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Revista SINFAC/RS 03

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Publicação bimensal do Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil - Factoring do Esatdo do Rio Grande do Sul (Brasil)

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reportagem especial

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e mais:

O crescimento e a credibilidade de uma empresa têm como protagonista o perfil de quem está a frente dos negócios - o empresário. Enquanto muitos enxergam somente dificuldades e se acomodam em seus empreendimen-tos, o empreendedor de sucesso não teme em assumir novos desafios.

Autonomia e a aquisição da sede própria foram algumas das conquistas importantes do SINFAC/RS ao longo destes 17 anos de trajetória.

Palavra do Presidente .................................................................................................4

Atualidade ........................................................................................................................................5

Em Foco ...............................................................................................................................................6

Entrevista ..................................................................................................................................... 14

Perfil .........................................................................................................................................................16

Geral ..................................................................................................................................................... 18

Artigo .....................................................................................................................................................20

Curiosidades ............................................................................................................................22

A Revista do SINFAC/RS é uma publicação do Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil - Factoring do Estado do Rio Grande do Sul

Rua Sport Club São José, 53 - conj. 302Fone: (51) 3341-3998 - Fax: (51) 3341-6857

CEP 91030-510 - Porto Alegre/RSwww.sinfacrs.com.br - [email protected]

DIRETORIAPresidente:

Olmar João PletschVice-Presidente:

Márcio Henrique Vincenti AguilarDiretor Administrativo: Olmiro Lautert Walendorff

Diretor Técnico:Jaime Antonio NunesDiretor Financeiro:

Rodrigo Librelotto WestphalenDiretor Financeiro Substituto:

Letícia Hickmann PletschColaboradora:

Rita de Cássia Azevedo dos SantosSUPLENTES

Valdir Ferraz de AbreuMaria Terezinha Deboni Grando

Roberto de LorenziAssessor Jurídico

Alexandre Fuchs das NevesAssessor de Planejamento

Carlos Damasceno

DELEGADOS REPRESENTANTESTITULARES

Álvaro Francisco Acosta LopezOlmiro Lautert Walendorff

SUPLENTEOlmar João Pletsch

CONSELHO FISCALTITULARES

Norberto Pacheco de AntoniLuiz Gerson Almada

Jorge Alberto de Oliveira PachecoSUPLENTES

Tomaz Bento Cardoso FilhoEdson Klein

Sérgio Grisolia Walendorff

EDIÇÃO

Francke | Comunicação IntegradaAv. Carlos Gomes, 466 - cj. 07

Bela Vista - Porto Alegre/RSFone/Fax: 51 3388 7674

www.francke.com.brEditora-responsável:

Mariza Franck (Reg. Prof. 8611/RS)Redação:

Ana Lúcia Medeiros (Reg. Prof. 11582/RS)Projeto Gráfico: Hélio de Souza

Capa: Luciano Harres Braga Diagramação: Luciano Harres Braga

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A revista do SINFAC/RS fecha o ano de 2008 com muita informação e assuntos importantes para a categoria do Fomento Mercantil. Nesta terceira edição, trazemos como matéria de capa o perfil do empresário na atualidade com depoimentos de impor-tantes empresários que conquistaram o sucesso profissional e são hoje profissionais muito bem sucedidos em suas organizações.

Em entrevista exclusiva a nossa revista, temos o depoimento da superintendente da rede Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, que transformou a pequena rede varejista no interior de São Pau-lo, na terceira maior rede de lojas do Brasil. Além de outro impor-tante empresário, o fundador e presidente das Empresas Randon, Raul Anselmo Randon, que com determinação, visão de mercado e empreendedorismo, construiu uma das maiores empresas no ramo de implementos para o transporte de veículos especiais, au-topeças, rodoviários, ferroviários e serviços. E não poderia faltar nesta matéria principal, os nossos empresários e executivos das empresas de Fomento Mercantil que alcançaram o sucesso no mercado de Factoring.

A trajetória do SINFAC/RS e suas conquistas, ao longo destes 17 anos de entidade, estão sendo contadas na seqüência de reportagens especiais, que traz nesta edição, a história do Sin-dicato relatada por outros dois protagonistas, os ex-presidentes Clito Santini, no período de 1997 e seu sucessor Jaime Antonio Nunes, que presidiu de 1997 a 2000.

A revista também traz uma entrevista inédita com o secre-tário estadual da Fazenda, Aod Cunha, que fala sobre as ações e projetos do governo estadual. No Espaço Perfil, contamos nesta edição, a história da Mark Fomento Mercantil, que junto com o SINFAC/RS, está completando 17 anos de atuação. Também não deixe de conferir a matéria que traz todos os cursos, palestras e eventos promovidos em 2008 pela entidade em Porto Alegre e interior do Estado para capacitar a nossa categoria. Leiam essas e outras matérias importantes para o segmento de Factoring. Boa leitura.

Olmar João PletschPresidente do SINFAC/RS

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para empresas alavancarem seus negócios com solidez e credibilidade

Fomento Mercantil é a solução

Com a atual crise financeira americana, que tem refletido na

economia mundial, a procura de

pequenas e médias organizações

por empresas de Factoring aumentou

cerca de 30%

A crise financeira nos Estados Unidos tem gerado um cenário de incertezas sobre a economia mundial, conseqüentemente, as institui-ções bancárias refletem este momento e estão receosas na concessão de créditos, reduzindo prazos e aumentando taxas de juros. Porém, para o mercado das empresas de Fomento Mercantil, “a crise atual é uma oportunidade para o crescimento das Factorings, isso não quer dizer, que não teremos conseqüências como inadimplência. É preciso na verdade, ter cautela nos negócios para evitar resultados negativos, apesar do crédito no Brasil ter ficado mais curto e mais caro”, alerta o presidente do SINFAC/RS, Olmar Pletsch.

O vice-presidente do Sindicato, Márcio Henrique Vincen-ti Aguilar, também reforça que os empresários de empresas de Fo-mento Mercantil e os operadores, precisam ser mais cuidadosos com este novo cenário mundial, que aponta um aumento pela procura por empresas de Factorings. “A economia interna continua em fase de crescimento, e o setor de Fomento Mercantil será a alternativa de financiamento e concessão de crédito para pequenas e médias em-presas, alavancando negócios no setor da indústria ou da prestação de serviços”.

