Uma Canção Inesperada - Cap. 15

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    1/16

    An Unexpected Song by Rika 1

    UMA CANO INESPERADA

    Texto Original: http://darcymania.com/aus/chr/15.htm

    Captulo 15"Ento, quando voc vai me dizer onde vamos jantar?" Elizabeth perguntou enquanto

    o Mercedes da famlia Darcy passava por Manhattan.Nem Elizabeth nem William haviam dito muito durante a viagem. Elizabeth tinha se

    contentado em ficar em silncio, curtindo o calor do brao dele sobre seu ombro. As coisastinham mudado entre eles desde a sua viagem para Chicago, e ela precisava de tempo paraprocessar o fluxo de enervantes sentimentos despertados pela sua presena.

    William sorriu para ela. "Ok. Acho que j jogueiWilliam Darcy,o Homem Misterioso por tempo suficiente."

    "Mais do que tempo suficiente, especialmente se considerarmos o quo persistente eutentei lev-lo a confessar! Ento, vamos l, diga logo. Para onde vamos?"

    "Chez Darcy.""No entendi.""Vamos jantar em minha casa.""Oh."Na casa dele? Sem dvida, uma enorme e imponente sala de jantar com funcionrios

    arrogantes por toda parte, e talvez sua av fique perto para ver se eu sei usar um garfo. Ouento ele dispense a todos, e depois do jantar ele esteja planejando ter a mim por sobremesa.Os vagos sentimentos de desconforto de Elizabeth foram imediatamente ampliados, e elaenrijeceu.

    Ele olhou-a, franzindo a testa. "H algo de errado?"Pare de agir como uma idiota. Ela forou um sorriso tranquilizador para o rosto e

    sentou-se em linha reta. "No, claro que no. Foi s a surpresa - pensei que amos a umrestaurante."

    "Se voc preferir fazer isso, tudo o que tenho a fazer dar um telefonema.""No, eu adoraria ver a sua casa."Ele exalou em evidente alvio. "Bom, porque a Mrs. Reynolds me mataria se no

    aparecssemos. Ela tem estado cozinhando e decorando e sabe-se o que mais nos ltimos doisdias."

    Havia algo cativante sobre a ideia de William, com toda a sua riqueza e influncia,temendo a ira de sua governanta. "Ento eu no sonharia em ir para outro lugar. E eu possoagradec-la em primeira mo pela sopa e pelo sanduche na semana passada."

    "Ela est ansiosa para conhec-la. E eu gostaria que voc conhecesse minha irm,Georgiana, se estiver tudo bem para voc."

    "Eu gostaria muito disso.""Ela est na casa de um amigo agora, mas ela deve estar de volta antes que seja tarde

    demais. propsito, no veremos Gran - ela saiu para a noite."Eles pararam na frente da casa. Elizabeth saiu do carro, admirando o edifcio de pedra

    calcria imponente com as suas grandes janelas e varandas ornamentadas. Ela esticou opescoo para ver os andares mais altos.

    "Voc gostaria de atravessar a rua por um minuto?" William perguntou. "Voc podever a casa melhor de l."

    Ela assentiu, e juntos eles atravessaram a rua. " lindo", ela respirava."Obrigado. Meu trisav mandou construir em 1896. Ele foi nomeado William Darcy,

    tambm."

    http://darcymania.com/aus/chr/15.htmhttp://darcymania.com/aus/chr/15.htmhttp://darcymania.com/aus/chr/15.htmhttp://darcymania.com/aus/chr/15.htm
  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    2/16

    An Unexpected Song by Rika 2

    "Ento 'William' um nome de famlia.""Sim, mas se voc voltar longe o suficiente, era realmente Fitzwilliam.""Como o sobrenome de Richard?""Sim, mas isso uma coincidncia, acredite ou no. O tatarav do meu tatarav,

    Fitzwilliam Darcy foi o primeiro a cruzar a Atlntico. Ele era o filho mais novo e homnimo de

    um rico latifundirio ingls. O filho mais velho era o herdeiro da maior parte da propriedade, eassim em 1839, Fitzwilliam navegou para Barbados para fazer sua prpria fortuna. Ele fez issomuito bem - principalmente porque ele se casou com a nica filha de um fazendeiro rico, e elaherdou todos os bens de seu pai."

    "Sujeito esperto." Ela ficou fascinada pela energia e entusiasmo na voz dele enquantoele contava a histria, em ntido contraste com o seu comportamento habitualmentereservado.

    "Eu li sobre essa era em Barbados, e a nica forma vivel de fazer uma fortuna eraatravs do casamento. A maioria da terra arvel j era detida pelos grandes latifndios. Aescravido havia sido abolida recentemente, embora os ex-escravos tivessem pouca escolhaalm de continuar a trabalhar nas plantaes por salrios irrisrios. realmente um crime

    como..."Ele parou de falar, e a animao foi drenada de seu rosto. "Sinto muito. A Histria uma paixo minha, e s vezes eu esqueo que nem todos compartilham a minha fascinao."

    Ela tocou seu brao e sorriu. "No, por favor, v em frente. Eu acho que uma histriainteressante. Presumo que Fitzwilliam e sua esposa tiveram filhos que mantiveram aplantao?"

    "Sim. Na verdade, ns ainda possumos a casa da fazenda e algumas das terras.""Srio?""Sim. A casa chamada de Pemberley. Fitzwilliam nomeou-a como a propriedade de

    seu pai na Inglaterra. A terra agrcola foi vendida h muito tempo, mas usamos a casa comouma casa de frias. em uma ribanceira alta com vista para o mar, rodeada por um jardimtropical."

    "Parece incrvel."Ele balanou a cabea, um sorriso distante em seu rosto. " o meu lugar favorito no

    mundo. Eu no fico l com muita frequncia.""Como sua famlia acabou em Nova York?""Um dos netos de Fitzwilliam veio aqui para estudar na Universidade de Columbia e

    ficou depois da formatura. Ele comeou as Indstrias Darcy, e ele o nico que construiu acasa."

    "Eu acho timo que voc conhea a histria de sua famlia. Eu no poderia comear adizer quem era o tatarav do meu tatarav, muito menos meus tatara-tatara-tatara-avs."

    Ele conduziu-a em direo casa. "Minha av uma grande crente em manter astradies da famlia vivas. por isso que ainda possumos esta casa. Gran a v como parte denossa herana, e ela no vai ouvir sobre vend-la e comprar um apartamento com vista para oparque."

    " isso que voc gostaria de fazer?"Atravessaram as portas para o porto de ferro forjado na frente da casa, que Allen

    tinha deixado em aberto para eles. "Sim e no. s vezes eu penso que ns ficaramos maisconfortveis em um lugar como aquele, e Richard est sempre fazendo piadas sobre o quoatolados na antiguidade ns somos, mas em geral estou de acordo com Gran. Isso significaalgo para mim que cinco geraes da minha famlia viveram nesta casa, e que algum dia osmeus filhos sero a sexta."

    A porta da frente se abriu, e Elizabeth se viu cara a cara com uma mulher um poucogorda com cara de av, com cabelos grisalhos e culos de aro. Ela usava um vestido pretosimples, sapatos confortveis, e um sorriso caloroso.

    "Boa noite, Miss. Bennet, Mr. Darcy."

