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TRANSPORTE HUMANO CIDADES COM QUALIDADE DE VIDA SSOCI Ç O N CION L DE TRANSPORTES PÚBLICOS

Transporte Humano [ANTP]

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Transporte humano: cidades com qualidade de vida, 1997.

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  • TRANSPORTE HUMANOCIDADES COM QUALIDADE DE VIDA

    SSOCI O N CION L DE TRANSPORTES PBLICOS

  • 7 Apresentao

    9 O Projeto Transporte Humano

    11 Objetivos13 Processo de trabalho

    14 Estrutura e contedo desta publicao

    15 Continuidade do trabalho

    15 Como usar esta publicao

    17 Captulo 1D e s e nvolvimento urbano e polticas de transporte e trnsito

    18 1.1. Os problemas do transporte urbano

    22 1.2. O transporte urbano e o futuro do Brasil

    24 1.3. Pensando solues: existe a cidade ideal?24 Desenvolvimento urbano25 Organizao institucional25 Recursos econmico-financeiros25 Infra-estrutura de transporte26 Condies de transporte e trnsito26 Condies ambientais

    27 Captulo 2Organizando as funes da prefeitura

    28 2.1. Coordenao geral das aes28 Formas de ao31 Estruturao de rgo de gerncia31 Leituras adicionais

    32 2.2. Planejando o desenvolvimento das cidades33 2.2.1. Plano Diretor33 Objetivo33 Aes e problemas que podem ser tratados33 Solues36 Seqncia de atividades36 Cuidados especiais36 Relacionamento com outras atividades36 Leituras adicionais

    37 2.2.2. Leis de uso e ocupao do solo37 Objetivo37 Aes e problemas que podem ser tratados37 Solues38 Seqncia de atividades38 Cuidados especiais39 Relacionamento com outras atividades39 Leituras adicionais

    ndice geral

    ndice geral

    297

  • 39 2.2.3. Operaes urbanas39 Objetivo39 Aes e problemas que podem ser tratados39 Solues40 Seqncia de atividades40 Cuidados especiais40 Relacionamento com outras atividades40 Leituras adicionais

    41 2.2.4. Controle de plos geradores de trfego41 Objetivo41 Aes e problemas que podem ser tratados41 Solues43 Seqncia de atividades43 Cuidados especiais43 Relacionamento com outras atividades43 Leituras adicionais

    43 2.3. Planejamento de transporte43 Objetivo43 Aes e problemas que podem ser tratados43 Solues43 Objetivos do planejamento45 Elaborao do plano de transporte urbano48 Seqncia de atividades48 Cuidados especiais48 Relacionamento com outras atividades48 Leituras adicionais

    49 2.4. Planejamento da circulao49 Objetivo49 Aes e problemas que podem ser tratados49 Solues49 Principais reas de ao49 Conduo dos estudos50 Definio de propostas51 Seqncia de atividades51 Cuidados especiais51 Relacionamento com outras atividades51 Leituras adicionais

    52 2.5. Capacitao de recursos humanos52 Objetivo52 Aes e problemas que podem ser tratados52 Solues54 Seqncia de atividades54 Cuidados especiais54 Relacionamento com outras atividades

    55 2.6. Participao da comunidade55 Objetivo55 Aes e problemas que podem ser tratados55 Solues57 Seqncia de atividades

    298

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

  • 57 Cuidados especiais57 Relacionamento com outras atividades57 Leituras adicionais

    59 Captulo 3Gerenciando os recursos

    60 3.1. Gerenciando os recursos60 A poltica de investimento62 O que necessrio financiar63 Questes-chave

    65 3.2. Fontes oramentrias65 Objetivo65 Aes e problemas que podem ser tratados65 Solues67 Seqncia de atividades67 Cuidados especiais67 Relacionamento com outras atividades

    67 3.3. Emprstimos e financiamentos67 Objetivo67 Aes e problemas que podem ser tratados68 Solues68 Emprstimos internos72 Emprstimos externos72 Seqncia de atividades72 Para os emprstimos internos junto Finep72 Para os emprstimos internos junto ao BNDES72 Para os emprstimos externos reembolsveis74 Cuidados especiais74 Para os emprstimos internos junto ao BNDES75 Para os emprstimos externos reembolsveis75 Relacionamento com outras atividades75 Leituras adicionais

    76 3.4. Parcerias76 Objetivo76 Aes e problemas que podem ser tratados76 Solues77 Seqncia de atividades78 Cuidados especiais78 Relacionamento com outras atividades78 Leituras adicionais

    79 3.5. Operaes urbanas79 Objetivo79 Aes e problemas que podem ser tratados79 Solues81 Seqncia de atividades81 Relacionamento com outras atividades81 Leituras adicionais

    82 3.6. Terceirizao82 Objetivo

    ndice geral

    299

  • 82 Aes e problemas que podem ser tratados82 Solues82 Seqncia de atividades83 Cuidados especiais83 Relacionamento com outras atividades

    84 3.7. Concesses onerosas84 Objetivo84 Aes e problemas que podem ser tratados84 Solues85 Seqncia de atividades85 Cuidados especiais85 Relacionamento com outras atividades

    86 3.8. Fundos de transporte86 Objetivo86 Aes e problemas que podem ser tratados86 Solues88 Seqncia de atividades88 Cuidados especiais88 Relacionamento com outras atividades

    89 Captulo 4Conhecendo a demanda de transporte

    90 4.1. Conhecendo as condies atuais da cidade90 Perguntas centrais sobre a qualidade de vida e o transporte na cidade90 Indicadores de qualidade no transporte e no uso da cidade90 Relacionamento com outras atividades90 Leituras adicionais

    92 4.2. Tipos de demanda e fatores condicionantes93 Levantamento da demanda93 Relacionamento com outras atividades

    93 4.3. Avaliao geral: pesquisa origem-destino (OD) domiciliar93 Objetivo93 Aes e problemas que podem ser tratados93 Solues94 Seqncia de atividades94 Cuidados especiais94 Relacionamento com outras atividades94 Leituras adicionais

    95 4.4. Avaliaes especficas95 Origem e destino locais95 Pesquisa OD no domiciliar95 Pesquisa OD carga95 Movimento do sistema de transporte95 Pesquisa de embarque e desembarque (ED)95 Pesquisa de demanda96 Carregamento das vias e caladas96 Contagem de pedestres96 Contagem volumtricas e classificadas96 Ocupao de nibus, autos e txis96 Segurana de trnsito

    300

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

  • 97 Condies de circulao97 Velocidade-retardamento97 Cuidados especiais97 Relacionamento com outras atividades97 Leituras adicionais

    99 Captulo 5Infra-estrutura

    100 5.1. Vias100 Objetivo100 Aes e problemas que podem ser tratados100 Solues100 Classificao funcional101 Caractersticas fsicas102 Intersees103 Locao da rede de utilidades pblicas104 Seqncia de atividades104 Cuidados especiais104 Relacionamento com outras atividades104 Leituras adicionais

    104 5.2. Caladas e tr avessias de pedestres104 Objetivo104 Aes e problemas que podem ser tratados104 Solues104 Caladas105 Transposio de vias108 Seqncia de atividades108 Cuidados especiais108 Relacionamento com outras atividades108 Leituras adicionais

    109 5.3. Vias de nibus109 Objetivo109 Aes e problemas que podem ser tratados109 Solues110 Tratamento prioritrio para a circulao dos nibus110 Faixa exclusiva para nibus no fluxo junto calada111 Faixa exclusiva para nibus no fluxo junto ao canteiro central114 Faixa exclusiva para nibus no contrafluxo115 Canaleta para nibus ou busway117 Rua exclusiva para nibus118 Seqncia de atividades119 Cuidados especiais119 Relacionamento com outras atividades119 Leituras adicionais

    120 5.4. Vias frreas120 Objetivo120 Aes e problemas que podem ser tratados120 Solues120 Regies que j dispem de linhas ferrovirias121 Regies que no dispem de linhas ferrovirias122 Seqncia de atividades

    ndice geral

    301

  • 123 Cuidados especiais123 Relacionamento com outras atividades123 Leituras adicionais

    124 5.5. Ciclovias124 Objetivo124 Aes e problemas que podem ser tratados124 Solues125 Detalhes tcnicos125 Seqncia de atividades126 Cuidados especiais126 Relacionamento com outras atividades

    127 5.6. Vias de pedestr e127 Objetivo127 Aes e problemas que podem ser tratados127 Solues129 Seqncia de atividades130 Cuidados especiais131 Relacionamento com outras atividades131 Leituras adicionais

    133 Captulo 6Transporte pblico

    134 6.1. Regulamentao134 Objetivo134 Aes e problemas que podem ser tratados134 Solues134 Formas de execuo do servio - regimes legais138 Cmaras de compensao, contratos de prestao de servio140 Como regulamentar141 A questo da licitao142 Seqncia de atividades143 Cuidados especiais143 Relacionamento com outras atividades143 Leituras adicionais

    144 6.2. Projeto e operao144 6.2.1. Sistema municipal de nibus144 Objetivo144 Aes e problemas que podem ser tratados144 Solues145 Classificao das linhas de nibus146 Caso especial: linhas troncais146 Freqncia e horrio de atendimento147 Tecnologias de transporte150 Pontos de parada152 Otimizao da circulao do nibus152 Comunicao com o pblico152 Seqncia de atividades153 Cuidados especiais153 Relacionamento com outras atividades153 Leituras adicionais

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    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

  • 154 6.2.2. Transporte metropolitano intermunicipal por nibus154 Objetivo154 Aes e problemas que podem ser tratados155 Solues155 Tipos de ligao156 Ligaes metropolitanas157 Seqncia de atividades157 Cuidados especiais157 Relacionamento com outras atividades157 Leituras adicionais

    158 6.2.3. Operao de ferr ovia urbana158 Objetivo158 Aes e problemas que podem ser tratados158 Solues159 Planejando a operao160 Seqncia de atividades161 Cuidados especiais161 Relacionamento com outras atividades161 Leituras adicionais

    162 6.2.4. Operao metr oviria162 Objetivo162 Aes e problemas que podem ser tratados162 Solues162 Implantao163 Integrao164 Disponibilidade dos equipamentos164 Preocupao com o usurio164 O relacionamento com a comunidade165 Seqncia de atividades166 Cuidados especiais166 Relacionamento com outras atividades166 Leituras adicionais

    167 6.3. Gesto do transporte pblico167 6.3.1. Coordenao geral167 Objetivo167 Aes e problemas que podem ser tratados167 Solues168 Dados operacionais171 Dados econmicos172 Avaliao de desempenho do transporte172 Seqncia de atividades172 Cuidados especiais172 Relacionamento com outras atividades172 Leituras adicionais

    173 6.3.2. Bilhetagem no transporte coleti vo173 Objetivo173 Aes e problemas que podem ser tratados173 Solues175 Seqncia de atividades175 Cuidados especiais175 Relacionamento com outras atividades

    ndice geral

    303

  • 175 Leituras adicionais

    176 6.4. Sistemas de qualidade176 6.4.1. Qualidade na gesto176 Objetivo176 Aes e problemas que podem ser tratados176 Solues177 Seqncia de atividades177 Cuidados especiais177 Relacionamento com outras atividades177 Leituras adicionais

    178 6.4.2. Auto-avaliao da qualidade pela empresa178 Objetivo178 Aes e problemas que podem ser tratados178 Solues179 Seqncia de atividades179 Cuidados especiais179 Relacionamento com outras atividades179 Leituras adicionais

    180 6.4.3. Avaliao da qualidade pelo usurio180 Objetivo180 Aes e problemas que podem ser tratados180 Solues180 Mtodos e tcnicas utilizadas nas pesquisas de opinio181 Seqncia de atividades181 Cuidados especiais182 Relacionamento com outras atividades182 Leituras adicionais

