do Egito e Agildo Bellerophonte

Maria do Carmo Araujorge, Alessandra Fatureto e Gislaine Garonce

thânia Lacerda entre os atores do grupo teatro de Plantão

Marissol Alcantara, thânia Lacerda e Laura oliveira

Gustavo Assunção e sergio Peres

sylvia thereza e Viviane Mendonça

Márcia rodrigues, Juliana sarkis, Larissa Cayres, Gustavo Assunção e Eliton Brandão

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movimEntação dEcor

lançaMEnto da MoStRa caSa do caSa Uma casa de dois andares foi erguida na praça central do shoping

CasaPark para receber a exposição Casa do Casa, que reúne as prin-cipais tendências do design mundial. A mostra reúne peças de 36 lojas do shopping, entre sofás, luminárias, equipamentos eletrônicos, ele-trodomésticos, tecidos, cortinas, louças e acabamentos. O coquetel de inauguração reuniu arquitetos, designers, artistas plásticos e lojistas.

A mostra já está aberta ao público e fica em cartaz até 18 de junho, durante o horário de funcionamento do shopping. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos.A mostra já está aberta ao público e fica em cartaz até 18 de junho, durante o horário de funcionamento do shopping. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos.

Valeska tonet, Marluce Cunha, Fátima Madeira

sóstenes e Heloísa AlcoforadoCésar Augusto, Ivana

Valença e Alberto José

Willian Brandão e Miguel Gustavo

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Wander Passamani, thani slama

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paiSagiSmoPor LIANA ALAGEMOVITS Fotos FÁBIO PINHEIRO

Aproveitando a maestria dos traços do saudoso ar-quiteto Evandro Pinto Silva, responsável pela bela casa de Fernando e de Cristina Queiroz, o paisagista mineiro de Juiz de Fora radicado há 25 anos em Bra-sília, Paulo Prata cedeu aos encantos das formas har-monizadas do concreto, vidro e madeira do projeto e integrou completamente sua arte viva, que são os seus inesquecíveis jardins.

Instigante, Paulo Prata foi além ao mesclar a criação divi-na, ou seja, a natureza plena, com obras de renomados

oS jaRdInS residenciais dão um tom de vida e beleza em qualquer casa, podendo expandir espaços, trazendo energia e inspiração ao dia-a-dia dos seus moradores.Verde que

com elegânciAte quero ver

O museu de arte da mansão, que guarda preciosidades arrematadas durante anos pelos proprietários, projeta a magestade das palmeiras em seu exterior

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escultores pelos jardins da mansão, que nos recepciona com a escultura em forma de uma vaca em tamanho natural de Patrícia Secco, adquirida em São Paulo pelo empresário Fernando Queiroz.

Como a grandeza da mansão possibilita sonhar, o paisagista criou espa-ços complexos e belos para abraçar o que o bom gosto dos moradores colocou a sua disposição. Esse é o caso das “Três Graças” do artista ítalo--brasileiro Victor Brecheret ou da obra de Alfredo Ceschiatti escultor con-sagrado por diversos trabalhos imponentes como Os Anjos e Os Evange-listas da Catedral de Brasilia, colocadas cuidadosamente na entrada da casa marcada por imponentes bromélias.

Ao lado do coreto, uma delicada obra de Brecheret também está harmoniza-da, como se estivesse preguiçosamente deitada na verde grama para obser-var os que passam por lá... Deste local pode se ter uma visão ampla da impo-

nente casa e de seu jardim, festejado por plantas grandiosas e volumosas. E assim, esse privilegiado éden nos convida a tocantes passeios, mesmo que em pequenas caminhadas, sejam elas da varanda até a sala de ginástica, que recepciona com uma escultura de Ceschiatti, ou até a entrada da resi-dência que proporciona uma acolhida imponente aos convidados.

Omar Franco surpreende também com o vermelho de sua obra suntuosa em uma das varandas que, embora ultramoderna, também está em total sintonia com o local.

A mansão é um exemplo fidedigno de como uma bela arquitetura pode estar alia-da ao paisagismo, proporcionando variadas sensações aos que lá estão. Além disso, nesse caso, o arquiteto Evandro (o baiano) era grande amigo do paisagista Paulo. Essa sinergia se transformou em um ambiente fantástico, que é a cara de Christina e Fernando. Assim, a cada passo, os jardins de Paulo Prata surpreen-

As plantas volumosas da Paulo Prata tomam contam dos vazios deixados pela bela arquitetura assinada por Evanddro Pinto Silva

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paiSagiSmo

legenda falsaHarchillest, simaiosae. Itae. Nequi cusandaepe porerion cus aut eum simi, tem il et et venima solor

A escultura em bronze As Três

Graças de Victor Brecheret é uma

das diversas obras de arte

que transforma o jardim em um

museu ao ar livre

dem e ficam como testemunho de que a arte não se compõe apenas de pincéis ou tintas, mas de flores, esculturas e plantas.

Ao fundo de seu terreno, Cristina Queiroz, grande colecionadora de obras de artes, decidiu criar sua própria galeria. Surpreendentemente, a constru-ção também se integrou aos jardins, convidando a mais um pouco de arte, desta vez, em seu interior…

Bem, se há segredos para projetar tais espaços ao ar livre, Prata apenas reconhece que suas inspirações se traduzem em percepção estética, em proporção e em criatividade que agradam sem qualquer referência tempo-ral, tornando-as também um patrimônio para os proprietários que utilizam esses espaços para receber amigos com requinte, aconchego e intimidade, marca do casal.

A alegria das cores da escultura em forma de uma vaca em tamanho natural de Patrícia Secco alegra os que chegam ao portão da entrata

serviço

Paulo Prata PaisagismoTel.: (61)9983.8598 e (61) [email protected]

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caSa com florESDA REDAÇÃO* Fotos DIVULGAÇÃO

FloreSprEsEntEs na dEcoração das casas E EvEntos, Elas chaMaM a atEnção E fazEM sucEsso

o aRoMa, a textura e a beleza, tudo nelas chama a atenção do homem. Por séculos, o ser humano as cultiva, seja para apre-ciar a beleza ou para fins medicinais. Em torno delas foram criadas lendas e mitos. Elas podem possuir diversos significa-dos, como paz, esperança, amor e pureza. Sim são elas, as flo-res! Lembre-se, quando um homem dá rosas a uma mulher, ele quer expressar a sua admiração. Segundo a tradição, se uma noiva entra com flores de laranjeiras na igreja, significa pure-za. As flores também dão nome às mulheres. Associa-se à elas beleza, encanto, fragilidade e a personalidade das pessoas. As flores e o homem estão profundamente entrelaçados em sua história. O ser humano sempre admirou tudo que é belo, e as flores não são exceção. Tanto que uma música da banda brasileira Titãs deu voz a essa relação com o trecho. “Há flores cobrindo o telhado. Embaixo do meu travesseiro. Há flores por todos os lados. Há flores em tudo que eu vejo”. Assim, não dei-xe de encher sua casa de belas e significantes flores!