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    3/16

    An Unexpected Song by Rika 3

    "Elizabeth, esta a Mrs. Reynolds," disse William. "Mrs. Reynolds, esta a Miss.Elizabeth Bennet."

    "Estou to feliz em conhec-la, Mrs. Reynolds.""Miss. Bennet, um prazer conhec-la tambm. Ns estivemos ansiosos pela sua

    visita."

    Mrs. Reynolds levou-os para a casa. A rea da recepo era pequena, masimpressionante, com uma mesa ornamentada no centro segurando um arranjo floral enorme,e um espelho de borda dourada grande na parede que era obviamente uma antiguidade,mesmo para quem no conhecia, como Elizabeth. O teto alto fez a rea parecer muito maiordo que era. Atravs de uma porta em arco, Elizabeth viu uma espaosa sala de estar deaparncia elegante.

    "Com licena, Mrs. Darcy?" Mrs. Reynolds disse."Sim?""Sonya pede um momento para falar com o senhor.""Ela ainda est aqui?" William franziu a testa."Ela est esperando voc voltar. Ela disse que uma parte importante do negcio veio

    tona, e ela precisa discutir isso com voc esta noite, mas no vai demorar muito."Ele apertou os lbios com fora e suspirou ruidosamente. "Elizabeth, isso terrivelmente rude da minha parte, mas eu posso deix-la com Mrs. Reynolds por apenas umminuto para que eu possa lidar com isso?"

    "Claro", respondeu ela. "Eu vou ficar bem.""V em frente, Mr. Darcy," Mrs. Reynolds disse. "Eu vou cuidar bem da Miss. Bennet,

    at voc voltar."William partiu, e Elizabeth sorriu para Mrs. Reynolds. "Muito obrigada pelo delicioso

    jantar que voc me enviou na semana passada.""Estou to feliz que tenha gostado. Mas Mr. Darcy merece o crdito - foi ideia

    dele. Quando ele discutiu isso comigo, eu pensei comigo mesmo: "Eu gostaria que, apenasuma vez na minha vida, um homem jovem e bonito tivesse feito algo maravilhoso paramim." Mas Mr. Darcy no como outros jovens, ele muito especial."

    "Foi um gesto doce." Elizabeth no poderia deixar de ficar impressionada pela afeiobvia da Mrs. Reynolds para com seu empregador.

    "Por que no ir para a biblioteca? l que o Mr. Darcy toma uns drinks antes do jantar."

    Elizabeth olhou em volta admirada enquanto elas passavam pela sala de estar, com aMrs. Reynolds liderando o caminho. A enorme lareira com um braseiro ornado dominava umaparede. Os tapetes orientais cobriam partes do bonito piso de madeira. A sala era decoradacom antiguidades, e Elizabeth adivinhou que a maioria delas estava na famlia h vriasgeraes.

    Em seguida, eles passaram para um corredor com piso de mrmore e uma grandeescadaria oval. As paredes estavam cobertas com pinturas a leo emolduradas, incluindoalgumas que Elizabeth suspeitava serem retratos de membros da famlia. Ela olhou para cima,e exclamou: " um afresco no teto acima da escada?"

    "Sim, . Voc realmente deve v-la do sexto andar uma das minhas coisas favoritassobre a casa. Isso, e a biblioteca. Ah, e tambm a estufa."

    "H uma estufa?""Sim, no telhado. E um jardim, tambm."Os olhos de Elizabeth se arregalaram. "Oh, meu Deus. Eu no tinha ideia."" uma bela casa, de cima para baixo. Tenho certeza de que Mr. Darcy vai levar voc a

    um passeio, se voc gostar. E voc vai definitivamente ver a estufa e o jardim no terrao,quando vocs estiveram jantando l em cima."

    "Em um jardim no terrao? Isso soa perfeito."

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    4/16

    An Unexpected Song by Rika 4

    "Oh, bom, estou feliz. Mr. Darcy foi muito especfico sobre os arranjos, e ele pensouque voc gostaria l de cima. Estvamos to contentes que o tempo tenha colaborado."

    "Sim, uma noite bonita.""Acho que Mr. Darcy no contou muito sobre a casa, contou?""Na verdade, sim. S agora, quando estvamos fora, ele estava me contando um

    pouco da histria da famlia.""Ele muito orgulhoso de sua herana, como ele deveria ser. Os Darcy tm uma longahistria como cidados lderes em Nova York, e seus ancestrais ficariam orgulhosos dele, ele o mais talentoso, o mais inteligente, o homem mais generoso que voc jamais poderia esperarencontrar."

    Mrs. Reynolds mostrou o caminho atravs de uma espcie de sala de jantar formal queElizabeth esperava ver, cheia com uma mesa enorme e uma dzia de cadeiras esculpidas. Elateve apenas uma breve viso da cozinha enquanto elas passavam por ela em seu caminho paraa parte traseira da casa, mas parecia espaosa e bem equipada.

    Quando elas entraram na biblioteca, Elizabeth engasgou. Ela fora projetada pararesponder s oraes de qualquer amante dos livros - dois andares, com uma galeria no

    segundo nvel para permitir o acesso s estantes superiores. As paredes revestidas de madeiradavam ao quarto uma aparncia, rica e quente. As janelas enormes ao longo da parede defundo criavam um efeito dramtico, com vista para um pequeno jardim exuberante atrs dacasa.

    "Que belo quarto!" Elizabeth exclamou."No ? Este andar da casa tem todas as salas pblicas. Mrs. Darcy diverte seus amigos

    aqui periodicamente, mas de outra forma estes quartos no recebem muita utilidade.""Ento, William no d muitas festas?"Mrs. Reynolds balanou a cabea. "Por uma coisa, ele viaja muito, o menino pobre. Eu

    acho que uma vida solitria para ele, estar sozinho na estrada com tanta frequncia. O queele precisa encontrar uma boa moa, sossegar, e comear uma famlia. Talvez ele reduzissesua agenda de shows, em seguida, e ficasse mais em casa. Mas primeiro ele tem de encontraralgum que o merea, o que vai ser uma tarefa difcil."

    Elizabeth reprimiu um sorriso. "H quanto tempo voc tem estado com os Darcy?""Desde antes de William nascer. Eu o conheo desde que ele se mudou para c com

    seus pais quando tinha dezoito meses de idade. E em todo esse tempo, ele nunca me tratoucom nada alm de bondade e respeito. Ele tem os seus humores, mas isso s porque elesente as coisas to profundamente. Ele um neto maravilhoso e um irmo amoroso. No hnada que ele no faria pelas pessoas que ama."

    "Como foi William quando criana?""Ele era o menino mais doce que voc sempre quis conhecer - to respeitoso e

    educado. Uma criana to linda tambm - enormes olhos castanhos, e aquele cabelo escuro eencaracolado. Ele era quieto, e ele no ria ou sorria tanto quanto a maioria das crianas." Osorriso da Mrs. Reynolds revelou um toque de melancolia. "Mas acho que isso no surpreendente, dado tudo o que ele passou naquela poca."

    "Ah?" Isso soou como uma pista para o verdadeiro William Darcy.Os olhos da Mrs. Reynolds se arregalaram. Depois de uma pausa curta, ela comeou a

    falar rapidamente. "Mas olhe pra mim, lembrando coisas e nem mesmo oferecendo-lhe algopara beber. Voc gostaria de um copo de vinho? Tenho o Chardonnay favorito do Mr. Darcyrefrigerado na cozinha, mas se voc preferir o vinho tinto, eu posso correr at a adega e..."

