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Setembro 2011 1 5- Quantificação do valor: stocks e fluxos 1 5- A quantificação do valor: stocks e fluxos Formação Livre II O Valor da Tecnologia e a Inovação IST – MEE (1º ano curricular) 2011/2012, 1º semestre Prof. responsável – António S. Carvalho Fernandes

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Setembro 2011 15- Quantificação do valor: stocks e fluxos 1

5- A quantificação do valor: stocks e fluxos

Formação Livre II

O Valor da Tecnologia e a Inovação

IST – MEE (1º ano curricular)

2011/2012, 1º semestre

Prof. responsável – António S. Carvalho Fernandes

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Setembro 2011 25- Quantificação do valor: stocks e fluxos 2

A quantificação do valor: stocks e fluxos

1. Aspectos da evolução histórica da contabilidade

2. As contas nacionais e o valor acrescentado

3. Stocks e fluxos de valor numa empresa

4. Mapas de demonstração de resultados e de balanço

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Setembro 2011 35- Quantificação do valor: stocks e fluxos

Aspectos daevolução histórica da contabilidade

Sumérios e Babilónios escreviam em

caracteres cuneiformes, assentando as

trocas comerciais e o volume (e valor?)

dos stocks (c. 3000 AC).

O Domesday Book contém o cadastro

das propriedades inglesas (mandado

fazer por William I na altura da sua

conquista de Inglaterra em 1066).

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Setembro 2011 45- Quantificação do valor: stocks e fluxos 4

Aspectos daevolução histórica da contabilidade (2)

Luca Pacioli (1445–1514)

A contabilidade de duas entradas marca todos os sistemas contabilísticos em uso nas contas nacionais e nas contas das empresas.

•O deve é igual ao haver

•Os custos são iguais aos proveitos

•O activo é igual ao passivo mais a situação líquida.

•Os recursos são iguais aos empregos.

•As despesas são iguais aos rendimentos.

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Setembro 2011 55- Quantificação do valor: stocks e fluxos 5

Aspectos daevolução histórica da contabilidade (3)

Na perspectiva nacional:

Na perspectiva duma organização:

•Cadastro•Impostos•Exportação/importação•Riqueza nacional•Criação de valor•Auditoria

•Património•Disponibilidades•Custos•Criação de valor

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Setembro 2011 65- Quantificação do valor: stocks e fluxos 6

As contas nacionais

Hoje, as contabilidades nacionais europeias

organizam-se fundamentalmente no sentido de

conhecer o valor criado, desconhecendo por vezes

o valor do património nacional, como é caso de

Portugal.

As formas de quantificação nacional do valor criado

são já do século XX.

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Setembro 2011 75- Quantificação do valor: stocks e fluxos 7

As contas nacionais (2)

Há stocks (Património) e há fluxos de valor.

Há três ópticas com que se pode observar e quantificar os fluxos de valor nas contas nacionais:

1.O produto (O valor que os cidadãos produzem – Valor Acrescentado)

2. O rendimento (O valor recebido pelos cidadãos)

3.A despesa (O valor que os cidadãos despendem)

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Setembro 2011 8

As contas nacionais (3)Considere-se uma sociedade sem capital que só produz bens de consumo final e onde não há trocas de valor com o exterior e não há estado.

Consumo

Rendimento

Retorno do

trabalho

Despesa

Poupança

Valor Acrescentado (VA)

Produto

V Apelo

trabalho

Valor daproduçãode bens deconsumo

final

Produto

Valor

Despesanacional

Rendimentonacional

Consumo

Rendimento

Retorno do

trabalho

Despesa

Poupança

Valor Acrescentado (VA)

Produto

V Apelo

trabalho

Valor daproduçãode bens deconsumo

final

Produto

Valor

Despesanacional

Rendimentonacional

5- Quantificação do valor: stocks e fluxos

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Setembro 2011 9

As contas nacionais (4)Considere-se uma sociedade onde não há trocas de valor com o exterior e não há estado.

