49
LAN HOUSE Para Início de Negócio

Sebrae Lanhouse.pdf

Embed Size (px)

Citation preview

  • LAN HOUSE

    Para Incio de Negcio

  • Apresentao

    O Ponto de Partida um produto do Servio de Resposta Tcnica do SEBRAE-MG. Ele reneinformaes essenciais sobre os vrios aspectos da abertura de um negcio, que devem serobservados pelo empreendedor.

    Perguntas do tipo como montar uma fbrica de aguardente?, como montar uma escolainfantil?, como iniciar uma criao de escargot? so respondidas pelo Ponto de Partida, quecontempla questes relativas a registro, legislao, tributao, implantao, normas tcnicas,matrias-primas, mquinas e equipamentos e outros esclarecimentos.

    O Ponto de Partida tambm orienta sobre a elaborao do Plano de Negcio, instrumento queoferecer uma viso antecipada de aes e resultados do empreendimento, atravs da apuraode dados relativos a valores de investimento inicial e de impostos, custos fixos e variveis,pesquisa de mercado e outros.

    A equipe de profissionais que elabora o Ponto de Partida tem a preocupao de manter asinformaes sempre atualizadas, atravs de consultas em diversas fontes: bibliotecas, institutosde pesquisa, consultores especializados, Internet, associaes e sindicatos.

    O SEBRAE-MG dispe de programas que orientam e capacitam osempreendedores/empresrios no desenvolvimento de seus negcios.

    Para mais informaes, acesse www.sebraemg.com.br ou ligue (31) 3269-0180.

  • Sumrio

    Perfil Empreendedor ..........................................................................................4Mercado..............................................................................................................5Legislao Especfica.........................................................................................9Esclarecimentos Tributrios.............................................................................11Microempresa Legislao Federal ...................................................................15Passo a Passo para Registro .............................................................................20Marcas e Patentes .............................................................................................26Implantao ......................................................................................................28Finanas............................................................................................................34Plano de Negcio .............................................................................................41Endereos teis................................................................................................43Fontes Consultadas...........................................................................................44Fornecedores ....................................................................................................45

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    4

    Perfil Empreendedor

    Voc no v a hora de se tornar dono do seu nariz e fazer parte da lista dosempreendedores que do certo? Saiba que, para comear um negcio prprio, fundamental ter o perfil empreendedor. Ento, confira se voc se encaixa nascaractersticas abaixo descritas. Capacidade de assumir riscos: no ter medo de desafios, arriscar

    conscientemente. Calcular detalhadamente as chances do empreendimento serbem-sucedido.

    Senso de oportunidade: enxergar oportunidades onde os outros s vemameaas. Prestar ateno nos "furos" que outros empresrios no viram e nosquais voc pode atuar de forma eficaz, rpida e lucrativa.

    Conhecimento do ramo: conhecer bem o ramo empresarial escolhido ou, melhorainda, trabalhar no setor.

    Organizao: ter senso de organizao e compreender que os resultadospositivos s aparecem com a aplicao dos recursos disponveis de formalgica, racional e funcional. Definir metas, executar as aes de acordo com oplanejamento e corrigir os erros rapidamente.

    Iniciativa e garra: gostar de inovaes. No esperar pelos outros (parentes,scios, governo, etc.). Apresentar propostas sem se intimidar.

    Liderana: ter capacidade de influenciar pessoas, conduzindo-as emdireo s suas idias ou solues de problemas. Ter habilidade para definirtarefas, orientar, delegar responsabilidades, valorizar o empregado, formaruma cultura na empresa para alcanar seus objetivos. Ser algum em quemtodos confiam.

    Manter-se atualizado: buscar sempre novas informaes e aprender tudo o quefor relacionado com o seu negcio (clientes, fornecedores, parceiros, concorrentes,colaboradores, etc.).

    Ser otimista e saber motivar-se.Nem sempre uma pessoa rene todas as caractersticas que marcam a personalidadede um empreendedor de sucesso. No entanto, se voc se identificou com a maioriadelas, ter grandes chances de se dar bem. Mas, se descobriu pouca afinidade comsua vida profissional, reflita sobre o assunto e procure desenvolver-se. Busqueinformaes em centros tecnolgicos, cursos, livros e revistas especializadas ou junto apessoas que atuam na rea.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    5

    Mercado

    O desejo de abrir uma empresa e a escolha do tipo de atividade so apenas o comeode um longo processo, antes de se lanar no mercado como empresrio. Voc precisasaber quais so as OPORTUNIDADES e quais so os RISCOS que a atividadeescolhida oferece. Um estudo do mercado responder essas indagaes.

    Para verificar a viabilidade financeira do negcio necessrio outro estudo, queapontar os investimentos a serem efetuados e o RETORNO DO CAPITALINVESTIDO, atravs de uma previso de produo e de vendas e,conseqentemente, de despesas e de receitas ao longo dos primeiros meses de vida.

    O sucesso de qualquer empresa - seja industrial, comercial ou de servios - depende devrias decises, que voc deve tomar antes de abrir as portas para os clientes. Parafundamentar essas decises, voc dever PESQUISAR E ELABORAR UM PLANODE NEGCIO, com o qual aprender muito mais a respeito do ramo da atividadeescolhida e seu mercado.

    Neste Plano de Negcio, que ser bastante til para o aprimoramento de suas idias,alm de ajud-lo tambm na tomada de decises, devem constar os seguintes tpicos: Anlise de Mercado (consumidor, fornecedor, concorrente, avanos

    tecnolgicos - impacto na abertura da empresa); Tecnologia a ser utilizada (Como fazer? Processos de produo/fabricao); Aspectos Financeiros (volume de capital necessrio, tempo de retorno do

    investimento, viabilidade financeira); Aspectos organizacionais (definio de funes, conceito de parceria,

    responsabilidades dos scios e colaboradores, relaes humanas).

    possvel realizar sua prpria pesquisa de mercado, atravs da elaborao de umquestionrio com os dados a serem levantados. Para se inteirar do assunto e obter umlevantamento detalhado do negcio escolhido, sugerimos ao empreendedor que leiapublicaes especficas ou busque informaes com consultores das reas de estatsticae pesquisa mercadolgica ou com empresas especializadas.

    O MERCADO CONSUMIDOR

    O mercado consumidor representa o conjunto de consumidores (homens, mulheres,adultos ou crianas, empresas pblicas ou privadas), que demandam (necessitam oupodem vir a procurar/comprar) um determinado tipo de produto ou servio que suaempresa oferece. Ou seja, ele a fonte de receita da empresa. Portanto, sem mercadoconsumidor no haver negcio. Da a necessidade de identific-lo, o que pode ser feitoatravs da pesquisa de mercado, que o processo mais utilizado.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    6

    Para garantir que o cliente escolha a sua empresa, preciso conhec-lo bem e saberexatamente o que ele quer. Oferecer ao cliente o produto que ele deseja ser o melhormeio de garantir que as vendas aumentem e sua empresa continue crescendo.

    Se voc j tem idia da atividade e do ramo especfico aos quais pretende se dedicar,precisa agora descobrir seu mercado consumidor, pois nem todas as pessoas ouempresas so seus clientes potenciais (aqueles que podem comprar os produtos quevoc vende).

    Mesmo que sua empresa tenha vrios tipos de consumidores, haver sempre umgrupo em destaque. Para obter as informaes que iro ajud-lo a enxergar maisclaramente o seu mercado consumidor, procure responder as seguintes perguntas:

    - Qual ser o principal produto que a sua empresa vender?- Quem so os seus clientes?

    Para conhecer melhor as caractersticas do consumidor, procure identificar e listar asseguintes informaes sobre ele:

    . Qual o sexo dele? . Qual a idade dele?

    . Em que bairro ele mora?

    . Quantas pessoas compem a famlia dele?

    . Qual a posio dele na famlia? (pai, me, filho, etc.)

    . Ele trabalha?

    . Em que bairro ele trabalha?

    . Qual , aproximadamente, a renda mdia mensal dele?

    . Ele estuda?

    . Em que bairro ele estuda?

    . Qual o nvel de escolaridade dele?

    . O que ele mais gosta de fazer?

    . Ele possui televiso?

    . Ele l algum jornal? Qual?

    . Ele assina alguma revista? Qual?

    . O que ele faz nas horas vagas?

    - Por que este cliente compra ou compraria os produtos/servios da sua empresa?- Onde mais os clientes costumam comprar este tipo de produto ou servio?- Como o cliente avalia o preo e as formas de pagamento da empresa?- Como ele avalia a qualidade do produto da empresa? E o prazo de entrega?- Como ele avalia a qualidade do atendimento?- Quais so os pontos que, na opinio do cliente, poderiam ser melhorados na

    empresa?

    O MERCADO CONCORRENTE

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    7

    Procure descobrir empresas ou pessoas que ofeream produtos ou servios idnticosou semelhantes aos seus e que concorram direta ou indiretamente com o seunegcio. Pode-se aprender muito com o levantamento destas informaes e com aanlise dos acertos e/ou erros dos concorrentes.

    Estabelea prioridades, planeje como obter estas informaes e organiz-las, para queseja possvel a anlise dos seguintes pontos:

    - Quem so os concorrentes? . Quantos so?

    . Onde esto localizados?

    . Como trabalham? (preo e prazos)

    . Como realizado o atendimento?

    . Adotam polticas de ps-venda?

    . Como a qualidade dos produtos e servios oferecidos?

    . Quais so as garantias oferecidas?

    . Quanto tempo est no mercado?

    - Qual a posio competitiva dos concorrentes?. Quais so os PONTOS FORTES e os PONTOS FRACOS em relao suaempresa?. Qual a capacidade de conseguir melhores preos junto aos fornecedores emfuno do volume de compras?

    Aps o levantamento de seus principais concorrentes, compare as caractersticasacima com as da sua empresa, utilizando a seguinte escala de pontuao: MuitoBom (5), Bom (4), Regular (3), Ruim (2), Muito Ruim (1).

    A concorrncia pode ser estimulante, ao invs de ameaadora, se devidamentepesquisada e analisada. Isto significa que, alm de estar sintonizado com a realidade daempresa, voc ter conhecimento da viabilidade futura do negcio.

    FORNECEDORES

    Lembre-se, tambm, que os FORNECEDORES so importantssimos. Portanto, levantetodas as informaes a seguir:- Quais so os produtos/servios que sua empresa consome no processo de produo

    e/ou comrcio?- Quem so os seus principais fornecedores de produtos e/ou servios listados acima?- Como trabalham seus fornecedores? (preos, prazos praticados, condies de

    pagamento, pontualidade na entrega do produto, qualidade, garantia oferecida,relacionamento, localizao, facilidade de acesso).

    - Alm destes fornecedores, voc conhece outros, dos quais ainda no compra?