    "Chardonnay parece perfeito.""Ento eu vou busc-lo imediatamente. Por que voc no d um passeio no

    jardim? Tenho certeza de que o Mr. Darcy vai descer para acompanh-la a qualquer minuto."Elizabeth sorriu seus agradecimentos e decidiu seguir a sugesto da Mrs. Reynolds. Ela

    saiu da biblioteca e pisou em um ptio de pequenos tijolos atrs da casa. O jardim eracompacto, mas oferecia um agradvel osis no meio da cidade.

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    5/16

    An Unexpected Song by Rika 5

    Ela precisava parar de tirar concluses precipitadas sobre o mundo de William. Suacasa era um pouco esmagadora, como tinha previsto, mas a Mrs. Reynolds era a anttese dasarrogantes e amargas funcionrias que Elizabeth esperava encontrar. Ela se virou para olharpara trs da casa e notou uma srie de varandas dos pisos superiores com terrao, de modoque as varandas do piso inferior eram descobertas. Ela se perguntou qual delas pertencia a

    William, o que a levou a querer saber onde ele estava, e o que ele estava pensando, naquelemomento em particular. __________________________________________________________________________

    Tendo rapidamente dispensado seu negcio com Sonya, e tendo severamenteordenou que ela no colidisse acidentalmente com Elizabeth em seu caminho para fora dacasa, William tinha subido para inspecionar seu quarto, verificou quatro vezes se ele estavapronto para um visitante. Apenas no caso.

    Ele estudou seu reflexo nos espelhos do vestirio, ajeitou a gravata borboleta preta, erespirou fundo para acalmar o estmago agitado. Por favor, por favor, no deixe nada dar errado esta noite. Virando resolutamente em seus calcanhares, ele entrou no corredor e

    desceu as escadas para o primeiro andar. Ao passar pela cozinha, ele quase colidiu com a Mrs.Reynolds, que carregava uma pequena bandeja com duas taas de vinho."William!", Exclamou ela, lutando para manter as taas em p.Ele habilmente segurou as taas. "Desculpe, Mrs. Reynolds... Eu no estava olhando

    para onde estava indo.""Nenhum dano ocorreu. Eu s estava indo lev-los para fora. Miss. Bennet est no

    jardim.""Eu estou indo l para fora, ento eu vou te salvar da viagem.""Ela uma bela moa."Ele balanou a cabea, no confiando-se a dizer qualquer coisa."Eu estava planejando servir o jantar, s 20:30h; tudo bem?"Ele olhou para o relgio. "Sim, tudo bem. Est tudo pronto no telhado?""Sim. Voc pode subir quando quiser. Aproveite sua noite, querido."Mrs. Reynolds tinha quebrado h muito tempo o hbito, formado durante sua infncia,

    de usar palavras de carinho ao falar com ele, mas ocasionalmente uma aindaescapava. William no se importou, ela teve o cuidado de trat-lo formalmente quandoestranhos estavam presentes, utilizando formas mais familiares somente dentro daprivacidade da famlia.

    Ele atravessou as portas da biblioteca para o jardim, fazer malabarismos com os coposde vinho. Elizabeth estava parada em um lado, curvando-se sobre uma roseira para inalar ocheiro de uma das flores.

    "Eu sinto muito t-la feito esperar", disse ele.Ela endireitou-se e virou-se para encar-lo. "No h problema. Eu estou gostando de

    estar aqui, simplesmente lindo."" pequeno, mas eu sempre gostei." Ele entregou-lhe uma taa de vinho."A que havemos de beber?""Ao seu novo trabalho que voc possa encontrar a felicidade e o sucesso.""Obrigada", respondeu ela calmamente. Ele notou que ela no sorria.Eles ficaram juntos no pequeno gramado, silenciosamente, bebendo seu vinho. O sol

    se ps em um cu azul cintilante, com poucas nuvens visveis entre os prdios altos que oscercavam. A fragrncia das rosas arbustivas misturada com o cheiro da grama recm-cortada,criava o aroma inconfundvel de vero.

    "Estou feliz que voc me trouxe aqui para o jantar", disse ela, quebrando o silncio."Eu tambm.""Mas h algo que eu tenho que pedir.""Sim?"

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    6/16

    An Unexpected Song by Rika 6

    " sobre o smoking. No que voc no esteja maravilhoso, mas voc sempre se vestedesta forma para as refeies em casa? Fico imaginando voc no caf da manh, comendo seuFrosted Flakes e tentando no derramar o leite em seu smoking. Ou voc usa um fraque namesa do caf da manh?"

    Seus olhos brilhavam de alegria, e ele olhou para ela, encantado. Ele chegou mais

    perto at que seus corpos estavam quase se tocando, e passou um dedo suavemente ao longode sua bochecha. "Este no um jantar comum em casa, Elizabeth. Eu quero que isso seja umanoite especial para ns dois."

    Seus olhos suavizaram enquanto ele continuava a acariciar seu rosto."Eu sempre gostei deste jardim", ele murmurou, inclinando-se sobre ela quando ela

    levantou o rosto para o seu "mas nunca foi mais bonito do que agora.""William, voc est aqui?"Era a voz de Sonya. Elizabeth saltou para longe dele e cuidadosamente examinou as

    roseiras. William girou nos calcanhares e encarou sua secretria, rangendo os dentes."Eu pensei que voc tinha ido embora", disse ele secamente."Eu tenho s mais uma coisa para a sua assinatura. S vai levar um segundo. Ah, e esta

    deve ser Elizabeth. Sou Sonya Lawrence, secretria de William. Eu estou to contente emconhec-la."Elizabeth cumprimentou Sonya, e elas comearam a conversar. William estava muito

    frustrado para se concentrar no que as mulheres estavam dizendo, ento ele se contentoucom encarar sua secretria intencionalmente esquecida.

    Finalmente, ele tinha suportado o suficiente. "Eu sei que voc est ansiosa para chegarem casa", disse ele em uma voz de comando, tomando o brao de Sonya com firmeza "entodeixe-me lev-la at a porta, e eu vou assinar esse documento. Por favor, desculpe-me,Elizabeth, voltarei logo."

    "Bom conhecer voc!" Sonya gritou por cima do ombro enquanto William a levavapara a frente.

    Ele marchou com ela rapidamente pela casa at a porta da frente. "Exatamente o quevoc achou que estava fazendo?", Retrucou. "Eu disse especificamente para voc no fazerisso."

    "Sim, voc disse", ela respondeu com um sorriso presunoso. "E uma vez que vocdisse isso, eu no pude resistir. Eu interrompi alguma coisa?"

    "Nada que lhe interesse.""Ah, ento eu interrompi. Desculpe. Eu no queria perturbar um momento

    romntico. Mas eu tinha que ter certeza que aprovo esta mulher que amarrou voc em ns.""E?" Ele fez a pergunta com sarcasmo deliberado, na esperana de esconder o seu

    interesse nas impresses de Sonya sobre Elizabeth."Bem, eu no consegui falar com ela por muito tempo, pois voc me arrastou de forma

    to abrupta." Ela sorriu para ele."Para com isso. O que voc achou dela?""Ela parece muito agradvel. Brilhante, alegre e completamente com os ps no cho. O

    que ela v em voc, eu no posso compreender."Ele balanou a cabea em longo e sofrido silncio."Oh, vamos l, voc sabe que eu estou brincando. Eu gosto dela. Ela pode at vir a ser

    boa o suficiente para voc, e isso quer dizer alguma coisa."Seus lbios torceram-se em um sorriso relutante no elogio indireto. "Obrigado.""Ento eu no estou demitida?""Ainda no.""Bom, porque voc nunca encontraria ningum que conspirasse com voc. Divirta-se,

    chefe, vejo voc de manh."Sonya partiu, e William fez o seu caminho atravs da casa, um sorriso torto formando-

    se nos cantos de sua boca. Ele encontrou Elizabeth na biblioteca, olhando as estantes.