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E nada embeleza mais uma casa do que elas, as flores. Sejam rosas ou gar-dênias, elas atraem olhares. Em eventos ou em casa, elas traduzem a alma do anfitrião e passam mensagens. Segundo o proprietário de uma das prin-cipais empresas de paisagismo da cidade, Cássio Alencastro Veiga, as flores falam de receptividade, harmonia e aconchego para os convidados. “As flo-res representam boas vindas, elas encantam por sua beleza ou por seu aroma e por isso elas são uma maneira de dizer para pessoa que está chegando que você se preparou para recebê-la”, analisa.

Segundo o paisagista, ele está sendo cada vez mais requisitado para deco-rar eventos públicos de Brasília. A cidade se tornou o 2º pólo consumidor de flores no país, só perdendo para São Paulo. “Elas emprestam seu charme a tudo, avisa”.

Para Cássio cada evento é diferente e assim as flores e os arranjos também devem ser usados de maneira diferente. “Não existe flor da moda. Temos que analisar quem é que se está recebendo e o que a pessoa quer transmitir”, diz.

Conforme ele, as flores também têm que combinar com o ambiente e o clima. “Se sua casa for branca, qualquer cor entra, mas se for amarela, é preciso ter um certo cuidado”, pontua. Veiga lembra que se for receber alguém, a pessoa tem que prestar atenção também na duração do evento. “Se for algo corporativo, que dure três dias, por exemplo, o profissional tem que tomar bastante cuidado na escolha das flores”, analisa.

O paisagista confidenciou que prefere flores tropicais, adequadas ao clima do cerrado, pois têm uma durabilidade e tamanho maior. Além de cores mais vivas, o laranja e o vermelho, como as heliconias são belíssimas. Lembrando também que as flores de clima temperado também sejam requisitadas. No caso de Brasília, onde a maioria das casas tem um estilo mais moderno, as flores tropicais são perfeitas, elas são diferentes, inovadoras e principalmente, duram até o final do evento. “Em um ambiente como Brasília, onde há linhas retas, muito branco e muito vidro, eu procuro sempre sugerir um arranjo mais moderno para combinar com a casa. Gosto de arranjos de flores tropicais”, explica. Por serem maiores, elas compõe arranjos com menos flores, mas se a

As Flores rePresentAm BoAs vindAs, é umA mAneirA de dizer PArA PessoA que está chegAndo que você se PrePArou PArA receBê-lA

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caSa com florES

pessoa quer simplesmente decorar a casa, grandes arran-jos exigirão uma troca constante. Anote aí: Veiga lembra que a técnica do menos é mais, também pode ser aplica-da aos arranjos florais.

Para o paisagista, o importante é que os arranjos este-jam bem posicionados. Eles não podem nunca estar na frente de quadros. Para as mesas, ele recomenda arran-jos redondos, que possibilitam uma visão geral. O paisa-gista lembra que o vaso também é um acessório muito importante na decoração do ambiente com flores. Assim, ele aconselha vasos de cores neutras, esmaltados, ou em tons de marrom. Eles combinam em qualquer ambiente, são verdadeiros coringas.

Cássio possui um estilo mais minimalista, adepto da simplicidade. Ele costuma compor arranjos com menos quantidade de flores, mas que se destacam, permitindo ver a beleza singular de cada uma. Para ele, o estilo mais minimalista combina bem com a nossa cidade, que possui ambientes com muito vidro e com muita luminosidade.

serviço

Cássio Veiga PaisagismoSHIS QI 7 Bl E s/n lj 4 Brasília - DFTel.: (61) 3248.5898

O paisagista Cássio veiga

* Colaborou Fernanda Azevedo, estagiária

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SuStEntabilidadEPor LIANA ALAGEMOVITS* Fotos VICTOR HUGO BONFIM E DIVULGAÇÃO

SuStentáVelprofissionais dE brasília Estão adErindo à arquitEtura EcologicaMEntE corrEta

EnchEntES, secas, desabamentos, os desastres naturais parecem estar cada vez mais presentes no cotidiano do homem. Um dos principais motivos disso é a ocu-pação desordenada nos grandes centros urbanos. A cada dia, a sociedade se conscientiza da importância de preservar o meio ambiente e criar técnicas que favoreçam a natureza dentro das cidades. Essa preocupação deu origem à bio-arquitetura. Trata-se de um estilo de arquitetura sustentável que está se tornando essencial nos dias de hoje, principalmente para os que vivem nas zonas urbanas.

mundo

Sérgio Pamplona e sua escada de pneus reciclados

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SuStEntabilidadE

Exemplo de que não podemos mais construir sem consciência foi a resposta violenta que a mãe natureza deu aos homens no começo desse ano na re-gião serrana do Rio de janeiro, ocupada desordenadamente. Assim, além de evitar tragédias, uma postura individual aliada a uma política urbana ecologicamente correta ajudam a preservar e muito a natureza.

Pensando nisso tudo, profissionais de Brasília estão adotando essa vi-são nas novas construções. Visionários, os arquitetos Sergio Pamplona e Ewoud Van Schaijk fazem parte desse grupo, que vem tomando corpo.

Ewoud van Schaijk, diretor da firma Open Space, consultoria em sustenta-bilidade, é especialista em alta tecnologia na área de arquitetura susten-tável e professor em sua especialidade. Há mais de 20 anos trabalha com projetos sustentáveis. Um dos seus maiores fascínios sempre foi o de reduzir o consume de energia ao máximo. Para isso ele se especializou em baixos custos energéticos. Assim, ele projetou um prédio de cinco andares, que é refrigerado com a água de chuva. O sistema funciona apenas com energia solar, gerada com placas fotovoltaicas. Nas horas de pico, em que há a ne-cessidade de mais energia do que é gerada pelo próprio sistema, o prédio compra da rede pública, mas nas horas ociosas, como o fim de semana, quando ele produz mais do que gasta, ele vende a energia. Como os dois fluxos são equilibrados, a conta de luz sobre o ano é zero.

Já Pamplona é especialista em novas técnicas de construção que exercem menor impacto ambiental. Para ele, as áreas da arquitetura e construção civil costumam usar materiais nocivos para a humanidade. Por isso, ele re-solveu apostar na utilização de materiais biodegradáveis. Ele afirma que a madeira e o barro adobe substituem muito bem o cimento. “Para cada

tonelada de cimento é liberada na atmosfera a mesma quantidade de gás carbônico. Por isso, ele utiliza muita madeira, como o bambu de crescimen-to e de reflorestamento rápido.

