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Relatório 17/11/2015

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Relatório 17/11/2015

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Resumo 3

Varejo 5

Consumo 12

Crédito 21

Economia 26

Pesquisa: Indicadores sociais e políticos dos últimos 10 anos 37

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Resumo

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• Especialistas alertam para consumo consciente no começo do ano;

• Produção industrial nacional recuou 1,3% em setembro de 2015;

• Espaço físico da loja ajuda atrair clientes;

• Estimativa para o dólar permanece em R$ 4, em 2015, e em R$ 4,20, no fim de 2016;

• Site é criado para simplificar o entendimento dos números e das finanças;

• Inflação de janeiro a outubro é a maior desde 1996;

• Joaquim Levy diz que a economia brasileira pode voltar a crescer;

• Pesquisa diz que outubro foi o pior mês para o comércio varejista;

• Varejo na capital paulista tem pior mês desde janeiro;

• Varejo deve ter pior Natal dos últimos 11 anos;

• Crise não foi suficiente para brecar ritmo de abertura de lojas no país;

• Inadimplência entre famílias paulistanas atinge maior valor em dois anos;

• Máquinas de cartões portáteis alavanca vendas.

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Varejo

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Outubro foi o pior mês do ano para o comércio varejista, diz Serasa ExperianEmpresa aponta que movimento dos consumidores caiu 3,3% ante setembro

SÃO PAULO - Outubro foi o pior mês do ano para os lojistas do País. O Indicador de Atividade do Comércio, divulgado nesta segunda-feira, 9, pela Serasa Experian, apontou que o movimento dos consumidores caiu 3,3% na comparação com setembro, a maior queda mensal e a quinta contração consecutiva.O desempenho também foi muito fraco na comparação anual: em relação a outubro de 2014, o recuo foi de 7,9%, pior resultado neste critério de comparação desde maio de 2003. No acumulado no ano, o varejo ainda registra uma leve expansão de 0,4%.O único setor que fechou outubro no positivo foi o de combustíveis e lubrificantes, com alta de 2% em relação ao mês anterior. Já o segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática puxou o indicador para baixo com queda de 7,7% na comparação mensal, mas registra alta de 2,1% no acumulado em 2015.

O setor de veículos, motos e peças também fechou o mês em baixa (-1,3%) e acumula declínio de 18% no ano. Os segmentos de material de construção (-2,7%), tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-1,3%) e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-0,2%) também registraram quedas no mês.

Em nota distribuída à imprensa, os economistas da Serasa atribuem a retração do varejo ao aumento da inflação e do desemprego, além do encarecimento do crediário em razão da alta dos juros.

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Varejo na capital paulista tem pior mês desde janeiro

O comércio da cidade de São Paulo registrou queda de 6,5% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, o que resultou em um faturamento real de R$ 13,4 bilhões, R$ 931 milhões a menos do que em 2014.É a maior retração desde janeiro, quando os negócios recuaram mais de 9% se comparado ao ano anterior, segundo a Fecomercio-SP.“A renda está caindo, o desemprego está aumentando, os bancos seguram crédito e o consumidor não quer se endividar mais”, observa Altamiro Carvalho, da entidade.“Neste ano, os varejistas percebem baixas consecutivas desde junho, quando comparamos aos meses fracos que sucederam a Copa do Mundo de 2014”, lembra ele.Das nove atividades analisadas na pesquisa, cinco registraram desaceleração de dois dígitos, o que revela, segundo a Fecomercio, um agravamento do ciclo recessivo do varejo paulistano.Os setores com as baixas mais expressivas foram os de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (21,1%), de vestuário, tecidos e calçados (14,5%) e de materiais de construção (20,4%).“Ao se considerar que o varejo é o último elo da cadeia produtiva, o cenário não é alentador”, diz Carvalho. “Os baixos níveis de produção e de investimento, pela falta de confiança do empresário, anunciam um 2016 difícil.”A entidade também estima que a busca por presentes de Natal não será suficiente para aplacar os resultados negativos deste ano. As projeções apontam vendas 8% menores em dezembro.

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Varejo deve ter o pior Natal dos últimos 11 anos

Rio - O comércio varejista se prepara para o pior Natal dos últimos 11 anos. A expectativa é de retração de 4,8% no volume vendido em relação ao ano anterior.A percepção de que as vendas serão mais fracas deve fazer o número de empregados temporários encolher até 2,9%, segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)."A última queda nas vendas do varejo ocorreu em 2003, mas não temos como mensurar as perdas daquela época, porque houve mudança na metodologia da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE. Mas sabemos, seguramente, que esse será o pior Natal desde então", disse o economista Fabio Bentes, da Divisão Econômica da CNC.Bentes já calculava queda de 4,1% no volume vendido pelo varejo nas festas de fim de ano, mas a previsão ficou mais pessimista diante de uma inflação persistente, dos juros altos e da confiança do consumidor ainda longe de uma recuperação."Os juros do crédito livre para pessoa física atingiram o recorde de 62,3% ao ano em setembro. A confiança do consumidor continua no piso histórico, enquanto a inflação vem piorando mês a mês", diz Bentes.Se a estimativa da CNC for confirmada, o varejo deve oferecer 138,6 mil vagas temporárias entre setembro e novembro, o menor saldo desde 2012, quando foram abertos 135,2 mil postos com esse tipo de vínculo.O estudo prevê ainda que o salário médio de admissão deve ficar em R$ 1.444, um recuo de 0,2% ante o valor pago em 2014, descontada a inflação.

