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R m Revismarket O mercado Electro em revista Os acontecimentos mais marcantes dos últimos 2 anos Olhar para o passado para preparar o futuro www.rmelectro.com Dossier Especial Natal Trimestral • Outubro/Novembro/Dezembro 2012 • n.º 48 • Distribuição gratuita

Revismarket- nº 48- 2012

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Revismarket- nº 48- 2012

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RmRevismarket O mercado Electro em revista

REVISMARKET

Os acontecimentos mais marcantes

dos últimos 2 anos

Olhar para o passado para preparar o futuro

www.rmelectro.com

Dossier Especial Natal

Trimestral • Outubro/Novembro/Dezembro 2012 • n.º 48 • Distribuição gratuita

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[ Editorial ][ Ficha Técnica ]

N.º 48 Outubro/Novembro/Dezembro 2012

www.rmelectro.com

Propriedade:Revismarket - Edição de Publicações, Lda.Rua Peixinho Júnior, N.º 2, 1.º E2770-135 Paço de ArcosTel.: +351 214 413 277Fax: +351 214 413 478

Editor:Jorge [email protected]

Direcção:Cidália [email protected]

Redacção:Carina [email protected]

Área Comercial:[email protected]@revismarket.com

Paginação:[email protected]

Impressão:MulembeiraRua Vasco da Gama, nº. 362685-244 Portela de Loures

Distribuição gratuita e por assinatura

Tiragem: 3.000 exemplares

Depósito Legal n.º 236.204/05

Publicação registada no Instituto da Comunicação

Social com o n.º 124843

Interdita a reprodução total ou parcial de textos, fotografias e ilustrações, salvo autorização expressa e por escrito.

Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.

A Rm-Revismarket afirma a sua independência em relação a todos os poderes, inclusive, as entidades que a patrocinam e apoiam, sendo apenas responsá-vel perante os seus leitores.

A Rm-Revismarket não se responsabiliza por erros de texto ou imagem fornecidos para publicação após a aprovação e revisão de provas.

H

Cidália RibeiroDirectora

á dias fui convidada pela maior cadeia do mercado português para fazer uma apresentação sobre o que achava ser o futuro deste sector. Ora, enfrentei o que costumo chamar de “um belo bico de obra”. Como se diz aos nossos ouvintes

que o futuro próximo passa exactamente por alterar de forma drástica a maior parte do que estão hoje a fazer, sem parecer mal educada? Com sinceridade e fundamentando as razões que me levam a esta opinião... Relatando factos e exemplos do mundo inteiro e de Portugal. O artigo de destaque desta edição tem exactamente esse objectivo, o de relatar exemplos e juntá-los todos numa peça que resume os últimos dois anos, para que todos possam fazer esse mesmo exercício: analisar o passado e o presente e questionar-se sobre o futuro. Cada um tirará daqui as suas próprias opiniões e ilações e poderá pôr em prática o caminho em que acredita. Não há certezas, não há receitas, não há soluções milagrosas para enfrentar um futuro que se avizinha bem difícil e complicado. Na minha opinião, há apenas uma certeza: temos de alterar o nosso modus operandi habitual, porque o mundo mudou. Temos de pensar em novos caminhos e novas ideias que nos permitam enfrentar o futuro imediato e so-breviver ao mesmo. Nesta altura, é disto mesmo que se trata, de sobrevivência, de não desistir e manter-se em actividade sem hipotecar o futuro. O cenário não é optimista, muito pelo contrário, mas acredito também que temos um trunfo fabuloso, a nossa fantástica capacidade de adaptação e resiliência. Acredito que é nela que vamos buscar a criatividade e coragem necessárias para alterar as nossas empresas, para as virar do avesso, fazendo coisas que seriam impensáveis há uns anos mas que são imprescindíveis hoje em dia. Uma coisa é certa, em tantos anos de trabalho, nunca vivenciei uma época com tanta criatividade e novas ideias. Acabaram-se as “ver-gonhas” de fazer diferente, os medos de inovar, uma série de amarras que nos prendiam ao passado e ao hábito de “parecer bem”. Agora, sim, é a época em que só ficam os que têm capacidade de mudança. Da minha parte, espero fazer parte desse mesmo grupo e manter-me por cá mais uns tempos, podendo continuar a escrever os meus pensamentos para muitos dos que me dão a alegria de os ler. Será sinal de que estaremos cá todos em actividade num futuro próximo. E estaremos todos mais fortes e mais sábios. Pelo menos, é essa a minha es-perança e o objectivo pelo qual trabalho diariamente. O que me faz dar o máximo todos os dias ao presente.Desejo a todos um excelente final de ano e até 2013!

Nota da redacção:A Rm-Revismaket informa os seus leitores que optou por manter a grafia pré acordo ortográfico nas suas edições em papel e online.

“A verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente.”

- Albert Camus

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[ Índice ]

Tema de capa Os acontecimentos mais marcantes dos últimos dois anos 6Uma novela chamada Best Buy ou o fim da era das lojas “big box”? 12Pequenos domésticos vão às compras 16O consumidor profissional 18

Marcas chinesas à conquista dos mercados internacionais 20

América Latina ultrapassa a Ásia nos electrodomésticos 24

Como se decide a compra de um smartphone? 28

Um tablet no sapatinho 34

Portugueses compram menos produtos de entretenimento 36

Dossier especial Natal:Produtos e campanhas 39Portugueses vão gastar menos no Natal 46Mensagens de Boas Festas 48

Marcas chinesas à conquista dos mercados internacionais

América Latina ultrapassa a Ásia nos electrodomésticos

Como se decide a compra de um smartphone?

Portugueses compram menos produtos de entretenimento

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Uma viagem pelos acontecimen-tos mais marcantes de 2011 e 2012 passa, inevitavelmente, por relatos de empresas em di-

ficuldades, pela comunicação de resulta-dos menos positivos, pelo encerramento de lojas e por despedimentos, mas tam-bém por novas estratégias, pela diversifi-cação de serviços e ofertas e pela aposta em novos conceitos, numa clara demons-tração de resiliência das empresas. Iniciemos, então, esta viagem com o balanço de 2011, ano em que a palavra austeridade passou, definitivamente, a fazer parte do léxico dos portugueses, que a começaram a sentir, de forma mui-to particular, no seu bolso. As medidas impostas pelo Governo para controlar o défice condicionaram o comportamento do consumidor que, num cenário marca-do por taxas de desemprego elevadas, se tornou ainda mais prudente. Em 2011, 47 por cento dos portugueses inquiridos pelo Observador Cetelem previa aumen-tar a sua poupança, uma percentagem mais elevada do que em 2010 (45%). Em termos de despesas apenas 32 por cen-to tinha pretensões de as alargar. Con- ‘‘

Texto: Carina RodriguesFotos: DR

Em 2011, 47 por cento dos portugueses inquiridos pelo Observador Cetelem previa aumentar a sua poupança, uma percentagem mais elevada do que em 2010 (45%). Em termos de despesas, apenas 32 por cento tinha pretensões de as alargar. Conse-quentemente, perante este refrear do consumo, as vendas de produtos tecnológicos ressentiram-se. Segundo a GfK Portugal, observou-se uma quebra de dois dígitos, fechando-se 2011 com 2.387 milhões de euros (-13,2%) e com todos sectores em análise a apresentarem resultados negativos.

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[ Destaque ]

sequentemente, perante este refrear do consumo, as vendas de produtos tecno-lógicos ressentiram-se. Segundo a GfK Portugal, observou-se uma quebra de dois dígitos, fechando-se 2011 com 2.387 milhões de euros (-13,2%) e com todos sectores em análise a apresentarem re-sultados negativos. Com esta quebra nas vendas, não é de

Os acontecimentos mais marcantes dos últimos 2 anos

“Se queres conhecer o passado, examina o presente que é o resultado; se queres conhecer o futuro, examina o presente que é a causa”. - Confúcio

Confúcio disse que para pre-ver o futuro dever-se-ia olhar para o passado. E é isso que propomos fazer nesta últi-ma edição de 2012. Sente-se confortavelmente e aceite o nosso convite para uma via-gem pelos acontecimentos que marcaram os últimos dois anos do sector Electro. Dois anos onde a tal da crise, que já cá andava desde 2008/2009, fez sentir de forma mais forte os seus efeitos. Dois anos mar-cados sobretudo por palavras com conotação negativa, como austeridade, desemprego, desinvestimento, prejuízos e falências. Dois anos onde o sector da distribuição inverteu a tendência de criação de em-prego que lhe era reconhecida, encerrando lojas, desinves-tindo, saindo de mercados e refreando os seus projectos de expansão. Dois anos onde os fabricantes se debateram com dificuldades em manter os re-sultados, mas tentando, mes-mo assim, agitar as águas com propostas tecnológicas arro-jadas e inovadoras. Dois anos onde se verificaram alguns negócios importantes, com as empresas melhor posicionadas a aproveitarem a conjuntura para adquirir outros “players” estratégicos. E, acima de tudo, dois anos que viram nascer um novo consumidor, transforma-do num verdadeiro perito, mais racional nas suas decisões e com hábitos de consumo com-pletamente distintos.

Olhar para o passado

para preparar o futuro

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‘‘ A Sonae, através da Worten, assumiu um compromisso de longo prazo no mercado espanhol, onde está desde 2008, após a aquisição das lojas que a Boulanger tinha no país. A Worten tem vindo, sucessivamente, a ampliar a sua rede, até mesmo adquirindo activos de empresas que, entretanto, desinvestiram deste mercado. Em 2011 fechou um acordo com a Dixons para a transferência de oito lojas PC City.

‘‘estranhar que as empresas de distribui-ção tenham, também elas, comunicado resultados menos positivos. Por exemplo, o negócio de retalho especializado da So-nae terminou 2011 com uma quebra de 2,9 por cento face ao ano anterior, caindo para 1,235 mil milhões de euros. Em Por-tugal, as vendas diminuíram cerca de 13 por cento, o que foi apenas parcialmente compensado pelo crescimento de 43 por cento nos mercados internacionais. Es-panha representou 25 por cento do total das vendas da Sonae SR em 2011.

Crescer fora de portasConfrontadas com as dificuldades de crescimento no seu mercado de origem, as empresas de distribuição portuguesas, nomeadamente a Sonae e a Jerónimo Martins, têm vindo a apostar na sua inter-nacionalização, abordando novos merca-

[ Destaque ]

dos que lhes permitam alargar a base de clientes e dinamizar as vendas. A Sonae, através da Worten, assumiu um compromisso de longo prazo no mercado espanhol, onde está desde 2008, após a aquisição das lojas que a Boulanger tinha no país. A Worten tem vindo, sucessiva-mente, a ampliar a sua rede, até mesmo adquirindo activos de empresas que, en-tretanto, desinvestiram deste mercado. Em 2011 fechou um acordo com a Di-xons para a transferência de oito lojas PC City, operação que substituiu uma parte do plano de expansão orgânica previsto, com vantagens ao nível do investimento e da velocidade na concretização. Mas não é só da Worten e do mercado es-panhol que é feito o negócio internacional da Sonae. A empresa tem vindo, paulati-namente, a entrar em novos destinos, mo-vimento que se intensificou nestes últimos dois anos. Turquia, Egipto, Cazaquistão, Líbano e Malta fazem já parte do mapa da Sonae que, entretanto, também vai abrir hipermercados em Angola e ampliar a sua presença na América Latina. Este merca-do é, de resto, de igual modo estratégico para a Jerónimo Martins, que irá abrir as suas primeiras lojas na Colômbia até Mar-ço, mercado onde quer entrar para o top 3

em cinco anos. A Jerónimo Martins anun-ciou até que, caso esta experiência seja bem sucedida, poderá expandir-se para outro país da América Latina.

