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1 - INTRODUO

A tuberculose continua sendo um importante problema de sade mundialmente, exigindo o desenvolvimento de estrategias para o seu controle considerando aspectos humanitarios, economicos e de sade publica

(MINISTRIO DA SADE, 2011). A tuberculose foi equivocadamente considerada controlada nos anos 80, especialmente nos pases desenvolvidos.Atualmente afeta cerca de um tero da humanidade (BARREIRA E GRANEIRO). A mortalidade por tuberculose tem apresentado tendencia de

reduo.Parodoxalmente, na ultima decada, o ministerio da sade tem definido a resposta a tuberculose e o controle da endemia como uma de suas principais prioridades (BARREIRA E GRANEIRO). Estima-se que 50 milhoes de brasileiros estejam infectados pelo bacilo da tuberculose. Cerca de 5% de todos os individuos infectados pelo mycobacterium tuberculosis desenvolvero a tuberculose ativa nos dois primeiros anos aps a infeco (SILVA et al., 2010). A tuberculose humana uma doena infecciosa causada por algumas micobacterias do complexo Mycobacterium tuberculosis, incluindo o

mycobacterium bovis, mycobacterium africanum e principalmente mycobacterium tuberculosis (TRABULSI e ALTERTHUN, 2005). As micobacterias so aerobias estritas, consideradas fracamente Gram

positivas; so microrganismos pequenos em forma de basto que nao possuem flagelos, no formam esporos, no produzem toxinas e no possuem cpsula (TRABULSI e ALTERTHUN, 2005). Cerca de 15% dos pacientes com a doena ativa, apresentam tuberculose extra-pulmonar, causada pela evoluo do granuloma devido ao crescimento bacteriano excessivo, atingindo a corrente sanguinea e disseminando os bacilos por varias partes do corpo; denomina-se tuberculose miliar, ocorendo

frequentemente na pleura, nos linfonodos, figado, bao, ossos, articulaes, corao, cerebro, sistema genito-urinarios, meninges, peritonio e pele (TRABULSI e ALTERTHUN, 2005). Alguns pacientes na exibem nenhum indicativo da doena, outros apresentam sintomas aparantemente simples que so ignorados durante alguns anos.Contudo na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentes descritos so: tosse com pus e sangue;cansao excessivo febre baixa geralmente a tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; roquido; fraqueza e prostrao.Os casos mais graves apresentam dificuldade de respirao; eliminao de sangue, colapso no pulmo e acumulo de pus na pleura (MINISTRIO DA SADE, 2011). A transmiso direta, atraves de goticulas de saliva contaminada de pessoa a pessoa (MINISTRIO DA SADE, 2011). O teste da tuberculina (PPD) pode ser utilizado para detectar uma infeco de muitos anos atrs, ou de origem recente (TRABULSI e ALTERTHUN, 2005). A baciloscopia tambem usada para detectar o Mycobaterium

tuberculosis.O esfregao uma maneira simples de diagnosticar tuberculose,

alem de ter baixo custo e ser de facil acesso (TRABULSI e ALTERTHUN, 2005). Os metodos classicos para cultura de micobacterias utilizam a semeadura da amostra em meios de cultura solidos.Os meios de cultura mais comumentes utilizados so meios solidos a base de ovo, Lowestein-jensen e Ogawakudoh.Tem a vantagem de serem de menos custo e de apresentarem um ndice de contaminao menor.A desvantagem do meio slido o tempo de deteco do crescimento bacteriano que varia de 14 a 30 dias podendo se estender por at 8 semanas (MINISTRIO DA SADE, 2011). Os mtodos disponiveis para o teste de sensibilidade pelos laboratrios do pas so meios slidos que portanto tem seu resultado aps 42 dias de incubao e os metodos que utilizam meio liquido, com seus resultados disponiveis aps 5a 13 dias (MINISTRIO DA SADE, 2011). O PCR permite um rapido diagnostico com maior grau de sensibilidade e especificidade que os tradicionais mtodos padro estabelecidos por muitos anos.Em poucas horas pode-se identificar caracteristicas clinicas relevantes de pattogenos, tanto diretamente nas amostars como em culturas precoces.Assim o diagnostico da tubrculose pode ser confirmado em um dia em vez de dois meses (MINISTRIO DA SADE, 2011). Busca-se como objetivo desse trabalho um comparativo da srie histrica da taxa de incidncia de tuberculose no Brasil, entre os periodos de 2005 a 2010 e verificar os mtodos utilizados para o combate a doena, por ter grande impacto na sade pblica, devido esta ser de fcil disseminao.

2 REFERNCIAL TERICO

2.1 HISTRICO A tuberculose uma doena mais antiga do mundo, afetando o homem desde a pr-histria, existem registros arqueolgicos da doena entre diversos povos da antiguidade, como das mumias egipicias onde foram encontradas leses que sugeriam a doena na coluna espinhal, conhecida como Mal de Pott (ROSEN,1994). A tuberculose tambm conhecida como peste branca, foi a principal causa de mortes no final do sculo XIX e incio do sculo XX, e segue sendo a infeco mais importante causadora de mortes em adultos no mundo, por um nico agente infeccioso. A tuberculose era considerada uma "doena romntica", idealizada nas obras literrias e artsticas e identificada como uma doena de poetas e intelectuais (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). Descrita, provavelmente, pela primeira vez em textos indianos, a tuberculose pulmonar conhecida desde os tempos de Hipcrates. Escrfula, uma forma da doena manifestada nos gnglios linfticos do pescoo, foi muito bem descrito nos termos medievais Europeus. Uma manifestao ainda mais rara

a Doena de Pott, uma forma destrutiva de tuberculose que induz deformidades da espinha, causando paralisia dos membros (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). Um dos mais significativos e completos estudos sobre a tuberculose foi realizado pelo alemo Robert Koch (1843 1910), um dos grandes cientistas da humanidade. Em 24 de maro de 1882, data memorvel na histria da Bacteriologia e Medicina, apresentou em boletim, por ocasio da Reunio da sociedade de Fisiologia, o isolamento e forma de cultivo, a partir de tubrculos macerados, do Mycobacterium tuberculosis, identificando como o agente etiolgico da Tuberculose e que passou, ento, a ser conhecido como bacilo de Koch. Mais tarde, Koch postulou que para provar que a tuberculose causada pela invaso do bacilo e condicionada pelo seu crescimento e multiplicao, necessrio: isolar o bacilo do corpo, cresc-lo em cultura pura e, atravs da sua administrao em animais reproduzir a mesma condio biolgica. Tais princpios hoje denominados Postulados de Koch tornaram-se gerais e so aplicados maioria das molstias causadas por bactrias e outros agentes infecciosos (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). A emergncia e a propagao da Sndrome da lmunodeficincia Adquirida (Aids), o empobrecimento da populao, a urbanizao catica e a ausncia de controle social vm dificultando o controle da doena (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005).

