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Balneário Camboriú, 13 de agosto de 2011 20 Especial Por Caroline Cezar Há noventa dias dias peda- lando, o argentino Athos Val- lejo, 35, passou semana pas- sada por Balneário Camboriú. Veio de longe, saiu de onde mora, província de Tucumã (AR) e pretende ir pra mais longe ainda, a idéia é chegar à Colômbia. “Digo que é a idéia, mas não sei, quando chegar no quarto, quinto mês de viagem, estarei no Rio de Janeiro, vou ver o que faço. Mas sempre penso, ‘ah, já vim até aqui, vou mais um pouquinho... por- que se pensar no destino final desanima, mas voltar pra trás nunca”, brincou Athos. Ele conta que sempre teve a idéia de viajar de bicicleta, desde menino. Já fez duas mais curtas (cerca de 400 Km) no sul da Argentina, mas agora decidiu encarar a trip, que deve durar cerca de um ano e meio. “Encarar” porque apesar da vontade, na hora de decidir e sair sem olhar pra trás, não é fácil, disse ele, que trabalha como carpinteiro onde mora. “Sei que quero voltar pra lá, mas isso é a única certeza”. De terça a sexta, quando ficou em Balneário, Athos se hos- pedou na casa dos fotógrafos Rivo e Deise, em Taquaras, no esquema de couchsurfing (um site de relacionamento entre gente que viaja e cede um espaço no sofá para quem está de passagem). Se surpreendeu com a mudança da cidade, esteve aqui em 1992. “Já vim muitas vezes ao Brasil, agora tem edifícios por todo lado”, se referindo também a outras cidades que passou. Até agora, Athos gastou pou- quíssimo dinheiro. É como fazem as pessoas que saem para viajar por longos perío- dos, uma espécie de “costume do bom viajante de aventura”, independente da conta bancá- ria. Se trata mais de desapego do luxo e do conforto para pôr- se à prova. “É como se pôr mais atento, a como manejar-se com pouco, e percebemos como é possível. É um esforço impor- tante, e muito compensador”. No caminho recebeu muita ajuda, conta que a bicicleta abre portas. Há muitos curio- sos, pessoas que perguntam, querem saber, ajudam. Fez grande elogio os bombeiros, no Uruguai chegou a receber uma carta de recomendação do comandante para ser acolhido por onde passava. E deu certo. “Eles faziam questão de que me sentisse bem, sempre tinha um banho quente, um prato de comida. No Brasil também, passei por vários postos”. No carrinho atrás da bici, car- rega barraca, saco de dormir e ferramentas. Tem roupa imper- meável, mas até agora não pre- cisou. Em compensação enca- rou alguns ventos sofríveis, na vinda para BC de Floripa levou seis horas e foi difícil. Em Porto Alegre também passou por essa, e sentiu muito medo por causa da estrada. Mas a maior dificuldade, segundo Athos, não são as condições externas, sobretudo as físicas e sim a cabeça. “Não tem um dia que eu não pergunto ‘o que eu estou fazendo aqui’, princi- palmente nos momentos mais difíceis. Estar sozinho, fora de casa, lidando com a oscilação, alguns dias de chuva, frio, pra- ticamente mortos. Sinto muito motivado às vezes e em em outras, muito pra baixo. Tam- bém sinto que trabalha muito a paciência, você depende do tempo, das distâncias... é tudo mais longe, e quando está sozinho, mais ainda. Fico sempre esperançado de encon- trar outro maluco que venha comigo”, brinca. “Mas aí penso, pode ser que nunca mais possa fazer isso na vida”, e continuo. “Viajar recomendo, de qual- quer maneira”, diz Athos, que acha que independente do meio de transporte, sair do conforto é sempre bom, porque a pessoa se obriga a lidar com medos e situações desconhecidas, que depois acrescentam muito à vida. Também acha que as pes- soas não deviam postergar os sonhos. “Não faça isso”. Ele diz que é muito agradecido a todas as pessoas que encontrou pelo caminho e que espera retribuir de alguma forma, “nenhum tipo de ação faz sentido se você não pode compartir com outro. Isso dá muita força, é o que me impulsiona a seguir viajando”. O email de Athos é athosval- [email protected]. Viagem de aventura: esforço compensador “Não tenho pressa, minha idéia não é fazer exercício, mas usar a bicileta como meio de transporte para conhecer as pessoas e os lugares, principalmente as pessoas, que é o que dão sentido a tudo”. Athos, indo embora pela Interpraias para o seu próximo destino. Deixa amigos e saudades por onde passa. Rivo Biehl

Viagem de Aventura: esforço compensador

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Especial do Jornal Página 3.