Encerramentos e despedimentosMas enquanto algumas empresas inves-tem, outras fazem o movimento contrário, abandonando mercados, encerrando lojas e, consequentemente, anunciando despedimentos colectivos. Muito recen-temente, o Carrefour vendeu as suas operações na Malásia à japonesa AEON, por 250 milhões de euros. Negócio que se enquadra na estratégia de se focar nas suas actividades “core” e concentrar os seus recursos nos países onde detém posições fortes e consolidadas e nos emergentes com elevado potencial de crescimento. Foi também neste sentido que anunciou a saída de Singapura e da Colômbia e transferiu as suas operações na Grécia para um modelo de “franchi-sing”. Da Grécia saiu também a Saturn, pressionada por uma descida de 25 por cento nas vendas, em dois anos, que deixou pouca margem para os lucros das insígnias da Media-Saturn. Foram, assim, fechadas duas das suas lojas e as outras três transferidas para a Media Markt. Esta

“Se queres conhecer o passado, examina o presente que é o resultado; se queres conhecer o futuro, examina o presente que é a causa”. - Confúcio

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[ Tendências de mercado ] [ Destaque ]

estratégia de “rebranding” foi também le-vada a cabo muito recentemente na Hun-gria e poderá ainda ser implementada na Suíça e na Rússia. O desinvestimento em mercados é nor-malmente acompanhado da redução das redes de lojas. A Staples, por exemplo, anunciou este ano o encerramento de 45 pontos de venda e de algumas operações de negócio directo no mercado europeu. Já o grupo britânico Darty, dono das lojas Menaje del Hogar, pondera abandonar o sul da Europa e está a rever todos os seus negócios, incluindo as 45 lojas que tem em Espanha. Nos seus planos de reestruturação consta uma necessidade de reduzir os custos em 20 milhões de eu-ros ao ano, o que poderá acarretar o aban-dono do mercado espanhol ou italiano. Portugal tem também a sua quota deste tipo de notícias. Em Julho do ano passa-do foi conhecida a decisão da Jerónimo Martins de encerrar as 21 lojas Electric Co, abandonando este conceito de reta-lho especializado no âmbito do foco es-tratégico na área alimentar. A marca Elec-tric Co manteve-se apenas vocacionada para pequenos domésticos à venda nas lojas Pingo Doce. Em Coimbra, a Rádio Popular encerrou em Dezembro uma das suas duas lojas e em Junho deste ano foi a vez do AKI encerrar nesta cidade o pon-to de venda localizado no Centro Comer-cial Dolce Vita – Euro Stadium. O grupo ADEO, ao qual pertence a insíg-nia AKI, garantiu a colocação de todos os colaboradores da loja na Leroy Merlin de Coimbra, mas sorte diferente tiveram os 23 trabalhadores da Moviflor de Vila Nova de Famalicão, fechada em Fevereiro, e os afectados pelas reestruturações no Gru-po Os Mosqueteiros, com a reorganiza-ção da sua direcção comercial alimentar, que resultou na redução de 46 postos de trabalho, e na Makro e na Media-Saturn, ambas com a unificação das estruturas

de Portugal e Espanha. No caso da Me-dia-Saturn, foi desencadeada uma acção de despedimento colectivo de 43 colabo-radores da sua sede em Portugal, cerca 78 por cento da força de trabalho

Novas ofertas e conceitosNa generalidade dos casos, estas medi-das fazem parte de planos estratégicos com o objectivo de acelerar o crescimento e reduzir os custos, nos quais também se integram a expansão da gama e da oferta de serviços e o aumento do investimento no online e no “mobile” para potenciar a experiência de compra do cliente mul-ticanal. No caso do aumento da gama, veja-se a Fnac que passou a vender pe-quenos domésticos, nomeadamente no site português. Já a Media-Saturn lançou as suas marcas exclusivas, gama que foi este ano ampliada. Os primeiros passos foram dados com a marca ok, marcada-mente de primeiro preço, e com a Koenic,

posicionada no segmento Premium. Um ano depois foram introduzidas as marcas Peaq, dedicada à electrónica de consu-mo, e ISY, com uma oferta de acessórios. Com estas quatro marcas, a Media-Sa-turn garante cobrir todos os segmentos de preço.Do lado dos fabricantes, nota para a en-trada da Panasonic e da HAEGER em novas áreas de negócio, designadamen-te a linha branca, e para a aposta da Mei-reles no encastre. Já na ampliação da oferta de serviços, o Continente tem sido particularmente dinâ-mico, tendo lançado, nestes últimos dois anos, soluções tão díspares que vão des-de os serviços de transferência de dinhei-ro aos produtos de poupança, passando ainda pelo “self-service” de lavagem auto-

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O desinvestimento em mercados é normalmente acompanhado da redução das redes de lojas. A Staples anunciou este ano o encerramento de 45 pontos de venda e de algumas operações de negócio directo no mercado europeu. Já o grupo britânico Darty, dono das lojas Menaje del Hogar, pondera abandonar o sul da Europa. Portu-gal tem também a sua quota deste tipo de notícias. Em Julho do ano passado foi conhecida a decisão da Jerónimo Martins de encerrar as 21 lojas Electric Co.

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[ Tendências de mercado ]

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[ Destaque ]

móvel e pelo pediatra online. No que toca ao online, confirmou-se a noção de que a Internet está realmente a mudar os hábitos de consumo e a abrir novos caminhos e oportunidades de de-senvolvimento e crescimento das empre-sas. Nestes dois anos foram várias as in-vestidas nesta área, com o destaque a ter de ir, claramente, para a Media-Saturn, que adiou por longo tempo a entrada nes-te canal, concretizada em Março de 2011,

com a aquisição da Redcoon, um dos líderes mundiais na venda online de pro-dutos de electrónica de consumo. Com esta aquisição, a “holding” acelerou a sua estratégia de expansão online, acrescen-tando ao seu portfólio um “pure player” que aportou à Media Markt e à Saturn o conceito de multicanal. Esta oferta ainda não chegou ao mercado português, mas outros “players” já ampliaram as suas pro-postas online para o consumidor nacional. A IKEA, por exemplo, apoiou-se no online para chegar a localizações onde não tem lojas físicas, como os Açores, a Madei-ra e Porto Santo. Por sua vez, o Grupo Auchan passou a potenciar a área elec-tro através da BOX Online e o El Corte Inglés alargou o serviço de venda online aos produtos de electrónica.Outra das apostas da distribuição nestes dois últimos anos são novos conceitos de negócio. A Jerónimo Martins e a Sonae, depois de muitos anos a privilegiarem as grandes e médias superfícies, come-çaram a investir na área do comércio tradicional, com as mercearias Amanhe-cer e Meu Super, respectivamente. A Sonae, que entretanto fundiu o Modelo e o Continente, lançou ainda uma área de negócio dedicada ao retalho grossista, o Continente Horeca, que tem por objectivo

‘‘ No que toca ao online, confirmou-se a noção de que a Internet está a mudar os hábitos de consumo e a abrir novos caminhos. Nestes dois anos foram várias as investidas nesta área, com o destaque a ter de ir, claramente, para a Media-Saturn, que adiou por longo tempo a entrada neste canal, concretizada em Março de 2011, com a aquisição da Redcoon. Por sua vez, o Grupo Auchan passou a potenciar a área electro através da BOX Online e o El Corte Inglés alargou o serviço de venda online aos produtos de electrónica.

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[ Destaque ]

a satisfação das necessidades de clien-tes profissionais de hotelaria, restaura-ção, instituições públicas e privadas. Na área do retalho especializado, a Audilar inaugurou um novo conceito de loja em Portugal, a venda de electrodomésticos Express, satisfazendo a apetência dos clientes pela compra de produtos inova-dores, ao melhor preço e que não exijam deslocações desnecessárias.

Acontecimentos mais marcantesMuitos outros acontecimentos fizeram a história dos últimos dois anos. A já lon-ga “novela” sobre as taxas cobradas em compras efectuadas com cartões contou este ano com um novo capítulo, quando a Autoridade da Concorrência (AdC) veio dizer não encontrar provas suficientes de violação das regras da concorrência. Isto após a Associação Portuguesa de Em-presas de Distribuição (APED) ter consi-derado abusivas as práticas da banca, ao cobrarem taxas muito superiores à média europeia e ao substituírem os cartões de débito por cartões de débito diferido (que

‘‘ Nestes últimos dois anos, concretizaram-se tam-bém alguns negócios assinaláveis. Destaque para a compra dos direi-tos de uso da marca Braun pela De’longhi, para a aquisição da Topcom pela Tristar e da Princess pela WMF, para a compra da par-ticipação da Ericsson na Sony Ericsson por parte da Sony e das lojas Schlecker em Portugal e Espanha pelo Grupo DIA.

‘‘ anti-concorrenciais, devido às comissões interbancárias multilaterais que são re-percutidas nos retalhistas.Outra “novela”, a da abertura das gran-des superfícies aos domingos e feriados, viu novos desenvolvimentos em 2011 quando os municípios de Almada e Viana do Castelo confirmaram a intenção de a impedir, o que levou algumas insígnias a instaurar processos contra estas autar-quias. 2011 fica marcado pelo regresso da Moulinex ao mercado português através do Grupo SEB, ao passo que 2012 é relembrado pelo “apagão” do analógico, finalizado a 26 de Abril. Processo longe de ser pacífico e que, segundo a DECO, foi imperfeito, até porque, ao contrário de outros países, a oferta de canais não me-lhorou, ficando apenas os quatro já gra-tuitos. Nestes últimos dois anos, concretizaram-se também alguns negócios assinaláveis. Destaque para a compra dos direitos de uso da marca Braun pela De’longhi, para a aquisição da Topcom pela Tristar e da Prin-cess pela WMF, para a compra da partici-pação da Ericsson na Sony Ericsson por parte da Sony e das lojas Schlecker em Portugal e Espanha pelo Grupo DIA. A terminar, uma nota para alguns ani-versários, celebrados em 2011 e 2012, que testemunham a longevidade e a ca-pacidade de resistência das empresas, nomeadamente os 20 anos do Golden Club da Balay, uma década de El Corte Inglés, os 15 anos da Staples e os 100 anos da Bosch em Portugal, meio século do Grupo Auchan e da Prolar, os 80 anos da António Meireles e o centenário da Whirlpool.Imagem da campanha que assinalou a entrada da Worten em Espanha em 2008

são cobrados como se fossem de crédito, com valores mais elevados) e do Tribu-nal de Justiça da União Europeia (UE) ter condenado a Mastercard por práticas

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POTÊNCIA MÁXIMA

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[ Mercado Case study ]

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Os resultados da Best Buy em 2012 têm sido sempre nega-tivos. No segundo trimestre, o lucro líquido caiu 91 por cento,

para os 12 milhões de dólares, valor que compara com os 150 milhões de dólares do período homólogo de 2011. Isto após um primeiro trimestre também no verme-lho, com o lucro líquido a cair 26 por cen-to para os 158 milhões de dólares.Estes resultados foram claramente afectados pelo actual plano de reestru-turação da empresa, incluindo o encer-ramento de algumas lojas, bem como o desinvestimento em alguns mercados, nomeadamente a China e a Turquia, logo nos primeiros meses de 2012. Mais recentemente, a Best Buy confirmou o encerramento das suas 11 lojas no Rei-

no Unido, alegando a falta de alcance nacional para poder beneficiar de eco-nomias de escala. A Best Buy é aqui um exemplo paradig-mático do que se está a passar no reta-lho especializado de electrodomésticos e electrónica de consumo, desafiado por uma paisagem tecnológica em mutação, tanto ao nível das categorias de produto vendidas como na tipologia de cliente. Com a conectividade móvel em constante crescimento, os consumidores podem ir às lojas tomar contacto e testar os produ-tos e, sem sequer saírem dali, pesquisar na Internet pelo melhor preço e concluir a compra num retalhista completamente diferente. Cerca de metade dos consu-midores inquiridos numa pesquisa feita pela Harris Interactive confirmou fazê-lo,

contribuindo para a ascensão deste fe-nómeno, conhecido por “showrooming”, que se está a tornar num verdadeiro pe-sadelo para os retalhistas. Por outro lado, as categorias mais estra-tégicas para as insígnias como a Best Buy, caso da televisão, estão a dar mos-tras de abrandamento, dificuldade a que acrescem as margens cada vez mais es-magadas. De acordo com as previsões da NPD DisplaySearch, o crescimento em 2013 será nulo, depois de uma que-bra de mais de quatro por cento este ano, transversal a todas as categorias de televisão.

Texto: Carina RodriguesFotos: DR

Uma novela chamada Best Buy ou o fim da era das lojas “big box”?

A notícia fez manchete nos principais meios de comunicação da especiali-dade em Abril: o CEO da Best Buy, Brian Dunn, comunicou a sua demissão depois de 28 anos na empresa. O anúncio seguiu-se poucos dias depois da Best Buy ter revelado um plano de redução de custos, num corte de cer-ca de mil milhões de dólares ao longo de quatro anos, que contemplava o encerramento de 50 lojas, sobretudo as de grande dimensão, e a eliminação de cerca de 2.400 postos de trabalho. Plano este que culminou na saída dos mercados chinês e turco e no fecho das 11 “mega stores” Best Buy no Rei-no Unido. 2012 tem sido, de facto, um ano bem complicado para a retalhis-ta norte-americana, que tem consecutivamente reportado quebras massivas nos seus resultados. Sinais de que precisa urgentemente de repensar o seu modelo de negócio, mas, mais que isso, uma mensagem clara para todo o retalho especializado: a era das chamadas lojas “big box”, tal como as conhecemos, parece ter mesmo chegado ao fim.

Olhar para o passado

para preparar o futuro

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[ Mercado Case study ]

‘‘ A nível nacional, este ano fica marcado pelo “desaparecimento” da Vobis, a insígnia de material informático da Sonae, que foi integrada na Worten. Esta estratégia de “rebranding” está também a ser usada internacionalmente pela Media-Saturn, transformando várias lojas Saturn em Media Markt. De resto, a “holding” do Grupo Metro tem estado, nestes últimos dois anos, activamente a optimizar o seu “portfólio” de lojas. No mercado espanhol fechou alguns pontos de venda Saturn, depois da muito comentada venda da sua operação em França. Em Portugal, foi encerrada uma loja Media Markt, a do Porto Plaza.

‘‘Todas estas tendências estão a causar uma dirsupção no mercado que afecta de forma indiscriminada todo o retalho e, muito especialmente, as grandes estru-turas, incapazes de gerar os volumes de crescimento que outrora as alimentavam e suportavam os seus custos. Em Por-tugal, segundo a Associação Portugue-sa de Empresas de Distribuição (APED), entre Janeiro de 2011 e Março passado, foram encerradas 37 lojas da distribui-ção moderna, claramente em contraciclo com a expansão dos últimos anos. Das 37 que fecharam, 21 pertenciam ao mer-cado não alimentar.