    184 6.5. Sistema tarifrio184 Objetivo184 Aes e problemas que podem ser tratados184 Solues184 Contedo de uma poltica e definio da estrutura tarifria185 Clculo do custo quilomtrico e planilha tarifria187 Negociao tarifria188 Seqncia de atividades188 Cuidados especiais188 Relacionamento com outras atividades188 Leituras adicionais

    189 6.6. Integrao189 Objetivo189 Aes e problemas que podem ser tratados189 Solues189 A integrao institucional189 A integrao operacional193 A integrao tarifria193 Seqncia de atividades194 Cuidados especiais194 Relacionamento com outras atividades194 Leituras adicionais

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    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

  • 195 6.7. Transporte em veculos especiais195 Objetivo195 Aes e problemas que podem ser tratados195 Solues196 Seqncia de atividades197 Cuidados especiais197 Relacionamento com outras atividades197 Leituras adicionais

    198 6.8. Transporte escolar198 Objetivo198 Aes e problemas que podem ser tratados198 Solues198 Veculos e condutores199 Organizao dos servios200 Seqncia de atividades200 Organizao de servios200 Fiscalizao dos servios201 Cuidados especiais201 Relacionamento com outras atividades201 Leituras adicionais

    201 6.9. Servio de txi201 Objetivo201 Aes e problemas que podem ser tratados201 Solues201 Polticas de gerenciamento do servio de txi202 Planejamento da operao203 Clculo tarifrio204 Cuidados especiais204 Relacionamento com outras atividades204 Leituras adicionais

    205 6.10. Transporte fretado205 Objetivo205 Aes e problemas que podem ser tratados205 Solues205 Seqncia de atividades206 Cuidados especiais206 Relacionamento com outras atividades

    207 6.11. Transporte de portadores de deficincia fsica207 Objetivo207 Aes e problemas que podem ser tratados207 Solues208 Caso especial: servio exclusivo de portadores de deficincia209 Seqncia de atividades209 Cuidados especiais209 Relacionamento com outras atividades

    209 6.12. Capacitao de operadores209 Objetivo209 Aes e problemas que podem ser tratados210 Solues

    ndice geral

    305

  • 211 Seqncia de atividades211 Cuidados especiais211 Relacionamento com outras atividades211 Leituras adicionais

    213 Captulo 7Trnsito

    214 7.1. Projeto de circulao214 Objetivo214 Aes e problemas que podem ser tratados214 Solues215 Tipos de circulao nas vias216 Projetos de rea217 Seqncia de atividades217 Cuidados especiais217 Relacionamento com outras atividades217 Leituras adicionais

    218 7.2. Sinalizao218 Objetivo218 Aes e problemas que podem ser tratados218 Solues218 Projeto220 Implantao e manuteno220 Seqncia de atividades220 Cuidados especiais220 Relacionamento com outras atividades220 Leituras adicionais

    222 7.3. Estacionamento, parada e carga e descarga222 Objetivo222 Aes e problemas que podem ser tratados222 Solues222 Tipos de projeto225 Fiscalizao225 Seqncia de atividades225 Cuidados especiais225 Relacionamento com outras atividades225 Leituras adicionais

    226 7.4. Controle das intersees226 Objetivo226 Aes e problemas que podem ser tratados226 Solues228 Seqncia de atividades228 Cuidados especiais228 Relacionamento com outras atividades228 Leituras adicionais

    229 7.5. Operao229 Objetivo229 Aes e problemas que podem ser tratados229 Solues

    306

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

  • 229 Tipos de operao230 Medidas de operao232 Recursos232 Fiscalizao232 Seqncia de atividades232 Cuidados especiais232 Relacionamento com outras atividades

    233 7.6. Educao de trnsito233 Objetivo233 Aes e problemas que podem ser tratados233 Solues234 Educao de trnsito nas escolas235 Programa de educao de trnsito para adultos238 Programas especiais239 Campanhas educativas de trnsito240 Seqncia de atividades240 Cuidados especiais240 Relacionamento com outras atividades240 Leituras adicionais

    241 7.7. Controle de velocidade241 Objetivo241 Aes e problemas que podem ser tratados241 Solues242 Caso especial: radares242 Seqncia de atividades243 Cuidados especiais243 Relacionamento com outras atividades243 Leituras adicionais

    244 7.8. Controle da circulao de veculos de carga244 Objetivo244 Aes e problemas que podem ser tratados244 Solues246 Seqncia de atividades246 Cuidados especiais246 Relacionamento com outras atividades246 Leituras adicionais

    247 7.9. Pesquisas de opinio247 Objetivo247 Aes e problemas que podem ser tratados247 Solues247 Pesquisa domiciliar247 Pesquisa de avaliao248 Pesquisa qualitativa248 Seqncia de atividades248 Pesquisas domiciliares248 Pesquisas de avaliao248 Pesquisa qualitativa249 Cuidados especiais249 Relacionamento com outras atividades249 Leituras adicionais

    ndice geral

    307

  • 249 7.10. Policiamento e fiscalizao249 Objetivo249 Aes e problemas que podem ser tratados249 Solues249 Competncia250 Fiscalizao e operao250 Os equipamentos de fiscalizao251 O que fiscalizar251 Relacionamento com outros setores252 Seqncia de atividades252 Cuidados especiais252 Relacionamento com outras atividades

    253 Captulo 8Programas especiais

    254 8.1. Qualidade ambiental254 Objetivo256 Benefcios dos programas ambientais257 Aes e problemas que podem ser tratados258 Solues258 Planejamento urbano259 Sistemas integrados de transporte pblico259 Prioridade circulao de transporte coletivo259 Ordenao do trnsito259 Restrio ao uso de automveis260 Adoo de tecnologias no poluentes de transporte coletivo262 Controle das emisses veiculares263 Adoo de combustveis menos poluentes263 Estudos de avaliao de impactos265 Plos geradores de trfego265 Poltica tributria municipal265 Seqncia de atividades266 Cuidados especiais266 Relacionamento com outras atividades266 Leituras adicionais

    267 8.2. Qualidade do transporte pblico267 Objetivo267 Solues269 Seqncia de atividades269 Cuidados especiais269 Relacionamento com outras atividades269 Leituras adicionais

    270 8.3. Segurana de trnsito270 Objetivo270 Aes e problemas que podem ser tratados270 Solues270 Programas de ao de longo prazo272 Medidas de curto prazo274 Seqncia de atividades274 Cuidados especiais274 Relacionamento com outras atividades274 Leituras adicionais

    308

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

  • 275 Leituras adicionais

    281 rgos e entidades citados

    285 ndice remissivo

    293 ndice de problemas tratados

    297 ndice geral

    309 Equipe tcnica

    311 Apoio ao PTH

    ndice geral

    309

  • ndice remissivo

    285

    Acidentes: 1.1, 2.4, 4.1 e 4.4.Administrao de trnsito: 2.4.Agncia bancria - estacionamento: 7.3.Agenda 21: 8.1.ANTP

    capacitao de recursos humanos: 2.5.Prmio de Qualidade: 6.4.

    Aracaju: 6.8 e 6.9.reas de pedestres: 5.6.Argentina: 3.5.Atendimento especial - portadores de deficincia: 6.11.Automveis - restrio: 8.1.Avaliao

    da qualidade - empresa: 6.4.2.da qualidade - usurio: 6.4.3.de desempenho: 6.3.1.de impactos: 8.1.

    Banco Mundial - financiamento - Metr de So Paulo: 3.3.Belo Horizonte: 2.1, 2.3, 6.1, 6.2.1, 6.2.2, 6.8, 6.9, 7.1, 7.6 e 8.1.Benefcios dos programas ambientais: 8.1.Betim/MG: 6.1.Bilhetagem - transporte coletivo: 6.3.2.Blumenau: 8.3.BNDES: 3.3.Bolses residenciais: 8.1.Braslia: 6.1, 6.2.1, 6.7, 6.10 e 7.1.Busway: 5.3.

    Calado: 5.6.Caladas: 5.2.

    - carregamento: 4.4.Clculo tarifrio: 6.5 e 6.9.Cmaras de compensao: 6.1.Campanhas educativas de trnsito: 7.6.Campina Grande: 6.2.1 e 6.3.1.Campinas: 5.3, 7.6, 7.7 e 8.3.Canad: 3.5.Canaleta para nibus: 5.3.Capacitao

    de operadores: 6.12.de recursos humanos: 2.5.

    Carga e descarga: 7.3.Carregamento - vias e caladas: 4.4.Caxias do Sul: 7.4.CBTU - descentralizao: 6.2.3.

    ndiceremissivo

    A

    B

    C

    Este ndice apresenta termos tcnicos e projetos/solues relevantes para os problemasurbanos, de transporte e de trnsito. Para cada assunto existe a indicao dos itens nosquais as idias/solues so discutidas.

  • 286

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    Ciclovias: 5.5.Cidade ideal?: 1.3.Circulao

    - condies: 4.4.- veculos de carga: 7.8.

    Classificao funcional - vias: 5.1.Combustveis menos poluentes: 8.1.Comisso de Segurana no Trnsito - Campinas: 8.3.Competncia

    - fiscalizao de trnsito: 7.10.- regulamentao: 6.1.

    Comunicao com o pblico: 6.2.1.Comunidade

    - participao: 2.6.- relacionamento: 6.2.4.

    Concesses onerosas: 3.7.Condies

    ambientais: 1.3 e 8.1.de circulao: 4.4.de transporte e trnsito: 1.3 e 4.1.

    Condutores: 6.8.Congestionamento: 1.1.Conselho Estudantil - So Paulo: 8.3.Conselho Metropolitano de Transportes Urbanos - Recife: 2.1.Construes de interesse histrico - preservao de fachadas: 8.1.Contagens de trnsito: 4.4.Contran: 7.2 e 8.1.Contratos de prestao de servio: 6.1.Controle

    das intersees: 7.4.de velocidade: 7.7.

    CorredorAmoreiras - Campinas: 5.3.Anhangera - Goinia: 5.3.Assis Brasil - Porto Alegre: 5.3.avenida Rio Branco - Juiz de Fora: 5.3.Curitiba: 5.3.metropolitano: 5.3.Paes de Barros - So Paulo: 5.3.Vila Nova Cachoeirinha - So Paulo: 5.3.

    Correio - estacionamento: 7.3.Cricima/SC: 6.6.Cuiab: 3.8, 6.12 e 7.1.Curitiba: 2.1, 2.3, 3.3, 5.3, 5.6, 6.7 e 6.11.Custo quilomtrico: 6.5.

    Demanda de transporte: 4.2.Desempenho do transporte e do trnsito: 4.4.Desenvolvimento urbano: 1.3.Direo defensiva: 7.6.

    D

    C

  • ndice remissivo

    287

    Educaode trnsito: 7.6.- adultos: 7.6.- Campinas: 7.6.- escolas: 7.6.

    Embarque e desembarquepesquisa: 4.4.sinalizao: 7.3.

    Emergncia - estacionamento: 7.3.Emisso

    de automveis: 8.1.de fumaa preta - veculos a diesel: 8.1.

    Empresa - avaliao da qualidade: 6.4.2.Emprstimos

    externos: 3.3.internos: 3.3.

    Ensino de trnsito nas escolas: 7.6.Escolas - educao de trnsito: 7.6.Espaos vivenciais de trnsito: 7.6.Estacionamento - sinalizao

    - agncia bancria: 7.3.- Correio: 7.3.- embarque/desembarque: 7.3.- emergncia: 7.3.- escola: 7.3.- farmcia: 7.3.- hospitais e pronto-socorros: 7.3.- templos religiosos, cinema e teatro: 7.3.

    Estacionamento rotativo: 7.8.Estrasburgo: 3.5.Estrutura tarifria: 6.5.Execuo do servio de nibus: 6.1.Expanso urbana: 1.1.

    Faixa exclusiva- nibus no contrafluxo: 5.3.- nibus no fluxo junto calada: 5.3.- nibus no fluxo junto ao canteiro central: 5.3.

    Farmcia - estacionamento: 7.3.Fepasa - Trem de subrbio: 6.2.3.Ferrovia urbana - Porto Alegre: 5.4.Financiamento

    - Metr de So Paulo - Banco Mundial: 3.3.- Porte Alegre: 3.3.- Regio Metropolitana de Curitiba: 3.3.

