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Boletim Informativo do Sindcomércio Vale do Aço - Ano 1 | Setembro/Outubro de 2011 A palavra do presidente da Consul e diretor do Sindcomércio Vale do Aço Matusalém Sampaio discorre sobre os principais problemas enfrentados pelos comerciantes na região e dá dicas àqueles que atuam no ramo Leia também: PÁGINAS 4 E 5 Psicologia do Trabalho e recrutamento de pessoal PÁGINA 3 Sindcomércio celebra convenções coletivas com Secteo e Seci PÁGINA 8 Sindcomércio propõe substituição da CTPS Página 7 Profundo conhecedor do comércio varejista e atacadista de bens e serviços da região, Matusalém deu uma longa entrevista ao COMÉRCIO EM AÇÃO

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Boletim Informativo do Sindcomércio Vale do Aço - Ano 1 | Setembro/Outubro de 2011

A palavra do presidente da Consul ediretor do Sindcomércio Vale do Aço

Matusalém Sampaio discorre sobre os principais problemas enfrentados pelos comerciantes na região e dá dicas àqueles que atuam no ramo

Leia também:

PÁGINAS 4 E 5

Psicologia do Trabalho erecrutamento de pessoalPÁGINA 3

Sindcomércio celebra convenções coletivascom Secteo e SeciPÁGINA 8

Sindcomércio propõe substituição da CTPSPágina 7

Profundo conhecedor do comércio varejista e atacadista de bens e serviços da região,Matusalém deu uma longa entrevista ao COMÉRCIO EM AÇÃO

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EDIT ORIAL

O comércio varejista, atacadista de bens e serviços do Vale do Aço tem enfrenta-do grandes dificuldades quando precisa contratar funcionários: falta mão de obra qualificada na região. Entramos no último trimestre do ano, época em que há um “boom” de contratações temporárias em função do Natal – data comemorativa que surge para alavancar as vendas e movimentar a economia. E para melhor atender o consumidor não há como não investir em mão de obra. No ano passado tivemos um saldo muito positivo: foram 249 contratações tempo-rárias em Coronel Fabriciano, 589 em Ipatinga e 206 em Timóteo, gerando um total de 1040 empregos. Este ano esse número deve crescer em até 8% e as contrata-ções terão o ápice em outubro e novembro. As empresas poderiam contratar ainda mais em 2011, mas isso se tornou inviável em função do alto endividamento das famílias provocado, por exemplo, pela recessão nas prestadoras de serviços das siderúrgicas da região, que pararam de contratar, aumentando o desemprego. Temos recebido diariamente em nosso site (www.sindcomerciova.com.br) currículos de trabalhadores de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. Empresas com demandas em seus setores podem e devem nos procurar: através do nosso banco de dados estaremos nos empenhando ao máximo para atender as carências solicitadas. O Sindcomércio ainda presta serviços na área de Psicologia do Trabalho com assessoria, consultoria, orientação e contratação para as empresas com valores subsidiados. Temos todas as condições de organizar uma empresa, direcioná-la e fazer um diagnóstico dos problemas. Por exemplo, se o seu RH (Recursos Humanos) está deficiente e precisando que o recru-tamento seja mais eficaz, nós contamos com psicólogos e profissionais de administração especialistas na área. Em relação à falta de mão de obra qualificada também temos buscado sanar esse problema: oferecemos os mais varia-dos cursos – ministrados por profissionais conceituados em todo estado – para capacitação de trabalhadores.Deixamos ainda uma dica àqueles que querem conquistar o primeiro emprego: as oportunidades abertas nas vagas temporárias são excelentes. Se empenhe ao máximo e mostre que a vaga pode ser sua em definitivo. Seja simpático, comunicativo e demonstre sua capacidade para o trabalho em equipe. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário dão conta que 29% das pessoas que forem contratadas tempo-rariamente para o fim do ano devem ser efetivadas no fim do contrato.

Contratações de fim de ano

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Sindcomércio oferece psicologia do trabalho para recrutamento de pessoal

Treinamentos e consultorias podem alavancar os resultados das empresas no comércio

Para obter sucesso em seu empreendimento é extrema-mente importante recrutar e selecionar adequadamente seus empregados, capacitar as equipes de trabalho para o conta-to com o público nas abordagens junto aos clientes, venda e pós-venda, ter equipes coesas e alinhadas aos objetivos das organizações. Esses são os desafios urgentes para alavancar os resultados das empresas no comércio.