Empresarialmente falando, o sector do retalho tem dado que falar, e muito, nos últimos dois anos e meio. A crise veio proporcionar um terreno fértil para toda uma série de movimentações que mudaram radicalmente o panorama da distribuição. Veja-se, por exemplo, as falências de dois históricos do retalho especializado, a Miró em Espanha e a Singer em Portugal.A nível nacional, este ano fica marcado pelo “desaparecimento” da Vobis, a in-sígnia de material informático da Sonae, que foi integrada na Worten. Esta estra-tégia de “rebranding” está também a ser usada internacionalmente pela Media-Saturn, para se ajustar aos maiores ní-veis de competitividade dos mercados. Recentemente, na Hungria, os pontos de venda Saturn foram convertidos em Media Markt e o mesmo poderá aconte-cer com as lojas russas e suíças antes do final do ano.

De resto, a Media-Saturn tem estado, nestes últimos dois anos, activamente a optimizar o seu “porfólio” de lojas. No mercado espanhol, fechou alguns pon-tos de venda Saturn, consequência da sua fraca rentabilidade e do impacto da crise sobre o negócio, depois da muito comentada venda da sua operação em França ao HTM Group, dono da Bou-langer. Em Portugal, foi encerrada uma loja Media Markt, a do Porto Plaza, por decisão unânime dos accionistas. O fim da actividade comercial desta loja, com 3.500 metros quadrados e aberta desde 2007, implicou o despedimento colectivo de todos os colaboradores e a rescisão de todos os serviços contratados.

Reinventar modelos de negócioMargens diminuídas, tráfego de clientes e facturação cada vez menores, competi-tividade acrescida. É este o cenário com

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[ Destaque ] [ Destaque ]

o qual o retalho lida diariamente. A solu-ção passa por reinventar os modelos de negócio e pela necessária reestruturação dos operadores. No mesmo instante em que anunciaou o encerramento de 50 grandes lojas, a Best Buy confirmou que iria abrir cerca de 100 mais pequenas, numa nota de ajustamento a uma realida-de que parece, cada vez mais, incontor-nável: a do fim do domínio das chamadas “big box”. A tónica está agora colocada nos pequenos e médios formatos, o que na Best Buy é visível pela vontade em du-plicar a rede Best Buy Mobile até 2016. E desengane-se quem pensa que esta tendência é exclusiva dos retalhistas es-pecializados. Veja-se a Wal-Mart, a maior empresa de retalho do mundo, que tam-bém planeia abrir 100 lojas de menores dimensões. E veja-se o Grupo DIA, que comprou recentemente a operação por-tuguesa e espanhola da falida Schlecker, numa aposta nos formatos complemen-tares e de proximidade.O futuro depende, assim, de um ne-cessário reajustamento dos “players” da distribuição. Uma das vias é este redimensionamento das redes de lo-jas, focando-se em formatos de menor dimensão mas que, apoiados em in-sígnias de projecção nacional ou inter-nacional, têm uma forte influência local e, obviamente, cadeias de custos mais competitivas e flexíveis, que lhes per-mitem diferenciar-se da concorrência por algo mais que o preço.

Outra das vias é enverederar por con-ceitos e modelos de gestão completa-mente distintos. A Fnac, por exemplo, abriu recentemente em França a sua primeira loja em regime de “franchi-sing”. A retalhista francesa, que foi fi-nalmente colocada à venda pelo Gru-po PPR (que também já se “desfez” da Conforama, vendendo-a a sul-africana Steinhoff International Holdings por 1,2 mil milhões de euros), tem-se debatido com as sucessivas quebras do mer-cado de produtos de entretenimento, numa média de dois por cento ao ano desde 2006. Depois de anunciar uma série de medidas de redução de cus-tos, no valor de 80 milhões de euros, que passam pelas “tradicionais” su-pressões de postos de trabalho e pela eliminação das redundâncias, a Fnac iniciou também uma transformação do seu negócio. Este vai assentar num modelo multicanal feito, em parte, por

“franchisados”. Os pontos de venda te-rão entre 300 a 2.000 metros quadra-dos e os mais pequenos não venderão os grandes artigos de electrónica, no-meadamente televisões. A Fnac ga-rante que já encontrou 60 localizações para este modelo, esperando atingir os 50 pontos de venda em 2015. Muitas destas localizações serão lojas já exis-tentes transferidas para o regime de “franchising”. A Fnac também espera expandir o seu negócio multicanal, cada vez mais im-portante nas suas vendas. Esta é, de resto, a estratégia seguida por vários “players”, que encontram na Internet um canal que lhes permite compensar, em parte, as quebras observadas nas lojas físicas. Mesmo os mais “reniten-tes” e que adiaram, por mais tempo, a entrada nesta área, como a Media-Saturn, estão já a colher benefícios da apetência cada vez maior, por parte do consumidor, em comprar neste canal. Os resultados recentemente publica-dos e referentes aos primeiros nove meses de 2012 confirmam-no, com as vendas da Media-Saturn a cresce-rem dois por cento, para os 14,3 mil milhões de euros, e com parte deste crescimento a dever-se ao negócio on-line, que evoluiu muito positivamente, para os 480 milhões de euros, graças à aquisição da Redcoon no ano passa-do e ao lançamento, bem sucedido, de várias ofertas multicanal.

‘‘ A Fnac abriu recentemente em França a sua primeira loja em regime de “franchising”. A retalhista francesa, que foi finalmente colocada à venda pelo Grupo PPR, iniciou uma transfor-mação do seu modelo de negócio. Este vai assentar num modelo multicanal feito, em parte, por “franchisados”

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[ Mercado Case study ]

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Os principais produtores de pequenos domésticos têm estado bastante activos nos últimos anos. Em 2009, a

Salton fundiu-se com a Russell Hobbs que, por sua vez, foi integrada na Spec-trum Brands, criando uma nova empre-sa de bens de consumo com receitas anuais estimadas em três mil milhões de dólares. A junção destas duas em-presas resultou numa nova companhia, com uma nova unidade de negócios de electrodomésticos que inclui marcas como a George Foreman, Russell Hobbs, Black & Decker, Toastmaster, LitterMaid, Remington, Rayovac, VARTA, Hot Shot, Cutter e Repel, entre outras. Um ano depois, a Spectrum Brands escalava no ranking dos fabricantes, saltando do oi-

tavo para o quarto lugar.2010 foi, de resto, particularmente ani-mado, com a aquisição, por parte do Grupo SEB, da chinesa Supor e com a Panasonic a comprar a divisão de elec-trodomésticos da Sanyo. Já em 2011 a Philips assumiu o controlo e a gestão, no mercado português, da marca Saeco no que respeita ao negócio das máquinas de café para uso doméstico. Terminava, assim, um processo iniciado em Junho de 2009, com a compra, por parte da Philips, da Saeco, que resultou na inte-gração desta na unidade de negócio de pequenos domésticos do sector Philips Consumer Lifestyle e na criação de uma nova marca para o mercado do café, a Philips Saeco. Mas este ano de 2012 fica também mar-

cado por um negócio de grande enver-gadura, com a De’Longhi a assegurar os direitos de uso da marca Braun em algu-mas categorias, nomeadamente ferros de engomar, cozinha e outros produtos de menor peso. O acordo de licença vita-lícia, que contempla ainda a aquisição de alguns activos de produção detidos pela Procter & Gamble na Alemanha, pressu-põe o pagamento de 50 milhões de eu-ros, acrescidos de outros 90 milhões ao longo dos próximos 15 anos. A De’Longhi irá ainda pagar uma quantia variável, com base nas vendas da Braun, ao longo dos primeiros cinco anos do acordo.

Crescer através de aquisiçõesEstes negócios têm permitido aos fabri-cantes de pequenos domésticos diver-

Texto: Carina RodriguesFotos: Ambiente

Pequenos domésticos vão às comprasA consolidação é uma realidade inegável no mercado dos pequenos domésticos. Os dados da consultora Euromo-nitor mostram que em 2011 os dez principais fabricantes representavam 39 por cento do volume de vendas, com-parativamente aos 35 por cento que lhes cabia em 2006. Para contrariar as dificuldades de crescimento orgânico, as empresas de pequenos domésticos têm ido às compras, sobretudo nos mercados emergentes.

Principais fabricantes de pequenos domésticos: quota de vendas total por região em 2011 (%)

Koninklijke PhilipsElectronics NV

Procter & Gamble Co,TheGD MideaHolding Co LtdSpectrum BrandsHoldings Inc

SEB, Groupe

Fonte: Euromonitor

Olhar para o passado

para preparar o futuro

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[ Mercado Case study ]

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‘‘ 2010 foi particularmente animado, com a aquisição, por parte do Grupo SEB, da chinesa Supor e com a Panasonic a comprar a divisão de electro-domésticos da Sanyo. Já em 2011 a Philips assumiu o controlo e a gestão, no mercado português, da marca Saeco no que respeita ao negócio das máquinas de café para uso doméstico. Terminava, assim, um processo iniciado em Junho de 2009, com a compra, por parte da Philips, da Saeco, que resultou na integração desta na unidade de negócio de pequenos domésticos do sector Philips Con-sumer Lifestyle e na criação de uma nova marca para o mercado do café, a Philips Saeco. Mas este ano de 2012 fica também mar-cado por um negócio de grande envergadura, com a De’Longhi a assegurar os direitos de uso da marca Braun em algumas categorias.

Em 2009, a Salton fundiu-se com a Russell Hobbs que, por sua vez, foi integrada na Spectrum Brands, criando uma nova empresa de bens de consumo com receitas anuais estimadas de três mil milhões de dólares. Um ano depois, a Spectrum Brands escalava no ranking dos fabricantes, saltando do oitavo para o quarto lugar.

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sificar os seus “portfólios” e recursos de produção, mas também possibili-tam ampliar o seu alcance geográfico, dando-lhes acesso a novos consumi-dores em novos mercados. Mercados estes que têm permitido compensar a queda do consumo observada nos paí-ses desenvolvidos. O Grupo SEB, por exemplo, expandiu o seu negócio nos mercados emer-gentes através de aquisições. No ano passado, aumentou ainda mais a sua participação na Supor, comprou a colombiana Imusa e a Maharaja Ap-pliances na Índia. De acordo com a Euromonitor, a China é agora o maior

mercado para o grupo em termos de volume de vendas, sobretudo devido aos resultados da Supor. Neste país, as suas outras marcas, incluindo a Tefal e a Moulinex, também estão a construir a sua própria rede de dis-tribuição, através das cadeias Supor LifeStore e Home & Cook.A SEB detém uma quota de 5,3 por cento do mercado mundial de peque-nos domésticos. A sua presença geo-gráfica é relativamente diversificada, com os seus investimentos, em 2011 e 2012, a serem prioritariamente diri-gidos para a região da Ásia-Pacífico. A empresa entrou pela primeira vez no

mercado indiano em 2011, com a com-pra da Maharaja Appliances, e subiu no ranking vietnamita, da 22.ª para a sexta posição, graças à Vina Electric Fan Co. O grupo também está bem po-sicionado na América Latina, com uma quota de 17 por cento no maior merca-do regional, o Brasil.A Euromonitor sublinha que a SEB tem vindo a adoptar uma estratégia de bai-xos custos, fabricando agora 24 por cento dos seus produtos na região da Ásia-Pacífico. Adicionalmente, 28 por cento da sua produção é feita em “out-sourcing”, sobretudo na China.O desenvolvimento da sua própria rede de distribuição tem sido prioritário para a SEB. Em Janeiro, abriu a 1.000.ª loja Supor LifeStore, que também opera no Brasil e na Colômbia. A cadeia Home & Cook, ou a cadeia Tefal como é conhe-cida na Turquia, também vende online em alguns mercados, incluindo o Rei-no Unido.

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[ Mercado Case study ]

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Aausteridade em Portugal tem feito várias vítimas e uma delas tem sido o con-sumo. Com o aumento do

custo de vida, os portugueses, sobre-tudo os da classe média, têm visto a sua situação financeira degradar-se e consideram-se em pleno processo de empobrecimento. Sendo incom-patível conciliar os desejos e neces-sidades com o orçamento disponível, têm vindo a reajustar o seu padrão de consumo. Em 2011, o Observador Cetelem já havia constatado que as intenções de compra de electrodomésticos e elec-trónica de consumo estavam a des-cer. As análises de 2012 confirmaram essa tendência, com o mercado dos electrodomésticos a demonstrar uma descida de 10,1 por cento e o da li-nha castanha de 11,8 por cento. Tam-bém o orçamento médio por família diminuiu de 201 para 174 euros ao ano, no caso dos electrodomésticos, e de 278 para 238 euros ao ano, na electrónica de consumo. ‘‘

Texto: Carina RodriguesFotos: DR

Os lares portugueses foram menos dias às compras, mas em cada dia foram a mais lojas, com o objectivo de encontrar melhores negócios. Já nos bens duradouros, como os electrodomésticos, o Observador Cetelem 2011 confirmou um elevado nível de prudência, com quase metade dos consumidores a levar mais de um mês para decidir a compra.‘‘

O consumidor profissionalO “shopper” português mudo. No início da crise, adoptou desde logo um comportamento de contenção do consu-mo, mas mais influenciado pela pressão social e mediática. Nos últimos dois anos, contudo, o “medo” transformou-se em “realidade” e a crise esvaziou as carteiras. As compras de bens de consumo duradouro, como a electrónica e os electrodomésticos, foram sempre das mais adiadas, mas mesmo ao nível dos bens de grande consumo, como a alimentação, os lares portugueses revelam uma mudança comportamental.

barato. Ao nível do consumo, as cate-gorias do vestuário, do lazer e viagens e os combustíveis têm sido as mais sacrificadas, mas também a alimenta-ção sofreu cortes, com 32 por cento a admitir que tem vindo a diminuir a qualidade e a diversidade dos alimen-tos para que a factura seja o menor possível.Esta tendência no grande consumo é relativamente recente e confirma uma nova fase de adaptação à crise. Em 2010, 22 por cento dos lares portu-gueses tinha já grandes dificuldades, mas a grande maioria, contudo, ape-

Portugal é o país da Europa Ocidental onde os consumidores mais conside-ram ter reduzido o seu estilo de vida. A grande maioria dos portugueses prefere não avançar com projectos pessoais a curto prazo, optando por poupar ou esperar até encontrar mais

Olhar para o passado

para preparar o futuro

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[ Mercado Case study ]

‘‘ Em 2011, o Observador Cetelem já havia constatado que as intenções de compra de electrodomésticos e electrónica de consumo estavam a descer. As análises de 2012 confirmaram essa tendên-cia, com o mercado dos electrodomésticos a demonstrar uma descida de 10,1 por cento e o da linha castanha de 11,8 por cento. Também o orça-mento médio por família diminuiu de 201 para 174 euros ao ano, no caso dos electrodomésticos, e de 278 para 238 euros ao ano, na electrónica de consumo.