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Crise não freia avanço de grandes varejistas

Levantamento feito pela Folha com 15 das 20 maiores redes varejistas do Brasil mostra que, no acumulado de nove meses, foram inaugurados 452 novos pontos de venda, o que representa expansão de 3,7% em relação aos 436 abertos entre janeiro e setembro do ano passado.O fechamento de lojas, concentrado em redes que atuam no segmento de eletroeletrônicos e roupas, também foi menor neste ano: 87 fecharam as portas ante 104 no ano passado.Foram consultados grupos com os 20 maiores faturamentos em 2014. São redes do segmento de supermercados, eletroeletrônicos, vestuário, farmácias e construção civil.O que pode explicar, em parte, os números deste ano serem melhores do que os de 2014 é que a intensidade da crise econômica leva mais tempo para ter impacto no fechamento de unidades, dizem analistas do setor. Mas eles alertam para o fato que o fechamento de lojas pode aumentar a partir do primeiro trimestre de 2016."O comércio sabe que os resultados do ano foram e serão muito ruins. Ninguém quer sair se reestruturando, fechando loja agora, às vésperas das vendas de Black Friday e do Natal. Esperam o 13º salário como nunca e sabem que essas datas podem ser o único 'respiro' do ano", diz Eduardo Terra, que preside a SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), entidade com executivos, empresários e especialistas do setor.A crise econômica se acentuou de janeiro para cá, mas começou a atingir o comércio com mais força no segundo semestre. As vendas recuaram 6,9% em agosto deste ano ante igual mês do ano passado, conforme o IBGE. Foi a maior queda registrada desde março de 2003 (-11,4%), quando a economia enfrentava o impacto das incertezas de um primeiro governo Lula.Segmentos como móveis e eletrodomésticos tiveram resultados ainda piores: recuaram 18,6% na mesma comparação."As empresas estão no olho do furacão e tem de discutir agora planos para 2016, definir orçamento e quanto dele será destinado a abertura de lojas.

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A partir do ano que vem, a situação tende a inverter: menos lojas abrindo e mais fechando", afirma Terra.Outro fator a ser considerado nos resultados deste ano é que redes de maior porte também aproveitaram a crise para avançar e ganhar espaço, avalia Claudio Felisoni, professor da USP e presidente do Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo)."Em situação mais difícil, as empresas de menor porte acabam passando o ponto em condições melhores. O preço do aluguel cai, os imóveis custam menos e isso abre espaço para as grandes, com maior poder de negociação, avançarem", diz. "Em 2016, pode ser outra história."

PEQUENAS x GRANDESNo segmentos de supermercados, as lojas de menor porte -chamadas de vizinhança ou proximidade- são as que mais crescem.No GPA (Grupo Pão de Açúcar), 11 unidades do Minimercado Extra e Minuto Pão de Açúcar foram abertas somente no terceiro trimestre. No concorrente, são 11 lojas do Carrefour Express abertas no ano ante quatro no ano passado."São os grandes disputando espaço com os mercadinhos de bairro", diz Felisoni.Com a inflação em alta, as redes também estão de olho nos clientes que buscam preços melhores nos atacarejos e investem na abertura dessas lojas. O GPA abriu oito unidades do Assaí nos últimos 12 meses. O Carrefour inaugurou o mesmo número de lojas do Atacadão somente neste ano.Enquanto as grandes supermercadistas miram lojas de menor porte, as de eletroeletrônico e construção civil focam também nas vendas on-line para ajudar a compensar os resultados mais fracos das lojas físicas.No Magazine Luiza, o e-commerce representa cerca de 20% do faturamento da rede. Há cerca de um ano, correspondia a 16%."A estratégia para driblar a crise é ser cada vez mais multicanal", diz Marcelo Silva, CEO do Magazine Luiza.A rede vende 45 mil itens pela internet e deve ampliar a diversidade de produtos. Em uma loja física, são cerca de 4.000 itens.

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"Neste ano, que sabemos que é dificílimo, temos de aproveitar todas as oportunidades. Como dizia o antigo presidente da rede Bom Preço, varejo é como barba: todo dia tem de fazer bem feito."No ano, a Magazine Luiza abriu 25 lojas ante três em igual período do ano passado. Não fechou unidades. Em 2014, foram 12 unidades encerradas -todas da marca Baú, adquirida pelo grupo."Fechar loja é a última coisa que fazemos. Essas 12 foram mantidas por quase um ano e meio, e a decisão de fechá-las só foi tomada por sobreposição com as da Magazine", diz Silva.A Leroy Merlin, que abriu quatro lojas de grande porte neste ano, também tem projetos para aumentar as vendas on-line e planos para fincar pé em cidades consideradas periféricas."De 10 mil queremos chegar a 30 mil artigos no e-commerce e ser o maior site de comércio da construção. Estamos investindo em tecnologia, sistemas e pensando no longo prazo", diz Alain Ryckeboer, diretor-geral da Leroy Merlin.Mas a rede também projeta manter investimentos na abertura de lojas. "Quando a crise passar, quem ficou parado vai perder. A meta é ter 110 lojas em 2025. Hoje, temos 36."Na rede de farmácias Pague Menos, a estratégia também é ampliar a atuação em cidades com menos de 100 mil habitantes."Das 800 unidades no país, metade está no Nordeste e estamos presentes em cidades que não dependem somente de carteira assinada. Vamos manter esse foco e chegar em 2017 com mil lojas", diz Francisco Deusmar Queirós, presidente da rede.