Diante desse panorama, o setor de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho do Sindcomércio tem se especializado em assessoria a quem está no ramo do comércio varejista e atacadista de bens e serviços: damos suporte em recrutamen-to de pessoal, captação e seleção de talentos. Oferecemos também treinamentos com desenvolvimento da qualidade e excelência no atendimento ao cliente e, ainda, ensinamos es-tratégias para se ter um time vencedor e aprimorado com a comunicação, o relacionamento interpessoal e o trabalho em equipe.

Captação e seleção de talentosAlinhada aos objetivos estratégicos do negócio, a capta-

ção de pessoas e seleção por competência é de importância vital para a obtenção de uma equipe motivada e competitiva. O setor de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho do Sindcomércio disponibiliza aos seus associados o recrutamen-to de candidatos que tem se destacado no mercado de tra-balho por suas habilidades e competências – conforme perfil definido pela empresa solicitante –, a fim de contribuir para o pleno sucesso do negócio. O objetivo é obter redução dos custos e da rotatividade, potencialização do desempenho dos colaboradores, melhoria do clima organizacional e garantia da competitividade da organização através de seu capital huma-no, entre outros inúmeros benefícios e vantagens.

Atendimento ao clienteO setor de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho do

Sindcomércio tem uma equipe experiente e conceituada, que está apta a ensinar como desenvolver habilidades profissionais e comportamentais que viabilizem o atendimento ao cliente de forma eficiente. Seu negócio será valorizado a partir de um atendimento de qualidade e com foco do cliente, tendo como resultado: cliente satisfeito, atendente gratificado, imagem da empresa valorizada, competitividade no mercado e melhoria no clima organizacional. Todos profissionais que atuam de for-ma direta ou indireta no atendimento serão envolvidos em nossos treinamentos. Estratégia para um time vencedor

Através dos serviços de psicologia do setor de Saúde Ocu-pacional e Segurança do Trabalho do Sindcomércio é possível desenvolver técnicas e estratégias de atuação em equipe com comprometimento para soluções de problemas, adaptação a novos cenários, resolução de conflitos, potencialização da co-

Visite uma de nossas sedes em Ipatinga, Coronel Fabriciano ou Timóteoe saiba como obter sucesso em seu empreendimento

municação eficaz e ganho de re-sultados. Serão gerados valores para os profis-sionais e organi-zaçao, formando times de alto de-sempenho.

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Oferecemos os mais variados treinamento e consultorias, de forma a atender as necessidades de empresários em Ipatinga, Coronel Fa-briciano e Timóteo. Mais informações através dos telefones 3821-9020, 3842-2040, 3849-4490 ou nas sedes do sindicato em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo.

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4 COMÉRCIO EM AÇÃO - Boletim Informativo do Sindcomércio Vale do Aço

O presidente da Consul e diretor do Sindcomércio, Matusalém SampaioAdministrador conversa com o COMÉRCIO EM AÇÃO e fala, entre outros assuntos, da falta de mão de obra qualificada no

mercado da região, de impostos exorbitantes e do importante papel que o sindicato tem exercido no Vale do AçoDiretor do Sindcomércio Vale

do Aço e presidente da Consul (Cooperativa de Consumo dos Empregados da Usiminas), Matusa-lém Dias Sampaio também é vice-presidente regional da Associação Mineira de Supermercados (Amis) e ainda faz parte do conselho-di-retor da Organização das Coope-rativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg). Profundo conhecedor do comércio varejista e atacadista de bens e serviços da região, ele rece-beu a reportagem do COMÉRCIO EM AÇÃO em seu escritório no Shopping do Vale para falar sobre diversos assuntos. Matusalém dis-correu sobre a falta de mão-de-obra qualificada no mercado da região, impostos exorbitantes, a concorrência desleal do comércio informal e o importante papel que o Sindcomércio tem exercido no Vale do Aço.

COMÉRCIO EM AÇÃO - Quais dicas os Sr. dá para quem está começando no comércio ou para os que já estão inseridos no mercado há mais tempo? Matusalém Sampaio – É necessário muito trabalho, com-prometimento e foco no seu negócio, além de atualização do seu produto, dos seus serviços e da mão de obra. Você tem que preparar os seus colaboradores e os seus funcio-nários para que realmente eles possam fazer a diferença. O que eu vejo é que não importa se é micro, pequena ou grande empresa, o importante é se aquilo que você faz tem um diferencial em relação ao que os outros estão fazendo. Se você entra no lugar comum, vai ser apenas mais um no mercado. E se for só mais um irá entrar na ‘vala comum’, que é ir à falência ou estagnar o seu negócio. Então com-prometimento e preparação nesse mercado de hoje é fun-damental, pois o cliente está cada vez mais exigente. Para atendê-lo você tem que estar preparado para mostrar o seu produto e o diferencial dele, seja qual for. No caso da prestação de serviços ou em qualquer outro é necessário ter um planejamento estratégico. Para isso é indispensável conhecer o mercado, ter o foco do seu negócio e, principal-mente, um respeito profundo com os seus clientes. Procure sempre agregar valor àquilo que você faz, ao que produz ou ao serviço que presta. O mercado está mudando com

muita velocidade: você dorme de um jeito e amanhece de outro. Vol-to a ressaltar que, para quem está começando ou já está no mercado, há três orientações fundamentais: a primeira é trabalho, a segunda é trabalho e a terceira é trabalho também.

