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material para ser usado por lideres de missões
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2015
Equipe Semadesal: Raimundo Campos
Marineia Santos
Melquisedeque Cruz
Andréia Reis
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
TEMA
2015
PREPARANDO A
IGREJA PARA
OS DESAFIOS
MISSIONÁRIOS
DO NOVO
SÉCULO
[ 2 ]
[ 3 ]
SEMADESAL
Preparando a Igreja para os desafios Missionários
do Novo Século
Prof.ª Cristina Ferreira Ramos Bispo1
1 Bacharel em Teologia e Administração, Especialista em Docência do Ensino Superior, Teologia Bíblica e Planejamento Estratégico; Mestranda em
Divindade.
[ 4 ]
[ 5 ]
Esse é o 5º Treinamento para Líderes de Missões.
É um evento que capacitará Líderes para obra missionária.
O evento este ano vai dar ao treinando uma visão panorâmica do mundo atual, ensiná-lo a ter um
olhar missionário para os últimos acontecimentos internacionais e capacitá-lo para a tarefa de fazer
de sua igreja, um Agente de Missões.
Palestrante:
Prof.ª Cristina Ferreira Ramos Bispo
Conteúdo:
* Uma visão do mundo de hoje;
* O tipo de missionário que o mundo precisa;
* Um olhar missionário para a igreja Perseguida;
* Tornando a Igreja em um agente de missões.
Informações:
Site: http://www.semadesal.com/
E-mail: [email protected]
Contato: (71) 3241-2182 (71) 9166-3052
Andréia Reis.
Secretária Semadesal
[ 6 ]
[ 7 ]
INDICE
CULTO DE MISSÕES – MAIO de 2015. ......................................................................................................... 11
CULTO DE MISSÕES – JUNHO/2015............................................................................................................. 19
11 Cidades Sem Nenhuma Presença Evangélica – Brasil - .......................................................................... 19
CULTO DE MISSÕES – JULHO/2015 ............................................................................................................. 37
CULTO DE MISSÕES – AGOSTO/2015 ......................................................................................................... 43
CULTO DE MISSÕES – SETEMBRO/2015.................................................................................................... 48
CULTO DE MISSÕES – OUTUBRO/2015 ...................................................................................................... 53
CULTO DE MISSÕES – NOVEMBRO/2015 .................................................................................................. 61
CULTO DE MISSÕES – DEZEMBRO/2015 ................................................................................................... 66
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 9 ]
Este material foi preparado para você,
Líder de Missões da Semadesal.
Ele contém informações para os cultos mensais Realizados nas Igrejas e Congregações.
Faça bom uso do mesmo.
Equipe Semadesal.
Raimundo Campos
Marineia Santos
Melquisedeque Cruz
Andréia Reis
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 10 ]
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 11 ]
CULTO DE MISSÕES – MAIO de 2015.
MISSÕES URBANAS
OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM MAIO:
1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.
2. Levar a Igreja a despertar para IR.
3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.
4. Levar a Igreja a interceder pelas cidades (especialmente Salvador.)
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 12 ]
MISSÕES URBANAS2
CIDADES PARA DEUS!
mundo e o Brasil há décadas passam por um processo acelerado de
urbanização: A urbanização é um fenômeno mundial. Cerca de metade da
população mundial, que já atingiu a cifra de seis bilhões e meio de pessoas,
mora em cidades. Na década de 60, a população urbana representava 34% da população
do planeta. Esse número saltou para 44% em 1992, e existe uma estimativa de que
61,01 % da população mundial estejam vivendo em cidades até 2025.
No Brasil, o assunto não é diferente, muito embora, o crescimento aqui foi mais
acelerado que outros países. O Brasil deixou de ser um país essencialmente rural no fim
da década de 60, quando a população urbana chegou a 55,92%. A mecanização das
atividades rurais e a atração exercida pelas cidades como lugares que oferecem
melhores condições de vida são dois dos principais fatores do êxodo rural.
Atualmente, o país conta com 81,23% de seus habitantes morando em áreas
urbanas (IBGE - censo 2000). Houve um acréscimo de 26,8 milhões de habitantes
urbanos desde o último censo de 1991, devido ao crescimento vegetativo nas áreas
urbanas, à migração com destina às cidades e à incorporação pelo IGBE de áreas, que
em censos anteriores, eram consideradas rurais.3
Esse fenômeno de “abandono” do campo e de migração para centros urbanos,
não é um fato isolado do contexto
brasileiro, mas de toda América Latina e
parte mais oriental da Ásia. Já a África e
Ásia (mais ocidental) apresentam um
crescimento urbano acelerado, mas
proporcionalmente diferente da América
Latina, porque sua fase de
industrialização cresceu principalmente
2 http://pt.slideshare.net/Hjbteixeira/como-falar-e-fazer-missoes-urbanas-hoje . 3 http://www.missaourbana.com.br/
O
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 13 ]
nas últimas 3 décadas, e o deslocamento da população rural para esses polos, deram-se
principalmente nos últimos 20 anos. Hoje a população urbana do continente africano é
de 37, 5% da população total, mas em crescente expansão.
De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), até 2015 4 bilhões de
pessoas viverão em cidades. O número de cidades com mais de 10 milhões de
habitantes (megacidades) será de 26 até o ano supracitado. Para comparar, em 1950,
existia apenas uma cidade com esse número de habitantes em todo planeta, Nova York.
As cidades, principalmente nesses “dois terços” do mundo, não crescem apenas
em população, mas também em problemas sociais, econômicos e políticos. Pobreza,
violência, fome, doenças, favelas, etc os problemas são imensos. Parte considerável da
população das maiores cidades dos “dois terços” vivem em favelas.
Problemas mais graves que atingem as grandes cidades:
a. As Favelas - Essa é uma questão
urbana gravíssima, pois, o espaço
geográfico das cidades não comporta
tal fenômeno de crescimento,
gerando essa característica irregular
e imprópria de moradia. Há
formação de grandes comunidades
onde não há infraestrutura e nem a
presença do estado, mantendo assim
um estilo miserável nesses “guetos” construídos nos morros ou à beira de um córrego.
b. A Violência - Essa é comum a todo centro urbano, gerando nos cidadãos um estilo
diferente e desconfiado de vida. As pessoas se enclausuram, fogem do contado com a
outra pessoa, por medo ou receio, deixam de sair a determinadas horas do dia ou da
noite.
c. Ausência de Políticas Sociais adequadas – Uma boa parte dos cidadãos não tem
acesso às políticas sociais que os inserem na vida como uma pessoa preparada para o
mercado de trabalho.
d. Os viciados e o Tráfico – Pessoas que vivem à margem da sociedade certamente são
mais vulneráveis a esse tipo de problema: as drogas. Desde cedo crianças são expostas a
essa condição, na escola e no lugar onde moram.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 14 ]
e. Os Encarcerados - Nas grandes cidades ou em seus arredores são construídos grandes
presídios que mais parecem cidades muradas. É o lugar dos cidadãos que descumprem a
lei, e mais uma vez, vemos na sua grande maioria aqueles que estavam à margem da
sociedade.
f. Os Doentes - Nos grandes centros urbanos há uma infinidade de grandes hospitais que
sempre estão com as suas capacidades bem perto do máximo. Há hospitais em que o
número de doentes, somado ao de profissionais supera - em número - boa parte dos
municípios brasileiros.
g. A Prostituição – Um número enorme de pessoas, sobretudo mulheres degradam suas
vidas na prática da prostituição constituindo assim um grupo de risco e vulnerável a
outras espécies de males.
Esses são alguns dos muitos fenômenos urbanos em nosso país que influencia a
vida de todos os cidadãos e que também exige da Igreja uma atenção especial.
Da população mundial atual, 47 % vivem em cidades. Em
2006, serão 50%, e 24 anos depois, em 2030, serão 60% da
população (4,9 bilhões de pessoas).
A Cidade e a Cultura4
A cidade não é apenas população e problemas sociais, mas uma concentração cultural.
Olhando para isso, é possível entender que a cidade deixou de ser um conceito
geográfico e passou a ser um conceito sociológico.
Por um lado, as pessoas que migram de diferentes regiões procuram se concentrar,
formando “guetos culturais”. São formados grupos que tentam manter vivas as tradições
da terra natal, como os Centros de Tradição Gaúcha, espalhados por todo país. Isso é
uma maneira de fortalecer os laços culturais.
4 www.missaourbana.com.br
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 15 ]
Contudo, as influências externas
tendem a transformar a cultura natal em
algo mesclado com outras culturas. Em
muitos momentos, a cultura da terra
natal não representa tanto e os
principais valores culturais aprendidos
são misturados com outros em diversas
situações. Acontece uma fusão de elementos culturais diferentes, ou até mesmo
antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originários.
Diante disso são formados grupos que compartilham de interesses e gostos análogos.
Por outro lado, existe uma cultura que é própria da urbanização, levando os habitantes
da cidade, tanto os de classe média alta como os de classe baixa, a pensarem de modo
individualista.
COMO ENVOLVER TODA A IGREJA EM MISSÕES URBANAS:5
“... de quem todo o corpo, bem ajustado e
consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a
justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio
aumento para a edificação de si mesmo em amor."
– Efésios. 4:16.
Se a igreja não foi doutrinada e nem treinada para o trabalho de "missões
urbanas", as pregações, dias especiais de missões, ofertório especial para missões,
testemunhos, etc. não surtirão os efeitos esperados, que é conseguir colocar a igreja na
rua para a pregação do evangelho. Na hora a igreja poderá até se quebrantar e aparentar
disposição para o trabalho, mas, com o passar do tempo o ânimo se esfriará e tudo
voltará às mesmas. Por quê? Primeiro, não se deve esperar que todos na igreja exerçam
as mesmas funções. "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas,
outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao
5 http://www.armazemdeideias.net/missoes/missoes_nacionais/missoes_nacionais_missoes_urbanas.html
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 16 ]
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para edificação do
corpo de Cristo." Efésios 4:11-12.
Com muita oração e discernimento é
preciso que a liderança procure identificar qual o
ministério ou dom especial que o Espírito Santo está
dando a cada um e procurar alocar os membros da
igreja em atividades inerentes às suas vocações.
Segundo, uma vez alocados
vocacionalmente, é preciso dar treinamento aos
membros por área de ação:
1. Os que demonstram vocação para a pregação receberiam a ministração de um
Curso Prático Para Pregadores Leigos.