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Consumo

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Planejamento das finanças pode salvar consumidor da inadimplência de começo de ano

Assim como as festas de Natal e ano-novo, as despesas tradicionais de início de ano devem ocupar a cabeça e o calendário dos brasileiros, em destaque. Diante dos rumos dos principais indicadores da economia, os cuidados para evitar começar 2016 com as finanças já combalidas por presentes, viagens e comemorações caras ao bolso devem ser redobrados. Além dos possíveis aumentos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a elevação de preços das matrículas e do material escolar promete superar as expectativas.O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) anunciou recentemente que as mensalidades tendem a ser remarcadas entre 10% e 14% no ano que vem, e, para completar a aflição de quem tem filhos, toda a linha de material de papelaria foi reajustada de janeiro a outubro em 3,22% na Grande Belo Horizonte. Embora o índice tenho ficado abaixo da inflação de 7,69%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as despesas com cursos, leitura e papelaria subiram 8,89%, na média, na Região Metropolitana de BH.Para que as famílias não sejam pegas de surpresa, o ideal é que, desde agora, organizem o caixa, com base no orçamento previsto para o início de 2016. Segundo especialistas ouvidos pelo Estado de Minas, este é o primeiro passo para enfrentar os aumentos que virão. “Dá para prever os valores das despesas de começo de ano, basta relembrar o que foi pago no ano anterior e acrescentar os reajustes discutidos. A partir daí, é possível ter uma boa referência”, afirma Mauro Calil, educador financeiro e fundador da Academia do Dinheiro.Com a inflação próxima de dois dígitos e o aumento das taxas de desemprego, a preocupação cresce. A assistente financeira Adriana Flôres, de 33 anos, diz nunca ter se sentido tão insegura.

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Por isso, já começou a abrir mão de gastos supérfluos. “Neste ano, mesmo com 13º e férias para ajudar nas contas, não conseguirei viajar, renovar os móveis de casa, muito menos trocar o carro, que era um plano que eu tinha desde janeiro”, afirma.Apesar de a renda da assistente ter crescido em 2015, o acréscimo foi corroído pela inflação. Por isso, está mais difícil organizar os pagamentos para o próximo ano. “Já não estou tendo de onde tirar. Agora, controlo o uso da luz e do telefone para tentar poupar”, afirma. Adriana lamenta não poder colocar os filhos de 5 e 13 anos em um colégio particular. “Com matrículas absurdas e material escolar caro, será impossível dar um estudo melhor para eles, no momento”, lamenta.

Consumo regradoEconomizar é a palavra do momento no vocabulário dos brasileiros. Segundo o presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingo, decidir por consumo regrado é o mais sensato a se fazer. “Estamos com dólar alto, inflação chegando a 10% e é melhor ponderar nos gastos de fim de ano para que 2016 comece leve”, afirma. Para ele, educação financeira é importante para se obter felicidade.Que o ano vai começar pressionado pelas altas de preço, é previsível. Por isso, especialistas dão dicas de como driblar a situação. Juntar um grupo de pais para comprar na mesma loja pode elevar a chance de conseguir preços mais em conta para o material escolar. Fabio Gallo, professor de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV), recomenda que não se desperdice o material parcialmente usado no ano anterior. “Esta é a hora de poupar. Não descarte objetos que ainda podem ser utilizados”, afirma. É importante, também, não se deixar levar somente pelos desejos dos filhos.

Família e bolso unidosEvitar ceder aos impulsos de consumo, definindo uma lista de gastos necessários e com o engajamento de todos os membros da família, é medida decisivas se elas não desejam entrar em 2016 já endividadas. Para o educador financeiro Reinaldo Domingos, “é importante que todos participem das finanças da família

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Assim, fica mais fácil os filhos compreenderem e abrirem mão de produtos mais caros”.A gestora de RH, Daniele Abreu, 38 anos, sempre se organiza para pagar o material escolar de seus dois filhos à vista. É isso o que os especialistas recomendam. Para Mauro Calil, da Academia do Dinheiro, fazer pagamentos parcelados, se não houver incidência de juros, pode ser vantajoso, mas ele recomenda a quitação à vista caso seja possível negociar um bom desconto.Se a situação estiver muito apertada, ao ponto de impedir o pagamento de todas as contas logo no início do ano, economistas aconselham dar preferência ao parcelamento do IPVA ou do IPTU. Essas despesas têm condições de pagamento mais vantajosas do que aquelas oferecidas pelas administradoras de cartões de crédito e os bancos no cheque especial, por exemplo.Daniele Abreu começou a organizar suas finanças em maio deste ano e, desde então, a vida está bem mais tranqüila para a gestora de RH. “Hoje, consigo até gastar um pouco mais. Vou pagar os impostos à vista, coisa que sempre pensei em fazer, mas nunca consegui”, afirma. Para Daniele, a situação só não está melhor por conta da inflação. “Os preços estão mais altos, mas, pelo menos, minha consciência está tranquila porque hoje eu consigo gastar somente o que eu posso”, afirma.A farmacêutica Danyelle Perez, de 33, seguiu as dicas dos educadores e entrou no embalo dos cortes de gastos supérfluos. “Para manter meus filhos na escola particular e conseguir pagar IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, sem dor de cabeça, cancelei o contrato com a TV a cabo e parei de usar telefone fixo. As idas aos restaurantes no fim de semana foram trocados por piqueniques”, afirma. Ela combinou com a família que, neste ano, será o Natal das crianças; só elas receberão presentes. A ceia não será farta e a comemoração do aniversário do filho de dois anos, em 29 de dezembro, “será um lanchinho sem luxos”.Economistas e consultores costumam orientar o consumidor a usar o 13º salário para quitar dívidas ou fazer poupança para as despesas de janeiro. Mauro Calil recomenda, ainda, que o consumidor não faça empréstimos para quitar essas despesas. “É melhor tentar vender coisas em casa que não estão sendo mais usadas

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Busque novas alternativas, pois empréstimo pode custar mais caro e a chance de se enrolar é maior”. Para ele, o cuidado deve ser o de não enfrentar os próximos 12 meses de 2016 endividado. “Avalie se aquela viagem de 30 dias é realmente necessária. Não espere para consertar as dívidas só no fim do ano que vem”, alerta.Segundo Fábio Gallo, da Fundação Getúllo Vargas, o que não se deve fazer de maneira alguma é deixar de pagar as contas. Fingir que as despesas não existem, traz prejuízos ainda maiores. “O não pagamento pode gerar multas e dores de cabeça para o resto do ano. Ninguém quer que isso aconteça”, analisa.