1.2 A TUBERCULOSE A tuberculose humana uma doena infecciosa causada por algumas micobactrias do Complexo Mycobacterium tuberculosis, a principal maneira de transmisso dse atravs de partculas infectantes. Em pacientes com tuberculose ativa, a tosse caracteriza sintomas de inflamao pulmonar crnica, alm de ser o principal mecanismo de disseminao do microrganismo para novos hospedeiros. Esses expelidos pela tosse, espirro ou perdigotos so propelidos do pulmo para o ar, podendo permanecer em suspenso durante algumas horas; uma doena altamente contagiosa (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). Estudos em modelos animais demonstraram que partculas em suspenso contendo de um a dez bacilos so suficientes para causar infeco. Os principais determinantes de risco de infeco so a concentrao de organismos em uma partcula exalada por uma fonte, sua caracterstica aerodinmica, a taxa de ventilao e a durao da exposio (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). Na maioria das pessoas infectadas, os bacilos inalados so fagocitados por macrfagos alveolares, e podem seguir dois caminhos: so eliminados ou crescem no interior das clulas em leses localizadas chamadas tubrculos. Normalmente, duas a seis semanas aps a infeco, ocorre o estabelecimento de imunidade mediada por clulas, seguida de infiltrao de linfcitos e macrfagos ativados na leso, resultando na eliminao de maior parte da carga bacilar e no trmino da infeco primria, normalmente sem presena de sintomas. Neste caso, a nica evidncia de infeco prvia dada pelo teste de tuberculina ou, em alguns casos, evidncias de uma leso calcificada diagnosticada atravs de raios X (TRABULSIi e ALTERTHUM, 2005).

Muitas vezes, entretanto, o bacilo pode apresentar uma coexistncia pacfica com seu hospedeiro humano na forma de uma infeco quiescente, ou dormente (latncia), estabelecendo-se um grande reservatrio bacteriano em indivduos infectados. Indivduos com infeco latente apresentam um risco de desenvolver tuberculose ativa em aproximadamente 5% casos aps o primeiro ano e 10% ao longo da vida(TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). Assim como muitos bacilos so eliminados, fagcitos infiltrantes e clulas do parnquima pulmonar tambm so mortos, produzindo necrose slidaesponjosa caracterstica (granuloma ou Complexo de Gohn), onde alguns bacilos podem refugiar-se. Se houver um predomnio da resposta imune do hospedeiro, a leso pode ser contida, restando apenas cicatrizes residuais no pulmo. Entretanto, se ocorrer uma expanso da reao de necrose, atingindo um brnquio, ocorre a formao de uma cavidade no pulmo, possibilitando que uma grande quantidade de bacilos seja disseminada para o meio atravs da tosse. Cerca de 15% dos pacientes com a doena ativa apresentam tuberculose extrapulmonar, causada pela evoluo do granuloma devido ao crescimento bacteriano excessivo, atingindo a corrente sangnea e disseminando os bacilos por vrias partes do corpo; denominase tuberculose miliar, ocorrendo freqentemente na pleura, nos linfonodos, no bao, no crebro, no sistema genitourinrio, nas meninges no peritnio ou na pele. Os processos patolgicos e inflamatrios produzem caractersticas como enfraquecimento, febre, perda de peso, sudorese noturna, dor no peito, insuficincia respiratria, tosse (com pouca ou nenhuma produo de escarro), e quando ocorre o rompimento de um vaso sanguneo a tuberculose pulmonar pode causar hemoptise (TRABULSI e

ALTERTHUM, 2005). A tuberculose um problema mundial de saude publica, e taxas de mortalidade e morbidade continuam a subir.O Mycobacterium tuberculosis infecta aproximadamente um tero da populaao do mundo e permanece como principal causa de morte por doena infecciosa no mundo (BRUNER, 2006). A tuberculose esta associada a pobreza, desnutriao, multido, alojamentos em condies deficientes em cuidados de sade inadequados.Sendo mais graves em paises menos desenvolvidos.Acomete mais intensamente as populaes

pobres que vivem em aglomerados urbanos ( BRUNER, 2006). 1.3 Tuberculose no Brasil No Brasil, acredita-se que esta doena tenha sido introduzida com a vinda de portugueses e missionrios jesutas, j a partir de 1500. A histria do tratamento da tuberculose no Brasil pode ser resumida seguinte seqncia de eventos: em 1927 Arlindo de Assis aplicava pela primeira vez a BCG (Bacilo de Calmette-Gurin) oral em recm nascidos, a partir da dcada de 1940, a mortalidade por Tuberculose foi drasticamente reduzida devido introduo de drogas tuberculostticas como: estreptomicina, cido para-amino-saliclico e isoniazida: em 1973, implantava-se a vacinao com BCG intradrmica , que era obrigatria para menores de um ano de idade a partir de 1976, trs anos mais tarde, foi introduzida o esquema de tratamento de curta durao (seis meses), baseado em rifampicina, isoniazida e pirazinamida (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). A tuberculose continua sendo um importante problema de sade mundialmente, exigindo o desenvolvimento de estratgias para o seu controle,considerando

aspectos humanitarios,econmicos e de sade publica (PENNA, 2010). Em 2005 uma avaliao da OMS(Organizao Mundial da Sade) englobando os 22 pases que mais concentram casos de tuberculose no mundo, indicava que a taxa de cura no Brasil (81%) era a nona pior entre os pases

analisados.Acobertura populacional dos servios de sade que aplicavam o tratamento supervisionado(68%) era a segunda pior, melhor somente para Nigria (BARREIRA e GRANEIRO, 2007). A tuberculose foi equivocadamente consierada controlada nos anos 80, especialmente nos pases desenvolvidos (BARREIRA e GRANEIRO, 2007). Aps um perodo de euforia nas dcadas de 70 e 80 foram verificados altas taxas de cura com o tratamento encurtado anti-TB com isoniazida e rifampicina, nos ensaios clinicos explanatrios fase |||.Isso resultou na iluso de que a tuberculose estivesse sob controle, ocorrendo reduo do interese da comunidade acadmica e da sociedade cvil acerca da tuberculose (KRITSKI e VELLA, 2007). Cerca de 15% dos pacientes com a doena ativa, apresentam tuberculose extrapulmonar causada pela evoluo do granuloma devido ao crescimento excessivo, atingindo a corrente sanguinea e disseminando os bacilos por varrias partes do corpo; denomina-se tuberculose miliar, ocorrendo frequentemente na pleura, linfonodos, fgado, bao, ossos, articulaes, corao, cerebro, sistema genitourinrio, meninges, peritnio e na pele (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). O brasil ocupa o 16 lugar no ranking entre os 22 paises com 80% da carga de TB (MENEZES, 2008). Estima-se uma prevalncia de 50 milhes e infectados pelo bacilo da TB.A TB a nona causa de moratlidade por enfermidades infecciosas(MENEZES, 2008).