O diretor-administrativo do SINFAC/RS, Olmiro Lautert Wa-lendorff, informa que a procura por empresas de Factoring aumentou cerca de 30%, nos últimos dois meses, período que iniciou o aumen-to do dólar e a crise financeira. “Devido o cenário de instabilida-de mundial, que ficará por um longo período, muitas empresas que nunca operavam com Factoring, passaram a nos procurar, já que as instituições financeiras estão restritivas.” Walendorff reforça que esta instabilidade pode gerar inadimplência por parte das empresas, por isso a Facrtoring precisa operar com cuidado redobrado na concessão de crédito, não realizando operações de longo prazo. “Uma operação feita por um período de até 120 dias, agora deve ser feita em um prazo de 30 a 45 dias, no máximo.”

As empresas de Fomento Mercantil são responsáveis por ala-vancar o crescimento da economia local, regional e nacional, estan-do aptas a atender pequenas e médias empresas, destaca Aguilar. “As Factorings são empresas totalmente capitalizadas, que giram com

recursos próprios, prontas a aten-der uma nova demanda de crédito ou fomentar aquelas empresas que transformam seus ativos em receitas.” Pletsch comenta que as empresas de Fomento Mercantil têm condições de fomentar empresas que vinham sendo atendidas pelas instituições financei-ras e devido a atual crise financeira estão descobertas.

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inovação em produtos para empresas de Fomento Mercantil

Order By!:

Com sede na Capital gaúcha é a única empresa

brasileira com produtos de

tecnologia de ponta voltada somente

para o segmento de Factoring.

Um grupo de três jovens resolveu investir em um mercado pro-missor, lançando no mercado nacional um produto inovador destinado às empresas de Fomento Mercantil. Nasceu então, em 1999, a empre-sa Order By!, em uma época que não existiam produtos com tecnologia de ponta para o mercado de Factoring. A empresa gaúcha criada pelos sócios, Alexandre Malheiros, Cássio Forti e Daniel Reichardt surgiu com o propósito de desenvolver o que existia de mais avançado em maté-ria de gestão e internet para o Fomento Mercantil. Para proporcionar um sistema de gestão de alta tecnologia, foi criado o primeiro produto nacional de internet destinado ao segmento, chamado Net Factoring, que possibilitava a comunicação entre as Factorings e seus clientes de forma on-line, em um processo semelhante ao internetbanking ou offi-ce-banking utilizado pelas instituições financeiras.

O diretor comercial Daniel Reichardt, conta que o produto foi lançado em uma época que a internet surgia no Brasil. “Neste período, era comum as Factorings possuírem um sistema de gestão, porém não tinham um processo ágil informatizado de comunicação com seus clien-tes e tecnologia de ponta. Com esse objetivo nasceu a nossa empresa e o Net Factoring”. Os primeiros clientes surgiram no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. O sucesso da empresa - que é a única no mercado nacional voltada somente para o mercado de Fomento Mercantil - e a inovação do produto atraíram, em pouco tempo de atuação, mais de 150 empresas brasileiras. Hoje, o número de Factorings atendidas pela Order By! ultrapassam 250, em 16 estados do Brasil. O maior merca-do de atuação são as empresas de Fomento Mercantil de São Paulo e do Rio Grande do Sul.

“A empresa busca inovação tecnológica e rápida atuação às mudanças do mercado, à medida que evolui, adequamos ou antecipa-mos ao nosso cliente o que existe de melhor em tecnologia de ponta”, relata o diretor de tecnologia, Cássio Forti. Com o propósito de aten-der novas solicitações dos clientes, surgiu a necessidade de substituir o anterior e criar um novo produto, chamado de Net Factor, que mesmo

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Order By!: lançado em 2002, permanece sendo o primeiro e único sistema para empresa de Fomento Mercantil 100% on-line.

O Net Factor é instalado nos servidores das Factorings onde as informações são disponibilizadas para diretores, operadores e clientes, como se estivessem dentro da própria empresa, ou seja, as informações gerenciais podem ser acessadas de forma on-line em qualquer compu-tador ou celular conectado com a internet. De acordo com Reichardt, o produto é o mais completo em sistema de gestão. A primeira vantagem é a tecnologia Java, a linguagem mais avançada para internet e a mesma utilizada pelo sistema bancário. “O produto oferece muitas vantagens, como a realização de cálculos da operação e dos impostos; emissão de contratos; cobranças; contas a pagar e receber; assinatura digital dos contratos; e inclusive a parte contábil.” A aceitação das empresas em relação ao Net Factor é muito positiva”, destaca o empresário.

A empresa que não utiliza o sistema de gestão corre o risco de perder o controle das informações. Para trabalhar com qualidade, obri-gatoriamente tem que ter um sistema de gestão, aponta Forti. “O rela-cionamento da Order By! com as empresas atendidas é muito próximo. O nosso suporte pós-venda é muito elogiado pelos clientes, fornecendo respostas rápidas e eficazes. A Factoring não pode ficar parada, sem atendimento”, frisa Reichardt.

“A empresa busca inovação tecnológica e rápida atuação às

mudanças do mercado.”

Pioneirismo em serviços

A Order By! além de contar com a parceria da Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil - Factoring (ANFAC) e dos Sindicatos das Sociedades de Fomento Mercantil (Factorings), tem parceria da Serasa, onde todas as consultas de análise de crédito podem ser realizadas pelo siste-ma da Order By!. Segundo Reichardt, o objetivo da organização é ser pioneira em qualquer tendência do mercado de Factoring. “Fomos a primeira a ofere-cer um produto de internet, a primeira a operar com Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), a fazer a integração com a Serasa e trabalhar com certificação digital”.

Por falar em pioneirismo e inova-ção, a Order By! e o SINFAC/RS lança-ram em novembro, um novo produto, o Net Factor Light, destinado às pequenas empresas de Factoring ou que estão ini-ciando suas atividades no mercado. O produto vai oferecer os mesmos servi-ços do Net Factor, porém com um in-vestimento inicial muito mais acessível. “Queremos uma grande quantidade de Factorings usufruindo da tecnologia da informação”, destaca Reichardt. Segun-do Forti, em parceria com o SINFAC/RS estão sendo feitos treinamentos com as empresas associadas, interessadas em adotar o produto.

Daniel Reichardt

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O crescimento e a credibilidade de uma empresa têm como pro-tagonista o perfil e a postura de quem está a frente dos negócios - o em-presário. Enquanto muitos enxergam somente dificuldades e se acomo-dam em seus empreendimentos, o empresário de sucesso assume novos desafios, conhece o mercado de atuação, tem espírito empreendedor, disposição para assumir riscos, atitude, persistência e comprometimento – são alguns dos perfis que definem o verdadeiro líder empresarial na atualidade. “Não existe uma receita para conseguir administrar bem, é preciso ter uma equipe alinhada e o poder descentralizado, são carac-terísticas marcantes na administração”, define uma das maiores empre-sárias do País, Luiza Helena Trajano, que transformou a pequena rede varejista no interior de São Paulo, na terceira rede de lojas do Brasil - a Magazine Luiza. O empreendimento conta com 400 lojas e 14 mil funcionários. Quando assumiu a superintendência em 1991, todas as paredes do Escritório Central, em Franca, São Paulo, foram derrubadas com a ajuda de todos os funcionários do escritório. “Esta experiência teve o objetivo de simbolizar o fim das barreiras e a oficializar a prática da comunicação olho no olho e da desburocratização da empresa.” No ano de 2008, a Magazine Luiza é, segundo a consultoria Great Place to Work, a melhor empresa para executivos trabalharem.