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Fabricação de bens de consumo duráveis puxa a queda mensal da produção industrial brasileira em Setembro de 2015

Entre as grandes categorias econômicas que participam da composição do indicador, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, a categoria bens de consumo duráveis, ao recuar 5,3%, mostrou a redução mais acentuada em setembro de 2015 e intensificou o ritmo de queda frente ao observado no mês anterior (-4,0%).Em setembro de 2015, a produção industrial nacional recuou 1,3% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, quarto resultado negativo seguido, acumulando nesse período perda de 4,8%.

Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) de Setembro de 2015O setor produtor de bens intermediários (-1,3%) também registrou taxa negativa nesse mês e permaneceu com o comportamento de queda presente desde fevereiro último, acumulando nesse período perda de 4,3%. Por outro lado, os segmentos de bens de capital (1,0%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,5%) apontaram os índices positivos em setembro de 2015, com o primeiro interrompendo sete meses de taxas negativas consecutivas, período em que acumulou redução de 25,2%; e o segundo eliminando parte da perda de 3,6% acumulada nos meses de julho e agosto.

Média Móvel TrimestralNa série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 1,3% no trimestre encerrado em setembro de 2015 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014.Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (-3,0%) mostrou a redução mais acentuada nesse mês e permaneceu com o comportamento negativo presente desde outubro do ano passado, acumulando nesse período perda de 30,7%.

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Os setores produtores de bens intermediários (-1,1%), de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,1%) e de bens de consumo duráveis (-0,1%) também registraram taxas negativas nesse mês, com o primeiro mantendo a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014; o segundo intensificando a magnitude de queda frente aos resultados de julho (-0,2%) e de agosto (-0,5%); e o último prosseguindo com a sequência de taxas negativas iniciada em dezembro do ano passado.

Entenda a Pesquisa Industrial Mensal (PIM)O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal, produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro.Iniciada na década de setenta, a pesquisa abrange todo o território nacional e é divulgada mensalmente, em duas versões: PIM-PF e PIMES.A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. O IBGE divulga mensalmente dois relatórios sobre a produção física no Brasil: um nacional e outro regional.A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) avalia o comportamento do emprego e dos salários nas atividades industriais do país.

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Espaço físico da loja é essencial para experiência de consumo.

A expansão do e-commerce no Brasil gerou um novo desafio para o varejo. Afinal, enquanto o comércio eletrônico é cada vez mais utilizado, as lojas com espaço físico precisam encontrar estratégias para atrair consumidores ao estabelecimento e não perder a competitividade no mercado .É por isso que empreendedores com lojas físicas devem planejar os espaços estrategicamente. Para não ter as vendas reduzidas, o estabelecimento deve oferecer motivos para que o consumidor adquira os produtos no local, em vez de migrar para o e-commerce. Isso significa que é essencial focar na experiência de consumo presencial.“As pessoas têm condições de comprar pela internet e pelo celular, há vários concorrentes das lojas físicas. Por isso, o espaço físico deve ser um ambiente agradável , onde o consumidor se sinta à vontade para ficar o máximo de tempo possível”, explica Marcos Hirai, sócio-diretor da BG&H.Segundo ele, essa é uma forma de as lojas físicas continuarem pulsantes na cabeça do consumidor . Entretanto, como elaborar o local para que ele apresente essas características? Saiba o que considerar na hora planejar seu estabelecimento.

Experiência de consumo no espaço físicoTenha em mente que, hoje em dia, o grande diferencial das lojas físicas consiste na experiência de consumo que elas proporcionam. Mesmo que seja importante o investimento em marketing digital, é essencial que elas utilizem ferramentas sensoriais no estabelecimento.Desde a disposição dos produtos às características sensoriais – cores, música no ambiente, cheiros – a organização do espaço físico é um fator determinante para a compra. Então, como ele deve ser planejado?Para Hirai, se o consumidor se sentir confortável em um ambiente onde ele é privilegiado, tende a comprar mais e melhor. “Se ele não tem essa sensação, é muito fácil sair da loja e buscar um concorrente ”, constata. Mimos para o cliente, como oferecer café, por exemplo, são coisas que o fazem sentir vontade de permanecer no local.

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“É a partir do bem estar para o consumidor que existe uma troca . A lógica do cliente é a seguinte: me trate bem que eu compro mais”, aponta.Organização depende do tipo de negócioEmbora o espaço físico deva propiciar uma boa experiência de consumo, não há regras: a organização depende do segmento do negócio. Em uma loja de roupas ou calçados, por exemplo, pode fazer sentido um ambiente aconchegante , enquanto em outros estabelecimentos não.Hira exemplifica a lógica a partir do espaço físico de um minimercado e de uma loja de roupas. Ele afirma que, nesse último caso, é necessário unir tecnologia à ambientação e bom atendimento.“Em uma loja de roupas, prevalece o uso intenso de tecnologia, desde um estúdio eletrônico às condições para que o consumidor tenha mais informações sobre as peças via app. Tudo isso junto com um atendimento sensacional. As pessoas querem a liberdade de andar pela loja e, ao mesmo tempo, de vez em quando, ter a ajuda do vendedor”, salienta.Enquanto isso, de acordo com ele, um minimercado apresenta ambientação diferente, com a tendência de chegar cada vez mais perto do cliente. “Os novos estabelecimentos desse tipo tendem a contar com funcionários que criam laços com os clientes, pelo fato de se verem com frequência”, menciona Hirai.Portanto, se você quer planejar o espaço físico de sua empresa, a primeira etapa é identificar quais características são adequadas a esse tipo de negócio. A partir disso, foque na experiência de consumo dos clientes, criando um ambiente que incentive a permanência deles no estabelecimento e a compra. Boa sorte!Se você tem alguma dúvida ou sugestão sobre o assunto, deixe um comentário abaixo e contribua com a troca de ideias. Não esqueça de compartilhar esse artigo com seus seguidores nas redes sociais.