‘‘nas procurava gastar menos, pouco alterando os seus hábitos. De acordo com a Kantar Worldpanel, a altera-ção mais relevante foi a redução do consumo alimentar fora de casa, o que em contrapartida fez disparar o consumo dentro dos lares. Assim, em 2011 cresceram muito as categorias de “take away” e refrigerados como soluções alternativas e mais económi-cas que o consumo na restauração. O primeiro semestre de 2012 trou-xe, porém, algo de verdadeiramente novo. Algumas categorias conside-radas menos essenciais viram o seu consumo reduzido, ou até mesmo abandonado, e o canal Horeca foi no-vamente penalizado, mas a compra de bens alimentares intensificou-se ainda mais. Acontece, contudo, que, apesar dos produtos de grande con-sumo terem crescido 7,4 por cento em valor, ao que não será alheio o aumento do IVA, o volume comprado caiu 0,7 por cento. Por outro lado, o consumo é menos sofisticado, pri-vilegiando-se os produtos básicos, como os frescos e a mercearia sal-gada e doce, e reflectindo o padrão

que existia nos anos 80 e 90.

Mais perito que o peritoEm termos de comportamentos, existem também diferenças importantes e o con-sumidor optimiza o melhor que pode o processo de compra. No grande consu-mo, se em 2011 se verificava uma maior frequência na ida às lojas, o mesmo já não aconteceu no primeiro semestre deste ano. Os lares portugueses foram menos dias às compras, mas em cada dia foram a mais lojas, com o objectivo de encontrar melhores negócios. Já nos bens duradouros, como os elec-trodomésticos, o Observador Cetelem 2011 confirmou um elevado nível de prudência, com quase metade dos con-sumidores a levar mais de um mês para

decidir a compra. Esta deixou de ser decidida na loja, transformando-se num processo de informação e educação so-bre o produto que se pretende adquirir. Mais perito que o perito, em compras de valores significativos e relativamente às quais o consumidor é particularmente exigente, a compra impulsiva já não se verifica, analisando-se a oferta e ama-durecendo-se a decisão. A edição de 2011 do Observador tam-bém mostrou que o preço é o factor que mais atrai os consumidores por-tugueses e que há pouca fidelização a marcas. Neste contexto económico difícil, os portugueses regressaram ao fundamento primordial do consumo em que uma boa compra é, antes de mais, uma boa relação qualidade-preço.

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AGD Midea tem um objectivo muito claro: ser um “player” internacional, com uma es-tratégia multi-marca e uma

presença baseada em categorias. De acordo com a Euromonitor, a em-presa tem perseguido este objectivo apostando em aquisições estratégi-cas e no estabelecimento de “joint-ventures”, ao longo dos últimos 20 anos, mas é inegável que é no seu mercado de origem que reside a sua força. Fundada em 1968, em Shunde, a GD Midea estabeleceu-se com uma es-tratégia assente numa única marca, a Midea, comum a todas as catego-rias de produtos, dos pequenos aos ‘‘

Um dos principais objectivos da GD Midea é que as suas marcas estejam próximas dos clientes, respondendo de forma rápida, flexível e inovadora às suas necessidades. Foi desta forma que conquistou a sua posição na China e é também esta a fórmula com que pretende abraçar os mercados internacionais.‘‘

Marcas chinesas à conquista dos mercados internacionais

A GD Midea é, de acor-do com a Euromonitor, o

segundo maior fabricante mundial de electrodomés-ticos, apesar da presença

relativamente modesta fora da China, o seu mercado

doméstico, onde construiu uma posição sólida, não

obstante a oposição do seu concorrente mais directo,

a Haier. Contudo, com o mercado chinês a dar

mostras de abrandamento, coincidindo com o fim dos programas de subsidiação

do governo, a GD Midea olha agora com atenção

redobrada para o exterior, não querendo arriscar-se a ser um “player” mono-mercado. Alguns passos

já foram dados, sobretudo na direcção da Índia e da

América do Sul, através de “joint-ventures” na área do

tratamento do ar.

[ Mercado Empresas ]

grandes domésticos, do segmen-to de consumo ao profissional e do Premium à entrada de gama. Foi só após a integração da divisão de lava-gem de roupa que a empresa adop-tou uma estratégia multi-marca nesta categoria, com a Little Swan para o topo de gama e a Rongshida no po-sicionamento oposto. Mesmo assim, a Midea é única com uma presença significativa fora do mercado chinês, não obstante o grupo deter mais de dez marcas e 19 filiais no estrangei-ro, incluindo seis a nível europeu, nomeadamente Rússia, França, Itá-lia, Espanha, Alemanha e Holanda. A empresa está activamente empenha-da na globalização das suas opera-

ções, com a abertura de unidades de operação no Vietname, Bielorrússia e Egipto. Um dos principais objectivos da GD Midea é que as suas marcas estejam próximas dos clientes, respondendo de forma rápida, flexível e inovado-ra às suas necessidades. Foi desta forma que conquistou a sua posição na China e é esta também a fórmula com que pretende abraçar os merca-dos internacionais.Actualmente, é uma das maiores empresas mundiais ao nível da pro-dução de equipamentos de ar condi-cionado, de frigoríficos e congelado-res, máquinas de lavar a roupa e a loiça, fogões, fornos, microondas e aspiradores, entre outros pequenos domésticos. O seu crescimento, ao longo dos anos, tem sido estável e sustentado, numa média 60 por cento e 50 por cento nas décadas de 1980 e 1990, respectivamente. Com a che-gada do novo milénio, a sua taxa de

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[ Tendências de mercado ]

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‘‘Texto: Carina Rodrigues

Fotos: DR

A Europa é estratégica para a Haier, que quer entrar no top 5 dos fabricantes de electrodomés-ticos antes de 2014, desafiando, para isso, marcas como a Bosch, Siemens, LG, Samsung e Whirlpool.

A Midea partilha com a Haier o mercado de origem, onde têm disputado a liderança “taco a taco”. Mas, enquanto a Midea ainda tem pouca expressão fora da China, a Haier tem vindo a con-quistar reconhecimento internacional. Em 2011, a Euromonitor elegeu-a como a primeira marca mundial de grandes domésticos e um ano antes a revista Newsweek já a tinha destacado como uma das dez empresas mais inovadoras do mundo.

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crescimento baixou um pouco, mas manteve-se nos dois dígitos. No ano passado, a GD Midea facturou 22,2 mil milhões de dólares.

O exemplo da HaierA Midea partilha com a Haier o mer-cado de origem, onde têm disputado a liderança “taco a taco”. Mas, en-quanto a Midea ainda tem pouca ex-pressão fora da China, a Haier tem vindo a conquistar reconhecimento internacional. Em 2011, a Euromoni-tor elegeu-a como a primeira marca mundial de grandes domésticos e um ano antes a revista Newsweek já a tinha destacado como uma das dez empresas mais inovadoras do mun-do. O percurso da Haier fica associado a um episódio insólito, em 1984, quan-do o seu actual presidente, Zhang

[ Mercado Empresas ]

Ruimin, destruiu à martelada uma série de frigoríficos defeituosos, de-pois de uma queixa de um cliente. A mensagem era clara: a qualidade te-ria de ser o pilar básico de toda a es-tratégia da empresa. 20 anos depois, a Haier é um dos maiores fabrican-tes mundiais, cotado nas bolsas de Hong Kong e Xangai e factura cerca de 17.786 milhões de euros. Na base deste sucesso está, e muito, a sua estratégia de expansão internacional e de diversificação do negócio, se-

gundo as necessidades dos merca-dos locais. Por exemplo, na Europa, a Haier fabrica máquinas de lavar a loiça muito silenciosas, ao perceber que os europeus desempenham esta tarefa sobretudo de noite, para apro-veitar a tarifa bi-horária. Já na China, onde os clientes se encontram mais nas zonas rurais, produz máquinas de lavar que não precisam de deter-gente e que, para além de roupa, la-vam batatas. A Haier tem unidades de produção, centros de I&D e filiais comerciais em 165 países, 30 dos quais euro-peus. A Europa é, de resto, estraté-gica para a empresa chinesa, que quer entrar no top 5 dos fabricantes de electrodomésticos antes de 2014, desafiando, para isso, marcas como a Bosch, Siemens, LG, Samsung e Whirlpool.

Sede da GD Midea

Assinatura do acordo de compra de alguns negócios da Sanyo

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[ Tendências de mercado ] [ Mercado Empresas ]

Tal como a GD Midea, a Haier tam-bém tem apostado nas aquisições para dinamizar o seu crescimento internacional. No ano passado, com-prou à Panasonic o negócio de frigo-ríficos e máquinas de lavar a roupa da Sanyo no Japão, assim como os seus negócios de roupa, frigoríficos e elec-trodomésticos na Indonésia, Malásia, Filipinas e Vietname. Agora, adquiriu a Fisher & Paykel, líder dos merca-dos australiano e neo-zelandês, por 762 milhões de dólares, para reforçar a sua imagem de qualidade e inova-ção e ultrapassar o estigma da pou-ca qualidade normalmente associado aos produtos chineses.

Podem as exportações chinesas aumentar?Facto inegável, a China é o maior exportador de elec-trodomésticos. Em 2010, representou, de acordo com os dados da Euromo-nitor, metade do volume de grandes domésticos e ar condicionado exportado.A posição de liderança da China baseia-se no cus-to baixo da sua mão-de-obra e na disponibilidade de uma rede local de for-necedores e tem contado com o apoio do governo, através de programas como “World Top Brand”, “Famous Export Brand” e “China Name Brand”.

Estes programas, que geraram al-guma controvérsia, destinavam-se a aumentar as vendas globais de pro-dutos chineses através de subsídios. No final de 2009, com as fortes pres-sões internacionais, sobretudo dos Estados Unidos, o governo chinês acordou cancelá-los por contrariarem as regulações da Organização Mun-dial do Comércio. A China tem tradicionalmente atraído a atenção dos investidores pela sua mão-de-obra barata e pela capacida-de de proporcionar economias de es-cala. Contudo, os custos laborais têm vindo a encarecer, ao abrigo da nova legislação de protecção aos trabalha-dores. Estes têm também reclamado salários mais altos e a falta de mão-

de-obra qualificada tem contribuído para exacerbar o problema. Neste sentido, as fabricantes chine-sas, como a Haier e a Midea, pare-cem, no entender da Euromonitor, ter perdido parte da sua vantagem competitiva no que toca aos cus-tos de produção. Isto também por-que concorrentes locais, sobretudo de Taiwan, como a AOC, Proview e Quanta, reduziram consideravelmen-te os seus custos. Por esta razão, as fabricantes chinesas, nomeadamente a Haier, estão a transferir a sua pro-dução para países onde os custos são mais baratos, como Taiwan, ini-cialmente através de “joint-ventures”. No entanto, a China continua a ser atractiva para o investimento. Tem in-

fra-estrutura mais avan-çada que outros países da região, a qualificação da mão-de-obra, apesar de ainda relativamente baixa, está a aumentar e a transferência do foco para os produtos de va-lor acrescentado está incentivar a inovação no país. Apesar da des-cida em 2009, devido à recessão nos mercados desenvolvidos, o volu-me de exportação de electrodomésticos e ar condicionado da China cresceu, em média, sete por cento ao ano, entre 2006 e 2010.

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A China é o maior exportador de electrodomésticos. Em 2010, representou, de acordo com a Euromonitor, metade do volume de grandes domés-ticos e ar condicionado ex-portado. Apesar da descida em 2009, devido à recessão nos mercados desenvolvi-dos, o volume de exportação da China cresceu, em média, sete por cento ao ano, entre 2006 e 2010.

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Rm-Revismarket - Outubro/Novembro/Dezembro 201224

Osegmento de cocção está a ajudar significativamente no crescimento robusto da América Latina. A procura

de fornos e placas, como unidades de substituição assim como equipamento dos novos fogos, cresceu mais de 30 por cento este ano, com o Brasil a ser um dos motores deste crescimento, representando 70 por cento do volu-me de vendas de fornos da região. A América Latina é também, segundo a consultora, o maior produtor de fogões, com uma quota de 40 por cento. Con-juntamente, o Brasil e o México produ-zem 87 por cento das unidades que ‘‘

Texto: Carina RodriguesFotos: DR

A América Latina é o maior produtor de fogões, com uma quota de 40 por cento. Conjuntamente, o Brasil e o México produzem 87 por cento das unidades que saem das fábricas da América Latina. A Controladora Mabe e a Whirlpool controlam 45 por cento da produção total de electrodomésticos de cocção na região, mas outros fabricantes, como a Electrolux e a LG, estão também a aumentar, de forma agressiva, a sua presença em termos de fabrico.