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Balneário Camboriú, 13 de agosto de 201120 Especial

Por Caroline Cezar

Há noventa dias dias peda-lando, o argentino Athos Val-lejo, 35, passou semana pas-sada por Balneário Camboriú. Veio de longe, saiu de onde mora, província de Tucumã (AR) e pretende ir pra mais longe ainda, a idéia é chegar à Colômbia. “Digo que é a idéia, mas não sei, quando chegar no quarto, quinto mês de viagem, estarei no Rio de Janeiro, vou ver o que faço. Mas sempre penso, ‘ah, já vim até aqui, vou mais um pouquinho... por-que se pensar no destino final desanima, mas voltar pra trás nunca”, brincou Athos.Ele conta que sempre teve a idéia de viajar de bicicleta, desde menino. Já fez duas mais curtas (cerca de 400 Km) no sul da Argentina, mas agora decidiu encarar a trip, que deve durar cerca de um ano e meio. “Encarar” porque apesar da vontade, na hora de decidir e sair sem olhar pra trás, não é fácil, disse ele, que trabalha como carpinteiro onde mora. “Sei que quero voltar pra lá, mas isso é a única certeza”.De terça a sexta, quando ficou em Balneário, Athos se hos-pedou na casa dos fotógrafos Rivo e Deise, em Taquaras, no esquema de couchsurfing (um site de relacionamento entre gente que viaja e cede um espaço no sofá para quem está de passagem). Se surpreendeu com a mudança da cidade, esteve aqui em 1992. “Já vim muitas vezes ao Brasil, agora tem edifícios por todo lado”, se referindo também a outras cidades que passou.Até agora, Athos gastou pou-quíssimo dinheiro. É como fazem as pessoas que saem para viajar por longos perío-dos, uma espécie de “costume do bom viajante de aventura”, independente da conta bancá-ria. Se trata mais de desapego do luxo e do conforto para pôr-se à prova. “É como se pôr mais atento, a como manejar-se com pouco, e percebemos como é possível. É um esforço impor-tante, e muito compensador”. No caminho recebeu muita ajuda, conta que a bicicleta abre portas. Há muitos curio-sos, pessoas que perguntam,

querem saber, ajudam. Fez grande elogio os bombeiros, no Uruguai chegou a receber uma carta de recomendação do comandante para ser acolhido por onde passava. E deu certo. “Eles faziam questão de que me sentisse bem, sempre tinha um banho quente, um prato de comida. No Brasil também, passei por vários postos”.No carrinho atrás da bici, car-rega barraca, saco de dormir e ferramentas. Tem roupa imper-meável, mas até agora não pre-cisou. Em compensação enca-rou alguns ventos sofríveis, na vinda para BC de Floripa levou seis horas e foi difícil. Em Porto Alegre também passou por essa, e sentiu muito medo por causa da estrada. Mas a maior dificuldade, segundo Athos, não são as condições externas, sobretudo as físicas e sim a cabeça. “Não tem um dia que eu não pergunto ‘o que eu estou fazendo aqui’, princi-palmente nos momentos mais difíceis. Estar sozinho, fora de casa, lidando com a oscilação, alguns dias de chuva, frio, pra-ticamente mortos. Sinto muito motivado às vezes e em em outras, muito pra baixo. Tam-bém sinto que trabalha muito a paciência, você depende do tempo, das distâncias... é tudo mais longe, e quando está sozinho, mais ainda. Fico sempre esperançado de encon-trar outro maluco que venha comigo”, brinca. “Mas aí penso, pode ser que nunca mais possa fazer isso na vida”, e continuo.“Viajar recomendo, de qual-quer maneira”, diz Athos, que acha que independente do meio de transporte, sair do conforto é sempre bom, porque a pessoa se obriga a lidar com medos e situações desconhecidas, que depois acrescentam muito à vida. Também acha que as pes-soas não deviam postergar os sonhos. “Não faça isso”. Ele diz que é muito agradecido a todas as pessoas que encontrou pelo caminho e que espera retribuir de alguma forma, “nenhum tipo de ação faz sentido se você não pode compartir com outro. Isso dá muita força, é o que me impulsiona a seguir viajando”. O email de Athos é [email protected].

Viagem de aventura: esforço compensador

“Não tenho pressa, minha idéia não é fazer exercício, mas usar a bicileta como meio de transporte para conhecer as pessoas e os lugares, principalmente as pessoas, que é o que dão sentido a tudo”.

Athos, indo embora pela Interpraias para o seu próximo destino. Deixa amigos e saudades por onde passa.