A empreendedora conta que a ética nas relações e o foco no cliente são duas características que existem desde a criação da empresa, e sempre foi uma prática adotada pela sua tia Luiza Trajano Donato,

Estar pronto a novos desafios, ter atitude

e paixão pelo seu empreendimento é

um dos perfis de um empresário de sucesso.

na atualidadeO perfil do empresário

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capafundadora da rede varejista, ao lado de seu tio Pelegrino José Donato.

“Isso facilitou muito a transmissão desses ideais para toda a empresa. É algo fácil para todos entenderem, quando essas qualidades cobradas no perfil profissional, são praticadas dentro da própria organização.” A aptidão empresarial e o faro para os negócios fizeram de Luiza, a prin-cipal acionista da empresa, assumindo o cargo a convite de sua tia, que escreveu à sobrinha um pequeno bilhete, dizendo que estava prestes a completar 62 anos e achava melhor ela assumir a Magazine Luiza. A destinatária assumiu o cargo e deu o grande impulso à organização que tem um faturamento previsto para 2008 em R$ 3,5 bilhões.

Descentralização do poder e apostar no potencial de seus funcio-nários foi uma das ações adotadas pela empresária. Em 1995, criou o Conselho de Colaboradores, eleito anualmente pelos funcionários, com poder de influenciar em admissões, demissões, promoções e na reso-lução de eventuais conflitos entre as equipes. “Cabe aos conselheiros e gerentes avaliarem periodicamente a equipe e acompanhar o colabo-rador com baixa performance, sinalizando os caminhos a seguir para retomar sua produtividade, postura e comprometimento.”

A empresa também adotou o Disque Denúncia, atendido pela própria Luiza, pela diretora de Recursos Humanos ou pela gerente do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC). Através do 0800 todo o co-laborador, vítima de pressões psicológicas por parte de sua liderança, pode ligar para o número e fazer a denúncia, sendo as informações apuradas, as providências tomadas e a identidade da pessoa preserva-da. Além disso, são realizadas enquetes com os colaboradores, pedindo sugestão de melhorias. As respostas são utilizadas na elaboração do Planejamento Estratégico anual. “Todos os dias temos o grande desafio de continuar fazendo melhor o que já conquistamos.”

Luiza aponta que levar os valores da empresa a cada integrante da organização, desde o mais simples funcionário, como um auxiliar de limpeza, até os novos diretores contratados é o maior desafio e conti-nuará sendo. “Pois temos a grande intenção de crescer cada vez mais, gerando mais empregos e contribuindo com a economia do País.” A empresa, que inaugurou recentemente 50 lojas em São Paulo, pretende até 2010 abrir mais 70 novos pontos de vendas na grande São Paulo.

O homem que construiu um império

“A base de tudo tem que ser o trabalho”, assim define o em-presário Raul Anselmo Randon, presidente das Empresas Randon, que transformou uma mecânica em um império no ramo de implementos para o transporte de veículos especiais, autopeças, rodoviários, ferro-viários e serviços. O empresário catarinense, de 79 anos, começou a trabalhar aos 14 anos, ajudando o seu pai em uma ferraria. Depois, aos 18 anos, foi para o Exército. Na volta começou a trabalhar na ofi-cina mecânica de seu irmão Hercílio que ele montou para a reforma de motores. “Sempre olhamos o que o mercado precisa”, diz Randon, ao revelar sobre a primeira firma dos dois irmãos, que criaram em 1953, a Mecânica Randon para fabricar freios de ar, passando depois para

os semi-reboques três eixos. A trajetó-ria das empresas Randon, foi de muito trabalho e um crescimento de merca-do tímido, “o salto aconteceu quando percebemos o enorme potencial do mercado brasileiro de cargas durante nossa estréia numa feira no exterior”, conta Randon.

O grupo Randon é hoje forma-do pelas empresas Randon S.A, Randon Veículos, Randon Consórcios, Randon Argentina, Fras-le, JOST, Máster, Sus-pensys e Castertech. A sede da empre-sa é em Caxias do Sul e outras duas unidades em São Paulo e na Argentina. As empresas Randon empregam atual-mente 9.465 pessoas. Segundo dados revelados pelas empresas do grupo, no

“Todos os dias temos o grande

desafio de continuar fazendo

melhor o que já conquistamos.”

O perfil do empresário

Luiza Helena Trajano, superintendente da rede Magazine Luiza

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pa empreendimento. Para Randon, nunca se deve desistir de uma idéia, se houver a convicção que ela poderá ser transformada em um bom ne-gócio, com recursos para garantir o seu desenvolvimento e uma equipe bem preparada. “Os desafios são permanentes, mas é preciso ter uma equipe boa, de gente comprometida para crescer junto.”

O empresário deve ter curiosidade para ver a sua idéia tornar-se uma empresa em atividade, uma característica que Randon define ser imprescindível para chegar ao sucesso. “E não ter medo do risco, por-que faz parte de quem faz, de quem toma a iniciativa.”

A persistência e a determinação o fizeram um líder, que preside uma das mais importantes organizações brasileiras. Randon acredita que a liderança não está apenas no perfil da pessoa, é uma conquista também, que se constrói com confiança, dividindo responsabilidades e compartilhando as vitórias com a equipe. Porém a liderança de merca-do é diferente, “conquista-se com trabalho, qualidade, serviço, compe-tência e produto competitivo”.

Os projetos de Randon para 2009 é continuar crescendo com as suas empresas, criando empregos, desenvolvendo soluções novas para os clientes “e garantir a liderança duramente conquistada, passo a passo, ano a ano, ao longo de seis décadas”. Segundo ele, o sucesso de uma empresa é conquistado quando não se gasta mais do que se ganha e estabelece-se metas e trabalha para alcançá-las.