2. Os que têm aptidão para o ensino seriam enviados para cursos especiais de
Treinamento para Professores e Líderes, antes de trabalhar com grupos de
Alfabetização e Estudos Bíblicos.
3. Outro grupo seria treinado para Trabalho Especial de Visita a: Hospitais,
Reformatórios e Penitenciárias.
4. Músicos orientados sobre Atividades Musicais em Trabalhos de Evangelização.
5. Os Conselheiros receberiam treinamento para Práticas de Aconselhamento por
telefone e pessoalmente.
6. Os vocacionados para Intercessão, sobre "Oração de Intercessão", "Paixão Pelas
Almas Perdidas", etc.
7. A equipe mobilizada para utilização de mensagens pelo Correio, treinamento
sobre "Como Utilizar Bem o Cadastro de Novos Decididos".
8. Treinamento para irmãos que queiram organizar estudos/discipulado em
residência de novos convertidos.
9. Os Diáconos devem ser mobilizados para a Ação Social recebendo cursos sobre
Estratégias para Ação Social na cidade.
10. Os idosos devem ser alcançados através de grupos treinados especialmente para
esse fim.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 17 ]
Sugestão de Jogral para apresentação desse Tema:6
6 http://www.jograis.com/evangelismo/43.htm
MISSÕES, É JÁ A ÚLTIMA HORA! 1,2 – Igreja, não há mais tempo a perder! Todos: É já a última hora! 3,4 – Enquanto ficamos de braços cruzados, o mundo corre a passos largos para o abismo! Todos: É já a última hora! 5,6 – Enquanto ficamos parados reclamando das condições, desesperados por bênçãos materiais, as almas perecem sem Deus, sem paz e sem salvação! Todos: O mundo clama por Missões e é já a última hora! 1 – Hoje mais do que nunca, a situação do mundo está alarmante! 2 – A cada momento, ouvimos notícias que abalam as nossas estruturas. 3 – No mundo, terremotos de fortes dimensões causam destruição em larga escala. 4 – Ondas de frio ou de calor devastam cidades na Europa e na América do Norte. 5 – A guerra em países da já tão sofrida África extermina populações inteiras de forma alarmante. 6 – O crescimento do Ateísmo e a expansão do Islamismo, Budismo e outras religiões nos mostram num quadro preocupante que o mundo não sabe para onde seguir. Todos: É já a última hora! 1 – Aqui no Brasil, a violência tem destruído centenas de vidas, apesar das ações governamentais. 2 – O crescimento do tráfico de drogas tem arruinado milhares de famílias a ponto de muitos cometerem suicídios e assassinatos e muitos jovens perdem suas vidas, vítimas tanto das drogas quanto dos traficantes. 3 – O espiritismo, o ocultismo, o aborto, a perversão sexual, a imoralidade, o desrespeito aos pais e às autoridades são propagados pela mídia todas as horas do dia.
4 – A pobreza e a miséria levam crianças e adolescentes a venderem seus corpos, sua consciência e sua inocência. 5 – De todos os que estão presentes aqui, quem não tem um parente que sofre por essas situações? 6 – Quem pode dizer que a sua própria família não necessita de um encontro com Jesus, de uma providência urgente de Deus? Todos: O mundo clama e é já a última hora! Todos nós, todos os dias, somos desafiados a tomarmos uma posição ao lado de Cristo e propagar o evangelho a toda criatura. 1 – No entanto, muitas vezes, preferimos nos isolar em nosso próprio comodismo e deixamos de cumprir a ordem de Jesus. 2 – Não nos dispomos a ir, não nos dispomos a orar, não nos dispomos a contribuir. 3 – Enquanto isso, o mundo se prepara caminha para a destruição como um cego prestes a cair em um abismo. 4 – É hora de despertar e lembrar que o céu não foi feito apenas para nós. 5 – É desejo de Deus que todos se salvem e venham ao conhecimento da verdade. 6 – Por isso mesmo, o próprio Deus veio em busca de Adão quando este pecou, Jesus veio ao mundo morrer numa cruz para nos salvar e o Espírito Santo desceu do céu para habitar nos crentes no dia de Pentecostes. 1 a 3 – E se Deus se dispôs a vir em busca de nossas almas, se o Espírito Santo nos chama todos os dias à santificação, se o sacrifício de Cristo nos desafia a também entregarmos nossas vidas por amor dos pecadores, como ficar calado? 4 a 6 – Como dizer “não” a uma tão grande responsabilidade? Como ficar parado de um tão grande desafio quando as almas perecem sem Deus, sem paz e sem salvação? Todos: Missões, é já a última hora! 1 – Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? 2 – E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 18 ]
3 – Deus conta comigo e contigo para nos usar: quer seja indo, quer orando, quer contribuindo com aqueles que se dispõem a ir! 4 – Você sabe dizer quantos missionários a nossa igreja tem? 5 – Tem dedicado um pouco que seja do seu tempo para orar por eles? 6 – Adotou alguma família de missionários como sua responsabilidade de oração? Todos: É já a última hora e é chegado o tempo de vermos a diferença entre o que serve a Deus e o que não serve! 1 – É hora de mostrar com nossas ações que nós servimos a Deus! 2 – Deus quer usar as nossas mãos, contribuindo com alegria para o engrandecimento do seu reino da terra. 3 – Deus quer usar os nossos pés, levando-os aos confins do mundo onde quer que haja uma alma sedenta de ouvir a mensagem do evangelho. 4 – Deus quer usar a nossa voz, proclamando aqui em nosso estado, nossa cidade, nosso bairro, o perdão da cruz! 5 – Deus quer usar as nossas vidas entregues voluntariamente em consagração para fazer o que nos mandar onde quer que seja!
6 – E Ele mesmo nos promete: Todos: Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta! 1 – E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti, porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar! 2 – Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares! 3 – Então, por que temer? Entrega o teu caminho o Senhor, confia nele e Ele tudo fará! 4 – Senhor, desperta em nós o desejo missionário! Ajuda-nos a entender e a cumprir a tua vontade aqui na terra! 5 – Ajuda os teus servos que estão em outros países levando a tua palavra! 6 – Inflama a tua Igreja com o teu poder. Aviva-nos, Senhor! Todos: Pois vemos claramente que é já a última hora, ajuda-nos, Senhor, a fazer missões! Missões, é já a última hora!
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 19 ]
CULTO DE MISSÕES – JUNHO/2015
MISSÕES NAS CIDADES DO INTERIOR
11 Cidades Sem Nenhuma Presença Evangélica – Brasil -
RAFAEL DUQUE OUTUBRO 2010.
Sempre que falamos em missão, pensamos logo em ir para o exterior, mais e o
nosso Brasil, o evangelho já tem chegado aos quatro cantos do nosso País?
Veja estes dados do censo do IBGE do ano de 2000:
Existem 71 cidades com menos de 1% de evangélicos.
A Região Nordeste do Brasil está muito atrás do restante do Brasil em termos de
presença evangélica.
Enquanto que 12 estados brasileiros apresentam taxas acima de 20%, o
Nordeste não há nenhum estado com mais de 15% de evangélicos em sua população.
Em 6 estados nordestinos a população de Evangélicos está abaixo de 10%:
Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Desses seis estados,
Paraíba é o que possui a maior concentração de cidades com menos de 5% de
evangélicos.
Alagoas fica com o lamentável índice de estado com a maior concentração de
cidades com menos de 1% de evangélicos.
O estado do Piauí é o que possui a população com o mais baixo percentual de
evangélicos do país.
A capital baiana – Salvador – cidade nacionalmente conhecida pelo grande
número de adeptos da Umbanda e do Candomblé, só aparece na 172ª posição da lista.
Em 11 cidades brasileiras, o índice de evangélicos é “zero”, ou seja, o censo do IBGE
não contabilizou nenhum único evangélico.
O Rio Grande do Sul é o estado onde se concentra o maior número de cidades
com índice “zero” de evangélicos – 9 cidades ao todo. As 11 cidades sem nenhuma
presença evangélica são: Queluzito (MG), Carrapateira (Pb), Boa Vista do Sul (R.G.
do Sul), Nova Alvorada (R. G. do Sul), Nova Roma do Sul (R.G. do Sul), Protásio
Alves (R. G. do Sul), Relvado (R. G. do Sul), Santo Antônio do Palma (R. G. do
Sul), São Jorge (R. G. do Sul), União da Serra (R. G. do Sul), Vespasiano Correa
(R. G. do Sul).
OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM JUNHO:
1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.
2. Levar a Igreja a despertar para IR.
3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.
4. Levar a Igreja a interceder pelas cidades (especialmente Salvador.)
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 20 ]
MISSÕES NAS CIDADES DO INTERIOR
Por Sérgio Lyra7
Pense Nisto!
Meninos de rua. Favelas e morros. Violência urbana e tragédias dos
guetos. Super população. Fome e prostituição infantil. Inércia governamental.
Assuntos como estes são geralmente citados quando se fala em missões urbanas,
e a nossa mente logo associa tais problemas às grandes cidades. Não há como
questionar que as grandes aglomerações urbanas produzem um número enorme
de problemas, contudo, não é correto pensar em missão da igreja na cidade
focalizando apenas os grandes centros. Há centenas de pequenas cidades no
interior do nordeste que necessitam de uma ação missionária, poderíamos até
dizer que há um verdadeiro clamor nas cidades do interior, principalmente
quando este interior é do nordeste brasileiro.
Ao decidir pensar sobre plantação de igrejas, tendo como sítio de
trabalho e análise as cidades do interior brasileiro, em particular a região pobre
do nordeste, reconheço que o desafio não é mais uma questão optativa, mas sim
uma questão de coerência entre fé e prática cristã. Neste pouco tempo que você
decidir ler este artigo, procurarei chamar sua atenção para tirá-lo do estado de
alienação e acomodação, a mesma me fez ficar inerte por três anos. Desejo ser
7 http://www.cemu.com.br/novoportal/portal
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 21 ]
para você uma voz profética a favor daqueles que vivem nas cidades do interior
e ainda não ouviram a mensagem de Jesus.
Nossos Municípios
Quando se fala em município é
preciso diferenciar quando se fala
em cidade. Por exemplo: existe a
Prefeitura da Cidade do Recife e a
Prefeitura Municipal de Caruaru.