Do total de casos de tuberculose estimados pela OMS, menos da metde notificados, situao que traduz a insuficincia das polticas de controle (HIJJAR, 2001). A tuberculose est ligada a pobreza, desnutrio, multido, alojamento em condies deficientes em cuidados de saudeinadequados.Sendo mais graves nos pases menos desenvolvidos, acomete mais intensamente as populaes pobres que vivem em aglomerados urbanos(BRUNER, 2006). Desde 2002 o percentual de cura apresenta aumento gradativo, tendo alcanado o indice de 73% em 2008.A meta do programa nacilonal de controle da tuberculose atingir 85% como recomendado pela OMS (SECRETRIA DE VIGILNCIA EM SADE, 2010).

Estratgia ao combate a tuberculose

De acordo com Penna Em 2006, a estrtegia STOP-TB/OMS lanada visando o alcane das metas globais.Est estrategia apresenta seis componentes, sendo que a estratgia DOTs continua sendo central, sao eles: 1- Buscar a expanso eo aperfeioamento da qualidade das estratgis DOTs 2- Tratar a coinfeco TB/HIV , TB-MDR e outros desafios: -Implementar atividades colaborativas TB/HIV, executando atividades integras. -Prevenir e controlar a TB-MDR. -Tratar as pessoas privadas de liberdade, refugiadas, pessoas vivendo em situaes de rua e outras populaes mais vulnerveis. 3- Contribuir para o fortalecimento do sistema de sade:

-Participar ativamente nos esforos para melhorar as politicas de sade, recursos humanos, financiamento, gesto, ateno e sistema de informao. -Compartilhar inovaes para fortalecer o sistema de sade, incluindo a abordagem integral sade pulmonar. -Adaptar inovaes de outras reas. 4-Envolver todos os provedores da sade: -Abordagens pblico-pblica e pplica-privda. -Padronizaes internacionais de ateno a TB. 5-Empoderar portadores de TB e comunidades: -Advocacia, comunicao e mobilizao social. -Participao comunitria na ateno TB. -Carta de direitos do paciente. 6-Capacitar e promover a pesquisa: -Pesquisas operacionais, levando em considerao as necessidades dos Programas de Controle. -Pesquisa para o desenvolvimento de novos meios de diagnsticos,

medicamentos e vacinas.

3 CARACTERSTICAS CLNICAS

3.1 AGENTE ETIOLGICO Mycobacterium tuberculosis, tambm conhecido como bacilo de Koch. So suas espcies: M. tuberculosis, M. bovis, M.africanum, M. microti. Outras espcies de micobactrias podem produzir quadro clnico semelhante ao da tuberculose. E

para efetuar o diagnstico diferencial e identificar as micobactrias preciso realizar a cultura nos laboratrios de referncia. (BRASIL, Ministrio da Sade, 2006).

3.1.1 Mycobacterium tuberculosis M. tuberculosis o principal agente etiolgico da tuberculose no homem. O bacilo apresenta variao de 0,3 a 0,6 mm de dimetro e comprimento de 1,0 a 4.0 mm. um patgeno intracelular de macrfagos, que estabelece sua infeco preferencialmente no sistema pulmonar; tem ao regulada pelo sistema imune do hospedeiro e, na maioria das vezes, condicionado a um estado de dormncia. O tempo de gerao de aproximadamente 24 horas, tanto em meio sinttico, como em animais infectados. A partir do crescimento do organismo em ambiente laboratorial, ocorre a formao de colnias com superfcie seca e rugosa e, para que as mesmas se tornem visveis, so necessrias de trs a quatro semanas em crescimento em placa. (TRABULSI, 2005). A partir do seqenciamento completo do genoma da linhagem mais bem caracterizada, o M. tuberculosis H37Rv determinou que o cromossomo circular possui 4.411.529 pares de base, e contedo de Guanina + Citosina (G+C) em 65%. Desde seu isolamento, em 1905, esta linhagem tem tido aplicao mundial na pesquisa biomdica devido total reteno de virulncia em modelos de tuberculose animal, alm de ser susceptvel a drogas e amena manipulao gentica (TRABULSI, 2005). O exame da composio de aminocidos do proteoma de M. tuberculosis revelou uma significativa preferncia estatstica pelos aminocidos alanina, glicina,

arginina e triptofano, todos codificados por cdons ricos em G+C, e uma considervel reduo na utilizao de aminocidos codificados por cdons ricos em Adenina e Timina (A+T), como asparagina, isoleucina, lisina, fenilalanina e tirosina. Uma descoberta surpreendente foi a de que um conjunto de elementos variveis, as seqncias polimrficas ricas em G+C, correspondem a uma famlia de seqncias que codificam protenas com pequenos peptdicos, ricas em glicina, organizadas em domnio repetitivo comuns. Estas protenas, que representam aproximadamente 10% da capacidade codificante do genoma, apresentam ser remanescentes daquelas ligadas variao antignica em outras bactrias (TRABULSI, 2005). Entre algumas protenas secretadas identificadas pela seqncia gnomica e que poderiam atuar como fatores de virulncia esto as fosfolipases C, lipases e estreases, que podem atacar membranas celulares ou vacuolares, assim como algumas proteases. Uma das fosfolipases est relacionada com a persistncia do bacilo no ambiente fagossmico que limitado em nutrientes (TRABULSI, 2005).

3.2 CARACTERSTICAS MORFOLGICAS DO GNERO Mycobacterium O gnero Mycobacterium constitudo por bacilos aerbios, imveis, no formadores de esporos, que medem cerca de 0,2 a 0,6 x 1 a 10m. Ocasionalmente os bacilos formam filamentos ramificados que podem ser rapidamente rompidos. A parede celular rica em lipdeos, tornando a superfcie hidrofbica e as micobactrias resistentes aos antimicrobianos qumicos usados como anti-spticos e desinfetantes, bem como aos corantes usuais de laboratrio. O revestimento creo, o faz conservar o corante vermelho quando tratados com

cidos em coloraes cidos-resistentes, isso porque uma vez expostos fucsina fenicada e ao calor por 5 minutos adquire uma colorao vermelha que no desaparece pela ao da mistura de lcool e cido clordrico (tcnica de ZiehlNeelsen) (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). Pelo fato de a parede celular das micobactrias ser complexa e esse grupo de microorganismos ser fastidioso, a maioria das micobactrias tem crescimento lento e longo tempo de gerao (14 a 20 horas) (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). O bacilo no produz toxinas e capaz de sobreviver e se multiplicar no interior de clulas fagocitrias, no formam cpsula definida e contm grnulos caractersticos de glicognio e polimetafosfato (incluses de volutina), onde ficam armazenados no citoplasma para uso nas atividades energticas, como a multiplicao. No microscpio eles podem aparecer como pequenos gros escuros localizados nas extremidades do bacilo. (TRABULSI e ALTERTHUM , 2005). Em estudos apresentados por Koch existem quatro fatores de virulncia importantes da micobactria: (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). 1Fator corda, causado pelo glicolipdeo de superfcie que leva o M. tuberculosis a crescer em cordes sinuosos in vitro, as cepas virulentas apresentam o fator corda na sua superfcie, enquanto as cepas virulentas no o tm. 2O lipoarabinomannan (LAM), polissacardeo importante de estrutura semelhante endotoxinas das bactrias gramnegativas inibe a ativao dos macrfagos por interferon g. O LAM tambm induz os macrfagos e secretam FNT - a, onde este causa febre, perda ponderal e leso tecidual, e IL10, que suprime a proliferao

