Revista Capital 67

Embed Size (px)

Citation preview

  • 2 AGOSTO 2013 Capital Magazine

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 3

  • 4 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    30 PACDE promete dias contados desordem na contabilidade das PMEs

    As pequenas e mdias empresas vo dispor de apoio para tornar as suas contas auditveis. A recm-eleita Ordem dos Contabilistas e Auditores de Moambique j est a criar um programa para dotar os contabilistas nacionais das tcnicas usadas inter-nacionalmente. Eis a varinha mgica que faltava s PMEs para ganharem a confiana das instituies financei-ras.

    34 Instabilidade espanta investimentos?

    A circulao de pessoas e bens est comprometida no centro do Pas. Os recentes confrontos entre as foras policiais e os homens armados, alegadamente da Renamo, transfor-maram Muxngu, na provncia de Sofala, numa regio insegura, com prejuzos a levar em conta para o desempenho da economia.

    40 Tete, a galinha que no d ovos para todos

    Em Tete, o tecido empresarial vive sobretudo do pequeno comrcio. L, o modelo de negcios inclusivos e desenvolvimento sustentvel teima em no pegar sobretudo por falta de financiamento e de know how dos empreendedores. Face a essa realidade, Governo e sector privado so chamados a acelerar o passo na definio de estratgias de apoio aos nacionais.

    60 Carvo cede perante energias limpas

    A nova era energtica inspirou um estudo conjunto da Organizao Holandesa de Desenvolvimento, FUNAE e do Conselho Municipal de Maputo sobre o consumo domstico. As concluses apuradas do quase como certa a substituio do carvo por outras opes de energia como o etanol. E essa mudana j comea a dar frutos.

    Sumrio

    Destaques

    propriedade e Edio: Mozmedia, Lda., Av. MaoTsTung, 1245 Telefone/Fax: (+258) 21 303188 [email protected] Director Geral: Andr Dauane [email protected] Directora Editorial:HelgaNeida Nunes helga.nunes@mozmedia. Directora Executiva: VanizeManjate - [email protected] co.mz Redaco: ArsniaSithoye - [email protected];Srgio Mabombo [email protected] Secretariado administrativo: Indira Muss [email protected]; Cooperao: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS Colunistas: Antnio Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estvo; Jos V. Claro; Leonardo Jnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mrio Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Loureno; Fotografia: Lus Muianga, Amndio Vilanculo; Gettyimages.pt, Google.com; ilustraes: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. Capa: Evolution Studio paginao: Arlindo Magaia Design e Grafismo: Mozmedia traduo: Nuno Santos Departamento Comercial: Neusa Simbine [email protected], LoniMachava [email protected] ; Distribuio:mpia [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. Registo: N. 046/GABINFO-DEC/2007 - tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinio dos autores e no necessariamente da revista. Toda a transcrio ou reproduo, parcial ou total, autorizada desde que citada a fonte.

    CapaTETE: Uma galinha sem ovos para todos

    Foco Empresa

    Tema de VidaTete, o eldorado que no do suficiente aos nativos

    38

    40

    Uma oportunidade mpar de arranjar

    emprego

  • Capital Magazine Agosto 2013 5

    Editorial

    Os que trabalham ou estabelecem negcios em Tete buscam todos um lugar ao sol. H os naturais, os originrios de outras paragens de Moambique e ainda os estrangeiros. Mas, no fundo, todos procuram o mesmo: alcanar o seu filo num El Dorado, que alm das propaladas reservas de carvo, possui ouro, ferro, fluorite, urnio, grafites, pedras preciosas,

    de ornamentao e semi-preciosas, entre outros recursos naturais dignos de meno.

    A indstria mineira, com os investimentos a ela associados, est a fermentar um crescimento econmico sem precendentes. Quem viu e quem v Tete poder certamente testemunhar que a populao cresce a olhos vistos, assim como o leque de servios prestados e a comercializao de bens no mercado.

    Mas, infelizmente, o desenvolvimento ainda se projecta no plano macroeconmico. Os empreendedores locais ainda no descobriram a melhor forma de tirar partido da actividade dos megraprojectos na rea mineira. E poder-se-ia pensar que a cadeia de valor em torno das multinacionais j estivesse a energizar o sector privado local, contudo os nicos sectores que j participam da sinfonia anunciada para Tete, de forma mais activa, so o Comrcio e o Turismo.

    O grande desnvel entre a actividade dos grandes empreendimentos e a desempenhada pelos cidados uma tnica comum. E a discre-pncia entre as partes afecta, de facto, a melodia tocada por uma economia que ao invs de galopar, anda a trote.

    Grande parte da fora laboral depende do pequeno comrcio, e as manifestaes a esse nvel crescem de dia para dia. No que diz res-peito ao turismo, o potencial enorme e a taxa de ocupao mdia nos hotis j atinge os 80%. Ao que tudo indica, a motivao dos visitantes que convergem para Tete decorre, sobretudo, do mundo dos negcios e do trabalho. E o caso no para menos!

    Em Tete j bafejam os ventos de progresso. Os projectos de explora-o dos recursos minerais so os que mais abundam na regio e com eles toda a sorte de oportunidades que podem e devem dinamizar a produo agrcola, ainda muito associada subsistncia familiar.

    A sensao que se tem que a sinfonia escrita para Tete anuncia uma melodia sem desafinos, ou ffias, mas que os instrumentos que a compem ainda no tocam em plena sintonia.

    Os moambicanos, j para no falar dos locais de Tete, vivem perante um espectculo audvel, que no conseguem acompanhar em termos de execuo. Falta-lhes o financiamento, a formao e especializao, tal como a orientao certa para um negcio melhor gerido. O que falta proporcionar-lhes os instrumentos certos para que possam tocar o progresso com mestria.

    Bem-vindoTete - Crnicade uma sinfonia anunciada

    UP-GRADE

    Perspectiva Energia

    Estilo de Vida

    Ponte de Boane espera de soluo

    54

    60

    77

    66

    Carvo cede peranteenergias limpas

    Mamanas em Showpara ningum esquecer

    Empreender

    Jovens empreendedoresinovam na acomodao turstica

  • 6 AGOSTO 2013 Capital Magazine

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 7

  • 8 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    Contents

    property and Edition: Mozmedia, Lda., 1245 MaoTsTung Av., Telephone/Fax: (+258) 21 303188 [email protected] Managing Director: Andr Dauane [email protected] Editorial Director: Helga Neida Nunes helga.nunes@mozmedia. Executive Director:VanizeManjate - [email protected] co.mz Editorial Staff: ArsniaSithoye - [email protected]; Srgio Mabombo [email protected] administrative Secretariat: Indira Muss [email protected]; Cooperation: CTA; Ernst &Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS Columnists: Antnio Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estvo; Jos V. Claro; Leonardo Jnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mrio Henriques; NadimCassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Loureno; photography: Lus Muianga, Amndio Vilanculo; Gettyimages.pt, Google.com; illustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. Cover: Evolution Studio page make-up: Arlindo Magaia Design and Graphics: Mozmedia translation: Nuno Santos Commercial Department: Neusa Simbine [email protected], Loni Machava [email protected] ; Distribution: mpia [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. Registration: N. 046/GABINFO-DEC/2007 - printing: 7.500 copies. The articles reflect the authors opinion, and not necessarily the magazines opinion. All transcript or reproduction, partial or total, is authorised provided that the source is quoted.

    32 AABM Affirms that Di-sarray within the SMEs Accountancy, Have Num-bered Days

    Small and Medium Enterprises may have the necessary support to ensure their accountancy is auditable. The recently elected Accountants and Au-ditors Bar of Mozambique (AABM) is already developing a programme to equip national accountants with tech-niques used internationally. It is the missing magic stick to ensure SMEs gain trust from financial institutions.

    35 Instability Retrains Investment?

    The circulation of goods and services has been compromised in the centre of the country. The recent clashes between the military police and gunmen, allegedly from Renamo, have transformed Muxngu into an insecure area within the Province of Sofala in detriment of the economys performance.

    43 TETE, the Chicken Which Does Not Give Eggs to All In Tete, the business layer survives mainly from small trade. Here, the model of inclusive businesses and sustainable development defies its kick-start, particularly due to the lack of financing and entrepreneurs know-how. Given this reality, the Go-vernment and the Private Sector are summoned to expedite the pace on the definition of strategies to support nationals.

    63 Charcoal Buckles before Clean Energy Sources

    The new energy era inspired a joint research by SNV (Dutch Organization for Development), FUNAE and the Maputo City Council, on domestic consumption. The findings reveal to some degree of certainty, that the communities are replacing the use of charcoal for other energy source options such as Ethanol. This change is already starting to give fruits.

    Highlights

    Focus Company

    Background ThemeTete, the chicken which does not give eggs to all

    39

    43

    CoverTETE: A Chickenwith No Eggs for All

    A Unique Opportunityto Find Employment

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 9Capital Magazine Maro 2013 9

    Those working or establishing businesses in Tete, all search for a place in the sun. There are the natives, the new comers from other counties of Mozambique, and also the foreigners. How-ever, in the end, they all look for the same: acquire their bullion in an El Dorado, which besides its renowned coal reserves, also possesses gold, iron, fluorite, uranium, graphite, gemstones,

    semi-precious and ornamentation stones, among other natural re-sources worth mentioning.

    The mining industry, along with the inherent investments, is fomenting an unprecedented economic growth. Those who saw Tete before and after may certainly testify that the population is visibly growing as well as the variety of services and the goods traded in the market.

    However, unfortunately, the development is only projected in the macroeconomic plan. The local entrepreneurs have not yet ascertained the best formula to take advantage of the activity of megaprojects in the mining sector. It could be perceived as if the chain of value around the multinationals were already galvanizing the local private sector; whilst the only sectors that have partaken in the announced symphony for Tete, in a rather active form, are the Commerce and Tourism.

    The major unevenness between the activity of large enterprises and that of citizens is common emphasis. The discrepancy among the par-ties affects, indeed, the melody played by an economy which instead of galloping it still trotting.

    A good portion of the labour force depends on small businesses, and the indicator of that grows by the day. With regards to tourism, poten-tial is enormous and the hotels occupancy rate hits the 80% mark. So it seems, that the reason visitors converge in Tete unfurl from, by and large, the business world and work. Not any less would be expected in such case.

