Upload
maria-alexsandra
View
12
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
MEDIDA CAUTELAR FISCAL (LEI 8397-92)
Hipteses de instaurao (art. 2)
i. Devedor sem domiclio certo e que intenta ausentar-se ou alienar bens ou deixa de pagar a obrigao no prazo fixado (devedor de
domiclio incerto e inadimplente) (I)
ii. Devedor com domiclio certo, que se ausenta ou tenta ausentar-se visando a ilidir o adimplemento (domiclio certo e ausente)
iii. Devedor insolvente que aliena ou tenta alienar seus bens. (III) iv. Contrai ou tenta contrair dvidas que comprometam a liquidez de
seu patrimnio. (IV)
v - Notificado pela Fazenda pblica para que proceda o recolhimento
do crdito fiscal:
a- deixa de pag-lo no prazo legal, salvo suspenso da exigibilidade
b- , pe ou tenta por seus bens em nome de terceiros >
vi Possui dbitos que, somados, ultrapassam 30% do seu patrimnio conhecido
vii - Aliena bens ou direitos sem comunicar a Fazenda Pblica quando
a lei exige essa comunicao (arrrolamento)
viii- tem sua inscrio no cadastro de contribuintes declarada inapta, pelo
rgo fazendrio
viii- Prtica de outros atos que dificultem ou impeam a satisfao do
crdito.
Informativo n 0299
Perodo: 2 a 6 de outubro de 2006.
Primeira Turma
ARROLAMENTO. BENS. DIREITOS. CONTRIBUINTE.
O Tribunal de origem entendeu desarrazoado o arrolamento de bens levado
a efeito pela Fazenda Pblica enquanto pendente de recurso o processo
administrativo tendente a apurar o valor do crdito tributrio, uma vez que
no haveria crdito definitivamente constitudo. O Min. Relator esclareceu
que a medida cautelar fiscal ensejadora de indisponibilidade do
patrimnio do contribuinte pode ser intentada mesmo antes da
constituio do crdito tributrio, nos termos do art. 2, V, b, e VII, da Lei
n. 8.397/1992 (com a redao dada pela Lei n. 9.532/1997), o que implica
raciocnio analgico no sentido de que o arrolamento fiscal tambm
prescinde de crdito previamente constitudo, uma vez que no acarreta
efetiva restrio ao uso, alienao ou onerao dos bens e direitos do
sujeito passivo da obrigao tributria, revelando carter ad probationem
e, por isso, autoriza o manejo da ao cabvel contra os cartrios que se
negarem a realizar o registro de transferncia dos bens alienados. Isso
posto, a Turma, ao prosseguir o julgamento, por maioria, deu provimento
ao recurso. REsp 689.472-SE, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 5/10/2006.
Objetivo da cautelar fiscal
Art. 4 - a indisponibilidade dos bens do requerido em montante
suficiente satisfao do crdito.
Informativo n 0281
Perodo: 10 a 19 de abril de 2006.
Primeira Turma
MEDIDA CAUTELAR FISCAL. BENS.
Os requisitos essenciais imputao da responsabilidade secundria de
scio gerente na execuo fiscal so tambm necessrios quando em sede
de medida cautelar fiscal, diante da natureza acessria dessa medida.
Dessarte, in casu, faz-se imprescindvel observar que a indisponibilidade de
bens (art. 4 da Lei n. 8.397/1992), efeito imediato da cautelar fiscal, s
pode atingir aqueles de propriedade do acionista controlador e dos que,
em razo do contrato social ou estatuto, possuam poderes de fazer com
que a sociedade cumpra suas obrigaes fiscais, revelado que elas
tiveram origem em atos praticados com excesso de poderes ou infrao
lei, contrato social ou estatuto (art. 135 do CTN), tal como apregoado
pela jurisprudncia deste Superior Tribunal (note-se que, a essas
hipteses, a doutrina acrescenta a da dissoluo irregular da sociedade).
Assim, o simples fato de os recorrentes terem pertencido ao conselho
administrativo da sociedade annima no autoriza tal restrio imposta a
seus bens. Precedentes citados: REsp 513.912-MG, DJ 1/8/2005; EREsp
422.732-RS, DJ 9/5/2005; REsp 704.502-RS, DJ 2/5/2005; AgRg no
EREsp 471.107-MG, DJ 25/10/2004, e REsp 197.278-AL, DJ 24/6/2002.
REsp 722.998-MT, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 11/4/2006.
- Ativo permanente x ativo circulante
REsp 365546 / SC
06/06/2006
A Lei n. 8.397/92 (art. 4, 1) pe a salvo do gravame da
indisponibilidade bens de pessoa jurdica que no integrem seu ativo
permanente; todavia, o STJ j firmou entendimento de que, em
situaes excepcionais, admite-se a decretao de indisponibilidade de
bens de pessoa jurdica, ainda que estes no constituam seu ativo
permanente.
- Prazo
Informativo n 0370
Perodo: 29 de setembro a 3 de outubro de 2008.
Primeira Turma
INDISPONIBILIDADE. BENS. PRAZO. EXECUO FISCAL.
O Tribunal a quo, nos autos de ao cautelar preparatria, entendeu que o
prazo de sessenta dias, contados da data do trnsito em julgado na esfera
administrativa, para a interposio da execuo fiscal, importa, na
prtica, em deixar ao alvedrio da Administrao Pblica a durao do
decreto de indisponibilidade concedido naquela cautelar. Assim, julgou
parcialmente provido o recurso da Fazenda para estabelecer um prazo de
seis meses para a concluso do processo administrativo e o ajuizamento
da correspondente execuo fiscal. O prazo para a propositura da ao
fiscal no se confunde com o lapso temporal para a concluso do
procedimento administrativo constitutivo do dbito tributrio. O art. 11 da
Lei n. 8.397/1992 claro ao determinar que, em sede de medida cautelar
fiscal preparatria, a Fazenda Pblica dispe do prazo de sessenta dias
para a propositura da execuo fiscal, a contar do trnsito em julgado da
deciso no procedimento administrativo, o que somente ocorreria no caso
dos autos aps o exame de recurso administrativo na Cmara Superior de
Recursos Fiscais. Outrossim, concluindo o aresto a quo acerca da extenso
da indisponibilidade, no lcito a este Tribunal sindic-la luz da Sm. n.
7-STJ. REsp 1.026.474-RS, Rel. Min. Francisco Falco, julgado em
2/10/2008.