Valor

Rendimento

Retorno do

trabalho

Valor Acrescentado (VA)

Produto

V Apelo

trabalho

Valor daproduçãode bens deconsumo

final

Produto

Consumo

Despesa

Poupança

Despesanacional

Rendimentonacional

Retorno do

capital

Consumo

Formação de capital

Valor daproduçãode bens de

capital

Despesa

V Apelo uso

do capitalConsumofuturo

Valor

Rendimento

Retorno do

trabalho

Valor Acrescentado (VA)

Produto

V Apelo

trabalho

Valor daproduçãode bens deconsumo

final

Produto

Consumo

Despesa

Poupança

Despesanacional

Rendimentonacional

Retorno do

capital

Consumo

Formação de capital

Valor daproduçãode bens de

capital

Despesa

V Apelo uso

do capitalConsumofuturo

5- Quantificação do valor: stocks e fluxos

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Setembro 2011 10

As contas nacionais (5)

Considere-se uma sociedade onde não há trocas de valor com o exterior e não há estado.

ValorAcrescentado

(VA)

Rendimento

Retorno do

trabalho

Retorno do

capital

Despesa

Formação de capital

Despesa

Poupança

Consumo

Produto

V ASector

Terciário

V ASector

Secundário

V APrimário

Valor daproduçãode bens deconsumo

final

Valor daproduçãode bens de

capital

Produto

Valor daprodução

total

menos

Valor daproduçãode bens

intermédios

Produto

Valor da produçãode bens deconsumo

intermédio

Valor total da produção

Despesanacional

Rendimentonacional

Consumo

5- Quantificação do valor: stocks e fluxos

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Setembro 2011 11

Stocks e fluxos de valor numa empresa (1)

Circuito económico de referência, entre as famílias e a Natureza. As setas indicam fluxos de valor. Neste modelo de referência só pode haver acumulação de valor na

forma de conhecimento individual.

NATUREZAConhecimento

das famílias

Bens de consumo

Trabalho

NATUREZAConhecimento

das famílias

Bens de consumo

Trabalho

5- Quantificação do valor: stocks e fluxos

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Setembro 2011 12

Stocks e fluxos de valor numa empresa (2)

Circuito económico entre famílias e empresas produtoras de bens de consumo. A Natureza continua como pano de fundo.

Empresa de bens de

consumo

Trabalho

Bens de consumo

Conhecimentodas famílias

Empresa de bens de

consumo

Trabalho

Bens de consumo

Empresa de bens de

consumo

Trabalho

Bens de consumo

Conhecimentodas famílias

5- Quantificação do valor: stocks e fluxos

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Setembro 2011 13

Stocks e fluxos de valor numa empresa (3)

Circuito económico entre famílias, empresas produtoras de bens de consumo e empresas produtoras de bens de tecnologia. O símbolo BT refere-se ao valor dos bens de tecnologia que passou a estar disponível nas empresas de bens de consumo. O símbolo T refere-se à parte do valor de BT que é usada pela empresa para produção de bens

de consumo, no período de tempo em que este esquema é válido.

Conhecimentodas famílias

BTEmpresa de bens deconsumo

Trabalho (L1+L2)

Bens de consumo

Empresa de bens detecnologia

L2

Bens de tecnologia

T

L1

Conhecimentodas famílias

BTEmpresa de bens deconsumo

Trabalho (L1+L2)

Bens de consumo

Empresa de bens detecnologia

L2

Bens de tecnologia

T

L1

5- Quantificação do valor: stocks e fluxos

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Setembro 2011 14

Stocks e fluxos de valor numa empresa (4)

Circuito económico entre famílias, empresas de bens de consumo, empresas de bens de tecnologia e empresas de bens de capital. O símbolo BC refere-se ao capital que passou a estar disponível nas

empresas de bens de consumo, de tecnologia e de capital. O símbolo C refere-se à parte do valor de BC que é usada pela empresa para produção de bens. O símbolo BT refere-se à tecnologia que está

disponível nas empresas e o símbolo T refere-se à parte de BT que a empresa usa para a produção de bens.

BT1

Trabalho (L1+L2+L3)

Bens de consumo

Conhecimentodas famílias

Empresa de bens

de tecnologia

L1

Bens de tecnologia

Empresa de bens deconsumo

T1

L2

BT2T2

C2

BT3T3

Empresa de bens

de capital

C3

Bens de capital

L3

BC3

BC2BC1C1

BT1

Trabalho (L1+L2+L3)

Bens de consumo

Conhecimentodas famílias

Empresa de bens

de tecnologia

L1

Bens de tecnologia

Empresa de bens deconsumo

T1

L2

BT2T2

C2

BT3T3

Empresa de bens

de capital

C3

Bens de capital

L3

BC3

BC2BC1C1

5- Quantificação do valor: stocks e fluxos

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Setembro 2011 15

Stocks e fluxos de valor numa empresa (5)

Principais fluxos de valor no interior duma empresa

simples.