Qual a diferença? A resposta é
simples, quando nos referimos a
um município, ali há uma área
urbana, onde se localiza a cidade, e uma área rural (no caso de Recife não há
mais área rural alguma!). O nosso foco aqui estará voltado para a área urbana
dos municípios, que em alguns locais pode significar até alguns vilarejos. A
grosso modo, para efeito de classificação, três perfis podem ser traçados para
essas cidades do interior.
a) Cidades Polos
Trata-se daquelas cidades do interior que praticamente refletem a
realidade da capital. Bons exemplos são Petrolina-PE, Campina Grande-PB e
Mossoró-RN. Apesar de serem de menor porte que as capitais de seus estados,
oferecem universidades, comércio e lazer diversificados, industrias, transporte
aéreo e, via de regra, na área rural, ao seu redor concentram-se bons polos de
agroindústria, pecuária, etc. Nestas cidades pode-se identificar o “espírito do
progresso” expresso através do uso de tecnologias avançadas, bons resultados
econômicos, sem, contudo, significar diminuição do contingente pobre.
b) Cidades Pobres
O perfil destas cidades se caracteriza por certa estagnação sócio-
econômica. Freqüentemente são cidadelas que conseguem sobreviver com
atividades de subsistência, através de uma agricultura de risco, fruto da incerteza
das condições climáticas, artesanato e pequenas atividades pastoris ou pequenos
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 22 ]
negócios. Ao se andar por estes aglomerados urbanos, um senso de “precisa
melhorar” é patente. Contudo, a mesmice, por ignorância ou mesmo por falta de
opção, impõe o estilo de vida simples e pobre em praticamente todos os aspectos
da cidade, das casas à sede da prefeitura, do posto médico ao cemitério, do “bar
da pinga” à lanchonete da rodoviária.
c) Cidades Perdidas
Chamo de cidades perdidas não porque a possibilidade de restauração
inexiste, mas porque tais vilarejos são completamente desconhecidos e
esquecidos de quase todos. São apenas lembrados por aqueles neles residem, por
alguns poucos geograficamente a eles ligados, e por uma pequena minoria que
deles se lembram por laços familiares. A quantidade deste tipo de agrupamento
no nordeste brasileiro não é pequena. Milhares e milhares de retirantes para a
capital saíram dessas minúsculas áreas urbanas. Nesses municípios, os recursos
tecnológicos são quase inexistentes, o serviço de saúde pública é ineficiente e
agricultura é rudimentar e de sobrevivência. Ali tudo parece buscar “mudar de
vida”. As cidades perdidas são a estampa da miséria, onde sobreviver é a
questão, incertezas, sazonalidade do clima, “rezar para não sofrer mais...” e
mortes prematuras são assuntos constantes.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 23 ]
Se a realidade
socioeconômica da
maioria daqueles que
vivem no interior já nos
corta o coração, o que
dizer da chegada tardia
do evangelho nesses
lugares? Quem tem
pregado o evangelho a
estas pessoas? Quantas
igrejas das cidades polo
têm atuado
missiologicamente nas
pequenas cidades do interior? Na verdade, a nossa constatação reflete uma
realidade insustentável. Sem querer fazer nenhuma gradação de prioridade entre
locais para se plantar igrejas, mas ao mesmo tempo se inquietando porque “os da
casa” estão sendo esquecidos na distribuição dos obreiros e dos investimentos,
não temos como negar que existem mais organizações para-eclesiásticas agindo
nas cidades pobres do interior do que as igrejas metropolitanas. Para não sermos
injustos, é preciso que se diga que grande parte do avanço do trabalho
missionário que ali se dá, ocorre por causa das igrejas do próprio interior. Igrejas
com poucos recursos, mas compartilhando dons, talentos e abençoados e
abençoadores pregadores leigos.
Como se Faz Missão nas cidades do Interior Hoje?
Sempre entendendo missões, de acordo com a definição de Laussane, como
evangelização e ação social, advogo que essas duas ações não são irmãs gêmeas,
mas sim, verdadeiras irmãs siamesas, vitalmente inseparáveis, pois pulsam em
harmonia com único coração, o coração de Deus. Despreocupando-me com o
uso particular que porventura venha sendo feito por algumas instituições
missionárias, os termos que aqui utilizo apenas denominam uma estratificação
de quatro tipos de ações missionárias que ocorrem em nossas cidades do interior
do nordeste do Brasil.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 24 ]
a) Invasão
Talvez este seja o
método “mais
conveniente” para as
igrejas das
metrópoles, pois é de
curta duração e
investimento
temporário. Não
deixando de
reconhecer que o
Espírito de Deus age sempre de forma soberana e surpreendente, por outro lado
não podemos nos curvar a qualquer metodologia que apresente deficiências sem
propor melhorias, ao invés de simplesmente criticá-las e condená-las. Defino a
minha classificação de invasão como a ação missionária da igreja que
geralmente se caracteriza por mobilizar pessoas das cidades maiores para uma
espécie de “mutirão evangelístico” em uma determina localidade. A proposta
não é ruim, contudo, na sua grande maioria, o “invasor” nunca se vê como parte
da realidade, onde irá ficar apenas por alguns dias. Recentemente um colega
participou de um projeto deste e ao chegar comentou: “É doído demais! Há
muito o que fazer por ali. Não sei se agüento ir uma segunda vez. É preciso fazer
algo a mais”. Note que a ação de invasão produziu um sentimento de “é preciso
fazer algo mais” no participante, e isto é bom. Contudo, ao mesmo tempo, gerou
um senso de inadequação e a dúvida de continuar voltando ao campo. Na
verdade, a ação de invasão é boa para o cristão ao produzir um abençoado
choque que quebra a barreira da alienação entre a cidade-polo e a cidade-
perdida. Mas, o que dizer da frequente pergunta feita pelos que lá ficaram:
“Quando é que vocês vão voltar?”. Na invasão, responder esta pergunta com a
verdade é muito doloroso para os dois lados.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 25 ]
b) Participação Financeira
Este tipo de ação diverge bem da proposta de
invasão. Na participação financeira, geralmente
o processo ocorre com a decisão da liderança da
igreja, ou de um grupo de igrejas, com o
objetivo de financiar um projeto missionário no
interior. Nesta ação há também prol e contra. A
princípio, a proposta produz a preservação da
distância entre os membros da igreja
mantenedora e a comunidade alvo do interior.
Embora a decisão de participar financeiramente possa produzir um pouco de
conhecimento da realidade do interior, dificilmente produzirá o incômodo e a
inquietação, por mais efetividade que a ação de invasão normalmente produz,
fruto do contato pessoal. Contudo, a bem da verdade, é preciso que se diga que
tais parcerias se mostram tremendamente viáveis e acessíveis a praticamente
todas as igrejas das grandes cidades.
Certa vez, ensinando um grupo de plantadores de igrejas do Instituto Bíblico do
Norte na bonita cidade de Garanhuns-PE, pedi aos
alunos um projeto real para o campo onde eles
estagiavam. Chamou-me a atenção um projeto de
uma aluna, voltado para um vilarejo de
aproximadamente 2.000 habitantes chamado Alto
de São Francisco, perto da cidade de Lajedo-PE.
Dentre os dados coletados naquele projeto estavam
o perfil de uma pessoa “rica” do local: Possui casa
com 4 cômodos (sala, cozinha, quarto e banheiro
dentro da casa); e renda mensal de US 330.00 e
tem bicicleta. Pensando em um missionário local
que já vivenciasse o perfil do seu público alvo, quão facilmente igrejas da capital
e das cidades polo poderiam abraçar um projeto barato como este, manter um(a)
obreiro(a) e fazer uma grande diferença ali? Quantos irmãos e irmãs das igrejas
metropolitanas não poderiam fazer algo ali e atingir literalmente a todos?
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 26 ]
c) Manutenção
Ao falar de manutenção, o meu foco se volta para as próprias cidades do interior.
Sem objetivar criticar quem quer que seja, não podemos negar a visão quase
míope de pastores e líderes, miopia esta que lhes limita apenas visualizar a
manutenção do nível de trabalho que lhes foi confiado. É super óbvio que cada
líder tem a responsabilidade de cuidar da sua comunidade, contudo, a
“enfermidade de liderança” a que me refiro se caracteriza por produzir igrejas
sonolentas ou ativistas, mas sem sonhos, sem pensar no tamanho do Reino e a
obra missionária a elas confiada. A manutenção sempre pergunta: “Era sempre
assim, e por que temos que mudar? Não está dando certo? A igreja não está em
paz?” Deixe-me compartilhar uma conversa que ainda hoje me choca. Em um
encontro com dois colegas pastores, ouvíamos o inconformismo de um deles que
lamentava o estilo de pastorado-rotina (manutenção), ele estava insatisfeito
como pastoreava e o seu desabafo sincero fazia com que eu começasse a me
envolver emocionalmente com a sua crise. De repente, o outro colega fez três
perguntas rápidas, e recebeu como resposta três “sim”; Eis as perguntas: “O
conselho de presbíteros apóia você?; A igreja gosta da sua pregação? Seu
salário está em dia?” Ao ouvir os “sim”, concluiu: “Ah, amigo, deixe de agonia,
relaxe! Você não tem problema algum!” Ele começou a ri e eu a lamentar.
Independente da realidade da igreja local, o Senhor Jesus nos ordena a fazer
muito mais do que manter (João 15:8), é preciso também sonhar com a expansão
do reino de Deus. Milhões de
pessoas residem nas cidades do
interior. É preciso que os líderes
reexaminem seus ministérios, sua
comunhão com o Espírito Santo, e
avaliem seus projetos missionários.
É preciso chorar pelas cidades,
assim como Jesus fez.
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[ 27 ]
d) Encarnação
Eis aqui uma proposta a ser analisada com carinho e oração. O termo é
utilizado para retratar um modelo que procura espelhar a opção que Jesus adotou
por nós. Esta é a ação onde se busca vivenciar e abraçar a realidade de público
alvo que vive no interior. Para isto acontecer, é preciso ter em nós o mesmo
sentimento que houve em Cristo (Fl 2:5), é preciso renúncia e decisão de ir e
abraçar a realidade que desejamos atingir com o evangelho de Jesus. Esta ação
não dever ser vista como uma opção antropocentrista de evangelização, nem
muito menos como uma atitude que permita negociar a doutrina ou barateá-la
para se obter resultados. A opção pela identificação com aqueles a quem se
prega implica em quatro atitudes:
(1) Invadir o reino de trevas com a proclamação do evangelho, implantando os
valores do Reino de Deus.