    Depois de identificados os itens acima, faa um quadro comparativo dascaractersticas do seu atual fornecedor com outra empresa que ainda no fornece para a

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    8

    sua. Utilize a mesma escala citada anteriormente. Analise e descubra quais so asmelhores opes para sua empresa.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    9

    Legislao Especfica

    Lei federal n 8.069, de 13 de julho de 1990 - Dispe sobre o Estatuto da Criana e doAdolescente e d outras providncias;

    Lei federal n 9.615, de 24 de maro de 1998 - Institui normas gerais sobre desporto ed outras providncias;

    Decreto-lei (federal) n 9.215, de 30 de abril de 1946 - Probe a prtica ouexplorao de jogos de azar em todo o territrio nacional;

    Decreto estadual n 29.184, de 28 de dezembro de 1988 - Altera a denominao daDiviso de Licenciamento e Fiscalizao de Diverses Pblicas do Departamentode Registro e Controle Policial e d outras providncias.

    No encontramos em nosso acervo registro de legislao especfica, regulamentando aatividade de Lan House.

    O empreendimento est dispensado de obter registro especfico ou autorizao defuncionamento especfica, junto a entidades ou rgos fiscalizadores de atividadesregulamentadas, bastando ao empreendedor obter a inscrio junto aos rgos exigveisdas sociedades empresrias em geral.

    A pessoa jurdica tambm no est sujeita responsabilidade tcnica. Ou seja, no seexige do empreendimento a manuteno, em seus quadros, de profissional habilitadojunto a rgo ou conselho de classe fiscalizador de profisso regulamentada.

    Todavia, empresas que exploram atividade de Lan House (diverseseletrnicas) devem consultar, em Minas Gerais, a Diviso de OperaesEspeciais, a fim de obter informaes detalhadas sobre autorizao especfica parafuncionamento, horrios e condies especiais de permanncia de menores noestabelecimento.

    A Diviso de Operaes Especiais rgo vinculado Chefia do Departamento deRegistro e Controle Policial, subordinado diretamente e integrado estruturaorgnica da Superintendncia Geral de Polcia Civil. sucessora da extinta Divisode Licenciamento e Fiscalizao de Diverses Pblicas, conforme disposto noDecreto n 29.184/88.

    Tambm importante verificar, junto Prefeitura do municpio onde o empreendedorpretende explorar a Lan House, informaes detalhadas sobre eventual regulamentaoda atividade. No municpio de Belo Horizonte, a ttulo de exemplo meramenteilustrativo, vigoram: a) Lei (municipal) n 3.364, de 21 de setembro de 1981, quedispe sobre a concesso do alvar de funcionamento para as casas de diversoeletrnica; b) Decreto (municipal) n 10.015, de 24 de setembro de 1999, que

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    10

    regulamenta a Lei n 4.589/86; c) Decreto (municipal) n 5.490, de 24 de outubro de1986, que tambm regulamenta a Lei n 4.589/86; d) Decreto (municipal) n 7.339,de 19 de abril de 1995, que estabelece normas para expedio do alvar delocalizao e funcionamento da atividade no municpio.

    O artigo 74 da Lei n 8.069/90 (Estatuto da Criana e do Adolescente) dispe queo Poder Pblico, atravs do rgo competente, regular as diverses e osespetculos pblicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etrias para as quaisno so recomendados, locais e horrios em que suas apresentaes so inadequadas.No seu pargrafo nico, o dispositivo mencionado obriga os responsveis pelasdiverses e espetculos pblicos a afixar, em lugar visvel e de fcil acesso, entrada dolocal de exibio, informaes destacadas sobre a natureza do espetculo e a faixaetria especificada no certificado de classificao. No artigo 90, a Lei n 8.069/90estabelece que os responsveis por estabelecimentos que explorem comercialmentebilhar, sinuca ou congnere, ou responsveis por casas de jogos, assim entendidas asque realizem apostas, ainda que eventualmente, cuidaro para que no seja permitidaa entrada e a permanncia de crianas e adolescentes no local, afixando aviso paraorientao do pblico.

    Observa-se que o Estatuto da Criana e do Adolescente no probe a permanncia demenores em casas de diverses eletrnicas, mas delega s autoridades competentes(juizes das Varas da Infncia e da Juventude e Poder Executivo) poderes pararegulamentar a explorao, determinando expressamente que imprescindvelinformar a natureza da diverso, a faixa etria recomendada e os horrios defuncionamento.

    Importante

    A legislao brasileira est sujeita a alteraes constantes. necessrio e indispensvelque o empreendedor solicite s autoridades fiscais informaes atualizadas sobreexigncias e requisitos legais, para a regularizao da pessoa jurdica e a exploraoda atividade econmica.

    As instrues recebidas sobre legislao devem ser confirmadas junto s autoridadesfiscais e junto ao contador ou contabilista responsvel pela escrita fiscal daempresa.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    11

    Esclarecimentos Tributrios

    Setor/Atividade: Prestao de Servio.Tipo de negcio: Lan House.Principais tributos institudos em lei: IRPJ, PIS, COFINS, CONTRIBUIAOSOCIAL SOBRE O LUCRO, ISSQN.

    Esto relacionados acima tributos institudos em lei por setor de atividade. Outrostributos sero devidos, conforme situaes peculiares ou atividades/operaesdefinidas, cujo tratamento diferenciado dever ser verificado caso a caso.

    Tanto o contabilista quanto os rgos competentes podero orient-lo nocumprimento de tais exigncias, se for seu caso.

    TRIBUTAO

    O empreendedor demonstra maior interesse em conhecer, aprender e dominar osassuntos relacionados tributao das empresas. Verifica-se que este interesse vaimuito alm da curiosidade pelo assunto, mas surge da preocupao com a viabilidadedo negcio. Muitos acreditam que a carga tributria a que esto sujeitas as empresasem geral representa um fator impeditivo ao sucesso do negcio; que os tributos quedevero recolher aps a constituio da empresa so excessivamente onerosos,comprometendo o lucro e fadando o negcio falncia. Isso no verdade e o mitodeve ser eliminado.

    A atividade tributante essencial existncia da sociedade, pois permite o custeio deservios pblicos e investimentos em educao, sade, infra-estrutura, saneamentobsico, segurana, previdncia social, sade e outros bens indispensveis. plenamente possvel recolher tributos regularmente e possuir um negcio lucrativo eprspero. Alis, necessrio que o empreendedor esteja em dia com suas obrigaesfiscais para manter seu empreendimento com tranqilidade e sem medo de receberno estabelecimento a fiscalizao fazendria.

    As autoridades fiscais devem ser enxergadas como parceiras do empreendedor, dasquais ser possvel exigir a contrapartida pelo recolhimento regular e pontual dostributos, principalmente quanto prestao dos servios pblicos que toda asociedade tem direito.

    Antes de prosseguir na prestao de informaes sobre tributao, importanteesclarecer que o empreendedor pode e deve conhecer a carga tributria a que estsujeito. Todavia, no pode preocupar-se em aprofundar seus conhecimentos sobre oassunto e tornar-se um especialista em tributao, sob pena de perder a condio decuidar do prprio negcio, no se dedicando s suas atividades empresariais paratornar-se um estudioso do Direito Tributrio-fiscal.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    12

    recomendvel que o empresrio seja dedicado ao sucesso de seu negcio, deixandoas questes fiscais sob responsabilidade do contabilista ou contador que cuida de suaescrita, podendo ainda recorrer ao advogado tributarista para tratar de assuntostributrios mais complicados.

    Dentro de noes bsicas que so do interesse do empreendedor, pode-se iniciar poresclarecer que os tributos so prestaes pecunirias (em dinheiro), que o contribuintedeve ao fisco, por fora de legislao especfica que institui a obrigao.

    Os tributos so, por isso, recolhidos necessariamente em dinheiro, no se admitindopagamento atravs da entrega de mercadorias ou servios. E todo tributo institudopor lei. Os tributos so classificados ou subdivididos em impostos, taxas e contribuiesde melhorias. Fica assim fcil entender que imposto e tributo no so a mesma coisa, jque tributo o gnero, e imposto uma espcie de tributo.

    Alguns estudiosos classificam as contribuies previdencirias como impostosespeciais, e outros as classificam como categoria especfica de obrigao noclassificvel como tributo. A questo no merece estudo detalhado por conta doempreendedor, cuja obrigao saber da existncia das contribuies previdenciriascomo fator de custo na formao do preo de venda do produto que pretende produzirou vender, bem como do servio que h de prestar.

    Os tributos so institudos em leis, que tm origem federal, estadual, distrital(Distrito Federal) ou municipal.

    Na organizao do Brasil, a Constituio da Repblica define competncia a cadargo tributante para instituir tributos, incumbindo Unio, aos Estados federados,Distrito Federal e municpios arrecadar e aplicar seus recursos, sem invadir acompetncia uns dos outros. possvel, ento, afirmar que o contribuinte est sujeitoao recolhimento de tributos federais, estaduais e municipais. Os tributos podem sercobrados em razo de atividades executadas pelas autoridades pblicas ou pelasatividades desenvolvidas pelo contribuinte.

    So denominados tributos vinculados aqueles oriundos das atividades executadaspelo Poder Pblico, configurando taxas e contribuies de melhoria. o caso, porexemplo, de taxas que o contribuinte recolhe quando solicita, junto repartiopblica, a emisso de documentos e certides. Os tributos vinculados atividade docontribuinte so denominados tributos no vinculados e caracterizam impostos econtribuies sociais, podendo ser citados como exemplos o Imposto de Renda e ascontribuies para a Previdncia Social.

    O empreendedor est sujeito, na explorao de suas atividades econmicas, aosseguintes tributos:

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    13

    a) Tributos Federais: IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurdica), IPI (Imposto sobreProdutos Industrializados), PIS (Contribuio para o Programa de Integrao Social),COFINS (Contribuio Social sobre o faturamento das empresas) e a CSLL(Contribuio Social sobre o Lucro Lquido);b) Tributo Estadual: ICMS (Imposto sobre a Circulao de Mercadorias ePrestao de Servios);c) Tributo Municipal: ISSQN (Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza);d) Contribuies Previdencirias: INSS recolhido sobre a folha de pagamento desegurados empregados e retirada pr-labore de scios e administradores, maispagamentos efetuados a prestadores de servios autnomos.

    As obrigaes mencionadas acima no esto classificadas de acordo com a doutrina,haja vista que os estudiosos do assunto divergem quanto definio da natureza jurdicados encargos tributrio-fiscais. Todavia, a indicao das obrigaes na forma acimatem cunho meramente didtico e objetiva apresentar ao empreendedor, de forma simplese prtica, suas principais obrigaes oriundas da execuo de suas atividadeseconmicas.

    importante esclarecer tambm que os tributos no foram exaustivamenteidentificados, incidindo sobre determinadas atividades ou operaes carga tributriaque inclui outras obrigaes no mencionadas acima. Em resumo, a carga tributriaincidente sobre as empresas varia conforme a atividade explorada e as operaesrealizadas, podendo variar inclusive quanto ao valor. Recomenda-se ao empreendedorsolicitar ao contador ou contabilista responsvel por sua escrita o estudo especfico deseu negcio, a fim de definir com exatido os tributos que fica obrigado a recolher eo valor de cada um.

    MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

    Empresas cuja receita bruta anual no ultrapassa R$2.400.000,00 (dois milhes equatrocentos mil reais) recebem tratamento diferenciado, gozando de benefcios fiscaise, por isso, sendo sujeitas a carga tributria reduzida. So classificadas emmicroempresas ou empresas de pequeno porte, conforme o valor da receita brutaanual que realizam.

    Este tratamento diferenciado dispensado s micro e pequenas empresas foi institudopara regulamentar o artigo 179 da Constituio da Repblica, decorrendo delegislao especfica de origem federal e estadual. A legislao federal instituibenefcios fiscais quanto aos tributos federais e s contribuies previdencirias,enquanto a legislao estadual institui benefcios quanto aos tributos estaduais.

    Os municpios tambm podem instituir benefcios quanto aos tributos municipais.Recomenda-se ao empreendedor solicitar informaes sobre o assunto diretamentejunto Prefeitura do municpio onde pretende estabelecer a sede da empresa.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    14

    Tendo em vista que os benefcios fiscais so institudos em leis de origem federal eestadual, os critrios para gozo dos benefcios variam de acordo com a origem da lei.Algumas regras so idnticas para aproveitamento do empreendedor, variandooutras conforme h de se esclarecer atravs do estudo das respectivas leis federale estadual.

    Em nvel federal os benefcios fiscais foram institudos pela Lei n 9.317, de 05 dedezembro de 1996, tendo a Lei n 9.841, de 05 de outubro de 1999, institudo oEstatuto da microempresa e da empresa de pequeno porte. No Estado de MinasGerais, os benefcios fiscais quanto aos tributos estaduais foram institudos pela Lei n13.437, de 30 de dezembro de 1999, regulamentada pelo Decreto n 40.987, de 31 demaro de 2000.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    15

    Microempresa Legislao Federal

    A legislao federal instituiu o SIMPLES e assegura benefcios fiscais exclusivamentequanto aos tributos federais e contribuies previdencirias. O tratamento diferenciadodispensado ao pequeno empreendedor pela Lei n 9.317/96 (alterada pelas Leis n9.732/98, 10.034/00 e 11.307/06) permite simplificao na apurao dos tributos ereduo significativa da carga tributria.

    A legislao classifica como MICROEMPRESA aquela cuja receita bruta anual noultrapassa R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), e EMPRESA DE PEQUENOPORTE aquela cuja receita bruta anual ultrapassa o limite de microempresa (R$240.000,00), mas no ultrapassa R$ 2.400.000,00 (dois milhes e quatrocentos milreais).

    RECEITA BRUTA ANUALCLASSIFICAO

    At R$ 240.000,00 MicroempresaAcima de R$ 240.000,00 at R$ 2.400.000,00 Empresa de Pequeno Porte

    Os valores acima foram estipulados pela Lei federal n 11.196, de 21 de novembro de2005, que produziu efeitos a partir de 1 de janeiro de 2006.

    A tabela abaixo indica o valor do percentual a ser aplicado sobre a receita mensal daempresa, conforme sua faixa de enquadramento.

    MICROEMPRESAReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)

    At 60.000,00 3Acima de 60.000,00 At 90.000,00 4Acima de 90.000,00 At 120.000,00 5Acima de 120.000,00 At 240.000,00 5,4

    EMPRESA DE PEQUENO PORTEReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)Acima de 240.000,00 At 360.000,00 5,8Acima de 360.000,00 At 480.000,00 6,2Acima de 480.000,00 At 600.000,00 6,6Acima de 600.000,00 At 720.000,00 7Acima de 720.000,00 At 840.000,00 7,4Acima de 840.000,00 At 960.000,00 7,8Acima de 960.000,00 At 1.080.000,00 8,2Acima de 1.080.000,00 At 1.200.000,00 8,6Acima de 1.200.000,00 At 1.320.000,00 9,0

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    16

    Acima de 1.320.000,00 At 1.440.000,00 9,4Acima de 1.440.000,00 At 1.560.000,00 9,8Acima de 1.560.000,00 At 1.680.000,00 10,2Acima de 1.680.000,00 At 1.800.000,00 10,6Acima de 1.800.000,00 At 1.920.000,00 11,0Acima de 1.920.000,00 At 2.040.000,00 11,4Acima de 2.040.000,00 At 2.160.000,00 11,8Acima de 2.160.000,00 At 2.280.000,00 12,2Acima de 2.280.000,00 At 2.400.000,00 12,6

    Os valores acima definidos para a faixa de receita superior a R$1.200.000,00 foramfixados pela Lei n 11.307/06, que produziu efeitos a partir de 1 de janeiro de 2006.

    Os percentuais mencionados no quadro acima no incluem a alquota definida paraempresas que exploram atividade industrial e so contribuintes do IPI (Imposto sobreProdutos Industrializados). Na hiptese, sempre que o contribuinte optar pelo SIMPLESe for contribuinte do IPI, sobre as alquotas indicadas no quadro acima, dever adicionar0,5% (cinco dcimos porcento), ficando o quadro assim:

    MICROEMPRESA RECEITA BRUTA ANUAL (R$) Percentual (%)

    Sem IPI Com IPIAt 60.000,00 3 3,5Acima de 60.000,00 At 90.000,00 4 4,5Acima de 90.000,00 At 120.000,00 5 5,5Acima de 120.000,00 At 240.000,00 5,4 5,9

    EMPRESA DE PEQUENO PORTEReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)

    Sem IPI Com IPIAcima de 240.000,00 At 360.000,00 5,8 6,3Acima de 360.000,00 At 480.000,00 6,2 6,7Acima de 480.000,00 At 600.000,00 6,6 7,1Acima de 600.000,00 At 720.000,00 7 7,5Acima de 720.000,00 At 840.000,00 7,4 7,9Acima de 840.000,00 At 960.000,00 7,8 8,3Acima de 960.000,00 At 1.080.000,00 8,2 8,7Acima de 1.080.000,00 At 1.200.000,00 8,6 9,1Acima de 1.200.000,00 At 1.320.000,00 9,0 9,5Acima de 1.320.000,00 At 1.440.000,00 9,4 9,9Acima de 1.440.000,00 At 1.560.000,00 9,8 10,3Acima de 1.560.000,00 At 1.680.000,00 10,2 10,7Acima de 1.680.000,00 At 1.800.000,00 10,6 11,1

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    17

    Acima de 1.800.000,00 At 1.920.000,00 11,0 11,4Acima de 1.920.000,00 At 2.040.000,00 11,4 11,9Acima de 2.040.000,00 At 2.160.000,00 11,8 12,3Acima de 2.160.000,00 At 2.280.000,00 12,2 12,7Acima de 2.280.000,00 At 2.400.000,00 12,6 13,1

    Os valores acima definidos para a faixa de receita superior a R$1.200.000,00 foramfixados pela Lei n 11.307/06, que produziu efeitos a partir de 1 de janeiro de 2006.

    Algumas empresas so impedidas de optar pelo SIMPLES, mesmo que sua receitaesteja dentro dos limites de enquadramento no referido regime especial de tributao. Oartigo 9 da Lei n 9.317/96 exclui do SIMPLES, independentemente da receita daempresa, aquela que encontra-se numa das seguintes situaes:

    I - constituda sob a forma de sociedade por aes;II - cuja atividade seja banco comercial, banco de investimentos, banco dedesenvolvimento, caixa econmica, sociedade de crdito, financiamento e investimento,sociedade de crdito imobilirio, sociedade corretora de ttulos, valores mobilirios ecmbio, distribuidora de ttulos e valores imobilirios, empresa de arrendamentomercantil, cooperativa de crdito, empresas de seguros privados e de capitalizao eentidade de previdncia privada aberta;III - que se dedique compra e venda, ao loteamento, incorporao ou construode imveis;IV - que tenha scio estrangeiro, residente no exterior;V - constituda sob qualquer forma, de cujo capital participe entidade daadministrao pblica, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;VI - que seja filial, sucursal, agncia ou representao, no pas, de pessoa jurdica comsede no exterior;VII - cujo titular ou scio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital deoutra empresa, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de opo peloSIMPLES;VIII- de cujo capital participe, como scio, outra pessoa jurdica;IX - cuja receita decorrente da venda de bens importados seja superior a 50%(cinqenta por cento) de sua receita bruta total;X - que realize operaes relativas a:a) importao de produtos estrangeiros;b) locao ou administrao de imveis;c) armazenamento e depsito de produtos de terceiros;d) propaganda e publicidade, excludos os veculos de comunicao;e) factoring;f) prestao de servio de vigilncia, limpeza, conservao e locao de mo-de-obra;XI - que preste servios profissionais de corretor, representante comercial, despachante,ator, empresrio, diretor ou produtor de espetculos, cantor, msico, danarino, mdico,dentista, enfermeiro, veterinrio, engenheiro, arquiteto, fsico, qumico, economista,contador, auditor, consultor, estatstico, administrador, programador, analista desistema, advogado, psiclogo, professor, jornalista, publicitrio, fisicultor, ou

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    18

    assemelhados, e de qualquer outra profisso cujo exerccio dependa de habilitaoprofissional legalmente exigida;XII - que participe do capital de outra pessoa jurdica;XIII - que tenha dbito inscrito em Dvida Ativa da Unio ou do Instituto Nacional doSeguro Social - INSS, cuja exigibilidade no esteja suspensa;XIV - cujo titular, ou scio que participe de seu capital com mais de 10% (dez porcento), esteja inscrito em Dvida Ativa da Unio ou do Instituto Nacional do SeguroSocial - INSS, cuja exigibilidade no esteja suspensa;XV - que seja resultante de ciso ou qualquer outra forma de desmembramento dapessoa jurdica;XVI - cujo titular, ou scio com participao em seu capital superior a 10% (dez porcento), adquira bens ou realize gastos em valor incompatvel com os rendimentos porele declarados.

    As Leis n 10.034/00 e n 10.684/03 introduziram importantes alteraes na sistemticado SIMPLES.

    Por fora das leis retro-mencionadas, empresas que exploram atividade de creche e pr-escola, estabelecimentos de ensino fundamental, centro de formao de condutores(auto escola), agncias lotricas e agncia terceirizadas de correios, podem optar peloSIMPLES. Nesses casos, o contribuinte fica obrigado a recolher o imposto medianteacrscimo de 50% (cinquenta porcento), sobre o valor dos percentuais indicados natabela acima.

    Alm dos servios acima relacionados (creche e pr-escola, estabelecimentos de ensinofundamental, auto escola, agncias lotricas e agncia terceirizadas de correios), todosos outros prestadores de servio, CUJA OPO PELO SIMPLES SEJA PERMITIDA,tambm esto obrigados ao recolhimento do SIMPLES com acrscimo de 50%(cinquenta porcento), sobre o valor dos percentuais indicados na tabela acima.

