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Para você leitor, nesta edição inédita da Hemi-sphere, mostraremos uma viagem pela esplendida Grécia. Os assuntos abordados são de interesse para variados tipos de viajantes e turistas que pretendem explorar e conhecer esse país exótico e com uma cul-tura riquíssima. Dessa forma, esta revista irá mostrar a Grécia como um todo, incluindo seus pontos turísti-cos, as belas ilhas, sua história, curiosidades, gas-tronomia e muito mais. Além disso, esta edição serve como um roteiro de viagem, onde você poderá montar seu próprio guia de viagem por este país, abrangendo variadas preferencias de roteiro. Desejamos a você uma prestigiosa viagem pela Grécia! Autora: Juliana Vidal

EDITORIAL

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EDITOR E DIRETOR RESPONSÁVELJuliana Vidal e Andreia Menezes

EDITORAJuliana Vidal e Andreia MenezesPRESIDENTE EXECUTIVO

Carlos Alzugaray

DIRETOR EDITORIALJuliana Vidal e Andreia Menezes

DIRETOR EDITORIAL ADJUNTOLuciano Suassuna

DIRETORA DE NÚCLEOGisele Vitória

Texto Editoras: Juliana Bianchi, Luciana Franca e Marina Monzillo Editora Assistente: Ana Carolina Soares Repórteres: Aina Pinto,

Bianca Zaramella e Thaís BotelhoEditor Executivo: Cesar Itiberê Editor: Edu Lopes Editor-adjunto: Juca Rodrigues Editor-assistente: Max G. Pinto Repórteres fotográficos: Alexandre Sant’anna, Roberto Castro Produção: José Carlos Vieira, Luiz Tersarioli, Maria Célia Pereira de Almei-

da e Thatiana Debiagi Pesquisa: Eduardo A. Conceição Cruz Digitalização: Fortunato SicilianoArte

Projeto gráfico: Juliana Vidal e Andreia Menezes. Diretor de arte: José Pereira de Godoy Chefe de arte e ilustrador: Emerson Luís Cação Diagramadores: Juliana Vidal e Andreia Menezes. Chefe: Rosangela Honor Repórteres: Camilla Gabriella, João

Bernardo Caldeira e Macedo Rodrigues Secretária: Sheila Marques Assistente de Produção: Fernando C. FonsecaColaboradores

Christian Petermann, Daniel Schenker Wajnberg, Elaine Guerini,Gabriel Debia,Marcelo Lyra, Mauro Ferreira, Paula Alzugaray e Suzana Uchôa Itiberê

Serviços gráficos: Gerente Industrial: Fernando Rodrigues

Coordenadora Gráfica: Josefa Alves TeixeiraMARKETING

Gerente Geral: Patrícia Augusto Corrêa Coordenadora de Marketing Publicitário: Priscilla Zelice Analista de Marketing: Ana Paula Santos Assistentes: Luciana Médici e Julien Viapiana

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CULTURA 7

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COSTUMES

TUR I SMO

GASTRONOM IA

CUR I OS I DADES

ECONOM IA

CAM INHOS MAR Í T IMOS

PRODUTOS T Í P I COS

MODA

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ESPORTE

H I STÓR I A

ARQU I T ETURA

M ITOLOG I A

PERSONAL I DADE

ENTREV I STA

JANELA FOTOGRÁF I CA

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A Gréc ia Ant iga é cons iderada pe-los h istor iadores como uma c iv i-l i zação de grande esp lendor cu l-tura l . Os gregos desenvo lveram a fi losofia , as artes, a tecno log ia , os esportes e muito mais . .

A cultura grega é valiosa e para que se pos-sa conhecê-la melhor, é preciso ver ela em diferentes aspectos. Para isso, será mostra-do a música, a dança, a literatura e o teatro, de forma que cada uma delas demonstre seu lado e influencias culturais, que são ri-cas e lembrada sempre.

HEMISPHERE CULTURA

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A cultura da Grécia antiga (c. séculos VII a I a.C.) contribuiu em larga medida para a ori-gem da presente civilização ocidental. Mas, ao contrário da arquitetura e da escultura, por exemplo, que preservam grande número de exemplares em estado de conservação sufici-ente para serem bem estudados e compreen-didos, a música da Grécia Antiga não pôde manter uma continuidade direta até os dias de hoje, mas não deixou de exercer influência significativa na cultura romana subseqüente, dali se transmitindo à Idade Média através da

teoria, com suas escalas, modos e noções de harmonia. O que hoje subsiste da música daquela época são uma multiplicidade de referências literárias, inúmeras representações visuais de músicos em ação com seus instrumentos, e um sistema teórico, mas das obras propria-mente ditas resta apenas um punhado de fragmentos com notação, cujo deciframento exato ainda é obje-to de controvérsia.

Safo e Alceu (Sappho and Alcaeus, (1881) - Walters Art Museum, Baltimore, EUA.

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A música entre os antigos gregos era um fenômeno de origem divina, e estava ligada à magia e à mitologia, havendo várias histórias místicas relacionadas à origem da música e suas capacidades e funções. Alguns instru-mentos e modos eram associados especifica-mente a certas divindades, como o aulos a Di-onísio, e a kithara a Apolo. Além disso, registros diversos indicam que a música era parte integral da percepção grega de como o seu povo teria vindo à existência e de que continuava a ser regido pelos deuses. Por exemplo, Anfião teria aprendido música com Hermes e teria construído Tebas através do poder do som; Orfeu podia tocar com ta-manha doçura que até as feras quedavam ab-sortas; Hermes teria inventado a lira, dada a Apolo em troca do gado que havia dele rouba-do. O próprio Apolo, depois assumindo o pa-pel de Deus da Música e líder das Musas (das quais Euterpe tutelava a Música), é menciona-do em competição com Mársias e Pã. Assim, estando presente em alguns de seus principais mitos, a música invariavelmente era usada nos ritos religiosos, nos Jogos Olímpicos e Pítios, nas festas cívicas, nas atividades de lazer e subsidiando outras formas de arte.