O profissional lembra ainda, que tijolos de barro cru, adobe e super ado-be não geram resíduos em uma obra e não contaminam o ambiente. Além de serem menos poluente são mais econômicos, pois esse tipo de material pode ser encontrado na maioria das vezes, próximos aos locais de obras, terminando com a poluição gerada pelo transporte de longa distância. Vale lembrar ainda, que essas alternativas funcionam também como um regulador de umidade e como um ótimo isolante térmico, mantendo a tem-peratura dos ambientes sempre balanceados.

Entre as técnicas mais modernas usadas nas grandes cidades, uma das mais badaladas é o telhado verde. Ele é na verdade, uma estrutura imper-meabilizada construída no telhado, de madeira ou de concreto, com uma ligeira queda, no formato convencional para que na parte baixa da estru-tura exista uma drenagem. Joga-se então a terra na estrutura e planta- se grama e outros tipos de plantas rasteiras. Segundo o arquiteto, a aplicação do telhado verde em grande escala, nas em cidades como São Paulo, po-deria evitar enchentes, pois eles retém a água da chuva e reduzem o pico da mesma nas bacias hidrográficas. O telhado verde também isola a tempe-ratura, evitando que o calor escape durante a noite e se concentre no local durante o dia. Essa técnica propicia um ambiente agradável, descartando totalmente o uso do ar condicionado.

Sergio Pamplona trabalha também com a captação da água da chuva. Ele utiliza calhas que absorvem a água que cai no telhado. Ela é armazenada

Ao lado, o uso do telhado verde por Ewoud Van Schaijk.Abaixo, do mesmo arquiteto, prédio refrigerado iteiramente com água da chuva e que funciona com energia solar

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arquitEtura SuStEntávEl

em caixas d’água e aí pode ser utilizada de acordo com a necessidade. “Dá para passar a metade do ano somente com a água da chuva”, afirma.

Materiais e suas utilizações ecologicamente corretas fazem parte da pre-ocupação de alguns profissionais como o arquiteto Schaijk, que também é engenheiro. Ele acredita na utilização de materiais biodegradáveis, mas ressalta que é importante investigar a origem dos mesmos. “Se o mate-rial vem, por exemplo, de áreas de desmatamento florestal, não adianta nada.”, afirma. Ewoud acredita ainda na economia dos materiais e na sua resistência. Para ele, quanto menos material for gasto na construção, me-nos prejuízos para o meio ambiente.

O designer Tunico Lages também compartilha dessa vertente e utiliza em seus móveis, muita madeira reciclada. Sua proposta é simplesmente de re-aproveitamento utilizando arte e criatividade. Segundo ele, as chamadas madeiras mortas podem gerar um grande valor agregado, além de permitir um resultado tão bom quanto as de madeiras de lei.

A bandeira que Schaijk defende é a da pratica de ações sustentáveis no dia a dia. Como professor, ele ensina que de nada adianta o imóvel ser sus-tentável sem que o morador tenha uma atitude similar. Ele acredita que os cidadãos precisam começar a preservar a natureza desde os pequenos gestos como o de separar e reciclar o lixo. “Qualquer projeto sustentável começa com a consciência. Modismo não possui consciência!”, frisa.

Essa ideia é aplaudida por Tunico Lages, que ressalta que a reutilização de materiais que foram sistematicamente separados tem grande importância social, inclusive como forma adequada de produzir suas belas peças.

Ewoud afirma ainda que a preservação do ambiente é apenas um dos aspectos do que chamamos sustentabilidade; O processo também deve ser socialmente justo, economicamente viável, e culturalmente apropriado. “Não podemos construir um empreendimento fisicamen-te sustentável, sem termos um programa de inclusão social vincula-do”, analisa.

Para Pamplona em um futuro muito próximo a maioria das pessoas adotará uma arquitetura mais sustentável, pois a necessidade de pre-servar a naturez contra os impactos da ocupação do homem é laten-te. Para ele, as pessoas precisam adotar um estilo de vida que cause menos impacto no meio ambiente porque isso, no fundo, pesa tam-bém no bolso de cada um. Assim ele levou suas ideologias para a sua profissão. “Bioarquitetura não é simplesmente um tipo de arquitetura correta, é um estilo de vida que a pessoa adota, é uma escolha e é para sempre!”, finaliza.

serviço

sérgio PamplonaTel.: (61) 3034.1925

Ewoud van schaijkTel.: (61) 8461.3123

tunico LagesTel.: (61) 3201.7802

Acima, o designer Tunico Lages e, ao lado, seus móveis de madeira

* Colaborou Fernanda Azevedo, estagiária

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DA REDAÇÃO* Fotos ESTúDIO DEPHOT E DIVULGAÇÃO

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corES

corcorEs: alEgraM aMbiEntEs E rEproduzEM sEntiMEntos

aS coRES nos cercam o tempo todo, nas casas, escritórios, fábricas, esco-las, shopping centers, edifícios públicos, em tudo que é material. As cores do ambiente podem exercer grande efeito sobre nós. Por isso, na hora de escolher qual cor pintar sua casa é muito importante refletir sobre a tona-lidade. Cores são subjetivas, passam ideias, sentimentos e sensações para as pessoas. É fundamental definir a cor que melhor combina com a per-sonalidade de quem ocupará o ambiente. Cores mal empregadas podem causar mal estar, lembranças desagradáveis e até insônia. Ter harmonia no ambiente é fundamental. E as escolhas são inúmeras. Existem mais de 20 mil tonalidades diferentes no mercado. Algumas bem estimulantes como o vermelho e suas variações que representam amor e paixão. Outras mais pacíficas e serenas como o branco e o lilás também são fáceis de achar. Há ainda quem prefira tons mais pesados, como o preto, considerado algumas vezes fúnebre, mas ao mesmo tempo, revolucionário.

cAsA com

Para a gerente da divisão de tintas da Cecin Sarkis, Irene Pereira, o clien-te deve ter muito cuidado, pois o tom escolhido ficará ao seu lado por tempo. Segundo ela, há muitos casos de clientes que escolhem uma cor

e depois se arrependem, pois enjoam. Irene recomenda aos clientes tons neutros, mais claros, como o pastel e o bege, pois harmonizam com qualquer ambiente e combinam com os móveis que não devem ser esquecidos na hora de comprar qualquer tinta. Segundo a gerente, os tons neutros são os mais pedidos, porém dependendo do local e das pessoas, tons mais agressivos ficam bem, desde que combinem com outros tons mais amenos.

A designer de interiores e especialista na harmonização de cores em am-bientes, Luciane Cintra, acredita que não há cor “certa” ou “errada”. As cores têm diversos significados e podem ser aplicadas em diferentes contextos. Conforme Luciane é preciso entender a linguagem delas. Para ela a cor tem um significado diferente e uma representação distinta para cada pessoa e para cada etapa da vida. “O vermelho, por exemplo, é óti-mo para o casal em harmonia, pois induz a paixão, já para um casal em crise, empregar a cor naquele momento pode ser desastroso, pois insita a brigas”. Cada cor pode deter vários significados. Conforme Luciane, o desafio de um consultor é saber como a cor se relaciona com o cliente.