    Finep: 3.3.Fiscalizao: 6.3.1, 6.8, 7.3, 7.5 e 7.10.Fontes oramentrias: 3.2.Fortaleza: 6.12 e 6.7.Frum de Secretrios de Transporte Urbano: Objetivos.Frana: 3.5.Freqncia do servio de transporte: 6.2.1.Fundos de transporte: 3.8.

    E

    F

  • 288

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    Geipot- capacitao de recursos humanos: 2.5.- manual de clculo da tarifa: 6.5.

    Gerenciamento do servio de txi: 6.9.Gesto

    de transporte pblico: 6.3.metropolitana - Conselho Metropolitano - Recife: 2.1.

    Goinia: 3.8 e 5.3.Gradil: 5.2.Guarulhos: 7.4.

    Horrio de atendimento de nibus: 6.2.1.Hospitais e pronto-socorros - estacionamento: 7.3.

    Imagem dos servios de transporte coletivo - So Paulo: 6.4.3.Implantao

    de metr: 6.2.4.de sinalizao: 7.2.

    Indicadores de qualidade: 4.1.Informao ao usurio: 6.2.1.Infra-estrutura de transporte: 1.3.Insustentabilidade urbana: 1.1.Integrao: 6.2.4 e 6.6.Intersees

    - controle: 7.4.- projeto: 5.1.

    Jornal do nibus: 6.2.1.Juiz de Fora: 5.3 e 5.6.

    Leis de uso e ocupao do solo: 2.2.2.Licitao: 6.1.Ligaes metropolitanas: 6.2.2.Linhas

    de nibus - classificao: 6.2.1.ferrovirias: 5.4.Ribeiro Preto/SP: 6.2.1.troncais: 6.2.1.

    Lombadas: 7.7.Lotao - Porto Alegre: 6.7.

    Manuteno de sinalizao: 7.2.Metr

    - financiamento - Banco Mundial: 3.3.- implantao: 6.2.4.- parceria - So Paulo: 3.4.

    Mini-rotatria: 7.4.Montreal: 3.5.Municipalizao do trnsito: 2.1.

    G

    H

    I

    J

    L

    M

  • ndice remissivo

    289

    Negociao tarifria: 6.5.Niteri: 6.6.Normas de sinalizao: 7.2.Nova Iguau/RJ: 7.6.

    Ocupao de nibus, autos e txis: 4.4.nibus

    - no contrafluxo: 5.3.- no fluxo junto calada: 5.3.- no fluxo junto ao canteiro central: 5.3.- projeto operacional: 6.2.1.- rua exclusiva: 5.3.- terminal: 6.6.- tipos: 6.2.- trnsito: 6.2.1.- tratamento prioritrio: 5.3.- via exclusiva: 5.3.

    Operaode trnsito: 7.5 e 7.10.de ferrovia urbana: 6.2.3.metroviria: 6.2.4.urbana: 2.2.3 e 3.5.

    Operadores - capacitao: 6.12.Oramento participativo - Porto Alegre: 2.6.Ordenao do trnsito: 7.1 e 8.1.Organizao institucional: 1.3 e 2.1.rgo de gerncia: 2.1.Orientao de trfego - sinalizao: 7.2.Origem e destino: 4.3 e 4.4.

    Palestras de educao: 7.6.Parada de nibus: 6.2.1.Paran: 6.8.Parcerias: 3.4.Participao

    da comunidade: 2.6.da sociedade: 8.3.no oramento - Porto Alegre: 2.6.

    Passarela: 5.2.Pedgio urbano: 8.1.Pedestres - contagens: 4.4.Pesquisa

    com usurio: 6.4.3.de avaliao: 7.9.de catraca: 4.4.de opinio: 6.4.3 e 7.9.domiciliar: 7.9.embarque e desembarque: 4.4.ocupao: 4.4.origem e destino (OD): 4.3.OD carga: 4.4.OD no domiciliar: 4.4.pedestres: 4.4.qualitativa: 7.9 e 7.9.

    N

    O

    P

  • velocidade-retardamento: 4.4.volumtricas: 4.4.

    Petrpolis: 6.6.Planejamento

    da circulao: 2.4.da operao de txi: 6.9.de transporte: 2.3.urbano: 2.2 e 8.1.

    Planilha tarifria: 6.5.Plano

    de Transporte Urbano - elaborao: 2.3.Diretor: 2.2.1.integrado de transporte e trnsito - Belo Horizonte: 2.3.

    Policiamento: 7.10.Poltica

    de investimento: 3.1.tributria: 8.1.

    Plos geradores de trfego: 2.2.4 e 8.1.Poluio: 8.1.Ponto

    de carga e frete - sinalizao: 7.3.de parada de nibus: 6.2.1 e 7.3.de txi e ponto de lotao - sinalizao: 7.3.

    Portadores de deficincia fsica: 6.11.Porto Alegre: 2.6, 3.3, 5.3, 5.4 e 6.7.Pr-escola - educao de trnsito: 7.6.Prmio

    ANTP de Qualidade: 6.4.Volvo de Segurana: 8.3.

    Preservao de fachadas - construes de interesse histrico: 8.1.Prioridade - transporte coletivo: 5.3, 6.2.1 e 8.1.Problemas do transporte urbano - Brasil: 1.1 e 1.2.Programas de qualidade

    ambiental: 8.1.de segurana no trnsito: 8.3.do transporte pblico: 6.4 e 8.2.

    Programao visual: 6.2.1.Projeto de circulao: 7.1.

    de rea: 7.1.especiais: 7.8.

    Qualidadeambiental: 8.1.de vida: 4.1.do transporte pblico: 4.2 e 8.2.

    Radar: 7.7.Recife: 2.1, 6.2.1, 6.4.2, 6.6 e 8.1.Recursos

    econmico-financeiros: 1.3, 3.1, 3.2 e 3.3.humanos - capacitao: 2.5.

    Rede de alimentao eltrica: 8.1.Rede de utilidades pblicas: 5.1.

    290

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    Q

    R

    P

  • Rede viria bsica: 5.1.Regio Metropolitana

    da Grande Vitria: 6.1.de Belo Horizonte: 6.1.- projeto de servios: 6.2.2.

    Regulamentao- aspectos legais: 6.1.- competncia - transporte: 6.1.- servios de txi: 6.9.- transporte escolar: 6.8.- veculos de carga: 7.8.

    Restrio - automveis: 8.1.Reverso - sentido de circulao: 7.1.Ribeiro Preto: 6.2.1 e 6.11.Rio de Janeiro: 5.5, 7.1 e 8.1.Rio Grande do Sul: 6.8.Rodzio de veculos: 8.1.Rua exclusiva para nibus: 5.3.

    Salvador: 6.3.1 e 6.6.Santos: 5.5 e 8.1.So Paulo: 2.1, 2.6, 6.2.2, 6.3.1, 6.4.2, 6.8, 6.11, 7.1, 7.2, 7.3, 7.4, 7.5, 7.6, 7.7, 7.8,7.9, 7.10, 8.1 e 8.3.Segundo grau - Educao de trnsito - So Paulo: 7.6.Segurana de trnsito: 4.4, 7.6 e 8.3.Semforo: 7.4.Sentido de circulao - reverso: 7.1.Servios

    de txi - regulamentao: 6.9.exclusivos - portadores de deficincia: 6.11.noturnos: 6.2.1.

    Sest/Senat: 6.12.Sinalizao

    de trnsito: 7.2.- implantao: 7.2.- manuteno: 7.2.- normas: 7.2.

    Sistemade controle: 6.3.1.de qualidade: 6.4.de transporte - dados: 4.4.integrado: 8.1.tarifrio: 6.5.

    Sorocaba/SP: 6.3.1.

    Tarifade nibus: 6.5.de txi: 6.9.

    Txi: 6.9.Tecnologias

    de transporte: 6.2.1.no poluentes - transporte coletivo: 8.1.

    Templos religiosos, cinema e teatro - estacionamento: 7.3.

    ndice remissivo

    291

    S

    T

    R

  • Terceirizao: 3.6.Terminal de nibus: 6.6.Trnsito

    - avaliao: 4.1 e 4.4.- administrao: 2.4.- nibus: 6.2.1.- ordenao: 8.1.

    Transportebilhetagem: 6.3.2.clandestino: 6.1.coletivo - dados: 4.4.escolar: 6.8.fretado: 6.10.integrado: 6.6.metropolitano: 6.2.2.prioridade: 5.3, 6.2.1 e 8.1.pblico - gesto: 6.3.tecnologias no poluentes: 8.1.urbano: 1.1.

    Transporte e trnsito - condies: 1.3 e 4.1.Tratamento prioritrio - nibus: 5.3.Travessia

    de escolares: 7.6 e 8.3.de pedestres: 5.2.

    Trem de subrbio - Fepasa: 6.2.3.Trlebus: 8.1.

    Ubatuba: 5.5.Usurio

    - avaliao de qualidade: 6.4.3.- metr: 6.2.4.- participao: 2.6.

    Vale-transporte: 6.5.Vegetao: 8.1.Veculo

    a diesel -emisso de fumaa preta: 8.1.de carga - circulao: 7.8.especial: 6.7.nibus: 6.2.1 e 6.8.

    Velocidadecontrole: 7.7.radar: 7.7.

    Velocidade-retardamento: 4.4.Via exclusiva de nibus: 5.3.Vias

    - classificao funcional: 5.1.- carregamento: 4.4.de nibus: 5.3.de pedestre: 5.6.frreas: 5.4.

    VLT: 3.5.

    292

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    U

    V

    T

  • TRANSPORTE HUMANOCIDADES COM QUALIDADE DE VIDA

  • TRANSPORTE HUMANOCIDADES COM QUALIDADE DE VIDA

    1997

  • TRANSPORTE HUMANOCIDADES COM QUALIDADE DE VIDA

    Edio:ANTP - Associao Nacional de Transportes PblicosRua Augusta, 162601304-902, So Paulo, SPTel.: (011) 283-2299, fax (011) 253-8095E-mail: [email protected]

    1997, ANTP

    A ANTP agradece ao BNDES o apoio que tornou possvel a concluso e edio desta publicao.

    4

    ASSOCIAO NACIONAL DE TRANSPORTES PBLICOS - ANTP.A s 8 4 9 t Transporte Humano cidades com qualidade de vida. Coordenadores:

    Ailton Brasiliense Pires, Eduardo A l c n t a ra Vasconcellos, Ayrton Camargo e Silva. Apresentao: Rogerio Belda. So Paulo, A N T P, 1997.

    312 p. il.

    Inclui bibliografia com leituras adicionais.Apoio BNDES e IPEA.

    1. Desenvolvimento urbano Brasil. 2. Planejamento urbano Brasil. 3. Transporte urbano Brasil. 4. Trnsito urbano Brasil. 5. Infra-estrutura urbana Brasil. 6. Circulao urbana Brasil. 7. Poltica urbana Brasil. 8. Qualidade de vida urbana Brasil. I. Pires, Ailton Brasiliense, coord. II. Vasconcellos, Eduardo Alcntara, coord. III. Silva, Ayrton Camargo e, coord. IV. Belda, Rogerio, apres. V. Ttulo. VI. Ttulo: Projeto Transporte Humano - PTH.

    - CDD 380.50981- CDU (FID n 316) 711.434

    351.81:352- C.A. Cutters

    Bibliotecria: Tatiana Douchkin CRB 8/586. ISBN 85-86457-01-9

  • 7 Apresentao

    9 O Projeto Transporte Humano

    11 Objetivos

    Captulo 117 Desenvolvimento urbano e polticas de

    transporte e trnsito

    Captulo 227 Organizando as funes da Prefeitur a

    Captulo 359 Gerenciando os recursos

    Captulo 489 Conhecendo a demanda de transporte

    Captulo 599 Infra-estrutur a

    Captulo 6133 Transporte pblico

    Captulo 7213 Trnsito

    Captulo 8253 Programas especiais

    275 Leituras adicionais

    280 rgos e entidades citados

    285 ndice remissivo

    293 ndice de problemas tratados

    297 ndice geral

    309 Equipe tcnica

    5

    Sumrio

  • 6

  • A Associao Nacional de Transportes Pblicos - ANTPmarca os seus 20 anos de uma forma bem especial, com olanamento da publicao Transporte Humano Cidadescom Qualidade de Vida.