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América Latina ultrapassa a Ásia nos electrodomésticos

A região da Ásia-Pacífico continua a ser o maior mer-cado regional de electrodo-mésticos, quer em vendas

quer em produção, muito por causa do domínio da China,

mas a sua taxa de cresci-mento está a abrandar. Este

ano, a Euromonitor prevê que a China cresça apenas dois por cento em volume, comparativamente aos oito

por cento de 2011. O fim dos programas de estímulo

implementados pelo governo chinês está a contribuir para a passagem de testemunho

da região da Ásia-Pacífico para a América Latina como o mercado com a mais alta

taxa de crescimento nos electrodomésticos. Benefi-

ciando do forte desempenho do Brasil, as vendas nesta

região deverão crescer mais de nove por cento em 2012.

[ Dados de mercado ]

saem das fábricas da América Latina. A Controladora Mabe e a Whirlpool con-trolam 45 por cento da produção total de electrodomésticos de cocção na região, mas outros fabricantes, como a Electrolux e a LG, estão também a aumentar, de forma agressiva, a sua presença em termos de fabrico. A região da Ásia-Pacífico está tam-bém a ser ultrapassada pela Europa de Leste, que este ano se expandiu fortemente. Analisando os volume de produção de grandes domésticos e de ar condicionado, a Euromonitor constata que esta região irá liderar o crescimento global, com mais de nove

por cento em 2012. Espera-se que o fabrico de máquinas de lavar a loiça e de frigoríficos na Europa de Leste tenha um acréscimo de dois dígitos. Graças à sua localização geográfica e a vantagens em termos de custos, a Polónia está a emergir como o maior produtor, crescendo 15 por cento em 2012. Os fabricantes coreanos, como a LG e a Samsung, estão particularmente atentos a este dinamismo e a apostar fortemente na região. A Samsung, por exemplo, iniciou o fabrico de equipa-mentos de frio na Polónia em 2011 e, em apenas um ano, aumentou a capa-cidade de produção de 0,3 milhões para 0,8 milhões de unidades. Estima-se que os volumes produzidos pelos fabrican-tes coreanos na área do tratamento da roupa cresçam 116 por cento este ano.

O segundo maior mercado para a BSHPorém, não obstante a crescente im-portância das regiões da América Lati-na e da Europa de Leste, os fabrican-

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[ Tendências de mercado ] [ Mercado Empresas ]

tes de electrodomésticos não estão dispostos a desaproveitar o potencial oferecido pelo mercado chinês e a pe-netrar em regiões menos desenvolvi-das, como o Vietname, Indonésia e Fi-lipinas. Sendo certo que têm de contar com o domínio da Haier e da Midea na China e das marcas coreanas e japo-nesas nos outros mercados asiáticos.A BSH é, segundo a Euromonitor, o fabricante da Europa Ocidental que mais sucesso tem tido na China, país

que é agora o seu segundo maior mer-cado, depois do alemão. As vendas da BSH cresceram 60 por cento desde 2007, ao que não será alheio o facto da fabricante alemã estar a expandir a sua base de produção no país, a um ritmo comparável com o dos produto-res locais. Em cinco anos, a produção da BSH na área do tratamento da rou-pa na China registou o terceiro maior aumento em termos absolutos e ape-nas a Haier e a Midea, cujas vendas

foram dinamizadas pelos programas governamentais, conseguiram fazer melhor. As vendas da empresa alemã na China estão a ajudar a mitigar as dificuldades generalizadas no mer-cado europeu e também as perdas na América Latina, de onde saiu em 2009, vendendo a sua operação no Brasil à Controladora Mabe.Curiosamente, a China é o maior mer-cado para a Siemens, a única marca da BSH disponível no país. Os progra-mas do governo chinês destinavam-se a incentivar a procura nas zonas rurais e reflectiram-se, quase exclusivamen-te, na venda de electrodomésticos de gama de entrada, não afectando a ac-tividade da BSH.

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Graças à sua localização geográfica e a vantagens em termos de custos, a Polónia está a emergir como o maior produtor, crescendo 15 por cento em 2012. Os fabricantes coreanos, como a LG e a Samsung, estão particularmente atentos a este dinamismo e a apos-tar fortemente na região. A Sam-sung, por exemplo, iniciou o fabrico de equipamentos de frio na Polónia em 2011 e, em apenas um ano, au-mentou a capacidade de produção de 0,3 milhões para 0,8 milhões de unidades. Estima-se que os volu-mes produzidos pelos fabricantes coreanos na área do tratamento da roupa cresçam 116 por cento este ano.

A BSH é o fabricante da Europa Ocidental que mais sucesso tem tido na China, país que é agora o seu segundo maior mercado, depois do alemão. As vendas da BSH cresceram 60 por cento desde 2007, ao que não será alheio o facto da fabricante alemã estar a expandir a sua base de produção no país, a um ritmo comparável com o dos produtores locais.

‘‘

‘‘Sabia que?

• Entre 2006 e 2011, a produção de microondas na região da Ásia-Pa-cífico, excluindo a China, diminuiu, graças à queda da capacidade produtiva na Tailândia e na Coreia do Sul. Contudo, a Índia, o Vietna-me e a Malásia estão a começar a sobressair, com este último país a apresentar o segundo maior cres-cimento em 2011, apenas suplan-tado pela China.

• A LG e a Samsung escolheram a região da Europa de Leste para a instalação das suas primeiras fábri-cas europeias. Juntas, representa-ram 36 por cento do aumento dos volumes produzidos entre 2006 e 2011.

• A Turquia foi o segundo maior fabricante de máquinas de lavar a loiça em 2011, depois da Chi-na, com um aumento da produ-ção de mais de meio milhão de unidades. A Turquia ultrapassou, assim, a Alemanha. Para isto terá contribuído o facto da BSH ter re-localizado parte da sua produção na Turquia e representar agora 16 por cento da capacidade do país.

• A Polónia é o maior exportador mundial de secadores de roupa automáticos, com 3,7 milhões de unidades em 2011. Isto representa um aumento de 170 por cento em cinco anos.

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Os smartphones estão em alta. Apesar do contexto económi-co, a sua aquisição (assim como a de tablets e computa-

dores) vai continuar a crescer em todo o mundo, devendo registar-se um número recorde de compra destes equipamentos no final de 2012, conclui o Technology, Media and Telecommunications Predic-tions da Deloitte. Em Portugal, ainda que com resultados moderadamente expres-sivos, reflecte-se esta tendência, com 24 por cento dos consumidores a pretender adquirir um smartphone. Os smartphones são, assim, e como subli-nha Ricardo Anaia, responsável pela área de Telecom da GfK Portugal, “o combustí-vel de um mercado de dispositivos móveis que está a abrandar globalmente”. No pa-norama nacional, os dados da consultora mostram que, entre Janeiro e Junho, a contracção foi de sete por cen-to em unidades, face ao período homólogo de 2011, queda esta que fica acima da descida mé-dia de três por cento observada a nível europeu. Contudo, mesmo neste panorama, os smartphones cresceram, em volume, cerca de

43 por cento. Globalmente, estes equipa-mentos já representam 42 por cento das vendas totais de dispositivos móveis e só num ano cresceram 40 por cento. A GfK estima que, no final de 2013, 83 por cen-to dos equipamentos vendidos em todo o mundo sejam smartphones. Mas como decidem os consumidores a compra destes produtos? De acordo com a GfK, os portugueses valorizam aspec-tos como o formato “block” (99%), a dis-ponibilidade de Wi-Fi (91%), a funcionali-dade “touch” (90%) e o ecrã TFT (85%).

O tamanho do ecrã é também um factor a ter em conta, já que mais de 25 por cento do mercado europeu tem menos de qua-tro polegadas. No entanto, se estas características reú-nem consenso, resta saber o que leva os consumidores a optar por este ou por aquele modelo e por esta ou por aque-la marca? E como seleccionam o ponto de venda? Um estudo da McKinsey dá a resposta ao seguir o percurso de compra de mais de 100 consumidores de oito paí-ses (Brasil, Reino Unido, China, França, Alemanha, Hong Kong, Japão e Estados Unidos da América). A consultora desco-

briu que este mercado tão dinâ-mico é caracterizado por uma baixa lealdade do consumidor

a marcas e pontos de venda, não porque esteja insatisfeito com

o seu equipamento, muito pelo con-trário, mas porque facilmente muda de

opinião por aspectos tão simples e dís-pares como o formato do smartphone, ou até mesmo do carregador, e sobretudo pelos diferenciais de preço entre mode-los, mesmo que não sejam muito expres-sivos. Não obstante, o projecto Global Digital Diaries detectou que quem pos-

Texto: Carina RodriguesFotos: DR

Como se decide a compra de um smartphone?

Os smartphones são, neste momento, dos equipamentos mais desejados pelos consumidores, que valori-zam a capacidade de com eles se manterem permanentemente ligados ao mundo. Com as vendas em cres-cimento, o futuro deste mercado afigura-se risonho. Há cada vez mais propostas, com preços mais adequa-dos a todas as bolsas, o que leva a quem nunca teve um smartphone anteriormente a equacionar actualizar o seu equipamento. Mas como decidem os consumidores a compra de um smartphone? A McKinsey seguiu o percurso de 100 consumidores e concluiu que existe um verdadeiro perfil global. À parte das preferências individuais, e que têm mais que ver com a personalidade de cada um, a marca ainda conta e a experimen-tação em loja revela-se fundamental para confirmar a decisão de compra. Decisão esta que começa com os conselhos dos amigos e com muita, mesmo muita, pesquisa na Internet.

[ Tendências de mercado ]

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A compra na loja é sempre privilegiada, quanto mais não seja pela possibilidade de ter imediatamente o equipamento na mão. Contudo, os retalhistas não aproveitam estas vantagens, cometendo erros como a disponibilização de “dummies”, em vez dos equipamentos ver-dadeiros, quando o grande objectivo dos consumidores é testá-los. Outro dos erros é a falta de interesse ou de conhecimento algumas vezes demonstrados pelos colaboradores da loja.

‘‘

[ Tendências de mercado ]

tram em primeiro lugar. Aspectos como o sistema operativo e o preço são desde logo equacionados numa primeira selec-ção de marcas e modelos. Mas os por-menores contam e muito neste processo de decisão e “tudo” serve de desculpa para eliminar ou acrescentar opções, até mesmo a colocação dos menus. Para um fabricante, ter em conta todas estas pequenas “manias” é uma tarefa impos-sível, já que diferem de consumidor para consumidor, pelo que a McKinsey acon-selha a ser-se excelente nos aspectos verdadeiramente importantes e que fa-zem o consenso do painel: a qualidade, o custo e a marca. A estes três pilares acrescem a estética e a funcionalidade, que poderão ser de-cisivos para a trajectória de uma marca. Veja-se o exemplo da Blackberry, cuja quota de mercado caiu de 13,6 por cento para metade, entre o início de 2011 e o de 2012. Os participantes no estudo da McKinsey explicam esta queda por con-siderarem que falta à marca da RIM um certo factor “cool”. Apenas 11 por cento tinha a Blackberry nas suas considera-ções iniciais e, destes, apenas dois com-praram um equipamento desta marca. Apesar das diferenças individuais, pode

sui um modelo Apple tende mais a optar novamente pela marca, na sua próxima compra, valorizando todo o “iUniverso”. A consultora sublinha que existem duas grandes razões que explicam o fraco ní-vel de fidelização. Por um lado, a evolu-ção tecnológica é de tal forma rápida que os consumidores estão sempre à espera do próximo grande lançamento. Por outro lado, a enorme variedade de modelos e de marcas disponíveis incentiva o consu-midor a querer experimentar algo de dife-rente. Um alemão participante no projecto contou que anteriormente tinha tido três telemóveis Samsung e que tinha gostado de todos. Mas, nesta compra, nem equa-cionava a marca coreana, porque queria experimentar outra. Portanto, a Samsung tinha dado boas provas na satisfação deste consumidor, três vezes, mas agora este optava por um iPhone.

Outra das conclusões interessantes do estudo é que a distância não representa, de forma alguma, um factor determinante na compra destes produtos. Vários dos inquiridos estão dispostos a percorrer voluntariamente muitos quilómetros para adquirir um smartphone, seja virtualmen-te, através da Internet, seja deslocando-se fisicamente a uma loja. Por exemplo, um número considerável de inquiridos fran-ceses e alemães mencionou consultar os preços das lojas e dos sites britânicos e vários consumidores chineses pediram a amigos que trouxessem o smartphone pretendido de Hong Kong, onde os pre-ços são mais atractivos e há uma maior disponibilidade de marcas.

Como se decide a compra?Na base da decisão de compra de um smartphone, as grandes questões en-‘‘

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[ Tendências de mercado ] [ Tendências de mercado ]

dizer-se que existe um verdadeiro con-sumidor global de smartphones. O pro-jecto detectou que os percursos de com-pra são surpreendentemente similares e que em todos os mercados as pessoas recorrem ao YouTube ou outro site de ví-deo do género para comparar produtos, confiam nos sites com análises e avalia-ções de produto e têm o seu guru tec-nológico pessoal, aquele amigo que os aconselha sobre o que comprar.