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    7/16

    An Unexpected Song by Rika 7

    "Sonya parece fantstica", disse ela. "E voc tem um f clube nesta casa. Todo mundoque eu encontro continua cantando seus louvores."

    "Estou feliz em ouvir isso." Ele pegou a mo dela. "Eu subornei todos eles muito bem, eeu odiaria pensar que meu dinheiro no est funcionando. Agora, gostaria de ver o resto dacasa?"

    __________________________________________________________________________De todas as salas do segundo andar, Elizabeth gostou mais do escritrio de William. Ele

    fora decorado em cores escuras e ricas e, como a sala de estar, fora decorado com belasantiguidades. "Que sala maravilhosa", ela respirava. "Voc pode sentir a histria aqui."

    William sorriu para ela, covinhas apareceram em suas bochechas, e o corao dela fezum peculiar flip-flop em seu peito. Ele levou-a lentamente ao redor da sala, mostrando a suacoleo de mapas antigos e globos. Ela estava tocada por seu prazer quase infantil emcompartilhar estes objetos com ela, e ela fez um esforo para estic-lo ainda mais, fazendoperguntas sobre os diferentes mapas.

    Ela apontou para o grande retrato acima da lareira. "Quem so eles?"

    "Meus pais.""Sua me era bonita.""Eu sempre pensei assim.""Eu posso ver a semelhana, especialmente nos olhos. Vocs dois eram prximos?""Sim. Ela era muito dedicada a mim.""E Georgiana tambm, tenho certeza.""Georgie tinha apenas um ms de idade quando ela morreu.""Oh, no, que triste. Quantos anos voc tinha quando ela morreu?""Quinze.""Isso deve ter sido to difcil para voc.""Foi". Ele suspirou. "Depois de todo esse tempo, eu ainda sinto falta dela."Ela o viu olhando para sua me no retrato, e viu um sorriso amargo nos lbios. "Sinto

    muito", ela sussurrou, tocando seu brao.Seus olhos escuros caram sobre ela, parecendo perscrutar sua alma. Ele pegou a taa

    de vinho dela, e colocou ambas as taas na lareira, e tomou-lhe as mos, puxando-a para maisperto dele."Elizabeth", ele murmurou. A emoo da expectativa corria atravs dela enquantoele se inclinava para frente, os lbios descendo em direo aos dela.

    "Mr. Darcy?"Ela se afastou rapidamente, tropeando sobre a borda do tapete, mas conseguindo

    recuperar o seu equilbrio. Allen Reynolds estava na porta, uma garrafa de vinho na mo e umolhar aflito em seu rosto curtido.

    "Lamento muito, Mr. Darcy. Minha esposa me enviou para ver se vocs gostariam demais vinho."

    William respirou alto. "Por que voc no deixa a garrafa, Allen. Vamos servir a nsmesmos."

    "Claro, senhor."Allen deixou a garrafa na mesa mais prxima e tudo, mas correu da sala. William virou-

    se para Elizabeth, os olhos castanhos tristes, os cantos de sua boca curvados para baixo. Suaexpresso lamentvel foi a ltima palha - ela no pde mais conter suas gargalhadas.

    "Sinto muito", disse ela, "mas s..." Ela comeou a rir, incapaz de terminar. E pensar que eu estava preocupada em ficar sozinha com ele!

    "s vezes eu desejo viver em uma caverna no Tibet", resmungou ele, mas ela viu umbrilho fraco em seus olhos. Um sorriso gradualmente apareceu em seu rosto, e ele comeou arir baixinho.

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    8/16

    An Unexpected Song by Rika 8

    Ela aproximou-se dele, levantou-se na ponta dos ps, e deu um beijo suave em seuslbios. Ento ela recuou antes que ele tivesse uma chance para reagir. "Talvez isso quebre am sorte."

    "Eu espero que sim." Eles sorriram um para o outro, e..."Ento", perguntou ela, "vamos para o terceiro andar agora?"

    "Se voc gostar. Meus aposentos esto l.""Oh". Eu e minha boca grande. "Bem, ento talvez seria melhor se...""E eu gostaria especialmente para mostrar-lhe o piano na minha sala de estar."Vamos l, Lizzy, relaxe. apenas a sala de estar. Alm disso, algum tem a certeza de

    irromper na sala a qualquer instante antes que comea qualquer coisa. Ela sorriu para opensamento e disse: "Mostre o caminho."

    Ela o seguiu at o andar de cima e para sua sala de estar, onde um piano de cauda emum belo revestimento de jacarand dominava o espao.

    " lindo", ela respirou, correndo os dedos sobre sua superfcie polida com reverncia."Gran tinha feito sob medida para mim como um presente de 30 aniversrio.""E voc tem que trazer as pessoas at o terceiro andar para v-lo."

    Ele balanou a cabea. "Eu no trago as pessoas at aqui. Este o meu lugar privado.""Mas eu estou aqui.""Sim."Incomodada com a intensidade do olhar dele, ela procurou um assunto menos

    pessoal. "No de admirar a sua casa tenha que ser to grande, com todos os seus pianos. Euvi trs at agora, isso tudo?"

    "Sim. O piano na biblioteca no fica muito usado, exceto algumas vezes em festas. Ono segundo andar o de Georgie - Eu comprei para ela no vero passado. Esse o que eu tocoa maior parte do tempo. um instrumento maravilhoso, e tambm, eu prefiro ter privacidadequando eu executo."

    "Eu aposto que ele soa maravilhoso. Quer tocar alguma coisa para mim? Ele puxou o banquinho do piano. "Tudo bem, se voc sentar-se comigo.""Ento, eu posso virar as pginas invisveis novamente?" Ela perguntou, sorrindo,

    quando eles se sentaram."Absolutamente. Eu senti falta da minha viradora de pginas invisvel em Chicago. H

    algo especial que voc gostaria de ouvir?"Ela balanou a cabea. "Eu sei que vou desfrutar de tudo que voc escolher."Ele ficou em silncio por um momento, estudando as chaves, e depois comeou a

    tocar uma pea que ela reconheceu como Brahms. Era mais suave e mais contemplativa doque as composies de tempestade com as quais ele estava to frequentementeassociado. Seus dedos sensveis fizeram sua melodia melanclica cantar no magnfico piano,perfurando seu corao com a sua doura. Como era tpico quando ele tocava, parecia fugir darealidade e escorregar para o mundo de sua msica. Ela sentiu que estava sendo puxada paraum lugar de rara beleza enquanto a msica subia e descia ao seu redor, forjando um vnculoentre eles que Elizabeth no conseguia entender, mas que foi impotente para resistir. __________________________________________________________________________

    William ergueu as mos do teclado enquanto o acorde final do *Intermezzo de Brahmsbrilhava no silncio e depois desaparecia. Um carro que passava pela culatra, arrancou-o devolta para o presente. Virou-se para Elizabeth e ficou surpreso ao ver as lgrimas brilhando emseus olhos.