C.A. - Falta mão-de-obra qualificada no mercado? Cada vez mais empreen-dedores e empresários devem investir em preparação básica da equipe e não só em aperfeiçoamento?M.S. - Sem dúvidas. Um dos pon-tos importantes do crescimento das empresas e da permanência delas no mercado é você ter uma equipe de trabalho preparada para poder fazer o que tem que ser feito. E para realizar isso com qualidade, você tem que ter uma equipe com-prometida com o trabalho, motiva-da e disposta a buscar e enfrentar

desafios. Para isso essa equipe tem que estar preparada tec-nicamente também e isso é um problema de educação e de formação. No Brasil infelizmente nós temos um número de faculdades e universidades extremamente elevado, mas o investimento na base está muito aquém daquilo que a gente necessita. Precisamos de formação, informação e mão de obra para os diversos seguimentos da economia, seja ele da indústria, do comércio ou da prestação de serviços. Esse eu acho que é o grande desafio para que o Brasil possa se equiparar às grandes economias mundiais.

C.A. - Quais os principais problemas que comerciantes, ata-cadistas, prestadores de serviços e varejistas têm encontrado atualmente no Vale do Aço? M.S. - Com o crescimento que tem havido no país nós es-tamos tendo várias dificuldades, sobretudo, no aspecto da mão de obra especializada e de educação do nosso pessoal para o trabalho. Esse é um ponto que o Brasil está despre-parado. A parte de logística também tem deixado muito a desejar: você planeja o recebimento de um produto, mas esbarra em questões de transportes, de estradas e de infra-estrutura portuária, por exemplo. O Brasil tem hoje uma carga tributária muito grande e isso onera demais as empre-sas e eleva muito os custos. Em função dessa carga tributária e do despreparo da mão de obra estão chegando produtos

Matusalém Sampaio discorreu sobre os principais problemas enfrentados pelos comerciantes na região e deu dicas àqueles que atuam no ramo

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5- Boletim Informativo do Sindcomércio Vale do Aço

O presidente da Consul e diretor do Sindcomércio, Matusalém SampaioAdministrador conversa com o COMÉRCIO EM AÇÃO e fala, entre outros assuntos, da falta de mão de obra qualificada no

mercado da região, de impostos exorbitantes e do importante papel que o sindicato tem exercido no Vale do Açoda China e da Índia mais baratos que os nossos e a qualidade desses produtos, que antes era baixa, já está melhorando. O pessoal que produz aqui tem dificuldades para expor-tar, sejam produtos industrializados ou manufaturados. No mercado interno a gente tem sentido uma melhoria boa em função da inclusão social e dos planos desenvolvidos pelo governo, que tem feito o país crescer muito – embora Ipa-tinga e a Usiminas tenham sentido os reflexos do câmbio e da carga tributária. Mas o crescimento tem acontecido e o empresário, na verdade, é o gestor de empresa. Há ainda o comércio informal, que é muito grande aqui no Brasil. Nós comerciantes e empresários estamos 100% legais, honran-do os compromissos e pagando os impostos corretamente. Por outro lado, o trabalho paralelo do comércio informal não sofre com os tributos. É uma ocorrência desleal que precisa ser combatida. O governo tem tomado algumas ações, mas acredito que há de se ter iniciativas mais efi-cazes. A carga tributária é muito grande: a diferença para quem paga os impostos, as taxas e os encargos, para quem não paga é enorme. No nosso ramo, por exemplo, que é o supermercado varejista, nós estamos falando de margem de lucro líquido de 2,5 a 3%. Volto a dizer: é uma concorrência desleal.