A marca ainda contaÉ um facto que este mercado se carac-teriza por um baixo nível de fidelização do consumidor mas, na generalidade, os consumidores compraram um modelo de uma marca que constava nas suas considerações iniciais. Um dado curio-so, exceptuando no Brasil e na China, a Apple foi a marca mais mencionada e o iPhone quase sempre considerado, nem que tenha sido logo descartado por cau-sa do seu custo. Efectivamente, o preço do iPhone é demasiado alto para muitos consumidores. Um dos inquiridos brasi-leiros revelou que não está disposto a dispender tanto num equipamento que lhe oferece as mesmas capacidades que o Android. Muitos dos que optaram por outra marca que não a Apple estavam convencidos que, para além da melhor relação qualidade-preço, conseguiram também um melhor produto. Mesmo assim, a marca conta, tanto mais que um dos factores mais negati-vos deste mercado é a enorme varieda-de de propostas disponíveis, que bara-lha os consumidores. Logo, a marca é o primeiro elemento de selecção. Para decidir sobre que marcas considerar, os amigos e familiares são a primeira fon-te de informação, mencionados por três quartos dos inquiridos. Os sites de Inter-net e o YouTube, muito particularmente, também são importantes, mas a uma distância ainda considerável dos conse-lhos dos amigos. Estes dados confirmam uma pesquisa anterior da McKinsey que concluiu que o “boca-a-boca” é o factor mais importante em 20 a 50 por cento das decisões de compra. Portanto, na fase inicial, o chamado “word-of-mouth” é responsável pelo con-junto de marcas consideradas e até mes-mo eliminadas pelo consumidor. Numa segunda fase, e agora a nível virtual,

continua a ser importante, com o consu-midor a consultar online as avaliações e comentários dos seus pares sobre os equipamentos que pondera comprar. E é curioso como os vídeos no YouTube confirmam as decisões. Foi o que acon-teceu a um dos consumidores chineses, que se apoiou no YouTube para reforçar a sua decisão pela compra de um Sam-sung Galaxy S2.Satisfeita a curiosidade virtual, o passo seguinte é, como se diz em bom portu-guês, “colocar as mãos na massa”, ou

seja ir à loja e experimentar os equipa-mentos. Nesta fase, a decisão está to-mada e apenas em dois casos a visita à loja contribuiu para uma opção comple-tamente distinta. O que acontece, sim, com maior frequência, e apesar de mais de metade dos consumidores estudados acabar por comprar o seu smartphone numa loja física, é que a má experiência no ponto de venda resulta numa mudan-ça de canal. Apenas 34,6 por cento dos inquiridos se mostrou extremamente sa-tisfeito com a sua experiência na loja.

...

Julian (Alemanha)Teve, durante anos, um telemóvel, mas quer mudar de siste-ma operativo para poder ter acesso a mais apps. Para formar

uma primeira opinião, pede conselho aos amigos. Depois de usar o HTC de alguém, automaticamente exclui o Win-dows e começa a pesquisar em sites da especialidade pelas avaliações de outros consumidores. Nesta pesqui-sa identifica 12 smartphones que lhe interessam. Para poder ter uma verdadeira percepção do produto, dirige-se à Media Markt e à Saturn, onde reduz a sua selecção

a dois modelos da Samsung. Dividido, torna a pesquisar na Internet e a pedir conselho aos seus amigos do Facebook. Acaba por se decidir pelo Samsung Galaxy S2. De seguida, consulta sites comparadores de preços e visita várias lojas

para resolver onde comprar. Descobre que a Saturn tem o melhor preço, mas quer ver se encontra ainda mais barato. Após visitar mais pontos de venda, regressa à Saturn, mas entretanto aquele modelo es-gotou. O plano B é encomendar pela Amazon, pagando uma taxa extra pela entrega no dia seguinte.

Titus (China)Adepto da tecnologia, quer actualizar o seu equipamento. Tem um Blackberry para uso profissional, onde só con-

sulta o e-mail, porque sente a falta de mais apps. Com base nisto, a marca da RIM assim como os telefones Windows ficam excluídos. Para limitar ainda mais as suas opções, decide determinar como vai comprar. Lamenta o encerramento das lojas Best Buy, em 2011, e explora, sem grande entusiasmo, outros pon-

tos de venda para poder experimentar o produto. Tam-bém consulta alguns blogs. Sobre as marcas, algumas ficam logo de parte: Motorola, Sony e HTC não são, na sua opinião, muito divertidas, apesar de lhes reconhecer qualidade, da Samsung não gosta do design, os telefo-

4 consumidores, 4 percursos de compra

Na base da decisão de compra de um smartphone, as grandes questões entram em primeiro lugar. Aspectos como o sistema operativo e o preço são desde logo equacionados numa primeira selecção de marcas e modelos. Mas os pormenores contam e muito neste processo de decisão e “tudo” serve de desculpa para eliminar ou acrescentar opções.‘‘ ‘‘

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[ Tendências de mercado ]

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[ Tendências de mercado ]

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nes da LG são, no seu entender, demasiado femininos e já existem demasiados iPhones. Fica curioso com uma nova marca local de baixo custo, a Xiaomi, mas no final joga pelo seguro e acaba mesmo por comprar um iPhone 4. Decidido o modelo, compra-o online, no site 360.com.

Doug (Estados Unidos da América)Sabe o que quer. Engenheiro informático, quer um telefone

4G onde possa criar aplicações. Tem de ter processador de vários núcleos, acesso IMAP/POP e câmara frontal. A selecção fica rapidamente limitada ao MyTouch Slide e ao Samsung Galaxy S II. De seguida, vai a uma loja da T-Mobile, onde já comprou anteriormente, e expe-rimenta vários telefones. O Samsung tem um ecrã li-

geiramente maior, mas prefere o teclado do MyTouch. Sabendo que se aproxima uma promoção, espera alguns

dias para regressar à loja e comprar o smartphone com desconto.

Dolores (Brasil)Nunca teve um smartphone e pensa que é chegada a altu-ra. O seu único requisito é que seja um Dual SIM. Depois de alguma pesquisa na Internet, identifica alguns modelos

com esta capacidade disponíveis no Brasil, incluindo o Motorola Fire e o LG Optimus Net Dual. Pelo que viu na Internet, fica com a sensação de que o design do Mo-torola é mais atraente. Antes de se dirigir à loja para o confirmar, coloca a estética de lado e prepara uma lista com as especificações técnicas a ter em conta, como

a autonomia da bateria, a velocidade de processamen-to, a resolução da câmara, etc. Na loja, muda de opinião quanto ao design e prefere o LG. Regressa a casa, con-sulta alguns sites e compra o LG Optimus Dual Net mais

barato que consegue encontrar.

4 consumidores, 4 percursos de compraA compra na loja é sempre privilegiada, quanto mais não seja pela possibilida-de de ter imediatamente o equipamen-to na mão. Contudo, os retalhistas não aproveitam estas vantagens, cometen-do erros como a disponibilização de “dummies”, em vez dos equipamentos verdadeiros, quando o grande objecti-vo dos consumidores é testá-los. Outro dos erros é a falta de interesse ou de conhecimento algumas vezes demons-trados pelos colaboradores da loja. Um dos participantes britânicos contou que visitou várias lojas do centro de Lon-dres sem conseguir qualquer informa-ção por parte da equipa de vendas. Mas rapidamente mudou de ideias quando se dirigiu a uma loja Carpho-ne Warehouse, onde foi prontamente atendido e onde acabou por comprar o seu smartphone. Consequentemente, na sua próxima compra, este consu-midor não vai sequer equacionar outro ponto de venda. A grande lição a retirar deste estudo é que, apesar de não haver dois percur-sos de compra iguais, os consumidores vão na mesma direcção. Alguns até po-dem demorar mais tempo na experiên-cia de compra propriamente dita, outros valorizam a fase de avaliação. Mas in-dependentemente dos destinos e rotas variarem, no que realmente importa há traços comuns que apontam um perfil de consumidor global.

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Se em 2008/2009 o net-book foi o impulsionador das vendas, o papel cabe agora aos tablets, que re-

presentam já, segundo a GfK, quase 30 por cento das unidades vendidas em Portugal. Em sentido oposto ca-minham os portáteis e os desktops, cujas vendas estão negativas. No primeiro semestre, os portáteis per-deram 23 por cento e os desktops 26 por cento. Mesmo os modelos All-in-One, que a nível europeu apresen-tam crescimentos, estão a perder vendas (-20%).Para este desempenho positivo dos tablets tem contribuído a descida sucessiva do seu preço médio. A GfK situa-o nos 360 euros no se-gundo trimestre, tendo detectado uma erosão de 29 por cento. Na Europa, o preço médio está situa-do nos 422 euros, confirmando uma maior importância dos modelos de

posicionamento superior no mix de produto. Mais de metade do mercado nacio-nal de tablets está entregue a ape-nas três marcas, responsáveis pela venda de 83 mil unidades e por uma facturação na ordem dos 32 milhões de euros. O primeiro semestre reve-lou uma tendência para um menor

‘‘Texto: Carina Rodrigues

Fotos: DR

Mais de metade do mercado nacional de tablets está entregue a apenas três marcas, responsáveis pela venda de 83 mil uni-dades e por uma facturação na ordem dos 32 milhões de euros. O primeiro semestre revelou uma tendência para um menor grau de concentração, já que em 2011 este top 3 fazia 70 por cento do mercado.‘‘

Um tablet no sapatinhoOs gastos globais com tecnologia têm vindo a crescer. Para este ano, a GfK espera uma subida de sete por cento, para os 827 mil milhões de euros, e 2013 será também positivo, com um novo acréscimo de oito por cento. Este crescimento está a ser feito muito à custa dos produtos inovadores, como os me-dia tablets, que têm vindo a ganhar cada vez mais importância nas vendas de informática. Em Portugal, num primeiro semestre marcado por uma queda, em valor, de 14 por cento da fusão de informática e de 10 por cento dos produtos de computação, os tablets cresceram 149 por cento. Com o Natal “à porta” e com as mais recentes propostas a estarem disponíveis, como o Surface da Microsoft e o Nexus da Google, o futuro próximo dos tablets poderá ser igualmente risonho.

[ Tendências de mercado ]

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[ Tendências de mercado ]

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[ Tendências de mercado ] [ Tendências de mercado ]

grau de concentração, já que em 2011 este top 3 fazia 70 por cento do mercado.

Mais de 120 milhões de unidades Nos primeiros seis meses do ano fo-ram encontradas 42 marcas e con-tabilizados 248 modelos ao dispor do consumidor português. Nesta segunda metade do ano, a oferta foi enriquecida com novas propos-tas, muitas delas apresentadas na IFA. Nas mais recentes conta-se o Surface da Microsoft, o paradigma dos tablets com Windows 8, e o Ne-xus da Google. Propostas estas que chegam mesmo a tempo do Natal.Segundo alguns estudos de merca-do, esta época poderá ser particular-mente forte para as vendas destes “gadgets”. Uma pesquisa levada a cabo pela NPD DisplaySearch no Canadá revelou que 14 por cento dos consumidores planeia comprar um tablet, número que pode poten-cialmente aumentar dado o certo nível de impulsividade que existe na compra desta categoria. Cerca de 22 por cento dos tablets adquiridos re-

A Apple continua a dominar o mercado global, com 66 por cento das unidades vendidas no segundo trimestre. Mas a Futuresource prevê um elevado crescimento dos modelos baseados em Android e uma grande expectativa em torno dos alimentados pelo Windows 8.

‘‘ ‘‘

presentam uma compra de natureza espontânea, valor que poderá subir com as promoções de Natal.Os tablets têm vindo consecutivamen-te a registar recordes de vendas. A nível global, entre Abril e Junho deste ano, venderam-se 25 milhões de uni-dades, de acordo com a ABI Rese-arch. Estes dados são coincidentes com os da Futuresource, que regis-ta um crescimento de 92 por cento em termos homólogos. A maior parte destas vendas veio do mercado de consumo, apesar da procura empre-sarial e do sector educativo também estar em crescimento e representar

já 11 por cento das vendas.Segundo a consultora, o mercado dos Estados Unidos lidera a adop-ção destes dispositivos e a base ins-talada alcançará os 90 milhões de tablets antes do final do ano. Na Eu-ropa, a penetração também é signifi-cativa e espera-se que, em 2012, se superem os 43 milhões de tablets. A Futuresource antecipa que as ven-das mundiais superarão os 124 mi-lhões de unidades este ano. No que às marcas diz respeito, a Ap-ple continua a dominar o mercado global, com 66 por cento das unida-des vendidas no segundo trimestre. Mas a consultora prevê um elevado crescimento dos modelos baseados em Android e uma grande expecta-tiva em torno dos alimentados pelo Windows 8. Este bom desempenho dos tablets está também a estimular as vendas de outros segmentos, que antes es-tavam estagnados. A GfK dá como exemplo os teclados para tablets, que já representam nove por cento das vendas no conjunto de seis mer-cados europeus.