    Na hiptese da empresa explorar atividade de prestao de servio,CUMULADAMENTE com outra atividade estranha a servio (indstria, comrcio ouprodutor rural), o acrscimo de 50% (cinquenta porcento), sobre o valor dos percentuaisda tabela acima, ocorre para fins de apurao e recolhimento do SIMPLES, quando areceita com os servios prestados, igual ou superior a 30% (trinta porcento) da receitatotal da empresa.

    Nos casos que a legislao impe acrscimo de 50% (cinquenta porcento) da alquota,para fins de apurao do SIMPLES, conforme acima mencionado (Leis n 10.034/00 en 10.684/03), a tabela passa a ser da seguinte forma:

    MICROEMPRESA RECEITA BRUTA ANUAL (R$) Percentual (%)At 60.000,00 4,5Acima de 60.000,00 At 90.000,00 6,0

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    19

    Acima de 90.000,00 At 120.000,00 7,5Acima de 120.000,00 At 240.000,00 8,1

    EMPRESA DE PEQUENO PORTEReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)Acima de 240.000,00 At 360.000,00 8,7Acima de 360.000,00 At 480.000,00 9,3Acima de 480.000,00 At 600.000,00 9,9Acima de 600.000,00 At 720.000,00 10,5Acima de 720.000,00 At 840.000,00 11,1Acima de 840.000,00 At 960.000,00 11,7Acima de 960.000,00 At 1.080.000,00 12,3Acima de 1.080.000,00 At 1.200.000,00 12,9Acima de 1.200.000,00 At 1.320.000,00 13,5Acima de 1.320.000,00 At 1.440.000,00 14,1Acima de 1.440.000,00 At 1.560.000,00 14,7Acima de 1.560.000,00 At 1.680.000,00 15,3Acima de 1.680.000,00 At 1.800.000,00 15,9Acima de 1.800.000,00 At 1.920.000,00 16,5Acima de 1.920.000,00 At 2.040.000,00 17,1Acima de 2.040.000,00 At 2.160.000,00 17,7Acima de 2.160.000,00 At 2.280.000,00 18,3Acima de 2.280.000,00 At 2.400.000,00 19,9

    Os valores acima definidos para a faixa de receita superior a R$1.200.000,00 foramfixados pela Lei n 11.307/06, que produziu efeitos a partir de 1 de janeiro de 2006.

    Os percentuais mencionados no quadro acima no incluem a alquota definida paraempresas que exploram atividade industrial e so contribuintes do IPI (Imposto sobreProdutos Industrializados). Na hiptese, sempre que o contribuinte optar pelo SIMPLESe for contribuinte do IPI, sobre as alquotas indicadas no quadro acima, dever adicionar0,5% (cinco dcimos porcento).

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    20

    Passo a Passo para Registro

    CONSIDERAES INICIAIS SOBRE REGISTRO

    Para registro e legalizao recomendamos que sejam solicitados os servios de umcontador/contabilista que, alm de elaborar os documentos constitutivos da empresae preencher todos os formulrios do processo, o profissional capacitado a prestarconsultoria com relao aos aspectos fiscais/tributrios e legais na constituio daempresa.

    Para contratar um contabilista habilitado, recomendamos que sejam solicitadaspropostas de prestao de servios, englobando o valor dos honorrios e o "escopo"do servio a ser prestado. Para tanto, consulte as "pginas amarelas da listatelefnica" ou pea s Associaes ou Sindicatos de Contabilistas uma relao deprofissionais que atuam em sua cidade ou regio.

    O contador um profissional-chave na gesto empresarial. Por isso, antes decontratar, pesquise pelo menos trs contadores, certifique-se de que ele umprofissional habilitado junto ao CRC - Conselho Regional de Contabilidade e de queno existem queixas registradas contra ele. D preferncia aos profissionaisatualizados, que ofeream, alm dos servios fiscais, um servio de assessoria contbil.Lembre-se que o preo no o melhor critrio para selecionar um servio.

    Um negcio prprio envolve, alm de capital para investir, muita disposio parao trabalho, garra e persistncia. Essas caractersticas devem estar presentes j na fasede abertura da empresa, para o cumprimento da verdadeira maratona imposta pelaburocracia. O empreendedor deve estar preparado para lidar com diversas siglas,taxas e impostos em reparties municipais, estaduais e federais, at que o primeirocliente da nova empresa seja finalmente atendido.

    DEFINIO DA FORMA JURDICA QUE REVESTE O EMPREENDIMENTO

    O passo inicial definir a forma jurdica a ser adotada para explorao da atividade.O Cdigo Civil em vigor (Lei n 10.406, de 11 de janeiro de 2002) trouxe alteraesimportantes e criou as seguintes opes:1 - Sociedades que exploram atividade intelectual, de natureza cientfica, literriaou artstica e as cooperativas so definidas como SOCIEDADES SIMPLES;

    2 - Para o empreendedor que explora qualquer outra atividade NO enquadrada comointelectual ou cooperativa, a legislao permite o registro do EMPRESRIO ou aconstituio de sociedade empresria. O registro do EMPRESRIO ocorre quandoNO H constituio de sociedade. NO CASO DE CONSTITUIO DESOCIEDADE, as opes previstas em lei so:

    2.1 - Sociedade limitada;

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    21

    2.2 - Sociedade annima;2.3 - Sociedade em nome coletivo;2.4 - Sociedade em comandita por aes;2.5 - Sociedade em comandita simples.

    A legislao em vigor, conforme acima mencionada, define como SOCIEDADESIMPLES aquela pessoa jurdica que explora atividade INTELECTUAL, de naturezacientfica, literria ou artstica; e as COOPERATIVAS.

    importante entender que apenas servios intelectuais so explorados porsociedades SIMPLES. Servios NO INTELECTUAIS, podendo citar atividadeexplorada por prestador de servio de limpeza, portaria e conservadoras, oficinamecnica e outros tantos, NO so explorados por sociedade denominada SIMPLES.So tambm legalmente definidas como SOCIEDADES SIMPLES as diversasespcies de COOPERATIVAS.

    Em resumo:1 - So sociedades simples:a) Aquelas que exploram servio intelectual (natureza cientfica, literria ou

    artstica);b) As cooperativas.

    2 - Na explorao de atividades comerciais, industriais, rurais e servios nointelectuais, o empreendimento pode revestir-se das seguintes formas jurdicas:a) Empresrio (no pessoa jurdica);b) Sociedade limitada;c) Sociedade annima;d) Sociedade em nome coletivo;e) Sociedade em comandita por aes;f) Sociedade em comandita simples.

    PEQUENOS EMPREENDIMENTOS - FORMAS JURDICAS MAISADEQUADAS

    A sociedade LIMITADA a forma jurdica mais adequada de sociedadeempresria, para explorao de empreendimentos de micro, pequeno e mdioportes. Na sociedade LIMITADA, cada scio responde por obrigaes da sociedade nolimite do valor das cotas que subscreve.

    Outra opo a obteno do registro na categoria de EMPRESRIO. Trata-se daexplorao de atividade profissionalmente organizada, sem constituio de pessoajurdica. O empreendedor que decide explorar atividade empresria sem constituirsociedade pode obter registro de EMPRESRIO. A desvantagem desta modalidade que o titular do registro responde ilimitadamente pelas obrigaes surgidas daexplorao do negcio.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    22

    O registro de EMPRESRIO no conferido aos profissionais para explorao deservios intelectuais. Somente atividades organizadas profissionalmente paraproduo ou circulao de bens ou servios NO intelectuais podem ser exploradasatravs da figura do EMPRESRIO.

    SOCIEDADE SIMPLES REVESTIDA DE FORMA JURDICA DESOCIEDADE LIMITADA

    Sociedades que exploram servios INTELECTUAIS e cooperativas sonecessariamente sociedades simples. O Cdigo Civil em vigor dispe que, nassociedades simples, os scios respondem pelas obrigaes contradas pela sociedade.Nesse particular, a sociedade simples revela desvantagem, se comparada sociedadelimitada.

    O Cdigo Civil permite sociedade simples adotar a forma jurdica de sociedadelimitada. Nesta hiptese, a natureza jurdica da pessoa jurdica continua sendo desociedade simples; todavia, optando por revestir-se de sociedade limitada, confere aosscios responsabilidade limitada ao valor restrito das cotas subscritas.

    PROCEDIMENTOS DE REGISTRO - CUIDADOS INICIAIS

    Definida a forma jurdica do empreendimento, o interessado deve, ento,providenciar consulta prvia junto Prefeitura do Municpio onde pretendeestabelecer seu negcio, a fim de saber se a explorao do negcio autorizada para olocal escolhido, posto que a legislao municipal probe a instalao dedeterminados estabelecimentos em reas definidas. Esse cuidado pode evitar umasrie de aborrecimentos futuros.

    Tambm necessria a realizao de consulta da situao fiscal dos scios junto Secretaria da Receita Federal e Secretaria Estadual da Fazenda, para verificar aexistncia de pendncias ou irregularidades, que impeam a obteno da inscrio nosrespectivos cadastros fiscais (federal e estadual).

    Da mesma forma, aconselhvel uma consulta Junta Comercial e/ou ao Cartriode Registro Civil das Pessoas Jurdicas (conforme a competncia para o registro),com o objetivo de verificar se no existe outra empresa com o nome (razo social)igual ou semelhante ao que voc escolheu. O mesmo nome empresarial no pode seradotado por mais de um empreendimento no mesmo Estado da Federao.

    CONTRATO SOCIAL

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    23

    Sociedades simples e sociedades empresrias so criadas inicialmente pelaelaborao do contrato de sociedade, denominado CONTRATO SOCIAL, que assinado pelos scios e arquivado no rgo competente de registro.

    O rgo competente para arquivamento do contrato social das SociedadesSimples o Cartrio de Registro Civil das Pessoas Jurdicas. Sociedades empresrias,por sua vez, tm seu contrato social arquivado na Junta Comercial. A existncialegal da pessoa jurdica comea com o registro do contrato social no rgo competente.Sociedades cujos atos constitutivos no so arquivados no rgo competente sodesprovidas de personalidade jurdica, pelo que respondem pessoalmente os sciosquanto aos atos praticados.

    Para registro do empreendimento sem a constituio de sociedade, na modalidadeEMPRESRIO, o rgo competente a Junta Comercial. Neste caso, o empreendedorno dispe de contrato social para registro, mas assina requerimento especfico quecontenha:a) Nome, nacionalidade, domiclio, estado civil e, se casado, regime de bens;b) Nome empresarial (firma social), com a respectiva assinatura autgrafa;c) Capital;d) Objeto e sede (endereo onde o empreendimento ser explorado).

    O contrato social das sociedades simples e das sociedades limitadas deve conter:a) Nome, nacionalidade, estado civil, profisso e residncia dos scios;b) Nome empresarial, objeto, sede e prazo da sociedade;c) Capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender

    qualquer espcie de bens suscetveis de avaliao pecuniria;d) Quota de cada scio no capital social e o modo de realiz-la;e) Indicao dos administradores, seus poderes e atribuies;f) Participao dos scios nos lucros e perdas.