de clulas T induzidas por micobactrias. 3O complemento ativado na superfcie das micobactrias pode opsonizar o microrganismo e facilitar sua captao pelo receptor do complemento CR3 (integrina mac-1), no macrfago sem desencadear a cadeia respiratria necessria para destruir os microrganismos. 4Uma protena de choque trmico do M. tuberculosis de 65 KD altamente imunogenica semelhante s protenas do choque trmico humano, e pode ter um papel nas reaes auto-imunes induzidas pelo M. tuberculosis. O bacilo pode apresentar variaes em termos de virulncia e sensibilidade aos antibiticos por razes genticas, e por outro lado pode apresentar variaes fenotpicas comportamentais na dependncia do microambiente por ele ocupado no hospedeiro. (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). Fora da clula, em material necrosado, pH neutro e oferta baixa de oxignio, apresentam poucas atividades metablicas, enquanto que, em ambientes com pH variando de neutro a alcalino e boa oferta de oxignio, como as leses cavitrias do pulmo, se multiplicam mais intensamente. (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). O desenvolvimento de hipersensibilidade mediada por clulas do tipo IV, contra o bacilo da tuberculose provavelmente explica a destrutividade do microrganismo nos tecidos assim como o aparecimento de resistncia. Na exposio inicial ao microrganismo, a resposta inflamatria inespecfica, assemelhando-se reao a qualquer forma de invaso bacteriana. Dentro de duas a trs semanas, concomitantemente com o aparecimento de uma reao cutnea positiva, a reao torna-se granulomatosa e os centros dos granulomas

tornam-se caseosos, formando tubrculos tpicos. A seqncia de eventos que sucedem uma infeco pulmonar inicial e o padro de resposta do hospedeiro depende de ser uma exposio primria ou uma reao secundria em um hospedeiro j sensibilizado. (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005).

3.3 RESERVATRIO O homem o principal reservatrio. Entretanto, em algumas regies, o gado bovino doente pode tambm servir de fonte de infeco. Raramente primatas, aves e outros mamferos exercem papel de reservatrio. De maneira geral, a fonte de infeco o indivduo com a forma pulmonar da doena, que elimina bacilos para o exterior (bacilfero). Estima-se que a pessoa que apresenta esse quadro pode infectar de 10 a 15 pessoas da sua comunidade num perodo de um ano. (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2006). preciso que o sistema de sade esteja atento quanto possibilidade de tuberculose causada pelo M. bovis, mesmo no tendo estimativas de pacientes com tuberculose causada por este. Em alguns locais, ele assume o papel de principal agente etiolgico causador da doena, apresentando-se de forma idntica ao M. tuberculosis, mas com maior incidncia da forma ganglionar e outras extrapulmonares. freqente a ocorrncia deste tipo de tuberculose em pessoas provenientes de reas rurais, profissionais (veterinrios, ordenhadores) e comunidades que consomem leite e produtos derivados no corretamente tratados (no fervidos ou pasteurizados) de rebanho bovino infectado. Devem-se informar os servios sanitrios assim que confirmada a contaminao humana, para imediatamente atuar na identificao das fontes de infeco e tomar as medidas

de controle adequadas para prevenir a ocorrncia de novos casos. (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2006).

3.4 MODO DE TRANSMISSO A transmisso direta de pessoa a pessoa.O doente expele ao falar, tossir e espirrar goticulas de saliva que contem o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro individuo contaminando-o (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2011).

3.8.5 Remisso Em alguns casos, pode ocorrer a cura espontnea, mas a remisso dos sintomas e a respectiva cura do paciente s ocorrem aps tratamento apropriado. Alguns pacientes abandonam o tratamento no incio, devido remisso dos sintomas, onde o agente persiste no organismo, que fica exposto a recidivas e a resistncia s drogas. (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2011). Apesar da cura bacteriolgica, varias seqelas podem permanecer dependendo da extenso das leses pulmonares, resultantes da destruio do parnquima pulmonar e da arquitetura brnquica. As complicaes clinicamente mais importantes so: (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2011). 1distrbio ventilatrio obstrutivo e/ou restritivo. 2infeces respiratrias de repetio. 3formao de bronquiectasias. 4atelectasias. 5hemoptise. 6empiemas.

4 DIAGNSTICO LABORATORIAL fundamentado nos seguintes mtodos:

4.1 EXAMES BACTERIOLGICOS

4.1.1 Baciloscopia direta do escarro A baciloscopia direta do escarro o principal mtodo, prioritrio, que permite descobrir o doente bacilfero, que a fonte mais importante de infeco. Quando executado corretamente permite detectar de 70 a 80% dos casos. A colorao de Ziehl-Neelsen o mtodo mais adotado no Brasil por ser simples, segura, de custo baixo e por isso pode ser realizada por todos os laboratrios. (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2005) indicada a todos os pacientes sintomticos respiratrios (indivduos com tosse e expectorao por 3 semanas e mais), pacientes que apresentem alteraes pulmonares na radiografia de trax e nos contatos de tuberculose pulmonar bacilfera. utilizada tambm para acompanhar mensalmente a evoluo bacteriolgica do paciente pulmonar, inicialmente positivo, durante o tratamento. Para o diagnstico, recomenda-se a coleta de 2 amostras de escarro: uma por ocasio da primeira consulta e a segunda na manh do dia seguinte, em jejum, ao despertar (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2005).

4.1.2 Cultura de escarro e outras secrees A cultura de escarro e outras secrees so indicadas em casos de suspeita de tuberculose pulmonar negativos ao exame direto de escarro, bem

como para o diagnstico de formas extrapulmonares e diagnstico de pacientes soropositivos para o HIV. So tambm indicados em casos de retratamento aps falncia bacteriolgica ao esquema de tratamento padro RHZ, recidiva da doena ou reincio aps abandono, com teste de sensibilidade e nos casos de suspeita de resistncia bacteriana s drogas, acompanhada do teste de sensibilidade aos antibiticos (antibiograma) (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2005). Em casos de suspeita de infeco por micobactrias no-tuberculosas, notadamente nos doentes HIV positivos ou com a imunodeficincia j desenvolvida (Aids), alm da cultura deve-se realizar a identificao do bacilo (BRASIL, Ministrio da Sade, 2005).

