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  1  Redação Oficial É o meio pelo qual se estabelecem as relações de serviço na Administração Pública. Para que tais relações obtenham efetividade, traçam-se normas de linguagem e padronização no uso de fórmulas e estética para as comunicações escritas. A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, formalidade, clareza, concisão, uso de língua culta e uniformidade. Deve ser pragmática, sem emoções, sentimento ou suspense, despida de aspectos subjetivos, visando, num mínimo de tempo e espaço, a comunicar expressiva e consistentemente aquilo que se pretende. A seguir, apresenta-se análise pormenorizada de cada uma dessas qualidades e características. Impessoalidade A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União. Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre: a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. Desta forma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade que a elabora. A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade. Formalidade e Padronização As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da

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    Redao Oficial

    o meio pelo qual se estabelecem as relaes de servio na Administrao Pblica. Para que tais relaes obtenham efetividade, traam-se normas de linguagem e padronizao no uso de frmulas e esttica para as comunicaes escritas. A redao oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, formalidade, clareza, conciso, uso de lngua culta e uniformidade. Deve ser pragmtica, sem emoes, sentimento ou suspense, despida de aspectos subjetivos, visando, num mnimo de tempo e espao, a comunicar expressiva e consistentemente aquilo que se pretende. A seguir, apresenta-se anlise pormenorizada de cada uma dessas qualidades e caractersticas.

    Impessoalidade

    A finalidade da lngua comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicao, so necessrios:

    a) algum que comunique; b) algo a ser comunicado; c) algum que receba essa comunicao.

    No caso da redao oficial, quem comunica sempre o Servio Pblico (este ou aquele Ministrio, Secretaria, Departamento, Diviso, Servio, Seo); o que se comunica sempre algum assunto relativo s atribuies do rgo que comunica; o destinatrio dessa comunicao ou o pblico, o conjunto dos cidados, ou outro rgo pblico, do Executivo ou dos outros Poderes da Unio.

    Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicaes oficiais decorre:

    a) da ausncia de impresses individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada Seo, sempre em nome do Servio Pblico que feita a comunicao. Obtm-se, assim, uma desejvel padronizao, que permite que comunicaes elaboradas em diferentes setores da Administrao guardem entre si certa uniformidade; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicao, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidado, sempre concebido como pblico, ou a outro rgo pblico. Nos dois casos, temos um destinatrio concebido de forma homognea e impessoal; c) do carter impessoal do prprio assunto tratado: se o universo temtico das comunicaes oficiais se restringe a questes que dizem respeito ao interesse pblico, natural que no cabe qualquer tom particular ou pessoal.

    Desta forma, no h lugar na redao oficial para impresses pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literrio. A redao oficial deve ser isenta da interferncia da individualidade que a elabora.

    A conciso, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcanada a necessria impessoalidade.

    Formalidade e Padronizao

    As comunicaes oficiais devem ser sempre formais, isto , obedecem a certas regras de forma: alm das j mencionadas exigncias de impessoalidade e uso do padro culto de linguagem, imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. No se trata somente da

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    eterna dvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nvel; mais do que isso, a formalidade diz respeito polidez, civilidade no prprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicao.

    A formalidade de tratamento vincula-se, tambm, necessria uniformidade das comunicaes. Ora, se a administrao estadual una, natural que as comunicaes que expede sigam um mesmo padro. O estabelecimento desse padro, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as caractersticas da redao oficial e que se cuide, ainda, da apresentao dos textos.

    A clareza na digitao, o uso de papis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramao do texto so indispensveis para a padronizao.

    Conciso e Clareza

    A conciso antes uma qualidade do que uma caracterstica do texto oficial. Conciso o texto que consegue transmitir um mximo de informaes com um mnimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, fundamental que se tenha, alm de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessrio tempo para revisar o texto depois de pronto. nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundncias ou repeties desnecessrias de idias.

    O esforo de sermos concisos atende, basicamente ao princpio de economia lingstica, mencionada frmula de empregar o mnimo de palavras para informar o mximo. No se deve de forma alguma entend-la como economia de pensamento, isto , no se devem eliminar passagens substanciais do texto no af de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inteis, redundncias, passagens que nada acrescentem ao que j foi dito.

    Procure perceber certa hierarquia de idias que existe em todo texto de alguma complexidade: idias fundamentais e idias secundrias. Estas ltimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalh-las, exemplific-las; mas existem tambm idias secundrias que no acrescentam informao alguma ao texto, nem tm maior relao com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas.

    A clareza deve ser a qualidade bsica de todo texto oficial, conforme j mencionado na introduo deste captulo. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreenso pelo leitor. No entanto a clareza no algo que se atinja por si s: ela depende estritamente das demais caractersticas da redao oficial. Para ela concorrem:

    a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretaes que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; b) o uso do padro culto de linguagem, em princpio, de entendimento geral por definio avesso a vocbulos de circulao restrita, como a gria e o jargo; c) a formalidade e a padronizao, que possibilitam a imprescindvel uniformidade dos textos; d) a conciso, que faz desaparecer do texto os excessos lingsticos que nada lhe acrescentam. pela correta observao dessas caractersticas que se redige com clareza.

    Contribuir, ainda, a indispensvel releitura de todo texto redigido. A ocorrncia, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provm principalmente da falta da releitura que torna possvel sua correo.

    Na reviso de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele ser de fcil compreenso por seu destinatrio. O que nos parece bvio pode ser desconhecido por terceiros. O domnio que adquirimos sobre certos assuntos em decorrncia de nossa experincia profissional muitas vezes faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre verdade. Explicite, desenvolva, esclarea, precise os termos tcnicos, o significado das siglas e abreviaes e os conceitos especficos que no possam ser dispensados.

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    A reviso atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que so elaboradas certas comunicaes quase sempre compromete sua clareza. No se deve proceder redao de um texto que no seja seguida por sua reviso. No h assuntos urgentes, h assuntos atrasados, diz a mxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejvel repercusso no redigir.

    A Linguagem dos Atos e Comunicaes Oficiais

    A necessidade de empregar determinado nvel de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do prprio carter pblico desses atos e comunicaes; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de carter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidados, ou regulam o funcionamento dos rgos pblicos, o que s alcanado se em sua elaborao for empregada a linguagem adequada. O mesmo se d com os expedientes oficiais, cuja finalidade precpua a de informar com clareza e objetividade.

    As comunicaes que partem dos rgos pblicos estaduais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidado brasileiro. Para atingir esse objetivo, h que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. No h dvida que um texto marcado por expresses de circulao restrita, como a gria, os regionalismos vocabulares ou o jargo tcnico, tem sua compreenso dificultada.

    Ressalte-se que h necessariamente uma distncia entre a lngua falada e a escrita. Aquela extremamente dinmica, reflete de forma imediata qualquer alterao de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreenso, como os gestos, a entoao etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsveis por essa distncia. J a lngua escrita incorpora mais lentamente as transformaes, tem maior vocao para a permanncia, e vale-se apenas de si mesma para comunicar.

    A lngua escrita, como a falada, compreende diferentes nveis, de acordo com o uso que dela se faa. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padro de linguagem que incorpore expresses extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurdico, no se h de estranhar a presena do vocabulrio tcnico correspondente. Nos dois casos, h um padro de linguagem que atende ao uso que se faz da lngua, a finalidade com que a empregamos.