    "O que h de errado?" Ele estendeu a mo e capturou uma lgrima que roloulentamente pelo seu rosto.

    "Como voc faz isso?" Ela perguntou, sua voz cheia com emoo. "Sua msica sempreme faz chorar, e eu no sei como voc faz isso. Voc me faz sentir todas essas coisas, e elasvo direto ao meu corao, e..."

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    9/16

    An Unexpected Song by Rika 9

    "Lizzy", ele murmurou, colocando seu rosto delicadamente em suas mos. "Por favor,no chore."

    Seus olhos fechados, a emoo surgindo entre eles. Eles se inclinaram em direo aooutro e seus lbios se encontraram, timidamente no incio, mas a urgncia escalourapidamente. Elizabeth gemia baixinho e seus braos enrolavam em volta do pescoo dele, as

    mos acariciando o cabelo em sua nuca. Ela se apertou mais perto dele e ele estremeceu como desejo, sua resposta ansiosa inflamando-o. Sua lngua brincava nos lbios dela, sondandogentilmente at que sua boca se abriu sob a dele. Gemendo no fundo de seu peito, ele passouos braos firmemente em torno dela enquanto ele avidamente explorava a doura de suaboca.

    Uma fome feroz eletrificava as terminaes nervosas de William, e como o beijocontinuou ele pensou vrias vezes de seu quarto, seu santurio privado, apenas a algunspassos no corredor. Suas poucas clulas cerebrais em funcionamento argumentaram que otempo no estava certo, que era muito cedo, que ele precisava manter o controle, mas seucorpo faminto se recusou a ouvir. Finalmente, a razo triunfou sobre o desejo, e ele forou-sea interromper o beijo.

    Eles sentaram-se juntos, testas se tocando, os olhos fechados, ainda agarrados um aooutro, o silncio quebrado apenas pela sua respirao superficial. William nunca tinha sido toprofundamente comovido por um beijo. Nada em sua experincia j havia chegado perto daonda de pura alegria que ele sentiu quando ela cedeu a sua boca para ele, ou para a paixoavassaladora que ela provocou.

    Ela se colocou um pouco longe dele, e ele viu nos olhos dela que ela tambm estavaabalada pela emoo que havia queimado entre eles. Ele beijou-a ternamente e colocou acabea dela em seu ombro, acariciando seus cabelos. Finalmente, ele sentiu sua agitao,tentando sentar-se em linha reta, e ele relutantemente libertou-a.

    "Eu... eu acho que melhor eu ir ver o meu cabelo e a maquiagem.", ela disse, sua voztremendo. "Eu provavelmente baguncei minha maquiagem quando eu comecei a chorar, eento..."

    "Voc est linda", disse ele, surpreso ao ouvir uma nota rouca em sua prpriavoz. "Mas sinta-se livre para usar o meu banheiro. a porta exatamente no outro lado daescada. Eu posso mostrar-lhe onde..."

    "No." Ela saltou e ficou de p. "No, eu vou encontr-lo. Eu j volto."Ela passou pela porta sem olhar para trs. Com seus lbios curvados em um sorriso

    preguioso, e ele fechou os olhos, aquecendo-se a memria daquele beijo incrvel. Mas emtrs dias, ela estava indo embora. Eu a encontrei - como que eu vou deix-la ir? __________________________________________________________________________

    Elizabeth olhou para o espelho da penteadeira no banheiro William e tomou umprofundo, mas instvel flego. Sua mo tremia, ela reparou brilho dos lbios e limpou osrestos de uma lgrima de seu rosto.

    O que aconteceu? Em um momento, ele havia estado docemente preocupado comsuas lgrimas; no seguinte, eles haviam estado travados no abrao mais apaixonado queElizabeth jamais havia experimentado. Um calor tremendo encheu seu corpo, deixando-a fracae trmula, capaz de fazer pouco alm de se apegar a ele em sinal de rendio impotente.

    Ela correu um dedo pelo tampo de mrmore da penteadeira. Era uma bela pea, masparecia incongruente feminina para um banheiro de um homem. Ele deve ter instalado parasuas namoradas usarem quando eles dormissem juntos. Considerando todas as mulheres que,sem dvida, se atiravam sobre ele, provavelmente, passou poucas noites sozinho. O queexplica porque ele to incrvel com beijos - muita prtica.

    Seu sorriso desapareceu, e ela se levantou da mesa, examinando o quarto. maior doque o nosso apartamento inteiro. Ele foi decorado em cores profundas e quentes, criando umasensao de conforto e luxo masculino. Ela observou o grande vidro do chuveiro e a longa

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    10/16

    An Unexpected Song by Rika 10

    extenso da bancada, mas foi a banheira de hidromassagem no canto que tomou e segurousua ateno. Ela suspirou melancolicamente, imaginando-se relaxar na banheira, cercada porum mar de bolhas perfumadas. Desnecessrio dizer, com uma taa de champanhe na mo.

    Mas ela tinha ido embora h muito tempo. Ela estava se sentindo como elanovamente, e era hora de voltar para William. Depois de um ltimo olhar admirado ao redor

    do banheiro palaciano, ela saiu para o corredor.Ele estava esperando pelas escadas. "Est tudo bem?", Perguntou ele."Sim, obrigada." Antes que ela pudesse conceber um comentrio adequado sobre o

    banheiro, sua ateno foi distrada por um conjunto de portas em um intervalo na parede sua direita. "Isso um elevador?"

    Ele balanou a cabea. "Em uma casa de seis andares, vem a calhar. Podemos tom-loem linha reta at o telhado."

    "Mas e os quarto e quinto andares?""No h muito para ver - apenas quartos. O quarto andar foi destinado para as

    crianas da casa, mas no momento usamos para os hspedes. E Georgie e Gran compartilhamo quinto andar."

    Ele apertou o boto do elevador, e logo apareceram no sexto andar. Lembrando oconselho da Mrs. Reynolds, Elizabeth olhou para o domo pintado sobre as escadas. Williamsorriu com orgulho quando ela comentou sobre sua beleza, e, em seguida, com um ar deexpectativa ansiosa, ele levou-a atravs de um conjunto de portas francesas para a estufa.

    Eles foram cercados por uma vegetao luxuriante pontuada por uma profuso deorqudeas em uma variedade infinita de cores e tamanhos. Ela inalou o ar quente e mido,perfumado com terra mida e verde, coisas que crescem.

    "Oh, meu Deus", ela sussurrou reverentemente. "Voc no me disse que voc tinhaum pequeno jardim do den aqui em cima."

    Suas covinhas brilharam. "Eu queria surpreend-la. Eu estava esperando que voc iriagostar."

    "Gostar? incrvel. Eu amo orqudeas. Quem cuida delas?""Minha me comeou a coleo de orqudeas, quando eu era um menino. Ela

    construiu a estufa, e ela e Allen costumavam trabalhar juntos aqui em cima. Depois que elamorreu, ele continuou a maior parte por conta prpria. Eu o ajudo ocasionalmente, quando eutenho tempo. estranhamente relaxante."