(2) Investir financeiramente viabilizando a ação.
(3) Manter o que foi alcançado, congregando os convertidos na igreja e
doutrinando-os na Palavra.
(4) Expandir a partir do conquistado.
Como tornar essas ações viáveis? O que é preciso para isto acontecer? Se eu
consegui levar você a pensar sobre isto, acredito que já atingi o meu primeiro
objetivo.
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[ 28 ]
Partindo para a Ação:
Sonhando com missões nas cidades do interior do nordeste:
Pessoalmente não
creio que estamos
distantes de um
avivamento missionário
no povo de Deus no
nordeste brasileiro,
levando o evangelho a
milhões de nordestinos
que ainda não conhecem
a Cristo como o único Salvador. Como uma semente que germina e com o passar
do tempo pode se transformar em uma frondosa árvore, acredito que o Senhor
das missões está plantando muitas destas sementes. Uma delas, creio eu, foi o
primeiro Congresso Nordestino de Missões em Caruaru-PE em outubro de 2002.
Pelo menos em mim, a semente já possui caule e folhas, viçosas folhas desejosas
de ventilar o surgimento de muitos frutos para a glória de Deus.
Como minha contribuição singela, exponho aqui um projeto que se
fundamenta em seis aspectos a serem refletidos, discutidos, ampliados,
remoldados e adequados na busca de se tornar uma base missiológica plantação
de igrejas e elaboração de projetos de ações missionárias para as cidades do
interior.
1. Conhecimento do contexto
Alguém pode pensar e dizer: “Quem já evangeliza na cidade do Recife
pode evangelizar em qualquer outro lugar.” O que está por trás desta frase
equivocada é que a capacitação recebida para alguém servir, trabalhar e
evangelizar na capital, a capacita também para o interior. Afinal, pode-se achar
que quem se preparou e serviu na cidade grande, não terá dificuldade na cidade
pequena. Sou testemunha de acusação contra aqueles que assim pensam. Tenho
verificado a imensa dificuldade de alunos do seminário que vindo de igrejas de
médio porte e, aceitando convite para pastorear no interior, encontram muitas
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[ 29 ]
dificuldades por não fazerem a diferenciação dos contextos. Para fazer missão
nas cidades do interior é preciso conhecer um pouco o interior. Como um
começo para se conhecer o contexto proponho:
■Uma visita da liderança a uma cidade onde haja um projeto funcionando, para
conhecer e avaliar aspectos tais como: Quando e como iniciou; Qual o público
alvo; qual o perfil e preparo teológico-missionário dos obreiros, quanto tempo
investiu/investe; quais e quantos são os recursos; Quais as principais
dificuldades do passado e do presente; etc.
■É recomendável começar por uma cidade de aproximadamente 2 horas de
distância (150 km). Isto facilita idas e vindas mais freqüentes e o atendimento
dos imprevistos com mais facilidade.
■É de extrema valia que um grupo de pessoas da igreja missionária plantadora
planeje e passe alguns dias ou semanas na cidade alvo, com a finalidade de
produzir experiência real.
■Durante a estada conheça e levante o perfil local, ande pela cidade e converse
com o povo e com as autoridades locais. Visite a prefeitura, a delegacia, o posto
médico, a escola, etc. Planeje ficar durante o dia da feira, identifique como os
problemas são sanados (subsistência, doenças, delinquência, drogas, etc.).
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[ 30 ]
Identifique as realidades econômicas, políticas, sociais e principalmente a
religiosa.
■Ao voltar promova um fórum de discussão com a igreja, envolva mais pessoas,
visualize parcerias, amadureça as idéias à luz da oração e da orientação do
Espírito Santo.
2. O perfil do missionário
Eis aqui um assunto que
merece nossa atenção redobrada.
Permita-me lhe relatar um exemplo.
Um colega de ministério estava
participando de uma invasão
missionária em uma cidade do interior
e foi atraído para perto ao ver passar
pela rua uma procissão da Igreja
Católica a virgem Maria. Ao se aproximar, a senhora que liderava a procissão,
sem o conhecer, lhe perguntou porque ele não participava. Ele ficou assustado e
silenciou um pouco e então respondeu mais ou menos assim: “Vim para trazer
um recado do filho da virgem Maria para esta cidade.” A mulher com quem ele
falava parou a procissão, ajuntou as outras em sua volta e disse: “Pessoal, este
moço aqui veio para trazer um recado do filho de nossa senhora”. O fato o
deixou quase sem ação, mas o seu preparo e sua intimidade com a pregação do
evangelho permitiram que ele superasse a surpresa e anunciasse a Jesus, nascido
da virgem Maria, como Deus e Salvador.
Treinamento para o campo missionário é uma área que necessita
seriamente ser repensada. Jamais direi que os pobres necessitam mais de pão do
que de Jesus, porém, também, jamais direi que Jesus não se preocupou com os
problemas materiais das pessoas pobres. Frequentemente tenho visto igrejas que
de pronto recomendam a formação teológica (entenda como capacitação
teológica para proclamação) ao descobrirem a vocação missionária de alguém
que deseja sair da comunidade local para pregar o evangelho. No caso de
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 31 ]
pessoas chamadas para pregar nas cidades do interior, creio que algo a mais
precisa ser dito e feito.
Após conhecermos a realidade e
necessidades do cidade-alvo, considerando
a realidade do nosso interior super carente
de professoras, agrônomos, técnicos de
saúde, médicos e veterinários e outros
profissionais, sou do parecer que
juntamente a pregação do evangelho, um
ou mais profissionais missionários
poderiam completar o perfil da equipe
pioneira que vai chegar com a mensagem
do evangelho. A nossa ação precisa
enfrentar a realidade onde o evangelho será anunciado. É aí que vejo a extrema
necessidade de termos os missionários fazedores de tendas, homens e mulheres
como Áquila e Priscila, que abriam as portas da sua casa, servindo e pregando,
divulgavam a preciosa mensagem do evangelho, e isto sem descaracterizar um
milímetro se quer a ação e a necessidade de obreiros dedicados com
exclusividade à Palavra e ao cuidado pastoral.
O que fazer? Proponho o encorajamento e a utilização dos membros de nossas
igrejas para se envolverem com a proposta de atingir as cidades do interior e a
criação ou adequação de escolas de treinamento local, onde aqueles que forem
chamados pelo Espírito Santo para essa obra possam aprender a pregar o
evangelho sem abandonar a sua profissão. A igreja que pastoreio já implantou
esta proposta com muito sucesso. A escola tem o propósito de treinar teológica e
missiologicamente profissionais cristãos para desempenharem ações
missionárias pioneiras, e há boas notícias, homens e mulheres aposentados ou
prestes a se aposentar estão sendo impactados pela idéia.
Não posso deixar de reconhecer que dois aspectos que precisam, ainda, serem
bem analisado. Pelo tempo, deixo apenas a identificação dos mesmos para
reflexão e estudos posteriores. O primeiro aspecto refere-se a identificação do
perfil de treinamento a ser oferecido àqueles que irão assumir as novas
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[ 32 ]
comunidades onde o trabalho pioneiro florescer. O segundo aspecto pode ser
chamado de estratégia de permanência, ao invés da opção de sempre enviar
obreiros das cidades pólo para o interior, pode-se utilizar a realidade de cada
cidade para dali identificar obreiros preciosos, treiná-los e entregá-los ao campo
onde estão.
3. Planejamento Estratégico
O que se deve fazer? Como vamos fazer? De onde virão os recursos?
Quais as pessoas envolvidas? Quanto tempo será preciso? Perguntas como estas
não podem ficar sem respostas, quando se trata de se planejar uma ação
missionária. Contudo, jamais optaremos por credenciar a estratégia como causa
dos resultados. Por outro lado, também jamais concordaremos com aqueles que
se valem de espiritualizações para encobrir a ausência de planejamento. Ao
tomar conhecimento do contexto e tê-lo estudado com afinco e critério, muito
pode ser planejado para o futuro de curto, médio e longo prazo. Se não
planejarmos o treinamento, os meios, identificarmos e especificarmos os
métodos, recursos e não estabelecermos metas e controles, podemos sofrer sérios
reveses. O Dr. Russel Shedd muito bem afirmou que “o tempo de se fazer
missões apenas com empolgação e sem suporte, acabou”. Planeje, mas sempre
se lembre que mesmo podendo e devendo planejar, a última palavra será sempre
do Espírito Santo de Deus.
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[ 33 ]
4. Contextualização
Nunca estarei cansado de afirmar que apenas as Escrituras Sagradas são
inerrantes (sem erro algum), imutáveis (nunca precisarão de revisões ou
acréscimos) e supra-culturais (estão acima daquilo que qualquer cultura admite
ou exige). É preciso que se faça uma diferenciação entre costumes evangélicos
(que podem ser até bons e recomendáveis) e doutrinas bíblicas. Isto permite que
identifiquemos o que pode e o que não pode ser colocado sobre a mesa de
negociação. Deixe-me dar um exemplo. Em um domingo pela manhã do verão
nordestino eu e Jamile, minha esposa, voltávamos da cidade de Garanhuns onde
havíamos passado uma semana ministrando para os alunos do curso de plantação
de igrejas. Ao passarmos pela cidade de São Pedro, diminuindo a velocidade por
causa dos quebra-molas, me deparei com algo que chamo de tradição
descontextualizada. Do lado direito do carro ouvi o canto de um hino, que me
era bem conhecido, vindo de um pequeno templo à beira da rodovia.
Coincidência ou não, era uma igreja presbiteriana. Diminuí tanto a velocidade
que quase parei o carro no acostamento. Vi na igreja umas 15, no máximo 20,
pessoas ali, inclusive algumas de paletó e gravata (o calor estava de matar). Ao
olhar para o outro lado da rodovia fui tomado pelo espanto. Estava ali, bem ali
na frente da igreja. Pensei tão alto que gritei: Está ali! O casal de estudantes que
voltavam conosco, e estava no banco de trás, assustado perguntou: “Quem
pastor? Quem?”. Ri um pouco e mostrei como a feira parecia um verdadeiro
formigueiro em alvoroço. Pessoas fervilhavam de um lado para outro, mas o
relógio marcava 9:45, era hora da escola dominical. Quem imaginaria a igreja
poder estar na feira naquele horário? (Para a maioria dos evangélicos brasileiros,
9 horas do domingo é hora sagrada e inegociável). Pergunto: Quanto poderia ser
feito naquela feira em prol do evangelho? Quantas pessoas não poderiam ser
duplamente atendidas?