    As sociedades simples devem , ainda, fazer constar do contrato social:a) as prestaes a que se obriga o scio, cuja contribuio consista em servios;b) se os scios respondem ou no, subsidiariamente, pelas obrigaes sociais.

    Alm dos requisitos acima relacionados, o contrato social da sociedade limitadatambm deve conter:a) Declarao de que a responsabilidade dos scios limitada ao valor exato das

    cotas subscritas;b) Indicao da regncia supletiva das normas aplicveis s sociedades annimas,

    se for do interesse do empreendedor;c) Designao do objeto da sociedade na denominao social, integrada no final

    da palavra limitada ou sua abreviatura.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    24

    Imprevistos podem acontecer e, alm disso, so comuns atritos entre scios. Oimportante que, em qualquer litgio ou situao excepcional, a ltima palavracaber ao texto do Contrato Social. Uma forma de eliminar dvidas a consulta aum Contrato Social lavrado por outra empresa em condies semelhantes. Porm, seas dvidas persistirem ou no se chegar a um acordo, o melhor mesmo ser recorrera um advogado ou contador.

    EXIGNCIAS PARA REGISTRO

    Para o registro na Junta Comercial so exigidos os seguintes documentos:

    A - EMPRESRIO Requerimento especfico em quatro vias e em formulrio prprio; Declarao de microempresa, se for o caso; Capa de processo; Cpia autenticada da carteira de identidade do titular da empresa; Taxa de registro.B - SOCIEDADE LIMITADA Contrato ou estatuto social, assinado pelos scios e duas testemunhas (trs vias); Declarao de microempresa, se for o caso (duas vias); Ficha de Cadastro Nacional - FCN, folhas 1 e 2 (uma via cada); Capa de processo; Cpia autenticada da carteira de identidade do(s) scio(s) gerente(s); Taxa de registro.C - MINISTRIO DA FAZENDA - RECEITA FEDERAL - CNPJDocumentos necessrios para a obteno do registro no CNPJ (Cadastro Nacional daPessoa Jurdica) do Ministrio da Fazenda: Disquete preenchido com o sistema do CNPJ - Cadastro Nacional das Pessoas

    Jurdicas; Documento Bsico de Entrada do CNPJ (formulrio prprio), original e uma

    cpia simples, com a firma do scio gerente reconhecida em cartrio; Uma via do original do Contrato Social ou Estatuto Social ou requerimento de

    EMPRESRIO, devidamente averbado pela Junta Comercial do Estado ouCartrio do Registro Civil das Pessoas Jurdicas.

    D- INSCRIO ESTADUAL-SECRETARIA DA FAZENDA ESTADUAL -ICMSDocumentos necessrios para a obteno da Inscrio Estadual (cadastro decontribuintes do ICMS da Secretaria da Fazenda Estadual): Formulrio DECA: Declarao Cadastral, em duas vias; Formulrio DECA: Declarao Cadastral - Anexo I, em duas vias;

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    25

    Formulrio DCC: Declarao Cadastral do Contabilista e Empresa Contbil, emtrs vias, referente ao incio de escriturao e ao pedido de permanncia de livrosem escritrio de contabilidade, quando for o caso;

    Formulrio de solicitao para enquadramento/alterao de Microempresa eEmpresa de Pequeno Porte, em duas vias;

    Cpia dos atos constitutivos (contrato social ou estatuto ou declarao de firmaindividual) devidamente registrados na JUCEMG;

    Cpias do CPF dos scios, quando tratar-se de pessoa fsica, e do CNPJ do scio,quando tratar-se de pessoa jurdica;

    Cpia do carto CNPJ ou da ficha de inscrio no CNPJ; Cpia do alvar de localizao fornecido pela Prefeitura ou, na sua falta, prova de

    propriedade (escritura registrada), contrato de locao ou de comodato do imvel(com firmas reconhecidas);

    Formulrio requerimento/certido dbito, em uma via, para: a) o titular, quando setratar de firma individual; b) os scios, quando se tratar de sociedade por quotaslimitadas; c) os diretores, quando se tratar de sociedade annima;

    Cpia reprogrfica legvel da identidade dos responsveis scios; Cpias reprogrficas da procurao e da identidade do procurador (quando for o

    caso); Taxa de expediente.E - ALVAR DE LOCALIZAO - PREFEITURA MUNICIPALO ltimo passo a inscrio da empresa na Prefeitura do municpio, para fins deobteno do Alvar de Localizao.Os procedimentos para a inscrio variam de acordo com a legislao vigente nomunicpio onde a empresa for estabelecida. Assim, recomendamos que se procure orgo competente para mais informaes.

    IMPORTANTEAlgumas atividades exigem licenas e registros especiais e especficos. Tanto ocontabilista quanto os rgos competentes podero orientar o empreendedor para ocumprimento de tais exigncias, se for seu caso.

    O Cdigo Civil em vigor veda a constituio de sociedade entre pessoas casadaspelos regimes de comunho universal de bens ou separao obrigatria de bens.

    RGOS DE REGISTROS Junta Comercial (contrato social ou estatuto social) - site: www.jucemg.mg.gov.br ; Ministrio da Fazenda (CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica) - site:

    www.receita.fazenda.gov.br ; Secretaria de Estado da Fazenda (inscrio estadual - cadastro de contribuintes do

    ICMS) - site: www.sef.mg.gov.br ; Prefeitura Municipal (Alvar de Localizao e Funcionamento).

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    26

    Marcas e Patentes

    Registrar a marca da empresa significa ter a garantia sobre o uso de um nome (nome defantasia), um sinal visual ou mesmo uma figura.

    a marca que identifica e distingue uma empresa, um produto, uma mercadoria ou umservio dos demais no mercado em que atua.

    O registro da marca de fundamental importncia para a empresa e para oempreendedor, porque:- A marca tem grande valor, agindo como fator bsico na comercializao de

    produtos e servios;- A marca se constitui em elemento essencial para a defesa do consumidor, garantindo

    a qualidade daquilo a que se aplica e atestando sua autenticidade;- O no registro da marca pela empresa abre espao para que outros o faam,

    perdendo a mesma os referidos direitos;- A marca pode e deve ser contabilizada no ativo da empresa, pois a mesma um

    BEM da empresa.

    De acordo com o princpio da propriedade industrial, o registro da empresa na JuntaComercial ou no cartrio competente garante a exclusividade no uso do nome comercial(razo social, denominao social), mas no garante a proteo no uso da marca ounome de fantasia.

    Por isso, relevante que seja feito o registro da marca junto ao INPI (Instituto Nacionalde Propriedade Industrial), para que seja garantido o uso exclusivo da marca embenefcio do titular da mesma, coibindo seu uso indevido por terceiros.

    Para o registro da marca junto ao INPI, inicialmente providenciada a "busca demarca", objetivando saber se j existe registro anterior em vigncia de marca igual ousemelhante desejada. No havendo, iniciado o processo de registro.

    DOCUMENTOS EXIGIDOS PARA O REGISTRO DE MARCA

    - Pessoa JurdicaCpias do Contrato Social, das alteraes contratuais, do carto CNPJ e dadeclarao da microempresa (se for o caso);

    - Pessoa FsicaCarteira de identidade, CPF e cpia da carteira profissional (se for o caso).

    - Marca mista

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    27

    Se a marca for mista (nome com figura) ou apenas figurativa (apenas figura), necessrio apresentar 16 (dezesseis) etiquetas na metragem 6cm X 6cm. Asetiquetas devem ser impressas em papel ofcio e em preto e branco.

    - TaxasO INPI cobra taxas pelos servios que presta, desde o pedido de registro de marcaat a expedio do Certificado de Registro. Os valores variam de acordo com o tipode servio pedido e, ainda, de acordo com a caracterstica do usurio do servio(pessoa fsica, pessoa jurdica, microempresa).

    O interessado poder solicitar mais informaes sobre busca e registro de marcasdiretamente no Ponto de Atendimento SEBRAE-MG mais prximo.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    28

    Implantao

    O conceito de lan house foi introduzido e difundido na Coria, em 1996. No Brasil,chegou em 1998. Lan a abreviao, em ingls, de "local area network", algo comorede local de computadores.

    Utilizando a moderna tecnologia como meio, a Lan House revolucionou as opes deentretenimento, permitindo a interao entre dezenas de jogadores, atravs de umarede local de computadores.

    A receita auferida por uma lan house constituda, essencialmente, pela locao decomputadores, seja para utilizao em jogos na rede local/Internet ou para navegaona Web. Como fonte adicional de receita, a loja pode vender alimentos e bebidas(lanches, refrigerantes, etc.).

    Fisicamente, uma lan house composta por diversos computadores de ltima gerao,conectados em rede. Em um nico ambiente virtual, com acesso rpido Internet, umcompetidor pode jogar com todos os outros na loja. Os computadores so instalados emdivisrias, nas quais h um suporte, onde se encaixa o fone de ouvido, e a identificaodo tipo de servio disponvel.

    Para garantir conforto aos usurios, a loja deve ter ar condicionado e cadeirasconfortveis. As cadeiras utilizadas em lan houses so especiais, haja vista aquantidade de horas que o cliente poder ficar sentado no local. No item NormasTcnicas, h mais informaes a respeito das cadeiras.

    importante que nas primeiras divisrias o empreendedor deixe os computadores paraacesso Internet ou para navegao na Web. Nas demais, um pouco mais afastadas,so instalados os computadores utilizados para jogos em rede. Essa distncia evitaque o barulho feito pelos jogadores em rede perturbe os clientes que desejam apenasacessar a Web.

    Boa parte do sucesso dessas lojas se deve interao "real" que os jogos proporcionam.Os usurios tm um cadastro, que inclui os horrios de entrada e sada nos jogos. Hlan houses que cobram antecipadamente pela locao do computador. Ou seja, quandotermina o tempo de locao, o acesso do login do cliente encerrado. Em outras lojas, ousurio paga depois que sai do computador, quando calculado o valor total das horasde utilizao e de lanches pedidos, se for o caso. Existem softwares que oferecem totalcontrole e administrao da loja, permitindo ao administrador bloquear um ou maiscomputadores, sendo o mesmo liberado somente com o "login" e a "senha".

    O cadastro do cliente deve ser feito na primeira locao do computador. Oprocedimento bem simples. Primeiro, pede-se um documento de identidade da pessoa,para evitar futuros problemas, como a permanncia de menores aps o horriorecomendado. Caso o cliente no tenha o documento de identidade, no momento do

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    29

    cadastro, ser identificado como visitante. Depois do cadastro do nome e do endereo, ofuncionrio entrega ao cliente um carto com a senha e o login, que sero usados paraacessar o computador. Recomenda-se que este carto tenha a logomarca da lan e aspromoes que ela oferece.

    A lan house trabalha, principalmente, com jogos de ao, como aqueles em queexrcitos de terroristas e contraterroristas disputam territrios, mantendo pilhasde servidores ocupados durante as 24 horas do dia. Os admiradores desses jogosviram noites se enfrentando. Apesar da concentrao, o silncio est longe de serobrigatrio: os jogadores discutem e revelam estratgias e armadilhas a seremutilizadas para a vitria no confronto.