T corresponde ao valor de uso da tecnologia.

C corresponde ao valor de uso de capital.

L corresponde ao valor de uso do conhecimento ou

valor do trabalho.

CI corresponde ao valor dos consumos intermédios.

Fluxos 1+2+3+4 = fluxo 5

Ou T+C+L+CI=VP

Ou Y+CI=VP

Forne-cedores

CI

Mercado de bens

intermédios

Pessoas

Valor final do bem

produzido

Produção

1

2

5

123 5Património da empresa, de tecnologia e de capital

3

Mercado de bens

produzidos

Valor da transacção

4

4

Valor do bem produzido, reconhecido pelo

mercado

Bens eserviços

intermédios

T

C

L

Forne-cedores

CI

Mercado de bens

intermédios

Pessoas

Valor final do bem

produzido

Produção

1

2

5

123 5Património da empresa, de tecnologia e de capital

3

Mercado de bens

produzidos

Valor da transacção

4

4

Valor do bem produzido, reconhecido pelo

mercado

Bens eserviços

intermédios

T

C

L

5- Quantificação do valor: stocks e fluxos

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Setembro 2011 16

Mapa de demonstração de resultados

Contas do mapa de demonstração de resultados do POC, explicitando as actividades ordinária e extraordinária, o valor da produção, VP, e o valor acrescentado bruto, VABpb. Os valores apresentados são ilustrativos.

Produção Activ. Activ.

Nº de conta Nome da conta Valores VAB CI Ordin. Extraord.Custos

61 CMVMC 7 7 762 FSE 8 8 8

631 Impostos indirectos e taxas 3 3632 Impostos directos 1 1 165 Outros custos e perdas operac. 1 1

69 Custos e perdas extraordinárias 2 2

64 Despesas com pessoal 33 33 3366 Amortizações 13 13 1367 Provisões 4 4 468 Custos e perdas financeiras 10 10 1086 Impostos sobre rendimentos 6 6 6

B Resultados da actividade ordin. 10 10 10

A Resultados da activ. extraord. 2 288 Resultados líquidos (B+A) 12

Total custos 100 77 15 95 5

Proveitos71 Vendas 50 50 5072 Prestação de serviços 38 38 38vp Variação da produção -4 -4 -475 Trabalhos p/ a própria empresa 7 7 773 Proveitos suplementares 1 1 174 Subsídios à exploração 3 376 Outros prov. e ganhos operac. 2 278 Proveitos e ganhos financeiros 2 279 Proveitos e ganhos extraord. 1 1

Total proveitos 100 92 95 5

Totais 100 77 15 92 95 5

B = 88 - AA = [(76+78+79) - (65+69)]

VP

Valor

Custos Proveitos

Cons. Interm.

VAB

Produção

Numa situação simplificada

5- Quantificação do valor: stocks e fluxos

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Setembro 2011 17

Valor

Mapa de balanço

Balanço, evidenciando o activo líquido, passivo e património (capital próprio)

ActivoPassivo

Capital próprio

Activo líquido Valores totais das contasAno Amort. e Ano

Nº de conta Nome da conta N-1 provisões N Imobilizado

43+441/6+449 Imobilizações incorpóreas 20 3 1742+441/6+448 Imobilizações corpóreas 50 10 4741+441/6+447 Investimentos financeiros 20 0 20

Circulante32 a 37 Existências 10 0 621 a 26 Dívidas de terceiros – MLPr. 0 0 021 a 26 Dívidas de terceiros – CPr. 20 2 4315+18 Títulos negociáveis 0 011 a 14 Depósitos bancários e caixa 80 5627 Acréscimos e diferimentos 0 0

Amort. e prov. do ano N 15

Total do activo líquido = 200 189

Passivo Ano AnoNº de conta Nome da conta N-1 N29 Prov. para riscos e encargos 0 2219+22 a 26 Dívidas a terceiros – MLPr. 100 100219+22 a 26 Dívidas a terceiros – CPr. 50 2527 Acréscimos e diferimentos 0 0

Total do passivo = 150 127

Património = 50 62Activo = 200 189

Passivo = 150 127

5- Quantificação do valor: stocks e fluxos