O sucesso de quem faz o Fomento Mercantil

O resultado positivo de uma organização vem com a preparação e a competência do indivíduo que está iniciando o negócio, aponta o proprietário da Plata Fomento Mercantil (Porto Alegre) e ex-presidente do SINFAC/RS, Álvaro Acosta Lopez. “Não adianta analisar a empresa ao lado se não conhecemos o setor em que vamos atuar. Conhecer profundamente o seu ramo, gostar do que se faz e ter uma estrutura de capital, de acordo com o empreendimento do negócio, é importante para se destacar em qualquer setor.” O empresário define que o suces-so está em gostar do ramo escolhido, ter humildade em ouvir e por em prática as melhores idéias da equipe, saber administrar e ter muito jogo de cintura para escolher os melhores caminhos. “Temos colaboradores conosco há mais de 10 anos, isso é o resultado da valorização, que eu acho fundamental, fazer o funcionário se sentir parte do nosso negócio. Acredito que a sorte acompanha a dedicação, a competência e a hu-mildade.”

O uruguaio, que chegou ao Brasil aos 18 anos contratado por uma instituição financeira, resolveu abrir uma empresa de Fomento Mer-cantil em sociedade com o amigo Gilberto Forster em 1997. No final de 2007, os sócios resolveram fazer a cisão da Factoring e abrir duas novas empresas, a Brasfor Fomento Mercantil administrada pelas filhas de Forster; e a Plata Fomento Mercantil gerida por dois filhos de Lopez. Atualmente o empresário atua nas operações da empresa como conse-lheiro. “Os filhos são os acionistas e os executivos e têm autonomia para decidir praticamente tudo.”

“Os desafios são permanentes, mas é preciso

ter uma equipe boa, de gente

comprometida para crescer

junto.”

primeiro semestre de 2008, alcançaram uma receita bruta total de R$ 2,12 bilhões e exportações de US$ 138,5 milhões de dólares.

O empresário acredita que o prin-cipal ponto para um empreendedor alcan-çar o sucesso é o respeito às pessoas que trabalham na empresa e ao cliente que será quem sustentará todo o processo do

Raul Anselmo Randon, presidente das empresas Randon

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A empresa de Fomento Mercantil que cresce com sucesso no mercado, deve muito ao perfil do seu empresário. “Sem dúvida, o em-presário de Factoring tem que ser alguém preparado e as pessoas que alcançaram bons resultados vêm do setor financeiro, porque o nosso pilar é saber dar créditos”, frisa Lopez.

Saber sempre mais sobre o seu negócio, persistência, liderança, investir em conhecimento próprio e nas pessoas que o auxiliam, são al-guns dos atributos definidos por outro empresário que alcançou o suces-so. O diretor da Lorefac Securitizadora de Recebíveis (Farroupilha), José Franciso Refosco, destaca ainda que gerenciar o negócio com amor é outra característica de quem é bem sucedido no seu empreendimento.

O empresário atuou no sistema financeiro por um período de 22 anos, onde também assumiu a gerência de uma conceituada insti-tuição bancária. Em 1992 fundou a Lorefac Factoring. Nestes 16 anos de mercado empresarial, considera todos os dias um novo desafio e a maior conquista foi o conceito no mercado, o respeito dos concorrentes e dos colaboradores. Refosco explica que o empresário de Factoring não se difere dos demais empresários, pois, o segmento segue as mes-mas regras do mercado, portanto o sucesso ou o fracasso depende exclusivamente de sua liderança, gestão e principalmente da ação como empresário.

A cada dia existe uma exigência do mercado para que os empre-sários conquistem o sucesso, mas, para conquistá-lo é preciso “muita disposição, informação, planejamento e profissionais qualificados ofe-recendo o melhor de si em busca de uma gestão coletiva e eficaz”, complementa Refosco.

Ser empreendedor, gostar de desafios, estar disposto a assumir riscos e criar ferramentas para mensurá-las, além de promover e aceitar mudanças são os perfis descritos pelo gerente geral da Risorse Fomento Mercantil (Porto Alegre), Edson Rampon. O executivo reforça que além

“Acredito que a sorte acompanha

a dedicação, a competência e a

humildade.”

dessas características, um empresário bem-sucedido precisa ter uma equipe de trabalho estruturada e alinhada em suas funções. “Nada se conquista sozi-nho, precisamos ter bons profissionais. Identificar as suas aptidões e colocá-los na área de mais afinidade para co-lher um melhor aproveitamento deste profissional.”

O jovem executivo de 34 anos já traz em seu currículo profissional uma trajetória de 17 anos no mercado financeiro. Rampon começou traba-lhando na Borrachas Vipal como offi-ce-boy, passando depois por todas as áreas do setor financeiro.

O profissional pondera que administrar uma empresa requer pru-dência e conhecimento do mercado financeiro. “O mercado está conecta-do com a empresa e os reflexos eco-nômicos acontecem a todo momento, principalmente neste momento de crise econômica mundial.” Rampon frisa que o executivo que ocupa a linha de frente de uma empresa de Factoring precisa atuar com muita cautela neste mo-mento. “O empreendedor do Fomento Mercantil precisa ser mais conservador na concessão de seu crédito, prevale-cendo a razão e não a emoção, para não colher frutos problemáticos na sua gestão.”

Edson Rampon, gerente geral da Risorse Fomento Mercantil

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De executivo de uma instituição financeira, empresário do mer-cado da moda, representante do ramo calçadista, proprietário de Fac-toring, à presidência do SINFAC/RS. Esta é um pouco da trajetória do ex-presidente do Sindicato gaúcho, Clito Santini, que decidiu em 1989 atuar no Fomento Mercantil e constituir a Newfactoring Fomento Co-mercial “porque percebi que trabalhar com dinheiro estava no meu sangue”. O dirigente assumiu em 1997, o cargo do então presidente José Eduardo Ferreira Barnes, que se afastou por motivos particulares.

Durante a presidência, por um período de cerca de seis meses, “apesar de ter sido breve, foi muito significativa e importante ao SIN-FAC/RS, que conseguiu conquistar sua autonomia e estreitar a relação com suas empresas associadas”, destacou o ex-dirigente. Na época, as mensalidades dos filiados, arrecadadas pela ANFAC, passaram a ser recolhidas pelo SINFAC/RS. “Com a mensalidade recolhida pelo próprio Sindicato, conseguimos reverter o processo e conquistar nossa independência, que culminou com mais recursos para ampliar os ser-viços aos associados. Se tivéssemos permanecido com a administração dos recursos feitos pela ANFAC, o SINFAC/RS não seria o que é hoje”.