O grande teórico da música grega antiga foi Pitágoras, considerado o fundador de nosso conhecimento de harmonia musical - a relação física entre as diferentes freqüências sonoras (notas) e o efeito de suas combinações. Tam-bém foi ele o sistematizador da associação de cada modo com determinado estado de alma, imbuindo-os de uma ética especial. Por exem-plo, o modo dórico era considerado capaz de induzir um estado (ethos) pacífico e positivo, ao passo que o modo frígio era considerado subjetivo e passional, uma sensibilidade hoje em grande parte perdida, mas que pode ser vagamente comparada ao efeito das modernas escalas maior, convencionalmente usada para produzir uma impressão animada e alegre,

Apolo com aulos.

ORIGENS DA Música grega

FILósofos da música grega

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e menor, usada para descrever estados mel-ancólicos ou introspectivos. Também a ele se deve a análise da música sob a ótica de uma matemática transcendental, relacionando-a à constituição íntima do universo, concebido como uma estrutura criada e sustentada at-ravés de relações numéricas perfeitas que pro-duziam a chamada música das esferas, a qual, entretanto, só poderia ser inteligível através do pensamento superior. Daí a ligação da música com a filosofia e a conseqüente codificação de uma série de regras éticas para composição e execução musical, a fim de que a música hu-mana ecoasse a ordem perfeita do cosmo.

A lira, um ins t rumen-to de cordas tangidas afi-nadas segundo as notas de um dos modos, e fixadas em um arcabouço for-mado com o casco de tar-taruga. Era usada como acompanha-mento para recitativos e canções.

A kithara, também um instrumento de cor-das, mais complexo que a lira, possuindo uma caixa de ressonância. As cordas era tocadas com um plectro e podiam ser afinadas em dif-erentes alturas.

instrumentos

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A arte musical está em to-dos os lugares e em cada mo-mento da vida do povo grego, acompanhando desde cer-imônias de casamento, a mo-mentos festivos e despedidas de entes queridos. Há, é claro, ritmos musicais em número suficiente para a expressão de todo o sentimento grego. De norte a sul da Grécia, das ci-dades às vilas e ilhas, há uma diversidade muito grande de formas musicais, instrumen-tos e formas de cantar. Essa diversidade é perce-bida não só no espaço, mas

também na passagem do próprio tempo. Desde a Gré-cia Antiga, a música evoluiu bastante, refletindo os aportes culturais dos vários povos que viveram ali, conviveram com os gregos ou os conquis-taram. Com o objetivo de apresen-tar um pouco dessa diversi-dade musical, especialmente para quem ainda não

A flauta de Pã, também con-hecida como Syrinx, consti-tuída de uma série de tubos fixos juntos, de comprimen-tos diferentes, através dos quais o ar era soprado pela extremidade superior.

O hidraulos, um instrumento de te-clado, precursor do órgão moderno. Empregava água sob pressão para produzir som através de movi-mento do ar nos tubos.

Há ainda registro de muitos outros instrumen-tos, como a concha marinha perfurada, um tipo de trompete (Salpinx), uma flauta trans-versal chamada Photinx, címbalos, sistros e tambores, e diversos mais.

música grega na atualidadeA música é uma das marcas reg istradas do esp ír i-to do povo grego. A própr ia pa lavra música é de or igem grega, re lac ionanada com as nove musas, deusas que na ant igu idade eram evocadas para in-sp irar os art istas .

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conhece muito a música gre-ga, apresentamos abaixo os principais ritmos, com uma pequena explicação sobre suas características. O ob-jetivo da lista é meramente didático, não tem caráter de-finitivo (e nem poderia!).

O rebetiko é muito conhecido fora do país como o blues grego. Ele tem uma história muito par-ticular, marcada fortemente pe-los acontecimentos que sacudi-ram a história do país desde a sua independência. É, por isso, um dos estilos musicais mais es-tudados da música grega. O rebetiko é essencialmente um tipo de música urbana, surgi-do do seio das classes trabalhado-ras, que nasceu em fins do século 19 e desenvolveu sua forma mu-sical até mais ou menos a década de 1930. Inicialmente apareceu entre os trabalhadores dos por-tos de grandes cidades e depois moveu-se para os grandes centros urbanos. As canções geralmente falavam sobre violência, pobre-za, injustiças, prisões ou abuso de drogas, quase sempre acom-panhados pelo som do bouzouki, instrumento mais característico da música grega. O nome rebetiko é de ori-gem sérvia, palavra usada para designar sujeitos rebeldes e in-disciplinados. As canções que pavimentaram o caminho para o surgimento do rebetiko apare-ceram na Grécia ainda no início

Os maiores compositores desse estilo musical são Vas-silis Tsitsanis, Markos Vam-vakaris, Bayanderas, Perpin-iadis, Tsaousakis, Giorgos Ksintaris, Giannis Papaioan-nou, Manolis Chiotis e out-ros. Uma das melhores for-mas de conhecer uma parte da história desse rico estilo musical é assistir ao filme “Rembetiko”.

Rebetiko

do século 19, por volta da déca-da de 1830, e eram chamadas de “mourmourika” (as canções mur-muradas). Ao passo que a classe ricas e burguesas se divertiam com ritmos importados (como a polka), as classes trabalhadoras cantavam as mourmourika, ex-pressando todo o seu desconten-tamento e posições políticas.

Banda grega tocando ao estilo rebetiko.