    In Tete, the winds of progress are already wafting. Projects around the exploration of mineral resources are abundant in the region, and alongside them, all the luck and opportunity which could serve to impel the agricultural production, which is still associated to household subsistence.

    The drawn impression is that the symphony printed for Tete announced a melody with no tunelessness or feedback, yet the instruments that compose it still do not play in plain synchrony.

    The Mozambicans, not to mention the Tete natives, live before an audible concert yet they cannot follow, in terms of execution. They lack financing, training and specialisation, as well as applicable orientation for proper business management. What is left is to enable them with tools with which they may touch the progress with sway.c

    WelcomeTETE The Chronicleof an Announced Symphony

    Editorial

    UP-GRADE

    Perspective Energy

    Life Style

    Boane Bridge waiting for a solution

    56

    63

    79

    68

    Charcoal BucklesBefore Clean Energy

    Sources

    Mamanasin Unforgettable Show

    Capital Magazine AGOSTO 2013 9

    Entrepreneurship

    Entrepreneurial Youths Innovate in Touristic Ac-commodation

  • 14 - 15 August 2013 | 9am - 6pmRiverside Mall | Nelspruit | FREE ENTRY

    Mark'it is back for a BIGGER & BETTER second year!

    After a very successful introduction to the Lowveld & Mozambique business community in 2012, Markit Showcase 2013, an advertising and marketingexhibition, will take place on the 14th & 15th of August at Riverside Mall (lower covered parking at Entrance 2).

    This is a professional two day exhibition of Lowveld based service providers in the advertising and marketing industry. This unique platform offers Lowveld andMozambican based businesses an opportunity to explore the advertising and marketing solutions available to them in the Lowveld of Mpumalanga.

    Wednesday 14th August 2013 (18h30) R150 per ticket

    Whats your Story?Master the ultimate form of influence

    PRESENTED BY JUSTIN COHENInternational Speaker & Author www.justinpresents.comSponsored by Riverside Park

    In "Whats your Story" participants will learn to: Use stories to inspire action Define and enhance the story their brand tells Turn a dull story into a riveting one Lead change with a new story Transform dead corporate values into living behaviours Think, speak and act out better stories For more information visit

    www.tworedpens.co.za

    Thursday 15th August 11h30 Seminars:1. How creativity makes a difference to your marketing message 2. The role traditional advertising mediums still play in a marketing mix for print & radio

  • Banca/ BCI

    12 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    Teve lugar nas instalaes da Direco de Marketing do BCI, em Maputo, a cerimnia de atribuio de prmios aos vencedores da Campanha Carto Crediviagem LAM, que

    decorreu de Dezembro de 2012 a 31 de Maio do ano em curso, no mbito de uma parceria entre o BCI e LAM.O apuramento dos vencedores foi feito por sorteio, atravs do recurso a um programa informtico validado pela Inspeco Geral de Jogos que, no dia 5 de Junho, fez-se representar no acto que ditou a seguinte ordem de contemplados:

    1 Prmio - Armando Blaito-ne - uma viagem area para Inhamba-ne e estadia no Hotel Casa do Capito para 2 pessoas; 2 Prmio - Empresa Estra-das do Zambeze - uma viagem regio-nal/ domstica para 2 pessoas; 3 Prmio Maria Mondlane - uma viagem domstica para 2 pes-soas.Recorde-se que a Campanha Carto Crediviagem LAM foi desenvolvida com o intuito de melhorar o nvel de prestao de um conjunto de servi-os associados ao referido produto, no qual foram incorporadas novas

    funcionalidades como a adeso au-tomtica ao Programa de Passageiro Frequente da LAM - Flamingo Club; a oferta imediata de 1000 milhas; a disponibilizao de um servio de Check-in especial, no Balco Credi-viagem LAM (de momento, apenas em Maputo), a possibilidade do portador do referido carto beneficiar de ba-gagem adicional de 5 a 15 kgs, em voos domsticos e internacionais e a incluso de uma modalidade de paga-mento fixo do saldo em dvida a partir de apenas MZN 500,00, possibilitan-do a escolha de um pagamento mais cmodo e parcelado.c

    BCI e LAM premeiamvencedores da campanha Carto Crediviagem LAM

  • CM

    Y

    CM

    MY

    CY

    CMY

    K

    Anncio_SB_2013_20x26.pdf 1 7/17/13 3:05 PM

  • 14 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    COISAS QUE SE DIZEM

    EM alta

    CRESCIMENTo CoM FoME O crescimento que temos tem insufi-cincia de produo alimentar, ele mais influenciado pelas activi-dades que tm que ver com infra-estruturas, mas no se pode negar que a economia esteja a crescer.Ministro das Finanas de Moambique, Manuel Chang, in o Pas.

    SUGESTES No FALTAM... Do nosso ponto de vista, importante investir as receitas oriundas da exportao de matrias-primas de ma-neira estratgica em prol do desenvolvimento sustentvel do pas. Toda a populao deveria beneficiar do potencial oferecido pelas descobertas das novas reservas naturais. As pessoas tm direito transparncia.Ministro dos Negcios Estrangeiros alemo, Guido Westerwelle, in o Pas.

    EM BaiXa

    MINEIRoS MoAMBICANoS P a s -sam cinco anos que a mina Pamodzi Gold 5, em Orkney, na Repblica da frica do Sul (RAS), fechou as portas. Milhares de mineiros foram para o de-semprego, 500 entre os quais mo-ambicanos e muitos deles afectos fome. A esperana dos mineiros mo-ambicanos, que persistem em conti-nuar na terra do rand em condies adversas, est centrada num consr-cio chins que adquiriu a mina Pamo-dzi Gold 5, em Dezembro de 2012. Contudo, os trabalhos de explorao ainda no comearam.

    FUGA Ao FISCo A no facturao das vendas, aliada ao baixo custo das mercadorias transaccionadas, in-fluenciou negativamente a cobrana do IVA nos primeiros trs meses de 2013, conforme indica o correspon-dente relatrio de execuo do Ora-mento do Estado. A situao afectou os Impostos sobre Bens e Servios, que acabou ficando abaixo das esti-mativas inicialmente apontadas.

    DEMoCRACIA E ILUSES PARTE uma iluso pensar que o re-gime angolano democrtico. Ele s o por proclamao. Alguns jo-vens usam as redes sociais e insultam-me dizendo que sou um co-barde, mas o problema no este, mas sim que as pessoas falam, mas com quase tudo cercado.Primeiro-Ministro de Angola, Marcolino Moco.

    FUNDo MoNETRIo SIM, MAS ERA MELHoR qUE FoSSE EURoPEUDepois da experincia de uma troika com o Fundo Monetrio Internacio-nal, a minha opinio pessoal que seria melhor pensar em representan-tes das instituies europeias. No fundo, era imaginar um Fundo Monet-rio Europeu para desenhar e acompanhar as polticas de ajustamento dos Estados-membros em dificuldades, tendo em linha de conta aqueles que so os valores, os princpios e os objectivos da Unio a que pertencemos.Presidente da Repblica de Portugal, Cavaco Silva, in SIC.

    Capitoon

    LICENCIAMENTo ELECTRNICo O Ministrio da Indstria e Comrcio lanou uma Platafor-ma Electrnica Integrada de Prestao de Ser-vios ao Cidado (e-BAU) que dever reduzir o tempo de espera no processo de obteno de licenas de actividades econmicas. O novo mecanismo ir facilitar o ambiente de interac-o entre as vrias entidades pblicas e priva-das que intervm nas reas de interesse eco-nmico e empresarial. O e-BAU, orado em 5.3 milhes de dlares, financiado pelo Gover-no em parceria com a The Investiment Climate Facity Trust for Africa (ICF).

    ENH A Empresa Nacional de Hidrocarbo-netos descarta a possibilidade de venda das suas participaes nos projectos de pesquisa e explorao de gs natural. Admite contudo que a empresa tem vindo a ser pressionada por entidades interessadas na compra das suas participaes nas reas 1 e 4 da bacia do Rovuma, zona onde esto a ser anunciadas grandes descobertas de gs natural. O PCA da ENH diz que no pretenso fazer cedncias, mas sim valorizar as participaes e transfor-mar a empresa numa operadora petrolfera.

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 15

  • 16 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    GRoWTH WITH HUNGER The growth we have has insufficiency of food production, as it is greatly impacted by infrastructure-based activities. However, there is no doubt that the economy is indeed growing.Mozambiques Minister of Finance, Manuel Chang, in o Pais.

    PLENTy SUGGESTIoNS... From our point of view, it is important to invest on revenue generated from the export of raw materials in a strategic manner, in order to secure a sustainable development of the country. The whole population should benefit from the potential deriving from the unvei-ling of new natural reserves. The people have the right for transparency.Germanys Minister of Foreign Affairs, Guido Westerwelle, in o Pas.

    MozAMBICAN MINERS It is now five years since the mine Pamodzi Gold 5 situated in Orkney, South Afri-ca (RSA) has closed down. Thousands of miners were left jobless and 500 among these are Mozambican natio-nals, where many of them are now experiencing starvation. The hope for the Mozambican miners, who persis-tently remained in the Rand Coun-try while facing adverse conditions, gravitates on a Chinese Consortium which has acquired the mine Pamodzi Gold 5 in December 2012. However, the exploration proceedings have not yet commenced.

    TAx EVASIoN Non-invoicing of sales, associated to low cost mer-chandise exchange, has negatively impacted the taxation of VAT (IVA) for the first three months in 20013, as established by the corresponding re-port on the execution of the States Budget. The situation distressed the taxes over Goods and Services and therefore these falling short to their initial projections.

    DEMoCRACy AND ILLUSIoNS DISSECTED It is an illusion to rate the Angolan regime as Democratic. It is only so by proclamation. Some youth use the social networks to dirty talk and call me names such as coward. However, the truth of the matter is that people talk, yet everything remains flanked. Angolas Prime-Minister, Marcolino Moco

    yES To MoNETARy FUND, BUT AN EURoPEAN oNE WoULD SUIT BETTER Af-ter a Troika experience with the International Monetary Fund, my perso-nal opinion is that it would be better to have representatives from Euro-pean institutions. Ultimately, would be to conceive an European Monetary Fund that would design and assist the adjusting policies from member states that are facing difficulty, taking into account that they are the values, the principles and the objectives of the Union we belong to.President of the Republic of Portugal, Cavaco Silva, in SIC.