    "E provavelmente voc lembra-se de sua me."Ele balanou a cabea, mas no respondeu.Elizabeth vagou pela estufa, admirando as delicadas flores coloridas. William apontou

    algumas das plantas mais inusitadas, e discutidos cuidados e cultivo."Voc sabe muito sobre orqudeas.", Observou ela. "Ser que sua me te ensinou?"Ele balanou a cabea. "E eu fiz algumas leituras sobre o assunto.""Voc l muito, no ?""Eu sempre amei os livros, e leitura ajuda a passar o tempo em viagens de avio

    longas, ou tarde da noite em quartos de hotel. Voc gosta de ler?""Nos ltimos anos, a maior parte da minha leitura foi para a escola. Mas sempre que

    eu saio de frias, minha mala pesa uma tonelada por causa de todos os livros que eu acaboembalando."

    Ele parou para colocar um vaso de barro pequeno em p, revelando uma plantadelicada com pequenas flores alaranjadas. "O que voc gosta de ler?"

    "Bem, depois de suas discusses da histria e da horticultura, estou envergonhada dedizer, mas eu gosto de romances de mistrio."

    Ele encolheu os ombros. "Por que voc deveria se envergonhar? Romances de mistrioso como quebra-cabeas, voc filtra as pistas e tentar resolver o enigma."

    "Exatamente! Eu particularmente gosto de histrias com detetives do sexo feminino.""Voc queria ser Nancy Drew quando voc estava crescendo?"

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    11/16

    An Unexpected Song by Rika 11

    Seus olhos se arregalaram. "Como voc sabia?""Porque Georgie amava esses livros tambm.""Eu costumava esgueirar-se fora de noite com uma lanterna para ir explorar. Mary

    estava sempre me dedurando, e depois eu ficava em apuros com a me, mas isso no meimpediu. Eu era um pouco demasiado destemida para o meu prprio bem."

    "Mas no agora?"Ela evitou a sua pergunta, apontando para uma planta que chamou sua ateno. "Achoque esse o meu favorito", disse ela. "Que tipo ?"

    "A orqudea Dendrobium.""Eu amo a sombra profunda de roxo. to incomum e vibrante." Ela olhou para ele e

    viu uma luz quente em seus olhos. "O qu?""A maneira como voc descreveu a orqudea. como voc."Seu batimento cardaco acelerou quando ele se aproximou. "Obrigado por ter vindo

    minha casa", ele murmurou, colocando as mos em seus ombros. Ela fechou os olhos,sentindo seu hlito quente em seu rosto e seus lbios descendo para encontrar os dela.

    "Will? Voc est aqui?"

    William levantou a cabea e deixou cair as mos dos ombros de Elizabeth. Ele suspiroue afastou-se dela. " Georgie."A adolescente que Elizabeth tinha notado na recepo de Juilliard galopou em direo

    a eles. Ela era alta e muito magra, com o cabelo castanho claro na altura dos ombros e olhosazuis suaves. Ela usava jeans desbotados, um top rosa e tnis com solas grossas. Alm de suaaltura, ela tinha pouca semelhana com seu irmo.

    "Oi, Georgie", William cumprimentou-a, beijando seu rosto. "Eu no achei que vocestaria em casa to cedo."

    "A madrasta de Courtney estava de mau humor, por isso ns queramos sair de l. Mrs.Reynolds disse que queria falar comigo."

    "Sim, eu gostaria que voc conhecesse nossa convidada. Elizabeth, esta a minhairm, Georgiana. Georgie, esta Elizabeth Bennet."

    Elizabeth se adiantou com um sorriso. "Estou feliz em conhec-la, Georgiana.""Oi", disse Georgiana com um ar indiferente."Seu irmo me disse que voc um bom msico.""Eu gosto de msica. Mas estou longe de ser to boa como Will.""Essa uma comparao muito difcil", Elizabeth respondeu com um sorriso rpido

    para William. "Que instrumentos voc toca?""Piano e viola.""Quando eu estava no colgio eu queria tocar viola. Voc toca em uma orquestra?""Georgie violista na segunda cadeira com a Sinfonia Juvenil de New York", William

    interveio com orgulho."Isso maravilhoso!"Georgiana passou de um p para outro. "Est tudo bem."" sua amiga Courtney da sinfonia tambm?""No. Ela vai para a minha escola.""Qual escola?""Chapin.""Oh, uma escola maravilhosa. Voc gosta?""Sim.""Em que grau voc est?""Dcimo, este outono. "Ento voc tem 15?""Eu terei o prximo ms." Georgiana suspirou alto. "Will, eu tenho que ir l

    embaixo. Courtney est esperando por mim."

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    12/16

    An Unexpected Song by Rika 12

    "Claro, eu entendo," Elizabeth respondeu rapidamente, antes que William, cujos olhostraram seu constrangimento e aborrecimento, pudesse responder. "Foi bom conhec-la."

    "Sim, voc tambm."To logo Georgiana desapareceu atravs das portas francesas, William voltou-se para

    Elizabeth. "Sinto muito. Ela tem maneiras melhores do que isso."

    "No se preocupe com isso. Garotas da idade dela podem ser muito difceis. Lembro-me de ser muito mal-humorada naquela poca. E eu certamente no era muito de conversafiada com os adultos."

    "Mas ela sabe melhor do que isso. Eu vou falar com ela sobre isso mais tarde."Os lbios de Elizabeth tremeram quando ela fez o seu melhor para no rir. "Voc se

    comportou exatamente da mesma maneira no caf, na semana passada, at que vocrelaxou."

    Ele se encolheu. "Eu estava realmente to ruim assim? No admira que voc queria irpara casa cedo."

    "Sinto muito", disse ela suavemente. "Eu no queria incomod-lo. Mas, voc sabe,talvez Georgie tenha se sentido desconfortvel, tal como voc no caf."

    Ele no respondeu. Eles continuaram a sua caminhada atravs da estufa."Eu tenho que dizer", ela comentou "as pessoas desta casa tem um verdadeiro talentopara aparecer em momentos inoportunos."

    Ele balanou a cabea, um sorriso lento aparecendo em seu rosto. "Estou comeando apensar que uma conspirao. A boa notcia que estamos ficando com muitos culpadospotenciais, a maioria deles j vieram. Neste momento, os nicos que restam so a Mrs.Reynolds e..."

    "Ah, voc est a."Elizabeth virou-se para ver Rose Darcy se aproximar."Gran! Eu no esperava v-la at mais tarde." William lbios tremeram, e Elizabeth

    teve que trabalhar duro para reprimir uma risadinha."Estou um pouco cansada hoje noite, ento aps a recepo dos Marston eu decidi

    pular o bal e voltar para casa. Eu no sou louca por Stravinsky de qualquer maneira." Roseacenou para Elizabeth. "Boa noite, Miss. Bennet."

    Elizabeth no se atreveu a fazer contato visual com William, em vez disso, ela mordeua lngua, desejando-se para no rir. "Boa noite, Mrs. Darcy", disse ela. " um prazer v-la."

    "Espero que meu neto tenha sido um bom anfitrio.""Oh, sim. Ele est me mostrando a casa. absolutamente linda.""Desculpe-me, Mr. Darcy?" Foi Mrcia Reynolds, passando pelas portas francesas com

    uma bandeja cheia de pratos."Sim?""O jantar est pronto, senhor. Eu estou indo termin-lo, voc pode vir quando estiver

    pronto.""Bem, eu no vou impedi-los de seu jantar", Rose disse, "mas talvez depois de

    terminarem, poderamos ter uma conversa breve. Eu gostaria de conhecer melhor com voc,Miss. Bennet, j que voc e meu neto esto se tornando amigos."