    Fruto de uma grande mobilizao junto a seus associados,esta publicao atesta o elevado grau de maturidade que osetor de transporte atingiu nos ltimos anos, perodo que seconfunde com a existncia da ANTP.

    A ANTP pretende, com essa publicao que visa difundirconhecimentos, contribuir de maneira decisiva para que asaes dos responsveis pelas polticas de tra n s p o r t eurbano e trnsito, levem ao aprimoramento dos serviosprestados por esse setor.

    Rogerio BeldaPresidente da ANTP

    7

    Apresentao

  • 8

  • A presente publicao Transporte Humano Cidades comQualidade de Vida faz parte do Projeto Transporte Humanoda A N T P. Este projeto compreende o desenvolvimento devrias aes institucionais, tcnicas, polticas e legais cujoo b j e t ivo reorganizar as cidades bra s i l e i ras e seus sistemasde transporte urbano, de forma a melhorar a qualidade devida nas cidades bra s i l e i ras. A publicao foi concebida paraservir de apoio na formulao de planos e polticas para os e t o r, constituindo-se em um roteiro bsico, elencando temasde interesse para os municpios e regies metropolitanas. Eleprope que as polticas de uso do solo, transporte e trnsitoformem um trip que seja a base de uma gesto voltada paraos objetivos citados.

    Seu lanamento coincide com o incio das administraesmunicipais que encerram o sculo XX e que, ao definiremos planos e polticas para o setor, determinaro a face dascidades no incio do novo sculo.

    O Projeto Transporte Humano ter continuidade com amultiplicao dos programas de capacitao tcnica junto sequipes responsveis pela gesto do trnsito, transporte e usodo solo, para que o roteiro bsico do Transporte Humano,Cidades com Qualidade de Vida permeie os planos eprojetos para o setor.

    A ANTP expressa o seu mais profundo agradecimento todos que se envolveram na produo desta publicao, emparticular aos especialistas que produziram os textos, sprefeituras e rgos tcnicos que enviaram subsdios einformaes e queles que contriburam financeiramentepara a realizao desse projeto.

    Ailton Brasiliense PiresDiretor Executivo da ANTP

    9

    O Projeto Transporte Humano

  • OBJETIVOS

    11

  • Esta publicao tem o objetivo de orientar as administraes municipais doBrasil sobre como formular e implementar polticas e aes de desenvolvi-mento urbano, transporte e trnsito. A sua importncia est relacionada ao in-tenso processo de urbanizao do pas, aos problemas da decorrentes e ne-cessidade da administrao pblica estar melhor informada e preparada paratomar as decises necessrias que garantam nveis adequados de servio detransporte e trnsito s populaes urbanas.

    A edio deste documento faz parte de um projeto mais amplo da A s s o c i a-o Nacional de Transportes Pblicos - ANTP denominado Projeto Tra n s p o r-te Humano - PTH, cujo objetivo propor formas de reorganizao das cida-des e do transporte urbano no Brasil para melhorar as condies de circ u l a-o e a qualidade de vida urbana para todos e garantir maior eficincia e c o n o m i a .

    A primeira atividade desse projeto foi o lanamento, nos meados de 1996, deuma pequena cartilha, o Projeto Transporte Humano, contendo suas idiasbsicas. Esse documento foi amplamente divulgado aos prefeitos e membrosdo Poder Legislativo (municipal, estadual e federal), s principais lideranassetoriais e empresariais e aos principais candidatos a prefeito de centenas decidades do pas. Tudo isso visando fortalecer a presena do transporte pblicono clima eleitoral das eleies municipais.

    A segunda etapa do Projeto Transporte Humano foi a elaborao desta publi-cao. A deciso de organiz-la partiu do Conselho Diretor da ANTP a partirde um encontro nacional dos seus membros dirigentes, realizado em 1995 noRio de Janeiro - que poca chamou-se Agenda Guanabara. Ali surgiu a idiade redigir um documento de grande abrangncia, que retratasse a rica expe-rincia bra s i l e i ra em transporte urbano e trnsito de uma forma til para os ad-m i n i s t radores e interessados. O documento deveria incluir exemplos de expe-rincias bem-sucedidas que pudessem ser transplantadas para outras cidades, semelhana dos relatos sobre projetos exitosos que ocorrem no mbito dosFruns de Secretrios de Transporte Urbano coordenados pela ANTP - nos n-veis nacional e estadual - e dentro do esprito que norteou o encontro HabitatII realizado pela ONU em Istambul, em 1996.

    Esta publicao no , portanto, um manual tcnico com instrues deta-lhadas sobre a execuo de projetos e nem substitui o trabalho tcnico queprecisa ser feito, caso a administrao municipal opte por implementar al-guma soluo aqui citada. Ele tem carter de orientao, contendo propos-tas de polticas e aes de desenvolvimento urbano, transporte e trnsito,p a ra que os interessados possam conhecer como tm sido tratadas estasquestes no Brasil e ento decidir quais devem ser as medidas que interes-sam aos seus municpios.

    12

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

  • Para a redao deste documento, a ANTP definiu um plano de trabalho quecontou com a colaborao de muitas pessoas e entidades.

    A produo e a reviso dos textos foram divididas entre a equipe tcnica daANTP - alm de membros dos Conselhos Diretor e Consultivo -, associados in-d ividuais e rgos e empresas associadas interessadas em colabora r. A partir daexperincia particular de cada um, a coordenao tcnica dividiu o trabalho deredao, estipulando um formato padro que facilitasse a tarefa e a posterior lei-t u ra dos textos. Pa ralelamente, foi distribuda uma ficha padro para todo o pas,na qual se pediam indicaes sobre projetos e idias/experincias bem-sucedi-das nas reas de poltica urbana, de transportes e de trnsito. Fo ram recebidasdezenas de sugestes, que formaram um banco de dados a partir do qual fora mselecionados alguns casos para insero no texto final. A seleo procurou iden-tificar casos relevantes dentro da experincia acumulada no Brasil, para servir deorientao formulao e implementao de polticas de transporte e trnsito.

    Na definio desta relevncia, foram considerados principalmente os seguin-tes critrios:- a soluo adotada est em pleno funcionamento;- o projeto foi considerado exitoso pela maioria das pessoas envolvidas ou afe-

    tadas por ele;- a soluo transplantvel para outros locais ou outras cidades;- a soluo adotada apresenta um perfil de ao integrada, que compatibiliza

    melhor os aspectos urbansticos, de transportes e de trnsito, e propicia me-lhoria de condies relevantes como a qualidade, a segurana, o conforto, ocusto e a eficincia dos deslocamentos de pessoas ou mercadorias;

    - no caso de experincia/idia, o exemplo tem qualidades que justificam suameno.

    A no incluso de alguns casos no representa a sua reprovao, mas apenasa necessidade de respeitar limites de espao e evitar repeties.

    Parte importante do processo de organizao do documento foi o contato rea-lizado com candidatos a prefeito de cidades mdias e grandes no pas. Estescandidatos foram visitados em 1996 por representantes da ANTP, tendo-se dis-cutido o problema geral do transporte e do trnsito urbanos, bem como o Pro-jeto Transporte Humano da ANTP. As concluses destas reunies serviram paraorientar o tratamento dado a vrios dos temas aqui contemplados.

    Os textos em sua forma inicial foram lidos e comentados pelos redatores e pelaequipe da ANTP e seus colaboradores mais prximos - alm de pessoas com re-conhecida experincia no setor pblico. Os objetivos do trabalho e os exemplosa serem utilizados foram enviados aos Conselhos Diretor e Consultivo para cr-ticas, sugestes e aprovao final. O texto final de responsabilidade da A N T P.

    Objetivos

    Processo de trabalho

    13

  • Para tornar o documento de fcil leitura, ele foi organizado em captulos refe-rentes s principais reas de ao das administraes municipais. A primeiraparte (captulo 1) explica a viso da ANTP sobre o desenvolvimento urbano noBrasil e o papel das polticas pblicas, enfatizando a importncia da melhoriada qualidade da vida urbana e a relevncia do transporte pblico como eixocentral para a reorganizao das nossas cidades.

    A segunda parte (captulos 2 a 4) contm discusses gerais sobre o processode planejamento e de organizao da administrao municipal, para desem-penhar adequadamente suas funes. Aqui esto enfatizadas as funes prin-cipais referentes ao planejamento urbano, ao planejamento de transporte e aoplanejamento da circulao, de cuja conduo coordenada depende o suces-so da interveno. So discutidas tambm as aes referentes gesto dos re-cursos econmicos e avaliao da demanda de transporte.

    A terceira parte (captulos 5 a 7) descreve as formas de tratamento das ques-tes relativas infra-estrutura, ao transporte pblico e ao trnsito, com a cita-o de projetos e experincias relevantes. Para os casos citados, so forneci-dos nome e endereo de contato dos rgos e entidades responsveis, parapermitir aos interessados o acesso a informaes adicionais.

    A quarta parte (captulo 8) d exemplos de programas especiais, de qualidadeambiental, qualidade no transporte pblico e segurana de trnsito.

    A ltima parte apresenta as leituras adicionais recomendadas, a lista de rgose entidades responsveis pelos projetos citados, os ndices remissivo (assun-tos), de problemas tratados e geral, a equipe tcnica responsvel pelo trabal-ho e os rgos e entidades que colaboraram para a sua execuo.

    No decorrer do texto, as entidades/empresas podem vir citadas por uma siglaou nome fantasia. O nome por extenso est contido no final do documento.

    Estrutura econtedo desta

    publicao

    14

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    O Frum Nacional de Secretrios de Transporte Urbano foi criado em 21/06/90,com o objetivo de reunir os responsveis pela gesto de transporte e trnsitourbano, visando estabelecer um canal permanente de divulgao e troca deexperincias bem-sucedidas nessas reas. Ele coordenado pela ANTP. No incio,as discusses estavam mais centradas no problema tarifrio, mas, com o fim doprocesso inflacionrio, houve a oportunidade de tratar vrios temas relevantescomo legislao, financiamento, planos diretores e de transporte, programas dereduo de acidentes e de qualidade no transporte e fiscalizao. Dentre os temasespecficos tratados em profundidade pelo Frum, destacam-se o vale-transporte, ofinanciamento do transporte pblico e o novo Cdigo de Trnsito Brasileiro.

    O Frum dirigido por um presidente e cinco vice-presidentes, correspondentes aquatro regies (Norte/Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul) e s regiesmetropolitanas. Hoje ele congrega cerca de 80 municpios, que correspondem acerca de 70% da populao urbana do pas. J foram realizadas 31 reuniestrimestrais. Em decorrncia do sucesso dos fruns nacionais, passaram a ocorrerfruns regionais, principalmente em So Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

    Graas s aes j desenvolvidas, o Frum Nacional dos Secretrios de TransporteUrbano est consolidado como um importante centro de discusso das principaisquestes de transporte e trnsito no pas.

    Informaes adicionais: ANTP.

    O Frum Nacional deSecretrios de

    Transporte Urbano

  • Esta publicao constitui a primeira verso do trabalho. Ela dever ser atuali-zada periodicamente, utilizando o banco de dados que vem sendo organiza-do sobre as experincias urbanas, de transporte e trnsito feitas no Brasil. Paraisso, solicitamos que as Prefeituras continuem a mandar para a ANTP relatosabreviados de todas as experincias relevantes que possam ser transplantadaspara outras cidades.