    Capitoon

    ELECTRoNIC LICENSING The Ministry of In-dustry and Commerce has launched and Inte-grated Electronic Platform for service delivery to citizens (e-BAU), which shall reduce the waiting period following application for eco-nomic activities licenses. The new mecha-nism will facilitate the interaction environ-ment between different public and private entities, which act on areas of economic and entrepreneurial interest.

    ENH The National Enterprise for Hydrocar-bons discards the possibility of selling its sha-res in the projects for research and explora-tion of natural gas. It however admits that the enterprise has enduring pressure from enti-ties interested on the purchase of its shares on the areas 1 and 4 within the Rovuma basin, these being the areas where large discoveries of natural gas are being announced. The Chairman of the Board of Directors reports that there is no room for cessions, and ins-tead, value the shares and transform the en-terprise in an oil operator.

    ThIngS SAID

    in HiGH

    in low

  • Actual

    18 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    O desenvolvimento acelerado da provncia de Tete continua a atrair investidores nacionais e estrangeiros, sendo notvel o desenvolvimento alcanado em termos sociais e tursticos. De forma a aumentar o conhecimento e a infor-mao, o Hotel Park Inn Tete levou a Tete uma

    comitiva que inclua operadores tursticos e media. O objectivo proposto era o de acrescentar um maior co-nhecimento sobre a realidade da regio, a sua dinmica empresarial e os pontos tursticos existentes. A inicia-tiva, com a durao de trs dias, incluiu a visita Mina da Vale, ao Bairro Social da Cateme, nova Ponte sobre o Zambeze, Barragem e passeios tursticos de barco pela Albufeira. c

    BES refora posio no Moza Banco

    O Banco Esprito Santo (BES) reforou a sua posio no Moza Banco de Moambique, atravs da filial BES frica, passando a deter 49% do capital social daquele banco.

    Uma aco de charmedo Hotel Park Inn Tete

    Trata-se da concluso de uma opera-o de compra de 18,9% do capital social do Moza Banco, detida pela Geocapital - Gesto de Participaes.Esta nova estrutura surge na sequn-cia da recente operao de aquisio, por parte do BES frica do capital an-teriormente detido pela Geocapital, passando desta forma o Moza Banco a ter dois accionistas de referncia, nomeadamente a Moambique Capi-tais, que permanece maioritrio, com 51% do capital, e o BES frica com 49%.Esta formalizao coincide com a inaugurao de mais duas agncias por parte do Moza Banco nas cidades da Maxixe e de Tete. Na mesma sen-da de expanso, a instituio finan-ceira promete a abertura de mais agncias ainda para este ano. c

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 19

  • The Bank Espirito Santo (BES) reinforced its position in Mozambiques Moza Bank, through its BES Africa branch and thus amassing 49% of the banks social capital. It

    so reflects the conclusion of an ac-quisition operation for 18.9% from the bank social capital then held by Geocapital Shares Management. This new structure unfolds from BES Africas recent acquisition process for the capital previously owned by

    Geocapital and thus Moza Bank now having two key shareholders, namely, Moambique Capitais (continues hol-ding a 55% shares majority) and BES Africa with 49% of the capital.This formalization coincides with the inauguration of two new Moza Bank branches in the cities of Maxixe and Tete. In its trail for expansion, this financial institution has announced that will be opening more branches in the course of the current year. c

    BES StrengthensPosition in Moza Bank

    The fast paced development of Tete Province continues to attract national and foreign investors, and the growth in social and tourism spheres is unequivocally perceptible.

    An Act of Charm from Park Inn Hotel in Tete

    In order to expand publicity and infor-mation, the Park Inn Hotel has arran-ged a visit to Tete by a mission which entailed tourism operators as well as the media. The visit aimed at enhan-cing knowledge of the regional reality, its entrepreneurial dynamics as well as the available tourism destinations. This initiative, which lasted three days, included visits to Vales Mine in Cateme area, the new bridge over the Zambezi River, the Dam, as well as boat rides through the reservoir.c

    Actual

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 21

  • Briefing MUNDO

    FMi corta crescimento dos EUa

    o FUNDo Monetrio Internacional (FMI) prev que a economia norte--americana cresa 1.9% em 2013, mantendo a projeco divulgada em Abril. Contudo, a expanso econmica do prximo ano foi revista em baixa, com o FMI a apontar para um crescimento de 2,7% face aos 3% inicialmente previstos. No relatrio conhecido como Artigo IV, a entidade sediada em Washington antev que a economia dos Estados Unidos registe uma reduo de trs dcimas percentuais na sua expanso do que tinha inicialmente previsto. Isto porque os EUA esto a registar um ritmo excessivamente rpido da reduo do dfice oramental. Em Maro deste ano, o Governo de Obama implementou cortes automticos na despesa do Estado, que ficaram conhecidos como sequestro oramental, no valor de 63 bilies de euros.Quanto ao desemprego, o FMI aponta para uma taxa 7,5%. Porm, o nmero de pessoas sem emprego dever comear a diminuir no final do ano e a alcanar uma taxa de 7,2% em 2014. O FMI revela tambm que a Reserva Federal norte-americana (Fed) dever manter os estmulos monetrios

    at ao final do ano, comeando a reduzi-los no prximo. Porm, a entidade dirigida por Christine Lagarde adverte que os EUA devem gerir cautelosamente a reduo dos estmulos econmicos, de maneira a no perturbar os mercados financeiros.c

    Singapura repreende 20 bancos por tentarem manipular taxas de referncia

    A AUToRIDADE Monetria de Singapura (AMS) identificou tentativas de manipulao das taxas de referncia no mercado interbancrio, envolvendo 20 bancos e 133 operadores do Mercado.A AMS ordenou aos bancos envolvidos que criem provises no valor 7.1 mil milhes de euros, para melhorarem os sistemas de controlo interno. Alm disso, a autoridade vai assumir a responsabilidade de supervisionar o mercado interbancrio e vai transformar a prtica de manipulao das taxas em ofensa criminal.Entre os bancos que tentaram manipular as taxas interbancrias, as taxas swap e taxas de cmbio de referncia esto o ING, RBS e o UBS. O valor combinado destes mercados de 4.7 bilies de dlares norte-americanos, por dia. Dos 20 bancos envolvidos, 19 tero de constituir reservas avaliadas em mais de um bilio de euros, numa proviso que ficar aplicada taxa de juro de 0% durante um ano. O Commerzbank no ter de constituir a proviso. As taxas interbancrias de Singapura, equivalentes s Euribor e s Libor, com a denominao Sibor,so calculadas diariamente pela Associao de Bancos de Singapura.

    putin atribui crise na UE a excessos

    o PRESIDENTE russo, Vladimir Putin defendeu que a actual crise na Unio Europeia se deve a benefcios sociais excessivos em alguns pases europeus, que vivem acima das possibilidades. Numa entrevista publicada pela agncia RIA Novosti, Putin referiu-se s causas da crise econmica na UE, dizendo que muitos pases europeus se tm desenvolvido do apoio social e que muitas vezes estar desempregado mais rentvel do que trabalhar, situao que ameaa no s a economia, mas tambm os fundamentos morais da sociedade.Putin disse que no segredo que muitos cidados de outros pases menos desenvolvidos vo para a Europa para usufruir dos benefcios sociais. Ineficcia a palavra-chave, acrescentando que as consequncias que atingiram a Europa se devem ao facto dos pases viverem acima das possibilidades, perderem controlo sobre a sade da economia e dos desvios estruturais.c

    22 AGOSTO 2013 Capital Magazine

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 23

    Briefing WORLD

    iMF Hinders USas Growth

    THE International Monetary Fund (IMF) anticipates that the American economy will register a 1.9% growth rate in 2013, and thus sustaining the projections made earlier-on in April. However, the economic expansion for the following year is estimated low as the IMF indicates a future growth of 2.7% against 3% initially fore-seen. On the report known as Article IV, the Washington based entity reck-ons that the United States Economy will register an expansion fall of three percentage points in contrary to its initial estimates. This is because the USA is registering an excessively rapid rhythm of budget deficit reduc-tion. In March this year, the Obama Ad-ministration introduced automatic cut-offs on the state expenditure, which were known as budgetary abduction and amounted to 63 bil-lion. With regards to unemployment, the IMF hints a 7.5% rate. However, the number of jobless people should start declining towards the end of the year and settle on a 7.2% rate in 2014. The IMF also reveals that the

    American Federal Reserve (Fed) will uphold the monetary incentives until the end of the year, and then after, reduce them in the coming year. Nonetheless, the entity headed by Christine Lagarde warns that the USA should cautiously manage the trim-ming down of economic incentives as means of not disturbing the financial markets. c

    putin ascribes EU crisisto immoderation

    THE Russian President, Vladimir Putin, argues that the current crisis in the European Union is caused by excessive social benefits in some European countries that live above their possibilities. During an interview publicised by the RIA Novosti Agency, Putin made reference to the causes of the economic crisis in the EU with the following remarks: many European countries have been developing them-selves through social support, and in many cases, being unemployed is way more profitable that having a job, and such scenario threatens not only the economy but also the moral fun-daments of the society. Puttin said that it is no secret that many citizens from less developed

    countries move to Europe in order to take advantage of social benefits. Inefficiency is the key word, adding that the consequences that affected Europe result from the fact that the countries live above their possibili-ties; lose control over the state of the economy as much as structural diver-sions.c