    "Mas, Gran...""Agora, William, eu no vou monopolizar a sua noite. Mas, certamente, voc pode

    poupar alguns minutos para a sua av.""Claro, Mrs. Darcy. Isso seria timo." Elizabeth fez o seu melhor para parecer sincera."Eu a vejo mais tarde, ento."William a levou para a mesa do jantar. Nos ouvidos de Elizabeth, ele murmurou: "Bem,

    pelo menos, todos eles nos interromperam agora. Exceto a Mrs. Reynolds, de qualquermaneira. Talvez as coisas vo finalmente se acalmar."

    "Ns s podemos esperar." Ela pegou a mo dele e apertou-a. __________________________________________________________________________

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    13/16

    An Unexpected Song by Rika 13

    William se recostou na cadeira, tomando seu caf e sentindo-se extremamentesatisfeito. A partir do momento que ele e Elizabeth sentaram-se mesa no meio do jardim dotelhado, a noite tinha progredido na perfeio.

    O jantar tinha sido um triunfo da habilidade culinria da Mrs. Reynolds. O clima nopoderia ter sido mais perfeito para jantar ao ar livre - quente o suficiente para o conforto, mas

    no opressivo demais, com uma brisa suave. O sol se ps perto do incio do jantar, riscando ocu com cores vivas improvveis, e uma lua quase cheia agora andava acima de suas cabeas.Rudos de trfego subiam da cidade embaixo, mas como era tpico de um experiente

    morador de New York, William mal percebeu os sons. Alm disso, eles estavam sendomascarados em parte pela msica jazz suave, que ele havia cuidadosamente selecionadonaquela manh de sua extensa coleo de CDs.

    Mesmo suas reflexes sobre o incio da noite eram agradveis agora, em seu quadroatual de esprito benevolente. Em vez de me deter sobre o fluxo constante de interrupes, elerefletiu com satisfao o prazer de compartilhar sua casa com Elizabeth, e acima de tudo emseu interldio apaixonado em sua sala de estar, uma experincia que ele esperava repetir etalvez aperfeioar mais tarde naquela noite.

    Elizabeth estava terminando a sobremesa, uma expresso feliz no rosto. Sua pelebrilhava luz das velas. William desejou por um momento que ele fosse um pintor, em vez deum msico para que ele pudesse capturar o momento sobre tela.

    Ela largou a colher e sorriu para ele. "Tudo estava delicioso, mas a mousse dechocolate estava fora deste mundo. Como a Mrs. Reynolds consegue adivinhar minhasobremesa favorita?"

    "No era uma suposio. No se lembra de nossa conversa sobre sobremesas na noitede segunda-feira? Mrs. Reynolds pediu-me para descobrir pelo menos um de seus alimentosfavoritos para que ela pudesse servi-lo."

    "Eu no tinha ideia que era to doce. Obrigada.""Para servir?"Ela riu suavemente. "Para ter tantos problemas por minha causa.""No foi nenhum problema.""Bem, obrigada de qualquer maneira. Ns temos que ir encontrar sua av ainda?""No", ele respondeu enfaticamente, tirando o smoking e pendurando-o sobre a parte

    traseira da cadeira. "Se esperarmos muito tempo, ela vai para a cama.""Eu no acho que isso uma boa ideia. Ela est nos esperando, e ela no vai gostar se

    no fizermos o que ela pediu."Isto era verdade, e William no arriscava muitas vezes despertar a ira de Gran. Mas

    esta noite no pareceu importar. "Vou explicar para ela na parte da manh.""Se voc est tentando evit-la por minha causa, no necessrio. Estou feliz por

    passar alguns minutos com ela. Eu acho que doce que ela seja to protetora de voc.""No isso. Eu no quero compartilhar voc com ningum esta noite."Seus olhos se encontraram em um longo e firme olhar. No silncio que se seguiu, uma

    cano familiar comeou a tocar no som. Os olhos de Elizabeth se arregalaram emreconhecimento.

    "Eu amo essa msica", disse ela. "Quem est tocando?""O Trio Bill Evans.""Eu, normalmente, ouo cantores de jazz, no instrumentistas, mas acho que Bill Evans

    fantstico.""Minha av me apresentou sua msica quando eu era menino, e ele sempre foi um

    dos meus favoritos. Ele provavelmente uma das razes pelas quais eu comecei a tocar jazz."Eles ficaram em silncio, ouvindo a gravao do trio de When I Fall in Love. As letras

    flutuavam pela cabea de William:

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    14/16

    An Unexpected Song by Rika 14

    Quando eu me apaixonar, ser para sempreOu eu nunca irei me apaixonar

    Em um mundo agitado como este ,O amor termina antes que comece

    E tantos beijos de luar

    Parecem esfriar no calor do sol.Quando eu entregar meu corao, ser completamenteOu eu nunca darei meu corao.

    E no momento que eu posso sentir que voc se sente assim tambm quando eu me apaixono por voc. **

    Seu devaneio foi interrompido quando Elizabeth falou de repente."Posso te perguntar uma coisa?""Claro.""Sabe Catherine de Bourgh, a reitora do Pacific Conservatory?""Sim... ah, sim, sim, eu sei."

    "Eu pensei que voc provavelmente conhecia, e eu tenho vontade de lhe perguntarsobre ela."Oh, no. Ela descobriu sobre o trabalho. William tomou um gole longo e deliberado de

    sua xcara de caf antes que de responder: "Sim?""Bem, isso pode parecer bobagem, mas... Eu no acho que ela gosta de mim. Eu no

    posso ver por que ela me ofereceu um emprego nesse caso, mas tudo que eu sei que ela muito fria e desaprovadora."

    Ele relaxou na cadeira, de repente, consciente de que ele estava segurando sua xcarade caf em um aperto de morte. "Tenho certeza de que no voc. Ela nunca foi uma pessoaquente ."

    Ela balanou a cabea. "Eu realmente tenho a impresso de que pessoal. E a menosque ela simplesmente no goste do meu nariz ou do som da minha voz, s h umapossibilidade que eu posso pensar. Ser que ela fica com raiva de algum ter tentadoinfluenci-la a me contratar?"

    Sirenes de alerta gritaram na cabea de William. "Bem, eu acho... por que vocpergunta?"

    Elizabeth fez uma pausa e bebeu um gole de caf. "A primeira vez que nosconhecemos, ela fez um comentrio que pareceu acusar-me de tentar negociar com ainfluncia de amigos. Eu no estou completamente certa do que ela quis dizer, mas eu tenhouma teoria."

    Cerrou suas entranhas quando sua mente foi tomada por tentculos gelado demedo. Ela adivinhou o que eu fiz. Mas talvez v ficar tudo bem. Ela no parece irritada.

    "Voc se lembra de Bill Collins, do jantar de ensaio?", Perguntou ela."Sim, eu lembro." William respondeu com desgosto leve. "Por que voc pergunta?""Ele o Reitor de Administrao no Conservatrio. E ele realmente tentou me

    ajudar. Aposto que ele insistiu muito para lev-la a me contratar, e ela pensa que eu pedi issoa ele, ento ela me culpa por isso."