    O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu carter impessoal, por sua finalidade de informar com o mximo de clareza e conciso, eles requerem o uso do padro culto da lngua. H consenso de que o padro culto aquele em que: a) se observam as regras da gramtica formal, e b) se emprega um vocabulrio comum ao conjunto dos usurios do idioma. importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padro culto na redao oficial decorre do fato de que ele est acima das diferenas lexicais, morfolgicas ou sintticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias lingsticas, permitindo, por essa razo, que se atinja a pretendida compreenso por todos os cidados.

    Lembre-se que o padro culto nada tem contra a simplicidade de expresso, desde que no seja confundida com pobreza de expresso. De nenhuma forma o uso do padro culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintticos e figuras de linguagem, prprios da lngua literria.

    Pode-se concluir, ento, que no existe propriamente um padro oficial de linguagem; o que h o uso do padro culto nos atos e comunicaes oficiais. claro que haver preferncia pelo uso de determinadas expresses, ou ser obedecida certa tradio no emprego das formas sintticas, mas isso no implica, necessariamente, que se consagre a utilizao de uma forma de linguagem burocrtica. O jargo burocrtico, como todo jargo, deve ser evitado, pois ter sempre sua compreenso limitada.

    A linguagem tcnica deve ser empregada apenas em situaes que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadmicos, e mesmo o vocabulrio prprio a determinada rea, so de difcil entendimento por quem no esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicit-los em comunicaes encaminhadas a outros rgos da administrao e em expedientes dirigidos aos cidados.

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    Informaes Bsicas para Elaborao dos Atos de Correspondncia Oficial Para se elaborar atos de correspondncia importante observar:

    Os seis princpios bsicos da redao oficial:

    - impessoalidade; - formalidade; - clareza; - conciso; - uso de lngua culta; - uniformidade.

    Orientaes para escrever um texto objetivo: - dirija-se diretamente ao receptor; - escreva, sempre que possvel, na voz ativa; - prefira oraes verbais s nominais; - escolha cuidadosamente o vocabulrio, evitando grias e jarges; - use argumentao consistente; - evite sinnimos pelo simples prazer de variar; repita palavras se for preciso; - use somente as palavras necessrias; - ponha os componentes do perodo em ordem direta (sujeito, verbo e complementos); - evite construes complexas; - destaque os itens, se houver; - evite perodos com negativas mltiplas; transforme as oraes negativas em positivas, sempre que puder; - prefira os perodos curtos aos longos;

    - evite expresses que possam indicar pessoalidade; - evite o uso dos adjetivos, principalmente, os flexionados no grau superlativo; - mantenha-se atento s normas gramaticais.

    O uso dos Pronomes de Tratamento , do Vocativo, do Endereamento e do Fecho

    Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto concordncia verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram segunda pessoa gramatical ( pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicao), levam a concordncia para a terceira pessoa. que o verbo concorda com o substantivo que integra a locuo como seu ncleo sinttico: Vossa Senhoria nomear o substituto; Vossa Excelncia conhece o assunto.

    Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento so sempre os da terceira pessoa: Vossa Senhoria nomear seu substituto (e no Vossa ... Vosso...). J quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gnero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e no com o substantivo que compe a locuo. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto Vossa Excelncia est atarefado, Vossa Senhoria deve estar satisfeito; se for mulher, Vossa Excelncia est atarefada, Vossa Senhoria deve estar satisfeita.

    Em comunicaes oficiais, est abolido o uso do tratamento dignssimo (DD), s autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade pressuposto para que se ocupe qualquer cargo pblico, sendo desnecessria sua repetida evocao.

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    Uso do fecho:

    O fecho das comunicaes oficiais possui, alm da finalidade bvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatrio. As formas de fecho so as seguintes:

    a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repblica: Respeitosamente,

    b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente,

    Identificao do Signatrio:

    Excludas as comunicaes assinadas pelo Presidente da Repblica e pelos Governadores de Estado, todas as demais comunicaes oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificao deve ser a seguinte:

    (espao para assinatura) Nome

    Secretrio de Estado de Sade do Distrito Federal

    Para evitar equvocos, recomenda-se no deixar a assinatura em pgina isolada do expediente. Transfira para essa pgina ao menos as ltimas frases anteriores ao fecho.

    Destinatrio

    Deve vir no incio da margem esquerda do papel, abaixo da numerao. Observao: o destinatrio Para: exclusivo para Memorando.

    Vocativo

    A redao oficial adota dois vocativos: Excelentssimo Senhor + Cargo Chefe do Podes Executivo, Chefe do poder

    Legislativo e Chefe do Poder Judicirio. Senhor + Cargo para todas as demais autoridades.

    Deve vir a 2,5 cm da margem esquerda do papel, abaixo do assunto, ou do nmero ato ( dependendo do tipo de documento) e seguido de vrgula.

    Pargrafo

    Deve vir a 2,5 cm da margem esquerda do papel, ficando alinhado ao vocativo, quando houver.

    Fecho

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    Deve seguir o recuo de pargrafo, quando houver; quando no, pode vir alinhado margem esquerda ou centralizado.

    I Identificao do signatrio (Nome e Cargo) II Deve vir centralizada e abaixo do fecho.

    Numerao dos pargrafos

    Os atos de correspondncia devem ter seus pargrafos numerados da seguinte forma: - documentos com apenas um pargrafo: este no ser numerado; - documentos com dois pargrafos: a numerao desses opcional; - documentos com mais de dois pargrafos: a numerao desses obrigatria, devendo ser numerados a partir do primeiro, excetuando-se o fecho.

    Atos Administrativos Os Atos Oficiais, conhecidos tambm como Atos Administrativos, so originrios dos

    poderes Executivo, Legislativo e Judicirio. Para sua veiculao utiliza-se a linguagem escrita, obedecendo s regras fixadas na Ortografia Oficial e codificadas na Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB).

    Os Atos Administrativos possuem frmulas especiais prprias de redao, com aspectos caractersticos que as diferenciam, segundo o que foi acordado em atos deliberativos que fixaram os requisitos necessrios uniformidade de cada espcie.

    Classificao dos Atos Administrativos

    Os Atos Administrativos oficiais classificam-se nas seguintes categorias: - Atos Comprovativo-Declaratrios; - Atos de Assentamento; - Atos de Pacto ou Ajuste (bilaterais). - Atos de Correspondncia; - Atos Deliberativo-Normativos; - Atos Enunciativo-Esclarecedores; - Outros Atos. Essas seis categorias compreendem todos os documentos de redao oficial,

    utilizados pelo servio pblico, para que os Atos Administrativos sejam expressos ordenadamente e formalizados.

    Atos Comprovativo-Declaratrios So os atos pelos quais se declara, para fins de comprovao, o que consta de um

    assentamento ou processo ou, ainda, o que apenas do conhecimento de quem assina o ato. Dividem-se em:

    Alvar Certificado Atestado Declarao

    Certido

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    O Alvar o documento firmado por uma autoridade competente, certificando, autorizando ou aprovando atos ou direitos.

    O Atestado a afirmao positiva ou negativa, escrita e assinada, sobre a existncia ou verdade de um fato ou de um estado, firmado por uma ou mais pessoas a favor de outra.

    Modelo: ATESTADO

    Atesto que a aluna ................................................................... est regularmente matriculada no 1 ano do Ensino Mdio deste estabel ecimento de ensino, sob a matrcula n ...................... .