4.2 EXAME RADIOLGICO Os exames radiolgicos so muito importantes no acompanhamento de anormalidades radiogrficas que ocorre na maioria dos casos. Desse modo, a radiografia do trax essencial como auxiliar no diagnstico, justificando-se sua utilizao, quando possvel, nos casos suspeitos. sempre importante realizar exame radiolgico para um diagnstico correto. Este exame permite identificao de pessoas portadoras de imagens sugestivas de tuberculose devendo ser consideradas duas situaes distintas: a tuberculose primaria e a tuberculose secundria que se manifestam clnica e radiologicamente distintas (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2005). Em pacientes com baciloscopia positiva, o exame radiolgico tem como principal funo a excluso de outra doena pulmonar associada, que necessite

de tratamento concomitante, alm de permitir avaliao da evoluo radiolgica dos pacientes, sobretudo daqueles que no responderam quimioterapia (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2005). O exame radiolgico no substitui a realizao da investigao

bacteroscpica, sendo sugerida uma padronizao para descrio dos resultados: (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2005). 1Normal: ausncia de imag4ns patolgicas nos campos pulmonares; 2Seqela: apresentam imagens sugestivas de leses cicatriciais; 3Suspeito: apresentam imagens sugestivas de processo tuberculoso ativo; 4Outras doenas: apresentam imagens sugestivas de pneumopatias no tuberculoses (infeces bacterianas, micoses, abscessos ou neoplasias);

4.2.1 Tomografia Computadorizada do Trax A tomografia computadorizada do trax, notadamente a tomografia computadorizada de alta resoluo, um mtodo diagnstico til em alguns casos em que a radiografia do trax apresenta resultados imprecisos, por alteraes parenquimatosas mnimas ou por no permitir distinguir leses antigas das leses da tuberculose ativa. (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). No entanto, restrito aos centros de referncia, devido ao maior custo e menor oferta, devendo-se ser usado de forma individualizada, levando em considerao os recursos disponveis e a relao custo-benefcio, especialmente nos casos com baciloscopia negativa que exige melhor diagnstico diferencial com outras doenas (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005).

4.3 BRONCOSCOPIA A broncoscopia e os procedimentos a ela associados, a exemplo de lavado brnquico, lavado broncoalveolar, escovado brnquico, biopsia brnquica, biopsia transbrnquica, e puno aspirativa com agulha podem ser teis no diagnstico da tuberculose nas seguintes situaes: formas negativas a baciloscopia, suspeita de outra doena pulmonar, presena da doena que acomete difusamente o parnquima pulmonar, suspeita de tuberculose endobrnquica ou em pacientes imunodeprimidos particularmente os infectados pelo HIV ALTERTHUM, 2005). (TRABULSI E e

Prova tuberculnica cutnea (PPD) A prova tuberculnica cutnea (PPD) indicada como mtodo auxiliar, em pessoas no vacinadas com BCG. Esta tem por base a reao celular desenvolvida aps a inoculao intradrmica de um derivado protico do M. tuberculosis. O resultado positivo evidencia apenas a infeco por micobactrias, no caracterizando a presena da doena (BRASIL,MINISTRIO DA SADE, 2006). A tuberculina utilizada no Brasil o PPD RT 23, aplicada por via intradrmica, no tero mdio da face anterior do antebrao esquerdo, na dose de 0,1mL equivalente a 2UT. Esta se mantm ativa por seis meses se conservada a temperatura entre 4 e 8C, sem ser congelada nem exposta a luz solar diretamente (BRASIL,MINISTRIO DA SADE, 2006).

A tcnica de aplicao (a mais empregada a de Mantoux) e o material utilizado so padronizados pela OMS (Organizao Mundial da Sade) e tem especificaes semelhantes as usadas para vacinao BCG. A injeo do lquido faz parecer uma pequena rea de limites precisos, plida e de aspecto pontilhado, como casca de laranja (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2006). A leitura da prova tuberculnica realizada de 72 a 96 horas aps aplicao, medindo-se com rgua milimetrada, o maior dimetro transverso da rea de endurecimento palpvel. O resultado, registrado em milmetro, define a classificao e interpretao clinica (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2006). 10 a 4mm no reator: individuo no infectado pelo M. tuberculosis ou por outra micobactria; ou infectado pelo M. tuberculosis a menos de duas semanas (em fase de viragem tuberculnica) ou, ainda e excepcionalmente, em infectados ou doentes imunodeprimidos. 25 a 9 mm reator fraco: individuo vacinado com BCG ou infectado pelo M. tuberculosis ou por outras micobactrias. 310 mm ou mais reator forte: individuo vacinado com BCG ou infectado pelo M. tuberculosis que pode estar doente ou no, e indivduos recentemente vacinados com a BCG. A taxa de positividade a prova tuberculnica pode oscilar entre 25 e55% da populao geral em reas de elevada prevalncia de infeco tuberculose. Nos locais onde h incidncias significativas de HIV aumenta a probabilidade de resultados falso-negativos. A prova tuberculnica deve, portanto, ser usada com cautela, tendo em vista suas limitaes na deciso diagnostica e sempre levando em considerao os indicadores epidemiolgicos regionais (BRASIL,

MINISTRIO DA SADE, 2006).

Antomo-patolgico (histolgico e citolgico) O exame antomo-patolgico realizado sempre que possvel, na forma de bipsia em tecidos extra-pulmonares. Ser realizado no material colhido o exame direto, a cultura e o exame antomo-patolgico, para identificar a M. tuberculosis ou o processo inflamatrio granulomatoso compatvel com a tuberculose (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2006). Bioqumico Os exames bioqumicos so mais utilizados em casos de tuberculose extrapulmonar, principalmente no derrame pericrdico, derrame pleural, e

meningoencefalite tuberculosa (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2006).

Sorolgico e de biologia molecular Os exames sorolgicos e de biologia molecular so menos utilizados, por serem mtodos diagnsticos recentes, de custo elevados e valores preditivos elevados, muitos ainda no definitivamente testados ou aprovados. Apesar das perspectivas futuras quanto a sua utilidade no diagnstico precoce, no so recomendados para rotina diagnstica de tuberculose no Brasil, onde podem ser usados em casos que demandem diagnstico rpido, ficando seu uso restrito a alguns centros de referncia (BRASIL, MINISTRIO DA SADE, 2006).

EXAMES COMPLEMENTARES INESPECFICOS

Hemograma O Hemograma um exame inespecfico para tuberculose, mas em casos de tuberculose pulmonar avanada costumam ocorrer anemia normoctica normocrmica e leucocitose (10 a 15 mil leuccitos por mm) com linfocitose e por vezes, monocitose. No caso da tuberculose miliar pode apresentar leucocitose ou leucopenia, com ou sem desvio para a esquerda. (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005).

Perfil eletroltico O perfil eletroltico apresenta-se com um quandro normalmente de Hiponatremia associada a achados relacionados com a Sndrome de Addison, pela ao inapropriada do hormnio antidiurtico. Essa pode ocorrer em alguns pacientes com tuberculose pulmonar na ausncia de doena do sistema nervoso central. E alterao eletroltica isolada tambm sugestiva da Sndrome de Addison. (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005).