C.A. - Por último, gostaria que o Sr. falasse sobre o papel que o Sindcomércio Vale do Aço tem exercido na região. M.S. - Eu vejo uma importância muito grande, mas mui-to grande mesmo, nessas entidades representativas de classe. Eu faço parte do conselho-diretor da Organi-zação das Cooperativas do Estado de Minas Gerais, sou vice-presidente regional da Associação Mineira de Su-permercados e também atuo como diretor do Sindcomér-cio. Enxergo nessas entida-des uma possibilidade de um importante apoio a quem elas representam. No caso Sindcomércio eu percebo um avanço enorme nos últi-mos tempos. O nosso pre-sidente José Maria Facundes é uma pessoa entusiasmada e voltada para o desenvolvi-mento: ele tem equipado o sindicato para poder dar o

suporte necessário aos seus associados, seja esse suporte técnico, jurídico ou institucional. O Sindcomércio tem pro-movido inúmeros treinamentos importantes e está sempre reunindo com seus associados, discutindo os problemas de ordem jurídica, política ou técnica. E é na ordem técnica que entra essa questão da mão de obra especializada que nós, empresários e comerciantes, tanto precisamos. O Sindco-mércio tem ajudado na preparação da mão de obra em todo o Vale do Aço sempre com muita competência em seus trei-namentos, cursos e outras realizações. Isso é de extrema importância para o varejo e comércio da região. Fico mui-to alegre em saber que o nosso sindicato tem desenvolvi-do esse trabalho e há planos para que possa melhorar ainda mais esse apoio, principalmente para os pequenos e médios comerciantes, que são aquelas pessoas que têm menos aces-so à informação e poucos recursos para mandar uma pes-soa para fora do Vale do Aço buscar um conhecimento, por exemplo. Então eu acho que esse é o real papel do sindicato. Há também esse trabalho e apoio que o Sindcomércio pas-sou a prestar na área de Medicina e Segurança do Trabalho. Eu tenho conversado com equipe e já tive a oportunidade de perceber que o sindicato vem prestando um papel de suma importância nesse seguimento, uma vez que hoje há uma fiscalização e uma exigência muito grande do Ministério do Trabalho. As empresas precisam estar preparadas para isso: foi um ‘tiro certo’ que o sindicato deu em estar preparado para apoiar as empresas.

No último dia 27 de outubro, Matusalém Sampaio inaugurou a nova estrutura da Consul noBairro Ideal. Após meses de investimentos, a loja foi apresentada à comunidade como uma das

mais modernas da região, reunindo 1.800 metros quadrados de área de vendas, distribuídos emmais de 5 mil metros quadrados

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Sindcomércio propõe substituiçãoda CTPS e desoneração da folha

Idéias foram apresentadas nas Conferências Regionais do Trabalho eEmprego Decente promovidas pelo governo do Estado

Realizadas pela Secretaria de Estado de Trabalho e Em-prego (SETE) entre os meses de agosto e setembro, as Con-ferências Regionais do Trabalho e Emprego Decente contaram com a participação efetiva de Lauro Fonseca Oliveira, dire-tor do Sindcomércio Vale do Aço. As reuniões tiveram por objetivo promover um amplo debate envolvendo a temática de políticas públicas de traba-lho, emprego e proteção social. Durante as conferências, Lauro Fonseca fez duas importantes proposições: a desoneração da folha de pagamento e a subs-tituição da CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) por um cartão eletrônico.

As conferências aconteceram em Araxá (12/8), Varginha (26/8), Governador Valadares (02/09), Montes Claros (16/09) e Belo Ho-rizonte (30/09). Participaram representantes do poder executivo, empregadores, trabalhadores e organizações do terceiro setor. Em cada encontro regional foram eleitos 60 delegados, somando os 300 que se reuniram na 1ª Conferência Estadual de Emprego e Trabalho Decente (CETD), que aconteceu nos dias 6 e 7 de outu-bro, em Belo Horizonte.

Lauro Fonseca discorreu sobre as propostas apresentadas pelo Sindcomércio nas conferências, sobretudo em Valadares, onde as idéias foram bem aceitas por boa parte dos presentes. “Os direitos adquiridos pelos trabalhadores serão preservados nessa questão da desoneração da folha de pagamento. Essa deso-

neração é necessária para que as empresas saibam o custo correto da mão-de-obra dos funcionários de cada setor, uma vez que atualmente ela não tem esse custo definiti-vo”, resumiu.

