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Atualização Terapêutica em Diabetes Mellitus

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Atualização Terapêutica em

Diabetes Mellitus

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Definição

• Diabetes Mellitus (DM) é uma doença caracterizada por hiperglicemia sustentada devido a um defeito na produção da insulina, defeito na ação periférica desse hormônio ou ambos.

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Classificação

• Classe pré-clínica 1. Intolerância a glicose

É a situação definida por glicemia de jejum e/ou pós sobrecarga alteradas, o que põe o indivíduo assintomático em risco de desenvolver diabetes e suas complicações.

2. Disglicemia

Corresponde à alteração glicêmica em outros tempos da curva (exceto tempos 0 e 120 minutos).

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Classificação • Classes Clínicas

1. Diabetes tipo 1 : A Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença au­toimune órgão-específica caracterizada pela destruição seletiva das células-beta das ilhotas de Langerhans, no pâncreas. Na maioria dos casos, tem seu início na infância ou na adolescência, tendendo a iniciar com sintomas graves de cetoacidose em seu diagnóstico 2. Diabetes tipo 2 : Esta forma se estabelece de forma insidiosa, podendo estar assintomática por vários anos. Em geral, está relacionada a resistência a insulina , com relativa deficiência de insulina ou como defeito secretório predominante com resistência a insulina associada. 3. Diabetes Gestacional : Corresponde à intolerância a glicose, diagnosticada pela primeira vez durante a gestação e que pode ou não persistir após o parto.

4. Outros tipos : Formas menos comuns de Diabetes, associadas a alterações específicas do metabolismo dos carboidratos, relacionadas a defeitos genéticos da função da célula β ou da ação da insulina; Doenças do Pâncreas Exócrino; outras endocrinopatias; Alterações induzidas por medicamentos ou produtos; outras síndromes genéticas; Autoimunidade.

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Diagnóstico

1)Glicemia (plasmática ou capilar) casual¹ de 200mg/dl e Sintomas de Diabetes.²

2)Glicemia de jejum³ >=126mg/dl, confirmada em um segundo exame associado ao exame de hemoglobina glicada (HbA1C) > 6,5%

3)Teste de Tolerância Oral à Glicose (TTOG) que apresente glicemia >= 200 mg/dl aos 120 minutos.

Fonte: SMS-Campinas, 2011

1 Casual é a glicemia feita em qualquer horário e que não considera o período de tempo desde a ultima refeição. ² Sintomas de Diabetes: poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso inexplicável. ³ Jejum é definido como ausência de aporte calórico de pelo menos 8 horas.

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Objetivos do Tratamento

Planejando o cuidado de pessoas com Diabetes de forma ampliada, podemos esquematizar os objetivos gerais do tratamento assim: • Ganho de qualidade de vida abordando de maneira ampliada

o cuidado para aspectos físicos, psíquicos, familiares, sociais. • Desenvolvimento de autonomia pelo paciente e/ou

cuidador(es). • Estímulo mudança no estilo de vida, incluindo:

• Aumento de atividade física na rotina • Reorganização dos hábitos alimentares • Interrupção ou redução do tabagismo

• Prevenção de complicações agudas e crônicas

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Algoritmo para Abordagem Terapêutica Inicial

Para nossa paciente D. Vera a prescrição e acompanhamento de adoção de estilo de Vida Saudável estão indicados como abordagem terapêutica inicial. Nesse momento, a indicação de tratamento medicamentoso não é imperativa.

Esse algoritmo foi extraído do Protocolo de Atendimento Clínico de DM da Prefeitura Municipal de Campinas. Veja essa publicação completa nos Referências Bibliográficas deste módulo.

Glicemia de Jejum

< 200mg/dl

Mudança no estilo de vida

Entre 200 e 300 mg/dl

Metformina 500mg até 2500 mg (se

intolerância, pensar em metformina de longa

duração)

> 300 mg/dl

Introduzir insulinoterapia

associada à Metformina

Cetoacidose diabética e estado hiperosmolar ou

Doença grave intercorrente ou co-

morbidade

Encaminhar ao pronto socorro

via SAMU

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Tratamento Não Medicamentoso

Os eixos do tratamento não medicamentoso para o DM podem ser organizados da seguinte forma: • Educação em Saúde – Atividades com a finalidade de compreender o que o

usuário conhece sobre a doença e oferecer suporte e acesso ao conhecimento técnico específico para ampliar seu conhecimento sobre sua situação de saúde. Destacar o estímulo a estilo de vida mais saudável, alimentação equilibrada e segura, aumento de atividades físicas e abandono do uso de cigarros e abuso de bebida alcoólica.

• Educação para o autocuidado – Dar suporte às pessoas com DM para torná-las capazes de compreender e administrar os planos terapêuticos, bem como reconhecer sinais de alerta para agravamento e lidar com as possíveis complicações de saúde.

• Pé Diabético - Planejar atividades que ofereçam conhecimento sobre o tema e permitam adequado cuidado dos pés

• Indicação de Vacinas no paciente Diabético - Incluir nos planos de tratamento o cumprimento do calendário vacinal para adultos e idosos e incluir a vacinação contra Influenza e pneumococo, considerando o maior risco de infecções respiratórias e complicações destas, nas pessoas com DM.

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Avaliação do Tratamento

• Fazer reavaliações periódicas das metas terapêuticas (a cada 3 meses até HbA1 <7,0% e depois a cada 6 meses), destacando a necessidade de controle dos níveis de Hemoglobina Glicada trimestralmente para avaliação do controle glicêmico (ADA, 2011).

• Os ajustes terapêuticos devem ser planejados de

forma escalonada a partir do apresentado em cada reavaliação clínica e laboratorial.

• A indicação do tratamento medicamentoso, bem como seu acompanhamento serão tema aula a seguir.

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O tratamento Não medicamentoso o DM é justificado no grande impacto que a mudança do Estilo de Vida tem no controle glicêmico.

A adoção de alimentação equilibrada, manutenção de peso corporal adequado e atividades físicas no cotidiano devem ser compreendidas como estratégia terapêutica fundamental no DM em todas as fases da doença.

Assim, a adesão ao tratamento Não medicamentoso deve ser verificada e estimulada a cada encontro entre os usuários e a equipe de Saúde.

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Bibliografia Ações Estratégicas para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis

(DCNT) no Brasil - 2011 a 2022. Ministério da Saúde.

American Diabetes Association, Diabetes care, volume 34, supplement 1, january 2011; s12.

Canadian Diabetes Association 2008 - Clinical Practice Guidelines for the Prevention and Management of Diabetes in Canada. Canadian Journal of Diabetes. September 2008 | Volume 32 | Supplement 1.

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia 2011.

Grupo Interdisciplinar de Padronização da Hemoglobina Glicada - A1C. Atualização sobre Hemoglobina Glicada (A1C) para Avaliação do Controle Glicêmico e para o Diagnóstico do Diabetes: Aspectos Clínicos e Laboratoriais. Posicionamento Oficial 3ª Edição. SBD - SBEM - SBPC/ML - FENAD, janeiro de 2009.

Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Manual de Orientação Clínica de Diabetes. São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/areas-tecnicas-da-sessp/hipertensao-arterial-e-diabetes-mellitus/linhas-de-cuidado-sessp/diabetes-mellitus/manual-de-orientacao-clinica-do-diabetes-mellitus

Secretaria Municipal de Saúde de Campinas. Protocolo de Atendimento Clínico - Diabetes Melitus. Campinas, 2011.

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