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Crédito

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Máquinas portáteis de cartão: a nova febre para alavancar vendas A facilidade e comodidade nas compras por cartão de crédito e débito caiu no gosto dos brasileiros. Não é a toa que as vendas realizadas por essa modalidade de pagamento devem ultrapassar a marca de R$ 1,3 trilhão em 2015. Pensando nisso, várias empresas intermediadoras de pagamentos lançaram no mercado máquinas portáteis que aceitam os cartões de débito e crédito.Focado no público autônomo, vendedores ambulantes e até mesmo pequenos empresários, as máquinas portáteis caiu no gosto desse público pela facilidade na aquisição. Antes, era necessário ser pessoa jurídica para ter uma máquina que aceita cartão. Hoje, qualquer pessoa que tenha conta corrente para receber as vendas efetuadas, pode ter a sua e ainda pode optar por receber as vendas em até 2 dias úteis.Pensando nisso, o site Blasting News Brasil fez uma análise entre as cinco maiores empresas fornecedoras desse equipamento, comparando taxas cobradas e valores das máquinas. Foi comparada uma venda de R$ 1000, com recebimento no débito, no cartão de crédito à vista e parcelado em 6 vezes. O comparativo foi baseado no prazo máximo para recebimento das vendas. Confira:

PagSeguroO recebimento de uma venda de R$ 1000 na máquina do PagSeguro fica: Débito - R$ 976,10, e recebe em 2 dias úteis; Crédito à vista - R$ 968,10, e recebe em 30 dias; Crédito em 6x - R$ 826,61, e recebe em 30 dias. A máquina tem um custo para compra de R$ 718,80 e pode ser parcelada em 12x no cartão.

CieloO recebimento de uma venda de R$ 1000 na máquina da Cielo fica: Débito - R$ 968,10, e recebe em 1 dia útil; Crédito à vista - R$ 959,50, e recebe em 30 dias; Crédito em 6x - R$ 930,10, e recebe a primeira parcela em 31 dias e as demais a cada 30 dias. A máquina tem um custo de aluguel no valor de R$ 30,90 ao mês.

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RedecardO recebimento de uma venda de R$ 1000 na máquina da Redecard fica: Débito - R$ 970,10, e recebe em 2 dias úteis; Crédito à vista - R$ 935,00, e recebe em 2 dias úteis; Crédito em 6x - R$ 831,74, e recebe em 2 dias úteis. A máquina tem um custo de aluguel no valor de R$ 29,90 ao mês.

Mercado PagoO recebimento de uma venda de R$ 1000 na máquina do Mercado Pago fica: Débito - R$ 977,10, e recebe em 14 dias; Crédito à vista - R$ 965,10, e recebe em 14 dias; Crédito em 6x - R$ 880,20, e recebe em 14 dias. A máquina tem um custo para compra de R$ 358,80 e pode ser parcelada em 12x no cartão.

PaylevenO recebimento de uma venda de R$ 1000 na máquina da Payleven fica: Débito - R$ 973,10, e recebe em 2 dias úteis; Crédito à vista - R$ 966,10, e recebe em 30 dias; Crédito em 6x - R$ 842,96, e recebe em 30 dias. A máquina tem um custo para compra de R$ 322,80 e pode ser parcelada em 12x no cartão.

Antes de optar por ter uma máquina que aceite cartão de crédito e débito, você deve fazer os seguintes questionamentos:"O lucro que tenho na venda dos meus produtos compensa o pagamento das taxas?"; "Meu capital de giro é suficiente para que eu possa esperar os prazos de recebimento?"; "Qual a minha expectativa no aumento das vendas?"; "Minha clientela é fixa?", e, caso a resposta seja sim; "A opção de ter uma máquina vai fazer com que eu venda mais para mais pessoas?".Após decidir se quer incrementar essa nova forma de pagamento, opte pelo que será mais vantajoso para você e para a sustentabilidade de seu negócio.

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Inadimplência entre famílias paulistanas atinge maior valor em dois anos

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), produzida mensalmente pela Federação do Comércio de Bens de São Paulo (FecomercioSP), indicou em outubro que 18% das famílias paulistanas estavam inadimplentes, uma alta puxada pelas fatia de baixa renda (renda inferior a 10 salários mínimos). O índice representa a terceira alta seguida no ano e o maior valor desde julho de 2013.A pesquisa foi feita com 2.200 pessoas na cidade de São Paulo e também aponta que 52,4% das famílias paulistanas possuem alguma dívida. Apesar do recuo em relação ao mês anterior, onde 54,7% das famílias estavam endividadas, a comparação com outubro de 2014 é preocupante: o total chegou a 1,88 milhão de pessoas, alta de 7,1%.Entre a população de baixa renda, 57,5% das famílias possuem algum tipo de contas a pagar. Para o assessor econômico da FecomercioSP, Vitor França, o aumento do número de endividados nesta faixa de renda apresenta um primeiro estágio da contração do consumo. "As famílias foram até onde podiam ir, já queimaram as reservas que elas tinham, e elas estão sofrendo muito com a alta dos preços, e também com o aumento rápido do desemprego", pondera.Entre as famílias de renda elevada (acima de 10 salários mínimos), o aumento foi sentido pela pesquisa, que considerou o crescimento "dentro de uma oscilação".O levantamento mostra que 54% dos paulistanos possuem dívidas com prazos superior a seis meses, mas houve a expansão da parcela de dívidas por períodos mais curtos - o que envolve créditos mais arriscados, como o cartão de crédito.Em 73,7% das famílias, o passivo principal envolve o cartão de crédito, com larga vantagem para débitos com financiamentos automotivos (18%), carnês em geral (17,7%), residencial (12,8%), crédito pessoal (10,9%) e cheque especial (8,2%).Tanto o cartão quanto o cheque especial - duas das taxas mais altas entre as operações de pessoas físicas - tiveram aumento no último mês.