O azul, ideal para quartos, é a cor da paz de espírito,

tranquilidade e relaxamento

Verde vai bem com tudo, remetendo aos tons da natureza, o que acolhe sempre.

O lilás e o violeta proporcionam descanso e por isso podem ser usados em ambientes onde se quer relaxar

O preto e demais tons escuros podem dar um

efeito especial,com sofisticação

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Segundo a designer, as cores são mágicas e podem ser aliadas desde que usadas de maneira certa. “Cor é vibração, e ela vai muito além da super-fície e do que podemos ver”, diz. Quando trabalha com cores, Luciane busca os aspectos positivos de cada matiz e concentra esforços em di-reção aos efeitos desejados pelo cliente. Para ela, não há necessidade de se temer ou evitar os aspectos negativos de uma cor. Os aspectos obscuros mostram aquilo que precisa de assistência no fundo. O objeti-vo é atingir um equilíbrio com aspectos positivos e negativos. Algumas cores só se tornam positivas quando começam a atingir seus tons mais prateados. A negatividade do cinza, por exemplo, desencadeia crítica e medo”, explica.

Para as pessoas que pensam que o branco é universal e pode ser em-pregado em todos os cômodos, cuidado. A cor também tem o seu lado negativo, excesso de branco pode causar problemas. Nos hospitais, por exemplo, muito branco deveria ser evitado, pois transmite uma sensação estéril que causa frustração. Tons pastéis seriam melhores, mais adequa-dos para a energia do local. Os aeroportos devem usar cores neutras com

O bege e demais tons pastéis, são uma opção para o uso do branco, que em exagero pode se tornar monótono

Por estimular a atenção, o amarelo pode esquentar áreas escuras e favorecer a iluminação

O laranja remete à sabores agradáveis, podendo ser usado em cozinhas. Ele ainda estimula o apetite

O vermelho induz a paixão e emoções fortes, por isso, o uso dessa cor deve ser feito com muito cuidado, atendendo a função do ambiente

Esta cozinha italiana em Milão é uma prova de que a mistura de cores fortes também traz personalidade a um ambiente

A Feira Mundial de Design em Milão propôs a combinação exata de cores, formas e luz

Verde e lilás foram capazes de compor a sobriedade da cor predominante da sala

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corES

sinalizações em vermelho. É melhor não ter amarelo num avião, pois isto pode causar enjôo. Mas em sala de aula essa cor focaliza a atenção e estimularia o intelecto. As melhores cores para salões de assembléia ou centros de confe-rência são as mais sombrias, que dignificam. O azul escuro e o anil estimulam a estrutura e o planejamento. Nos cafés, os vermelhos e os laranjas são as me-lhores cores para assegurar que os fregueses não fiquem debruçados por muito tempo sobre a xícara. Estas cores os fazem comer mais depressa.

A decoração de uma casa tem um significado profundo. Os quartos devem ser decorados com cores frias, como azuis e tons de lilás, para descanso e rela-xamento. Podem-se acrescentar toques de rosa claro e pêssego para dar uma sensação de aconchego. Em peças de trabalho, como a cozinha, é melhor es-colher cores de ação do raio magnético vermelhos, laranjas ou amarelos. Ver-de vai com tudo, mas não o utilize em espaços onde se passa muito tempo, como a sala de estar. Já o quarto do bebê nunca deve ser pintado de branco. O bebê fica frustrado porque precisa de estimulos visuais.

Outra técnica que está em alta é o uso das cores para reproduzir efeitos de textura nas paredes como o jeans, mármore e veludo. Fazer uma parede de grafiato ainda é usada. Neste caso pode-se usar tons mais escuros como o ver-melho, e o preto, pois rodeados de paredes mais claras, em tons de branco e o amarelo, por exemplo, harmonizam muito bem com o ambiente.

A cor do ambiente foi ressaltada pelo efeito de luz e sombra nesse ambiente assinado por Luciane Cintra

Cores transformam e transmi-tem sempre uma mensagem específica, percebida ou não pelo consciente

A proposta em Milão foi incorporar a luz e a cor aos ambientes internos

serviço

Cecin sarkis SIA Qd 5C s/n lt 21 lj 225 - GuaráTel.: (61) 3361.8900

Luciane Cintra Design de Interiores e Consultoria de harmonização de eventosTel.: (61) 9988.1644

* Colaborou Fernanda Azevedo, estagiária

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JUNHO 2011 PRIME 111

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garimpoDA REDAÇÃO* Fotos VICTOR BONFIM

caRo lEItoR, na Prime 4ª edição, a revista trás para você achados imperdí-veis de antiquários e lojas de decoração de Brasília. Aproveite as dicas e as ideias, quem sabem uma dessas peças vai parar naquele cantinho especial da sua casa.

achadoS Preciosos

que deixAmA suA cAsAMaIS bEla

Poltrona Destaque WJ Design

Armário de Madeira Undergallery

Rádio Década de 50 Undergallery

Peças de cerâmica azul turquesa Begoña

* Colaborou Fernanda Azevedo, estagiária

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113JUNHO 2011 PRIME 113

Poltrona GiratoriaGlass Griff House

Poltrona Patchwork Griff House

Garrafas de resina Begoña

Poltrona Scandinavian WJ Design

Rack Monte Negro WJ Design

serviço

Begoña Presentes Tel.: 3201.6660

Griff HouseTel.: 3362.8696

UndergalleryTel.: 3233.3030www.gallerytapetes.com.br

WJ DesignTel.: 3361.5756www.wjdesignmoveis.com.br

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garimpo

ao VER a PoltRona e o sofá da sala da jornalista Dora Rocha, nin-guém diz que são moveis repaginados, que Dora comprou pesquisan-do por aí, e detalhe, por um preço imperdível. Quando comprou o sofá preto em uma feira de antiguidades, ele estava rasgado. A jornalista mandou reformar e hoje o móvel bem mais interessante, vale o dobro do preço inicial. É assim mesmo, ela adora ir a lugares inusitados. Se bate o olho em algo e acha que combina com a sua casa, consulta o preço, se preciso pechincha e leva. Depois reforma, combinando direi-tinho com seu estilo. O resultado é inacreditável.

Dora faz questão de que a casa seja a sua cara, toda despojada e ele-gante, ao mesmo tempo. Uma peripécia que só ela consegue fazer. Ela tem mil e uma “invencionices”, como uma cama feita com suporte de madeira onde a cabeceira é um biombo indiano. Dora também tem uma mesa feita com uma prancha de madeira pendurada por arames, para combinar com uma autêntica cadeira de cinema, daquelas bem antigas.