    Braslia, ...... de ....................... de ............ .

    Assinatura Nome por extenso

    Cargo

    A Certido documento de f pblica, de fim comprobatrio, emitido por funcionrio autorizado e baseado em documentos ou papis oficiais. A certido recebe o nome de verbum ad verbum ou de inteiro teor quando reproduz, integral e fielmente, o texto de um documento. Chama-se certido um breve relatrio quando transcreve, em resumo, os dados ou pontos solicitados pelo requerente. J a certido parcial refere-se apenas a uma parte do ato ou documento. A certido negativa comprova a falta de inadimplncia, restries ou qualquer outro impedimento legal. A certido positiva atesta a ausncia de aes e/ou execues cveis e/ou criminais contra a pessoa.

    Observaes: 1 A certido deve ser escrita sem abertura de pargrafos ou rasuras. 2 Quando houver engano ou omisso, o certificante o corrigir com digo, colocado imediatamente aps o erro.

    O Certificado documento expedido por servidor pblico atestando fato de que ele tem conhecimento em razo do cargo que ocupa ou de atribuio a ele delegada.

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    Modelo: CERTIFICADO

    Certifico que o servidor ..............................................., matrcula n ........... , participou do 5 Frum de Discusso sobre a Incluso de Portadore s de Necessidades Especiais no Ensino Regular, promovido pela Secretaria de Estado e Educao do Distrito Federal, no perodo de ....../ ....../ ...... a ....../ ....../ ...... .

    Braslia, ...... de .................. de ............. .

    Assinatura Nome Cargo

    A Declarao o documento de manifestao administrativa, declaratrio da existncia ou no de um direito ou de um fato.

    Modelo: DECLARAO

    Declaro que o servidor ....................................................,matrcula n .........., cargo ou funo ..........................................................., exerceu, no perodo de ......./ ....../ ...... a ....../ ....../ ......, os seguintes cargos em comisso: ..................................................................................... .

    Braslia, ...... de ........................ de ........... .

    Assinatura Nome por extenso

    Cargo

    Atos de Assentamento

    So atos que se destinam a registros. Esses documentos contm assentamentos sobre fatos ou ocorrncias. So eles:

    Apostila Ata Auto de Infrao

    A Apostila uma anotao feita na ficha funcional de um servidor ou aditamento feito a um ttulo ou documento envolvendo fixao de vantagens, retificaes, atualizaes ou esclarecimentos, a fim de evitar a expedio de novo ttulo ou documento.

    o documento que complementa um ato oficial, vinculado situao funcional dos servidores pblicos, fixando vantagens pecunirias, retificando ou alterando nomes ou ttulos.

    Auto de Infrao o documento que registra a ocorrncia ou flagrante de transgresso lei. Geralmente feito no local onde se verifica a infrao, sendo datado e

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    assinado pelo servidor credenciado que a verificou e pela pessoa ou representante da firma que nela incorreu.

    A Ata o registro objetivo de fatos, ocorrncias, resolues e decises de uma assemblia, sesso ou reunio.

    Cuidados: - As atas so redigidas sem se deixar espaos ou pargrafos, a fim de se evitarem

    acrscimos. - O tempo verbal, preferencialmente, utilizado na ata o pretrito perfeito do

    indicativo. - Nas atas os nmeros devem ser escritos por extenso, evitando-se tambm as abreviaes.

    - Caso haja erro na redao escrever-se- a expresso digo. Se for notado no final da ata escrever-se- a expresso em tempo: onde se l..., Leia-se...

    - Organizar clara e precisamente as ocorrncias - Permite-se tambm a transcrio da ata em folhas digitadas desde que as

    mesmas sejam convenientemente arquivadas, impossibilitando fraude. - Quanto assinatura, devero faz-lo todas as pessoas presentes ou, quando

    deliberado, apenas o presidente e o Secretrio.

    Modelo: ATA

    Aos treze dias do ms de junho do ano de dois mil e seis, s quinze horas, reuniram-se no Edifcio Sede do Conselho Federal de Informtica - localizado no Setor Bancrio Norte, quadra sete, bloco doze na Asa Norte, Braslia , Distrito Federal os associados do referido Conselho, sob a Presidncia do Senhor fulano, tendo como Secretrio o senhor fulano, com o objetivo de aprovar o calendrio de atividades previstas para o segundo semestre do ano corrente. O associado, Senhor fulano, foi designado pelo Presidente para ler a proposta de atividades que fora reformulada a partir das sugestes elencadas na ltima reunio. Uma vez lida, a proposta foi aprovada na integra por todos os associados que estavam presentes na reunio. Na ordem do dia, foi tambm marcada para o dia vinte e nove deste ms, s dezenove horas, a prxima reunio, cuja pauta ser a operacionalizao das atividades ento aprovadas. Neste mesmo dia, neste mesmo local, s dezesseis horas, o Senhor Presidente declarou encerrada a reunio e agradeceu a presena de todos. Conforme o deliberado no Estatuto deste Conselho, eu, Secretrio, lavrei a presente Ata, que assino com o Senhor Presidente e demais participantes.

    Assinaturas

    Atos de Pacto ou Ajuste

    So os que expressam um acordo mtuo de vontades em que o Estado parte.

    Dividem-se em:

    Contrato Convnio Termo Aditivo

    O Contrato o acordo de vontade firmado entre a Administrao Pblica e um particular para a execuo de obra ou prestao de servio. A esse ato contratual precedem atos administrativos unilaterais, como a escolha dos candidatos mediante tomada de preos ou concorrncia, a verificao da idoneidade dos proponentes e a verificao das melhores ofertas em conformidade com os dispositivos legais e regulamentares.

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    O Convnio o acordo de vontade entre pessoas de Direito Pblico interno, na consecuo de objetivos de interesse coletivo ou da administrao.

    O Termo Aditivo o ato lavrado para complementar um ato originrio contrato ou convnio quando verificada a necessidade de alterao de uma das condies ajustadas.

    Atos de Correspondncia

    Os atos de correspondncia so aqueles que tm por finalidade estabelecer comunicaes entre pessoas, rgos ou entidades.

    Compem o grupo:

    Aviso Carta Circular Exposio de Motivos Memorando Mensagem Ofcio

    Os atos de correspondncia oficial so os mais usados na comunicao oficial. Foram aqui reunidas informaes bsicas sobre sua elaborao, antes das abordagens especficas sobre cada um deles.

    Documentos

    O Aviso tem como finalidade o tratamento de assuntos oficiais, sendo um documento de uso exclusivo dos Ministros de Estado, que o utilizam para se dirigirem a autoridades de mesma hierarquia.

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    Modelo: (extrado do Manual de Redao Oficial da Presidncia da Repblica 2002)

    Aviso no 45/SCT-PR Braslia, 27 de fevereiro de 1991.

    A Sua Excelncia o Senhor [Nome e cargo]

    Assunto: Seminrio sobre uso de energia no setor pblico.

    Senhor Ministro, 2,5 cm

    Convido Vossa Excelncia a participar da sesso de abertura do Primeiro Seminrio Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Pblico, a ser realizado em 5 de maro prximo, s 9 horas, no auditrio da Escola Nacional de Administrao Pblica ENAP, localizada no Setor de reas Isoladas Sul, nesta capital. O Seminrio mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das Comisses Internas de Conservao de Energia em rgo Pblicos, institudo pelo Decreto no 99.656, de 26 de outubro de 1990.