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"Esse aumento sugere que as famílias de baixa renda estão correndo cada vez mais atrás destas linhas de crédito emergenciais. Isso é extremamente preocupante, pois a gente sabe como essa taxa é alta e como se pode perder o controle das finanças assim", afirma França.Dentre os entrevistados, 7,1% acreditam que não vão conseguir honrar suas dívidas no próximo mês, o maior valor desde 2009. Entre aqueles que recebem menos de 10 salários mínimos, a afirmação é positiva para quase 10% dos casos.

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Economia

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Mercado financeiro projeta inflação em quase 10% este anoPara 2016, a projeção sobe por 14 semanas consecutivas, de 6,29% para 6,47%. Retração do PIB em 2015 passa de 3,05% para 3,10%

O mercado financeiro espera que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegue a 9,99%, este ano. Na semana passada a previsão era 9,91%. Esse foi o oitavo ajuste seguido na estimativa. Para 2016, a projeção sobe por 14 semanas consecutivas. De acordo com o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC), a estimativa passou de 6,29% para 6,47%, no próximo ano.A projeção para o próximo ano está chegando perto do teto da meta 6,5%. O centro da meta de inflação é 4,5%. Na última quinta-feira (5), o diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, admitiu que a inflação só deve ficar em 4,5% em 2017. Lopes disse que o BC adotará as medidas necessárias para levar a inflação o mais próximo possível da meta, em 2016, e chegar a 4,5%, em 2017. O diretor também disse que não vê a possibilidade de rompimento do limite superior da meta, 6,5%, em 2016.Anteriormente, o BC esperava chegar ao centro da meta de inflação no próximo ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic, a expectativa mudou para 2017. Na ata da última reunião do Copom, o BC diz que as indefinições e alterações significativas na meta fiscal mudam as expectativas para a inflação e criam uma percepção negativa sobre o ambiente econômico.Selic Para tentar levar a inflação ao centro da meta em 2016, o Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Na reunião de setembro e de outubro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.

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A expectativa das instituições financeiras é que o Copom mantenha a Selic em 14,25% ao ano, na última reunião de 2015, marcada para os dias 24 e 25 deste mês. Para o final de 2016, a expectativa para a Selic passou de 13% para 13,25% ao ano.A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao manter a Selic, o comitê indica que ajustes anteriores foram suficientes para produzir efeitos na economia.

PIB em queda A perspectiva de retração da economia este ano passou de 3,05% para 3,10% - um mês antes estava em queda de 2,97%. Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,51% para -1 90%. Quatro semanas atrás estava negativa em 1,20%.Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.

No caso da produção industrial, a mediana das expectativas para 2015 saiu de baixa de 7,00% para -7,40% agora - um mês antes estava em -7,00%. Para 2016, continuou em -2,00%. Há quatro semanas, estava em -1,00%.Já na relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a projeção dos analistas foi mantida em 35,80% para 2015 - quatro edições antes estava em 35,90%. Para 2016, a taxa subiu de 39 30% para 39,60% - um mês antes estava em 39,50%.A estimativa para o dólar permanece em R$ 4, ao final deste ano, e em R$ 4,20, no fim de 2016.

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Economistas discutem agenda de crescimento

Elevar a eficiência da economia para promover a retomada do crescimento foi o tema central de um conjunto de palestras realizado ontem (6) no Insper, instituto de ensino e pesquisa que é referência em economia e negócios. O evento marcou o lançamento oficial do site “Por quê? - Economês em Bom Português”, criado para simplificar o entendimento do mundo dos números e das finanças.Três palestras defenderam que, em paralelo ao ajuste das contas públicas, no curto e no longo prazos, o País precisa implementar uma terceira agenda, dedicada a promover o crescimento. Na avaliação do economista José Alexandre Scheinkman, professor da Columbia University, nos Estados Unidos, um caminho certeiro é elevar a produtividade. Em outras palavras: fazer com que trabalhadores, empresas e governo no Brasil sejam capazes de produzir mais e melhor com o que já dispõem - ou até com menos.A produtividade, na maioria dos setores no Brasil, não apenas estagnou, como até andou para trás. Na indústria de transformação e na construção civil, por exemplo, a produtividade piorou 1% ao ano, de 2000 a 2009. “Se não entendermos a produtividade, nada mais vai funcionar”, disse Scheinkman. Para recuperar o tempo perdido, ele indica algumas medidas, como aumentar a integração do Brasil à economia global, fomentar a competição e elevar investimentos em pesquisa e desenvolvimento.Outra vertente, de longo prazo, é aperfeiçoar a educação. “Precisamos descobrir porque não sabemos educar”, disse o economista Ricardo Paes de Barros, um dos mais respeitados estudiosos do tema, que tem feito pesquisas para identificar o que há de errado nas escolas e com os professores.Como boa parte das medidas depende do poder público, Ana Carla Abrão, secretária da Fazenda do governo de Goiás, reforçou a necessidade de União, Estados e municípios também perseguirem a eficiência, o que não é muito fácil, dada a pesada estrutura dos entes públicos.

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“Hoje, 75% da receita do Estado de Goiás, gerada por 6,6 milhões de habitantes, é gasta no pagamento do salário de 110 mil servidores: essa excrescência não ocorre apenas em Goiás, mas em todo o País”, disse.Para o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper, não haverá como desatar os nós da recessão se o governo não aprimorar a capacidade de implementar ações no tempo certo e da maneira correta: “Você precisa de humildade para implantar políticas públicas: primeiro, deve testá-la, depois, implementá-la com cautela, porque um diagnóstico apressado pode levar ao erro”, disse. Exemplo: “De 2011 a 2014, o governo apostou tudo que, gastando mais, faria o País crescer. Pois é: deu errado”, disse Lisboa.