Contextualização significa
anunciar uma antiga e
inegociável mensagem em
outra roupagem adequada ao
contexto. Contextualização é
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[ 34 ]
rejeitar a tentação de propagar franquias denominacionais e plantar “igrejas
iguais” na capital e no interior como se as realidades, situações, e principalmente
as pessoas, fossem as mesmas. Contextualizar significar viver e aplicar os
princípios do evangelho onde chegamos como cristãos, sem impor ao que nos
ouvem nossos costumes e preferências. Contextualizar significa entender o
salmo 24 em todas as suas extensões e viver coerente com a fé que, de fato,
TUDO pertence ao nosso Deus, e uma vez moldado e orientado pela sua Palavra,
fazer TUDO para a Sua glória
5. O Uso de Parcerias
Não é o ideal que as igrejas só
consigam ser parceiras
missionárias através de
instituições para-eclesiásticas.
Não é o bastante contentarmo-
nos com “igrejas ricas”
investindo financeiramente em
“igrejas pobres”. Advogo a idéia
de que as parcerias devem produzir aproximação de pessoas cristãs o máximo
possível, promovendo a troca ministerial de dons e talentos naturais. Fomos
criados para viver em comunhão com Deus e uns com os outros. Em parte, creio
que este aspecto da koinonia precisa ser adicionado aos projetos de parcerias
atuais e aos que estão para ocorrer. Porém, há algo a mais a ser buscado em
parceria. Se por um lado não é difícil ver igrejas de uma mesma denominação
unidas em prol de um projeto missionário (digo que este é o primeiro e mais
fácil nível de parceria), por outro, estas parcerias não resolvem a inaceitável
intenção de expansão denominacional, como proposta missionária (“cidade sem
uma igreja da denominação é sempre cidade-alvo. Identifico aqui um aspecto
que precisa de reflexão e estudo, a elaboração de parceria com porte e amplidão
muito maiores, sem renunciar àquelas do nível primeiro. O que fazer com as
centenas de áreas urbanas do interior do nordeste que possuem menos de 5% de
evangélicos? Até quando não trabalharemos unidos como igrejas em parcerias
missionárias? Até quando desobedeceremos ao pedido de Jesus em sua oração
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 35 ]
sacerdotal (João 17:21)? Não se trata de ecumenismo doutrinário, fusão sem
critério ou proposta para “aumentar a massa e “fazer pressão”. Sabemos muito
bem com quem podemos compartilhar nossa fé em prol do evangelho. Fica aqui
registrado o meu grito e apelo: É preciso mudar e se irmanar, é preciso parcerias
missionárias mais amplas.
6. Recursos a Mais
Certa vez em uma escola dominical da nossa igreja, falávamos em classe única
sobre projetos de ação social. Ao terminar minha palestra uma professora que
estava nos visitando, pediu a palavra. Eu a conhecia, o que não sabia era que ela
trabalhava em um órgão governamental que liberava recursos para instituições
sem fins lucrativos. Ela expressou estar muito feliz ao ouvir os projetos
intencionados pela igreja e disse (aqui está a minha surpresa): “Temos verbas
para dar em parcerias com projetos como estes que vocês estão falando aqui.
Meu trabalho é buscar instituições sérias”. É claro que não basta ser uma igreja e
ter um bom projeto e os recursos surgirão, essas parcerias exigem outros
requisitos, mas o fato de uma igreja ser uma pessoa jurídica séria e ter um
projeto viável, abre algumas portas que nunca pensamos existir. Fora das
parcerias com órgãos públicos, há boas alternativas com ONG´s e também com a
iniciativa privada. Note bem, não se trata de pedir dinheiro, mas de se
caracterizar como uma sociedade confiável que pode receber verbas de outras
instituições também idôneas. Ao se falar em buscar recursos fora da igreja, outra
face precisa ser mostrada. Por detrás de toda ação missionária, há sempre uma
plataforma, e para mim, tal base precisa sempre ser dar toda a glória para Deus.
É preciso denunciar e rejeitar em alto e bom som dois perigos.
O primeiro está relacionado com qualquer proposta ou tentativa de ação que se
alie com os pressupostos da teologia do evangelho social, ou de qualquer
teologia que defenda, apóie ou promova uma missiologia antropocêntrica. Nossa
visão não é tornar a igreja um departamento de ação social, nem de longe apenas
motivar a igreja para se envolver com a solução das necessidades materiais, que
sabemos serem urgentes em muitas nas cidades do interior. Contudo, ignorar a
realidade pobre e doída do nosso povo sofrido das cidades perdidas é, sem sobra
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 36 ]
de dúvida, pecado! Reafirmo a proposta de John Stott, “evangelização e ação
social são dois braços da mesma missão”.
O outro perigo é a manipulação política. Quando ampliamos o nível de nossa
ação em uma cidade ou quando recursos de órgãos públicos estão envolvidos, a
variante política, via de regra, irá surgir, pois toda ação séria chama a atenção.
Creio que é preciso encarar e discutir este aspecto político com serenidade e não
com paranóias. A igreja como instituição nunca deve ser partidária, porém isto
não significa que o povo missionário de Deus deva ser uma voz política ausente.
Como igreja, somos e devemos sempre ser reconhecidos como uma voz a favor
da justiça, um povo que aplaude o bem e denuncia as injustiças, como preceitua
as Escrituras. Sem negociatas ou conchavos do tipo “toma-lá-dá-cá”, é possível
dialogar e conviver com o contexto político no interior sem se deixar contaminar
por aquilo que de maléfico nele exista. O profeta e líder Daniel e os jovens
Misael, Ananias e Azarias (Dn 1) são bons exemplos disto.
Sugestão de Aula em Vídeo para apresentação desse Tema:8
www.youtube.com/watch?v=mtWSQSDzBrk
Vídeo enviado por Igreja Presbiteriana Betânia em São Francisco - Niterói - RJ.
Tema: Missões Urbanas - Preletor: Pr. Antônio Carlos Costa
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[ 37 ]
CULTO DE MISSÕES – JULHO/2015
MISSÕES URBANAS E CRIANÇAS
OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM JULHO:
1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.
2. Levar a Igreja a despertar para IR.
3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.
4. Levar a Igreja a interceder pelas crianças.
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[ 38 ]
MISSÕES URBANAS E CRIANÇAS
Sempre ouvimos dizer que as crianças são o futuro da igreja. Na verdade,
elas não só são o futuro como também o presente.9
A maneira como as crianças são tratadas em determinadas igrejas
comprova que muitos cristãos estão completamente equivocados em relação ao
papel missionário das crianças. As criança dispõem de bastante energia, são
curiosas, sinceras e possuem um grande potencial de comunicação.
Infelizmente, na maioria das vezes, muitas crianças são distraídas durante
os cultos, quando na verdade deveriam estar sendo evangelizadas e treinadas
com o propósito de alcançar outras crianças e também seus familiares com a
mensagem de Jesus Cristo.
As atividades na igreja que envolvem crianças são muito trabalhosas e
cansativas. O profissional que lida diretamente com elas precisa ser bem
preparado e possuir o dom específico para o desempenho do seu ministério
infantil. Quem trabalha com ministério infantil deve constantemente estar
participando de treinamentos para o aprimoramento de seu trabalho ministerial.
Existem diversas instituições que ministram congressos e seminários para
desenvolvimento de cristãos que têm ministério infantil.
9 http://www.missoesurbanas.com/discover-new-adventures-publisher/97-futurodaigreja.html
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[ 39 ]
"Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer
não se desviará dele." (Provérbios 22:6)
Quando uma criança é evangelizada, ela passa a carregar uma semente da
palavra de Deus em seu coração, que poderá amadurecer a qualquer
momento. Uma criança treinada e que conhece a palavra de Deus é capaz de
testemunhar eficazmente o plano de salvação para toda a família. Uma criança
convertida hoje poderá se tornar um adulto maduro na palavra amanhã.
Assim, entendemos que as crianças não são o futuro da igreja. As
crianças são uma das forças missionárias mais eficazes a serviço do reino de
Deus.
Como conduzir uma criança a Jesus10
A mensagem da Bíblia para as crianças.
Ensinando as crianças de acordo com a idade,
para manter o coração limpo e para ter um
lugar no céu.
Quando evangelizar crianças:
Na fase inicial da vida não há necessidade de falar de pecado e de culpa para
uma criança.
Será melhor encher o seu coraçãozinho da presença de Deus através da leitura da
Bíblia, de cânticos e de oração.
Quando tiver mais idade, a criança vai compreender o que quer dizer
desobedecer a Deus.
Então, também poderá entender que o pecado nos separa de Deus.
E que precisamos crer em Jesus para sermos amigos de Deus, para ter nossos
pecados perdoados e para alcançar um lugar no Céu.
Nessa idade, o plano de salvação pode ser apresentado para uma criança.
Veja um modelo a seguir.
O plano de salvação para uma criança
Quando fazemos coisas más, entristecemos a Deus, nosso Criador,
Quando não ajudamos as pessoas que precisam de nós, Deus também
fica triste,
10 http://www.absvida.com.br/como_conduzir_uma_crianca_a_cristo.html
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[ 40 ]
Aí então, o pecado entra em nossa vida,
O nosso coração que estava limpo vai ficar sujo,
O pecado nos faz sofrer muito porque nos separa de Deus,
Mas Deus nos ama muito,
Por isso Ele enviou Jesus, seu Filho, para nos ajudar,
Jesus morreu na cruz por nós,
Ele fez isso para perdoar todos os nossos pecados,
Quando cremos e aceitamos a Jesus, Ele limpa o nosso coração, e
Com o nosso coração limpo ficamos amigos de Jesus e filhos de Deus.
Ofereça a Salvação em Jesus Se você estiver certo de que a criança ouviu e entendeu o plano de salvação,
peça para ela aceitar Jesus em seu coração. Se a criança não entender, explique
que "aceitar Jesus" quer dizer deixar Jesus entrar no coração. Jesus vai limpar o
coração e ficar morando sempre nele.
Ore com a criança
Se a criança disser que aceita a Jesus, conduza-a numa oração, pedindo-lhe para
repetir suas palavras.
Por exemplo: "Senhor Jesus, neste momento, eu te aceito como meu único e
suficiente Salvador, perdoa todos os meus pecados, limpa o meu coração de
todas as coisas ruins e fica morando no meu coração por todos os dias da minha
vida, amém".