Mas como todo jornalista, Dora é bastante viajada. Ela é cidadã do mundo. E para cada lugar que foi, ela trousse um artigo para decorar a casa e se lembrar de suas caminhadas. Uma ideia muito legal foi a dos recipientes para vinho que ganhou em uma de suas viagens e usou na decoração. Simples e bonito.

Original mesmo é a cozinha de Dora. Os armários são feitos com ara-mes. “Na época não tinha dinheiro para comprar vidro então, inven-tei”, revela com simplicidade. O arame certamente acrescentou char-me ao ambiente. Tudo que Dora toca, parece se transformar. Isso tudo sem contar com seu senso estético que virou profissão. Dora Rocha é mestre em tranformar um ambiente em um lugar super bacana. “Olho, troco coisas de lugar e aí tudo fica bem”, revela. Mas uma coisa é certa, o estilo de Dora é único. Entrar na casa dela é comprar uma passagem para o mundo.

o Antigo Pode ser chique As peças da casa são cuidadosamente repaginadas pela criatividades

e pelo bom gosto de Dora Rocha que faz do rearranjo, da reforma de itens e da recolocação de móveis sua nova profissão para ajudar aqueles que não sabem o que fazer com os espaços.

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motorDA REDAÇÃO* Fotos DIVULGAÇÃO

a noVa GERação do touaREG está chegando às concessionárias da Volkswagen a partir de junho. Primeiro utilitário esportivo lançado pela Volkswa-gen, o Touareg teve aproximadamente meio milhão de unidades comercializa-das em sua primeira geração, que chegou ao mercado em 2002. Destacando-se num dos mais competitivos segmentos da indústria automotiva, ele se impôs pela perfeita combinação de luxo, conforto e capacidade de enfrentar os mais difíceis caminhos. Tudo isso, oferecendo um altíssimo padrão de segurança.

Seguindo o mesmo caminho, sempre em busca de aperfeiçoamento, a Volkswagen apresenta agora ao Brasil a segunda geração do Touareg, rein-terpretando o conceito de utilitário esportivo de alto padrão. Novas linhas, mais dinâmicas e elegantes, nova estrutura, mais robusta e simultaneamente mais leve, e um impressionante conjunto de sistemas de segurança de última geração compõem um veículo que certamente irá impressionar a todos os que o conhecerem.

Essa segunda geração do Touareg que chega ao Brasil vem em duas versões, com motores V6 e V8, ambas mais econômicas e eficientes. As duas opções

novA gerAção dochegA Ao BrAsil

touaREGatendem às rígidas normas de emissões brasileiras (PL5) e contam com um novo sistema de gerenciamento térmico, que possibilita atingir a temperatu-ra ideal de funcionamento em menor tempo, o que contribui de forma impor-tante na redução do consumo de combustível em percursos pequenos, como a maioria dos realizados na cidade. A evolução dos motores fica clara no desempenho do V6 FSI 3,6 litros: com 280 cv e torque máximo de 360 Nm.

primEiro Suv com câmbio automático dE oito marchaSTodas as versões do novo Touareg são equipadas com uma transmissão automá-tica de oito marchas, tecnologia pioneira no segmento dos utilitários esportivos. Com melhor escalonamento, o câmbio utiliza a sétima e a oitava marchas como overdrive, aumentando a economia de combustível.

um doS vEÍculoS maiS inovadorES E SEguroS dE todoS oS tEmpoSO comando do freio de estacionamento eletromecânico do novo Touareg é feito ao toque de um botão. Além disso, o Touareg V6 também captura parte da ener-gia dissipada nas frenagens e desacelerações.

uM suv rEdEsEnhado, Mais lEvE E dinâMico

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motor

Uma opção disponível é o novo teto solar panorâmico, o maior já utilizado num utilitário esportivo, que ilumina o interior da cabine mesmo em dias encobertos.

Também há novidades importantes nos sistemas de assistência. O Area View utiliza quatro câmeras posicionadas ao redor do carro para proporcionar uma visão abrangente em torno do veículo, aumentando a segurança. Com a mesma intenção, há seis airbags.

O Side Assist alerta para carros que se aproximam por trás, fora do ângulo de visão, quando o motorista troca de faixas. O controle de velocidade adaptativo (ACC) com Front Assist, agora pode frear o carro completamente.

protEção ao pEdEStrEO Touareg atende às especificações legais mais exigentes de inúmeros países. Um dos detalhes que mereceu atenção no projeto deste novo modelo da Volkswagen foi a proteção a pedestres e ciclistas em caso de atropelamento. Um novo elemento deformável foi incluído no para-choques dianteiro, para amortecer o impacto em caso de acidente, uma medida que vai além das impostas pela legislação.

dESign EXtEriorSeu visual é marcado por novas linhas e pelo jogo mais esportivo de suas pro-porções. O novo DNA de design da marca transparece um estilo mais esguio e atlético. O resultado é um SUV com um impacto visual mais imediato, um estilo atemporal.

intEriorO interior do novo Touareg se caracteriza pela perfeição nos detalhes, com máxi-mo conforto e segurança. A grande distância entre eixos permitiu criar um espaço para os passageiros de trás e o portamalas. O layout do Touareg oferece cinco lugares com clareza de linhas, elegância, alta funcionalidade e materiais de gran-de qualidade.

A superfície do painel de instrumentos e detalhes em madeira (no V8), redefinem o estado da arte em sua categoria. Um charme especial por ser um carro de luxo.

um cocKpit SEm concESSõESO motorista comanda um cockpit claramente delineado. Todas as informações fundamentais estão à mostra dentro do seu campo visual, no painel de instrumen-tos organizado com precisão. Oi instrumentos têm aros cromados e ponteiros vermelhos iluminados. Os mostradores são iluminados por trás, com LEDs, e têm aparência tridimensional.

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* Colaborou Fernanda Azevedo, estagiária

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luXoDA REDAÇÃO* Fotos VICTOR HUGO BONFIM

cAnetASa EScRIta é uma das mais importantes descobertas

do homem. Contudo, para a aplicação deste grande avanço, era necessária a criação de certos instrumen-tos. Durante muitos anos, as penas de ganso foram as principais formas de se escrever. As canetas esfero-gráficas, principal modelo usado atualmente, surgi-ram em 1937 por meio do húngaro Ladislao Biro. Ele queria criar uma caneta que não borrasse e cuja tinta não secasse no depósito, como fazia a velha caneta--tinteiro. Inicialmente, todas as canetas eram pretas, geralmente feitas em borracha rígida. Foi George Parker que rompeu com esta tradição ao lançar em 1921 uma caneta em vermelho bem vivo. Fez o maior sucesso! Poucos anos mais tarde começou a era dos plásticos, quando a Sheaffer começou a utilizar o ce-lulóide para produzir com mais resistência e cor, ou seja, de uso mais popular. Os anos 20 são considera-dos a “idade de ouro” das canetas de tinta permanen-te, com os seus aparos flexíveis e design clássico. Mas hoje elas são objetos de coleções para muitos. Além de tudo são verdadeiras joias e imprimem o estilo de cada um. Assim, invista e será notado como uma pes-soa requintada.