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Todas as áreas de produto que compõem o mercado de entretenimento fecha-ram o primeiro semestre

com decréscimos de dois dígitos. Os jogos, que representam 40 por cento da facturação, perderam 32 por cento e as consolas, responsá-veis por 27 por cento do valor deste mercado, caíram 30 por cento face ao mesmo período de 2011. O ví-deo, que em 2004 representava 42 por cento deste mercado, tem vindo sempre a perder importância, não

Texto: Carina RodriguesFotos: DR

Portugueses compram menos produtos de entretenimento

Os consumidores portugueses compram menos produtos de entretenimento, incluindo vídeos, jogos electrónicos, consolas e acessórios. Segundo a GfK Portugal, no primeiro semestre, verificou-se uma quebra de 30 por cento, para os 54,2 milhões de euros, contracção que sucede após um 2011 em que este mercado perdeu 17 por cento face ao ano anterior.

[ Dados de mercado ]

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Todas as áreas de produto que compõem o mercado de entretenimento fecharam o primeiro semestre com decrésci-mos de dois dígitos. Os jogos, que representam 40 por cento da facturação, perderam 32 por cento e as consolas, responsáveis por 27 por cento do valor deste mer-cado, caíram 30 por cento face ao mesmo período de 2011.

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Rm-Revismarket - Outubro/Novembro/Dezembro 201238

[ Tendências de mercado ] [ Mercado Empresas ]

ultrapassando agora os 23 por cen-to. Durante o primeiro semestre, a quebra no mercado do “gaming” foi mais acentuada do que no vídeo (-24%), ascendendo a 32 por cento em termos homólogos. O segmento do fixo foi o mais afectado e caiu 36 por cento para os 28 milhões de euros. Todos os produtos demons-traram quebras acima dos 30 por cento, destacando-se as consolas e os acessórios, ambos com 39 por cento. No segmento do portátil, as vendas desceram 19 por cento, para os 13 milhões de euros, com os jogos e as consolas a perderem 27 e 13 por cento, respectivamen-te, e os acessórios a contrariarem a tendência negativa e a crescerem 22 por cento. O mercado do “ga-ming” está em dificuldades desde o ano passado, quando caiu 16 por cento face a 2010, depois de anos sucessivos de crescimento. Entre 2002 e 2010, estes produtos subi-ram 170 por cento.No que toca ao mercado do vídeo, o primeiro semestre fechou a des-

cer 24 por cento em termos homó-logos.

Livros em quedaTambém o mercado do livro não es-colar apresenta uma tendência nega-tiva. Apesar dos seis milhões de livros

vendidos no primeiro semestre deste ano, resultando numa facturação de 64 milhões euros, este mercado caiu três por cento em unidades e nove por cento em valor. Quando comparado o ano de 2011 com o de 2010, verifica-se uma tendência positiva em unidades,

de um por cento, mas as mexidas no preço em conjunto com a situação económico-financeira conduziram a uma ten-dência negativa deste mercado de três por cen-to por cento em valor.O segmento de literatura perdeu em 2011 alguma da sua relevância para segmentos como o de auto-ajuda. No entan-to, após essa perda, no

final do primeiro semestre recuperou em parte o seu lugar de destaque no mercado do livro e representou em valor 28 por cento do mesmo. Este segmento de mercado é o segundo mais importante no canal dos “mass merchandisers”, sendo apenas ultra-passado pelo segmento infantil-juvenil. Este vale mesmo mais de um terço das vendas de livros não escolares no con-junto hipermercados/supermercados.

‘‘ Também o mercado do livro não escolar apresenta uma tendên- cia negativa. Apesar dos seis milhões de livros vendidos no primeiro semestre deste ano, resultando numa facturação de 64 milhões euros, este mercado caiu três por cento em unidades e nove por cento em valor. Quando comparado o ano de 2011 com o de 2010, verifica-se uma tendência positiva em unidades, de um por cento, mas as mexidas no preço em conjunto com a situação económico-financeira conduziram a uma tendência negativa deste mercado de três por cento por cento em valor.

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‘‘ Durante o primeiro semestre, a quebra no mercado do “gaming” foi mais acentuada do que no vídeo (-24%), ascendendo a 32 por cento em termos homólogos. O segmento do fixo foi o mais afectado e caiu 36 por cento para os 28 milhões de euros. Todos os produtos demonstraram quebras acima dos 30 por cento, destacando-se as consolas e os acessórios, ambos com 39 por cento.

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Facto inegável, o Natal já não é o que era. De acordo com as estimativas da Confede-ração do Comércio e Servi-

ços de Portugal (CCP), no ano passado, a descida das

vendas de Natal terá sido, em média, na ordem dos 15 por cento. Os sectores de

bens duráveis e semi-duráveis, como os electrodomésti-cos, registaram quebras próximas dos 30 por cento.Estas descidas até foram minimizadas pela estraté-

gia seguida pela maioria das lojas, que antecipou promoções para atrair um consumidor cada vez

mais ávido de bons negócios. É que, se-gundo o Observador Cetelem, 25 por

cento dos portugueses quis esperar pe-las promoções e saldos após

o 25 de Dezembro para fazer algumas das suas compras de Natal.

Não obstante, apesar da crise e do impacto que todas as medidas de

austeridade têm tido na vontade de consumir dos portugueses,

o Natal é das épocas mais fortes de vendas. Aqui ficam alguns produtos

e campanhas especial-mente interessantes.

Doss

ierEspecial

Natal

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Rm-Revismarket - Outubro/Novembro/Dezembro 201240

Secadores de roupa Sensidry da AEGOs novos secadores com bomba de calor Sen-sidry da AEG vêm equipados com um tambor

com nove quilogramas de capacidade. O tambor Protex alia a maior capacidade a um sistema de circulação de ar especial, que garante um tratamento suave e delicado da roupa. Por isso mesmo, são certificados pela Woolmark com o nível Gold. Estes modelos distinguem-se pela classificação energética superior (A-50% nos modelos de topo). A tecnologia de bomba de calor contribui para uma secagem suave a tem-peraturas mais baixas.Os modelos estão ainda equipados com programas auto-máticos e possibilitam o início diferido de 30 minutos a 20 horas. Beneficiam também de motor Inverter, “display” LCD (por toque no modelo T96690IH) e iluminação LED.

PVP recomendado: a partir de 699,00 €

Máquina de limpeza a vapor MULTIVAPORÌ MV7.20 da Ariete

VAPORÍ é a nova gama de máquinas de limpeza a vapor da Ariete, desenvolvidas para limpar todas as superfícies do lar. A MULTIVAPORÌ MV7.20 é um sis-tema de limpeza a vapor multi-uso e com autonomia ilimitada, ideal para limpar sem pausas todo tipo de sujidade, ajudando ainda na eliminação de ácaros e bactérias. O depósito de água deste equipamento é amo-vível e muito fácil de encher e pode, inclusive, ser enchido directamente da torneira. O jacto de vapor é potente e constante, graças aos seus 1.400watts de potência e ao três bars de pressão da caldeira. Com função detergente, limpa ainda mais em profundidade e acaba com as manchas mais rebeldes. Dado que necessita de muita pouca quantidade de detergente, limpa de forma ecológica todas as superfícies do lar.A MULTIVAPORÌ MV7.20 vem acompanhada de um kit completo de acessórios, incluindo, entre outros, es-cova para solos e tapetes, mopa para solos e esco-vas limpa-vidros e para tecidos e tapeçarias. PVP recomendado: 200,00 €

Ferro com caldeira Ferro com caldeira Stirella VVX2370 da De’Longhi

Engomar torna-se mais fácil com a proposta da De’Longhi para este Natal, o ferro com caldeira Stirella VVX2370.Este ferro faz parte da nova gama de enchimento contínuo. Distingue-se pela sua base Thermolon Dual, onde

uma camada externa de cerâmica assegura uma distribuição uniforme do calor. A parte interior da base em Thermolon proporciona um deslizamen-to suave e a máxima resistência aos riscos.Com 2.200 watts de potência, este ferro caracteri-za-se ainda pelo seu sistema de vapor Dual. Faz uma emissão de vapor variável de 120 gramas por minuto, mas, para os vincos mais teimosos e pormenores, tem um jacto de vapor de 200 gramas por minuto. O vapor fica pronto em apenas dois minutos e pode engomar na vertical, o que é útil para cortinados ou casacos.Os cinco bars de pressão garantem resultados de qualidade profissional.

PVP recomendado: 280,00 €

Page 41: Revismarket- nº 48- 2012

Secador EDH3284PDW da ElectroluxO secador EDH3284PDW da Electrolux foi classificado com A+, pela sua eficiência energética, devido à tec-nologia de bomba de calor. Graças ao circuito fechado, não há perdas de calor para o exterior e, ao aproveitar esta energia, a tecnologia de bomba de calor reduz o consumo energético.Com oito quilogramas de capacidade, “display” por dígitos em português e 14 programas, este secacdor permite o início diferido de 30 minutos a 20 horas.

PVP recomendado: 619,00 €

Campanha de Natal da Fagor com oferta de edredão e conjunto de PyrexA Fagor apresenta a sua campanha de Natal de 2012,

na qual vai oferecer edredões Lameirinho e conjuntos de Pyrex.Dedicada às gamas de roupa e loiça, a Fa-gor oferece um edredão na compra de uma máquina de lavar ou secar roupa de oito e nove quilogramas e um conjunto de Pyrex Multicook na compra de uma máquina de lavar loiça.

Esta campanha de Natal vai decorrer até 31 de Dezembro e é referente a produtos do Catálogo da Fagor de 2012.Para além desta oferta, a Fagor contribui ainda para uma maior poupança no próxi-mo ano, na medida que as suas máquinas de lavar roupa e loiça apenas consomem o que lavam, graças ao sistema Poupança Logic, que ajusta ao máximo os consumos de água, energia, detergente e tempo.

Grelhador Chakall Grill II da FlamaA proposta da Fla-ma para este Natal é o novo Chakall Grill II (4211FL), um gre-lhador fácil de usar e limpar.

Com placa de alumínio com revestimento anti-aderente e um sistema único e patenteado de caneluras em V, este gre-lhador cozinha os alimentos na perfeição e sem gordura. O Chakall Grill II tem

2.000 watts de potência, termós-tato regulável, sinalizador lumino-so de funcionamento e tabuleiro inferior para colocação de água extraível. Arruma-se na vertical.

PVP recomendado: 65,59 €

Esquentador termostático Hydrobattery-Plus da Junkers

“Faça a troca inteligente”. É esta a proposta da Junkers para este Natal com a sua gama de esquentadores Hydrobattery-Plus.Estes esquentadores são termostáticos, consumindo apenas a quantidade de gás necessária para atingir a temperatura de

saída de água que foi pré-seleccionada pelo utilizador. A temperatura pode ser regulada entre os 38ºC e os 60ºC, consoante as necessidades de conforto. Desta forma, estes esquentadores permitem poupar na factura do gás e da água, ao evitar desperdícios desnecessários. A gama Hydrobattery-Plus, com controlo termostático da temperatura e ignição a baterias, está disponível nas capacidades de 11, 14 e 18 litros por minuto. Estes esquentadores são também compatíveis com a instalação de um sistema solar térmico, já que foram concebidos para trabalhar com água pré-aquecida. Preço sob consulta

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Aspirador Athen ATN 300 B da Hoover

A Hoover propõe para o Natal o seu novo aspirador recarregável vertical Athen ATN 300 B, um modelo sempre

pronto a usar, indicado para qualquer limpeza do dia-a-dia. Este aspirador é leve, prático de utilizar e tem uma elevada potência (30 volts). Com uma autonomia de 60 minutos, é perfeito para a limpeza de todo o tipo de pavimentos duros, mas os soalhos mais sensíveis também não foram esquecidos, dado que o novo aspirador Hoover tem protec-ção de borracha nas rodas e à volta da escova para não riscar nem danificar o parquet e as mobílias.O depósito de pó é fácil de abrir para despejar e limpar. Dispõe ainda da tecnologia Cyclean (sem saco) com filtro HEPA lavável.

PVP recomendado: 290,00 €

Gerador de vapor Pro Perfect 5,5B da RowentaA gama de geradores de vapor Pro Perfect

da Rowenta permite alcançar re-sultados profissionais sem sair de casa e conta ainda com um modo ECO exclusivo. Assim, é possível poupar 20 por cento da energia em comparação com a posição de vapor máximo.Os novos geradores da Rowen-ta estão equipados com a base Laser Microsteam 400 e uma elevada pressão de vapor. A base, em aço inoxidável endure-cido, para uma maior resistência

aos riscos, tem mais de 400 mi-cro orifícios, que garantem uma perfeita difusão do vapor. Por outro lado, a parte de trás ar-redondada facilita o deslizar do ferro nos dois sentidos, enquan-to a ponta de precisão garante os resultados no engomar dos mais pequenos detalhes.Potente e prático, este gerador possui 5,5 bares de pressão e permite uma máxima produção de vapor variável (120gr/min) que pode ser ajustada consoan-te o tipo de tecidos.