    Singapore Reprimands 20 Banks for attempted Manipulation of Reference Rates

    THE Singapore Monetary Author-ity (SMA) detected attempts to ma-nipulate reference rates on the inter-bank market, which involved 20 banks and 133 market opera-tors. The SMA ordered that the con-cerned banks established provi-sions on the amount of 7.1 thou-sand billions in order to improve internal control systems. Addition-ally, the authority will take on the responsibility to supervise the in-ter-bank market and will sanction any attempts to manipulate refer-ence rates as a criminal offense. Among the banks that attempted to manipulate the inter-bank rates, the Swap rates and the stock exchange reference rates are ING, RBS, and UBS. The agreed amount from these markets is that of $4.7 billion, per day. From the 20 banks involved in the plot, 19 will have to constitute reserves calculated over a billion Euros, in a provision that will be charged a 0% interest rate through the year. The Commerzbank does not have to constitute the provision. The inter-bank rates in Singapore, analogous to the Euribor and the Libor, with Sibor denomi-nation, are calculated daily by the Singapore Banks Association.c

  • Briefing FRICA

    Moambique e frica do Sulcooperam na rea de portos

    A TRANSNET National Ports Authori-ty da frica do Sul (TNPA) e Maputo Port Development Company (MPDC) assinaram, em Joanesburgo, um me-morando de entendimento para coo-perao nas reas de infraestruturas e treinamento porturio. O acordo representou para os dois lados uma parte de um objectivo mais amplo para integrar o comrcio regional, bem como a revitalizeo de documentos assinados entre o MPDC e outros portos da frica do Sul. O presidente da TNPA, Tau Morwe, esclareceu, na altura, que o

    acordo no se destinava a proteger os portos de Moambique e frica do Sul da competio internacional, mais que visava melhorar a coor-denao e o planeamento entre os portos da Comunidade do Desenvol-vimento da frica Austral (SADC). Por sua vez, o presidente-executivo do MPDC, Osrio Lucas, referiu que a instituio que dirige j compar-tilhaou o seu plano director de 20 anos com a TNPA e Transnet Freight Rail (o sistema ferrovirio da frica do Sul) a fim de desenvolver uma abordagem regional para melhorar as redes de logstica.c

    SatADSL com estratgiade crescimento anunciada

    SATADSL, uma empresa belga que fornece o acesso Internet via satli-te de baixo custo e o servio de co-municaes na frica Subsaariana, anunciou a concluso de um aumen-to de capital com o objectivo de financiar o seu desenvolvimento, nos

    prximos cinco anos. O capital reforado, na ordem de um milho de euros, ser usado para apoiar a estratgia de crescimento da SatADSL, visando conectar milhares de filiais de empresas africanas na frica Subsaariana com sistemas

    de comunicaes por satlite. Esse aumento de capital vai permitir o desenvolvimento de uma plataforma de entrega de multi-servio de baixo custo para o benefcio de grandes e de pequenas e mdias empresas africanas, em particular os bancos.A SatADS oferece acesso Internet, via satlite, na frica desde 2010. Centenas de empresas africanas usam, neste momento, os servios da companhia, em mais de 15 pases. Algumas empresas de transferncia de dinheiro esto a conectar os seus escritrios, em vrios pases, graas a SatADSL.c

    prova de vinhosalentejanos delicia luanda

    A CAPITAL angolana acolheu, re-centemente, uma nova prova de vinhos portugueses, da regio do Alentejo. Foram apresentados aos convidados mais de 150 diferentes rtulos, de 24 marcas de vinhos alentejanos.Participaram do evento, entre ou-

    24 AGOSTO 2013 Capital Magazine

  • Briefing FRICA/AFRICA

    O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) disponibilizou 100 milhes de d-lares ao Commerzbank AG para o financiamento de Contratos de Participao de Risco (RPA, na inglesa) no comrcio em frica, aps um acordo entre as duas ins-tituies financeiras. A iniciativa vai ajudar a resolver a demanda do mercado crtico para o financia-mento do comrcio em frica, fornecendo suporte para o comrcio no sector de agronegcios. Vo inclusive promover o desenvolvimento do sector financeiro, a integrao regional e aumentar a gerao de receita dos governos, alm de me-lhorar o crescimento econmico sustentvel de frica.Este acordo ir resultar na prestao de um apoio significativo aos bancos afri-canos e de PMEs, esperando-se que se gere cerca de 1,2 bilies de dlares no comrcio de equipamentos, matrias-primas, bens intermedirios e acabados, ao longo de trs anos. Commerzbank AG, com sede em Frankfurt, na Alemanha, um banco lder no fi-nanciamento do comrcio em frica, com uma carteira comercial de aproximada-mente de seis bilies e uma rede activa de mais de 500 bancos no continente.c

    tros, enlogos, jornalistas, represen-tantes de empresas distribuidoras e, em geral, apreciadores de vinhos. Angola, segundo os promotores da prova, o maior mercado para vinhos portugueses fora da Unio Europeia, sendo que os vinhos pro-venientes da regio do Alentejo, no sul de Portugal, representam mais de metade do que consumido no pas. Globalmente, a Inglaterra o 2. consumidor de vinhos portugue-ses, os EUA o 3., e o Brasil o 4.. Torna-se curioso como em Maputo comeam tambm a surgir os pri-meiros Wine Bars. Uma tendncia que vem reforar o gosto pelo nc-tar de Baco.c

    oPoRTUNIDADE DE FINANCIAMENTo

    BAD tem 100 milhes para o comrcio

    THE South African Transnet Port Authority and the Maputo Port Devel-opment Company (MPDC) have signed, in Johannesburg, a memoran-

    dum of understanding for coopera-tion in the areas of infrastructure and port operations training. For both sides, the agreement repre-

    Mozambique and South Africa Cooperate in the Port Area

    sented a fraction of an ampler objec-tive to integrate the regional com-merce as well as the revitalization of protocols endorsed between the MPDC and other South African ports. TNPAs President, Tau Morwe, clarified then, that the agreement was not aimed at protecting the ports of Mo-zambique and South Africa against international competition; instead, it aimed at improving the coordination and planning amongst the Southern African Development Community (SADC). In turn, the Executive President for MPDC, Osrio Lucas, referred that the enterprise under his manage-ment has already shared its 20 year master plan with TNPA and Transnet Freight Rail (South African Rail Sys-tem), towards undertaking a regional approach to improve the logistics networks. c

    Capital Magazine AGOSTO 2013 25

  • 26 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    Funding opportunity

    ADB has 100 Millions for Commerce

    Briefing AFRICA

    SataDSl announced Growth Strategy

    THE SatADSL, a Belgium entity that provides low cost satellite-based internet services as well as communi-cation services in the sub-Sahara region, announced the conclusion of a capital increase which aims at fi-nancing its own development through the next five years. The reinforcement capital, adding to 1 million, will be used to support a strategy for SatADSLs development towards connecting millions of Afri-can enterprise branches operating in the sub-Sahara region, with satellite-based communication systems. This capital boost will enable the devel-opment of a platform for low cost multi-service delivery for the benefit of large, small and medium African enterprises; and banks in particular.In Africa, the SatADSL offers internet access via satellite since 2010. At the moment, hundreds of African com-panies adhered to the services, in more than 15 countries. Some money transfer entities are now connecting to their offices in various countries, thanks to SatADSL.c

    FoLLoWING an agreement between the two entities, the African Devel-opment Bank (BAD) has made available $100 million through Commerz-bank AG towards financing Risk Participation Contracts (RPA) in African commerce. The initiative will help addressing the market demand which is critical for financing trade in Africa, and thus providing support for commerce within the agro-business sector. It will further promote the development of the financial sector, regional integration and augmented profit generation by governments, while also bettering the sustainable economic develop-ment in Africa. This agreement will result on the provision of substantial support to African banks as well as small and medium scale companies. It is ex-pected that $12 billion will be generated through the commercialisation of equipments, raw materials, intermediate and final good, for a period of three years. Commerzbank AG, based in Frankfurt, in Germany, is a leading bank in financing commerce in Africa, with a commercial purse of approximately six billions across an active network of over 500 banks in the continent.c

    Exhibition of Alentejo Wines Marvels Luanda

    RECENTLy, the Angolan capital hosted a new exhibition event for Portuguese wines from the Alentejo region. The guests were presented with over 150 different labels from 24 brands of Alentejo wines. Among many who attended the event, there were winemakers, journalists, retail repre-sentatives and wine fanciers. According to the event promoters, Angola is the

    largest market for Portuguese wines outside the European Union, and the ones from Alentejo represent more than half of the countrys consumption. Globally, England is the second con-sumer of Portuguese wines, the USA on 3rd and Brazil 4th. It is interesting to note that Maputo is already registering the emerging of the first wine bars. A tendency that reiterates the relish for bacchus nectar.c

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 27

    o CoNSELHo Municipal da Cidade de Maputo lanou o Plano director de Mobilidade e Transporte para a rea metropolitana de Maputo. Tra-ta-se de um plano que prev trs projectos estruturantes como poss-veis solues para a resoluo dos problemas de trfego e transporte de passageiros que caracterizam as cidades de Maputo, Matola, Boane e Marracuene. No global, o plano est orado em cerca de 5,5 bilies de dlares e prev-se que seja implementado de forma faseada. Ou seja, ter uma durao de 22 anos a contar a partir do presente ano, sendo que s esta-r completo em 2035.Assim, o primeiro projecto, orado em 57 milhes, consistir na reali-zao de um estudo de viabilidade

    para a gesto de trnsito e tornar a cidade mais conveniente, segura, livre de congestionamento e com uma infraestrutura rodoviria sus-tentvel. O segundo projecto, avaliado em 180 milhes de dlares, almeja a construo de um corredor ex-clusivo para o transporte pblico urbano, com extenso de 30 km de estrada. Este inclui a aquisio de autocarros apropriados, com o sistema de bilheteira electrnica acoplada aos autocarros e estaes de paragens e terminais.O terceiro projecto preconiza a construo duma linha de metro de superfcie entre as cidades de Maputo e Matola, com linhas ali-mentadoras nas zonas de Machava, Matola-gare e Boane, numa exten-so de 35 Km.c