    Uma sugesto de jogo tradicional de lan house o "Counter Strike", lanado em 2000.Ele uma das melhores opes para disputa em equipe, com cenrios que vo desdeuma base militar at uma favela do Rio de Janeiro, exigindo ateno e raciocnioestratgico do jogador. Sobre os softwares bsicos para lan houses, h o Linux e oWindows XP. Este ltimo mais apropriado, pois apresenta melhor funcionamento dosjogos e no exige conhecimentos especficos.

    Para garantir um clima agradvel em sua loja, interessante que o empreendedorestabelea regras, como no vender e no permitir o consumo de bebidas alcolicas ecigarros e restringir horrios de permanncia de menores.

    O nmero de funcionrios deve ser proporcional quantidade de horas que a lan ficaraberta. Os tcnicos devem se revezar em turnos de trabalho - manh, tarde e noite. Casoo empreendedor decida pelo funcionamento 24 horas por dia, dever ter tcnicos eminformtica responsveis pelo atendimento ao cliente, na entrada da loja, e pela soluode problemas, que eventualmente possam acontecer. Tambm importante ter umfaxineiro encarregado pela conservao e limpeza das instalaes.

    Independentemente do perodo de funcionamento, a loja deve oferecer segurana aosusurios e tambm aos equipamentos, que formam seu patrimnio.

    O pblico das lan houses variado, j que elas funcionam, muitas vezes, 24 horas, nosfins-de-semana e feriados.

    noite e de madrugada, so os adultos que dominam o local. Alm de jogar, elesacessam a Internet, consultam e-mails ou entram nas salas de bate-papo. Para quempretende montar uma lan 24 horas, a sugesto oferecer promoes, que prendam ocliente durante toda a madrugada. Em algumas lojas, esse tipo de promoo tm adenominao Corujo. Nela, o cliente paga um valor fixo e utiliza o computador das23h s 6h. Isso contribui para que a loja fique sempre cheia, proporcionando tambmmaior sada de lanches.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    30

    Pela manh e tarde, o pblico predominante de adolescentes, que tm prefernciapelos servios de jogos em rede. Nestes horrios mais procurados, interessante queo empreendedor aumente os valores pela locao do computador.A lucratividade do negcio depende de inmeras variveis. Mas, podemos estipular em60% a ocupao do horrio em que a casa est aberta. Por exemplo, se a lan abre dezhoras por dia, pode-se estimar que os computadores estaro ocupados durante seishoras. Essa uma mdia geral, j que poder haver dias de grande lotao e outros depouco movimento.

    A freqncia diria definir o retorno do investimento. Mas, como a abertura da lanhouse exige alto investimento, o retorno de mdio prazo.

    Metade do investimento em uma lan houve destina-se aquisio dos computadores.Outros 30% vo para a aquisio de softwares. No oramento esto includos jogos,sistema operacional e software.

    EQUIPAMENTOS DE INFORMTICA

    - Rede de computadores ligados internet, impressora colorida, scanners, disquetes;- Aplicativos: processador de textos, planilhas de clculos, Internet , softwares(Internet Explorer 4.0, ICQ, CUSEEME, Telnet, MIRC e outros), games (CounterStrike e outros).

    ImportanteOs equipamentos devem ser em nmero suficiente para atender a todos os clientes.Deve-se evitar que clientes esperem muito tempo para utilizar a Internet. Alm disso, aconselhvel a consulta aos diversos fornecedores de hardware e software, paradefinio de melhores equipamentos para o negcio.

    JOGOS MAIS PROCURADOS- Counter-Strike- Battlefield 1942- Half-life Generation- Age of Mythology- WarCraft III- Need for Speed Hot Pursuit 2- Unreal II- FIFA 2003- NBA Live 2003

    A preferncia por jogos pode variar de acordo com o pblico local. O desafio destenegcio a constante atualizao tecnolgica. A cada trs ou seis meses, as empresaslanam novos ttulos, mais sofisticados. Isso exige computadores sempre mais potentes.A atualizao dos equipamentos pode dar-se por meio da aquisio atravs de leasingou aluguel.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    31

    Um aspecto relevante deste negcio a ateno que o empreendedor deve dar nanegociao com os fornecedores. Eles devem oferecer garantia de ps-venda,garantia na entrega, qualidade em tecnologia e confiana. interessante que sebusque no mercado uma empresa altamente qualificada, com boas referncias.

    importante estabelecer um plano de marketing, baseado em uma anlise de mercadopreviamente elaborada. Um sugesto elaborar um site para a lan house, visando atrairnovos clientes, formar uma comunidade virtual de jogadores e divulgar informaessobre a lan, como promoes e campeonatos.

    Com o aumento de lan houses no Brasil, a idia de games em rede est se difundindoentre todas as "tribos" de jovens e tambm entre adultos. Ou seja, se cresce o nmerode lan houses, cresce o pblico alvo.

    LAN PARTY

    Lan Party um evento, para o qual as pessoas levam seus computadores e se divertemcom jogos em rede. Essas reunies podem ser em casa, apartamento, salo de hotel,centro de convenes, etc.

    O objetivo reunir um grupo de pessoas e se divertir. Estar em uma rede local temsuas vantagens, como a no ocorrncia do "LAG", que o ALTO tempo de respostaentre o servidor e o usurio, tanto em banda larga quanto em linha telefnica.

    Basicamente, a lan party rene vrios tipos de pessoas, de estudantes a empresrios. Apresena de menores de idade no permitida.

    Os freqentadores costumam levar um computador com placa de rede 100mbits,monitor, teclado, mouse e fone de ouvido. Muitas vezes, no permitido o uso decaixas de som.

    COMO MONTAR UMA REDE DE COMPUTADORES (LAN)

    Caso o empreendedor disponha de alguns computadores isolados e tenha interesse emcoloc-los em rede, ele dever:

    1) Comprar as placas de rede, cabos e HUB (se necessrio);2) Instalar as placas fisicamente nos computadores;3) Instalar as placas no Windows, que dever detect-las automaticamente e pedir

    os drivers;4) Instalar o protocolo de comunicao a ser usado, o que muito provavelmente

    precisar do CD de instalao do Windows;5) Criar a hierarquia de compartilhamento (qual computador ter acesso restrito ou

    no, etc);

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    32

    6) Testar tudo e corrigir eventuais erros.

    Placas de rede

    Na verdade, as placas de rede, em geral, no diferem muito em qualidade, at porqueso perifricos relativamente simples, se comparados a uma placa de vdeo, porexemplo. Provavelmente, 10Mbps ser o suficiente para se ter uma rede razovel emvelocidade, principalmente para redes de 15 a 30 computadores. Mais do que isso,sugere-se investir um pouco mais e montar uma rede de 100Mbps com HUB.

    Existem vrios padres e o mais famoso no Brasil o NE2000. Mas, o importante queas placas sejam compatveis com Plug and Play e Windows 95/98, o que ser necessriopara uma instalao fcil e sem problemas, e que funcionem com o protocolo TCP/IP,NetBEUI e/ou IPX/SPX. D preferncia s placas de rede que apresentam ledsindicadores do trfego de dados.

    No necessrio, mas interessante, que as placas sejam da mesma marca, parafacilitar a instalao e a configurao. A instalao de todas as placas ser igual, assimcomo o driver. As placas devem compradas na mesma loja, a fim de que se consigamelhor assistncia tcnica, se necessria. Placas de rede de marcas diferentesfuncionaro sem problemas, se for usado o mesmo protocolo.

    TIPOS DE REDE

    Existem dois tipos principais de rede: Ponto a Ponto e Cliente-Servidor.

    Redes Ponto a PontoEsse tipo de rede comum, principalmente em instalaes internas caseiras. Nela noexiste um computador principal, ou seja, no existe nenhuma hierarquia de rede. Todosos computadores tm nvel de acesso igual ou muito parecido.

    Redes Cliente-Servidor o tipo de rede mais comum em empresas e escritrios. Existe um "computadorprincipal", chamado Servidor, que guarda as principais informaes em segurana.Geralmente, esse servidor um computador bem mais poderoso do que os outros darede e so chamados de Clientes.O Servidor, geralmente, possui um ou mais processadores de alto desempenho, driversSCSI, para darem conta da demanda, e uma boa quantidade de memria RAM (svezes, mais de 1Gb). A placa de vdeo e o monitor de um servidor no precisam ser tobons quanto os usados nos computadores, pois ele no usado como um computadornormal. Nesse tipo de rede, mais comum o uso de sistemas operacionais, comoUNIX, Linux, entre outros, ou o Windows NT, que oferecem uma estruturacompleta.

    Cabo coaxial ou cabo de par tranado?

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    33

    A principal diferena entre redes com cabos coaxiais e redes com cabos de partranado o meio fsico da rede. Os drivers das placas de rede, assim como osprotocolos de comunicao, so os mesmos. Com isso, perfeitamente possvel,numa rede que usa cabos coaxiais, passar para uma rede com cabos de partranado, apenas mudando os cabos e adicionando o HUB, caso necessrio (isso emredes em que as placas de rede suportem ambos os cabos).

    Estrutura da rede com cabos coaxiaisOs cabos coaxiais, usados em placas de rede, so quase iguais aos de TV a cabo, masum pouco mais finos e com conectores um pouco diferentes, alm de exigirem terminaisde 50 ohms. Por exemplo, se voc quer conectar duas placas de rede, voc vai precisarde um cabo e dois terminais, um para cada placa. Se voc quer conectar trs placas derede, precisar de dois cabos e dois terminais. Sempre sero necessrios dois terminais(tambm conhecidos como cargas), mesmo em redes de apenas dois computadores,um em cada ponta da rede.

    Estrutura da rede com cabos de par tranadoCom redes de par tranado, a montagem bem mais simples do que com caboscoaxiais. Dependendo do nmero de computadores, existiro vrias opes para mont-la.

    Redes de dois ou mais computadoresPara montar uma rede com cabos de par tranado com mais de dois computadores, o usodo HUB obrigatrio. Mas, bem simples: basta instalar as placas de rede noscomputadores e lig-los no HUB, em qualquer ordem que desejar. Por exemplo: se voctem um HUB de oito portas e trs computadores, poder ligar um computador na porta7, outro na porta 3 e o ltimo na porta 5.

    Depois, pode ligar os computadores que quiser em qualquer porta. claro que, sevoc comprar um HUB de oito portas, s poder ligar oito computadores nele. Almdisso, importante lembrar que, caso voc compre placas de rede de 100Mbps, ter quecomprar um HUB de 100Mbps, para aproveitar essa velocidade, alm de cabosapropriados para a velocidade. Informe-se sobre os cabos na loja onde for compr-los.