    Atenciosamente,

    [nome do signatrio] [cargo do signatrio]

    A Carta forma de correspondncia com personalidade pblica para fazer solicitaes ou transmitir informaes. As cartas expedidas por autoridade pblica, fora do exerccio de suas funes, so atos de correspondncia para-oficial. Seu objetivo formular pedido, convite, externar agradecimento, oferecer resposta, fazer apresentaes e outros assuntos.

  • 12

    Modelo:

    CARTA N............/............... Braslia, .......de.............................de 2009.

    Ao Senhor Nome por extenso Cargo Endereo

    Assunto: Produo de um Manual de Comunicao Oficial para o GDF.

    Senhor Diretor,

    1. O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no desejo de racionalizar e elevar o padro das correspondncias oficiais, determinou Secretaria de Gesto Administrativa que editasse, em parceria com a Subsecretaria de Modernizao e Organizao Administrativa SMOA, um Manual de Comunicao Oficial, baseado nas modernas tcnicas redacionais. 2. Considerando ser Vossa Senhoria uma das pessoas que mais subsdios tem oferecido no campo da comunicao oficial, vimos submeter sua apreciao minuta do referido manual. 3. Solicitamos que as sugestes que Vossa Senhoria por sejam reunidas no final do trabalho, fazendo constar a pgina e a linha a que se referem.

    Atenciosamente,

    Assinatura Nome por extenso

    Cargo

  • 13

    A Cicular o ato de correspondncia que tem vrios destinatriso e texto idntico, transmitindo instrues, ordens, recomendaes, determinando execues de servios ou esclarecendo o contedo de leis, normas e regulamentos. Quando toma forma de Ofcio ou Memorando, recebendo os seguintes nomes: Ofcio-Circular; Menorando-Circular.

    Modelo:

    CIRCULAR N........./.........-IDR Braslia, .......de..................................de 2009.

    A Sua Excelncia o Senhor Nome por extenso Cargo Endereo

    Assunto: Indicao de Consultor Interno de Recursos Humanos.

    Senhor Secretrio,

    1. A misso do Instituto de Desenvolvimento de Recursos Humanos dotar a Administrao Pblica de talentos humanos qualificados e comprometidos com a excelncia na prestao de servios sociedade. Estamos, neste momento, reorganizando e planejando nossas atividades para o quadrinio.......-................. e para tanto, solicitamos a vossa excelncia a indicao de um servidor para atuar como Consultor Interno de Recursos Humanos desse rgo junto ao IDR. 2. A proposta a de que esse profissional possa diagnosticar as reais necessidades de treinamento e auxiliar no planejamento de metas de Recursos Humanos, tornando-se um elo entre este Instituto e essa Secretaria. 3. Tendo em vista a importncia do papel a ser representado por esse profissional, sugerimos que sejam observados alguns aspectos significativos para que haja uma melhor atuao, conforme documento anexo. 4. Solicitamos que a indicao seja feita at o dia ......./......../ e encaminhada mediante o preenchimento do formulrio anexo.

    Atenciosamente,

    Assinatura Nome por extenso

    Cargo

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    A Exposio de Motivos forma de correspondncia oficial assinada por Secretrio de Estado ou por dirigentes do rgo do Governo do Distrito Federal, encaminhando e submetendo assuntos de sua administrao deliberao governamental , ou, ainda, projeto de lei ou decreto.

    Modelo:

    EXPOSIO DE MOTIVOS N........./.........-GAB/SEA

    Braslia,.......de..................................de............

    A Sua Excelncia o Senhor Nome Governador do Distrito Federal Palcio do Buriti Cep.- Braslia. DF

    Assunto: Apreciao de Decreto

    Senhor Governador,

    Submeto a Vossa Excelncia a minuta de Decreto, em anexo, que institui no mbito do Distrito Federal o Sistema Integrado de Controle de Processos SICOP. O Sistema, objeto da proposio, tem por finalidade assegurar o desenvolvimento das atividades a seguir elencadas:

    Cadastro e controle das informaes protocoladas junto aos rgos integrantes do Controle Administrativos do Distrito Federal.

    Atualizao imediata da informao acerca do cadastramento e tramitao de processos.

    Descentralizao do cadastramento e tramitao de processos em relao ao Sistema de Comunicao Administrativa/SEA, para os respectivos setoriais onde se encontrem.

    Agilidade e preciso relativas s informaes sobre processos. Vale ressaltar que o Sistema Integrado de Controle de Processos, por meio da

    Subsecretaria de Modernizao e Organizao Administrativa desta Secretaria, j se encontra devidamente implantado e em pleno funcionamento, carecendo, todavia, do instrumento jurdico competente para que lhe seja conferida a legitimidade necessria. Releva observar que a presente minuta encontra-se em conformidade com os demais atos espcie, no existindo bices legais que impeam sua edio.

    Destarte, submeto supra considerao de Vossa Excelncia a minuta de ato que consubstancia a proposta em epgrafe.

    Respeitosamente,

    Assinatura Nome por extenso

    Cargo

  • 15

    O Memorando correspodencia interna utilizada entre unidades de um mesmo rgo, no qual se expem assuntos referentes atividade administrativa. Na rea militar o memorando recebe o nome de papeleta.

    Observao: O memorando usado no mesmo nvel hierrquico ou em nvel hierrquico diferente, do superior para o inferior.

    Modelo:

    Memorando N /2004 GAB/SGA/STGE Em 29 de setembro de 2004.

    Da: Diretoria de Melhoria do Atendimento ao Cidado/SGA Para: Gerncia de Servios Gerais

    Assunto: Encadernao de Material.

    Solicito a Vossa Senhoria, a encadernao de um exemplar do Projeto de Apoio Modernizao da Gesto e do Planejamento dos Estados e do Distrito Federal PNAGE/DF, para ser entregue ao Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto pelo Senhor Secretrio de Estado, (nome do Secretrio).

    Atenciosamente,

    Assinatura Nome Cargo

    A Mensagem o instrumento de comunicao oficial entre os Chefes dos Poderes Pblicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administrao Pblica; expor o plano de governo por ocasio da abertura de sesso legislativa; submeter ao Congresso Nacional matrias que dependem de deliberao de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicaes de tudo quanto seja de interesse dos poderes pblicos e da Nao.

    O Ofcio forma de correspodncia oficial utilizada por autoridades pblicas para tratar de assuntos de servio ou de interesse da Administrao Pblica, podendo ter como destinatrio tanto o poder pblico quanto uma instituio privada.

  • 16

    Modelo:

    Ofcio N /2004 GAB/SGA Braslia, 6 de outubro de 2007.

    A Sua Excelncia o Senhor Nome Cargo rgo Endereo

    Assunto: apresentao de Projeto

    Senhor Secretrio,

    Encaminhamos, novamente, a Vossa Excelncia o Projeto do Distrito Federal referente ao Programa Nacional de Apoio Modernizao da Gesto e do Planejamento dos Estados e do Distrito Federal PNAGE, com os ajustes pertinentes s recomendaes do Banco Internacional de Desenvolvimento BID, provenientes da Misso de Anlise, para aperfeioamento e uniformizao bsica dos Projetos elaborados pelos Estados.

    Ressaltamos que a data de entrega verso final do documento para a Comisso Intergovernamental dia no 20 de outubro.