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Laiko é o nome que se dá à canção popular grega (laiko = popular, plural laika). Podemos dizer que, ao lado do rebetiko, é o estilo musical mais característico da Grécia, principalmente para quem não é grego. De certa forma, as canções laika são uma evolução do estilo rebetiko, sendo mais “fáceis de ouvir” e de apelo mais comercial que aquele. Podemos identificar uma série de outros ritmos e danças que compõem esse gênero, como o nisiotiko, o syrtos, o hasapiko, o kalamantiano, o zeimbekiko, o syrtaki e o tsifteteli. Boa par-te delas é embalada pelo som característico do bouzouki. Diferentemente das canções do repertório rebetiko, as canções laika não chegam a tocar em temas mais pesados. A maioria delas fala de amor, mas também pode abordar temas como a dor, a angústia e as separações amorosas, temas bem mais amenos do que os tratados pelo rebetiko. Justamente por não ter uma identificação única com a classe trabalhadora, esse tipo de música conseguiu se expandir, especialmente com o

laiko

Dimitris Mitropanos cantor grego e do estilo laiko.

crescimento do cinema, da indústria fonográfica (que procurava por canções com letras mais amenas e músicas mais refinadas) e das emisso-ras de rádio no pós-guerra.

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a 1974, surgiram as canções políticas com compositores como Mikis Theodorakis, Manos Loizos e Giannis Mar-kopoulos. Já na década de 1980, entrou em cena uma mistura do estilo com o pop rock. Atualmente, uma das maiores representantes da canção artística é a letrista Lina Nikolakopoulou. Suas letras têm características bastante peculiares, sempre carregadas de muito simbolismo e interpre-tadas por importantes vozes como as de Eleftheria Arvanitaki, Alkistis Protopsalti ou Haris Alexiou. Na composição musical, destacam-se nomes como Nikos Antypas, Giorgos Andreou, Stamatis Spanou-dakis, Evanthia Reboutsika, dentre outros.

Lina Nikolakopoulou, letrista do estilo entechno.

entechno Após a década de 1980, o estilo assiste a uma espécie de renovação, passando a ser chamado de moderna laika (ou laiko-pop), considerada a corrente principal da música grega atualmente. Surgem novas vozes ao lado das já consagradas, que angariam grande número de seguidores, apresentando-se nos palcos mais importantes do país e com suces-sos executados nas principais rádios e clubes noturnos (especialmente os chamados ellina-dika, onde os DJs tocam essencialmente as canções laika contemporâneas). Algumas das grandes vozes incluem Dimitris Mitropanos, Eleftheria Arvanitaki, Haris Alexiou, Pascha-lis Terzis, Giorgos Dalaras, Giannis Kotsiras, Alkistis Protopsalti, ou Anna Vissi, Natassa Theodoridou, Antonis Remos, de sucesso mais recente. Alguns deles são considerados importantes artistas também dentro de outro universo musical, o chamado entechno. Entechno significa literalmente “canção artística”. É um gênero musical surgido no final da década de 1950, fortemente embasado em composições mu-sicais mais rebuscadas, ora com acompanhamento orquestral, ora apresentando elementos dos ritmos folclóricos, e letras poéticas. No início da história do gênero, houve mesmo letras escritas por grandes poetas gregos, como Odysseas Elytis. Os primeiros e mais renomados compositores e letristas do gênero foram Manos Hatzidakis e Mikis Theodorakis, seguidos por outros como Manos Loizos, Dimos Moutsis, Stavros Kouyoumtzis e Manos Eleftheriou. Dando voz à música e às letras produzidas por esses artistas estavam grandes intér-pretes como Maria Farantouri e Nana Mouskouri.Ao longo das décadas, o gênero foi evoluindo, di-versificando seus temas e recebendo influências de outros estilos musicais. Na década de 1960, artistas como Dionysis Savvopoulos começaram o movi-mento neo kyma (nova onda), misturando o entech-no e a chanson francesa. Na mesma década, especial-mente durante a Junta que governou a Grécia de 1967

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dança

Dança tradicional grega.

Os gregos da ant igu idade acred i tavam que a dança era uma invenção dos deuses e mais tarde assoc iaram-na com suas cer imônias re l ig iosas e de adoração. E les acred i tavam que os deuses oferec iam esse presente apenas para a lguns se letos morta is , que em retr ibu ição ens inavam a dançar seus amigos. A mitologia grega atribui a origem da dança a Rea que ensinou essa arte a Kourites em Creta. Kronos havia destronado seu pai Uranos. Temendo ser ig-ualmente destronado por seus próprios filhos, co-mia-os assim que nascessem. Sua mulher Rea, no entanto, desobedeceu Kronos quando seu último filho chamado Zeus nasceu. Ela escondeu seu filho Zeus em uma caverna escura em Creta e deu a Kro-nos uma pedra embrulhada em roupas para que a comece pensando ser seu filho. Ela também pediu a Kourites, que era um guerreiro semi deus, para fazer uma dança de guerra em volta da caverna, batendo forte escudos e espadas uns com os outros para que

Kronos não ouvisse o choro da criança. Quando mais tarde Zeus destrona seu pai, Kourites se torna um pa-dre no novo mundo e seus descendentes continuariam a perpetuar aquela dança para as cerimônias religiosas.

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danças folclóricas gregas

ballo

HASSÁPIKOkalamatiano

A dança é uma das principais formas de ex-pressão dos Gregos, é uma atividade comum tanto para mulheres quanto para homens, os gregos dançam por alegria, por tristeza, dor, amor, paixão, prazer, enfim, na Grécia há sempre um bom motivo para dançar! Temos aqui alguns exemplos de danças gregas, so-mente alguns pois seria impossível relacionar todas elas: Hassápiko, Hassaposérviko, Syrto Kalamatianô, Tsámiko, Sirtaki, Zeibekiko, Ballo e Tsifteteli.

Ballo é proveniente da região do mar Egeu e dançada por todos, pois é muito simples, suas melodias são alegres e assim como o Ka-lamatianô são sempre dançadas em festas de noivados. Pode ser dançada em casais ou em roda e permite improvisações.

Hassápiko (hassápis = “açougueiro”, em turco), é uma dança relativamente moderna e muito popular na Grécia. Suas músicas tem uma melodia românti-ca, e é dançada em todo o país, principalmente em tavernas. As pessoas ficam lado a lado e mantém as mãos sobre os ombros umas das outras, o passo básico é uma seqüência alternada de movimento das pernas, havendo entre os passos básicos variações diversas.