1. caneta esferográfica montblanc mark twain 2. caneta montblanc Bohème vert tinteiro 3. caneta montblanc starwalker 4. caneta tinteiro meisterstück montblanc diamond 5. caneta montblanc Bohème noir tinteiro

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Chegou em Brasilia um novo conceito de iluminação,uma verdadeira BOUTIQUE DE LUZ.

Solar de Brasília 2, Comércio Local | Brasília-DF | 3339-0280

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É NOVO. É DIFERENTE. É LUZ .

BELLALUCE E WAGNER ARCHELLARepresentante Exclusivo

* Colaborou Larissa Galvão, estagiária

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Chegou em Brasilia um novo conceito de iluminação,uma verdadeira BOUTIQUE DE LUZ.

Solar de Brasília 2, Comércio Local | Brasília-DF | 3339-0280

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É NOVO. É DIFERENTE. É LUZ .

BELLALUCE E WAGNER ARCHELLARepresentante Exclusivo

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tEcnologiaDA REDAÇÃO* Fotos FABIO PINHEIRO E VICTOR HUGO BONFIM

já IMaGInou entrar em casa sem usar nenhuma chave para abrir a porta, só com a digital ou com um cartão magnético? Não seria um alívio não ter que carregar sempre aquele molho de chavespor aí? E que tal se a sua casa estiver pronta para re-ceber você, com o ambiente climatizado, as luzes acesas, a televisão ligada, e ainda a banheira com a água quentinha como você gosta? Parece coisa de cinema? Muitos brasilienses já vivem assim, iguais a personagens dos filmes de ficção do futuro. Hoje em dia, a tecnologia está profundamente entrelaçada com tudo que fazemos, e a arquitetura não podia deixar de ser diferente.

Nos últimos anos tem surgido varias empresas no mercado de Brasilia para atender a demanda de artefatos eletrônicos para casa, como a Impacto Digital. A empresa inaugurada em 2008, ja possui inúmeros clientes. Entre os serviços oferecidos estão CFTV, Controles de acesso, Catracas, crachas de identificação e proximidade, Con-troles de Ponto, redes e portões e fechaduras elétricas.

Segundo o diretor geral da empresa, Thiago Santiago, antigamente os sistemas como o CFTV eram usados por empresas para segurança. Depois chegaram às ca-sas pelo mesmo motivo. Hoje em dia essa tecnologia chegou para pessoas fisicas que buscam monitoramento para sua familia. “As pessoas querem vigiar como es-tão sendo cuidados os filhos e familiares”, diz.

Para Santiago, a última palavra em tecnologia do ramo é o controle facial de en-trada. Esse mecanismo, assim como o sensor de impressão digital, permite que apenas as pessoas cadastradas entrem na residência. Para alguns dos clientes a vida ficou bem mais facil. Conforme o servidor público, Jonatas Ramos, depois que instalou equipamentos eletrônicos de segurança em sua casa, ele se sente mais tranquilo.

aRquItEtuRa EtecnologiA

uMa união quE dEu cErto

Thiago Santiago aposta na necessidade de proporcionar a segurança das famílias

Tecnologia e arquitetura andam de mãos dadas

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serviço

Impacto DigitalTel. (61) 4102-6598 (61) 4102-6598 www.tecnologiaid.com.br

Paulo Henrique ParanhosLago SulQI 9, BL I, sala 205/6 Tel. (61) 9985- 0555

Edifícios inteligentes investem alto em tecnologia

Os equipamentos estão cada vez mais resistentes e sofisticados

O arquiteto Paulo henrique Paranhos afirma que tecnologia está em alta no Brasil

Para o arquiteto Paulo Henrique Paranhos, o Brasil tem avançado muito no ramo de tecnologia. Como arquiteto ele está sentindo a necessidade de interagir, cada vez mais, com empresas como a de Santiago. Se acordo com Paranhos os edifícios cha-mados inteligentes, que tem alto investimento em tecnologia chegaram para ficar. Segundo o arquiteto, estes empreendimentos podem ter tecnologia virtual, controle automático e automação predial, que é o controle das luzes, janelas, temperatura e entrada, por intermédio de controle remoto, cartão magnetico e digital. Para o arquiteto, os serviços mais pedidos são o de automação predial. Alguns empreendi-menos chegam a ter sistema de aspirador de pó embutido. A maioria tem CFTV.

Paranhos considera ainda que as novas tecnologias dentro da arquitetura são di-versas e quase inesgotaveis. Uma união que de fato deu certo. Mas ele faz algumas ressalvas. Para ele, as pessoas não devem se esquecer de aproveitar as condições naturais do clima e de usá-las em favor das construções. Ele afirma que as pessoas devem ter cuidado para não terem gastos inúteis com tecnologias desnecessárias e caras. “Edifício inteligente é aquela que você não precisa gastar muito dinheiro e energia para que ele funcione de forma perfeita”, acrescenta.

* Colaborou Fernanda Azevedo, estagiária

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EngEnhEiroS E calculiStaSDA REDAÇÃO* Fotos FABIO PINHEIRO

na hoRa de planejar uma casa, muitas pessoas se pensam apenas no projeto arquitetônico, na decoração e na harmonização dos ambien-tes, mas esquecem da estrutura. É ai que mora o perigo. O sonho de uma bela residência pode virar, literalmente, uma ruína.

Muitos construtores de primeira viajem acabam levando prejuízos por não prestarem atenção na base de um projeto. A maioria termina ten-do que reforçar a estrutura e inevitavelmente algumas paredes. Sem esse cuidado, o tão sonhado empreendimento acaba sucumbindo ou perdendo segurança, quando surgem as horrorosas e temidas trincas.

Conforme o arquiteto e responsável por desenvolvimento de negócios mobiliários, Flavio Vasconcelos de Freitas, o cuidado com a estrutura do projeto já começa na escolha de um lote. Principalmente quando se trata de Brasília é importante observar se a área é legalizada e se o tipo de solo é adequado para o projeto pretendido. Segundo seu sócio, o engenheiro Lucio Mario Rodrigues, é imprescindível também fazer uma sondagem no lote, pois qualquer profissional, seja arquite-to ou engenheiro, vai precisar de um estudo detalhado para calcular a fundação de qualquer empreendimento.

No caso de Brasília, os solos são bem variáveis, mas segundo espe-cialistas a maioria dos locais não oferece muitas complicações para construção. Mas a arquiteta e urbanista, Janaina Vieira, afirma que o cuidado que o brasiliense deve tomar é com relação às baixadas. Para ela, muitas residências estão localizadas em áreas de declividade, ou seja, locais perigosos quanto ao deslizamento de terra.