Material para você despertar a Igreja para alcançar crianças e trabalhar com ela:
O REINO DE DEUS E AS CRIANÇAS - www.youtube.com/watch?v=hZpxPr73Z9U
BÍBLIA GRATUITA PARA CRIANÇAS - https://www.bible.com/pt/kids
MATERIAL - http://ministeriodeevangelismoinfantil.blogspot.com.br/2010/09/evangelizando-
criancas-de-7-10-anos-com.html
FANTOCHES - http://ministeriodeevangelismoinfantil.blogspot.com.br/2010/08/evangelizando-
com-fantoches.html
CONTANDO HISTÓRIAS -
http://ministeriodeevangelismoinfantil.blogspot.com.br/2010/08/contar-historias-para-
criancas.html
EVANGELISMO DE CRIANÇAS - http://cantinhodatialilica.blogspot.com.br/2010/04/como-
evangelizar-criancas.html
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[ 41 ]
BRINCADEIRAS - http://brincandocomcores.blogspot.com.br/
FANTOCHES - http://tialucimar.blogspot.com.br/2015/04/fantoches-contos-de-fadas.html
JOGOS DIDÁTICOS -
http://tialucimar.blogspot.com.br/search/label/Jogos%20Did%C3%A1ticos
MATERIAL - http://tialucimar.blogspot.com.br/search/label/Moldes
MÁSCARAS - http://tialucimar.blogspot.com.br/search/label/M%C3%A1scaras
LIÇÕES PARA CRIANÇAS - http://caminhandocomamor.blogspot.com.br/
Sugestão de Jogral para apresentação desse Tema:11
IDE. O MUNDO CLAMA POR PAZ.
(Apresentado por Crianças)
TODOS= Ide por todo mundo pregai o evangelho a toda criatura quem crer e for
batizado será salvo, porem quem não crer será condenado.
1= Ide a tempo e fora de tempo. Cumprindo o mandado de Jesus. Sendo dele o
verdadeiro exemplo andando firme e mostrando a luz.
2 = Cristo é a única esperança, nosso mundo clama por paz. Jesus é quem dar
bonança, a sua graça nos satisfaz.
3= Levantai os vossos olhos e vede os campos esperando para ceifar. Sai
enquanto é tempo e aporta está aberta, porque em breve tudo terminará.
TODOS= Multidões, povos e mais povos clamam pela falta de paz e nesta busca
estão clamando que os evangelizemos.
4 e 2= Mas Deus já tem providenciado homens de grande valor, que tem
entregue suas vidas em busca do pecador.
1e 3= Então vamos cumprir o ide porque:
11 http://www.jograis.com/evangelismo/43.htm
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[ 42 ]
TODOS A seara do senhor é muito grande e os trabalhadores são poucos
demais, ide enquanto é tempo levar o evangelho de cristo que vida eterna nos
traz.
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[ 43 ]
CULTO DE MISSÕES – AGOSTO/2015
NOSSOS MISSIONÁRIOS
OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM AGOSTO:
1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.
2. Levar a Igreja a despertar para IR.
3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.
4. Levar a Igreja a interceder por nossos Missionários.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 44 ]
NOSSOS MISSIONÁRIOS
Esse culto de Missões deve ser inteiramente dedicado aos nossos
missionários nacionais. O líder de Missões deve mobilizar a Igreja para orar por nossos
missionários e a Igreja deve estar ornamentada com cartazes relatando o trabalho de cada missionário.
A palestra ou pregação deve ser proferida por alguém que esteja no campo missionário.
MISSIONÁRIOS ESTADUAIS
NOME
CAMPO ATIVIDADES CONTATO
GENILSON
E NARA
REIS
CATU IMPLANTAÇÃO DE
IGREJA
EDNALDO
QUINTO E
JACIARA
BARRA GRANDE DO
MARAÚ
IMPLANTAÇÃO DE
IGREJA
DALVA
ALMEIDA
PRESÍDIOS DA BAHIA EVANGELISMO
/ASSISTÊNCIA
A PRESÍDIOS
ROMENIL
DE JESUS E
CINTIA
IBICOARA IMPLANTAÇÃO DE
IGREJA
JOÃO DA
CRUZ E
ANA DA CRUZ
SETE BREJOS – MUNIZ
FERREIRA
IMPLANTAÇÃO DE
IGREJA
RAIMUNDO
CAMPOS E
NÚBIA
BASE/
SEMADESAL/
MUNDO NOVO
SECRETÁRIO DE
COMUNICAÇÃO/AUXÍLIO
À DIRETORIA
EDNALVA
FARIAS E
TACIANO
JOCUM-BAHIA
PROJETO CABO
VERDE
MISSÕES URBANAS E
TREINAMENTO DE
OBREIROS
JOSE
PAULO
ITATIM IMPLANTAÇÃO DE
IGREJA
ALEX
JUSTOS
PRESIDIOS/SALVADOR EVANGELISMO
/ASSISTÊNCIA
A PRESÍDIOS
JURANDI
SOUZA
FILHO
IMPLANTAÇÃO DE
IGREJA
CORAÇÃO DE MARIA [email protected]
CRISTIANO
BORGES
IMPLANTAÇÃO DE
IGREJA
LAJEDAO DO TABOCAL
ELIOMAR
GOMES DE
SÁ
IMPLANTAÇÃO DE
IGREJA
MUNDO NOVO
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 45 ]
Missionários da SEMADESAL levam a Palavra de Deus ao Presídio em
Juazeiro/BA.
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[ 46 ]
MISSIONÁRIOS TRANSCULTURAIS:
NOME
CAMPO ATIVIDADES CONTATO
ADAILTON E HILDA
BARBOSA
FOZ DO IGUAÇU
IMPLANTAÇÃO DE IGREJA
CLÁUDIA OLIVEIRA
INDIA TRABALHOS EDUCACIONAIS
ADAILTON E SABINE ANJOS
ALEMANHA TREINAMENTO DE LÍDERES E
EVANGELISMO PESSOAL
JAIR BARBOSA E ADENILDES
GUINÉ BISSAU
TRABALHOS COM FAMÍLIAS E
TREINAMENTO DE LÍDERES
EDUARDO MENEZES
ÁFRICA DO SUL
TRABALHOS COM CRIANÇAS
REFUGIADAS
TONI E RITA COELHO
GÂMBIA TREINAMENTO DE LÍDERES NA BASE DA JOCUM E EVANGELISMO
PESSOAL
GILDO SOUZA E VALDECI
VENEZUELA IMPLANTAÇÃO DE IGREJA
IRAILDES E LUCSON PIERRE
HAITI EDUCAÇÃO E IMPLANTAÇÃO
DE IGREJA
JOSÉ LUIS E YOMARY
REPÚBLICA DOMINICANA
IMPLANTAÇÃO DE IGREJA E GRUPOS DE
DISCIPULADO
JOSEMAR MENEZES E ESMERALDA
EQUADOR IMPLANTAÇÃO DE IGREJA/ TRABALHO INFANTIL
PATRÍCIA SANTO
CABO VERDE EVANGELISMO, TREINAMENTO
DE OBREIROS NA BASE DA JOCUM
MOSES E ABIGAIL
ÍNDIA EDUCAÇÃO E IMPLANTAÇÃO
DE IGREJA
[email protected] (comunicação em inglês)
SANDRA MARINHO
ARGENTINA IMPLANTAÇÃO DE IGREJA
MARIA HELENA
GUINÉ-BISSAU
EDUCAÇÃO INFANTIL E
EVANGELISMO
ELI ROSANGELA
APOIO Á PROJETOS
APOIO A MINISTÉRIOS
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SEMADESAL
[ 47 ]
SILVINA ALVES
APOIO Á
PROJETOS
MINISTERIO
INFANTIL APEC E TREINAMENTO
DE LIDERES
MARIA DAS NEVES
ARGENTINA AUXILIANDO A MISS. SANDRA
MARINHO
LUIS CARLOS
BOLIVIA
IMPLANTAÇÃO DE IGREJA
ARACY OLIVEIRA
BASE SEMADESAL
IMPLANTAÇÃO DE IGREJA
ADAMASTOR BOLIVIA EVANGELISMO, EDUCAÇÃO, PALESTRAS E CULTOS COM
JOVENS UNIVERSITARIOS
LEYDES MEXICO EDUCAÇÃO E IMPLANTAÇÃO
DE IGREJA
OSVALDO HONORIO
GUINÉ-BISSAU
TRABALHOS EVANGELISTICOS
COM POVOS FELUPE /GUINE
BISSAU
MISSIONÁRIOS NACIONAIS
NOME CAMPO ATIVIDADES CONTATO
EDVALDINA E
FRANCISCO
DIAS D’AVILA
TRABALHOS EVANGELISTICOS
INDIMÁRIA MEIBLE
BASE SEMADESAL
IMPLANTAÇÃO DE IGREJA [email protected]
MIRELA E TOLGA
ESPIRITO SANTO
EVANGELISMO/DISCIPULADO [email protected]
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 48 ]
CULTO DE MISSÕES – SETEMBRO/2015
MISSÕES URBANAS E IDOSOS.
OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM SETEMBRO:
1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.
2. Levar a Igreja a despertar para IR.
3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.
4. Levar a Igreja a interceder por nossos Idosos.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 49 ]
MISSÕES URBANAS E IDOSOS
Amados o Senhor nos manda
anunciar a sua palavra para todos
independente da sua faixa etária. Isso
significa que a Nossa Missão também é de
alcançar os idosos com a graça de Deus
através do evangelismo e discipulado.
Deus tem levantado pessoas para realizar
uma obra missionária com idosos, auxiliando-os nos desafios do envelhecer e
estimulando-os a ter plenitude de vida através de uma prática de fé e adoração
genuína em Cristo Jesus.
A cada ano que se passa, com as descobertas
e pesquisas científicas na saúde, as pessoas
estão envelhecendo e tendo mais longevidade
no seu viver. Por isso tem sido muito notório
a presença de idosos em qualquer local
público, principalmente na igreja evangélica.
E esse tem sido um grande desafio, pois dispomos de programações cristãs para
diversos públicos, porém limitado ás necessidades específicas da terceira idade.