Kalamatiano é uma dança muito popular na Grécia, é a mais conhecida entre as variações do Syrto, e é sempre dançada em festas de noivados e

casamentos, são rodas abertas, onde as pessoas dão as mãos e andam no sentido anti-horário com o rit-mo forte, o primeiro da fila faz algumas “figuras”, como: dar voltas, fazer túnel e até saltos.

Syrtaki (Zorba) Começa com um Hassápiko bem lento, os passos então vão ficando cada vez mais rápidos e a dança acaba transformando-se em Hass-aposérviko. Todos em roda, com as mãos nos om-bros uns dos outros, alternam chutes para esquerda e para a dire-ita. Essa dança tornou-se mundialmente conhecida, pois a música “Zorba” escrita por Mikis Theodor-akis, foi tema do filme “Zorba o Grego”.

Gregos dançando ao estilo hassápiko.

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tsamiko

ZEIBEKIKO

Tsâmiko é a dança dos antigos guerreiros, onde eles demostravam sua energia e performance através de saltos. Normalmente os homens é que dançam e a roupa típica associada a essa dança é o Tsoliá (a roupa do soldado grego).

Zeibekiko é uma dança muito comum, não só na Gré-cia, mas em todos os países com grande concentração de gregos. O Zeibekiko é uma dança individual e antiga-mente somente os homens a dançavam. Quando alguém se levanta para dançar um Zeibekiko, normalmente as pessoas fazem uma roda em sua volta e ficam de joelhos batendo palmas, o importante é, ninguém entrar na dança de ninguém, apenas se for con-vidado. É realmente uma dança indi-vidual e não tem passos cer-tos, dependem da criatividade e da mobilidade do dançari-no, muitos utilizam em suas performances copos, cadei-ras, mesas, chegam até a car-regá-las com os dentes.

Dança grega no estilo kalamatiano.

Estilo Zeibekiko.

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literatura

Durante um per íodo de mais de mi l anos, os gregos cr iaram uma l i teratura de ta l qua l idade que poucas vezes se igua lou e nunca se superou até o d ia de ho je . Os escr i tores gregos cr iaram obras, em poes ía , tragéd ia , comédia ou h istór ia , que insp iraram, inf luenc iaram e mudaram a seus le i tores de todas as épocas.

Odisseu e Nausícaa.

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épica

poesia

Por volta do ano 700 a.C Homero escreveu duas épi-cas conectadas, a Ilíada e a Odisea. a Ilíada é a história da guerra de Troya, se centra em Aquiles que era o ideal de herói grego, é pura tragédia. E a Odisea é uma mistura de tragédia e comédia, é a história de Odiseo que depois de dez anos lutando na guer-ra, passou outros dez anos navegando de volta a casa. As duas obras se baseiam em lendas antigas e utilizam uma linguagem simples, direta e eloquente. Ambas ficaram tão interessantes hoje, como po-diam ser naquela época. As épicas são poemas ar-gos que contam a história de um herói. Uma épica do oeste da Asia, que se escreveu uns 2500 anos a.C, é a épica de Gilgamesh. Outra muito con-hecida é a romana do século XIX a. C, a Eneida de Virgil-io.

D o i s exemplos da poesia grega são: a Teogonía de Hesíodo, os tra-balhos e os dias do ano 700 a.C aproximadamente. Também tem vários poemas curtos de Arquílo-co e Safo por volta do ano 600 a.C. O primeiro dos poetas líricos foi Arquíloco de Paros em 700 a.C. Só se conservam alguns frag-mentos de sua obra como é o caso da maioria dos poetas. Os dois poetas mais importantes foram Safo e Píndaro. Safo (610-580 a.C), a poetisa grega, era admi-rada pela beleza de sua escritura, seus temas sempre eram pessoais e sua obra é a única da literatura femenina que se conserva hoje em dia.

A Odisséia, por Homero.

A Teogonia, por Hesíoso.

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homero Os gregos antigos geralmente acreditavam que Homero era um indivíduo histórico, mas estudiosos modernos são céticos: nenhuma informação bi-ográfica de confiança foi transmitida a partir da an-tiguidade clássica, e os próprios poemas manifesta-mente representam o culminar de muitos séculos de história contadas oralmente e um bem desenvolvido sistema já muitas vezes usado de composição poéti-ca. De acordo com Martin West, “Homero” não é “o nome de um poeta histórico, mas um nome fictício ou construído”.Para a ciência moderna, “a data de Homero” ref-ere-se à data de concepção dos poemas tanto quanto à vida de um indivíduo. O consenso dos estudiosos é que “a Ilíada e a Odisseia datam dos últimos anos do século IX a.C., ou a partir do século VIII a.C., a Ilíada sendo anterior à Odisseia, talvez por algu-mas décadas”, ou seja, um pouco mais cedo do que Hesíodo, e que a Ilíada é o trabalho mais antigo da literatura ocidental. Ao longo das últimas décadas,

alguns estudiosos têm defendido uma data do sécu-lo VII a.C. Aqueles que acreditam que os poemas homéricos desenvolveram-se gradualmente durante um longo período de tempo, entretanto, geralmente dão uma data posterior para os poemas: de acor-do com Pausânias, os textos foram compilados na época do tirano ateniense Pisístrato; de acordo com Gregory Nagy, tornaram-se textos fixos apenas no século VI a.C.

A Ilíada, por Homero.

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aristóteles O Filósofo grego Aristóteles nasceu em 384 a.C., na cidade antiga de Estágira, e morreu em 322 a.C. Seus pensamentos filosóficos e idéias sobre a humanidade tem influências significativas na edu-cação e no pensamento ocidental contemporâneo. Aristóteles é considerado o criador do pensamento lógico. Suas obras influenciaram também na teolo-gia medieval da cristandade. Aristóteles foi viver em Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão, tornando seu discípu-lo. Passou o ano de 343 a.C. como precep-tor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia. Fundou em Atenas, no ano de 335 a.C, a escola Liceu, voltada para o estudo das ciências naturais. Seus estudos filosóficos baseavam-se em experimentações para com-provar fenômenos da natureza.O filósofo valorizava a inteligência humana, única forma de alcançar a verdade. Fez escola e seus pensamentos foram seguidos e propa-gados pelos discípulos. Pensou e escreveu Ética, por Aristóteles.

sobre diversas áreas do conhecimento: políti-ca, lógica, moral, ética, teologia, pedagogia, metafísica, didática, poética, retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didático, principal-mente para o público geral. Valorizava a edu-cação e a considerava uma das formas cresci-mento intelectual e humano. Sua grande obra é o livro Organon, que reúne grande parte de seus pensamentos.