Rivo Biehl

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Balneário Camboriú, 13 de agosto de 2011 21Especial

“É difícil dizer qual lugar foi o mais legal, porque cada um tem suas

particularidades. Tudo é novo”.O biólogo Denis Kerber passou 15 dias longe da família, num lugar desconhecido, falando mal inglês e sozinho. Não foi problema, “sentia saudades, mas o prazer de estar num lugar maravilhoso, surfar duas vezes por dia, mergulhar e ver toda aquela vida debaixo dágua compensava”. Ele estava no Panamá, onde visitou várias praias e ilhas buscando ondas e paisagens mais isoladas.Perrengue mesmo, a ponto de querer vir embora, foi a infec-ção no ouvido que teve logo nos primeiros dias. Estava des-confortável e sem paciência, mas foi medicado, se curou, e conseguiu aproveitar os outros dias da viagem, gastando muito pouco e conhecendo lugares como San Blas, uma região que concentra 365 ilhas numa água quente e cristalina.

A hospedagem nesse lugar era em cabanas de índios, que com as três refeições saía em média 20 dólares ao dia. “Pro surfe o melhor lugar da viagem foi Santa Catalina, uma direita no Pacífico. Onde mais conheci gente, me comu-niquei, foi em Bocas del Toro, que é tipo uma Jamaica, bem isolada, nem internet tinha. Uma vez quebrou a ponte, na única estrada que eles têm, e eles ficaram isolados. Quando consertaram, o primeiro cami-nhão que passou foi um de cer-veja, essa história é famosa lá”, lembrou ele, rindo.No balanço final Denis come-mora as várias histórias, os novos amigos que se conhece pelo caminho, e a vontade renovada de tocar a vida e pro-gramar a próxima viagem.

Em San Blas, com amigos das Ilhas Canárias, Argentina e Itália que conheceu na ilha; lugares ermos e isolados, índios e nativos e mergulho em águas transparentes: renovação.

Fotos Denis Kerber

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Balneário Camboriú, 13 de agosto de 201122 Especial

“Maternidade é uma transformação e não uma estagnação. Aquela imagem da mãe gorda, jogada no sofá, dando mamadeira, que parou sua vida, foi radicalmente retirada da minha cabeça”.“A idéia é ir para encarar, sabendo que não há luxo, é pas-sar trabalho, viver a experiên-cia e o cotidiano tão próximo e distante ao mesmo tempo. É ter histórias pra contar!” contou Marcos Holtz, um dia antes de partir para uma viagem de um mês pela Bolívia, Chile e Peru com dois amigos.Jornalista e fascinado por história, Marcos diz que gosta muito do que faz mas tem o sonho de ser arqueólogo, “tipo o Indiana Jones mesmo”, brinca. Embora o foco não seja fazer trekking ou outra atividade esportiva, eles terão que caminhar muito durante a viagem. Não pretender fazer compras, “só bugigangas arte-sanais e cerveja”, e se hosped-arão em albergues. “Eu não sou consumista, nem tem espaço no mochilão pra trazer muita coisa também. Eu quero é levar uns CDs da minha banda pra vender pros gringos”, disse Marcos, que toca na Anti Heróis, de Balneário. O trio não tem nada agendado e pago além do passeio pela trilha Inca (4 dias e 3 noites, que tem vagas limitadas). No mais, vão adaptando no caminho.

Marcos, que completa 25 anos durante a trip, está há tempo querendo viajar, “uns quatro anos”, e agora conven-ceu os amigos Gustavo Ber-nardi Agostinho, 25, e Guil-herme César Hoefelmann, 23 a embarcar na idéia. De férias, eles vão “passar trabalho” com o pré-roteiro que desen-haram: de Curitiba a Campo Grande de avião; de Campo Grande a Corumbá (divisa com a Bolívia) de ônibus. Na Bolívia embarcam no famoso Trem da Morte até Santa Cruz de la Sierra, da lá para Sucre e Potosí. Depois atravessam em três dias o Salar de Uyuni (Deserto de Sal), saem em San Pedro do Atacama, no Chile, e vão a Calama, Iquique, Arica e Tacna até chegar a Arequipa. Dali sobrevoam as linhas de Nasca, fazem um passeio nas Ilhas Balestas e partem para Lima. Vão à recém descobe-rta Caral, uma civilização de 5 mil anos, e depois Cusco, onde de onde partem para a famosa Trilha Inca (que leva à Machu Picchu). Na volta descem rumo a Puno e Copacabana, às mar-gens do Titicaca, depois La Paz e voltam pra casa.

Rudrá, nos seus primeiros meses de vida, já “rodou” mais que muita gente grande. À esquerda, na Itália e na Índia, com o pai, a mãe e o swami Dayananda; acima banhos de natureza farta em Bali, na Indonésia. Sorte e coragem dos pais, que “chutaram o balde” e aproveitaram para fugir dos palpites tradicionais na educação do filho.