    Atenciosamente,

    Assinatura Nome

    Cargo

    Meios de Transmisso

    O telegrama, o fax e o e-mail(correio eletrnico) so meios de transmisso de mensagens, no se constituindo em documentos propriamente ditos.

    1- Telegrama

    O Telegrama uma forma de comunicao de transmisso rpida. Por ter custo operacional bastante alto hoje substituido pelo fax e pelo e-mail, que so meios mais modernos e eficientes de transmisso, devendo-se, por isso, restringir o seu uso a mensagens urgentes que no possam ser enviadas de outro modo ou quando se precisa da confirmao de recebimento.

    No h estrutura rgida para o telegrama, que, contudo, deve pautar-se pela consciso e adequar-se aos formulrios disponveis nas Agncias dos Correios e em sua pgina na Internet. Modernamente, vem caindo em desuso a linguagem abreviada (apropriadamente qualificada como telegrfica), dando ela lugar ao texto corrido comum, devendo este, portanto, ser redigido com pontuao e acentuao normais.

  • 17

    2- Fax

    Forma abreviada e j consagrada de fac-smile, o meio de transmisso a ser utilizado, em situaes de urgncia ou necessidade de envio de cpias de documentos. Para o arquivamento, quando necessrio, deve-se atentar quanto qualidade do papel, que, em certos modelos, se deteriora rapidamente. Os documentos so enviados por fax em sua estrutura original, mas conveniente que sejam acompanhados de uma folha de rosto. Com dados de identificao do remetente, do destinatrio e da mensagem (quantidade de pginas e, conforme o caso, assunto).

    3- E-mail

    a principal forma utilizada na transmisso de informaes, em razo de seu baixo custo e rapidez de sua veiculao. Embora cada vez mais difundido, ainda usado apenas para comunicaes informais ou oficiais que no requeiram confirmao de assinatura, como, por exemplo, para a divulgao interna de boletins de determinado rgo pblico. Ao se fazer uso do e-mail, deve-se preencher sempre o campo Assunto pois esse dado importante para a organizao das mensagens. Do mesmo modo, quando se anexa um arquivo, regra de cortesia indicar minimamente seu contedo. Leve-se em conta, tambm, que, ao se valer do e-mail como forma de envio de informaes, ainda que no oficial, deve-se usar da linguagem formal que se usaria em qualquer outro documento oficial, evitando-se a linguagem descontrada que caracteriza o e-mail pessoal.

    Atos Deliderativo-Normativos

    Os atos normativos so aqueles que transmitem orientaes do Executivo, visando correta aplicao a lei.

    Na inteno de facilitar o elaborador de atos delibetarivo-normativos, seguem alguns aspectos da tcnica legislativa adotada na Administrao Pblica. So exemplos de atos normativos:

    Ato Declaratrio Ordem-de-Servio Decreto Portaria Estatuto Regulamento Instruo Normativa Resoluo Edital Veto

    O Ato Declaratrio o instrumento pelo qual os rgos da administrao transmitem declarao de vontade, relativa a obrigaes de particulares e decorrente de despacho ou pronunciamento em processo, baseada em reconhecimento expresso dos motivos que a justifiquem. O ato declaratrio pode ser substitudo por uma Portaria, Circular ou Ordem-de-servio.

    O Decreto ato emanado do Poder Pblico, com fora obrigatria e destinado a assegurar ou normalizar situaes polticas, sociais, jurdicas, administrativas ou a reconhecer, proclamar, atribuir, extinguir ou modificar um direito, uma obrigao ou uma responsabilidade. por meio de decretos que o chefe do Governo determina a observncia de regras legais.

    O Estatuto o regulamento de organizao ou funcionamento de um rgo, uma instituio ou uma empresa pblica disciplinando as relaes na hierarquia.

    A Instruo Normativa apresenta as normas disciplinadoras de um determinado ato oficial, emanado de uma autoridade da administrao pblica.

  • 18

    O Edital o ato de carter obrigatrio, emitido pelos titulares de rgos e entidades e presidentes de comisses, que se destina a fixar condies e prazos para a legitimao de ato ou fato administrativo, a ser concretizado pela Administrao Direta ou Indireta.

    Fazem parte do grupo: EDITAL DE CITAO; EDITAL DE CONCURSO PBLICO Recomenda-se a leitura de Editais

    recentes, publicados do DOU. EDITAL DE CONVOCAO; EDITAL DE LICITAO Recomenda-se a leitura da Lei 8.666/93 Contratos e

    Licitaes.

    A Ordem de Servio o expediente interno de um rgo pelo qual o seu titular regula procedimentos para a execuo de servios, fixa comandos de ao ou estabelece normas para o cumprimento de determinado servio.

    A Portaria ato expedido pelo Chefe do executivo ou dirigentes de rgos e entidades da Administrao Pblica, com o objetivo de dar instrues com referncia ao pessoal ou organizao e funcionamento de servios, orientar a aplicao de textos legais, e disciplinar matria no regulada em lei.

    O Regimento o ato que indica a categoria e a finalidade dos rgos e entidades, detalha sua estrutura em unidades organizacionais, especifica as respectivas competncias, define as atribuies de seus dirigentes e indica seus relacionamentos interno e externo.

    O Regulamento o conjunto de regras da competncia do Poder Executivo com a finalidade de esclarecer ou complementar um texto legal, garantindo, assim, a exata execuo de determinada lei ou decreto.

    Estrutura do expediente:

    1 denominao do ato REGULAMENTO; 2 ementa (assunto); 3 texto desdobrado em captulos, artigos, itens e/ou alneas; 4 local e data; 5 assinatura; 6 nome por extenso; 7 cargo; Observao: Sugere-se a leitura do documento no Dirio Oficial da Unio.

    A Resoluo ato emanado de autoridade competente de rgos de deliberao coletiva, colegiados ou dos Poderes Legislativo e Judicirio, para estabelecer normas concernentes administrao, podendo conter determinaes para a execuo de servios.

    O Veto deliberao de oposio do Poder Executivo a projeto de lei a ele remetido pelo Legislativo. O veto pode ser total ou parcial. O veto total rejeita o projeto. O parcial f-lo retornar ao Legislativo, para reexame da parte vetada.

  • 19

    Atos Enunciativo-Esclarecedores Atos enunciativos so aqueles que se limitam a emitir opinio sobre determinado

    assunto ou declarar um fato com base em dispositivos legais. Fazem parte do grupo:

    Relatrio Parecer Despacho

    O Relatrio o documento em que se relata ao superior imediato a execuo de trabalhos concernentes a determinados servios ou a um perodo relativo ao exerccio de cargo, funo ou desempenho de atribuies.

    Cuidados: 1 Se o relatrio tiver mais de uma folha, numerar as folhas subseqentes com algarismos arbicos.

    2 H vrias modalidades de relatrio: roteiro, parcial, anual, eventual, de inqurito, de prestao de contas ou contbil, de gesto e administrativo. 3 O destinatrio deve figurar no canto superior esquerdo da primeira pgina, quando no for encaminhado por outro documento.

    Modelo: RELATRIO

    N / - SGA Braslia de de 200...