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frases de aristóteles

“O verdade iro d isc ípu lo é aque le que consegue superar o mestre.”

“O homem l i vre é sen-hor de sua vontade e somente escravo de sua própria consciência.”

“Devemos tratar nossos amigos como queremos que eles nos tratem.”

“O verdadeiro sábio procura a ausência de dor, e não o prazer.”

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PLAtão

Este importante filósofo grego nasceu em Ate-nas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas ideias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das ide-ias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria). Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato com outro importante pensador grego: Sócrates. Platão torna-se seguidor e discípulo de Sócrates. Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as ide-ias e pensamentos socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, passa um bom tempo em Siracusa, en-sinando filosofia na corte. Ao voltar para Atenas, passa a administrar e co-mandar a Academia, destinando mais energia no estudo e na pesquisa em diversas áreas do conhec-

imento: ciências, matemática, retórica (arte de falar em público), além da filosofia. Suas obras mais im-portantes e conhecidas são: Apologia de Sócrates, em que valoriza os pensamentos do mestre; O Ban-quete, fala sobre o amor de uma forma dialética; e A República, em que analisa a política grega, a ética, o funcionamento das cidades, a cidadania e questões sobre a imortalidade da alma.

Gorgias, por Platão.

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frases de platão

“O que mais va le não é v i ver, mas v i ver bem”.

“Vencer a s i própr io é a maior de todas as v i tór ias”.

“O amor é uma perigosa doença mental”.

“Praticar injustiças é pior que sofrê-las”.

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fábulas de esopo As fábulas de Esopo são uma coleção de fábulas creditadas a Esopo (620—560 a.C.), um es-cravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga. As fábulas de Esopo tornaram-se um termo branco para coleções de fábulas brandas, usualmente envolvendo animais personi-ficados. As fábulas remontam uma chance popular para educação moral de crianças hoje. Há mui-tas histórias incluídas nas fábulas de Esopo, tão como A raposa e as uvas (de que a expressão idiomáti-ca “uvas verdes” foi derivada), A Cigarra e a Formiga, A tartaruga e a lebre, O vento norte e o sol e O menino que gritava lobo, O Lobo e o Cordeiro são bem conhecidas pelo mundo afora. Assim, podemos dizer que em toda parte, a fábula é um conto de moralidade popular, uma lição de inteligência, de justiça, de sagaci-dade, trazida até nós pelos nossos Esopos.

Fábulas de Esopo.

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teatroUm dos aspectos mais s ign ificat i vos da cu l tura grega ant iga fo i o teatro. Os gregos o desenvo lveram de ta l forma que até os d ias atua is , art istas , dramaturgos e demais envo lv idos nas artes cên icas sofrem a inf luênc ia suas inf luênc ias . D i versas peças teatra is cr iadas na Gréc ia Ant iga são até ho je encenadas. Durante o período clássico da história da Grécia (sécu-lo V a.C.) foram estabelecidos os estilos mais conheci-dos de teatro: a tragédia e a comédia. Ésquilo e Sófocles são os dramaturgos de maior importância desta época. A ação, diversos personagens e temas cotidianos foram representados nos teatros gregos desta época. Nesta época clássica foram construídos diversos te-atros ao ar livre. Eram aproveitadas montanhas e coli-nas de pedra para servirem de suporte para as arquiban-cadas. A acústica (propagação do som) era perfeita, de tal forma que a pessoa sentada na última fileira (parte superior) podia ouvir tão bem a voz dos atores, quanto quem estivesse sentado na primeira fileira. Os atores representavam usando máscaras e túnicas

de acordo com o personagem. Muitas vezes, eram montados cenários bem decorados para dar maior realismo à encenação. Os temas mais representados nas peças te-atrais gregas eram: tragédias relacionadas a fatos cotidianos, problemas emocionais e psicológi-cos, lendas e mitos, homenagem aos deuses gregos, fatos heróicos e críticas humorísticas aos políticos. Os atores, além das máscaras, utilizam muito os recursos da mímica. Muitas vezes a peça era acompanhada por músicas reproduzidas por um coral.

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Os gregos nos são, até os dias de hoje, uma constante referên-cia, tanto do ponto de vista artístico quanto do ponto de vis-ta filosófico e, sem dúvida algu-ma, do sistema social, que hoje nos é quase impossível de com-preender em função de tamanha desestrutura que passamos, prin-cipalmente no que diz respeito à ordem do pensamento vigente. Foram os gregos que criaram, dentro do universo artístico, a Tragédia Grega, que fala sem-pre sobre realidades e mitos. As histórias das tragédias sempre eram conhecidas de todos, fala-va de heróis legendários, em luta com o austero e implacável destino; e dos deuses, sempre participantes no sentido de rec-ompensar a coragem e punir a re-beldia. E assim, a partir da forma comportamental do herói diante das imposições do destino, orga-nizava-se a ação dramática. O teatro grego teve como car-acterística principal ser um teatro cívico, sobretudo a tragédia, um teatro como define Barthes que era “sociedade restrita e mundi-al”.

Teatro de Dionísio, Grécia.