Janaina alerta ainda para o risco de se construir em Áreas de Preser-vação Permanente(APP). Além da impossibilidade da regularização do local, o proprietário terá custos bem maiores, pois estas regiões, geralmente, estão perto de nascentes e possuem o seu subsolo total-mente alagado. “O construtor terá que drenar a área, o que represen-ta altos custos.”, avisa.

O técnico de edificações Vanderlei Barbosa de Freitas aconselha ain-da que as pessoas procurem sempre, sem exceção, construir em áreas planejadas. É ainda preciso pesquisar prestar o máximo de atenção nos códigos de utilização de terras é de checar a escritura antes de adquirir qualquer propriedade.

Mas para um projeto ser um sucesso é preciso ter em mãos um pla-nejamento cuidadoso da obra e de sua estrutura. É importante defi-

nir bem o tamanho do empreendimento. Muitas pessoas constroem pensando em um pavimento, mas no meio do caminho decidem optar por dois ou mais andares. Essa indecisão pode acarretar problemas graves se o dono do empreendimento não for bem informado ou não tiver ao seu lado profissionais competentes.

Neste caso, um engenheiro terá que refazer os cálculos e reforçar toda a estrutura. Isso sem contar com aborrecimentos que o proprietário terá que enfrentar, além de uma série de burocracias. Lucio Rodri-gues dá ainda um alerta: é quase impossível mudar o formato de um imóvel quando este já está pronto. Para ele, o suporte técnico para realizar qualquer modificação estrutural, se for uma necessidade in-transponível é extremamente necessário para evitar grandes danos ocasionados por infiltrações ou rachaduras.

Por fim, Flavio Freitas recomenda que o cliente faça questão que um o técnico acompanhe a obra e que assine o projeto. “Se acontecer qualquer problema grave com a obra, o técnico que acompanhou a mesma irá responder administrativamente e até criminalmente por ela”, avisa lembrando-se de desabamentos ocorridos recentemente no nordeste dos Pais.

alIcERcE a basE da sua casa é Mais iMportantE do quE você iMagina

serviço

Flavio Freitas Desenvolvimento de Negócios Imobiliários e topocarttopografia Engenharia e Aerolevantamentos s/s ltdaTel.: (61) [email protected]

* Colaborou Fernanda Azevedo, estagiária

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LAMARTINE MOVEIS

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mãoS à obraPor VIVIANE GONÇALVES DIAS ILUstrAção WERLEy KRöHLING

planEjE! Escolha um arquiteto com o qual você tenha afinidade. Analise o quan-to você pode gastar e informe ao profissional;

dEbata! Discuta bem o projeto. Alterá-lo após o início da obra, acarretará em um custo maior para você;

conhEça! Contrate um mestre de obras que tenha bastante referência com pesso-as acostumadas a construir em Brasília;

planEjE! Escolha um arquiteto com o qual você tenha afinidade. Dimensione o quanto você pode gastar e informe ao profissional;

caprichE! Mantenha sua obra limpa. Isso economiza material e previne acidentes. Um servente de obras não custa caro e pode fazer esse serviço;

prEvina-SE! Procure nunca antecipar dinheiro para pagar mão-de-obra, pois isso pode causar grandes problemas;

uMa ManSão ou uMa caSa PEquEna. Um duplex ou uma qui-tinete. Na hora de construir ou reformar o cuidado deve ser o mesmo, não importando o tamanho do imóvel. A dica é do empresário Silva. Há 29 anos no mercado de construções da capital federal, o proprie-tário do Grupo By Silva, especialista em esquadrias de madeira e alu-mínio, já presenciou grandes acertos, mas também muitos erros. “No mercado é muito comum você encontrar produtos com as mesmas ca-racterísticas, porém com qualidade diferente”, exemplifica.

construindoPREVEnIndohá 29 anos no MErcado brasiliEnsE, o EMprEsário silva dá dicas para quEM prEtEndE construir ou rEforMar

SonhoS,PesAdelos

SE Você VaI conStRuIR ou REFoRMaR, conFIRa aS dIcaS do SIlVa:

Apesar do status de proprietário de uma empresa que contabiliza mais de 100 funcionários, a mais moderna fabrica de esquadria do Centro Oeste e centenas de obras espalhadas pela capital federal, Silva não se afasta do dia a dia de seu empreendimento. Visita clientes tira dúvidas e recebe, de forma diferenciada, em uma espaçosa loja localizada no Setor de Indústrias em Brasília. “Pequenas dúvidas podem se tornar grandes problemas e a honesti-dade é o meu grande trunfo”, analisa Silva conhecido pelo carisma com que trata seus clientes e pelo bom gosto que imprime à sua matéria-prima.

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serviço

Grupo By silvaSIA Trecho 3 Lote 1470\1480 www.bysilva.com.br Tel.: 3363.5511 (Patrícia) - 9552.8441 (Silva)

PequenAs dúvidAs Podem se tornAr grAndes ProBlemAs

SEja Sábio! Não aceite opinião sobre este ou aquele material a ser usado de pessoas que não tenham conhecimento no assunto;

conhEça EmprESaS! Caso não ache inconveniente, deixe seu contato na obra com o mestre para que fornecedores possam visitar e entrar em contato com você. Talvez eles tenham produtos interessantes para lhe oferecer;

EXija! Ao comprar material com garantia determinada, solicite ao fornecedor o documento que explicite o que cobre tal garantia;

fiquE atEnto! No mercado é comum você encontrar produtos com as mesmas caracterís-ticas, porém de qualidade diferente;

SEja intEligEntE! Preocupe-se com a qualidade. Ao escolher uma loja para adquirir seu ma-terial tente não se preocupar apenas com o preço, sob pena de adquirir um produto de qualidade duvidosa.

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artigoDA REDAÇÃO Fotos DIVULGAÇÃO

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EM aGoSto, a Light Design completa 20 anos de funcionamento em Brasília. Para celebrar a data, a empresa organizou uma série de eventos, com início a partir do dia 20. O destaque ficará por conta do lançamento do seu novo catálogo, que homenageia os 50 anos da criação de Brasilia, fotografada pelo renomado Francisco Aragão, que vive na capital portuguesa, Lisboa. Na semana do aniversário, a Light Design inaugura a mais recente empresa do grupo, a INTEGRA, no segundo andar do Mercado Design ,onde funcio-nará o Departamento de Automação e Edificios Inteligentes operada com o sistema Lutron. Na ocasião, também serão inaugurados novos ambientes, projetados pelas arquitetas Angela Borsoi, Waléria Texeira e Karla Amaral.