    Ao Sr. ___________________ ( cargo ) _____________________________________ Assunto: _________________ ( sntese do contedo)__________________________

    1. Vimos submeter apreciao de Vossa Excelncia o Relatrio das diligncias prelilinares efetuadas no sentido de apurar denncias de irregularidades ocorridas no rgo X. 2. Em 10 de setembro, com o conhecimento do dirigente do rgo X, foram interrogados os funcionrios A e B, acusados de violao do malote de correspondncia sigilosa destinada ao rgo Y. 3. Ambos os funcionrios negaram a autoria da violao do malote, nos termos constantes das declaraes anexas. 4. Na sindicncia efetuada, contudo verificam-se indcios de culpa do funcionrio A, sobre o qual recaem as maiores acusaes, conforme depoimentos em anexo. 5. O funcionrio B, apesar de no poder ser considerado mancomunado com o primeiro, pode ter parte da responsabilidade por ter sido omisso e negligente no exerccio de suas funes. Pois, como chefe, deveria estar presente na hora do lacramento do malote, o que no ocorreu, conforme depoimentos constantes das folhas ......... .

  • 20

    6. Ao nosso ver, impe-se a necessidade de ser instaurado, imediatamente, um inqurito administrativo para que o caso seja estudado com a profundidade que merece.

    Atenciosamente,

    Assinatura Nome por extenso

    Cargo ( ANEXOS ) Compreende quadros, esquemas, tabelas, fotos e quaisquer outros elementos que possam esclarecer o destinatrio. Trata-se de informaes complementares, no imediatamente necessrias ao corpo do relatrio. Poderiam, inclusive, perturbar o fluxo dos fatos.

    O Parecer instrumento de esclarecimento pelo qual so fornecidos dados sobre determinado assunto, tendo como base o exame do processo ou o fato de que se tenha conhecimento.

    PARECER N ....../ - CEDF Processo n .............................. Interessado: Empresa ........................

    Pela Aprovao do Novo Calendrio dos Exames Supletivos Profissionalizantes

    1 Histrico Em cumprimento ao determinado pelo Parecer n. ....../ ...... CEDF, que aprova a Estratgia de Matrcula e Calendrio Escolar e de Exames Supletivos, a Escola X da Secretaria de Estado de Educao do Distrito Federal encaminhou, em ...../...../....., ao Senhor Secretrio de Educao (nome por extenso), a relao dos exames de suplncia profissionalizante, conforme o especificado no referido Parecer. 2 Anlise A relao enviada vem com acrscimo de duas modalidades de oferta, em virtude do grande nmero de candidatos. Essas novas modalidades surgiram em conseqncia de consulta realizada junto comunidade e a instituies governamentais e no governamentais, que manifestaram interesse pelos cursos de Contabilidade e Eletrnica, perfazendo assim uma oferta total de oito modalidades tcnicas de suplncia profissionalizante. As demais, so as seguintes: Eletrotcnica, Higiene Dental, Patologia Clnica, Secretariado Escolar, Telecomunicaes e Transaes Imobilirias. As datas de inscries para as provas tericas foram prorrogadas devido ao acrscimo das novas modalidades. Inclui-se, tambm, perodo de inscrio para as provas prticas e alteram-se as datas para a realizao dessas provas, conforme calendrio em anexo. 3 Concluso por aprovar as alteraes propostas para as inscries e provas dos exames supletivos de 1 e 2 Graus, conforme calendrio proposto para o ano de .......... , o qual dever ser anexado ao presente parecer.

    o parecer.

    Braslia, ...... , de ..........................de ............. .

    Assinatura Nome por extenso

    Cargo

  • 21

    O Depacho a nota escrita pela qual uma autoridade d soluo a um pedido ou encaminha a outra autoridade pedido para que decida sobre o assunto, podendo ter carter interlocutrio ou decisrio. Observaes: 1 breve e baseado em informaes ou parecer. 2 Consta do corpo do processo (quando houver). 3 geralmente manuscrito. 4 assinado pela autoridade competente, podendo, contudo, ser elaborado e assinado por outros servidores desde que lhes seja delegada competncia. Nesse caso, inicia-se pela expresso: De ordem. 5 No publicado. Modelo de Despacho interlocutrio:

    Assessoria Tcnica, para anlise e pronunciamento.

    Em ....../....../......

    Assinatura Nome por extenso

    Cargo

    Modelo de Despacho decisrio:

    Processo N: ...................................... .................. Interessado: Centro de Ensino n ............. Ta guatinga Assunto: Aprova Plano de Funcionamento de Centro de Ensino n ...... de Taguatinga.

    Homologo o PARECER n ....../ ...... CEDF, de .... .. / ...... / ...... , aprovado por unanimidade pelo Conselho de Educao do Distrito Federal em sesso plenria na mesma data, cuja concluso do seguinte teor:

    O Plano no desenvolve, satisfatoriamente, os aspectos relativos ministraro do Ensino Supletivo e no d uma viso global do processo de escolarizao.

    Essas restries no so impeditivas para que se considere a proposta em condies de merecer aprovao, no entanto, orientando-se o estabelecimento no sentido do cumprimento das normas j baixadas para essas reas especficas.

    Em ....../ ....../ ......

    Assinatura Nome por extenso

    Cargo

  • 22

    Outros Atos

    Outros atos usados na Administrao Pblica:

    Autorizao Procurao Requerimento

    A Autorizao o ato administrativo ou particular que permite ao pretendente realizar atividades ou utilizar determinado bem fora das rotinas estabelecidas.

    Modelo:

    AUTORIZAO

    AUTORIZO a entrega do bilhete de passagem referente ao PTA n.................. dessa Companhia, emitido em meu nome, para o trecho ...................................ao Sr. ....................................... , Carteira de Identidade n................................... .......... .

    Braslia,.........de.......................de............

    Assinatura Nome por extenso

    Cargo

    A Procurao o instrumento pelo qual uma pessoa recebe de outra poderes para, em nome dela, praticar atos ou administrar haveres.

    Modelo: PROCURAO

    Por este instrumento particular de procurao, eu ............................................., portador da Carteira de Identidade n ............. .......................................................... CPF n ................................. residente na...................................................................... na cidade de .............................................. nomeio e constituo meu bastante procurador o Sr. ..............................................., portador da Carteira de Identidade n................ , CPF

    n............................. e residente na .... ............................., na cidade de ............................ para o fim especfico de....................................................., estando, para tal fim, autorizado a assinar recibos e documentos e a praticar todos os atos necessrios ao fiel desempenho deste mandado.

    Braslia,...... de .......................de ............

    Assinatura Nome por extenso

    O Requerimento o instrumento dirigido autoridade competente para solicitar o reconhecimento de um direito ou a concesso de um benefcio sob amparo legal. Constitui-se, tambm, no nico instrumento de comunicao pessoal de um subordinado para uma chefia.

  • 23

    Modelo:

    REQUERIMENTO

    Senhor Secretrio,

    ....................(nome)...........,........(nacionalidade)..............................................................................(estado civil)..........,......................(residncia)..............................................,..................................., servidor pbico lotado na Secretaria de Gesto Administrativa, residente na ..................................... ................................................... , nesta cidade, impedido de continuar a prestar servios a esse rgo, por imperiosos motivos pessoais, vem requerer de Vossa Excelncia que lhe conceda licena para tratamento de assunto de interesse particular, por dois anos, como lhe faculta a lei 8.112/1990.

    Nestes termos. Pede deferimento.

    Braslia,.........de.......................de........... .

    Assinatura Nome por extenso

    Exerccios

    Julgue os itens em certos ou errados.