Pois as pessoas que envelhecem enfrentam problemas de saúde que os tornam
frágeis, limitados e dependentes. Apresentam perda da identidade diante da
mudança de papéis sociais, dificuldades nos relacionamentos, que culminam
com a discriminação, desprezo e isolamento social. Sofrem também alterações
psicológicas que causam ansiedade, medo
e depressão por estarem vivendo o fim das
suas vidas. E como nós estamos assistindo
os idosos em nossas igrejas diante de suas
complexidades biopsicossociais e
espirituais?
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 50 ]
A igreja evangélica poderá
oferecer assistência integral aos
idosos, acompanhando-os nas
suas dificuldades, ensinando-os a
superar os desafios e a
potencializar suas habilidades e
aptidões através do estímulo e
prática da fé cristã. A implantação de um Projeto Missionário Sénior despertará
a igreja a sensibilidade do cuidado pastoral dos que se encontram na velhice,
como também capacitará a liderança a buscar meios de como alcançar e
ministrar de forma sábia ás pessoas na idade avançada.
Sendo assim a igreja alcançará os idosos da comunidade, e os que forem
congregados ou membros poderão adorar a Deus ainda mais com integridade no
envelhecer. A realização deste Projeto auxiliará a igreja a realizar programações
e eventos específicos à terceira idade, promovendo a missão integral aos idosos
proporcionando saúde física, mental, social e espiritual aos que estão
envelhecendo ou para os que já estão na velhice.
Um Projeto Missionário Sénior tem como meta principal o treinamento de
líderes para a ca-pacitação e desenvolvimento de evangelismo prático e
acompanhamento espiritual de pessoas idosas nas nossas igrejas evangélicas por
meio de dicas, orientações, sugestões de atividades extras, e modelos de
programações para a terceira idade.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 51 ]
Com este projeto os idosos poderão:
-Viver a velhice com maturidade e longevidade,
-Ter programações de lazer e ocupação,
-Resgatar autonomia, cidadania e integração social,
-Desenvolver habilidades motoras e intelectuais,
-Exercitar a prática da mordomia cristã ao Senhor,
-Exercitar dons e talentos ministeriais,
-Cultivar uma fé sólida capaz de influenciar e alcançar outros idosos.
As programações do projeto poderão
ser mensais, semanais ou quinzenais realizados na igreja ou em outros ambientes
externos de passeio como praças, praias, clubes, hotéis, etc
A equipe para a realização deste projeto
deverá ter um líder para atuar junto aos demais líderes da igreja local, auxiliares
para: o preparo dos lanches, para estar na recepção, fazer registros, auxiliar nas
liturgias das reuniões, e no evangelismo, assim como estabelecer parcerias com
alguns profissionais de saúde, humanas e tecnologia.
As reuniões deverão conter assuntos conforme o interesse e necessidade dos
idosos. A elaboração das ações precisam ser bem definidas e divulgadas com
antecedência para os idosos participarem e compartilharem as suas opiniões e
experiências. Faça um evangelismo na sua comunidade convidando os idosos
para as programações. Reserve o momento dos lanches com refeições saudáveis,
devido o risco de doenças crónicas como hipertensão (pressão alta), diabetes
mellitus, hipercolesterolemia (colesterol elevado), doenças cardiovasculares e
pulmonares.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 52 ]
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 53 ]
CULTO DE MISSÕES – OUTUBRO/2015
MISSÕES NACIONAIS INDIGENAS
OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM OUTUBRO:
1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.
2. Levar a Igreja a despertar para IR.
3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.
4. Levar a Igreja a interceder pelos povos Indígenas.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 54 ]
MISSÕES NACIONAIS INDIGENAS
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 55 ]
Povos Não Alcançados
A Realidade Indígena no Brasil12
Em 1573 Frei Ernesto Fonseca analisa os habitantes do novo país conquistado
pela força portuguesa, afirmou que:“... além de contrários ao trabalho e
disciplina de qualquer tipo, seguem práticas tão pagãs e alheias a Deus que
torna-se improvável que tenham uma mente evoluída que possa compreender a
salvação, ou serem dignos dela”
12 http://www.novastribosdobrasil.org.br/
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 56 ]
Creio que seja correto pensarmos que a visão da grande massa de brasileiros
não tenha mudado muito ao longo destes últimos 500 anos e que as primeiras e
errôneas impressões sobre os indígenas influenciaram a nossa missiologia
bíblica e estratégia missionária para o Brasil até hoje. Convivemos com esta
visão distorcida a respeito da comunidade nativa do nosso país quando até o
termo “índio” passou a ser sinônimo de preguiça ou ignorância e “programa de
índio” aponta para algo mal planejado e que sempre dá errado.Calcula-se que
havia 1,5 milhão de indígenas no ano de 1530 enquanto hoje eles não passam de
300.000 em todo o território nacional entre os quais escondem-se as mais duras
realidades e desafios espirituais e assim somos chocados com pessoas como a
índia Thuthurudé da tribo Deni que um dia exclamou:“Ore por mim ! Quero
ouvir o evangelho antes de morrer”.
Realidade Populacional e Linguística
Trata-se de uma realidade desconhecida por muitos onde mais de 300.000 índios
dividem-se em cerca de 251 etnias distintas representando mais de 180 línguas
diferentes. Dentre estas, apenas 26 possuem o Novo Testamento completo
traduzido em seus idiomas e outras 59 possuem porções, entretanto mais de 120
tribos necessitam urgentemente de uma tradução das Escrituras. Apesar das 25
Agências Missionárias que bravamente atuam entre os índios em nosso país
ainda contamos com mais de 100 tribos totalmente não alcançadas além de
outras 19 em fase de estudo.Segundo estatísticas de junho de 2001 do Banco de
Dados do Departamento de Assuntos Indígenas da AMTB (tendo o Pr Rinaldo
de Mattos como organizador e o missiólogo PauloBottrel como pesquisador) o
cenário indígena é como se segue:
Para entendermos a realidade indígena atual olharemos rapidamente
alguns aspectos.
Tribos conhecidas: 218 (população: 353.881)
Tribos isoladas: 33 (população: 1.853)
Tribos a serem pesquisadas: 50 (população estimada: 2.735)
Tribos com existência duvidosa: 48 (população: 2.217)
Total de tribos existentes: 349 (população: 360.686)
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 57 ]
A situação das tribos indígenas em relação à distribuição da própria
população segue o seguinte diagrama:
52 tribos com menos de 100 pessoas.
115 tribos entre 100 e 1.000 pessoas.
53 tribos entre 1.000 e 10.000 pessoas.
5 tribos entre 10.000 e 20.000 pessoas.
2 tribos entre 20.000 e 30.000 pessoas.
1 tribo com mais de 30.000 pessoas.
23 tribos com população indeterminada.
Em relação ao evangelho as tribos indígenas são classificadas da seguinte
forma:
72 não alcançadas,
46 alcançadas só por Missões Católicas,
4 alcançadas só por Leigos,
2 alcançadas só com Tradução,
75 alcançadas satisfatoriamente,
8 alcançadas e com Liderança Autóctone,
9 com situação indeterminada,
118 sem presença missionária evangélica.
A realidade a respeito desta centena de tribos brasileiras não alcançadas
envolve línguas complexas, lugares inacessíveis, possibilidade de embates
tribais, enfermidades, isolamento e especialmente restrições legais. É preciso
sentar e calcular o preço da construção da torre.
Ronaldo Lidório.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 59 ]
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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Testemunho do Pr. Indígena Henrique Dias Terena.13
Sendo o evangelho uma
boa notícia, como pode ser tão
ruim assim?
Tem que se lembrar de
que onde ela chegou trouxe
grandes benefícios; tanto no
campo espiritual como na área
social.
Creio que também é
necessário dizer que alguns
missionários, bem no início,
cometeram alguns erros ao
comunicar o evangelho ao povo
indígena. Porém, esses abnegados irmãos desconheciam métodos e técnicas
apurados como os de hoje, tais como: preparo lingüístico , antropológico e
mesmo missiológico. Hoje porém, as missões evangélicas têm a preocupação de
preparar melhor seus missionários, corrigindo os erros cometidos no passado. As
missões têm procurado levar o evangelho do padrão transcultural e
contextualizado, e para cada povo. Isso tem que ser observado e levado em
consideração.
Será que não temos o direito de receber o evangelho na nossa própria
cultura? Somos tão diferentes assim? Será que não nascemos, vivemos
morremos também? Do ponto de vista de Deus somos todos iguais e
merecedores da mesma o centro foi idealizado para ser um local onde seja
possível reunir e expor todas as produções literárias, de caráter religioso ou não,
feitas pelas missões, sem levar em conta a finalidade e a área de atuação em que
as mesmas estão sendo utilizadas. Além da parte literária, serão reunidos
também no mesmo local artesanatos indígenas.
Conhecer Jesus não é somente privilégio do homem branco; é do índio
também. Mais de 50% das tribos nunca ouviu falar de Jesus Cristo.
Há lágrimas nos meus olhos e dor no meu coração em saber que muitos
parentes meus estão morrendo sem nunca ouvir de Jesus, aquele que dá valor à
vida.
Não queremos ser mais tratados como coitadinhos ou eternas vítimas.
Somos humanos e também temos sentimentos. Sabemos o que queremos e temos
conhecimento do que é bom ou ruim.
A nossa preocupação tem como objetivo conscientizar a igreja de Cristo
quanto a questão indígena. Pouco se tem ouvido de manifestação de
solidariedade do povo evangélico. Agora chegou a hora. Desafiamos o povo
evangélico a somar esforço conosco, a se tornarem companheiros e verdadeiros
aliados nessa batalha. AYNAPUYAKUÉ (Obrigado na língua Terena).
13 Extraído da Revista Confins da Terra, Junho de 2002. Pr. Henrique Dias Terena - Membro do
CONPLEI (Conselho de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas).
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 61 ]
CULTO DE MISSÕES – NOVEMBRO/2015
MISSÕES e POVOS NÃO ALCANÇADOS.
OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM NOVEMBRO:
1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.
2. Levar a Igreja a despertar para IR.
3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.
4. Levar a Igreja a interceder pelos povos Não Alcançados
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 62 ]
MISSÕES e POVOS NÃO ALCANÇADOS.
Que são Povos Não Alcançados?14
Um povo é um grupo significativamente grande de indivíduos que
entendem ter uma afinidade comum uns pelos outros. Eles compartilham a
mesma linguagem, religião, etnia, localidade, ocupação, ou mesmo um
combinado disto. Um povo tem um nome é apto para ocupar um local.