EconomêsO site Por Quê - Economês em Bom Português foi criado pela Bei Editora. Segundo Marisa Moreira Salles, uma das fundadoras da Bei, a fonte de inspiração do site foi a campanha eleitoral do ano passado, pautada em temas econômicos importantes, mas obscuros para o brasileiro médio. “A maioria dos eleitores não entendeu o debate e, quando isso acontece, as pessoas ficam perdidas num mar de informação, algumas, não raro, mal-intencionadas”, disse Marisa.Pela proposta do site, o público deve interagir, enviando dúvidas e sugestões, até sobre qual é a melhor alternativa para que o tema de sua preferência seja abordado. A equipe do site recorre a várias ferramentas: blog, vídeos e até músicas. Tomas Alvim, também fundador da Bei, explica que a proposta é avançar ainda mais. “O próximo passo será oferecer palestras e cursos, onlines e presenciais”, disse. As informações são do jornal

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Inflação de janeiro a outubro é a maior desde 1996, diz IBGE

No ano, o IPCA acumula alta de 8,52% e, em 12 meses, de quase 10%.De setembro para outubro, avanço de preços foi puxado pela gasolina.

Em outubro, os brasileiros tiveram de gastar ainda mais para morar, comer e se locomover. O aumento desses custos acabou impactando a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que passou de 0,54% em setembro para 0,82% no mês seguinte, atingindo a maior alta para o período desde 2002.Os recordes negativos também são vistos em outras bases de comparação. No ano, o IPCA acumula alta de 8,52%, a maior para o período de janeiro a outubro desde 1996, quando ficou em 8,70%. Em 12 meses, o indicador foi para 9,93% e é o mais elevado, considerando o período, desde 2003, quando chegou a 11,02%.De setembro para outubro, o que mais influenciou a alta de preços no país foram os combustíveis. O aumento foi de 6,09% e representou quase 40% na composição do IPCA. No caso da gasolina, que teve seu reajuste de preços autorizado pela Petrobras no final de setembro, ficou, em média, 5,05% mais cara, puxada por São Paulo, onde os postos aplicaram um aumento acima de 6%. Quem costuma abastecer o carro com o etanol teve de desembolsar mais ainda. O preço do combustível subiu 12,29%. Apesar do avanço ter sido maior que o da gasolina, o etanol tem peso menor no cálculo da inflação.“Com o aumento da gasolina, as pessoas tendem a procurar mais o etanol, então, tem uma pressão de demanda sobre o etanol. Além disso, há notícias de que a exportação do etanol tem aumentado, então tem uma demanda externa também sobre o combustível”, analisou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índice de Preços do IBGE.Com o aumento dos preços dos combustíveis, o grupo de gastos com transporte, um dos pesquisados pelo IBGE, registrou a maior variação, de 1,72% em outubro, contra 0,71% em setembro.

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Ficaram mais caros ainda passagem aérea (4,01%), pneu (0,94%), ônibus intermunicipal (0,84%), conserto de automóvel (0,69%) e acessórios e peças (0,46%)."O IPCA de outubro foi dominado pelos transportes, que é o segundo grupo de maior peso, logo depois dos alimentos. Eles [juntos] exerceram pressão muito forte [no mês], apesar da maioria dos grupos subir de um mês para o outro. Que a maioria está subindo é um fato, mas dentro dos transportes [o impacto] são os combustíveis, e nos alimentos, é o dólar impactando...e também tem a questão das chuvas”, analisou.

Alimentos e habitaçãoDepois dos transportes, o maior aumento partiu de alimentação e bebidas (de 0,24% para 0,77%). Isso porque os alimentos consumidos fora de casa subiram 0,93%, e os consumidos dentro de casa, 0,68%.“Nesse mês, os alimentos consumidos no domicilio ficaram com preço menor do que os consumidos fora. Os preços das refeições fora continuam subindo...Os agricultores têm se queixado bastante dos custos agrícolas que vêm crescendo. Além disso, as chuvas que vêm ocorrendo no sul do país, que são os principais produtores de agricultura, vêm atrapalhando bastante as lavouras. Os produtores de arroz têm apontado prejuízo por excesso de chuva. No geral, a gente tem pressão do câmbio, das chuvas e exportações também."Os gastos com habitação registraram a terceira maior alta, ainda que a variação tenha sido menor de setembro para outubro (de 1,30% para 0,75%). O avanço do preço do botijão de gás perdeu força, ao passar de 12,98% em setembro, para 3,27%, em outubro - ainda um reflexo do reajuste de 15% permitido pela Petrobras a partir de setembro. Subiram também os preços de energia elétrica, mão de obra para pequenos reparos, aluguel e artigos de limpeza.Na sequência, estão os grupos de preços relativos a vestuário (de 0,50% para 0,67%), despesas pessoais (de 0,33% para 0,57%), saúde e cuidados pessoais (estável em 0,55%), comunicação (de 0,01% para 0,39%), artigos de residência (de 0,19% para 0,39%) e educação, de 0,25% para 0,10%).

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Inflação por regiõesNa análise por região, o maior IPCA ficou com Brasília (1,24%) e o menor, no Rio de Janeiro (0,59%).