Enzimas O perfil enzimtico apresenta um aumento da fosfatase alcalina quando h envolvimento heptico na tuberculose miliar. Elevaes das transaminases costumam preceder outras alteraes laboratoriais ou clnica na hepatite txica provocadas por medicamentos tuberculostticos 2005). (TRABULSI e ALTERTHUM,

Urina Na urina encontra-se elementos anormais e sedimento (EAS): leucocitria persistente e hematria sugerem de tuberculose renal e geniturinria, (TRABULSI e

eventualmente. Nesses casos, o pH da urina alcalino ALTERTHUM, 2005).

Glicemia Hiperglicemia discreta e transitrias podem ocorrer nas formas e fases agudas da doena. Hiperglicemias significativas e persistentes so indicativas de diabetes. (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005).

Lquido cefalorraquidiano (LCR) O LCR, na meningoencefalite tuberculosa, se altera e a presso pode estar aumentada ou diminuda, sugerindo, nesse caso, a ocorrncia de bloqueios no sistema ventricular. (TRABULSI, 2005). O aspecto do LCR pode variar de lmpido (cristalino) a turvo. A concentrao de protena est aumentada, situando-se quase sempre acima de 500mg%, enquanto a concentrao da glicose apresenta-se diminuda a valores bem abaixo dos correspondentes a 2/3 da glicemia medida simultaneamente. A contagem de clulas por mm costuma se alterar para valores entre 100 e 500 clulas ou mais, com predominncia relativa de clulas mononucleares, exceto, eventualmente, nos primeiros dias da doena, quando pode haver ligeiro

predomnio de neutrfilos (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). Quando h envolvimento tuberculoso, as alteraes bioqumicas e citolgicas dos lquidos pleural, pericrdio, peritoneal e sinovial, so semelhantes s do LCR na meningoencefalite tuberculosa. (TRABULSI, 2005). Dosagem da enzima adenosina desaminase (ADA) em lquidos, a dosagem de ADA no lquido cefalorraquidiano e em fluidos de serosas (pleura, pericrdio, peritnio) um mtodo auxiliar importante no diagnstico da tuberculose. Nveis acima de 8U/ mL, no LCR e de 40U/mL, no lquido pleural so sugestivos, respectivamente, de meningoencefalite tuberculosa e tuberculose pleural

(TRABULSI e ALTERTHUM, 2005).

TRATAMENTO A tuberculose apesar de ser uma doena grave, curvel em praticamente 100% dos casos novos, desde que os princpios da quimioterapia sejam seguidos. A atividade prioritria de controle da tuberculose o tratamento dos bacilferos, uma vez que permite anular rapidamente as maiores fontes de infeco. Poucos dias aps o inicio da quimioterapia, os bacilos da tuberculose praticamente perdem seu poder infectante. Assim, os doentes no precisam, nem devem, ser segregados do convenio familiar e comunitrio (MINISTRIO DA SADE, 2011). A associao medicamentosa adequada, doses corretas, uso por tempo suficiente, com superviso da tomada dos medicamentos, so os meios utilizados para evitar a persistncia bacteriana e o desenvolvimento de resistncia s drogas, assegurando a cura. (MINISTRIO DA SADE, 2006). Antes de iniciar o tratamento, necessria a orientao do paciente. Para isso, na entrevista inicial deve ser explicado de forma clara, as caractersticas da doena e o esquema de tratamento, drogas, durao, benefcios, conseqncias advindas do abandono do tratamento e possveis efeitos adversos (MINISTRIO DA SADE, 2006). O tratamento diretamente observado de curta durao (DOTS) o fator essencial para se promover o controle da tuberculose. definido como uma estratgia, recomendada pela OMS, na qual seu principal sustentculo a observao direta da tomada de medicamentos em pelo menos 3 observaes semanais, nos primeiros 2 meses, e uma observao semanal, ate o seu final. Alm disso, o DOTS visa ao aumento da adeso dos pacientes, a maior descoberta das fontes de infeco e ao aumento da cura, reduzindo, assim, o

risco de transmisso da doena na comunidade (MINISTRIO DA SADE, 2006). Esta estratgia uma das prioridades para que o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), do Ministrio da Sade, atinja a meta de pelo menos 85% de cura, diminuio da taxa de abandono do tratamento, evitar o surgimento resistncia e possibilite um efetivo controle da tuberculose no pas (MINISTRIO DA SADE, 2006). Alm da adoo da estratgia DOTS, o PNCT reconhece a importncia de estend-lo para todos os servios de sade do Sistema nico de Sade (SUS). Portanto, visa efetiva descentralizao do controle da tuberculose e sua integrao na ateno bsica, incluindo o Programa Sade da Famlia (PSF) para garantir a efetiva ampliao do acesso ao diagnostico e tratamento. (MINISTRIO DA SADE, 2006). Para todos os casos de tuberculose bacilfera, o tratamento supervisionado deve ser priorizado. A superviso da ingesto dos medicamentos deve ser realizada em local de escolha do paciente, podendo ser administrado por um trabalhador de sade ou familiar devidamente orientado. (MINISTRIO DA SADE, 2006).

TRATAMENTO SUPERVISIONADO Deve ser dada ateno especial para os doentes que se enquadrem nas seguintes situaes: etilistas, casos de retratamento aps abandono, mendigos, presidirios e doentes institucionalizados (asilos, manicmios). Compete aos servios de sade prover os meios necessrios para garantir que todo individuo com diagnostico de tuberculose possa, sem atraso, ser adequadamente tratado.

(MINISTRIO DA SADE, 2006). indicada a hospitalizao apenas para as seguintes circunstancias: meningite tuberculosa, indicaes cirrgicas em decorrncia da doena, complicaes graves, intolerncia medicamentosa incontrolvel em ambulatrios, intercorrncias clinicas e/ou cirrgicas graves, estado geral que no permitam tratamento em ambulatrio, em casos sociais, como ausncia de residncia fixa, ou grupos especiais com maior possibilidade de abandono, especialmente se for o caso de tratamento ou falncia. O perodo de internao deve ser reduzido ao mnimo necessrio (MINISTRIO DA SADE, 2006). As drogas utilizadas nos esquemas padronizados pelo Ministrio da Sade so: izoniazida H; rifampicina R; pirazinamida Z; estreptomicina S; etambutol E; etionamida Et (MINISTRIO DA SADE, 2006). Em crianas menores de 5 anos, que apresentem dificuldades de ingerirem os comprimidos, recomenda-se o uso das drogas na forma de xarope ou suspenso.

PESO DO DOENTE Mais de At 20kg Mais de Mais de 45kg Mg/dia 600 400 2000 600

20kg e at 35kg e at 35 kg 45 kg Mg/dia 450 300 1500 450

Mg/kg/dia R H Z R 10 10 35 10

Mg/dia 300 200 1000 300

H

10

200

300

400

R rifampicina H isoniazida Z Pirazinamida * sem tratamento anterior, tratamento por menos de 30 dias ou tratamento anterior h mais de 5 anos. ** exceto meningite Esquema 1(Esquema Bsico) 2RHZ / 4RH Casos novos* de todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar**. (MINISTRIO DA SADE, 2006).