Os novos Pro Perfect incluem ainda sistema anti-calcário Calc Away, que prolonga a vida útil do gerador, recolhendo o calcário da caldeira de um modo fácil e eficaz. Basta retirar o colector de calcário, passá-lo por água e a limpeza está feita.PVP recomendado: 277,00 €

Teka iCookingA proposta da Teka para este Natal é a nova chaminé DPL 90 iHood,

inserida no conceito iCooking, que permite cozinhar ouvindo músi-ca, graças a um sistema multimédia para iPod e iPhone incorporado. Em alternativa, há ainda a possibilidade de adquirir o kit multimé-dia iHood, que

consiste num cobretubo prepa-rado para acoplar o sistema de

alta-voz nas laterais da maioria das cha-minés Teka, ga-rantindo a perfeita instalação do iPod e do iPhone sem necessidade de substituir o actual electrodoméstico. PVP recomendado: 640,00 € + IVA

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Varinha Triblade HB714 da Kenwood

Para preparar as refeições de Natal, a nova varinha Triblade HB714 da Kenwood apresenta características únicas. A grande inovação é o facto de possuir três lâminas o que, aliado aos seus 700 watts de potência, per-

mite obter resultados que a Kenwood caracteriza de perfeitos.A varinha está equipada com pé em aço inox, copo graduado de 0,75 litros com pega e tam-pa, batedor de claras e o “big foot”, o acessório ideal para desfazer por completo todo o tipo de legumes, para garantir sopas bastante cremo-sas. Tem ainda um acessório para puré. Graças à tecnologia utilizada no desenvolvi-mento das lâminas, é garantido que, durante o processo, não haverá salpicos.

PVP recomendado: 91,00 €

Receptor de Smart TV da NPGCom formato stick e muito compacto, o Smart Lite SL AT11M converte qualquer televisor num Smart TV, bas-tando apenas ser ligado a uma porta HDMI.O receptor da NPG funciona sob uma plataforma Android 4.0.3, permitindo ao utilizador aceder a uma multipli-cidade de aplicações e desfrutar de uma experiência

de televisão interactiva de uma forma simples, utilizando apenas o comando à distância. Também permite a utilização de um teclado e

rato sem fios ligados ao Smart Lite por USB. O receptor pode ligar-se à Internet via WiFi, suporta descodificação de vídeo até Full HD 1.080p e também oferece suporte para Flash Player 10.2 e 11.

PVP recomendado: 60,90 €

Telemóvel Dual SIM ZTC B160O ZTC B160 é o equipamento ideal para quem pretende simplicidade e funcionalidade de uso, combinadas com as vantagens da operação de dois cartões num só telefone.Equipado com rádio FM, leitor de MP3 e MP4 e câmara VGA, o ZTC B160 tem ainda uma prática lan-terna. Quanto à conectividade, é assegurada por ligação Bluetooth, para que comunique mais e melhor.

PVP recomendado: 29,90 €

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Aspirador Compact Force Cyclonic ECO da Rowenta

O aspirador sem saco Rowenta Compact Force Cyclonic ECO oferece a performance equivalente a um aspirador de 2.100 watts com metade do consumo de energia.Este modelo compacto e leve dispõe de escova Ergo Comfort Silence, concebida para optimizar o nível de ruído emitido e garantir, ao mesmo tempo, uma excelente aspira-

ção do pó.O aspirador da Rowenta é ainda caracterizado pelos seus níveis de conveniência. A tecnologia ciclónica garante a máxima separação do ar e do pó e o filtro HEPA H12 resulta num ar puro e isento de bacté-rias.Em termos de acessórios, o Rowenta Compact Force Cyclonic ECO é um aspirador muito completo. Vem acompanhado de escova Delta Parquet, entre outros acessórios.

PVP recomendado: 260,00 €

Campanha de Natal “Philips puxa Philips”

Todos sabemos que no Natal a palavra mágica é “presente”. Por esta mesma razão, a Philips lança uma campanha especial de Natal em que também vai dar presentes.“Philips puxa Philips” é o nome da acção em que, na compra de qualquer presente/produto Philips (excepto televisores e produtos de iluminação), o consumidor recebe outro presente. Esse presente pode ser um produto Philips à escolha ou então um vale de desconto para uma compra futura.

Esquentador Sensor HDG da Vulcano

O esquenta-dor Sensor HDG da Vul-cano é a solu-ção ideal para dar apoio

às soluções solares da marca e, assim, aprovei-tar o potencial de ener-gia solar, reduzindo até 75 por cento a factura mensal de aquecimento de águas. Com exaustão natural, hidrogerador e tecno-logia termostática, este aparelho proporciona poupança e conforto ao utilizador enquanto preserva o ambiente. A temperatura desejada pode ser seleccionada grau a grau, o que a mantém estável durante toda a utilização, evi-tando a junção de água fria. O utilizador poupa, assim, nos consumos de gás e de água. O Sensor HDG foi vencedor na edição de 2011 do “Prémio Produto Inovação COTEC-Unicer” destinado a distinguir os produtos mais inovadores desenvolvidos em Portugal. Preço sob consulta

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Varinha Slim Force da MoulinexA Moulinex sugere a varinha SlimForce para ajudar em todas as tarefas na cozinha neste Natal. A combinação das quatro lâminas cria um efeito ciclónico que permite a trituração óptima de todos os alimentos, conse-

guindo-se assim uma textura aveludada.A gama SlimForce vem equipada com vários acessórios, desde a picadora (500 ml) com base anti-derrapante, o pé para purés, o copo graduado (800 ml) e o batedor de arames.As varinhas SlimForce têm duas velocidades e 700 watts de po-tência. Elegantes e com acabamento em preto e inox, são também ergonómicas, com uma pega suave e confortável e pé desmontá-vel. Neste Natal, na compra desta varinha, a Moulinex oferece um espremedor de citrinos.

PVP recomendado: 80,00 €

Actifry 2 em 1 da TefalCom Actifry 2 em 1, é possível cozinhar o prato prin-cipal e o acompanhamento em simultâneo, poupando tempo e também metade da energia que se teria de dispensar para fazer a sua refeição em separado.Graças à sua inovação tecnológica patenteada, a Actifry 2 em 1 preserva a textura, o sabor e a qualida-de nutricional dos alimentos, necessitando apenas de uma colher de óleo para cozinhar. Com uma diversida-de de receitas adaptadas, a Actifry 2 em 1 permite ter uma alimentação variada.Neste Natal, na compra de um modelo Actifry, a Tefal oferece uma balança de WC.

PVP recomendado: 330,00 €

Secador ZTH485 da ZanussiO secador ZTH485 da Zanussi tem clas-se A+ de eficiência energética, devido à

tecnologia de bomba de calor.Com sete quilogramas de capacida-de e “display” LCD médio, dispõe d e 14 programas e permite o início diferido de 30 minutos a 20 horas.PVP recomendado: 569,00 €

DDJ-WeGO da PioneerNeste Natal, a Pioneer propõe que liberte o DJ que há em si com a consola DDJ-WeGO, tão leve e compacta que cabe numa mochila.Graças ao software VirtualDJ LE incluído, é fácil começar a misturar as músicas. As

funções de Beat Sync e Auto Loop facilitam a aprendi-zagem e as luzes de Pulse Control guiam enquanto se mistura, para que se saiba qual o canal que está activo e quais os efeitos que se estão a utilizar.Esta consola de DJ está disponível em cinco cores diferentes e pode ainda ser personalizada ao nível da iluminação. PVP recomendado: 309,00 €

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[ Mercado Case study ]

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Os resultados de ambos os estudos devem ser lidos à luz das diferentes amostras, metodologias e períodos de

recolha da informação, mas as con-clusões são similares. As medidas de austeridade estão a ter, claramente, impacto nos gastos dos portugueses, com 52 por cento dos inquiridos pelo Observador Cetelem a confirmar que irão afectar as suas compras de Natal. De facto, de acordo com esta pesquisa, 63 por cento dos portu-gueses recorre ao subsídio de Natal para as compras de presentes, mas um quinto já não o tem. Não é por isso de estranhar que 80 por cento dos consumidores afirme que vai gastar menos que no ano passado.

O estudo da Deloitte, por sua vez, acrescenta mais alguns dados que explicam esta redução nas inten-ções de compra. Em Portugal, a percepção sobre a economia con-tinua pessimista, com 83 por cento dos inquiridos a admitir que a actual conjuntura é negativa, um valor bas-

‘‘Texto: Carina Rodrigues

Fotos: DR

As medidas de austeridade estão a ter, claramente, impacto nos gastos dos portugueses, com 52 por cento a confirmar que irão afectar as suas compras de Natal. De facto, 63 por cento dos portugueses recorre ao subsídio de Natal para as compras de presentes, mas um quinto já não o tem.‘‘

Portugueses vão gastar menos no Natal

Os consumidores portugueses estão pessimistas e ansiosos, em resultado do contexto económico e das medidas de austeridade aplicadas no último ano. De acordo com as estimativas da Deloitte, o consumo privado não volta-rá aos níveis de 2010 senão no virar da década. 83 por cento dos portugueses classifica a situação do país como negativa, 73 por cento tem expectativas negativas quanto à sua evolução, 68 por cento confessa um menor poder de compra que em 2011, poder de compra este que, para 55 por cento, será reduzido em 2013. Como tal, este Natal vai ser mais magro. De acordo com o estudo Xmas Survey da Deloitte, em 2012, os portugueses vão gastar menos 13,5 por cento, cerca de 464 euros por lar, repartidos entre presentes, alimentação e bebidas e actividades de socia-lização. Uma tendência que vai ao encontro da indicada pelo Observador Cetelem, cujo estudo aponta uma redução de 35 por cento por cento nos gastos com presentes de Natal.

[ Dossier Especial Natal ]

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[ Mercado Case study ]

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A Deloitte prevê que o orçamento destinado aos gastos no período natalício deva diminuir este ano cerca de 13,5 por cento (530 euros em 2011), depois do aumento em 2009 e das diminuições mais tímidas em 2010 (-6%) e em 2011 (-8%). Comparativamente há três anos, quando se atingiu o pico na intenção de gastos, o orçamento cai 25 por cento.

Com menor orçamento disponível, as tendências são claras: um maior apelo das marcas da distribuição, das lojas de desconto e das promoções e o factor preço a tornar-se determi-nante no momento da aquisição de um produto, com 95 por cento a considerá-lo decisivo e com os descontos imediatos a serem o programa de fidelização preferido.

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tante acima da média do total dos inquiridos em todos países e que se situa nos 55 por cento. Esta pers-pectiva reflecte-se também no poder de compra dos portugueses, com 68 por cento a afirmar que diminuiu face ao ano passado. Em relação a 2013, 55 por cento diz que o seu poder de compra vai deteriorar-se, um valor mais elevado que a média europeia, balizada nos 34 por cento.Assim, a Deloitte prevê que o orça-mento destinado aos gastos no pe-ríodo natalício deva diminuir este ano cerca de 13,5 por cento (530 euros em 2011), depois do aumen-to em 2009 e das diminuições mais tímidas em 2010 (-6%) e em 2011 (-8%). Comparativamente há três anos, quando se atingiu um pico na intenção de gastos, o orçamento cai 25 por cento.Em 2012, os portugueses terão cer-ca de 464 euros por lar para gastar, com grande parte a ser canalizada para compra de presentes (cerca de 233 euros), seguidos dos produ-tos alimentares (162 euros). Este é o primeiro ano em que, em valores

[ Dossier Especial Natal ]

absolutos, os portugueses têm a ex-pectativa de gastar menos do que os alemães, que estimam um orçamen-to de 485 euros.Com menor orçamento disponível, as tendências são claras: um maior apelo das marcas de distribuição, das lojas de desconto e das pro-moções e o factor preço a tornar-se determinante no momento da aquisi-ção de um produto, com 95 por cen-to a considerá-lo decisivo e com os

descontos imediatos a serem o pro-grama de fidelização preferido. Nas compras deste ano, 46 por cento dos inquiridos pela Deloitte procura-rá mais produtos em saldos (no ano passado era 20 por cento) e 37 por cento pretende fazer as compras em lojas consideradas mais baratas. O Observador Cetelem confirma esta tendência, com 17 por cento a indi-car que comprará na loja do chinês, canal que sobe de importância rela-tivamente a 2011. Os consumidores estão, deste modo, a demonstrar um comporta-mento mais racional, comprovado pelo facto de 77 por cento querer comprar prendas úteis e de 41 por cento privilegiar as marcas da dis-tribuição. Esta maior racionalidade é também visível, segundo o Obser-vador Cetelem, pela maior intenção em diminuir os presentes mais ca-ros e a compra de presentes para o próprio. Apenas 13 por cento dos inquiridos equaciona presentear-se a si mesmo, contra os 17 por cento de 2011, com os telemóveis a se-rem a categoria mais afectada. Ou-tro dado interessante é a vontade em diminuir o gasto com cartões de crédito, contabilizando-se um “sco-re” médio de 251 euros. Só 25 por cento admite usar um “plafond” de 500 a 1.000 euros, o que compara com os 51 por cento do ano pas-sado.

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[ Mercado Estratégias ]

Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010

Mensagens de Natal

A Miele deseja a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

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Rm-Revismarket - Outubro/Novembro 2010

[ Mercado Estratégias ]

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Deseja Boas Festas a todos os seus clientes e parceiros de negócio, com votos de sucessos para 2013! A FAGOR sabe que faz parte dos lares portugueses e contribui para o seu conforto e bem-estar, dia após dia, mesmo na noite de Natal! Nesta noite vamos desejar ainda com mais força que todos os seus sonhos se realizem e que a alegria encha o seu lar no novo ano! Boas Festas!

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Rm-Revismarket - Março/Abril 201050

Mensagens de Natal

Presente puxa

presente.

Sorriso puxa sorriso

Alegria puxa

alegria

A Philips deseja

um Bom Natal

e puxa por

um bom 2013!

A ZT C deseja a todos um Natal repleto de alegria

e um Ano Novo cheio de sucesso.

Boas Festas!

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Rm-Revismarket - Março/Abril 2010 51

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