    Briefing MOAMBIQUE

    Maputo conta com plano directorpara mobilidade e transporte

    Moambique j possui estratgia para o sector financeiro

    o GoVERNo moambicano acaba de aprovar uma estratgia que visa promover o desenvolvimento do sector financeiro, tornando-o slido, diversificado, competitivo e inclusi-vo. A Estratgia para o Desenvolvi-mento do Sector Financeiro em Mo-ambique (EDSFM) cobre o perodo 2013/2022 e tem como horizonte o aumento da oferta aos cidados e empresas, particularmente as PMEs (Pequenas e Mdias Empresas), do crdito e diversificados produtos financeiros, a preos acessveis.Segundo o ministro das Finanas, Manuel Chang, a estratgia conso-lida as recomendaes de diversos estudos de diagnstico com vista ao melhoramento, fortalecimento, am-pliao e aprofundamento do sector financeiro, nos prximos 10 anos. Neste momento, apenas 20% da populao tem acesso aos servios fianceiros em Moambique. Durante a implementao da EDSFM, o Governo ir continuar a intervir no apoio expanso do acesso aos servios de apoio, alargamento e aprofundamento do sector privado na prestao de servios financeiros, promovendo um clima que facilite investimentos privados no sector financeiro, estimule instrumentos joint venture e de prestao de ser-vios financeiros auxiliares s zonas rurais e camadas da populao sem acesso a estes servios.c

  • 28 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    o PRoGRAMA Moambique Hospitaleiro que possui como objectivo apoiar a qualificao de micro-plos tursticos das cidades de Maputo e Inhambane a par-tir da formao de 800 trabalhadores informais do sector turstico, aumentando as suas habilidades profissionais e gerando emprego, tem vindo a dar os seus primeiros passos. A formao de formadores j decorreu no primeiro trimestre e visou assegurar a existncia de forma-dores capacitados e qualificados para a realizao das aces de formao dos beneficirios finais em Artesanato (artesos e vendedores de artesanato); Alimentos e bebidas eTxis e moto-txis (Xopelas).Numa primeira etapa, a formao de formadores de-correu nas instalaes do INEFP (Instituto Nacional de Emprego e Formao Profissional), tendo participado

    cinco instituies de formao seleccionadas para a implementao da formao aos beneficirios finais e mais quatro elementos do INEFP, instituio parceira e supervisora do programa. Numa segunda fase, a formao de formadores decorreu na sede da SNV (Organizao Holandesa de Desenvolvimento), sendo que o curso se dividiu em formao psico-pedaggica e formao no mbito da hospitalidade e gesto de negcios.O Programa Moambique Hospitaleiro implemen-tado em Moambique pela SNV, INEFP, Conselho Mu-nicipal da Cidade de Maputo e Ministrio do Turismo, com o apoio financeiro da Unio Europeia. Trata-se de uma ferramenta que pretende contribuir para o desenvolvimento sustentvel do sector de turismo informal.c

    DESTAqUE

    Formao por um Moambique Hospitaleiro

    Briefing MOAMBIQUE/MOZAMBIQUE

    Maputo Launches Master Planfor Mobility and Transport

    THE MAPUTo City Council launched a Master Plan for Mobility and Trans-port for Maputos metropolitan area.

    The plan entails three structural proj-ects as possible solutions to solve the constraints faced with passenger

    transportation as well as traffic, par-ticularly in the cities of Maputo, Ma-tola, Boane and Marracuene. In general, the plan has a budget estimate of $5.5 billion and it is ex-pected to be gradually implemented. In short, it will have a duration of 22 years as from the current year and expected completion by 2035. Hence, the initial project is estimated at 57 million and comprises the un-dertaking of an assessment study for traffic management and turn the city into a safer, convenient and conges-tion free environment, while also securing a sustainable road infra-structure. The second project is calculated at $180 million and is aimed at the construction of an exclusive cor-

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 29

    Briefing MOZAMBIQUE

    ridor for the urban public transport, with a road extension of 30km. This includes the acquisition of adequate buses, with built-in electronic ticket issuance on the buses, bus stations or terminals. The third project is seeks the con-struction of a surface railway be-tween the cities of Maputo and Ma-tola with feeding lines to Machava, Matola-Gare and Boane, for an exten-sion of 35km.c

    Mozambique now with a Strategy for the Financial Sector

    THE Mozambican Government has just passed a strategy that aims at promoting the development of the financial sector, and thus making it solid, diversified and exclusive. The Strategy for the Development of the Financial Sector in Mozambique (SDFSM) covers the period of 2013/2022 and aspires to provide increased offers to citizens and com-panies, particularly the PMEs (Small and Medium Scale Companies), credit and diversified financial products at reasonable prices. During the implementation of the SDFSM, the Government will contin-ue to intervene in supporting the ex-pansion of support services, involv-ing the private sector deeper on the provision of financial services, pro-

    moting an environment conducive for private investments on the financial sector, stimulate joint-venture tools,

    as well as ancillary financial services to rural areas and communities with no access to these services.c

    HIGHLIGHTS

    Training for a Hospitable Mozambique

    THE thriving Hospitable Mozambique programme, intends to sup-port the qualification of tourism micro-poles in the cities of Maputo and Inhambane through training of 800 informal workers in the tourism in-dustry and thus increasing their professional abilities and generating employment. The training of trainers has already taken place in the first quarter and aimed at securing the availability of trainers enabled and qualified for the implementation of training activities for the final beneficiaries in craftsmanship (artisans and sellers of handicraft); food and drinks, cab services as well and motorbike cabs (Xopelas). On a first phase, the training of trainers took place in the premises of IN-EFP (National Institute for Employment and Professional Training), where five selected training institutions were invited to take part for the imple-mentation of the training of final beneficiaries as well as four members from INEFP, as the partner institution, and supervisor of the programme. On a second phase, the training of trainers was held at the headquarters of SNV (Dutch Organisation for Development) and the training was di-vided in psycho-pedagogic training in view of hospitality and business management. In Mozambique, the Hospitable Mozambique programme is implement-ed by SNV, INEFP, the City Council of Maputo and the Ministry of Tourism, with financial support from the European Union. This is a tool with the objective of contributing for the sustainable development of the infor-mal tourism sector. c

  • 30 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    PACDE promete diascontados desordem na contabilidade das PMEsPor estes dias, as pequenas e mdias empresas moambicanas podero dispor do apoio necessrio para tornar as suas contas auditveis, a varinha mgica que estava a faltar para remover as grandes barreiras ao crescimento deste grupo de empresas.

    A recm eleita Ordem dos Contabilistas e Auditores de Moambique (OCAM) j est a desenvolver um programa para dotar os contabilistas nacionais de tcnicas usadas

    internacionalmente, e que vo actuar ao nvel das pequenas e mdias empresas (PMEs) tornando-as mais organizadas e credveis, assegurou Capital o coordenador do Projecto de Apoio Competitividade e Desen-volvimento Empresarial (PACDE), Srgio Macamo.A viragem deve acontecer j e vai

    actualmente, todas as pessoas colectivas em Moambique,

    incluindo os investimentos com participao estrangeira, so afectadas por uma sria falta de

    contabilistas qualificados e de tcnicos de contabilidade

    devidamente treinados.

    consistir na formao de formadores em matria de Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF). Ser o incio de uma longa caminhada, a avaliar pelo facto das PMEs repre-sentarem 99% do tecido empresarial do pas. Alm disso, a prpria OCAM tem outros desafios, como o de cap-tar mais membros e afiliar-se Fede-rao Internacional de Contabilistas e Auditores. Objectivo que, a concre-tizar-se, vai ampliar a capacidade de interveno nas PMEs.Este feito ser, sem dvidas, uma importante conquista para o desen-volvimento do Pas. O primeiro gran-de ganho ser a confiana junto de instituies financeiras. Actualmente, os bancos no financiam actividades das PMEs por alegado alto risco. O facto que o denominador comum naquele grupo de empresas a ausncia de uma contabilidade or-ganizada e graves insuficincias de gesto.Alis, o prprio PACDE constata que actualmente, todas as pessoas co-lectivas em Moambique, incluindo os investimentos com participao estrangeira, so afectadas por uma sria falta de contabilistas qualifica-dos e de tcnicos de contabilidade devidamente treinados. As PMEs so especialmente afectadas. S para ter uma ideia, a frica do Sul tem perto

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 31

    DOSSIER

    de 25 mil contabilistas e auditores certificados, Moambique tem menos de mil.Resolvidos os problemas de aces-so ao crdito, as PMEs estaro em melhores condies de fazer face aos desafios subsequentes: aceder a meios tecnolgicos, elevar o Stan-dard de produo para se ligarem s grandes empresas, empregarem mais pessoas e participarem activamente da cadeia de valor produtiva e do desenvolvimento scio-econmico de Moambique.

    Gesto, o tira-sono

    Um estudo recente, levado a cabo pela Avril Consulting e Southern Africa Trust com o apoio da Building Markets, concluiu que a maioria das empresas, especialmente as informais so criadas como uma resposta falta de emprego formal bem remunerado ou como fonte de renda adicional. O estudo sugere que estas unidades empresariais no so mais do que o resultado de um acaso propor-cionado pelas oportunidades de mercado.Consequncia disso que esses empresrios no tm conhecimento prvio sobre a gesto de empresas ou empreendedorismo, e evitam investi-mentos arriscados de longo prazo em aspectos como a melhoria da qualida-de de produtos e servios, sociedades de construo e estruturao de ne-gcios.Assim, fica fcil perceber a razo da morte da maior parte das PMEs moambicanas pouco tempo aps a sua constituio. perceptvel o paradoxo de representarem 99% e empregarem 46% da fora de tra-balho, enquanto 54% do emprego formal absorvido por 1% das gran-des empresas.O estudo pretendia analisar os fac-tores que inibem o crescimento de

    pequenas empresas em Moambique e foi a debate em dilogo poltico so-bre negcios inclusivos, num encon-tro que juntou diversos actores da arena econmica e empresarial e que participaram entidades como a Con-federao das Associaes Econmi-cas (CTA), o Instituto para a Promoo das Pequenas e Mdias Empresas (IPEME), a SNV (Organizao Holan-desa de Desenvolvimento), o Centro de Promoo de Investimentos (CPI), agncias de desenvolvimento, PMEs e grandes empresas.Baseada em 32 entrevistas realizadas

    em Maro deste ano com 20 PMEs, oito grandes empresas e quatro representantes do Governo, uma das principais constataes da in-vestigao que as PMEs no esto informadas sobre as oportunidades e demandas do mercado, factor que torna ainda mais difcil o seu enqua-dramento e crescimento.Concluso: Em 2012, o peso das empresas do sul do pas foi muito maior ao do Centro e Norte no que respeita o licenciamento simplifica-do. Em 2011, a regio Centro liderou o processo. c

    Estrutura das Micro, Pequenas e Mdias Empresas moambicanas em 2009

    Total: 26.213 Sector comercial: 55%Sector de servios: 32%Ind. transformadora: 10%Emprego: 89% das PMEs tm menos de 10 trabalhadores

    oportunidadesde financiamento

    PACDE-MESE:4,5 milhes USD para associa-es comerciais e PMEs (2011-2014) para melhorar a competiti-vidade e reforar as associaes.