No Brasil, a eficcia deste esquema de tratamento elevada (98%). A eficcia cai para 83%, considerando-se a ocorrncia de bitos e taxa de abandono de 12%, mas continua adequada. De acordo com inqurito nacional de resistncia realizado pelo MS (1997), a resistncia primaria aos medicamentos antituberculose baixa, definindo que este esquema deve ser mantido sem a necessidade de acrscimo de um quarto medicamento na fase de ataque, como adotado em outros paises. O abandono do tratamento o principal problema demonstrando a importncia da estratgia proposta pelo PNCT para o controle da tuberculose no pas. (MINISTRIO DA SADE, 2006).

PESO DO DOENTE Mais de At 20kg Mais de Mais de 45kg Mg/dia 600 400

20kg e at 35kg e at 35 kg 45 kg Mg/dia 450 300

Mg/kg/dia R H 10 10

Mg/dia 300 200

Z E R H E

35 25 10 10 25

1000 600 300 200 600

1500 800 450 300 800

2000 1200 600 400 1200

R rifampicina H isoniazida Z Pirazinamida E etambutol * considera-se retratamento a prescrio de um esquema de drogas para o doente j tratado por mais de 30 dias, que venha a necessitar de nova terapia por recidiva aps cura, retorno aps abandono, ou falncia do esquema I ou esquema IR (esquema bsico + etambutol). Esquema 1 IR (Esquema bsico +etambutol) 2RHZE / 4RHE Casos de recidiva aps cura* ou retorno aps abandono do esquema I (MINISTRIO DA SADE, 2006).

PESO DO DOENTE Mais de At 20kg Mais de Mais de 45kg Mg/dia 600 400 2000 600 400

20kg e at 35kg e at 35 kg 45 kg Mg/dia 450 300 1500 450 300

Mg/kg/dia R H Z R H R rifampicina H isoniazida 10 10 35 10 10

Mg/dia 300 200 1000 300 200

Z Pirazinamida

Esquema II (Esquema para tuberculose meningoenceflica) 2RHZ / 7RH (BRASIL, Ministrio da Sade, 2006). Observaes: (BRASIL, Ministrio da Sade, 2006).

1As indicaes de retratamento devem ser levadas em considerao. 2Nos casos de recidivas de esquemas alternativos, por toxicidade ao esquema I, devem ser avaliados em unidades de referncia, para prescrio de esquema individualizado. 3O paciente que apresentar alterao da viso dever ser encaminhado para unidade de referncia, com o objetivo de avaliar o uso do etambutol. 4O esquema II indicado nos casos de concomitncia entre tuberculose meningoenceflica e qualquer outra localizao. 5A internao mandatria, sempre que se suspeitar do diagnstico de tuberculose meningoenceflica. 6O uso de corticosterides recomendado nos casos de tuberculose meningoenceflica, em qualquer idade, por um perodo de um a quatro meses, no incio do tratamento e a fisioterapia dever ser iniciada o mais cedo possvel. PESO DO DOENTE Mais de At 20kg Mais de Mais de 45kg Mg/dia 1000 2000 1200 750 1200 750

20kg e at 35kg e at 35 kg 45 kg Mg/dia 1000 1500 800 500 800 500

Mg/kg/dia S Z E Et E Et S estreptomicina 20 35 25 12 25 12

Mg/dia 500 1000 600 250 600 250 E etambutol

Z Pirazinamida

Et etionamida

Esquema III (Esquema para falncia) 3SZEEt / 9 EEt Casos de falncia de tratamento do E-I e E-IR (esquema I reforado) (MINISTRIO DA SADE, 2006). A falncia ao esquema 1 (E-I) ou ao E-IR define a obrigatoriedade da realizao de cultura com identificao e teste de sensibilidade, no inicio do tratamento para definir claramente a possibilidade de sucesso desse esquema ou sua modificao. Portanto, recomenda-se que o esquema 3 deva ser acompanhado por uma unidade de maior resolubilidade, sempre que possvel. (BRASIL, Ministrio da Sade, 2006). Observaes: (MINISTRIO DA SADE, 2006). 1Nos casos de suspeita de falncia aos esquemas E-I ou E-IR devem ser encaminhados unidade de referncia para avaliao e acompanhamento. 2A estreptomicina deve ser usada por via intramuscular. Em situaes especiais, pode ser aplicada por via endovenosa, diluda a 50 ou 100mL de soro fisiolgico, correndo por no mnimo de hora. 3Para facilitar seu uso supervisionado na unidade de sade, ou em casos com dificuldades de aceitao de droga injetvel, o regime de uso da estreptomicina pode ser alterado para aplicaes de 2 a 6 feira, por dois meses, e duas vezes semanais, por mais 4 meses. 4Em maiores de 60 anos, a estreptomicina deve ser administrada na dose de 500mg/dia. 5 importante que o paciente tratado com o esquema III realize seu tratamento de forma supervisionada.

TRATAMENTO DA TUBERCULOSE MULTIRRESISTENTE Quando realizado, o teste de sensibilidade s drogas, apresentar resistncia a apenas 1 dos medicamentos em uso, com o paciente apresentando boa evoluo clnica e laboratorial, isto indica que o regime no deve ser alterado. A associao medicamentosa de 3 drogas proposta, entre outras razes, justamente para contemplar essa possibilidade. (MINISTRIO DA SADE, 2006). Se aps tratamento com os esquemas padronizados pelo MS, os pacientes no se curam, podem ser portadores de bacilos resistentes a mais de 2 drogas, dentre as quais a rifampicina e a izoniazida, constituindo um grupo de doentes classificados no Consenso Brasileiro de Tuberculose (de 1997/2004) como portadores de tuberculose multirresistentes. (BRASIL, Ministrio da Sade, 2006). Neste grupo, so agregados os pacientes que apresentam resistncia primria a rifampicina, izoniazida e a outras drogas utilizadas, geralmente estreptomicina e/ou etambutol. (MINISTRIO DA SADE, 2006). Estes pacientes e seus familiares sero atendidos por equipe multiprofissional especializada, em centros de referncia que cumpram as normas de biossegurana e estejam credenciados pelas coordenadorias municipais e estaduais do programa de tuberculose. (MINISTRIO DA SADE, 2006).

REAES ADVERSAS AO USO DE DROGAS ANTI-TUBERCULOSE Qualquer efeito colateral relevante no observado na maioria dos pacientes submetidos ao tratamento pelo tempo recomendado. So diversos os fatores relacionados s reaes. Todavia, os maiores determinantes dessas reaes se referem dose, horrios de administrao, idade do doente, estado

nutricional, alcoolismo, condies da funo heptica e renal e co-infeco pelo HIV (MINISTRIO DA SADE, 2006). Nos quadros a seguir est apresentada a conduta adequada de forma esquemtica, conforme a classificao: efeitos menores e efeitos maiores (MINISTRIO DA SADE, 2006).