    Ele considerou brevemente confessar a verdade. No. Seria ferir seu orgulho. Almdisso, poderia parecer que eu estou tentando me livrar dela, como Catherine sugeriu.

    "De qualquer forma," ela continuou, "Considerando o modo como ela me trata, Billdeve ter sido realmente um incmodo para ela."

    "Srio? Quais eram as probabilidades?", Perguntou ele, revirando os olhos."Oh, vamos l. Bill pode ser peculiar, mas ele quer o bem.""Tanto faz." William percebeu que ele soava como Georgie quando ela estava com um

    humor sombrio."Por que voc no gosta dele? Ele tem sido muito gentil comigo."

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    15/16

    An Unexpected Song by Rika 15

    "Porque... no, no importa." A memria de Elizabeth beijando Bill na bochecha no jantar de ensaio, e mais tarde ela inclinando-se sobre seu ombro quando ele se sentou aopiano se preparando para acompanhar a sua cano, brilhou na mente de William.

    "No, no. Tarde demais para dizer 'no importa'." A luz travessa nos olhos dela erairresistvel. "Vamos l. Confesse."

    "Bem, tudo bem. Ele sentou com voc no jantar de ensaio, e deveria ter sido eu.""Voc est com cimes de Bill Collins?""Certamente que no."Seus olhos danaram. "No, claro que no. Que bobagem minha. Voc sabe, Jane disse

    que ela pretendia nos sentar juntos naquela noite, mas de alguma forma Caroline acabou emmeu lugar. Ela acha que ela devia ter se distrado quando ela colocou os cartes no lugar."

    Ele riu. "Caroline trocou as cartas. Eu garanto isso.""Srio?""No h dvida em minha mente.""Ela est to desesperada para colocar suas garras em voc?""No importa", ele respondeu com um encolher de ombros. "Eu disse a ela em termos

    inequvocos, para me deixar em paz, que no tenho nenhum interesse por ela.""Mas ela provavelmente imagina que ela pode fazer voc mudar de ideia se ela forpersistente o suficiente."

    "Ela no pode. Eu nunca quis ter nada a ver com ela e, especialmente, no agora,quando... "

    "Quando o qu?""Quando os meus interesses esto em outro lugar", disse ele corajosamente, seus

    olhos acariciando ela.Ela sorriu e olhou para o lado, e embora fosse difcil dizer luz das velas, ele pensou

    ter visto um toque de cor manchar seu rosto. Um novo CD comeou a tocar durante aconversa, e o som da orquestra de Duke Ellington flua atravs dos alto-falantes. William selevantou da cadeira e estendeu a mo.

    "Dana comigo?""No fizemos isso antes?" Ela brincou. "A dana em uma jardim iluminado pela lua -

    tem um cenrio familiar, de alguma forma.""Sim, e eu gostei tanto da primeira vez, eu gostaria de faz-lo novamente."Ela se levantou e colocou a mo na sua. Ele puxou-a para perto, e eles comearam a se

    mover juntos no tempo da msica."Voc tem certeza que deveramos estar tentando o destino dessa maneira?",

    Perguntou ela."O que quer dizer?" Ele estava ao mesmo tempo perplexo e encantado pela luz

    brincalhona em seus olhos."No me diga que voc esqueceu o que aconteceu da ltima vez que danamos. Voc

    sabe, quando Caroline Bingley nos interrompeu imediatamente antes que ns... bem, antes devoc... "

    "Antes eu tivesse a chance de beij-la.""Sim. Quero dizer, quando voc considera o modo como as coisas foram acontecendo

    esta noite... "Ele riu. "Voc no precisa se preocupar com Caroline. Mesmo que ela aparecesse, a

    Mrs. Reynolds nunca iria deix-la entrar na casa."Elizabeth olhou para o cu noite."O que h de errado?", Ele perguntou, ainda olhando para cima."Eu s estava pensando que tudo que ela precisa de um avio e um paraquedas, e

    ela poderia estar a poucos metros de distncia de ns."

  • 7/31/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 15

    16/16

    An Unexpected Song by Rika 16

    Eles riram juntos, enquanto eles continuaram a danar. Seus olhos verdes brilhavamde alegria, e seu riso era to doce como qualquer msica que ele nunca tinha ouvidofalar. "Voc me faz feliz", ele sussurrou, beijando-a suavemente.

    Ela suspirou e aninhou-se prxima a ele. Seu cabelo era macio contra a bochecha dele,e ele inalou o cheiro dela, lentamente, respirando em sua essncia. Ele apertou o brao em

    volta da cintura dela, saboreando a leve presso do seu corpo contra o dele, e eles balanavama msica enquanto um saxofone gemia uma melodia sensual.Ele queria apenas continuar segurando-a assim para sempre, envolver-se no calor de

    sua presena, senti-la contra ele, requintadamente suave e extremamente feminina. Ele beijouo topo de sua cabea, e ela olhou para ele, seus olhos macios e luminosos.

    "Essa msica - no Prelude to a Kiss? *** Ela perguntou.Ele assentiu e baixou a cabea em direo dela. "Muito a propsito, eu acho", ele

    murmurou contra seus lbios. __________________________________________________________________________

    Mrcia Reynolds saiu do elevador para o sexto andar e aproximou-se das portas da

    estufa, cantarolando para si mesma. Tudo estava indo maravilhosamente esta noite. ElizabethBennet era simplesmente encantadora, e ela e William pareciam estar tendo uma noite linda,a julgar pelo olhar feliz no rosto do rapaz, quando ela tinha servido os vrios cursos de seu jantar. Agora era hora de recolher os pratos de sobremesa, e ver se eles queriam mais caf outalvez uma bebida depois do jantar.

    Se apenas Allen tivesse sido mais cuidadoso antes! Ele voltou para a cozinha, com orosto vermelho e confuso, explicando que ele havia interrompido um momento de ternura noescritrio de William. Homens! Eles so como touros em lojas chinesas, todos eles, arrastando-se ao redor, sem prestar a mnima ateno ao que est acontecendo.

    Ela entrou no jardim e viu imediatamente que a mesa estava desocupada, mas levouum tempo curto para ajustar os olhos totalmente escurido. Por fim, ela os viu em p nassombras, envoltos nos braos um do outro, no meio de um beijo ntimo.

    Um sorriso terno formou-se em seus lbios enquanto ela bebia esta visoromntica. Infelizmente, sua ateno foi desviada de seu progresso atravs do jardim, e elaesbarrou na mesa de jantar, fazendo com que os pratos sacudissem ruidosamente uns contraos outros. Mrcia estremeceu, de p impotente ao lado da mesa, mas William e Elizabethestavam aparentemente muito absortos um no outro para perceber o som.

    Ela silenciosamente refez seus passos para a estufa e escorregou pela porta. Os pratos podem esperar, e quanto mais caf ou um licor. De alguma forma eu no acho que eles precisem de alguma coisa alm de um do outro agora.

    ------*-Intermezzo em L, Opus 118, No. 2, de Johannes Brahms. Interpretada por Van Cliburn emMinha favorita Brahms , 1999, BMG Entertainment.**-When I Fall in Love (Young / Heyman). Executado pelo Trio Bill Evans emRetrato em Jazz. 1959, Riverside Records.*** Prelude to a Kiss-(Mills / Gordon / Ellington). Interpretada por Duke Ellington e suaOrquestra de Greatest Hits Duke Ellington. 1968, Sony Music Entertainment.