    O documento foi organizado de forma a ser de fcil consulta pelos interessa-dos. Ele est dividido em captulos correspondentes a temas relevantes, queesto associados aos problemas mais comuns enfrentados pelas cidades. Almdisso, contm ndices especiais por assuntos e problemas, que procuraram tera maior abrangncia possvel.

    Ele pode ser consultado a partir do ndice geral (p. 297) e de dois ndices espec-ficos, o ndice remissivo (assuntos, projetos) e o ndice de problemas tra t a d o s .

    Para obter informaes sobre idias, projetos e solues adotadas, a melhorforma entrar pelo ndice remissivo (p. 285).

    Exemplo de assunto: Faixas exclusivas de nibus: 5.3

    A pessoa interessada em analisar um determinado problema pode comearprocurando no ndice de problemas tratados (pg. 293), do qual consta o itemem que ela encontrar a descrio das formas de tratamento deste problemaespecfico.

    Exemplo de problema:Operao deficiente do transporte pblico: 6.2 e 6.3.1

    Os exemplos esto brevemente descritos em boxes. Para mais detalhes sobreestas solues, existe sempre uma referncia sobre qual cidade e rgo/enti-dade adotou a soluo. Ao final do documento, existe uma lista comendereos e telefones destes rgos (p. 281). A publicao sugere algumas lei-t u ras tcnicas adicionais, referentes a artigos publicados na Revista dos Tra n s-portes Pblicos da ANTP ou a textos/artigos considerados relevantes pela co-munidade tcnica que participou de sua elaborao (p. 275).

    Objetivos

    Continuidade do trabalho

    Como usar estapublicao

    15

  • DESENVOLVIMENTO URBANO EPOLTICAS DE TRANSPORTE E

    TRNSITO

    Captulo 1

    17

  • As cidades bra s i l e i ras - assim como as dos demais pases em desenvolvimento -apresentam graves problemas de transporte e qualidade de vida. Queda da mo-bilidade e da acessibilidade, degradao das condies ambientais, congestio-namentos crnicos e altos ndices de acidentes de trnsito j constituem proble-mas em muitas cidades.

    Esta situao decorre de muitos fatores sociais, polticos e econmicos, masderiva tambm de decises passadas relativas s polticas urbanas, de trans-porte e de trnsito. As maiores cidades brasileiras, assim como muitas grandescidades de pases em desenvolvimento, foram adaptadas nas ltimas dcadaspara o uso eficiente do automvel - cuja frota cresceu acentuadamente -, pormeio da ampliao do sistema virio e da utilizao de tcnicas de garantiade boas condies de fluidez. Formou-se, assim, uma cultura do automvel,que drenou muitos recursos para o atendimento de suas necessidades. Parale-lamente, os sistemas de transporte pblico, apesar de alguns investimentos im-portantes em locais especficos, permaneceram insuficientes para atender demanda crescente e tm vivenciado crises cclicas ligadas principalmente incompatibilidade entre custos, tarifas e receitas, s deficincias na gesto ena operao e s dificuldades de obter prioridade efetiva na circulao. Elesexperimentaram um declnio na sua importncia, na sua eficincia e na suaconfiabilidade junto ao pblico, tornando-se um mal necessrio para aque-

    18

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    1.1.Os problemas do

    transporte urbano

    Aumento do congestionamento e da ineficincia

    Com o aumento do trfego, o transporte pblico torna-se mais lento e menosconfivel, reduzindo sua demanda e sua receita. So necessrios mais veculospara prestar o mesmo servio e os custos aumentam. Os usurios cativos dotransporte pblico so prejudicados e usurios potenciais so desestimulados.Aqueles que podem transferem-se para o transporte particular, aumentando ocongestionamento e alimentando o crculo vicioso.

    Figura 1.1Os crculos viciosos docongestionamento e da

    expanso urbana

    Aumenta onmero deautomveis

    Menos pessoas usamo transporte pblico

    Transporte pblicomais lento e

    menos confivel

    Usurios cativos(maioria) so prejudicados

    Aumenta o congestionamento,

    a poluio e aineficincia

  • les que no podem dispor do automvel. Conseqentemente, formou-se nopas uma separao clara entre aqueles que tm acesso ao automvel e aque-les que dependem do transporte pblico, refletindo, na prtica, as grandes dis-paridades sociais e econmicas da nossa sociedade. Enquanto uma parcela re-duzida desfruta de melhores condies de transporte, a maioria continua limi-tada nos seus direitos de deslocamento e acessibilidade.

    Esta situao permanece e tende a se agravar: a falta de transporte pblico dequalidade estimula o uso do transporte individual, que aumenta os nveis decongestionamento e poluio. Esse uso ampliado do automvel estimula nomdio prazo a expanso urbana e a disperso das atividades, elevando o con-sumo de energia e criando grandes diferenas de acessibilidade s atividades.A ausncia de planejamento e controle que ordenem o uso e a ocupao dosolo acaba por deixar que o desenho da cidade seja resultante exclusivamen-te de foras de mercado, que tendem a investir nas reas de maior acessibili-dade, freqentemente com graves impactos ambientais e sobre o sistema decirculao local. Caladas e reas verdes so progressivamente utilizadas paracirculao ou estacionamento de veculos. Ruas de trnsito local transformam-se em vias de articulao do sistema virio, praas se transformam em rotat-rias, cruzamentos semaforizados ou terminais, e reas de fundo de vale pas-sam a abrigar avenidas.

    Captulo 1 - Desenvolvimento urbano e polticas de transporte e trnsito

    19

    Expanso urbana e insustentabilidade

    As facilidades de uso do automvel incentivam a expanso urbana. As distnciasaumentam e novas vias so necessrias. As redes de equipamentos pblicos -gua, esgoto, iluminao - tornam-se mais caras. Os nibus precisam trafegarmais, reduzindo sua rentabilidade. Algumas reas tornam-se crticas, com otransporte pblico altamente deficitrio. A rea urbana aproxima-se dainsustentabilidade.

    Usurios cativos(maioria) soprejudicados

    Servios de transportepblico so eliminados

    Uso do automvel incentivado

    Expanso urbana incentivada

    Transporte pblicofica menos eficiente

    Aumenta interessepelo automvel

    Aumentam asdistncias e os custosa

  • Fonte: CMSP, Perfil das viagens dirias da populao da metrpole, 1993.IPLAN/RJ, Processo de estruturao dos transportes na RMRJ - PTM (1994-5)

    1. 15 capitais.2. 16 cidades mdias.Fonte: Anurio ANTP dos Transportes Urbanos, 1994.

    At 2 horas 54,5

    De 2 a 3 horas 24,6

    De 3 a 4 horas 12,7

    Mais de 4 horas 8,2

    Os principais problemas verificados com este modelo de desenvolvimento so:- A produo de situaes crnicas de congestionamento, com elevao dos tem-

    pos de viagem e reduo da produtividade das atividades urbanas. No caso ex-tremo da Regio Metropolitana de So Paulo, estima-se que sejam desperdia-das cerca de 2,4 milhes de horas por dia nos deslocamentos, em relao ao queseria possvel com um sistema melhor balanceado. O impacto desta restrio demobilidade e acessibilidade sobre a vida das pessoas e a economia enorme.

    - O prejuzo crescente ao desempenho dos nibus urbanos, principalmente naforma de reduo da sua velocidade causada pelo uso inadequado do espa-o virio pelos automveis, com impactos diretos nos custos da operao, naconfiabilidade, na atra t ividade do sistema e nas tarifas cobradas dos usurios.Em grandes cidades, um nmero elevado de pessoas gasta muito tempo nosseus deslocamentos por transporte coletivo, chegando a mais de 2 horas pordia para quase 50% delas, no caso extremo de So Paulo (tabela 1.1). O tem-po de acesso fsico ao sistema dificultado pelos problemas de oferta fsica eespacial, tornando o transporte pblico muito mais desvantajoso que o tra n s-porte particular (grfico 1.1). Finalmente, a necessidade de realizar tra n s f e r n-cias causa desconforto e aumento de custos e tempo de viagem (tabela 1.2).

    - O decrscimo no uso do transporte pblico regular: a reduo dos investi-mentos necessrios ao transporte pblico, a paralisao de obras iniciadase, em alguns casos, o abandono de sistemas j constitudos, levam quedano nvel de servio, na confiabilidade e na atratividade do transporte pbli-co. Adicionalmente, a manuteno de grandes diferenas de qualidade esti-mula o uso do transporte individual para os setores de classe mdia. Nas ci-dades grandes e mdias do pas, o nmero de passageiros utilizando o trans-

    20

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    Tabela 1.1Regio Metropolitana de So Paulo

    Tempo de viagem no t r a n s p o rte pblico

    1 9 9 3

    Tabela 1.2Regio Metropolitana de So Paulo

    e do Rio de JaneiroN m e ro de transferncias em

    viagens por transporte pblico1993 e 1994

    Tabela 1.3Brasil

    Declnio do uso do transportepblico por nibus

    1990 - 1993

    Tempo gasto/dia/pessoa Viagens (%)

    Fonte: CMSP, Perfil das viagens dirias da populao da metrpole, 1993.

    Transferncias Viagens (%)

    So Paulo Rio de Janeiro

    Tipo de cidade Pass/ano (milhes) Pass/ano (milhes) Reduo (%)1990 1993

    Uma 24 23

    Duas ou mais 4 2

    Total 28 25

    Capitais1 5.300 4.857 8,4

    Cidades mdias2 962 901 6,3

  • porte pblico regular vem caindo (tabela 1.3). A maior parte dos sistemas so-bre trilhos, representando grandes investimentos da sociedade, encontra-sesubutilizada (grfico 1.2). Parte da reduo de demanda deve-se tambm sua transferncia para servios no regulamentados (peruas e vans), cujaparticipao vem aumentando muito no Brasil (ver item 6.1)

    - O aumento da poluio atmosfrica, causando prejuzos graves sade dapopulao, ao patrimnio histrico, s obras e monumentos. O nmero dedias com ndices inadequados de concentrao de poluentes j alcana 10%do total no caso extremo da Regio Metropolitana de So Paulo (grfico 1.4).

    - O aumento e a generalizao dos acidentes de trnsito: o Brasil apresenta ndi-ces elevadssimos de acidentes de trnsito - dentre os maiores do mundo - dadaa incompatibilidade entre o ambiente construdo das cidades, o comportamen-to dos motoristas, o grande movimento de pedestres e a precariedade da edu-cao e da fiscalizao do trnsito. O Departamento Nacional de Trnsito re-gistrou, em 1994, mais de 22 mil mortes no trnsito do pas e mais de 330 milferidos. Estes nmeros podem ser considerados subestimados, frente ao subre-gistro e ocorrncia de mortes aps o acidente. O custo global pode ser esti-mado em mais de US$ 3 bilhes por ano, sem contar os prejuzos aos que ad-quirem deficincias fsicas permanentes (tabela 1.4). Nas grandes capitais, omaior nmero de mortos est na condio de pedestre - em Belo Horizonte,perto de 80%, em So Paulo, 60% -, atestando a violncia do trnsito bra s i l e i-ro. Os ndices mdios verificados em grandes cidades bra s i l e i ras so muito su-periores aos de cidades de pases desenvolvidos (grfico 1.5).

    - A necessidade de investimentos crescentes no sistema virio: para atender demanda crescente do uso do automvel, ocorrem contnuas adaptaes e

    Captulo 1 - Desenvolvimento urbano e polticas de transporte e trnsito

    21

    Grfico 1.1Regio Metropolitana de So PauloTempo de acesso (andando) at osmeios de transport e1 9 8 7

    Fonte: CMSP, Pesquisa origem-destino, 1987.

    Automvel Txi nibus Trem Metr

  • ampliaes do sistema virio, freqentemente com custos elevados; conside-rando que o consumo do espao virio altamente diferenciado pela renda- sendo muito maior no caso de quem usa o automvel (tabela 1.5 e grfico1.6) -, esta poltica desvia recursos que poderiam ser utilizados para melho-rar as condies gerais de transporte para toda a populao.