    1) ( ) Os possessivos seu , sua e variaes pronominais o, lhe no devem ser empregados quando se usarem as formas de tratamento altamente cerimoniosas do Excelncia. 2) ( ) Considerando o tratamento e o vocativo que lhe segue, pode-se dizer que esto corretos: Excelncia Excelentssimo Senhor; Meritssimo Meritssimo Juiz; Doutor Ilustrssimo Doutor e Reitor Magnfico Reitor. 3 ) ( ) No trecho: ... somos obrigado a enfatizar este ponto de vista no presente parecer..., h erro de concordncia. 4) ( ) Quanto a numerais e datas correto dizer que a indicao do ano, da mesma forma que a indicao do nmero das leis, deve conter ponto entre a casa do milhar e a da centena. 5 ) ( ) Uma Ata pode ser dividida em pargrafos, desde que esses estejam devidamente numerados. 6 ) ( ) Usam-se as abreviaturas Sr, Srs., quando seguidas do nome ou do cargo exercido pelo destinatrio. 7 ) ( ) Na redao dos atos e comunicaes oficiais correto usar o tratamento Vossa Excelncia para o Secretrio Nacional de Ministrio. 8 ) ( ) Nos documentos oficiais, os valores monetrios podem ser escritos por extenso, seguidos dos algarismos entre parnteses. 9 ) ( ) A Ata um documento narrativo, no qual no permitido nenhum tipo de rasura ou correo.

  • 24

    10 ) ( ) O princpio da coeso textual, alm de enxugar os textos, mantm afastados desses as expresses locais, as grias e os jarges. 11 ) ( ) A Sano a manifestao, pelo Poder Executivo, de concordncia com o texto de Projeto de Lei criado pelo Legislativo. 12 ) ( ) O tratamento Dignssimo foi abolido da redao oficial pela Intruo Normativa n 04/92. 13 ) ( ) A Circular a correspondncia dos Ministros de Estado com seus iguais ou subalternos. 14 ) ( ) So princpios basilares da Redao Oficial: impessoalidade; clareza; conciso, uniformidade, formalidade e uso de lnguagem tcnico-cientfica. 15) ( ) Certificado o ato expedido por agente pblico, atestando fato de que ele tem conhecimento, em razo do cargo que ocupa ou de atribuio a ele delegada. 16) ( ) necessria a presena do vocativo, tanto no Relatrio, como no Memorando. 17) ( ) O Requerimento a nica forma escrita oficial de comunicao pessoal de um subordinado para seu superior. 18) ( ) Uma carta, de um particular, em resposta a um Ofcio, um instrumento da Redao oficial, utilizado para responder uma cortesia, ou para agradecer um convite. 19) ( ) As expresses Senhor, Senhores so escritas por extenso, quando no estiverem seguidas do nome ou do cargo do destinatrio. 20 ) ( ) Sobre o princpio da Impessoalidade, pode-se afirmar que Doutor uma forma de tratamento adequada para qualquer autoridade. 21) ( ) Para realizar a correspondncia entre o Ministro da Fazenda e um Governador o documeto ser um Aviso. 22 ) ( ) Como definio de Certido tem-se: Declarao legal, de fim comprobatrio, calcada em assentamentos, registros, documentos ou papis oficiais. 23 ) ( ) As nicas formas de cortesia utilizadas no fecho de uma correspondncia oficial dirigida a uma autoridade so: Respeitosamente e Atenciosamente, esta para autoridades hierarquicamente superiores, e aquela para todas as demais. 24 ) ( ) No Ofcio, o local e a data so colocados por extenso, com alinhamento esquerda do texto. 25 ) ( ) Os possessivos Vosso e Vossa cabem ao tratamento Vs e so compatveis com as formas de reverncia Vossa Excelncia e Vossa Senhoria. 26 ) ( ) O tempo verbal adequado para a redao de uma Ata o pretrito imperfeito. 27 ) ( ) Memorando um instrumento de comunicao interna, utilizado por diretores e chefes, numa empresa ou repartio pblica, por meio do qual so transmitidas informaes ou solicitaes de carter rotineiro. 28 ) ( ) Em se tratando de Certido correto afirmar: um documento que contm dois pargrafos. No primeiro, normalmente constitudo de um s perodo, deve constar a identidade completa do peticionrio, deve constar, inclusive a profisso, residncia e o domiclio do mesmo. No segundo, ocorre a forma terminal, em uma ou duas linhas. 29 ) ( ) Um Relatrio compe-se de: ttulo, apresentao ou abertura, texto, consideraes finais ou concluses. 30 ( ) Em um Ofcio, conforme o princpio da impessoalidade, no se deve iniciar o texto com as formas pessoais tais como: Informo a V.Exa. que... Submeto apreciao de V.Exa. que ... 31) ( ) Quando nos refererimos diretamente a uma autoridad,e devemos usaro tratamento Sua Excelncia e, quando nos referirmos da autoridade, devemos usar Vossa Excelncia. 32) ( ) Atestado um documento emitido por uma pessoa em favor de outra, resguardando-se o carter de permanncia e veracidade dos fatos nele contidos. 33 ) ( ) A Portaria um documento expedido por um Ministro de Estado ou dirigentes de um rgo e entidades da Administrao Pblica. D instrues sobre pessoal ou sobre a organizao e funcionamento dos servios, orienta a aplicao de textos legais e de outros atos de competncia daquelas autoridades. Seu texto pode conter artigos, pargrafos, incisos e alneas. 34) ( ) O pronome Vossa Excelncia deve ser aplicado a todo servidor que ocupar cargo de direo.

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    35 ) ( ) Os pronomes de tratamento, em correspondncia dirigida aos Chefes de Poder, podem ser abreviados. 36) ( ) As expresses senhor, senhores devem ser escritas por extenso no corpo da correspondncia oficial, quando no estiverem seguidas do nome ou cargo do destinatrio. 37) ( ) As datas devem ser escritas por extenso, sempre com o algarismo indicativo do dia do ms precedido de zero. 38) ( ) Na abertura da Ata, a indicao do dia, ms, ano e hora do evento devem vir por extenso. A abertura traz, ainda, o local no qual est sendo realizada a reunio, nome da unidade ou do grupo que est reunido, nome do presidente e do secretrio do evento e, ainda, a finalidade do encontro. 39) ( ) No Atestado, o local e a data sero registrados por extenso, ao final do documento, sempre centralizados. 40) ( ) Certides autenticadas no tm o mesmo valor comprobatrio do documento original, e seu fornecimento, gratuito por parte da repartio pblica, de obrigao constitucional. 41) ( ) O Memorando serve ao desenrolar do servio externo das sees e caracteriza-se como instrumento de comunicao entre servidores, unidades ou setores de uma instituio. 42) ( ) A correta pontuao aps o vocativo a vrgula. 43) ( ) O Parecer um instrumento esclarecedor e decisrio, pelo qual so fornecidos dados sobre determinado assunto, tendo como base o exame do processo ou fato de que se tenha conhecimento. 44 ) ( ) A Certido Negativa comprova a inadimplncia, as restries ou qualquer outro impedimento legal do cidado. 45 ) ( ) Em um Ofcio Circular tm-se a presena de um signatrio e de vrios destinatrios. Desta forma, podemos deduzir que em cada documento dever constar um destinrio diferente, bem como cada um receber uma numerao prpria. 46) ( ) O Requerimento o ato verbal ou escrito, afirmativo da existncia ou no de um direito ou de um fato. 47) ( ) correto afirmar que o Ofcio uma forma de comunicao escrita expedida por autoridade pblica sobre assuntos de ordem oficial. 48) ( ) Fazem parte do corpo do Relatrio: ttulo, assunto, vocativo, texto, fecho, local e data e assinatura. 49) ( ) O Fecho adequado para o Requerimento : o requerimento.Sub censura. 50) ( ) Quando se escreve pela primeira vez a uma autoridade, convm encerrar a correspondncia com a forma: Apresento a V.Sa., na oportunidade, os meus protestos de estima e apreo. 51) ( ) Em uma frase, pode-se dizer que redao oficial a maneira pela qual o poder Pblico redige atos normativos e comunicaes. 52) ( ) A impessoalidade marca registrada da redao oficial. 53) ( ) A transparncia do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade so requisitos do prprio Estado de Direito, no sendo estendidos s correspondncias oficiais. 54) ( ) A Administrao Pblica direta, indireta e fundacional, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia; sendo a publicidade e a impessoalidade princpios fundamentais de toda administrao pblica, claro est, que no devem nortear a elaborao dos atos e comunicaes oficiais. 55) ( ) Aplicam-se s comunicaes oficiais os princpios da impessoalidade, clareza, uniformidade, conciso e uso de linguagem coloquial. 56) ( ) Pode-se afirmar que nas comunicaes oficiais o emissor sempre nico (o Servio Pblico) e o receptor dessas comunicaes ou o prprio servio Pblico, no caso de expedientes dirigidos de um rgo para outro, ou o conjunto de cidados ou instituies tratados de forma homognea (o pblico). 57) ( ) O uso do padro culto implica emprego de linguagem complexa, com riqueza sinttica e uso de figuras de linguagem, prprios da lngua literria.