    Para obter mais informaes sobre a construo de sua rede, sugerimos o contatocom especialistas da rea de informtica.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    34

    Finanas

    Para se administrar uma empresa, alm dos conhecimentos do ramo e de uma boapoltica de comercializao, absolutamente necessrio controlar a movimentao dosrecursos financeiros. O capital o sangue que move o organismo empresarial e, comotal, deve ser bem cuidado e constantemente monitorado. So duas as perguntas que,geralmente, o empreendedor se faz: Qual o capital necessrio para abrir oempreendimento? e Como ser o desempenho da empresa?.

    Muitos podem entender que todo o trabalho deve ser feito pelo contador, mas no bemassim. A funo financeira muito diferente da funo contbil, embora exista umaestreita relao entre elas, j que as informaes utilizadas so as mesmas. A funofinanceira tem como finalidade a tomada de decises, e a funo contbil, o registro dasinformaes acerca da vida financeira da empresa. Nas pequenas empresas, a funofinanceira normalmente est nas mos dos donos, e a funo contbil fica a cargo de umprofissional da rea. Quando a empresa cresce, torna-se necessrio que este trabalhoseja delegado, surgindo, assim, o responsvel pela execuo dos controles financeiros.

    E o que so, afinal, os controles financeiros? So controles que permitem aoempreendedor conhecer e acompanhar a movimentao financeira e tomar as decisesnecessrias ao empreendimento, no momento certo.

    Quais so esses controles financeiros? So os controles de caixa e bancos, que trazem aposio imediata dos recursos da empresa; os controles de contas a pagar e a receber,que permitem antever os compromissos a pagar e os direitos a receber. Da unio dessescontroles temos o Fluxo de Caixa, a ferramenta de previso cada vez mais indispensvelna conduo dos negcios e na gerncia eficaz dos recursos financeiros da empresa.

    Os conceitos financeiros

    O primeiro passo da administrao de uma empresa entender os conceitos financeiros,j que a sobrevivncia do negcio, muitas vezes, depende do grau de eficincia de suagerncia. Se no soubermos, por exemplo, calcular corretamente o preo de venda,poderemos ter:Baixa competitividade: quando o preo est acima do praticado no mercado, a empresa

    no vende e, dessa forma, no sobrevive;Prejuzo: quando a empresa adota um preo que no cobre seus custos operacionais, ela

    vende muito, mas no consegue pagar seus compromissos.

    Em ambos os casos o resultado o fechamento do negcio. Ento vamos conheceralguns conceitos, comeando com aqueles necessrios no momento de se iniciar umempreendimento.

    Quando estamos constituindo um negcio, necessitamos, obrigatoriamente, de capitaispara tal objetivo. Na realidade, qualquer empreendimento, seja comercial, industrial ou

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    35

    de prestao de servios, nada mais do que a obteno de recurso para ser aplicado,visando um resultado. Nesse momento, necessrio responder a algumas perguntas, taiscomo:

    Para iniciar o negcio, quanto de dinheiro ser necessrio?Quanto ser preciso para manter a empresa funcionando, nos primeiros meses de vida?Durante quanto tempo ser possvel prover investimentos e capital de giro com recursos

    prprios?Quando ser necessrio recorrer a emprstimo e quanto solicitar?A quem recorrer e em que condies?Em quanto tempo e como ser possvel pagar o emprstimo?

    Para responder a essas perguntas precisamos conhecer os conceitos fundamentais, desdea criao da empresa at uma anlise mais crtica de gesto e desempenho. Oconhecimento desses conceitos poder auxiliar bastante na gesto do empreendimento.

    O primeiro conceito que vamos conhecer Investimento.

    O termo investimento pode ser entendido de maneiras diferentes. Normalmente,entendemos como investimento os gastos com compra de matrias-primas,imobilizaes de carter permanente ou no, aplicaes financeiras, etc. Ento,podemos dizer que investimento so todas as necessidades para se iniciar umempreendimento. A definio do valor do investimento levar em conta vrios aspectos,que incidem diretamente sobre a atividade. O investimento composto de:

    - Investimento fixoSo todos os bens durveis (mquinas, equipamentos, linhas de telefone, mveis eutenslios, imveis, luvas para aquisio do ponto, licenas para franquias, ferramentas,instalaes, veculos, etc.) com seus respectivos custos de aquisio, necessrios montagem do negcio. Esto condicionados ao padro do negcio que se quer abrir etambm disponibilidade do capital para se investir.

    - Investimentos pr-operacionaisSo todos os gastos feitos antes de se iniciar operacionalmente o empreendimento.Podem ser gastos com projetos arquitetnicos de decorao, iluminao, viabilidadefinanceira, pesquisa de mercado, etc; despesas com a organizao da empresa (taxa deregistros, livros fiscais, contratos, formulrios).

    - Capital de giroSo os recursos necessrios para fazer frente a todas as despesas geradas pela atividadeprodutiva da empresa (compras, vendas a prazo, giro de estoques, pagamentos desalrios, impostos e todos os demais custos e despesas), at que a empresa comece areceber dos clientes. fundamental que o capital de giro exista e seja bem definido,pois sua falta pode levar o empreendimento ao insucesso.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    36

    Apresentamos, a seguir, algumas recomendaes importantes para o sucesso de umempreendimento.

    1) O empreendedor no deve imobilizar (empregar todo o capital na montagem donegcio) e se esquecer:da manuteno do estoque;do financiamento de clientes;do pagamento de despesas pr-operacionais.

    A falta de capital pode levar o empreendedor a recorrer a emprstimos, geralmente comelevadas taxas de juros, comprometendo o futuro do negcio.

    2) Para evitar que todo o capital fique imobilizado, o empreendedor poder adquiriruma parte do ativo fixo (maquinrio, equipamentos, utenslios, imveis, etc. necessriospara a montagem do negcio) e tomar atitudes como:alugar terrenos e construes;terceirizar transporte;terceirizar parte da produo;alugar ou fazer leasing dos equipamentos.

    3) Analisar a viabilidade de aquisio de equipamentos e/ou maquinrio usados.

    4) Estudar a possibilidade de financiar maquinrio com recursos de longo prazo, porexemplo, operaes tipo FINAME.

    5) Ter uma reserva tcnica, correspondente a 10% ou mais dos demais custos, quepoder ser utilizado para cobrir despesas eventuais e imprevistas.

    DEMONSTRATIVO DE INVESTIMENTO INICIAL (exemplo)ITEM DISCRIMINAO VALOR %1 INVESTIMENTO INICIAL2 CAPITAL DE GIRO2.1 Estoque Inicial2.2 Despesas Fixas2.3 Mo-de-obra3 SOMA (2.1+2.2+2.3)4 DIVERSOS4.1 Registro/Regularizao4.2 Divulgao e Marketing5 SOMA (4.1+4.2)6 SUBTOTAL (1+3+5)7 RESERVA TCNICA (10%)8 TOTAL (6+7)

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    37

    Agora que j entendemos o que investimento, passaremos aos outros conceitosnecessrios para a criao da empresa e tambm para a anlise do seu dia a dia.

    Gastos o comprometimento financeiro realizado pela empresa na obteno de produtos ouservios, representado por entrega imediata (compra vista) ou promessa de entrega derecursos financeiros (compra a prazo) em troca daquele produto ou servio. Exemplo:gasto com a compra de mercadorias, gastos com salrios, etc.

    Desembolso o pagamento resultante da aquisio de bens e servios. a efetivao do gasto.Pode ocorrer antes, durante ou depois da aquisio do bem ou servio. Exemplo:pagamento de compra de matria-prima, vista ou a prazo.

    CustosSo todos os gastos realizados efetivamente na produo de um bem ou servio e quesero incorporados posteriormente no preo de venda. Exemplo: as matrias-primas soum gasto na aquisio, um investimento no estoque e um custo na produo.

    DespesasSo os gastos que se destinam comercializao dos produtos e servios e administrao geral da empresa, isto , referem-se s atividades no produtivas daempresa, mas necessrias para a manuteno de seu funcionamento. So tambmincorporados no preo de venda. Exemplo: comisso sobre vendas, honorrioscontbeis, etc.

    Como podemos ver, os termos acima tm semelhanas, mas representam conceitosdiferentes na gesto de uma empresa. Saber disso importante para o empreendedor,principalmente a diferenciao entre custos e despesas, pois os custos so incorporadosaos produtos, ao passo que as despesas reduzem o lucro.

    Passaremos agora os conceitos ligados aos custos da empresa.

    Conceitos de custeamento de produtos e servios

    Como j vimos, os custos so gastos relativos a bens e servios utilizados na produode outros bens e servios. Dessa forma, seus valores so incorporados aos novos bens eservios. Como exemplos de custos temos: a matria-prima, a mo-de-obra utilizada naproduo, a energia eltrica, as mquinas e equipamentos, etc. Vamos definir algunsdeles.

    - Custos com matria-primaO custo com matria-prima representa tudo aquilo que gasto para produzir umdeterminado produto ou servio, no que diz respeito a materiais. No caso de umaempresa comercial ele representa o custo com as mercadorias para revenda.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    38

    - Custos com mo-de-obraSo os custos diretamente relacionados com o trabalho humano em atividades detransformao do produto / servio. Ou seja, representam o salrio dos operrios,acrescidos dos encargos sociais (FGTS, INSS, 13 salrio, frias, etc.) e demaisbenefcios (assistncia mdica, cesta bsica, vale-refeio, entre outros). Osfuncionrios no envolvidos diretamente com a produo compem a mo-de-obraindireta.

    Alguns desses custos aumentam em proporo direta com a produo ou acomercializao. Por isso, so chamados de Custos Variveis. A matria-prima oumercadoria o melhor exemplo desse tipo de custo. Por conseqncia podemos dizerque os custos que no aumentam em proporo direta com a produo oucomercializao so chamados de Custos Fixos e seu melhor exemplo o aluguel dogalpo de produo.

    Voc poder ainda, nos seus estudos e pesquisas, se deparar com os conceitos de Custosdiretos e Custos indiretos.

    - Custos diretos so aqueles que esto diretamente vinculados aos produtos/servios.Esses custos surgem com os produtos/servios e no existem sem eles. Matrias-primas, mercadorias para revenda so exemplos.

    - Custos indiretos so aqueles que no podem ser facilmente vinculados aos produtos,mas so vinculados ao seu conjunto e/ou empresa. Para serem atribudos aos produtose servios esses custos tm que ser rateados, ou seja, divididos entre os produtos eservios concludos no perodo em que os custos foram levantados. Um exemplo dessetipo de custo o salrio do supervisor de produo.

    Porm, como j vimos anteriormente, no s os custos acontecem. Temos ainda asdespesas. Ento, vejamos alguns conceitos e exemplos de despesas.

    Conceitos de despesas

    As despesas so diferenciadas dos custos pelo fato de estarem relacionadas com aadministrao geral da empresa e a comercializao dos produtos e servios, ao passoque os custos esto ligados produo.