    - A violao das reas residenciais e de uso coletivo, bem como a destruio dopatrimnio histrico e arquitetnico, devido abertura de novas vias e reas deestacionamento, ao remanejamento do trfego para melhorar as condies defluidez e ao uso indiscriminado das vias para o trfego de passagem.

    - A reduo das reas verdes e a impermeabilizao do solo, causadas pelat ransformao do uso do solo e pela expanso da rea pavimentada ligada aoaumento do trfego motorizado.

    Os custos para a sociedade brasileira deste modelo inadequado de transporteurbano so socialmente inaceitveis e constituem importante obstculo sob oponto de vista estratgico. A permanncia do modelo atual assim incompa-tvel no apenas com uma melhor qualidade de vida em uma sociedade ver-dadeiramente democrtica, mas com a preparao do pas para as novas exi-gncias relacionadas s grandes transformaes econmicas contemporneas.

    A necessidade de uma grande mobilizao evidente. Hoje mais de 75% dapopulao bra s i l e i ra residem em reas urbanas, nas quais a maioria das pes-soas depende do transporte pblico para deslocar-se. As condies atuais det ransporte so inadequadas para a maioria da populao, pelo desconforto,congestionamentos e acidentes. As nossas grandes cidades constituem a base

    1.2.O transporte urbanoe o futuro do Brasil

    22

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    Tabela 1.4Brasil

    Acidentes de trnsito1994

    Tabela 1.5Regio Metropolitana de So Paulo

    Distncia perc o rrida por pessoa mvel1, por dia

    1 9 8 7

    Tipo Nmero/ano1 Custo unitrio Custo total(US$) (US$ milhes)

    Renda familiar mensal Pblico Privado A p3 Total(US$) (km/dia)2 (km/dia)2 (km/dia) (km/dia)

    1. Fonte: Denatran, Acidentes de trnsito no Brasil, 1995.2. Danos materiais apenas. Fonte: CET, Acidentes de trnsito, 1992.3. Mdia ponderada de custos de ferimentos graves (US$ 10.000) e leves (US$ 2.000), adotando

    proporo por tipo de ferimento igual verificada na cidade de So Paulo em 1991 (CET, 1992).4. H controvrsia sobre este tipo de valorao; a cifra usada consta de estudos internacionais.

    1. Pessoa que realiza viagens.2. Como a pesquisa OD no registra a distncia percorrida, os valores foram estimados utilizando as

    distncias entre centrides de zona;3. Valores estimados, assumindo-se velocidade de 4 km/h.Fonte: Leitura adicional n 129.

    Acidentes com vtimas 246.693 8002 197

    Feridos 337.576 3.9203 1.323

    Mortos 22.393 80.0004 1.791

    Total 3.391

    < 240 10,0 1,4 1,7 13,1

    240 - 480 11,1 2,2 1,4 14,7

    480 - 960 11,2 4,2 1,1 16,5

    960 - 1.800 9,3 7,8 0,8 17,9

    > 1.800 5,7 14,1 0,4 20,2

  • da produo industrial e de servios do pas e da sua eficincia depender emg rande parte a eficincia da economia bra s i l e i ra nas prximas dcadas. Nessesentido, o final do sculo antecipa um quadro preocupante. As dificuldades nosdeslocamentos de pessoas e de mercadorias, aliadas aos acidentes de trnsitoe poluio atmosfrica, devero agrava r-se, medida em que a urbanizaoprosseguir e a economia crescer. As cidades maiores tero seus problemas, cus-tos e deseconomias aumentadas exponencialmente e as cidades mdias come-aro a vivenciar graves problemas de deslocamento de pessoas e merc a d o r i a s .

    A relevncia destes impactos negativos requer com urgncia um reexame do mo-delo atual de transporte e circulao das cidades bra s i l e i ras, que garanta uma me-lhor distribuio das oportunidades de deslocamento, ao lado de uma maior efi-cincia geral. Isto s pode ser obtido caso o processo de desenvolvimento urbanoe as polticas de transporte e trnsito sejam revistas, de forma a gerar um balancea-mento mais adequado entre os vrios modos, que otimize a eficincia geral do sis-tema e garanta condies adequadas para a maioria dos usurios. Pa ra se obter es-tes resultados, as polticas necessrias devem ser adotadas de forma a gara n t i r :- melhor qualidade de vida para toda a populao, traduzida por melhores

    condies de transporte, segurana de trnsito e acessibilidade para realiza-o das atividades necessrias vida moderna;

    - eficincia, traduzida pela disponibilidade de uma rede de transportes inte-grada por modos complementares trabalhando em regime de eficincia,com prioridade efetiva para os meios coletivos;

    - qualidade ambiental, traduzida pelo controle dos nveis de poluio atmos-frica e sonora, pela proteo do patrimnio histrico, arquitetnico, cultu-ral e ambiental e das reas residenciais e de vivncia coletiva contra o trn-sito indevido de veculos.

    Captulo 1 - Desenvolvimento urbano e polticas de transporte e trnsito

    23

    Grfico 1.2BrasilUso dos sistemas sobre trilhos1993

    Fonte: Anurio ANTP dos Transportes Urbanos, 1993.

    Trem Metr

  • A cidade ideal no existe. Cada cidade tem condies especficas, com seusprprios problemas, e deve procurar solues adequadas a eles. As soluesvariaro por regio e em funo das dimenses de cada cidade. No entanto,pode-se afirmar que existem algumas caractersticas que mostram situaestimas, em vrias reas de atuao. Cada cidade deve, assim, verificar comose posiciona frente a estas situaes, qual a distncia que a separa das mes-mas, e como pode delas se aproximar - respeitando suas caractersticas. A per-gunta central qual a cidade desejada no futuro?.

    A seguir so resumidas brevemente as caractersticas gerais mais desejveispara as nossas cidades.

    Desenvolvimento urbano

    - Disponibilidade de plano diretor efetivo, de leis de zoneamento e cdigo deedificaes.

    - Expanso urbana adaptada s limitaes ambientais e capacidade de ofer-ta de infra-estrutura (sistema virio, caladas, gua, esgoto, iluminao p-blica), de equipamentos pblicos (escolas, hospitais) e de meios pblicos detransporte.

    - Renovao urbana condicionada minimizao dos impactos sobre os sis-temas de transporte e trnsito, com ressarcimento de custos por parte dosempreendedores.

    1.3.Pensando solues:

    existe a cidadeideal?

    24

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    Grfico 1.3Emisso de monxido de

    carbono por tipo de transporte

    Grfico 1.4Regio Metropolitana de So Paulo

    Condio mdia (porcentagem de dias) da concentrao de

    p o l u e n t e s1 9 9 4

    1. Considerando 1,5 pessoa por automvel e 50 pessoas por nibus.

    1. Partculas inalveis.Fonte: Cetesb, Relatrio da qualidade do ar no Estado de So Paulo, 1994.

    Automvel nibus

  • Organizao institucional

    - Integrao das atividades de planejamento urbano, de transporte e da cir-c u l a o .

    - Elaborao de planos integrados de transporte e trnsito.- Disponibilidade de recursos humanos capacitados.- Transparncia nas decises sobre as polticas urbanas, de transporte e de

    trnsito.

    Recursos econmico-financeiros

    - Definio clara da poltica de investimentos, das fontes e das destinaes dosrecursos.

    - Manuteno de programa de captao de recursos extraordinrios.- Manuteno de programas de parceria com a iniciativa privada.- Procura de equilbrio econmico-financeiro geral.

    Infra-estrutura de transporte

    - Sistema virio hierarquizado - com trfego compatvel com cada tipo de viae com o uso do solo local.

    - Definio clara das reas de restrio ao trfego intenso ou inadequado.- Definio clara das vias a serem utilizadas pelo transporte pblico e das ga-

    rantias de uso prioritrio.

    Captulo 1 - Desenvolvimento urbano e polticas de transporte e trnsito

    25

    Grfico 1.5ndices de acidentes em reas urbanas1994

    Fonte: Denatran, Acidentes de trnsito no Brasil (1995) para cidades brasileiras e CET, acidentes detrnsito (1992) para cidades de outros pases.

  • Condies de transporte e trnsito

    - Sistema de transporte pblico integrado e eficiente, com:- cobertura espacial ampla, levando a tempos curtos de caminhada at os

    pontos de embarque;- oferta adequada de viagens, com tempos curtos de espera nos pontos de

    embarque;- bom conforto interno aos veculos;- informao abundante e de qualidade para os usurios;- integrao fsica e tarifria entre as vrias modalidades de transporte pbli-

    co, com os automveis e o transporte no-motorizado;- boas velocidades mdias;- custo acessvel a todos, com subsdios controlados socialmente;- adaptao para acesso e uso de segmentos especiais (crianas, portadores

    de deficincia, idosos).- Sistema de trnsito eficiente, com:

    - baixos ndices de acidentes de trnsito;- altos ndices de respeito s leis de trnsito;- bom desempenho do trnsito geral.

    Condies ambientais

    - Baixos nveis de concentrao de monxido de carbono (CO) e material par-ticulado (MP) na atmosfera.

    - Baixos nveis de rudo.

    Para que estas condies sejam alcanadas, h uma srie de medidas que po-dem ser adotadas. Elas esto discutidas nos captulos seguintes, divididas porrea de atuao. importante salientar, conforme descrito nos textos seguin-tes, que as medidas no so isoladas, devendo sempre ser planejadas e im-plantadas considerando outras aes relevantes a elas relacionadas.

    26

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    Grfico 1.6Regio Metropolitana de So Paulo

    Uso do espao virio por pessoaem transporte motorizado

    1 9 8 7

    1. Multiplicando a distncia linear percorrida por dia pela taxa de ocupao do modo utilizado (0,6 m2/pessoa em nibus a 4,6 m2 por pessoa em automvel); adotando uso do espao da classe de renda 1como igual a 1. Fonte: Leitura adicional n 128.

  • 27

    ORGANIZANDO AS FUNES DA PREFEITURA

    Captulo 2

  • A cidade um sistema complexo de relaes que est em permanente mudan-a. A forma como o solo usado e ocupado e as condies socioeconmicasdos habitantes determinam a quantidade e o tipo de deslocamentos necess-rios, que precisam ser atendidos utilizando a infra-estrutura viria e os vecu-los disponveis. A gesto deste complexo sistema de relaes requer a uniode esforos entre Estado e sociedade, bem como a organizao adequada daadministrao pblica.

    A Constituio de 1988 consagrou o papel das diferentes esferas de governo, emparticular fortalecendo os municpios que podem ter atuao importante na de-finio de polticas de transporte e trnsito. Os municpios possuem competn-cia para dar incio ao tratamento da maior parte dos problemas que o afetamnesta rea:- exercendo seu poder de propor e monitorar a poltica de uso do solo;- exercendo seu poder de formular a poltica de circulao e de transporte

    adequada aos seus cidados;- assumindo o papel de gestor e operador do sistema de circulao de pessoas

    e de mercadorias;- definindo as tarifas do transporte pblico local e estabelecendo a poltica de

    cobertura dos custos do sistema;- tomando iniciativas para o estabelecimento de parcerias, seja com o setor

    privado, seja com outros rgos pblicos, para a soluo de problemas lo-cais ou regionais;

    - implantando mecanismos destinados recuperao dos frutos da va l o r i z a oimobiliria provocada pelas intervenes pblicas e privadas em seu territrio.

    Para compreender as possibilidades de interveno da administrao munici-pal, convm avaliar as condies de transporte e trnsito segundo trs reasprincipais. Estas reas esto fortemente interrelacionadas, como ser detalha-do frente, mas sua identificao independente colabora para o entendimen-to da ao pblica.

    Planejamento urbano: a atividade que define as condies de uso e ocupa-o do solo - como por exemplo os usos habitacional, industrial, comercial ede lazer. Ela define tambm a localizao dos equipamentos pblicos comoescolas, parques, hospitais e conjuntos habitacionais. Os deslocamentos coti-dianos das pessoas e das mercadorias entre origens e destinos so portanto di-retamente influenciados pelas decises do planejamento urbano. Esta ativida-de est normalmente ligada Secretaria de Planejamento da Prefeitura, embo-ra possa estar sob a responsabilidade de outros rgos municipais.