    Building Markets 3 FP Programme: Melhoria do acesso ao financia-mento

    Algumas polticas e regulamentaes governamentais para auxiliarno desenvolvimento de PMEs

    Estratgia para a Melhoria do Ambiente de Negcios I (EMAN I 2008-2012)Reformas legais: registo de empresa, nova lei do trabalho; reformas fiscais: simplificao, melhoria das infraestruturas, boa governao, proteco ao investidor, registo de propriedade.

    Estratgia para a Melhoria do Ambiente de Negcios II (EMAN II 2013-2017)Simplificao de procedimentos e melhoria da competitividade

    Estratgia para o Desenvolvimento das PME (2008-2012)Trabalha em sinergia com EMAN I: implementao do quadro institucional, criao do Instituto para a Promoo das PMEs (IPEME)

    Lei das Aquisies Pblicas15/2010:Regime excepcional reservado s PMEs e individuais registados para obras de menos de 120 mil USD e servios de menos de 60 mil USD; regime de pequena escala, procedimentos simplificados para pequenos contratos.Criao do IPEME, em 2009, para promover o desenvolvimento das PMEs, no que toca ao acesso informao e conselho s empresas.

  • 32 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    The recently elected Ac-countants and Auditors Bar of Mozambique (AABM) is already developing a pro-gramme to equip national accountants with techniques

    used internationally, which will act on the Small and Medium Enterprises towards ensuring they are better organised and credible; stated the Coordinator for the Project of Sup-port to Competitiveness and Busi-

    In the coming days, Small and Medium Enterprises may have the necessary support to ensure their accountancy is auditable; it is the missing magic stick to help removing major obstacles deterring the development of this group of enterprises.

    ness Development (PSCBD), Sergio Macamo.The switch shall happen soon and will consist in the training of trainers in the field of International Norms for Financial Reporting (INFR). It will mark the beginning of a long journey, considering that SMEs represent 99% of the business echelon in the country. Moreover, AABM itself has other aspirations such as inveigling new members and secure its affilia-tion to the International Federation of Accountants and Auditors. Such undertaking will also ensure wider capacity to intervene within the SMEs. This achievement will indubitably and important conquest for the countrys development. The first im-portant notch up is trustworthiness across financial institutions. At the moment, banks do not finance SMEs activities, allegedly due to high risk. The fact is that a common denomina-tor in that group of firms is the ab-sence of organized accountancy and serious management shortfalls. As a matter of fact, AABM indicated that currently, all legal persons in Mozambique, including investment

    currently, all legal persons in Mozambique, including invest-

    ment with foreign capital, are affected by serious shortage of qualified accountants and ac-

    counting technicians properly trained.

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 33

    DOSSIER

    with foreign capital, are affected by serious shortage of qualified accoun-tants and accounting technicians properly trained. The SMEs are particu-larly affected by this. For argument sakes, South Africa has roughly 25 thousand certified accountants and auditors and Mozambique has less than one thousand. With the credit access dilemma taken out of the way, the SMEs will be in better position to face the subse-quent challenges: access to techno-logical tools; elevate the standard of production in order to link with larger firms; employ more people; actively participate in the chain of productive value and socio economic develop-ment of Mozambique.

    Management, the nightmare

    A recent study carried out by Avril Consulting and the Southern Africa Trust, with the support from Building Markets, concluded that most of the companies, especially the informal ones, are established as an upshot of lack of well remunerated formal employment or as source of additional income. The study suggests that these business units are not more than a result of good fortune deriving from the market opportunities. As a consequence, is that, these busi-nessmen have no foregoing acquain-tance of business management or entrepreneurship, and therefore refrain from long term risky investments in aspects such improving the quality of products and services; business struc-turing and construction societies. Thus, it becomes easy to understand the demise of most Mozambican SMEs shortly after they are estab-lished. It is equally explicable the paradox as in they represent 99% and employ 46% of the labour force, while 54% of formal employment is

    absorbed by 1% of large firms. The study aimed at analysing the factors inhibiting the growth of small enterprises in Mozambique and took on to debate in political dialogue on inclusive businesses, in an event that gathered various actors in the economic and business arena such as the Confederation of Economic Associations (CEA), the Institute for the Promotion of Small and Medium Enterprises (IPSME), the SNV (Dutch Organisation for Development), the Centre for Investment Promotion (CIP), Development Agencies, SMEs and large firms.

    Based on 32 interviews carried out in March this year with 20 SMEs, eight large firms and four Govern-ment representatives, one of the main findings of the inquest is that the SMEs are not informed about the market opportunities and demand, factor which makes it harder for their alignment and growth. Conclusion: In 2012, the influence of firms in the South of the country was much higher than in the Centre and North, as far as the simplified licensing is concerned. In 2011, the Centre region led the process. c

    Structure of Micro, Small and Medium Mozambican Enterprises in 2009

    Total: 26.213 Commercial Sector: 55%Services Sector: 32%Tran. Industry: 10%Employment: 89% of SMEs have less than 10 workers.

    Financing opportunities

    PACDE-MESE:$4.5 million for commercial asso-ciations and SMEs (2011-2014) to enhance competitiveness and reinforce associations.

    Building Markets 3 FP Programme: Improvement of Access to Finan-cing

    Some Policies and Government Regulations to Assist the Development of SMEs

    Strategy for the Improvement of Business Environment I (SIBE I 2008 2012):Legal Reforms: Company registration, new labour law, taxing reforms, simplification, refurbishment of infrastructures, good governance, investor protection, registration of ownership.

    Strategy for the Improvement of Business Environment II (SIBE II 2013 2017):Simplification of procedures and improvement of competitiveness.

    Strategy for the Development of SMEs (2008 - 2012):Works in synergy with SIBE I: Implementation of the Institutional Fra-mework, creation of the Institute for the Promotion of SMEs (IPSME)

    Public Acquisitions Law 15/2010:Exceptional Regime: Reserved to SMEs and individuals registered for works under $120 thousand and services below $60 thousand; Small Scale Regi-me: Simplified Procedures for minor contracts. Creation of IPSME in 2009, to promote the development of SMEs with re-gards to access to information and counselling to firms.

  • 34 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    Foco ECONOMIA

    Instabilidadeespanta investimentos?

    A circulao de pessoas e bens est comprometida no centro do Pas. Os recentes confrontos entre as foras policiais e os

    homens armados, alegadamente da Renamo, transformaram Muxngu numa regio insegura da provncia de Sofala, com prejuzos a levar em conta para o desempenho da economia.

    Na rota dos ataques, a j por si insu-ficiente linha frrea de Sena - prin-cipal via de transporte do carvo de Tete para o Porto da Beira - ficou menos funcional. A Rio Tinto viu-se forada a suspender a sua expor-

    tao carbonfera aps o descarrilamento decorrido na sequncia da sabotagem na ferrovia, e j circulam notcias de que a min-eradora australiana ir desfazer-se de parte ou da totalidade da sua concesso em Tete. Apesar da gigante brasileira Vale continuar com as suas operaes na Linha de Sena, prev-se que o impacto dos confrontos na

    economia venha a ser inevitvel pelo peso que o sector mineiro representa.Se as projeces apontam para um desem-penho global da indstria extractiva em 18.6%, sendo o maior de todos os secto-res, este crescimento que j tinha sido inviabilizado pela ocorrncia das cheias no incio do ano ser ainda menor devido instabilidade vivenciada, e dever empurrar o valor do PIB mais para baixo, depois de duas revises pessimistas.Mais A ocorrncia de cerca de uma dezena de bitos de civis na EN1, estrada que liga todo o territrio nacional de Norte a Sul,

    reduz a prtica do comrcio naquela regio; interrompe a ligao entre pontos de produo e de consumo de bens agrcolas; quebra a cadeia de valor que est a ser instalada para o desenvolvimento scio--econmico da Regio e do Pas; agudizan-do assim a pobreza.Se as previses do desempenho do co-mrcio foram estabelecidas em 5.9%, as limitaes da circulao de pessoas e bens no Centro vo contribuir certamente para baixar este nmero, e, uma vez mais, o PIB poder no avanar conforme se esperava.

    o risco de espantar investimentos

    Nos ltimos anos, o Pas vem conso-lidando a sua posio como um ape-tecvel mercado para investir, posio conquistada graas estabilidade poltica. Em movimento crescente, o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) bate o recorde a cada ano que passa. Contudo, e porque todo o investidor pretende retornos para o seu investi-mento, cautela ningum investe em ambiente poltico tenso. Existe assim um risco real de regredirmos tambm neste aspecto.Entretanto, a Capital foi ao encontro de alguns economistas para entender melhor o fenmeno. Para o economista e docente universitrio Constantino Marregula, os investidores podem optar por esperar at ao fim do conflito, ou, na pior das hipteses, desviarem os inves-timentos para pases que no ofeream riscos.Ragendra de Sousa, pesquisador e tambm docente universitrio, mais optimista e defende que esses riscos no tm a dimenso que parecem ter. Moambique de hoje j no Moam-bique da luta armada. A posio ma-croeconmica do Pas suficientemente estvel para que incidentes como o de Muxngu no criem alvoroo ao nvel do investimentos.c

    Evoluo do investimento

    Directo Estrangeiro em Moambique

    (Milhes USD)

    Fonte: Banco de Moambique

  • Focus on ECONOMY

    Does Instability Drive Away Investment? The circulation of goods and services has been compromised in the centre of the country. The recent clashes between the milita-ry police and gunmen, allegedly from Renamo, have transformed Muxngu into an insecure area within the Province of Sofala in detriment of the economys performance.