Na sua gestão, o Sindicato passou a estreitar a relação com suas empresas associadas, aponta Santini. “Reuniões eram realizadas semanalmente e sempre que os empresários tinham algum questiona-mento conversávamos e ajudávamos a respeito.” Outra ação significa-tiva destacada pelo ex-presidente, foi a instituição do Estatuto Social do SINFAC/RS, aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, durante a gestão do seu sucessor, Jaime Antonio Nunes. O novo presidente da

Ao longo destes 17 anos, uma

das vitórias mais significativas para

a categoria foi a compra da sede na

Zona Norte de Porto Alegre.

O presidente Clito Santini passa o cargo para o seu sucessor Jaime Antonio Nunes

SINFAC/RSconquista autonomia e sede própria

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entidade, no período de 1997 a 2000, foi indicado por Santini. “Como eu conhecia o trabalho do Jaime, o indiquei para a presidência e me esforcei para que fosse eleito, porque sabia da sua competência como administrador. Ele conseguiu a aprovação final do Estatuto Social e re-alizar um trabalho muito bem feito.”

Uma das ações que marcaram a quarta gestão da entidade, li-derada pelo empresário Jaime Antonio Nunes, foi a aquisição da sede própria, localizada na Zona Norte de Porto Alegre. “Com a aprovação da diretoria comprei as duas primeiras salas da entidade.” Atualmente, a sede conta com quatro salas, duas delas adquiridas na gestão do atual presidente, Olmar Pletsch. Para Nunes, “ter uma casa própria é algo fabuloso. Com a compra da sede, conseguimos ter um ponto de referência para encontro com os nossos associados, onde realizamos reuniões de diretoria e demais eventos e atividades”. Durante os três anos da presidência, foi colocado em prática o Conselho Fiscal do SINFAC/RS, que realiza reuniões mensais para analisar a contabilidade do mês anterior. “Implementei um rigoroso controle do setor financeiro, envolvendo receitas e despesas, trabalho feito até os dias de hoje pelo Sindicato. Com o apoio da Fecomércio/RS conseguimos a Carta Sindi-cal da instituição.”

Para o ex-dirigente foi muito gratificante presidir o SINFAC/RS, juntamente com todos os componentes da diretoria, Conselho Fiscal e Secretaria. “Na pessoa do senhor Walmor Lacerda agradeço a todo o pessoal que me acompanhou.” O vice-presidente durante sua gestão, Walmor Lacerda, destaca “o grande feito no período da presidência, que foi a compra da sede própria e a organização do SINFAC/RS.” Segundo Lacerda, aconteceu um intenso trabalho de sindicalização. “Realizamos contato com as empresas de Fomento Mercantil para se associarem à entidade.” O vice-presidente ficou na gestão por um perí-odo de um ano, se aposentando por motivos particulares.

“Somos hoje um Sindicato de Factoring que é referência nacio-nal”. Após o término de sua gestão, o ex-presidente Jaime Antonio Nu-nes indicou ao cargo Olmiro Lautert Walendorff, presidindo no período de 2000 a 2003.

Conheça a diretoria no período

de 1996 a 1997

Presidente Eduardo José Ferreira Barnes; vice-presidente Clito San-tini; diretor financeiro João Pedro Salies Lima; diretor técnico Olmiro Lautert Walendorff; Suplentes de diretoria Osmar Casagrande; De-legados representantes Eduardo José Ferreira Barnes, Clito Santini; Delegados suplente João Amado Réquia, Cirio Paulo Faller Junior; Suplente do Conselho Fiscal Ale-xandre Bucker de Souza.

Conheça a diretoria no período

de 1997 a 2000

Presidente Jaime Antonio Nunes; vice-presidente Walmor da Cunha Lacerda; diretor administrativo Osmar Casagrande; diretor técni-co Olmiro Lautert Walendorff; dire-tor financeiro Rudi Rubens Essig; diretor financeiro subst. Armando Packer dos Santos; diretor de Re-lações de Trabalho José Carlos Maldaner Carneiro; Suplentes de diretoria Clito Santini, Alósio To-nin, Fabio Luiz Basso; Suplentes de diretoria Vanderlei Fiamenghi, Isnar Martins Candiota, Nei Roberto Carlotto; Delegados representan-tes Jaime Antonio Nunes, Walmor da Cunha Lacerda; Delegados suplentes Cirio Paulo Faller Ju-nior, João Amado Réquia; Conse-lho Fiscal Carlos Gilbert Rousselet Conte, João Pedro Salies Lima, Ale-xandre Bucker de Souza; Suplentes do Conselho Fiscal Leandro Klein, Diva Müller da Rocha, Paulo Franco Neto Pletsch.

O presidente Jaime Antonio Nunes, o diretor técnico Olmiro Lautert Walendorff e o dire-tor financeiro Rudi Rubens Essig, durante assinatura da compra da sede do SINFAC/RS

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O que o senhor destaca como fundamental entre as ações do Governo na sua área, a da Secretaria da Fazenda?

As ações mais importantes implementadas ao longo de 2007 e de 2008 foram as que possibilitaram o encaminhamento do ajuste fiscal, o zeramento do déficit já previsto no Orçamento de 2009. Mas essas ações não foram só da Secretaria da Fazenda, foram de todo o Governo. Senão, não teria sido possível a contenção de gastos, que resultou, em 2007, em uma economia de R$ 327 milhões nas despesas de custeio. Porém, só reduzir gastos não resolveria o problema.

As contas em dia devem

resultar em uma economia

de R$ 40 milhões neste

ano.

é preciso modernização

AOD CUNHA:

Aod Cunha

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Que outras medidas precisaram ser adotadas?

Tivemos que adotar medidas de modernização da receita e de combate à sonegação que possibilitaram o aumento da arrecadação. A arrecadação de ICMS nos primeiros nove meses de 2008 cresceu 23% em relação ao ano passado. Isso é quatro vezes mais do que cresceu a economia gaúcha no mesmo período. É essa combinação entre redução de gastos e aumento de receita que está nos permitindo realizar o ajuste fiscal no Estado.

Como o Senhor analisa as açõs da Secretaria em 2008?

Em 2008, conseguimos colocar a folha do funcionalismo em dia e conseguimos pôr em dia também os pagamentos com os fornecedores. Quando assumimos o Governo havia dívidas atrasadas em até 13 meses. E o círculo vicioso dos atrasos no pagamento teve como conseqüência o sobrepreço nos produtos vendidos ao Governo. No caso dos medica-mentos, por exemplo, com a colocação dos pagamentos em dia tivemos redução de quase 90% em alguns remédios. As contas em dia devem resultar em uma economia de R$ 40 milhões neste ano. O ajuste fiscal não é um fim em si. É um meio. Com ele estamos retomando obras em estradas, reformando escolas e contratando brigadianos. O objetivo do ajuste fiscal é proporcionar melhores serviços públicos aos cidadãos. Nes-te ano, firmamos também com o Banco Mundial uma operação inédita de reestruturação de dívida, que resultará em uma economia, em valores de hoje de R$ 600 milhões, nos próximos 30 anos.