Previsões alinhadasPara 2015, a expectativa dos economistas, segundo o boletim Focus, do Banco Central, é que IPCA feche o ano em 9,91%, se aproximando assim da marca dos 10%. Se confirmada a estimativa, representará o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002 – quando ficou em 12,53%.O BC informou recentemente que estima um IPCA de 9,5% para este ano. Segundo economistas, a alta do dólar e, principalmente, dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionam os preços em 2015.INPCO IBGE também divulgou o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de outubro, que ficou em 0,77%, depois de avançar 0,51% em setembro. No ano, o índice acumula alta de 9,07% e, em 12 meses, de 10,33%.“O INPC nos 12 meses já passou dos dois dígitos. O que isso significa? Como se refere a uma população de renda mais baixa, em que os alimentos tem maior participação, (...) quando os preços aumentam, todo mundo é penalizado. Mas a população com renda mais baixa está sendo mais penalizada do que a da mais alta”, analisou Eulina Nunes, que acrescentou ainda que a alta do botijão de gás, ônibus e energia também impactam o INPC.

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'Economia crescerá pouco depois de ajuste fiscal'

Segundo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o Brasil "vai sair (da recessão) um pouco depois de a gente resolver as questões fiscais"; de acordo com ele, experiências semelhantes apontam que a recuperação acontece em 2 ou 3 trimestres após a questão fiscal ser equacionada; para o ministro, a economia brasileira tem mostrado enorme resiliência, mas que não pode ser muito esticadaReuters - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quinta-feira que a economia brasileira pode voltar a crescer "um pouco depois" de a situação fiscal ser resolvida, e defendeu novamente a recriação da CPMF, imposto sobre transações financeiras, como elemento chave para esse cenário."Vai sair (da recessão) um pouco depois de a gente resolver as questões fiscais", disse Levy em evento em São Paulo, acrescentando que, com base em outras experiências, a recuperação vem 2 ou 3 trimestres após a questão fiscal ser equacionada.Pesquisa Focus do Banco Central com uma centena de economistas mostra que a expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país recue 3,05 por cento neste ano e 1,51 por cento em 2016.Para o ministro, a perspectiva de ter superávit primário em 2016 é "necessária e viável", mas exigirá decisões. O governo tenta aprovar no Congresso Nacional uma série de medidas para garantir maiores receitas, em meio a uma economia em recessão, entre elas, a CPMF, com potencial para arrecadar 32 bilhões de reais no ano. "É o tamanho do Bolsa Família", emendou.Segundo ele, o governo tem feito economia significativa, mas é preciso receita. "Não há fórmula mágica", acrescentou.O ministro disse ainda que é preciso acertar a área fiscal do país para retomar a confiança, acrescentando que o trabalho de convencimento da importância das medidas tem de ser feito pouco a pouco.Para o ministro, a economia brasileira tem mostrado enorme resiliência, mas que não pode ser muito esticada.

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Economia pode reagir se questão fiscal for resolvida, diz Levy

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (5), que a economia do Brasil começará a reagir quando a questão fiscal estiver resolvida. “Se você acerta o fiscal e põe ordem na casa, a economia do Brasil responde”. Com base em outas experiências, segundo Levy, essa reação poderá ocorrer em seis meses. “O prazo depende de quando a gente vai resolver a questão fiscal. Depois da questão fiscal, quando se olha para outras experiências, dá dois trimestres e você já consegue ver o resultado”.O ministro disse ainda que o superávit primário para 2016 “é uma perspectiva necessária e viável, mas que exigirá decisão da sociedade e dos representantes da sociedade [Congresso] tanto para votar o Orçamento” quanto nas escolhas dos gastos e das receitas, afirmou ao falar com a imprensa após participar do seminário Uma Agenda Positiva para o Brasil, na tarde desta quinta-feira, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).Ao discursar durante o evento, o ministro voltou a dizer que 2016 será um “ano de escolhas”. “O Congresso e a sociedade terão que fazer escolhas”. Para isso, de acordo com Levy, será preciso discutir o que dará para ser cortado e que gastos poderão ser diminuídos.Aos empresários presentes ao seminário, ele admitiu que o governo precisa criar algum imposto, de forma provisória, para equilibrar a economia. “Certamente, no Brasil, não se poderá resolver pelo lado dos impostos apenas, embora provisoriamente possa se ter que contar com algum imposto para manter as contas públicas flutuantes”, disse.“A CPMF é aquele imposto que todo mundo paga e que é proporcional ao que se gasta: quem gasta mais, paga mais. É automática e transparente. Ela é tão transparente que você sabe que, se não tiver CPMF, você tem R$ 32 bilhões de déficit, que é o tamanho do Bolsa Família, que é mais ou menos o tamanho do seguro-desemprego”, afirmou.

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"Se não tem um determinado recurso, você vai ter que descobrir o que você vai deixar de gastar ou como vai ser a vida, se vai ser mais difícil, se vai trazer mais intranquilidade e a maneira como vão olhar para o país”, falou ele. Segundo o ministro, a CPMF, como o próprio nome diz, seria provisória e dentro de um contexto onde o governo está cortando gastos e fazendo reformas", acrescentou.Sentado ao lado do ministro, o diretor da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, Yoshiaki Nakano, defendeu que o ajuste fiscal deve ser feito acompanhado de mudanças em algumas leis. “Quando se estabelece por lei, na Constituição, uma certa proporção de gastos em relação à receita tem que ser destinado à saúde, por exemplo, de certa forma está se roubando da sociedade o direito de estabelecer prioridades. A primeira coisa que deveríamos fazer é a reforma nas leis, devolvendo à população, ao Congresso e à classe política o poder de discutir o orçamento para valer, estabelecendo prioridades”, disse Nakano.Para Levy, a questão do Orçamento é importante e, nesse sentido, entende que é chegado o momento do país ter um Orçamento que o leve a retomar o crescimento “É hora de ter um orçamento compatível com a necessidade do país, e superavitário, e que nos leve de volta ao caminho do crescimento econômico”.

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Pesquisa:Indicadores socais e políticos dos últimos 10 anos

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Fim