    Planejamento de transporte: a atividade que define a infra-estrutura necess-ria para assegurar a circulao de pessoas e mercadorias e os sistemas detransporte que estaro sujeitos regulamentao pblica. No primeiro caso,so definidos dois componentes: ruas, caladas, ferrovias, ciclovias e hidro-vias; e terminais de passageiros ou de cargas. No segundo caso, o planejamen-to de transporte define a tecnologia a ser utilizada e o nvel de servio a serofertado - veculos, itinerrios, freqncia de viagens, tarifas, formas de con-

    2.1.Coordenao geral

    das aes

    Formas de ao

    28

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

  • trole. Ao definir estes sistemas, o planejamento de transporte condiciona aacessibilidade ao espao por parte das pessoas, podendo melhor-la ou pio-r-la conforme a deciso especfica tomada. O planejamento de transporteest normalmente ligado a uma secretaria municipal de transportes. Em mui-tas cidades, a definio do sistema virio est ligada a uma outra secretaria,por exemplo, do sistema virio ou de obras.

    Planejamento da circulao: a atividade ligada ao trnsito ou seja, aquelaque define como a infra-estrutura viria poder ser utilizada por pessoas e ve-culos. Esta definio envolve tambm as atividades de administrao do apa-rato de trnsito, de fiscalizao sobre o comportamento dos usurios e de pro-moo da educao para o trnsito. Ao definir como as vias podem ser usa-das, o planejamento da circulao influencia a escolha dos caminhos e dosmeios de transporte que tm melhores condies de serem utilizados. O pla-nejamento da circulao est ligado aos rgos municipais de trnsito ou en-to includo na secretaria municipal de transportes.

    Captulo 2 - Organizando as funes da Prefeitura

    Figura 2.1Integrao de polticas urbanase de transporte

    29

  • Plano diretor I n f r a - e s t rutura de circulao Planejamento de trnsitoLei de zoneamento - vias, caladas, ferrovias, Definio dos padres de Cdigo de obras ciclovias, hidrovias circulao e sinalizaoRedes de servios pblicos Terminais de passageiros Operao do trnsitoRegulamento de plos Terminais de carga Policiamentogeradores Financiamento da FiscalizaoOperaes urbanas infra-estrutura e dos meios Educao para o trnsito

    de transportes pblicos e Programas especiaisprivadosOferta de meios pblicos de transporte, regulares e especiaisTecnologia, nvel de servio e tarifaoControle do desempenho do transporte pblicoProgramas especiais

    Estas trs reas tm relao direta entre si. Alguns dos exemplos mais comunsdesta interrelao so:- a definio de uma rea como regio habitacional, pelo planejamento urba-

    no, cria uma necessidade de transporte das pessoas entre o local e as ativ i d a-des de trabalho e educao, assim como uma necessidade de abastecimentoda regio por mercadorias. A necessidade de infra - e s t r u t u ra e de meios det ransporte vai ento afetar o planejamento de transporte e a necessidade deorganizar o trnsito nas vias vai afetar o planejamento da circ u l a o ;

    - a implantao de uma nova infra-estrutura de transporte definida pelo plane-jamento de transporte - via, corredor de nibus, metr - aumenta a acessibi-lidade das regies por ela servidas. Isso provoca, no mdio prazo, uma pres-so pela alterao no uso e na ocupao do solo, afetando o planejamentourbano. Provoca tambm, freqentemente no curto prazo, um aumento ouuma modificao do trfego local, afetando o planejamento da circulao;

    - a mudana das mos de direo de determinadas vias pelo planejamento dacirculao - associada ao aumento do trfego - cria presses de mdio pra-zo para mudanas no uso e na ocupao do solo, afetando o planejamentourbano. Da mesma forma, pode aumentar o grau de congestionamento, comimpactos nas decises do planejamento de transporte, a respeito da necessi-dade de nova infra-estrutura ou meios de transporte.

    A conduo desarticulada das aes desenvolvidas por estas trs reas podetrazer muitos prejuzos. Assim, a coordenao de esforos entre elas deveconstituir um dos principais objetivos da reorganizao das cidades brasilei-ras. Esta coordenao pode trazer muitos benefcios, dentre as quais se desta-cam a compatibilizao do desenvolvimento urbano com o sistema de trans-portes, a otimizao dos recursos pblicos e privados e a melhoria da quali-dade de vida na cidade.

    O quadro 2.1 resume as principais atividades ligadas s trs reas de ao. Es-tas atividades encontram-se descritas neste e nos captulos seguintes do livro.

    30

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    Quadro 2.1Atividades ligadas ao

    planejamento urbano, detransporte e de trnsito

    Planejamento urbano Planejamento de transporte Planejamento de circulao

  • A criao e a estruturao de um rgo para exercer o planejamento e ocontrole do transporte e do trnsito so providncias bsicas que a Prefeituradeve tomar visando assegurar as necessidades de deslocamento da populaocom segurana e confiabilidade. A partir de estruturas mais simples - como oconselho de trnsito e transportes - pode-se evoluir gradativamente para umaentidade de atuao abrangente e permanente.A escolha, pela administrao municipal, da estrutura mais adequada ao gerencia-mento do trnsito e transporte deve considerar principalmente os seguintes fatores:- rea e populao do Municpio;- estrutura da administrao municipal;- volume de trabalho a ser realizado;- recursos humanos e financeiros necessrios.As principais dificuldades que os municpios enfrentam na montagem de umrgo para gesto deste setor esto relacionadas carncia de recursos finan-ceiros e humanos.Para cidades com populao abaixo de 50.000 habitantes e com poucos re-cursos, onde os problemas exigem solues relativamente simples, sugere-sea formao de um conselho de trnsito e transporte, subordinado diretamenteao prefeito e formado por pessoas envolvidas com o setor.Para cidades com populao entre 50.000 e 80.000 habitantes, onde o volu-me de trabalho e os problemas j exigem solues mais elaboradas, sugere-sea criao tambm de uma coordenadoria de trnsito e transporte, subordina-da diretamente ao prefeito e formada por funcionrios de outras divises, coma designao de um tcnico para coordenao dos trabalhos.Para cidades com a populao acima de 80.000 habitantes, onde os proble-mas da rea de transporte so complexos, pode-se (desde que o Municpioconte com recursos humanos e financeiros):- criar, por decreto do prefeito, uma diviso ou departamento de trnsito e

    transporte - em cidades com populao entre 80.000 e 400.000 habitantes;- c r i a r, mediante lei aprovada pela Cmara dos Vereadores, uma secretaria de tra n s-

    portes do Municpio - em cidades com populao acima de 400.000 habitantes.A primeira providncia para a estruturao do rgo de gerncia definir o cor-po tcnico que ir atender s necessidades dos setores de trnsito e tra n s p o r t e .O rgo poder ser composto por pessoas j alocadas em reas afins, incluin-do desde eventuais empresas municipais at setores de fiscalizao e oficinas.Caso a Prefeitura no conte com nenhuma estrutura, imprescindvel que eladesigne pelo menos um tcnico para a coordenao dos tra b a l h o s .Com o desenvolvimento do municpio, a Prefeitura completar o quadro defuncionrios de acordo com as necessidades existentes. Definido o corpo tc-nico, este passar coleta e, posteriormente, organizao dos dados bsicosnecessrios aos diversos setores. medida que os problemas de transporte e de trnsito vo se tornando maiscomplexos, pode ser conveniente trabalhar com dois setores especializados -transporte e trnsito - mas mantendo sempre a coordenao geral que garan-ta unidade geral na ao. necessrio, tambm, que as aes a serem execu-tadas pela administrao municipal sigam um planejamento mais abrangentee com maior consistncia. Isso pode ser conseguido pela elaborao do pla-no diretor de transporte (ver item 2.3).A seguir esto resumidos alguns casos relevantes de coordenao de aes de pla-nejamento, poltica pblica e municipalizao do trnsito em cidades bra s i l e i ra s .

    Ver referncias 13, 85 e 127.

    Captulo 2 - Organizando as funes da Prefeitura

    Leituras adicionais

    31

    Estruturao dergo de gerncia

  • O desenvolvimento das cidades pode ser controlado e dirigido por aes deplanejamento, seguidas da adoo de medidas concretas em vrias reas. Amais abrangente delas a que define o uso e a ocupao solo que, por suavez, tero relao direta com as condies de transporte e trnsito.

    O processo de planejamento urbano pode ser conduzido por dois instrumen-tos gerais - o plano diretor e as leis de zoneamento - e um instrumento espec-fico (controle de plos geradores). Adicionalmente, vrios instrumentospodem ser combinados para organizar operaes urbanas de renovao oualterao do uso de uma determinada rea. Todos estes instrumentos estoanalisados a seguir.

    32

    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    2.2. Planejando o

    desenvolvimentodas cidades

    Conjugando planejamentourbano, de transporte e detrnsito: o caso de Curitiba

    O caso relevante mais antigo e duradouro, entre as grandes cidades brasileiras, deintegrao planejamento-transporte-trnsito o de Curitiba. A partir do PlanoPreliminar de Urbanismo, adotado em 1965, foi ordenado o crescimento dacidade, estabelecendo-se normas para o uso e a ocupao do solo e para osistema de transporte. As propostas bsicas iniciais foram:- mudar a configurao radial do sistema virio de acesso ao centro, passando

    para uma ocupao linear de alta densidade populacional ao longo dos eixospreviamente definidos e integrados com o transporte de massa;

    - descongestionar as reas centrais e preservar o centro tradicional;- conter a populao da cidade dentro dos seus limites geogrficos;- implantar um suporte econmico para o modelo de desenvolvimento urbano

    escolhido (cidade industrial);- instalar equipamentos urbanos; e- preservar as condies de vida da populao.

    Como instrumento para a definio de programas de assentamento urbano, ozoneamento adotado teve a seguinte concepo:- setor estrutural: uso misto, de alta densidade populacional, com mora d i a s ,

    c o m rcio e servios. Est contido num raio de 250 metros do eixo de tra n s p o r t ede massa;

    - ZR4 - setor habitacional de mdia densidade, localizado num raio de 500 metrosa partir do eixo de transporte de massa;

    - ZR3 - ocupao habitacional coletiva ou unifamiliar de baixa densidade, compreviso de 180 habitantes/ha;

    - ZR2 - ocupao habitacional unifamiliar de baixa densidade, com previso de120 hab/ha;

    - ZR1 - ocupao habitacional unifamiliar de baixa densidade, com previso de 70h a b / h a ;

  • Captulo 2 - Organizando as funes da Prefeitura

    33

    O plano diretor tornou-se obrigatrio a partir da Constituio Federal de 1988,para todos os municpios com mais de 20 mil habitantes. Ao plano diretor estsubordinada a definio da funo social da propriedade urbana e atravsdele fica institucionalizado o planejamento urbano municipal.

    Em princpio, o planejamento das atividades humanas desejvel sob vriosaspectos. Planejar tentar antever e diagnosticar problemas e mobilizar recur-sos e esforos para corrigir e transformar positivamente as situaes indesej-veis e socialmente injustas. No Brasil, o planejamento urbano nem sempreatinge estes objetivos, seja por descoordenao de aes, por falta de contro-les efetivos sobre os agentes, por incapacidade de superar os conflitos polti-cos e econmicos inerentes ao desenvolvimento urbano ou por excessiva rigi-dez na definio dos padres aceitveis. Mudar esta situao portanto umdesafio para os administradores municipais.

    - Necessidade de controlar o desenvolvimento urbano.- Necessidade de rever os princpios e as normas que regem o desenvolvi-

    mento urbano.

    O plano diretor - que, como determina a Constituio, deve ser votado pelaCmara Municipal e transformado em lei - um conjunto de normas e diretri-

    2.2.1. Plano Diretor

    Objetivo

    Aes e problemas quepodem ser tratados

    Solues

    - conectoras: setor predominantemente habitacional de mdia densidade,destinado a mo-de-obra empregada no Distrito Industrial de Curitiba -densidade prevista de 300 hab/ha.