O que ainda falta ser alcançado?

Nosso déficit estimado para 2007 era de R$ 2,4 bilhões, o maior na proporção da receita líquida entre todos os estados. Fixamos uma meta ousada de reduzir pela metade, R$ 1,2 milhão. Para 2008 a meta era novamente reduzir pela metade, R$ 600 milhões de déficit, mas começar a investir novamente, pelo menos 3% da receita líquida. No terceiro ano (2009) aí sim, zerar o déficit e subir o investimento para 7%, e no quarto ano (2010) manter o déficit zero e investimentos de 10% da receita líquida, o que nos colocaria no patamar próximo a São Paulo, que é o Estado com maior capacidade de investimento. Ano passado atingimos o planejado e para 2008 já reduzimos de R$ 600 milhões (de déficit) para menos de R$ 200 milhões. E a meta de investimento subiu de 3% para 4%.

Qual a proposta orçamentária para 2009?

A Proposta Orçamentária para 2009 é a primeira em 40 anos com déficit zero e 7% de investimento, ou R$ 1,2 bi. E esse equilíbrio sem nenhuma receita extraordinária. Portanto, já fizemos muito, mas sempre

há muito ainda a ser feito. Basicamen-te precisamos seguir com o esforço em prol do ajuste fiscal com a manutenção e o aprofundamento da redução de gastos, especialmente em um ambien-te de instabilidade econômica como o que vivemos, e seguindo com as ações que resultam em mais arrecadação. Isso permitirá que o Estado volte a investir e garanta melhor qualidade de vida ao cidadão e também melhores condições para que os diversos segmentos econô-micos do Estado se desenvolvam.

E quanto aos precatórios e à pre-vidência do Servidores?

Para os precatórios, devemos en-caminhar ainda neste ano um projeto à Assembléia para que se inicie o pa-gamento desse passivo que já está em torno de R$ 4 bilhões.

Qual é o déficit da previdência?

Está em torno de R$ 380 milhões por mês, temos um projeto de previdên-cia complementar na Assembléia desde o ano passado para ser debatido com todos os setores da sociedade para que possamos encaminhar o início da reso-lução desta questão.

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A Mark Fomento Mercantil tem uma história de trabalho semelhante à trajetória do SINFAC do Rio Grande do Sul. Afinal, ambos completaram nos mês de setembro, 17 anos de atuação, comprometimento e ética no mercado de Factoring. No mesmo ano de fundação do Sindicato criou-se a empresa com sede em Porto Alegre, uma das mais antigas organizações do segmento. A Factoring surgiu de uma conversa informal numa mesa de bar, entre ex-colegas de trabalho, que buscavam uma nova atividade no setor financeiro, alavancando negócios e oportunidades no mercado. Na época, a empresa de Fomento Mercantil, tinha quatro sócios, Ivo Matusiak, Luiz Gerson Almada, Fernando Ruas e Eliseu Kerstner, por isso o nome Mark, a fusão da inicial do sobrenome dos quatro fundadores da empresa. O só-cio-gerente desde a sua fundação, Luiz Gerson Almada, conta que a Mark iniciou suas atividades na sua residência, por um período de seis meses, até alugar uma sala comercial e contratar uma secretária, ou melhor, comprar uma secretária. “No final não contratamos, mas sim, compramos uma se-

Mark Fomento Mercantilcompleta 17 anos de atuação

A empresa é uma das mais antigas no segmento Factoring

do Rio Grande do Sul.

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Mark Fomento Mercantilcretária eletrônica. Tempos depois, contratamos o nosso primeiro colabo-rador, Marcelo Matusiak, hoje empresário do setor. Com o crescimento da empresa, em junho de 1998, conseguimos adquirir nossa sede própria.”

O empresário relata que o início foi de muito trabalho e cautela com os negócios até conquistar o ponto de equilíbrio. “Eu e meus sócios chegamos à conclusão de que trabalharíamos no vermelho por dez meses, somente reaplicando os resultados alcançados, e para nossa felicidade, no oitavo mês, atingimos o equilíbrio, sempre com capital próprio.” A organiza-ção buscava naquela época atuar basicamente com empresas de pequeno porte, algumas de médias e eventualmente de grande porte.

A Mark foi filiada à Associação Regional de Fomento Comercial – Factoring (ARFAC) e com a fusão da entidade com o SINFAC/RS passou a integrar o Sindicato. Almada enfatiza a importância de estar amparado por uma entidade de classe, que forneça subsídios e orientações para desen-volver uma atividade de Fomento Mercantil, respeitando os padrões esta-belecidos pelo SINFAC/RS e a Associação Nacional das Sociedades do Fo-mento Mercantil - Factoring (ANFAC). “Buscamos prestigiar o nosso órgão de classe e reconhecer o trabalho feito pelo nosso presidente e funcionários da entidade. Sempre algum representante da Mark participa dos eventos promovidos pelo SINFAC/RS.”

Do fruto da relação próxima da Mark com o SINFAC/RS, o em-presário foi convidado a participar do Conselho Fiscal da entidade, em 2000, permanecendo até hoje. Almada também participa do Planejamento Estratégico da entidade, compondo o grupo de associados que buscam aumentar o número de filiados do Sindicato. “Ao longo destes 17 anos, acompanho a atuação de todos os presidentes do SINFAC/RS, que cuidam da entidade que nos representa da mesma forma que zelam pelas suas empresas de Fomento Mercantil.”

Crescimento e qualificação

Com o slogan “Transparência e Parceria”, a Mark expandiu no mercado e conta hoje com três empresas coliga-das, a Mirfac Factoring Fomento Mer-cantil, com sede em Cachoeirinha; a Al-fac Fomento Mercantil, em Porto Alegre; e recentemente a Pental Fomento Mer-cantil, também na Capital, todas filiadas ao Sindicato.

Um dos fatores importantes para o crescimento é a capacitação de quem atua na empresa. O empresário aponta que além da qualificação dos profissionais da Mark, a organização proporciona o ingresso de jovens no mercado de trabalho. Hoje, a empresa conta com uma estagiária de Direito que está apta a atuar no Fomento Mercantil. “Temos uma pessoa em condições de iniciar em qualquer Factoring, com exce-lente desempenho.” A empresa também proporciona o emprego para jovens, que nunca ingressaram no mercado de trabalho, como é o caso dos office-boys.