O termo Não Alcançado ou Não Evangelizado surgiu para definir um
grupo de indivíduos no qual não há uma comunidade nativa de crentes (cristãos)
capazes de evangeliza-lo.
Muitos destes grupos não tem conhecimento de quem é Deus. Não
conhecem a Jesus, seu filho e desconhecem a necessidade de salvação. Alguns
destes grupos não tem sequer uma estrutura de linguagem escrita formada, não
lêem nem escrevem em seus próprios idiomas. Já outros possuem uma bem
dividida estrutura social, dominam a escrita e possuem uma forte e milenar
estrutura religiosa.
O que se requer para evangelizar estes grupo de povos não alcançados?
Oração, iniciativa e treinamento adequado entre outras coisas. Não existe um
manual com respostas prontas ou receitas mirabolantes, (muito embora existam
procedimentos comuns) pois cada grupo não alcançado, possui barreiras e
14 Manual de Intercessão, Prá Mídia publicações, p.14-1998 - Revista IDE – nº 22, p. 06 – 1999
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[ 63 ]
problemas únicos a serem vencidos. Para cada um destes existem estratégias e
oportunidades específicas a serem buscadas, antes que o alcance efetivo seja
posto em ação. São oportunidades e estratégias percebidas principalmente no
lugar de oração, e lá vencidas em primeira instância. Estes grupos permanecem
inalcançados ou ocultos porque são verdadeiramente difíceis de se alcançar, do
contrário a tarefa já teria sido terminada. Por outro lado uma intervenção maior
por parte das igrejas se faz necessária, investindo em iniciativas missionárias
voltadas ao alcance destes grupos. Parcerias entre agências e igrejas acabam
surgindo como resposta a esta lacuna de influência que encontramos na história
da Igreja.
Hoje o número exato dos grupos de povos não alcançados varia de
acordo com as definições. Podem ser categorizados em mega ou mini povos,
povos minoritários, povo etnolingüístico, povo socio-econômico etc. O
Movimento AD 2000 considerava não alcançados, povos com uma população
superior a 10.000 pessoas, o que colocaria dentro desta categoria no Brasil,
apenas os ribeirinhos amazônicos. Outras , pelo menos, 130 diferentes tribos
ficariam de fora, e cerca de 50 delas nunca foram de fato contactadas ainda pelo
homem branco. Estima-se no mundo todo mais de 10.000 grupos.
A lista de quem são os não
alcançados é imensa, e passa por todos os
continentes, grandes metrópoles,
vilarejos, aldeias e tribos. Eles não estão
apenas em lugares de difícil acesso como
a maioria de nós imagina. Algumas vezes
é possível encontrar grupos inteiros, isolados por barreiras idiomáticas ou
culturais. Quem sabe, num lugar bem próximo a você que lê este texto agora.
Entretanto os propósitos de Deus para as nações são imutáveis e verdadeiros.
Elas estarão representadas no grande dia diante do trono. Precisamos orar e
alcançar estes povos, pois esta foi a ordem Jesus: fazer discípulos de todas as
nações. Que assim seja.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 64 ]
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 65 ]
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
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[ 66 ]
CULTO DE MISSÕES – DEZEMBRO/2015
MISSÕES MUNDIAIS E A IGREJA SOFREDORA
OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM DEZEMBRO:
1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.
2. Levar a Igreja a despertar para IR.
3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.
4. Levar a Igreja a interceder pela Igreja Sofredora
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[ 67 ]
Classificação da Perseguição Religiosa15
Onde seguir as palavras do Senhor Jesus pode custar a própria vida: conheça
os 50 países em que a perseguição aos cristãos atinge o nível mais elevado
Onde houver alguém que se comprometa a seguir a Jesus de coração, ali
haverá um cristão perseguido.
A CLASSIFICAÇÃO:
Um dos objetivos mais
importantes de se monitorar a
situação religiosa dos países é
para que a Portas Abertas defina
onde sua ajuda é mais urgente.
A lista relaciona 50 países
segundo o grau de perseguição que os habitantes cristãos mais enfrentam. Sua
atualização é feita considerando-se os acontecimentos e o ambiente religioso do
país ao longo do ano anterior.
ATUALIZAÇÃO
Os dez países onde os cristãos enfrentaram a maior pressão e violência no
período de formulação dos relatórios foi: Coreia do Norte, Somália, Iraque,
Síria, Afeganistão, Sudão, Irã, Paquistão, Eritreia e Nigéria.
Neste ano, dois países ingressaram na lista dos 10 onde há mais perseguição aos
cristãos: o Sudão (de 11º para 6º); e a Eritreia (de 12º para 8º). Outra mudança é
a entrada de três novos países: México (38º), Turquia (41º) e Azerbaijão (46º).
Desde 2002, e também para a Classificação dos Países Perseguidos 2015,
a Coreia do Norte continua a ser o lugar mais difícil do mundo para praticar o
cristianismo. O país passou por expulsões, em que mais de 10.000 pessoas foram
banidas, presas, torturadas ou assassinadas por causa questões sociais, políticas e
religiosas.
15 www.portasabertas.org.br/cristaosperseguidos/classificacao
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[ 68 ]
A Arábia Saudita abandonou o Top 10, mesmo a situação dos cristãos
permanece tão ruim quanto antes. Isso vale também para os outros dois países
que abandonam a lista dos maiores perseguidores: Maldivas e Iêmen. Ambos
têm recebido a mesma pontuação que o ano anterior.
Não se engane ao imaginar que a violência é a forma predominante e mais
invasiva de perseguição; em muitos casos, a opressão pode ter um efeito ainda
mais devastador. Isso explica porque não necessariamente quanto maior a
violência física contra os cristãos, maior é a perseguição.
AS CINCO ESFERAS DA PERSEGUIÇÃO CONTRA OS CRISTÃOS
1. INDIVIDUALIDADE
A pessoa não é livre para: escolher qual religião quer seguir; orar a Deus dentro
de casa ou em lugar público; possuir um exemplar da Bíblia ou outros livros
cristãos para uso pessoal etc.
2. FAMÍLIA
A perseguição vem por meio de pais, irmãos, tios, avós, primos e outros. O
convertido é impedido de praticar sua fé em casa e enfrenta problemas em
assuntos civis como casamento, enterro de familiares, herança e outros.
3. COMUNIDADE
O cristão sofre pressão por meio de atitudes preconceituosas, regras de
convivência, casamento forçado, dificuldade de acessar recursos, pressão para
renunciar a fé, discriminação no trabalho, intimações à delegacia etc.
4. NAÇÃO
O cristão enfrenta oposição, pois não há leis que garantam liberdade de culto e
prática da fé. É considerado crime pregar a Palavra e, em casos mais extremos,
até a conversão ao cristianismo. O cristão enfrenta problemas para tirar o
passaporte, sair do país, se reunir com outros cristãos.
5. IGREJA
Enfrenta dificuldades em realizar atividades como cultos, reuniões de oração,
batismos, estudos bíblicos, entre outros. Ter acesso à Bíblia e a outros materiais
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[ 69 ]
cristãos é quase impossível. A opressão pode vir de todas as esferas: vizinhos,
governo, polícia, família.
Novos países em 2015:
Turquia (41), México (38) e Azerbaijão (46)
Após ter sido retirada da Classificação por vários anos, a Turquia volta em 41º
lugar.
A combinação da persistência de restrições legais e comentários
negativos de alguns funcionários do governo para com os cristãos, hostilidades
sociais e a ascensão do islamismo, continuar a restringir e perseguir cristãos
turcos, que tem de lidar com várias barreiras sociais que são impostas por
questões religiosas. Tanto na igreja como a nível nacional. O estado impõe
restrições sobre os cristãos que, condenados ao ostracismo, recebem pressão
também para voltar ao islamismo.
MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES
SEMADESAL
[ 70 ]
Apenas duas denominações são reconhecidas: a Igreja Ortodoxa Grega e
a Igreja Apostólica Armênia, que juntas formam apenas setenta por cento da
população cristã do país. Além disso, a legislação turca proibiu seminários de
formação de obreiros de qualquer denominação. À medida em que a violência
ganhou notoriedade, quatro igrejas na Turquia foram atacadas no período de
pesquisas da Classificação.
O México também volta à Classificação, após não constar da lista nos
anos anteriores. Com um aumento na pontuação de mais de dez pontos, também
está entre os mais elevados na perseguição de 2015. O país chegou a este ponto
principalmente em detrimento da evolução do crime organizado e registro de
incidentes mais violentos contra cristãos. Nos últimos anos, a principal base de
ligação com o narcotráfico mudou da Colômbia para a América Central e
México. As igrejas e organizações cristãs são alvos dos grupos criminosos,
porque são consideradas fontes de receita para extorquir dinheiro dos líderes
religiosos. Entre novembro de 2013 e outubro de 2014, pelo menos 15 cristãos
foram mortos no México, vítimas de perseguição do crime organizado. Seis
líderes cristãos, ex membros do narcotráfico, foram mortos por se recusarem a
voltar para o crime. Um obreiro ugandense que foi para o México como
missionário foi encontrado assassinado e jogado em uma fossa. Nas
comunidades indígenas, convertidos entre religiões tradicionais também têm
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[ 71 ]
sido vítimas de violência. Muitas vezes, suas casas foram destruídas e centenas
de pessoas foram forçadas a fugir. Cerca de oitenta casos de abuso físico foram
relatados nos estados do sul do país.
Na Classificação da Perseguição Religiosa 2015, o Azerbaijão recebe 50 pontos,
ocupando o 46º lugar. Em geral, a situação dos cristãos no país continua a ser tão
difícil quanto antes, mas este ano a Portas Abertas tem acesso a mais
informações sobre a perseguição no país, o que representa melhor visão sobre a
situação do cristão perseguido. É cada vez menor o número de igrejas que
podem funcionar legalmente. As atividades religiosas não registradas são
puníveis por lei, e as multas para quem violar essas regras são altíssimas e o
registro de funcionamento é quase impossível. O autoritarismo do governo visa
restringir todas as expressões públicas de religião que poderiam se tornar uma
ameaça ao regime. Não só os cristãos são vítimas de perseguição, mas também
outras minorias religiosas ou expressões radicais do Islã. Muitos cristãos não
conseguem encontrar ou manter postos de trabalho e são vigiados de perto pelos
serviços secretos.
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[ 72 ]
MATERIAL DE APOIO PARA O CULTO:
VÍDEOS INFORMATIVOS:
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