    Capital Magazine AGOSTO 2013 35

    Evolution of the Direct Foreign investment in

    Mozambique (million dollars)

    Source: Bank of Mozambique

    In the pathway of the attacks, the already insufficient Sena Railway the main route for the transpor-tation of coal from Tete to Beira Port has become less functional. The enterprise Rio Tinto was forced

    to call off its carboniferous exporta-tions given the derailment occurred as a result of acts of sabotage to the railway, while there are also rumors that the Australian mining company will let go of part or the total of its concession in Tete. Despite the fact that the Brazilian giant Vale, con-tinues to operate along the Sena corridor, it is foreseen that the impact for the economy is inevitable given the magnitude the mining sector represents. If the projections indicate an overall performance of 18.6% for the extrac-tive industry, being the largest of all sectors, this growth which was already impacted negatively by the floods early in the year will be even less due to the instability that has been witnessed, which will in turn push the GDP even lower following two pessimistic reviews. Furthermore the casualties adding to roughly a dozen people on the EN1, the road which connects the whole country from the North down to South, reduces the commercial transactions in that region; interrupts the connection between production areas and the consumer markets for

    agricultural goods; breaks the chain of values being established towards the socio-economic development of the region and the country at large; hence worsening poverty levels.Given that the projections for com-merce development were stipulated at 5.9%, the limitations in the cen-tre, for the circulation of goods and services will certainly contribute to reduce these projections and again with direct impact on the GDP, against initial estimates.

    The Risk of Shoo Away Investment

    In the past years, the country has

    been consolidating its attractive position for the investment market, which was only attained based on the political stability. The Direct For-eign Investment (DFI), currently in a growing trend, has been exceeding its own mark each year. However, and because every investor expects prof-its from the investment, as a precau-tion measure, no one invests in a tense political environment. There is therefore a real risk of regression in this area as well. In the mean time, the Capital went ahead to meet a few economists so to better understand the phenome-non. For the Economist and Universi-ty Lectured, Constantino Marrengula, The investor may opt to wait until the end of the conflict, or, in worst case scenario, divert their investment to other countries with no risks. Ragendra de Sousa, researcher and University Lecturer as well, is more optimistic and argues that the risks do not have the dimension they seemingly have. Mozambique nowa-days is not the same Mozambique from the struggle days. The macro-economic position of the country is sufficiently stable to accommodate incidents like Muxngu without dis-tressing investments.c

  • 36 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    Foco NEGCIO

    Como gerar empregos,rendimentos e prosperidade?

    Ao longo de 375 pginas, o li-vro, com a chancela da Editora Ndjira e com o apoio da SNV, Fundao Ford e Inatur, expe como dinamizar o desenvolvi-mento da actividade turstica

    em Moambique, tendo em mente os grandes desafios da mobilidade das pessoas, da valorizao da diversidade ambiental e cultural, assim como da descentralizao da gesto pblica e da colaborao intersetorial.Em Economia do Turismo traam-se caminhos e oferecem-se reflexes relevantes para que, na prtica, o tu-rismo passe a ocupar uma posio de destaque na economia nacional, ideia que na ptica do autor s poder acontecer quando a mobilidade das pessoas for impulsionada pela via da facilidade do transporte terrestre e areo; pelo repensar da poltica dos vistos; e pela priorizao de zonas a serem qualificadas como destinos tursticos prioritrios. sobre este marco que a obra ofere-ce estratgias e instrumentos bsicos para que gestores, formadores de opinio, e demais envolvidos na eco-nomia do turismo, possam promover o desenvolvimento do sector de forma descentralizada, planeando e definindo prioridades, a nvel local.Os seus captulos contam com relatos vivos da experincia da SNV (Organi-zao Holandesa de Desenvolvimen-to), que possui mais de 15 anos de

    experincia em projectos de turismo desenvolvidos em mais de 20 pases, e contam ainda com os subsdios de profissionais do sector do turismo em Moambique.

    Um autntico manual

    Federico Vignati aponta referncias sobre como planear o desenvolvi-mento da actividade no turismo de forma a capitalizar a capacidade que o sector tem de gerar empregos, ren-dimentos e prosperidade, procurando minimar os efeitos negativos que o turismo, quando mal gerido, tambm pode vir a desencadear.E aqui que se encontra o grande diferencial deste manual. Alis, o livro foi organizado como um curso completo para a gesto e planeamento econmico do turismo, com foco para o desenvolvimento local. Todos os captulos contm uma estrutura didctica rigorosa, estando ilustrados com conceitos, reflexes, exerccios, leituras recomendadas e estudos de casos referentes ao continente africano. Ao todo, o leitor poder encontrar 26 casos sobre 9 pases da nossa regio. Economia do Turismo encerra em si mesmo um importante subsdio e oferece uma base para reconhecer as boas prticas na gesto das activida-des tursticas inclusivas e ambiental-

    mente sustentveis e catalisadoras da recuperao da nossa diversidade, tal como vem acontecendo no Parque Nacional da Gorongosa.Ao mesmo tempo, o livro refora que enquanto Moambique no tiver um mercado domstico, e enquanto os moambicanos tiverem como destino de eleio o estrangeiro, a indstria nacional do turismo no ir ser capaz de demonstrar a sua verdadeira fora como motor para o desenvolvimento. De acordo com o livro, fundamental que os moambicanos tenham faci-lidades para realizar viagens dentro do pas, e que as agncias, hotis e empresas de transporte, dialoguem e realizem parcerias para o desenvolvi-mento de produtos tursticos.c

    Economia do turismo, do autor Federico Vignati, uma obra que foca uma das mais importantes questes a ser enfrentadas no pas: Como gerar empregos, rendimentos e prosperidade em Moambique.

    Ministro do turismo, Carvalho Muria e o autor da obra, Federico Vignati, aquando do seu lanamento

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 37

    Focus on BUSINESS

    Through 375 pages, the book with the seal from the Njira Pub-lisher and support from SNV, Ford Foundation and INATUR, exposes how to spur the development of the tourism activity in Mozam-

    bique, having in mind the enormous challenges of peoples mobility, valoriza-tion of the environmental and cultural diversity, as well as decentralization of public management and inter-sectoral collaboration. In Tourism Economy paths are traced and relevant reflections offered, so that, in practice, tourism takes on a position of import in the national economy, idea which in the authors opinion, can only happen when the mobility of people is impelled through facilitated air and land transportation; through reconsideration of visa policies; and prioritization of areas established as priority tourism destinations. It is based on this mark that the work offers strategies and basic instruments for managers, opinion setters, as well as others involved in the tourism economy so that they may promote the sectors development in a decentralized manner, while planning and defining priorities at local level. Its chapter account vivid narrations from SNV (Dutch Agency for Development) experience, which catalogues more than 15 years of experience in tourism projects implemented in over 20 countries and also register contributions from professionals in the tourism sector in Mozambique.

    An Authentic Manual

    Federico Vignati, indicates references on how to plan the development of the tourism activity in a way to capitalize the sectors capacity to generate jobs, profit and prosperity, while minimizing the negative effects that tourism may also trigger, if wrongfully managed.

    How to Generate Employment, Profit and Prosperitytourism Economy, from the author Federico Vignati, it is a masterpiece that focuses in one of the most important concerns facing the country: how to generate employment, profit and prosperity in Mozambique.

    This is where this manual makes a big difference. In fact, the book was structured as a complete training in management and economic planning of tourism, as axle for local development. All chapters contain a rigid didactic structure, with concept illustrations, reflections, exercises, recommended readings and case studies with reference to the African continent. The Tourism Economy exhausts in itself an important contribution and offers a basis to acknowledge good practices in the management of inclusive tourism activities environmentally sus-tainable and catalyzing the reclamation of our diversity, such as it is the case in the Gorongosa National Park. Simultaneously, the book paraphrases that as long as Mozambique does not have a domestic market, and as long as Mozambicans continue having foreign

    destinations as elect, the national tourism industry will be unable to lay bare its true strength as an engine for development. According to the book, it is fundamental that Mozambicans have means to travel within the country, and that the agencies, hotels and transporters dialogue and embark on partnerships towards the development of touristic produce.Picture 1: The Minister of Tourism, Carvalho Muria and the author of the masterpiece, Federico Vignati, during its launch. Picture 2: Rik Overmars, National Director of SNV, Noor Momade, AVITUMs President, Jos Psico, INATUR Chairman of the Board of the Directors,Federico Vignati, author of the book and Quessanias Matsombe, from FEMOTUR. c

  • 38 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    Foco EMPRESA

    Uma oportunidade mparde arranjar empregoFinalmente, as empresas moambicanas tero uma boa oportunidade para colocar os mais talentosos profissionais do mercado no seu quadro de pessoal. Ao mesmo tempo, os profissionais tero uma janela aberta para mostrar o que valem. A empresa Elite vai realizar o I Frum de Formao Contnua e Desenvolvimento de Carreira, em Outubro, na cidade de Maputo.

    O sonho ser realizado graas Elite, uma firma com grande tradio no recrutamento e formao de pessoal. Presente em Angola desde 2008, a Elite entra para o nosso mercado a

    partir deste ano, com a realizao do seu primeiro Frum de Formao Con-tnua e Desenvolvimento de Carreira para Moambique, que ter lugar em Maputo, entre 11 a 13 de Outubro.A aco da Elite vai incluir fruns de recrutamento; dias de recrutamento; procura e seleco; formao e desen-volvimento e outsourcing do processo de recrutamento; onde vo candidatar--se moambicanos com grau de licen-ciatura ou mestrado (concludo ou por concluir em 2013), bem como profis-

    sionais com experincia comprovada.A iniciativa promete ser o maior even-to de recrutamento jamais visto no Pas, e ser marcada por reunies e por interaces diversas, entre empresas lderes de sector que operam em Mo-ambique e os melhores candidatos moambicanos.Durante trs dias, esperam-se apre-sentaes de temas como Importncia da mo-de-obra nacional, pelo Minis-trio do Trabalho; Encontrar os lderes de amanh, hoje! pela Confederao das Associaes Econmicas de Mo-ambique (CTA); Economia forte com candidatos locais, pelo Banco de Mo-ambique; e Cerimnias de Networking e corporativas.