Conforme o diretor do Sindcomércio, a substituição da Carteira de Trabalho e Pre-vidência Social trará benefí-cios para o empregador, mas também para o trabalhador. “A proposição do sindicato da substituição da CTPS por um cartão eletrônico foi extre-mamente elogiada nas confe-rências. Esse cartão seria nos moldes do Green Card, que existe nos Estados Unidos, e traria a vida pregressa do tra-

balhador quando ele o apresentasse na empresa. O trabalhador ainda terá condições, através do cartão, de consultar se a empresa está depositando o fundo de garantia dele, se está fazendo o paga-mento da Previdência Social, do Seguro e de todas aquelas garan-tias sociais que ele tem direito como o PIS e o PASEP. Vai acabar com muita burocracia”, explicou Lauro Fonseca, para ressaltar: “O empregador, ao dispensar um funcionário, vai apenas lançar no sistema o desligamento. Através do cartão o trabalhador vai ter condições de fazer a requisição do seguro desemprego, do fun-do de garantia, das férias e de todos direitos trabalhistas que ele tem: vai chegar ao banco e ter condições de receber sem ter que procurar ninguém, pois o cartão vai ter vinculado todo processo empregatício”.

Lauro Fonseca propôs a representantes do poder executivo, empregadores,trabalhadores e organizações do terceiro setor o uso de um cartão eletrônico

no lugar da Carteira de Trabalho

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Sindcomércio celebra convenções coletivas com Secteo e Seci Depois de longa negociação, piso salarial que era pedido foi reduzido

e entidades chegaram a um valor de consenso

Após inúmeras reuniões com representan-tes dos mais variados seguimentos do comér-cio varejista e atacadista de bens e serviços, o Sindcomércio Vale do Aço negociou insistente-mente e chegou a acordos com o Sindicato dos Empregados no Comércio Serviços de Ipatinga (Seci) e Secteo (Sindicato dos Empregados no Comércio de Timóteo e Coronel Fabriciano). Foram assinadas com ambas as entidades as Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) que regulamentam o piso salarial, reajustes e ou-tros direitos dos comerciários para o período de 1° de outubro de 2011 a 30 de setembro de 2013. As negociações entre as entidades pa-tronais e laborais vinham acontecendo desde a segunda quinzena de agosto.

O acordo com o Seci aconteceu no dia 14 de outubro e estabelece dois reajustes: o sa-lário comercial passa de R$ 585 para R$ 628 a contar de 1° de outubro e, em janeiro, sobe para R$ 666. Já quem recebe acima do piso da categoria terá um reajuste de 7,4% em 1° de outubro de 2011 e mais 4,1% em 1° de janeiro 2012. O Sindicato dos Empregados no Comér-cio Serviços de Ipatinga chegou reivindicar um aumento de 20% no salário comercial.

Conforme o diretor Administrativo do Sindcomércio, Jair Zanella, foram muitos dias refletindo o que de melhor poderia ser fei-to para o comerciante. “Foram seis reuniões com os representantes dos comerciários, mas também tivemos muitos encontros com os empresários. Felizmente chegamos a um consenso que agradou as duas partes. Acreditamos que a nossa região vive um momento de dificuldade em reflexo da crise mundial e por isso fizemos aquilo que de melhor pode-ria ser feito nesse momento”, ponderou Jair Zanella.

A pauta de reivindicações do Seci entregue ao Sindco-mércio continha 50 cláusulas, que foram minuciosamen-te analisadas pela comissão de negociação sindical do Sindcomércio, que é composta por representantes dos mais variados seguimentos do comércio e membros de entidades do setor que foram convidados. As CCTs fir-madas com o Seci e Secteo serão homologadas no Mi-nistério do Trabalho e Emprego (MTE) pelo Sistema Me-diador, que registra o número da homologação.

SecteoA assinatura da CCT com o Secteo aconteceu no

dia 18 de outubro. Assim como em Ipatinga, o salário dos empregados no comércio de Fabriciano e Timóteo passa para R$ 628 a contar de 1° de outubro e, em janeiro, sobe para R$ 666. Na pauta de reivindicações do Secteo, que foi entregue ao Sindcomércio no dia 8 de setembro, a presidente da entidade laboral, Mi-lene Almeida, reivindicava que “a partir do dia 1º de outubro nenhum empregado da categoria profissional representada poderá receber piso salarial e/ou salário de ingresso inferior a R$ 750”. No entanto, após lon-ga negociação, Sindcomércio e Secteo reduziram o que era solicitado, chegando a um valor de consenso entre ambas as partes.

As Convenções Coletivas de Trabalho 2011/2013 es-tabelecida pelo Sindcomércio com o Secteo e Seci es-tão disponíveis no site do Sindcomércio (www.sindco-merciova.com.br).

Antes das assinaturas das CCTs, várias reuniões com representantes dos mais variados seguimentos do comércio varejista e atacadista de bens e serviços foram realizadas nas

sedes do Sindcomércio

Membros de entidades que representam o comércio foram convidados e também participaram das reuniões da comissão sindical do Sindcomércio antes das assinaturas das

Convenções Coletivas de Trabalho