    - Despesas de comercializaoSo os gastos relacionados com as vendas da empresa. As despesas de comercializaovariam conforme o nmero de clientes ou volume de vendas. Normalmente, so osimpostos, as contribuies e as comisses de vendedores.. ICMS: Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (varia por produto eEstado);. ISSQN: Imposto sobre Servio de Qualquer Natureza;

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    39

    . COFINS: Contribuio para Financiamento da Seguridade Social;

    . PIS: Programa de Integrao Social;

    . IR: Imposto de Renda;

    . CS: Contribuio Social;

    . CPMF: Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira;

    . Comisses: Comisso de vendedores e encargos financeiros.

    - Despesas fixasSo todos os gastos que a empresa ter com a manuteno de suas operaes, norelacionados a qualquer produto ou servio. Como exemplos podemos citar:. gua, luz e telefone;. Correios e telgrafos;. Material de escritrio;. Material de limpeza;. Manuteno de mquinas, aparelhos e veculos;. IPTU e IPVA;. Aluguis e taxas de condomnio;. Seguros;. Vale-transporte;. Despesas com leasing;. Depreciaes;. Despesas administrativas (salrio do pessoal administrativo, honorrios de diretores,encargos sociais);. Despesas de publicidade e propaganda;. Salrio fixo de vendedores acrescidos de encargos sociais;. Honorrios de terceiros;. Taxas de funcionamento;. Despesas financeiras, juros bancrios e IOF;. Outras despesas.

    Dentre todas as despesas fixas, a nica que iremos conceituar em separado, por sernormalmente a menos conhecida, ser a depreciao.

    Depreciao o desgaste natural sofrido por um bem (mquinas, equipamentos,mveis, utenslios, veculos, etc.), durante sua vida til, pela ao do tempo ou do uso.As taxas de depreciao e o tempo de vida til dos bens so determinados pelalegislao do Imposto de Renda, cujos critrios, obrigatoriamente, devem serconsiderados pela contabilidade fiscal. A depreciao serve para fazer retornar tudoaquilo que foi investido no empreendimento, j que deve fazer parte do custo dosprodutos e servios.

    Agora podemos pensar em conferir o resultado da empresa e verificar se teremosrealmente lucro com nossas operaes. Para isso, iremos conhecer os conceitos ligadosao resultado das operaes do empreendimento.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    40

    Conceitos de resultado

    Para se avaliar o desempenho da empresa necessrio ter as informaes e separ-las demaneira que seja obtida uma viso clara e definida do empreendimento. Para isso,vamos definir alguns conceitos.

    - Receita operacional o faturamento total da empresa com as vendas dos produtos / servios por elafabricados ou realizados. Representa o resultado da operao de multiplicao daquantidade de produtos vendidos pelo seu preo de venda. O preo de venda o valorencontrado pelo empreendedor, que cobre todos os custos e despesas, deixando aindauma parcela de lucro e sendo aceito pelo mercado.

    - Lucro a remunerao do capital investido pelo empreendedor no negcio. representadomatematicamente pelo resultado da operao: receita menos custos e despesas.

    - Margem de contribuioRepresenta o quanto sobra das vendas depois de retirados os custos e as despesasvariveis. A margem de contribuio tem que ser o suficiente para pagar todas asdespesas fixas e o lucro.

    - Prazo de retorno o tempo necessrio para se recuperar todo o capital investido no empreendimento. Seuclculo pode ser feito atravs da frmula:

    Investimento Prazo de retorno = --------------------------- Lucro mensal

    - Ponto de Equilbrio o momento em que a empresa no tem lucro nem prejuzo. O faturamento realizadoconsegue cobrir todos os custos e despesas, no sobrando mais nada. O clculo do pontode equilbrio muito importante para se ter uma noo real da viabilidade doempreendimento. Seu clculo em unidades pode ser feito atravs da frmula:

    Despesas e Custos FixosPE (unid.) = ----------------------------------------------------------- Preo de Venda Custo e Despesas Variveis

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    41

    Plano de Negcio

    O plano de negcio descreve detalhadamente como o empreendimento ser e comofuncionar. Ele permite que se tenha uma idia prvia do negcio, antecipandoexpectativas de aes e resultados.

    Resumidamente, um plano de negcio no pode deixar de abordar os seguintesaspectos:

    Fins especificao de objetivos e metas.

    Meios definio de polticas, programas, procedimentos e prticas, visando o alcancedos objetivos e metas.

    Recursos especificao dos tipos de recursos (financeiros, humanos, fsicos,materiais) e quantidades necessrias; como os recursos devem ser gerados ou obtidos; ecomo eles devem ser alocados s atividades.

    Implantao procedimentos que sero adotados para antecipar ou detectar erros noplano ou falhas na sua execuo, bem como para preveno e correo contnua dosmesmos.

    Tecnicamente, um plano de negcios dever conter a anlise do empreendimento em sie o perfil do gestor. Por isso, o empreendedor dever comear analisando suaexperincia de vida e seu perfil pessoal at chegar ao seu estilo profissional. Nestaetapa, so includos:

    - questionamentos sobre as definies de vida e carreira, tais como quanto tempoquer trabalhar, que tipo de vida quer levar, qual o objetivo prioritrio na vida,onde e como quer viver;

    - conhecimentos, habilidades e experincias que possui e realizaes que j obteve;

    - atividades extraprofissionais e por que as executa;

    - hobbies e lazer que tem e quais quer manter;

    - sonhos e projetos que tem e quando e como quer realiz-los;

    - auto-anlise para aumentar o conhecimento de si prprio, questionando-se sobreo que sou/no sou, pelo que me interesso/no interesso, o que tenho/no tenho, oque quero/no quero, o que posso/no posso, o que gosto/no gosto, como estou/noestou, etc.;

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    42

    - anlise especfica da carreira profissional at o momento, incluindo o melhor e opior momento que j passou, as dificuldades e facilidades que encontrou, avaliaodas chefias / colegas / pares / subordinados e o que acha que precisa fazer paramelhorar.

    Na etapa de anlise do empreendimento a ser iniciado, o plano de negcio deverconter:

    Objetivo bsico o primeiro desenho da misso da empresa, levando emconsiderao o perfil do empreendedor;

    Objetivo estratgico o desenho final da misso, incluindo o objetivobsico associado estratgia de atuao para cumpri-lo;

    Estratgia organizacional a formatao de como ser a hierarquia daempresa, com organograma, reas e cargos definidos;

    Estratgia gerencial o detalhamento do gerenciamento de cada parte donegcio;

    Estratgia de pessoal a definio da poltica de recursos humanos, queinclui fatores motivacionais, relacionamentos internos e externos, plano decarreira, etc.;

    Estratgia de marketing so as definies de atuao no mercado,divulgao dos produtos e servios, relacionamento com o cliente,relacionamento com fornecedores e parceiros e avaliao da concorrncia;

    Estratgia de sistemas conjunto de aes, objetos, idias e informaesque interagem entre si e modificam outros sistemas. Esta estratgia considerada a viso sistmica da empresa, pois analisar e acompanhar ofuncionamento dos equipamentos/mquinas em relao s pessoas e sinformaes e vice-versa, visando o objetivo e o resultado final.

    Ao elaborar um plano de negcio o empreendedor ter uma viso clara de sua futuraempresa e as reais possibilidades de sucesso ou insucesso. Um bom plano de negciopermitir ao empreendedor:

    - aprimorar sua idia, tornando-a mais clara e precisa, atravs da busca deinformaes completas e detalhadas sobre o seu futuro empreendimento;

    - conhecer os pontos fortes e fracos do seu negcio, concorrentes, fornecedores, futurosclientes e a gesto adequada dos seus processos e recursos;

    - atravs da anlise detalhada do negcio, viabilizar uma negociao mais eficientee vantajosa com futuros parceiros, bancos ou rgos financiadores de crdito.

    O plano de negcio no um documento que se desenvolve em um piscar de olhos.Leva tempo para ser produzido e o ideal que esteja sempre atualizado. Sua eficinciaser medida pelo quanto ele contribui para o alcance dos objetivos da empresa,descontados os custos e outras conseqncias necessrias para formul-lo e p-lo emfuncionamento.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    43

    Endereos teisABNT - ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS Rua da Bahia, 1148 - sala 1007 - Ed. Maleta - Centro30160-906 - Belo Horizonte - MGTelefax: (31) 3226-4396www.abnt.org.bre-mail: [email protected]

    DEPARTAMENTO DE REGISTRO E CONTROLE POLICIAL DO ESTADO DEMINAS GERAISAv. Timbiras, 2500 - Trreo - Lourdes30.140-061 - Belo Horizonte - MGTel: (31) 3201-3629

    LANHOUSING - CONSULTORIA & SUPORTEAv. Anglica, 501 - cj. 705 - Higienpolis01227-000 - So Paulo / SPTelefax: (11) 3826-0007www.lanhousing.com.br/faq.phpe-mail: [email protected] projeto de loja, instalao e configurao de rede, software de gerenciamentopara Lan house, suporte e treinamento de pessoal.

    ASSOCIAO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS DE SOFTWARE ESERVIOS DE INFORMTICA - ASSESPROAv. Afonso Pena, 4000 - 3 andar - Mangabeiras30130-009 - Belo Horizonte / MGTel.: (31) 3281-4220 / Fax.: (31) 3287-1011www.assespro-mg.org.bre-mail: [email protected]

    SOCIEDADE MINEIRA DE SOFTWARES - FUMSOFTAv. Afonso Pena, 4000 - 3andar - Mangabeiras30130-009 - Belo Horizonte - MGTel.: (31) 3281-1148 / Fax.: (31) 3284-2857e-mail: [email protected]

    TECHVISION Av. Augusto de Lima, 479 - Cj. 1805/1807 - Centro30190-000 - Belo Horizonte / MGTelefax: (31) 3272-7737www.techvision.com.bre-mail: [email protected] softwares.

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    44

    Fontes Consultadas

    SEBRAE-MG. Pesquisa de mercado: noes bsicas para tomada de deciso. BeloHorizonte, 1999.

    SEBRAE-NA. Pesquisa: O que para que serve. Braslia, SEBRAE, 1994.

    Lan Housing: Consultoria & Suporte. Disponvel em:. Acesso em: 02 mar. 2006.

    Sua empresa na Internet IG. In: Informaes: Empreendedorismo. Disponvel em:. Acesso em: 02 mar. 2006.

    -

  • ASSUNTO: LAN HOUSEDATA DE ATUALIZAO: 31/08/2006

    45

    Fornecedores1

    FORNECEDORES GENRICOS

    EQUIPAMENTO E SUPRIMENTO DE INFORMTICA

    DIPRESS DISTRIBUIDORA LTDAAv. Bias Fortes 1807-Barro PretoBelo Horizonte - MG - 30170-012Tel: (31) 3271-1977Fax: (31) 3212-4677* (Cartucho Jet, Tonner Laser, Capas, Disquetes, Formulrios, Fitas, Etiquetas, Arquivos). Material deescritrio (caneta, clips, grampeador, etc).

    MICRO COMPUTERRua Zeferino Correia, 85-CentroVit.da Conquist - BA - 45025-140Tel: (77) 3424-3557Fax