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Grécia é um país com costumes e cul-tura extremamente rica. Com certeza isso se deve ao fato de que a história da Grécia se estende por vários mihares de anos antes de nossa era, e os dias de glória da cultura helênica, que é antiga Grécia, é um exemplo do desenvolvimento da civilização. É claro, hábitos evoluir, mudar e, por vez-es, desaparecem, e em seu lugar são novos. No

Grego utilizando o meio de transporte típico de Santorini, o burro.

entanto, é uma coisa para os gregos constante: o respeito de cada aspecto, outras por estran-hos, o respeito pelos anciãos, e respeito as con-quistas da civilização: a arte e cultura. É através deste princípio básico, poderia desenvolver e sobreviver a to-dos os costumes dos gregos.

HEMISPHERE COSTUMES

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As aldeias do tempo livre é gasto falando com um café preto e tubulação de água, nas cidades, é claro, de escolher primeiro lugar entretenimento moderno: cinemas, teatros, discotecas, pubs, o que você pode pensar.

A família é extremamente importante para os gregos, daí a muitos momentos que passamos juntos, e para nós isto é importante porque mui-tas vezes a bondade que ele gregos para alimen-tar suas próprias

A família é extremamente importante famílias, também se mudou para os outros convidados, para alugar um quarto particular ou uma casa, um muito muitas vezesvai ter a oportunidade de se reunir com os an-fitriões em refeições compartilhadas.

Em relação ao respeito à família e valores que lhe estão associados, mesmo a parte sec-ular do casamento civil grega oferece, consid-erando-a como uma condição da vida adulta, e divórcios são raros aqui, então não devemos alardear seu futuro constância nos afetos de uma para os gregos quase tão característica como a hospitalidade.

É uma forma tradicional de teatro de marionetes, muito importante na vida cotidiana dos gregos. Estes são mini-fantoche cenas apresentadas não só viver, mas também na televisão ou na Internet.

Teatro de marionetes

KARAGIOZI

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• Embora a Grécia esteja associada com o vin-ho é bebido vale a pena a maior condenação, também é considerado desrespeitoso para o povo e cultura. Além disso, o vinho que se bebe na Grécia a quase toda a refeição, nor-malmente é diluído em água, e cultura de be-ber em si é algo que os poloneses devem ter em seu solo.

Em áreas turísticas, alguns hábitos de-sapareceram, e algumas tomou uma forma pequena demonstração caricaturado,. Para conhecer a verdadeira cultura da Grécia, você deve deixar as paredes do hotel e ir para uma caminhada solitária ao redor da cidade. Gen-tileza e vontade de ajudar ainda bateu o para um propósito particular é tão grande que, às vezes, não enfrentá-lo, ele pode interferir com o seu excesso. Por outro lado, este é um dos fatores que fazem tão feliz de deixar para a Grécia. Costuma-se dizer que a Grécia não é apenas a fonte e origem da ciência, arte e arquitetura, mas também também kindersztuby, que até hoje mui-ta gente deve aprender com os mestres gregos.

Vinícola Santotini

Moradora da ilha de Karpathos

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Os gregos possuíam uma alimentação ex-tremamente saudável, e a divisão das tarefas se dava da seguinte forma: enquanto as com-pras cabiam ao marido, a comida era prepa-rada pela esposa e pelas filhas. Já as famílias mais ricas contavam com cozinheiros tre-inados e escravos para trabalhar na cozinha.Uma prática comum e que consiste até hoje é comer fora, sendo que existem estabeleci-mentos, como a taverna e o estiatorio, que servem comida grega tradicional com preços acessíveis. É também comum esses estabelec-imentos oferecerem, como gentileza, um pra-to com frutas variadas para a sobremesa.

Junto ao Parlamento grego, fica em ex-posição a guarda, e que oferecem aos turistas um verdadeiro show, pois os mesmos mov-imentam-se não de hora e hora como acon-teceu com a guarda inglesa junto ao palácio de Buckingham, mas de tempo menor, onde é feito movimentos lentamente, levantando o pé até altura da cintura, com o fuzil em pun-ho, e movimento são realizados para frente e para trás, de um lado a outro, todo ele sin-cronizado, que ocorre com os dois guardas, que ficam em prontidão o tempo todo em frente ao parlamento, junto ao mausoléu do soldado desconhecido.

Evzones Membros da Guarda Presi-dencial Grega

Pelos ingredientes utilizados na comida grega, tempos de crise como os que contavam com guerras ou com aumento brusco da pop-ulação, culminavam na escassez de alimentos.

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Venha conhecer uns dos lugares mais vizitados do mar mediterrâneo

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Ilha de Rodes, localizada no Arquipélago do Dodecanes, a cidade medieval dos Cruzados é simplesmente apaixonante. Cidade nova, com seu jeitão de balneário dos Anos 50. Sem contar que aqui o mar é tão bo-nito que chega a dar um nó na garganta. A ilha também abriga a preciosa Lindos, uma vila de casinhas brancas, penduradas na escarpa sobre águas muito azuis. Lá no alto, uma acrópole belíssima e um visual de sonho. Rodes também é uma óti-ma base para explorar as ilhas menores do arquipélago e al-gumas cidades da costa da Tur-quia, que fica bem pertinho. Lanchas e ferry boats partem o tempo todo daqui, entre abril e outubro. Aproveitei a deixa para um bate e volta à fofíssi-ma Ilha de Sými, onde visitei o Mosteiro de São Miguel, na minúscula vila de Panormi-tis, local de peregrinação de homens do mar de toda a Gré-cia, e caí de paixão pelas cores da vila de Symi, divididos em “Cidade Alta” (Choriós) e “Ci-dade Baixa” (Gialós, a área do porto). Sem contar que a praia é um absurdo, de tão gostosa. Para estímulo da juventude há clubes de diversão onde se cultiva altamente a solidarie-dade, o que faz os gregos uma nação forte que o inimigo nun-ca pode vencer. Podem haver discórdias, cada um tem uma opinião, mas, na hora precisa todos se unem em um corpo e vencem aquêle que ousar atacá-los.