Além de outras iniciativas, a Ligth Design está organizando uma exposição fotográfica de todos os projetos de iluminação que realizou ao longo destes últimos 20 anos, o que inclui as mostras de arquitetura e decoração, infor-mando dados sobre a realização dos trabalhos e identificação dos autores. Para tanto, a empresa contratou uma competente bibliotecária para organi-zar o extenso acervo fotográfico. Essa é uma perfeita ocasião em que solicita a parceria de clientes que utilizaram os seus serviços e que disponibilizam fotos para compor a mostra.

A INTEGRA, com equipe técnica própria, se dedicará integralmente a pro-jetos de automação para obras residenciais e comerciais. Além da progra-mação, fará instalação e manutenção dos produtos. Com a inauguração da empresa, a Light Design de Brasília completa sua formatação para o forne-cimento de soluções completas de iluminação e automação,o que inclui vi-sita às obras; estudos das plantas arquiteturais; ambientação e paisagismo. Também irão fornecer elaboração dos projetos Demonstrativo e Executivo; especificação; orçamentos; instalação e manutenção própria de projetistas e eletricistas competentes e com sólida experiência. Lembrando que a Light Design de Brasília não terceiriza nenhum dos serviços. A ideia é exercer com-pleto controle de segurança em todas suas etapas . Além dos produtos pró-prios, a Light Design de Brasília comercializa ainda diversas marcas, como a Flos; Tom Dixon; Belux; Louis Poulsen; Slamp; Leucos; Foscarini e, Moooi, entre outras.

ligHt design qualidadE E ExcElência aciMa dE tudo

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Light Design BrasíliaSAI Trecho ¾. Lote 165/195, Loja 1Shopping Mercado DesignTel.: (61) 3222.4422

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palavra finalPor FRANCISCO ALVES Foto DIVULGAÇÃO

mercAdo de Arte EM bRaSílIa

serviço

Francisco Alveshttp://galeriafranciscoalves.blogspot.comE-mail: [email protected]@bol.com.br

Posso dizer que tudo por aqui tem arte. Brasília pode ser comparada aos merca-dos poderosos como o do Rio e o de São Paulo. Temos muitos talentos que migra-ram para Brasília, mas afirmo que a nossa terra é rica de gente que faz a diferença em termos criativos e que precisam de investidores e de vitrine.

Sabemos que o poder aquisitivo da cidade é aquecido. Nossa característica de cidade globalizada marcada pelas embaixadas de vários países, além de pessoas vindas de toda a parte do País que trabalham para o Governo Federal, ajuda a esquentar o setor.

Outro aspecto interessante que vale a pena ressaltar é o fato de que a maior parte das decisões com relação à cultura nacional são resolvidas em terras brasilien-ses, como é o caso das Conferências Nacionais da Cultura e da II Conferência Nacional de Cultura. Então sabemos que aqui se discute arte e por isso, temos a obrigação de cultivar políticas públicas mais arrojadas.

Além disso, Brasília possui grandes eventos culturais de grande porte como o Sa-lão de Artes Visuais das Regiões Administrativas, o Salão Riachuelo e o Salão Nacional de Artes Visuais. Temos ainda muitos eventos que remetem a outras modalidades artísticas como música dança cinema e teatro. Realmente Brasília pulsa arte de grande qualidade a começar pelos nossos monumentos que gratui-tamente expõem pura beleza para quem quiser admirar!

mErcado da artEMelhor dizendo; Arte e Dinheiro – Talento e Comércio - parece que essas coisas andam em direções diversas e distintas. Mas, na verdade, quando caminham jun-tas fazem com que todos os envolvidos em qualquer processo construtor, artistica-mente falando, saiam ganhando. São eles artistas, compradores, investidores, o próprio governo e por fim, a nossa cultura local.

Então reconheço que é preciso trabalhar para que a nossa arte esteja em evidên-cia no mercado europeu e na America do Norte. Digo isso porque, infelizmente nos últimos 10 anos, o nosso mercado interno está andando na contramão. Não temos aqui a figura clara do investidor e sim do comprador, que apenas aprecia genuinamente as peças adquiridas. Ter pessoas que apreciam arte por si só é ma-ravilhoso, mas a engrenagem ficaria mais forte se tivéssemos aquele que compra de olho no mercado, em seu lucro, no seu ganho. O Mecenato sempre foi pratica-do por burgueses ricos, Príncipes e até Papas, interessados em projetar suas cortes. Foi por isso que financiaram maravilhas como o Renascimento Cultural.

Digo isso porque o mercado da arte é extremamente lucrativo! Mas, sempre há duvidas de como investir e o quê comprar. O que se sabe é que quando a bolsa de valores está bem, o mercado da arte vai bem melhor. Isso é fato. Mas é claro que se trata de uma realidade salutar, mas é bom observar e lembrar que a arte tem ainda um caráter intrínseco SUBJETIVO e SIMBÓLICO, o que a diferencia de qualquer outro objeto ou commodity. Ela faz parte de um grupo de risco dentro do mercado de investimento, que por si só já é cheio de incertezas.

Desta forma, enfatizo que esse tipo de comércio de arte de Brasília precisa de re-aquecimento, de deslumbramento e de investimento. É necessário trazer o inves-tidor interno e o externo para cá. Essa é a única saída para que possamos dar um certo fôlego aos nossos artistas.

Isso porque, sem dúvida, a arte é eternamente bela, mas que apesar disso, ela sempre precisou do seu admirador e do seu comprador/investidor para sobreviver. Historicamente, vemos isso na trajetória de grandes mestres como Rembrandt e nos renascentistas Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Botticelli. Outros gênios como o holandês Johannes Vermeer também sobreviveu e eternizou suas majestosas obras, graças ao que chamamos de os donos da vez.

FRANCISCO ALVES, já realizou várias exposições individuais, participou de vá-rios salões de artes, Nacionais e Internacionais, tendo recebido vários prêmios, e uma excelente critica no circuito de arte europeu. Suas obras de arte fazem parte de vários acervos em museus Nacionais e Internacionais como em Portugal, Ingla-terra, Espanha, República Dominicana, Alemanha, Áustria, Itália, Brasil, França, Escócia, Suíça e Estados Unidos. Alves possui vários prêmios entre eles o Águia Dourada em Arte Moderna (Miami-Florida), o Medalha de Ouro – Categoria Moderna (Escócia), o Medalha de Prata (Madri Espanha), o Medalha de Platina (Portugal), o Medalha de Bronze (Paris-França) e o Prêmio de Originalidade em Arte Moderna (Inglaterra).

Francisco Alves é Artista plástico e escultor, Francisco Alves é também Diretor Cultural da Sociedade dos Artistas Plásticos de Brasília – DF, Delegado Nacional de Cultura – MINC e Delegado Ambiental – Agenda 21 – IBRAM –DF

bRaSílIa – a caPItal do bRaSIl, é um das cidades mais moderna do mundo com sua beleza visual apoiada em sua grande diversidade cultural. Temos aqui as expressões do povo brasileiro e de vários países, felizmente todas centralizadas em um só lugar.

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