    O sistema de transporte foi organizado hierarquizando o sistema virio eorganizando o sistema de transporte de massa. O sistema virio foi definido emfuno das capacidades das vias, dividindo-as em arteriais (trfego rpido econtnuo), ligaes estruturais (trfego preferencial), vias coletoras e vias conectora s(cidade industrial). O sistema de transporte coletivo implantado composto de:- linhas expressas - funcionam em pistas projetadas - canaletas - isoladas dorestante do trfego;

    - linhas alimentadoras - so as que captam os usurios nos bairros e os levam slinhas expressas e interbairros, atravs dos terminais de integrao, localizadosem eixos estruturais;

    - linhas convencionais - operam em forma radial - bairro-centro, em reas demenor densidade;

    - linhas interbairros - so as que interligam os setores habitacionais com os eixosestruturais, sem a necessidade de cruzar a rea central, integrando-se s demaisnos terminais de integrao;

    - linhas circular-centro - so as linhas de micronibus que circulam na reacentral;

    - linhas opcionais - linhas de micronibus que ligam zonas residenciais de altopadro ao centro;

    - linhas de vizinhana - circulam entre alguns subcentros de servios localizadosnos bairros;

    - linhas diretas - circulam nas ligaes estruturais, possuindo estaes sob formade tubo, com acesso direto e no mesmo plano do interior do nibus -ligeirinhos, dotados de porta com plataforma de conexo.

    Informaes adicionais: IPPUC/Curitiba.

  • zes voltadas para a organizao e o controle do desenvolvimento da cidade,de maneira a promover a melhoria da qualidade de vida de sua populao.Para que isso acontea, necessrio que o plano diretor seja um instrumentode gesto democrtica da cidade e parte integrante do sistema de planejamen-to local. Seu contedo deve possibilitar, ao Poder Pblico, meios de minorar,corrigir e impedir as aes decorrentes das atividades econmicas que sejamlesivas ao meio ambiente e qualidade de vida.

    No plano diretor devero ser consagradas as diretrizes destinadas a combateros graves problemas causados pelo modelo de desenvolvimento que vem sen-do adotado nas nossas cidades, como a queda na acessibilidade, os conges-tionamentos, a poluio, a destruio urbana e o prejuzo qualidade de vida.

    Conseqentemente, em resposta a estes problemas, o plano diretor poderapontar um conjunto de medidas cujos resultados levem melhoria da quali-dade de vida, ao aumento da eficincia da cidade e preservao ambiental(ver captulo 1). Dadas suas caractersticas, deve conter medidas de mdio elongo prazos. Cabe a ele tratar, dentre outros, dos seguintes aspectos:

    - delimitao das reas urbanas e rurais, determinando, de acordo com o inte-resse coletivo, as reas mais favo r veis expanso e crescimento da cidade;

    - definio dos investimentos pblicos em infra-estrutura urbana e social - ha-bitao, saneamento, educao, sade, transporte, segurana pblica (pro-gramas setoriais);

    - ordenao do crescimento da cidade, controlando a intensidade e compati-bilizando os diferentes tipos de uso do solo, de maneira a evitar tanto a su-perocupao quanto a subocupao, o congestionamento, a degradao e apoluio ambiental;

    - proteo, preservao, renovao e ampliao do patrimnio histrico, cultura le ambiental, evitando a perda da identidade cultural e vivencial da populaoe garantindo a qualidade e equilbrio do meio ambiente natural e construdo;

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    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    O problema do relacionamento entre os municpios na Regio Metropolitanade Recife - RMR foi encaminhado atravs da criao do ConselhoMetropolitano de Transporte Urbano - CMTU. A secretaria executiva doConselho exercida pela EMTU, empresa pblica vinculada Secretaria deTransportes do Estado de Pernambuco que tem a incumbncia de gerir as linhasintermunicipais da rea metropolitana e, por delegao, o sistema de tra n s p o r t edo Municpio de Recife. A criao do conselho procurou responder aosseguintes problemas:- necessidade de transparncia das aes da EMTU/Recife sobre o Sistema

    Metropolitano de Transporte Pblico de Passageiros - STPP;- ausncia de parceiros nas decises necessrias ao gerenciamento do sistema de

    transportes coletivos, entre eles, os segmentos representativos da sociedadeinteressados direta ou indiretamente no bom funcionamento desse sistema;

    - dificuldade de entendimento do sistema por parte da sociedade civil, quanto sua complexidade e entrelaamento com os sistemas mais amplos de atividadesmetropolitanas;

    - ausncia dos usurios nas decises do sistema e desconhecimento dasimplicaes dela resultantes em termos de benefcios/custos para toda asociedade;

    - necessidade de permitir a participao dos municpios componentes da RegioMetropolitana nas decises sobre o STPP.

    Dessa forma, objetivou-se envolver e comprometer todos os atores relevantesinteressados para a compreenso dos problemas e para a tomada de decises

    Conciliando o planejamentoe a gesto metropolitana: o Conselho Metropolitano

    de Transportes Urbanos de Recife

  • - definio das formas de combate especulao imobiliria, atravs de me-didas como o parcelamento e edificao compulsrios, o imposto progressi-vo e a desapropriao.

    Captulo 2 - Organizando as funes da Prefeitura

    O plano diretor deve definir umalgica de ocupao urbana, visandointegrar as polticas de transporte,trnsito, uso do solo e meio ambiente.

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    sobre o mesmo. O Conselho composto de 29 membros, sendo trs do PoderExecutivo estadual, os 13 prefeitos da RMR, um representante do Legislativoestadual, dois representantes da Cmara Municipal do Recife e dois das demaiscmaras municipais, trs representantes da sociedade civil, um representante doempresariado, um representante das empresas operadoras privadas, doisrepresentantes das empresas operadoras pblicas e um representante do pessoalde operao. O Conselho se rene uma vez por ms ordinariamente, podendohaver convocao extraordinria a qualquer momento feita pelo presidente ou porrequerimento pela maioria dos membros, com indicao do motivo daconvocao. O Conselho tem as seguintes atribuies:- apreciar e fixar polticas e diretrizes aplicveis ao STPP/RMR, no que concerne

    estrutura tarifria;- implementar as diretrizes, condies e normas gerais do Conselho Deliberativo

    da RMR, relativas ao STPP;- propor polticas e diretrizes gerais de atuao da EMTU/Recife no que concerne

    ao transporte urbano da RMR;- opinar sobre os programas de trabalho e acompanhar o desempenho da

    EMTU/Recife;- aprovar as normas e padres de servios relativos ao STPP/RMR;- promover a integrao das atividades e servios desenvolvidos pelos rgos e

    entidades que o integram, bem como a articulao com outros componentes doPoder Pblico direta ou indiretamente relacionados com o sistema de transporte.

    Informaes adicionais: EMTU/PE.

    Zona adensvel/ZA-1Zona adensvel/ZA-2Zona adensvel/ZA-3

    Limite do municpioSistema virioFerroviaEstao de metr

    ZA-1

    ZA-2

    ZA-3

  • - Identificar leis e regulamentos existentes.- Definir princpios urbansticos, sociais e econmicos.- Organizar grupo de trabalho entre os setores ligados ao desenvolvimento urba-

    no, ao transporte e ao trnsito, definindo formas de participao da sociedade.- Desenvolver o plano diretor e obter aprovao junto Cmara Municipal.- Definir instrumentos de implantao e continuidade, para preservar objeti-

    vos mnimos.

    Um dos maiores problemas da implantao de planos diretores refere-se coordenao das aes entre os rgos e entidades relacionadas s vriasreas afetadas. Assim, importante que sejam definidas claramente as respon-sabilidades no mbito municipal.

    Planejamento de transporte (item 2.3) e planejamento de circulao (item 2.4).

    Ver referncias 55, 68, 85, 86, 109, 110, 111, 112 e 118.

    Seqncia de atividades

    Cuidados especiais

    Relacionamento comoutras atividades

    Leituras adicionais

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    Transporte Humano cidades com qualidade de vida

    A dificuldade de coordenar as aes de transporte e trnsito em grandes cidadesfoi encaminhada em Belo Horizonte atravs da criao, em julho de 1990, daEmpresa de Transportes e Trnsito de Belo Horizonte - BHTrans. O transportecoletivo ficou sob o controle do Municpio, enquanto o transporte metropolitanocontinuou sob a responsabilidade da Transmetro.

    At 1994, a BHTrans conseguiu implantar um conjunto de medidas efetivas para ogerenciamento do transporte por nibus, do trnsito, dos transportes por txi ee s c o l a r. No caso do transporte coletivo, as primeiras medidas foram a modificaodo perfil da frota em operao, a mudana das condies internas dos ve c u l o s ,modificaes nas especificaes dos servios, ampliao da fiscalizao e controlesobre o sistema, assim como criao de novas linhas. A poltica tarifria foi revista,com a mudana nos coeficientes e parmetros da planilha de custos do sistema. AC m a ra de Compensao Tarifria - CCT, criada em 1982 pela Metrobel para aRegio Metropolitana, passou a ser gerida integralmente pela BHTrans, repassandoao DER/MG a parcela correspondente s linhas intermunicipais que operam naRegio Metropolitana. A BHTrans instituiu, neste mesmo ano de 1994, a Comissode Qualidade Operacional de Transporte Coletivo por nibus, reunindo asempresas, usurios, trabalhadores do sistema e quadro tcnico do rgo paracuidar de aspectos relativos melhoria do servio prestado, avaliando eencaminhado as questes de satisfao do usurio. Estruturou uma gerncia deatendimento ao usurio para monitoramento e controle do sistema a partir dasconsultas e reclamaes. Instituiu novas formas de comunicao com a populaocomo o Jornal do nibus. Criou Comisses Regionais de Transporte para discussodas questes de transporte pblico, trnsito, planejamento urbano e participaop o p u l a r. Desde 1993, a empresa conta com a figura do o m b u d s m a n com o objetivode ampliar o acesso da populao e formulao de crticas ao rgo gestor.

    Na rea do trnsito, iniciou programa permanente de educao e segurana, comampla divulgao de material educacional e desenvolveu, em 1995, estudo geraldo trnsito na rea central, compatibilizado com estudos paralelos do sistema detransporte pblico.

    Informaes adicionais: BHTrans/Belo Horizonte.

    Conjugando transporte etrnsito: BHTrans

  • As leis de uso e ocupao do solo so instrumentos legais derivados do planodiretor e que renem os meios para o exerccio do controle da localizao dasfunes urbanas - habitacional, comercial, de servios, industrial, institucio-nal, de lazer - e do adensamento do espao construdo. Este controle esta-belecido sobre todas as parcelas do solo urbano, geralmente agregadas emconjuntos de quadras e zonas, ou por faixas de propriedades distribudas aolongo do sistema virio principal (corredores). Normalmente reunidas sob adenominao de leis de zoneamento, sua existncia importante no apenaspara o planejamento urbano, ao induzir formao da cidade que se deseja,mas tambm para o planejamento de transporte, na medida em que contribuipara compatibilizar a localizao das atividades e a demanda pelo servio.

    - Controle de tendncias de construo excessiva em reas disputadas para alocalizao de populao e/ou atividades em funo de suas qualidadesambientais, de oferta de servios urbanos, de vizinhana e, principalmente,de acessibilidade em relao ao espao urbano em que se inserem.

    - Necessidade de impor restries ao uso do solo para impedir a proximidadede atividades incompatveis, como, por exemplo, a localizao de indstriaspoluentes em reas habitacionais.

    Nos planos urbansticos, que podem ser gerais ou locais, deve haver o cuidadode se estabelecer o equilbrio entre a distribuio espacial da populao, dasatividades e da capacidade de infra-estrutura, incluindo-se o sistema virio eo transporte coletivo. Este equilbrio pode ser garantido pela coordenao dasaes de plan