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Faltava um ano para Thaís Andrade se formar em medi-cina Ayurveda. Desde o início, ela planejava encerrar a forma-ção com uma especialização na Índia. Tudo pré-programa-do, quando veio a inesperada notícia, estava grávida. “Tinha apenas 20 anos, e muitas me-tas, uma delas a tão sonhada viagem. Meu mundo desmoro-nou”, contou Thaís.Muitas coisas aconteceram, ela casou, se mudou, a barriga cres-ceu, mas não conseguia desistir da idéia de viajar, cultivada há mais de dois anos. Aos poucos e colocando intenção, ela foi con-versando com médicos, profes-sores, e outras mães e o retorno foi positivo. “Eles diziam: “Você só precisa do peito e de um sling”; “Olha se não for agora, não vai mais porque enquanto o baby mama no peito e fica no colo é bem mais fácil”; “Essa é a melhor hora para ir, ele não paga passagem, não come, fica bem mais em conta”.O próximo passo foi convencer o marido, que teria que ajudar nos cuidados com o bebê en-quanto ela estudava. Era justa-mente o mês de suas férias e ele também planejava uma viagem, para surfar. Ajeitaram aqui, adaptaram acolá e decidiram: “chutariam o balde”.

Contatos feitos, propostas de trabalho e de trocas, e a coisa foi se estendendo, e o projeto de um mês se transformou em seis meses.E o bebê, como fica nessa his-tória? Embarcou com quatro meses (e no Brasil já conhecia Maresias, Urubici, São Paulo e Cabo Frio), e Thati mandou notícias, dizendo que as coisas ficam muito mais fáceis quan-do tem um bebê na mochila. “Qualquer coração se amolece ao ver uma criaturinha tão fofa quanto um bebê, as pessoas pu-xam papo e nos favorecem sem nem se quer termos pedido!”Não precisa muita “tralha”, o ber-ço é um improviso com casacos e roupas; os brinquedos qual-quer coisa colorida e que faça barulho. Os três já passaram pela Itália, Bali e Índia e logo estão voltando para Santa Catarina.Thaís incentiva outras mães a pôr o pé na estrada. “O bebê ou criança precisa se sentir seguro e amado em primeiro lugar, se assim for, o resto é administrá-vel com um pouco de disposi-ção e criatividade. Para isto, os pais devem estar felizes, reali-zando seus sonhos e projetos, não deixando de fazer o que gostam. Mas devem sim adap-tar suas vidas e também dividir as tarefas”, coloca.

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Balneário Camboriú, 13 de agosto de 2011 23Especial

“A idéia é ir para encarar, sabendo que não há luxo, é passar trabalho, viver a experiência e o cotidiano tão próximo e tão distante ao mesmo tempo”.

“A idéia é ir para encarar, sabendo que não há luxo, é pas-sar trabalho, viver a experiên-cia e o cotidiano tão próximo e distante ao mesmo tempo. É ter histórias pra contar!” contou Marcos Holtz, um dia antes de partir para uma viagem de um mês pela Bolívia, Chile e Peru com dois amigos.Jornalista e fascinado por histó-ria, Marcos diz que gosta muito do que faz mas tem o sonho de ser arqueólogo, “tipo o Indiana

Jones mesmo”, brinca. Embora o foco não seja fazer trekking ou outra atividade esportiva, eles terão que caminhar muito durante a viagem. Não preten-der fazer compras, “só bugi-gangas artesanais e cerveja”, e se hospedarão em albergues. “Eu não sou consumista, nem tem espaço no mochilão pra trazer muita coisa também. Eu quero é levar uns CDs da minha banda pra vender pros gringos”, disse Marcos, que

toca na Anti Heróis, de Bal-neário. O trio não tem nada agendado e pago além do pas-seio pela trilha Inca (4 dias e 3 noites, que tem vagas limita-das). No mais, vão adaptando no caminho.Marcos, que completa 25 anos durante a trip, está há tempo querendo viajar, “uns qua-tro anos”, e agora convenceu os amigos Gustavo Bernardi Agostinho, 25, e Guilherme César Hoefelmann, 23 a

embarcar na idéia. De férias, eles vão “passar trabalho” com o pré-roteiro que dese-nharam: de Curitiba a Campo Grande de avião; de Campo Grande a Corumbá (divisa com a Bolívia) de ônibus. Na Bolívia embarcam no famoso Trem da Morte até Santa Cruz de la Sierra, da lá para Sucre e Potosí. Depois atravessam em três dias o Salar de Uyuni (Deserto de Sal), saem em San Pedro do Atacama, no Chile, e

vão a Calama, Iquique, Arica e Tacna até chegar a Arequipa. Dali sobrevoam as linhas de Nasca, fazem um passeio nas Ilhas Balestas e partem para Lima. Vão à recém descoberta Caral, uma civilização de 5 mil anos, e depois Cusco, onde de onde partem para a famosa Trilha Inca (que leva à Machu Picchu). Na volta descem rumo a Puno e Copacabana, às mar-gens do Titicaca, depois La Paz e voltam pra casa.

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