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A Grécia, um dos países de maior riqueza histórica e cul-tural do mundo. A civilização grega antiga deixou para a hu-manidade uma infinidade de palácios, templos, monumentos, teatros entre outras construções. Nos museus da Grécia, pode-mos conhecer uma infinita quantidade de esculturas, pinturas e outros elementos artísticos criados na Grécia Antiga. À cultura da região soma-se a beleza natural das ilhas e da Grécia conti-nental. Beleza e cultura aliam-se para quem escolher a Grécia como rota de turismo. Eis uma das características do povo grego. O menino que nasce, ainda na primeira infância encontra um meio que o es-timula a crescer intelectualmente e quando moço já tem noções gerais de tudo quanto se passa pelo mundo.

Pôr-do-sol em Oía - Grécia

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Grécia, a pérola do Mar Mediterrâneo e muito inveja-da pela sua posição geográfi-ca, sobressai pelas outras pela sua beleza que a natureza não lhe poupou. Com suas montanhas majestosas, suas planícies, nas quais a vista humana se perde na imensa vastidão de terras tôdas bem cultivadas com processos modernos; os vales - cujo solo muito fértil vem nutrindo, por tantos milênios, milhares de pessoas - na primavera se tornam um imenso jardim de flores cuja fragrância enche os ares de suave odor.

Vista aérea da ilha

As cidades mais famosas da Grécia é a sua capital, Atenas, conhecida por ter sido o centro cultural e artístico da Grécia antiga, com mon-umentos que estão em pé até os dias de hoje. E a cidade de Esparta, lembrada pela educação destinada aos homens Espartanos, que recebiam dura educação militar e só eram considerados ci-dadãos Espartanos depois de se tornarem verda-deiros soldados. Na hora de traçar um roteiro pra uma viagem a Grécia, o ideal é programar bem o tempo da viagem, pois existe uma infinidade de lugares para conhecer na Grécia, e quem faz esta viagem certamente quer ver o máximo de atrações pos-síveis. Santorini: um dos mais belos lugares para se conhecer na Grécia, o Santorini consiste em um arquipélago vulcânico de formato circular, localizado no extremo sul do grupo de ilhas gre-gas das Cíclades, no mar Egeu, e fica a 200 km a sueste da cidade de Atenas. Um local que pro-porciona aos turistas uma paisagem espetacular, e certamente inesquecível.

Santorini - Grécia

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De acordo com uma pesquisa realizada na China em 2005, a Grécia foi votada como a escolha número um do povo chinês para desti-no turístico. Além disso, a Grécia tem tentado ativamente obter uma grande parcela anual de turistas chineses, com destaque para a grande presença de informativos turisticos gregos na Beijing International Tourism Expo, em 2006. A Grécia teve a maior participação de um país na Beijing Tourism Expo com um espaço total de exposição de mais de 1.152 m², mais do que o de qualquer outra nação. Em novembro de 2006, a Áustria, como a China, anunciou que a Grécia era o destino favorito para o tu-rismo, o que trouxe esperanças otimistas para o futuro. De acordo com estas observações, o Ministro do Turismo da Grécia Aris Spiliot-opoulos anunciou a abertura de um escritório da GNTO em Xangai até 2010. A fim de pro-mover o fluxo de turistas chineses à Grécia, a Air China tem agora estabelecido voos diretos provenientes da China à Grécia. Além de cidades e monumentos históricos, a Grécia possui muitas ilhas e belas praias. O turismo na Grécia contribui com 15% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, e atrai mais de 16 milhões de turistas a cada ano. O país tem atraido visitantes estrangeiros desde a Antiguidade pela sua rica e longa história e, mais recentemente, pelas suas magníficas praias mediterrânicas. Em 2005, somente a capital, Atenas, recebeu mais de seis milhões de turistas. E’ lá que vive um povo sadio, corajoso e forte, porém, humilde e nobre. Entrega-se ao cultivo da terra com dedicação, enquanto sua inteligência sempre viva e apta para apren-der, procura decifrar problemas profundos e filosóficos que a envolvem e dêles tirar con-clusões para a aplicação prática da vida. E’ um povo que tem por índole não descan-sar em coisa alguma, antes, prossegue em bus-cas de novos conhecimentos, alargando seus horizontes na medida do possível.Ilha de Mikonos á beira mar

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Fortaleza de Palamidi, em Nafplio

Belíssima Nafplio, antiga cidade veneziana, às margens do Golfo da Argólida, que se revelou a base perfeita para explorar os sítios arqueológi-cos do entorno, como Argos (uma das cidades mais an-tigas do planeta, com cerca de 6 mil anos de ocupação humana ininterrupta), Mice-nas (centro de uma poderosa civilização, muito antes da ascensão de Atenas e Espar-ta), Epidauros e Tirinto.

De Nafplio também partem embarcações para as ilhas do Arquipélago Argo-Sarônico, bom aproveitar para conhecer as lindas Hidra e Spétses, Maria Quitéria grega, a almi-rante Laskarina Bouboulina, que transformou seus navios mercantes numa armada a serviço da Independência da Grécia, no século XIX. E que praia deliciosa tem Spétses. Difícil ir embora de Naf-plio. Bastam alguns dias por lá e a cidade vira sua casa, de tanto perambular por suas la-deiras, escadarias e ruelas es-treitas, sombreadas por bou-gainvilles de todas as cores e parreiras generosas.