As conquistas e o crescimento produtivo ao longo destes 17 anos de atuação no mercado é resultado de um trabalho sério e cauteloso, analisa Al-mada. “Nada de grandes saltos, sempre degrau por degrau, por isso operamos basicamente com capital próprio. Acre-dito que a credibilidade é oferecer ao cliente aquilo que ele precisa, de forma transparente e com parceria, agregando sempre um algo a mais de satisfação.”

Para o empresário, a Factoring é a oportunidade de pequenas empresas alavancarem recursos para a solução de suas necessidades. “Os números reve-lam um futuro brilhante para a atividade do Fomento Mercantil, não só no Rio Grande do Sul mas também em nível nacional.”

Luiz Gerson Almada, proprietário da Mark Fomento Mercantil

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e qualifica profissionais do Fomento Mercantil

SINFAC/RS integra

Cursos profissionalizantes

e palestras foram promovidos na

Capital e interior do Estado.

O SINFAC/RS promoveu ao longo do ano de 2008 uma série de cursos, palestras e eventos para qualificar e integrar os profissio-nais das empresas de Fomento Mercantil, porque promover a profis-sionalização dos associados é a nossa meta de trabalho. No início do ano, a cidade de Bento Gonçalves foi a sede que abriu as atividades da entidade. Em 11 de abril, aconteceu o “Primeiro Encontro Gaú-cho de Fomento Mercantil”, que reuniu cerca de 90 profissionais de empresas de Factoring do Rio Grande do Sul. O evento teve como palestrantes, o consultor Jurídico do SINFAC/RS, Alexandre Fuchs das Neves; o consultor econômico do Sistema Fecomércio do Rio Grande do Sul, Marcelo Portugal; o assessor Jurídico do Conselho de Con-trole de Atividades Financeiras (COAF), Franciso Félix; o consultor Financeiro do SINFAC/RS, Carlos Damasceno; do vice-presidente da ANFAC e diretor do Sindicato, Olmiro Lautert Wallendorff; do es-pecialista em Estruturação dos Fundos de Investimentos de Direitos Creditórios (FIDC), Luiz Fernando Vasconcelos, além de promover uma consultoria coletiva com os associados do SINFAC/RS. Demais eventos foram realizados durante o ano para profissionalizar o setor.

Gestores e funcionários de empresas associadas ao SINFAC/RS têm a oportunidade de participar gratuitamente de cursos promo-

Economista Marcelo Portugal

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SINFAC/RS integra vidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). O termo de cooperação foi assinado em 25 de abril, pelo presidente do SINFAC/RS, Olmar Pletsch, pelo diretor regional do Senac/RS, José Paulo da Rosa, e pelo diretor administrativo do SINFAC/RS, Olmiro Lautert Walendorff. A assinatura ocorreu durante reunião-almoço, na sede da Fecomércio/RS, com a presença de associados do Sindicato. Em abril teve início ao MBA em Gestão de Negócios de Fomento Mercantil, promovido pelo SINFAC/RS, em parceria com a Faculdade dos Imigrantes (FAI), de Caxias do Sul. As aulas acontecem em Porto Alegre.

O cientista político Rodrigo Giacomet foi o convidado da 2ª reunião-almoço do SINFAC/RS, promovida no dia 30 de maio, no Restaurante Solarium da Fecomércio/RS. O palestrante abordou o tema “A Política Atual do País e a sua relação com o setor de Fomen-to”. Em 08 de maio, aconteceu o curso “Análise Crítica do Contrato de Factoring”, em Porto Alegre, ministrada pelo Consultor Financeiro do SINFAC/RS, Carlos Damasceno.

“Qualidade de Vida: Uma questão de equilíbrio” foi o tema da palestra da 3ª reunião-almoço, que reuniu dia 25 de julho, os as-sociados do SINFAC/RS, no Restaurante Solarium da Fecomércio/RS. O psicólogo Francisco da Costa abordou como é possível evitar o estresse e o sedentarismo, adotando hábitos saudáveis e praticando exercícios físicos. A cidade de Erechim, na região Norte do Estado, foi sede do curso “Aspectos Tributários, Contábeis e Fiscais para Em-presas de Fomento Mercantil”, dia 14 de agosto.

O curso ministrado pelo consultor do SINFAC/RS, Carlos Da-masceno, abordou de forma prática conceitos tributários, contábeis e fiscais relacionados à atividade de Fomento Mercantil.

Você sabe o que é Factoring? O tema foi esclarecido à imprensa e demais convidados, durante 4ª reu-nião-almoço, dia 29 de agosto, na Fecomércio/RS. O palestrante Carlos Damasceno apresentou as principais características do Fomento Mercantil e a sua importância para o desenvol-vimento e crescimento da economia. O evento contou com a presença do desembargador da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Gran-de do Sul, Otávio Augusto de Freitas Barcellos, do desembargador da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Orlando Hee-mann Júnior e do primeiro presidente do SINFAC/RS, João Amado Réquia.

“Matemática Financeira – com uso da calculadora HP12-C”, de 01 a 14 de setembro, em Porto Alegre, foi ministrado pelo professor Fernan-do Cláudio Pereira, pós-graduado em MBA e Finança Empresarial. No mesmo mês de setembro, dia 19, a Serasa, com o apoio do SINFAC/RS promoveram o “Workshop para o Segmento Factoring”, na sede da Federasul, em Porto Alegre. O curso teve como instrutores, os diretores da empresa SERASA/Experian Company, em São Paulo, Mauro Terra, Ivan Franzolin e Alexandre Gazzani.

Para esclarecer à comunidade pelotense e Região, sobre os servi-ços prestados pelo Fomento e a sua importância para o crescimento da economia, aconteceu a palestra Fo-mento Mercantil, em Pelotas, no dia 22 de setembro. No mês seguinte, em outubro, dia 17, a cidade de Pas-so Fundo, foi palco de palestra sobre Fomento Mercantil e títulos de crédi-to. As palestras nas duas cidades fo-ram ministradas pelo vice-presidente do SINFAC/RS, Márcio Aguilar e pelo consultor Jurídico da entidade, Ale-xandre Fuchs das Neves.

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É cada vez mais reconhecida a relevância da atividade do fomento mercantil para o desenvolvimento so-cioeconômico do País. Não apenas em razão da atividade de “factoring” propiciar um necessário e transcen-dental intercâmbio entre os agentes produtivos, mas, fundamentalmente, por propiciar a reestruturação e a re-construção efetivas de pessoas jurídi-cas em situação de fragilidade admi-nistrativa e econômica. E isso não é pouco, ainda mais num país com uma carga tributária irracional e com uma legislação trabalhista que remonta à Ditadura Vargas.