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    58) ( ) A conciso antes uma qualidade do que uma caracterstica do texto oficial, que permite o uso excessivo de palavras, desde essas aprimorem a estilstica do texto. 59) ( ) A formalidade e o padro fazem desaparecer do texto os excessos lingsticos que nada lhe acrescentam. 60) ( ) Para evitar a duplicidade de interpretaes, que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto, faz-se uso da impessoalidade. 61) ( ) O Relatrio um documento eminentemente prtico, para tanto, precisa ser preciso e objetivo, apresentar desenvolvimento lgico, exposio de fatos, argumentao, descrio, concluso e eventuais sugestes. 62) ( ) O uso do padro culto de linguagem, em princpio de entendimento geral, por definio avesso a vocbulos de circulao restrita, como a gria e o jargo. 63) ( ) O Memorando uma modalidade de comunicao entre unidades administrativas de rgos diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicao eminentemente interna. 64) ( ) Atestado um documento firmado por uma pessoa em favor de outra, confirmando a verdade, sobre fatos de carter transitrio. 65) ( ) A Ata um documento que pode ser comparado a uma narrao, podendo ser o registro de uma assemblia, uma reunio ou uma cerimnia. 66) ( ) Atestado e Certido so documentos de natureza absolutamente igual, pois ambos confirmam fatos de carter permanente. 67) ( ) Em um Relatrio, toda demonstrao deve-se apoiar em fatos, nada deve ser aceito sem a devida justificao, que pode figurar, inclusive, no campo destinado aos anexos. 68) ( ) O pronome de tratamento adequado ao Procurador-Geral da Repblica Vossa Excelncia. 69) ( ) O Requerimento um documento especfico de solicitao e, por meio dele, um servidor busca assegurar algo a que julga ter direito. 70) ( ) A Circular um documento unidirecional, pois nela apenas um signatrio se dirige, ao mesmo tempo, a vrias reparties ou pessoas. 71) ( ) A nica diferena entre Aviso e Ofcio, que este trata de assuntos oficiais entre rgos da administrao pblica entre si, enquanto aquele pode tratar tambm com particulares. 72) ( ) Usa-se no fecho das correspondncias oficiais a expresso atenciosamente, quando a autoridade do destinatrio for superior autoridade do signatrio. 73) ( ) permitido que a assinatura figure em pgina diferente do expediente, desde que se remova tambm o ltimo pargrafo para a pgina onde est o fecho. 74) ( ) O vocativo a ser empregado em comunicaes dirigidas aos Chefes de Poder Excelentssimo Senhor, seguido do respectivo cargo. 75) ( ) No Ofcio, caso o expediente contenha mais de dois pargrafos, deve-se numer-los, exceo do fecho. 76) ( ) A Ata poder ser dividida em pargrafos, desde que esses estejam devidamente especificados ou numerados. 77) ( ) Em um Ofcio destinado ao Governador do Distrito Federal o vocativo correto Excelentsimo Senhor Governador, seguido do nome do mesmo. 78) ( ) Quando se tratar de autoridade hierarquicamente superior ao signatrio, deve-se usar o fecho Respeitosamente. 79) ( ) O pronome de tratamento Vossa Excelncia pode ser usado tanto para se referir ao gnero feminino quanto para o masculino, da mesma forma, os adjetivos referentes a tal pronome de tratamento podem ser usados em ambos os gneros, dependendo do sexo do interlocutor. 80) ( ) Sempre que se tratar de autoridade que recebe o tratamento de Vossa Senhoria, faz-se necessrio o uso do superlativo ilustrssimo, indicando o respeito e a deferncia do signatrio. 81) ( ) Em se tratando de Requerimento, permite-se a abreviao do Fecho. 82) ( ) Ainda se tratando do Requerimento, pode-se afirmar a correta posio da data do expediente : alinhada direita da margem superior. 83) ( ) Sendo a Circular meio de correspondncia pelo qual algum se dirige, ao mesmo tempo, a vrias pessoas, pode-se dizer que se trata de um documento multidirecional.

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    84) ( ) No Ofcio, o vocativo deve conter o ttulo funcional daquele a quem deve ser dirigido, citando-se seu o nome, logo em seguida. 85) ( ) Se algum engano for percebido ao final da Ata, deve-se escrever: Em tempo, onde se l..., leia-se...., executando-se, assim, a devida correo. 86) ( ) O Relatrio o expediente que permite a um gerente ou administrador tomar cincia dos acontecimentos, problemas e resolues que ocorrem na empresa, merecendo algum tipo de avaliao. 87) ( ) As comunicaes que partem de rgo pblicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidado brasileiro e , para atingir esse objetivo, dentre outros cuidados, deve-se evitar o uso de linguagem restrita a determinados grupos. 88) ( ) Pode-se afirmar que a correspondncia oficial segue determinada padronizao, que permite que comunicaes elaboradas em diferentes setores a Administrao mantenham uma uniformidade. 89) ( ) So pr-requisitos da redao oficial: impessoalidade, clareza, conciso e uniformidade. Outros recursos so apenas acrscimos lingsticos, que facilitam a circulao dos expedientes. 90) ( ) O verbo que acompanha o pronome de tratamento deve-se manter na sua pessoa gramatical, ou seja, na segunda pessoa do discurso.

    GABARITO

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 C E C E E C C E E E 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 C C E E C E C E C E 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 E C E E E E C E C C 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 E E C E E C E C E E 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 C C E E E E C E E E 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 C C E E E C E E E C 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 C C E C C E C C E E 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 E E C C C E E C C E 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 C E C E C C C C E E