NOTIFICAO: Torna-se responsvel pela notificao compulsria a unidade de sade que descobre e inicia o tratamento dos casos novos. Outras fontes de notificao so os hospitais, os laboratrios e outros servios de assistncia mdica, quer governamental ou particular. (MINISTRIO DA SADE, 2006). O pronturio do doente a base do sistema de informao da tuberculose, a partir do qual so colhidos os dados necessrios para o preenchimento da ficha individual de investigao do Sistema de Informaes de Agravos de Notificao (SINAN). Os dados de descoberta de casos e resultados do tratamento so enviados pelas unidades assistenciais s secretarias estaduais de sade, atravs dos nveis intermedirios (municpios e regionais de sade, entre outros), que aps consolidao sero enviados ao nvel central nacional. (MINISTRIO DA SADE, 2006). Devem ser notificados todos os casos, independente do tipo de entrada: 1Caso novo ou sem tratamento anterior: so os pacientes que no nunca se submeteram a quimioterapia antituberculosa ou fizeram-na por menos de 30 dias ou a m ais de 5 anos. Verificar insistentemente com o paciente e seus familiares se no houve tratamento antituberculoso prvio, superior a 30 dias.

2Retratamento: prescrio de um esquema de drogas para o doente j tratado por mais de 30 dias e que venham a necessitar de nova terapia por recidiva aps cura (RC), retorno aps abandono (RA) ou por falncia do esquema bsico. 3Abandono: o doente que, aps iniciado o tratamento para tuberculose, deixou de comparecer a unidade de sade por mais de 30 dias consecutivos, a partir da data aprazada para seu retorno. 4Recidiva: o doente com tuberculose em atividade, que j se tratou anteriormente e recebeu alta por cura, desde que a data da cura e a data do diagnstico da recidiva no ultrapasse cinco anos. Se esse intervalo exceder 5 anos, o caso considerado como caso novo e o tratamento preconizado o tratamento bsico. 5Falncia: a persistncia da positividade do escarro ao final do quarto ou quinto meses de tratamento, tendo havido ou no negativao anterior do exame. So aqueles doentes que, no incio do tratamento, so fortemente positivos (++ ou ++ +), e mantm essa situao at o quarto ms, ou aqueles com positividade inicial seguida de negativao e nova positividade por dois meses consecutivos, a partir do quarto ms de tratamento com comprovao atravs de cultura de escarro. O aparecimento de pouco bacilos no exame direto do escarro, na altura do quinto ou sexto ms, isoladamente, no significa, necessariamente, falncia do esquema, em especial se acompanhado de melhora clnico-radiolgica. Nesse caso, o paciente ser seguido com exames bacteriolgicos. 6Transferncia: refere-se aquele paciente que comparece a unidade de sade para dar continuidade ao tratamento iniciado em outra unidade de sade desde que no tenha havido interrupo do uso da medicao por mais de 30 dias. Neste ultimo caso, o tipo de entrada deve ser: reingresso aps abandono

(MINISTRIO DA SADE, 2006).

MEDIDAS A SEREM ADOTADAS: Condutas a serem adotadas frente a um caso suspeito de tuberculose pulmonar (MINISTRIO DA SADE, 2006). 1Identificao e confirmao do caso. 2Baciloscopia direta do escarro no momento da consulta e solicitao de outra amostra a ser colhida no dia seguinte. 3Raios-X de trax e realizao de PPD, nos casos negativos a baciloscopia. 4Cultura do escarro nos casos negativos a baciloscopia.

ROTEIRO PARA INVESTIGAO EPIDEMIOLGICA

Identificao do paciente A identificao do paciente se d por diversas informaes referentes ao paciente, como lugar, o caso e o tempo, que so informaes fornecidas durante o preenchimento da ficha de notificao. Por meio delas pode-se avaliar a situao e tendncia da doena: (MINISTRIO DA SADE, 2006). 1Referentes ao lugar: unidade de sade (ou outra fonte notificadora), logradouro, bairro, distrito, zona (urbana ou rural), municpio de notificao e residncia, unidade federada e pas. 2Referentes ao paciente: nome, sexo, idade, escolaridade, etnia (no caso de populao indgena), critrio diagnstico, raa/cor, numero do carto SUS, nome

da me, telefone, ocupao. 3Referentes ao tempo: data de notificao, data do diagnstico, data do nascimento, data de incio do tratamento atual. 4Referentes ao caso: numero do pronturio, tipo de entrada, raio-X (trax), teste tuberculinico, forma clinica, agravos associados, baciloscopia de escarro, baciloscopia de outro material, cultura de escarro, cultura de outro material, teste HIV, histopatologia, drogas, tratamento supervisionado, doena relacionada ao trabalho.

Acompanhamento do caso A evoluo do caso de tuberculose deve ser acompanhada e registrada em notificao, por ser enfermidade de caractersticas crnicas, para que possa ser encerrado de acordo com os seguintes critrios: (MINISTRIO DA SADE, 2006).

MATERIAL E METODOS: Computadores, papel,tinta para impressora. RECURSOS NECESSARIOS: O presente trabalho ser i desenvolvido atravs de pesquisa bibliogrfica.

CRONOGRAMA

Etapas

Meses fev mar abr x x x x x x x x x mai x jun x jul x ago x set out nov dez

Levantamento x bibliogrfico Elaborao do projeto Entrega do projeto Tratamento dos dados obtidos Apresentao do trabalho Entrega do tcc

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

KRITSKI, A.L; VILLA, T.S; TRAJMAN, A. SILVA, J.R.L; MEDRONHO, R.A; MENEZES, J.R. Fichamento sobre tuberculose. So Paulo, 2008. MINISTRIO DA SADE. Dicas em Sade. Disponvel em: < http://bvsms.saude .gov.br/ html/pt/dicas/dica_tuberculose.html > Acesso em: 27/03/2011. MINISTRIO DA SADE. Manual de recomendaes para o controle da tuberculose no Brasil. Secretaria de Vigilancia em sade Programa Nacional de controle a tuberculose 2010. Disponvel em: < http//portal.saude.gov.br/.../manual_ de_recomendaes_controle_tb_novo.pdf >. Acesso em: 15/04/2011. MINISTRIO DA SADE. Secretaria de Vigilncia em Sade. Guia de Vigilncia Epidemiolgica, 6 ed. Braslia/DF, 2006. 815p. MINISTRIO DA SADE. Tuberculose Informaes para profissionais da Sade. Disponvel em: < http://portal. sade.gov.br/portal/sade/profissional/rea.cfm?id > Acesso em: 10/04/2011. RUFFINO NETTO, A. Duas Dcadas de pesquisa em Tuberculose no Brasil: Estado da arte das publicaes cientificas. Revista de Sade Pblica. So Paulo, 2007. TRABULSI, L.R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia. 4 ed. So Paulo: Atheneu, 2005. 718p.