Mas, em que pese um reco-nhecimento cada vez maior e mais robusto, tal atividade ainda é, aqui e ali, estigmatizada pela ausência de re-gulamentação e informação, inclusive por parte dos operadores do Direito.

Não é raro, por conseguinte, que empreendedores sérios do fo-mento mercantil sejam confundidos com falsos empresários do fomento mercantil, o que acaba por gerar in-clusive denúncias e decisões criminais desarrazoadas, não fundamentadas e desproporcionais.

E isso se dá também em razão de uma certa cultura jurídica vigente

Faturizador

Fomento Mercantil e Direito Penal: a violência contra o

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em alguns recantos da Nação. Uma cultura que vê o empreendedor como inimigo e como desafeto, mormente aquele que se dá ao arrojo de inovar e arriscar em técnicas de gestão mais qualificadas.

E esse paradigma se agrava quando algumas teses de cariz mais autoritário começam a preponderar em Direito Penal. E, preponderan-do, acabam por gerar um número cada vez maior de interceptações telefônicas ilegais, prisões inconstitucionais e denúncias criminais ge-néricas na área do direito penal econômico. Um direito penal que às vezes vê o empresário como inimigo. Nesse caso, não se pergunta se o direito penal quer proteger um bem jurídico valioso, mas sim se a nor-ma foi violada. Se o foi, deve ser reafirmada pela pena criminal.

Explica-se, citando um exemplo: imagine-se um faturizador que está a executar uma duplicata e esta não é reconhecida pela empre-sa executada. Numa leitura fria da lei, estaria configurado o delito de duplicata simulada. Por via de conseqüência, para ser reafirmada a norma, dever-se-ia punir o empresário de factoring, como sustentam alguns agentes do Ministério Público.

Segundo essa visão, não se indaga, não se pergunta, não se perquire acerca do bem jurídico violado. Apenas se pergunta: violou-se a norma? Sim! Então, aplique-se a pena.

Essa é uma visão de direito penal. Uma visão perigosa e causa-dora de grande insegurança jurídica, pois desconsidera o fato concreto e esquece que o ideal do direito é buscar a Justiça no caso específico. Um modo de pensar incapaz de perceber que a verdadeira Justiça por vezes está para além da lei ou até contra a própria Lei.

De outra parte, há também uma visão mais congruente com a Constituição Brasileira. Uma visão mais equilibrada, mais ponderada, mais inteligente, mais eficiente, mais justa e mais segura. Uma noção de Direito Penal que prevê a proteção de todas as garantias como a presunção de inocência, a ampla defesa, o contraditório, o devido pro-cesso, o sigilo (embora hoje o sigilo seja uma quimera, basta ver o “caso do grampo” envolvendo a maior autoridade do Poder Judiciário

Nacional, o Presidente do Supremo Tri-bunal Federal, Min. Gilmar Mendes), entre outras.

Uma noção que diz que o direi-to penal deve proteger subsidiariamen-te os bens jurídicos mais importantes, tais como a vida, o patrimônio, a or-dem socioeconômica, o meio ambien-te, desde que sofram ataques de maior impactação. Isto é, o direito penal deve ser a última ratio, a última resposta, quando outras esferas já fracassaram para proteger aquele bem jurídico. Só então deverá intervir o direito penal.

Veja-se o caso da duplicata si-mulada. Qual o bem jurídico protegi-do? O patrimônio. Mas para a ocor-rência do crime é preciso o elemento subjetivo, isto é, saber que a duplicata era simulada, o que o faturizador não sabia. Por conseguinte, não se pode fa-lar em crime, nesse caso, nem em tese, pois não há o elemento subjetivo que é a vontade livre e consciente de emi-tir o título sem correspondência fática. Isto é, não se trata apenas de dizer que deveria ser absolvido o empresário de fomento mercantil. Não! Ele sequer deveria ser denunciado pelo Ministé-rio Público. Quem deve ser punido, por ter praticado ou um estelionato ou um falso é quem fez incorrer em erro o empresário do fomento mercantil.

Talvez esse seja o caminho do bom direito. Um direito que compre-enda a relevância da atividade de “factoring”, como uma alavanca das pequenas e médias empresas numa economia de mercado. Um direito que não despreze e não destrua aquelas garantias fundamentais que nossos an-tepassados nos legaram com sangue, suor e lágrimas.

Miguel Tedesco Wedy Secretário do Meio Ambiente

de Porto Alegre

Faturizador

“É cada vez mais reconhecida a relevância da atividade

do fomento mercantil para o desenvolvimento socioeconômico do país.”

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O G-20 é um fórum informal que promove debate aberto e construtivo entre países industrializados e emergentes sobre estabilidade econômica global. O G-20 apóia o crescimento e o desenvolvimento mundial por meio do fortalecimento da arquitetura financeira internacional e via oportunidades de diálogo sobre políticas nacionais, cooperação internacional.

Criado em resposta às crises finan-ceiras do final dos anos 1990, o G-20 é composto pelos ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais de 19 paí-ses: África do Sul, Alemanha, Arábia Sau-dita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, França, Índia, In-donésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. A União Européia também faz parte do Grupo, representada pela presidência ro-tativa do Conselho da União Européia e pelo Banco Central Europeu.

Também participam ex-officio das reuniões o diretor-gerente do Fundo Mo-netário Internacional (FMI) e o presidente do Banco Mundial. O Brasil é o presidente do G-20 em 2008, pois a presidência do Grupo é anual e rotativa. Banco Central do Brasil e Ministério da Fazenda são os responsáveis pela elaboração e execução de todas as atividades do Grupo durante o ano.

Uma outra organização que se forma é o futuro Grupo dos Treze (G-13), que não trata de futebol. Ele será com-posto pelo Grupo dos Oito (G-8), que reúne as sete nações mais industrializa-das do mundo, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, mais a Federação Russa; e por cinco países em desenvolvimento, China, Índia, México, Brasil e África do Sul.

Os principais

mundiaisGs

Principais indicadores socioeconômicos do futuro G-13

MOEDA - 2ª FAMÍLIA

A quantidade de moedas em circulação:

Posição em 21.10.2008

Denominação

0,010,050,100,250,501,00

Total =

Quantidade

1.199.643.4161.871.260.1662.171.285.3161.025.034.912

764.338.2601.136.912.223

8.168.474.293

Valor

11.996.434,1693.563.008,30

217.128.531,60256.258.728,00382.169.130,00

1.136.912.223,00

R$ 2.098.028.055,06

Curiosidades econômicas

Fonte: PNUD, Relatório do Desenvolvimento Humano 2006.

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