    Concurso promete muita adeso

    A Capital foi ao encontro de pelo menos dez estudantes de algumas Universidades em Maputo e os entre-vistados j mostram uma certa ansie-dade em poderem realizar-se a nvel profissional. a grande oportunidade de que dispo-nho para aperfeioar conhecimentos na rea em que me formeivou candidatar--me, disse Gildo Fernando, da Facul-dade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane. Estou procura de emprego h anos e esta ser, de certeza, uma janela importante para conseguir esse objectivo, revelou Ana Costa, da Univesidade Pedaggica.De facto, fcil perceber a dimenso da entrada da Elite no mercado mo-ambicano. As empresas tm dificul-dades em encontrar recursos humanos com conhecimentos ajustados sua estratgia de actuao. E o sector privado j veio vrias vezes a pblico queixar-se deste facto. Por outro lado, os profissionais de quase todas as reas de actividade seno todas tm dificuldade em ar-ranjar emprego. dos problemas de que mais se queixam os cidados, sobretudo os jovens, e, segundo dados actuais do Instituto Nacional de Forma-o Profissional, a taxa de desemprego chega aos 22,5%.c

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 39

    A Unique opportunityto Find Employment At last, Mozambican firms will have a great opportunity to recruit among the markets most talented professionals, into their lineup. Conversely, professionals will have an open window to show their worth. In October, the firm Elite will carry out the 1st

    Forum for Continuous Training and Career Development, in Maputo City.

    Focus on COMPANY

    The dream will come to be thanks to Elite, a company of reputable tradition in recruit-ment and training of profes-sionals. Present in Angola since 2008, Elite enters our

    market in the course of the current year, premiering with its 1st Forum for Continuous Training and Career Development in Mozambique, to be held in Maputo, from 11 to 13 Oc-tober. Elites action will include recruitment

    forums; recruitment days; search and selection; training, development and outsourcing of the recruitment pro-cess; where Mozambicans with Hon-ors or Masters Degrees (concluded or to be conclude in 2013) may apply, as much as professionals with dem-onstrated experience. The initiative pledges to be the greatest recruitment event ever in the country, and will be topped with meetings and copious interactions between leading companies in the

    sector and the best Mozambican candidates. For three days, the schedule compris-es theme presentations such as The importance of national manpower, by the Ministry of Labor; Find tomor-rows leaders, today! by the Mozam-bique Confederation of Economic Associations (CEA); Strong Economy with Local Candidates, By the Bank of Mozambique; as well as Network-ing and Cooperative Protocols.

    The Event Warrants Massive Adherence

    The Capital went to meet with at least ten students from some Univer-sities in Maputo and ascertained that the interviewees are keyed up about being able to succeed at professional level. It is the chance I have available to surpass my expertise in my field of study I will apply, said Gildo Fernando, from the College of Eco-nomics at the Eduardo Mondlane University. I am looking for a job for years now, and this will surely be an important breakthrough to that end, revealed Ana Costa from The Peda-gogic University. It is indeed easy to grasp the impact of Elites entry to the Mozambican Market. Firms have hindrances in identifying human resources with skillfulness aligned to their work-ing strategy. The private sector has repeatedly demurred about this fact, publicly. Then again, professionals from al-most every domain of activity if not all have difficulties finding a job. It is among the problems citizens grieve about the most, particularly the youth, and according to current data from the National Institute of Professional Training, the unemploy-ment rate reaches 22.5%.c

  • 40 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    TeteMas as oportinidades criadas pelos recursos e pela dinmica da actividade produtiva, ainda esto, infelismente, longe dos cidados locais.

    A actividade econmica na pro-vncia de Tete est ao rubro. O roncar das mquinas ouve-se um pouco por toda a parte, desde as pedreiras s minas de carvo e da explorao de

    outros recursos naturais. A cidade capi-tal comea a responder demanda de

    pessoas vindas de vrios destinos com a construo de novos condomnios e residncias, de vias de comunicao e demais infraestruturas de expanso dos servios de gua, electricidade e tele-comunicaes - tudo para galvanizar o crescimento daquele que considera-do o celeiro do pas.

    Tete, uma galinhaque no d ovos para todosAo circular pela capital de Tete, salta vista o desnvel entre as actividades dos grandes empreendimentos e as dos cidados. A maior parte das pessoas depende do pequeno comrcio, o que denuncia a fraca ligao entre as partes. Tudo porque falta dinheiro e sobretudo know how para dar o pontap de sada. Face a essa discrepncia, o Governo e o sector privado so chamados a acelerar o passo na definio de estratgias de apoio aos nacionais.

  • Capital Magazine AGOSTO 2013 41

    TEMA DE FUNDOTEMA DE FUNDO

    Por l, tudo parece bem, a avaliar pela presena de uma das maiores reservas de carvo do mundo; de vrios outros minrios que incluem o ouro, ferro e fluorite; da barragem Hidroelctrica de Cahora Bassa um empreendimento cujo destaque em frica e no Mundo inegvel e do potencial turstico que se vaticina.Mas as oportunidades, criadas pelos recursos e pela dinmica da actividade produtiva, ainda esto, infelizmente, longe do acesso dos cidados locais. O desenvolvimento ainda um assunto notoriamente de alcance macroecon-mico.Ao circular pela cidade de Tete, que tambm ostenta o nome da provncia, salta vista um cenrio de grande desnvel entre a actividade dos grandes empreendimentos e a desempenhada pelos cidados, denunciando desde logo uma fraca ligao entre as partes. Uma percentagem considervel das

    pessoas ainda depende do pequeno comrcio, sendo que as bancas de reduzida dimenso sustentam diversos agregados familiares. Sobressai a noo de que ali no se pa-dece da falta da noo de riqueza, uma vez que a mesma lateja mesmo debaixo dos ps daquela gente. O problema que os locais vivem diariamente de mos atadas por no saberem como chegar at ela. Alis, as comunidades revelam-se incapazes de desenvolver iniciativas empreendedoras rentveis. Nos campos agrcolas, a situao a mesma. A produo serve, quase exclusivamente, para assegurar a sub-sistncia familiar. Em geral, os grandes projectos ainda no se assumem como um mercado para a produo local, exceptuando o caso particular da Rio Tinto, mineradora que apoia a comer-cializao agrcola.A capital esteve recentemente l e questionou aos residentes da cidade de Tete sobre a possibilidade de aproveitar o pulsar da economia e abraar alguma actividade mais rentvel. A resposta foi bvia: Todos, absolutamente todos, querem produzir ou prestar servios aos grandes projectos em curso naque-la parte do pas, mas falta-lhes dinheiro para dar o pontap de sada.

    Problema estrutrural

    As ligaes entre as empresas nacionais e os megaprojectos que operam no pas esto entre as maiores preocupaes da iniciativa privada e do Governo. As difi-culdades existentes incluem a ausncia de garantias para aceder ao financia-mento, as altas taxas de juro do mercado financeiro e, principalmente, a necessi-dade de obter standards que possibili-tem o fornecimento de bens e servios com o nvel desejvel de qualidade, e de consciencializar e formar as pessoas para a gesto dos seus negcios. Vontade existe, no existe suporte fi-nanceiro e know how suficientes.Se pudesse, comeava um negcio de venda de comida e de lavandaria para a Vale ou Rio Tinto. Creio que mudaria de vida, teria muito dinheiro. Com o que fao actualmente, ganho entre 80 e 150 meti-cais dirios, muito aqum das minhas ne-cessidades, revelou Gonalves Madeira, proprietrio de uma pequena banca de produtos de baixo custo.Srgio Silva, gerente de um restauran-te, tambm gostaria de ajustar o leque dos seus servios ao nvel dos grandes projectos, e de adicionar aos mesmos os servios de limpeza, mas ao mesmo tempo se queixa que o investimento

  • inicial exige vrios milhes de meticais. Dinheiro que no possvel suportar, como garantia, com os bens que temos, explica.Em comum, os tetenses mantm o so-nho do Governo de criar condies para que um dia aqueles recursos os benefi-ciem. Mas, o percurso afigura-se longo e complexo, uma vez que a explorao j comeou e h quem j se tenha ante-cipado. Uma empresa francesa ganhou, recentemente, um contrato de 50 mi-lhes de dlares para prestar servios de catering e de lavandaria brasileira Vale. Um rude golpe nas expectativas dos empreendedores nacionais.Entretanto, Governo e sector privado ainda andam procura de frmulas efi-cazes para colocar os megaprojectos ao alcance dos moambicanos, mas Tete assemelha-se cada vez mais Galinha que no d ovos de ouro aos nacionais. As multinacionais j manifestaram aber-tura para dar mercado aos projectos nacionais mas, ao mesmo tempo, chu-taram a bola para o nosso campo.

    Tete, o EldoradoO potencial de Tete transforma

    a provncia num Eldorado, no s de ci-dados nacionais vindos das restantes

    42 AGOSTO 2013 Capital Magazine

    provncias do pas, sobretudo de Ma-puto, mas tambm de pases vizinhos e de outras paragens do mundo. Em Tete v-se, principalmente, zimbabweanos, zambianos, malawianos, portugueses e brasileiros.A Capital constatou que nem todos che-garam a Tete com uma viso perfeita-mente clara sobre o que pretendiam fa-zer. Avanaram movidos pela esperana de conseguir um bom emprego, como

    nos foi revelado por Jlio Mavota, um jovem maputense de 30 anos. E pouco maisA fora laboral prestada pela maior parte destes jovens, nacionais e estrangeiros, sobretudo absorvida pelas obras de construo em curso, ao longo da pro-vncia. J nas minas, trabalham profissio-nais com formao no sector, entre mo-ambicanos, brasileiros, portugueses, e trabalhadores de outras nacionalidades. Distante das minas e da actividade produtiva do dia-a-dia, eis que surge uma magnfica paisagem no Zambeze, mais concretamente na albufeira de Cahora Bassa. Trata-se de uma atraco turstica a ter em conta para efeitos de rentabilidade (quanto mais no seja destinada aos turistas motivados pelas misses de servio ou pelos negcios), numa regio que alberga tambm um dos maiores empreendimentos do con-tinente e do mundo: a Hidroelctrica de Cahora Bassa. O relevo, a fau