Rua Florenza, em Nafplio

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Conhecida como “o berço da civilização” expressão que surgiu devido à fama de At-enas, importante cidade da Grécia é um dos destinos mais procurados por turistas de todo o mundo. Uma viagem com alto nível cultur-al e histórico, recheada de palácios, templos, monumentos, teatros, entre outras atrações de beleza única, como as ilhas e as praias im-perdíveis que o turista só encontra na Grécia.O turismo na Grécia tem grande importância para o PIB do país, geralmente a Grécia costuma receber por ano em média 16 milhões de turistas. As cidades mais famosas da Grécia é a sua capital, Atenas, conhecida por ter sido o centro cultural e artístico da Grécia anti-ga, com monumentos que estão em pé até os dias de hoje. E a cidade de Esparta, lembrada pela educação destinada aos homens Espar-tanos, que recebiam dura educação militar só eram considerados cidadãos Espartanos

e depois de se tornarem verdadeiros soldados.Na hora de traçar um roteiro pra uma viagem a Grécia, o ideal é programar bem o tempo da viagem, pois existe uma in-finidade de lugares para conhecer na Gré-cia, e quem faz esta viagem certamente quer ver o máximo de atrações possíveis. É impossível falar em Grécia sem pensar nos deuses, heróis e lendas da sua riquíssima mitologia e no avanço e na cultura de uma civilização que concebeu a república e a de-mocracia, foi pródiga em todos os gêneros de arte e criou a filosofia. Acha pouco? Os an-tigos gregos inventaram o teatro, a poesia e uma língua da qual muitas palavras em diver-sos idiomas contemporâneos são derivadas. A Grécia é formada por um território con-tinental, onde fica sua capital, Atenas, e por uma infinidade de ilhas. A nova Grécia é uma continuação da velha Grécia.

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Acrópole de Atenas, é acrópole mais popular e fa-mosa do mundo, localizada em Atenas, é considerado um dos mais importantes pontos turísticos na Grécia. A acró-pole de Atenas consiste em uma colina rochosa de topo com 150 metros acima do nível do mar, onde ficam lo-calizadas algumas das mais famosas edificações do mun-do antigo, como o Partenon e o Erecteion. Este monumento foi erguido por volta do ano 450 a.C. Esta construção foi idealizada e feita pelos at-enienses em homenagem à deusa Atenas (protetora da cidade). Em 2007, foi elei-ta como uma das Sete No-vas Maravilhas do Mundo.

O templo de Zeus está um pouco apar-te das outras ruinas gregas do centro de At-enas. Demoras uns 30 minutos a pé desde a Agora até lá. Abre às 8 da manhã, mas não é o templo mais visitado, então não é preciso chegar cedo. Está tranquilo a maior parte do dia, a não ser que coincidas com um autocar-ro de turistas. As vistas para o Partenão e a Acrópole ao fundo são lindíssimas. A entrada vem incluída no bilhete global das ruinas do centro, com a antiga Agora, o cemitério... Do templo em si não resta muito, mas as colunas são impressionantes. Dedicado a Zeus, o rei do Olimpo, o templo é do século VI a.c. Ia ser o maior templo do mundo, mas acabaram por não o terminar, a não ser com o imper-ador romano Hadrian, 7 séculos mais tarde. Templo de Zeus

Acrópole de Atenas

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O Museu Arqueológico Nacional é o maior museu da Grécia e um dos maiores do mundo. Seu propósito original era garantir a se-gurança dos objetos encon-trados nas escavações ao redor de Atenas, no século 19, mas gradualmente ele se tornou uma importante instituição cultural e seu ac-ervo foi enriquecido por ob-jetos vindos de todo o país. Em suas galerias, mais de 20 mil itens são expostos, oferecendo ao visitante um panorama do desenvolvimen-to da civilização grega, des-de o começo da Pré-História até o fim da Antiguidade. O museu tem sede em um im-ponente prédio de estilo neo-clássico, construído no final do século XIX O espaço de exibição tem oito mil metros quadrados e cinco grandes coleções permanentes. Todos os anos, o museu recebe milhares de visitantes.

Além de expor seus próprios tesouros, organiza exposições temporárias e empresta obje-tos para exibições na Grécia e no exterior. Também funcio-na como centro de pesquisa para cientistas e estudantes de todo mundo e participa de programas especiais de ed-ucação, com destaque para a visita guiada para pessoas com problema de audição. O Museu Arqueológico Nacional possui um rico acer-vo de fotografias e uma bibli-oteca com muitas publicações raras, além de laboratórios de conservação preparados para lidar com metal, cerâmica, pedra e materiais orgânicos. Como centro de pesqui-sa e estudos, o museu tem como propósito estudar e en-sinar arqueologia, propagar o conhecimento arqueológico e cultivar a admiração pelas belas artes.

O Museu Arqueológico Nacional - Atenas

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Uma das dicas de viagem para Grécia é con-hecer também a cidade de Pátras, que possui diversos pontos turísticos impressionantes, como: Porto de Pátras; Museu Arqueológico de Pátras; Teatro Apollon; Catedral Agios An-dreas, entre outros. Esta pequena amostra de pontos turísticos na Grécia não deixa duvidas de que é um lugar extremamente valioso e interessante de se conhecer. Embora a Grécia tenha sido sempre um des-tino turístico popular, tem sido muitas vezes criticada por ficar atrás de outras nações da Europa Ocidental, em termos de infraestrutura turística. No entanto, esta foi muito melhora-da desde os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.Igreja Católica Ortodoxa - Padras

A Grécia é um peque-no país que abriga alguns dos lugares mais lindos do mundo, já que é banhada pelo Mar Mediterrâneo, mar Azul e de águas claras. Nela nasceram os principais ideais democráticos que encabeçam nossa liberdade atual, e ainda as primeiras artes como o te-atro, nos gêneros de comédia e drama. O Monte Licabeto está lo-calizado em Atenas, situada na região do Peloponeso, cap-ital da Grécia, e tem a altura média de 277 metros acima do nível do mar. Este monte é o mais alto que há na capital, com vegetação em seu pico e ainda a Capela de São Jorge, construída no século XIX, além de restaurante e teatro. Na base do monte está o Bair-ro de Kolonaki, uma dos mais chiques e estilosos da cidade, com diversos restaurantes e boutiques.

Monte Licabeto

O Monte Licabeto é palco de várias lendas locais, devido à sua beleza e também à distância da cidade, que segundo o povo do lugar era refúgio de muitos lobos, o que afugentava qualquer tipo de visita. Daí a origem do nome: aquele morro que repleto de lobos, ou o local onde os lobos andam. Partindo da Mitologia Grega, o Monte Licabeto fora criado por Athena, quando esta caíra da montanha e carregava Pallene durante a construção da Acrópole.

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O Peloponeso é uma península extensa e montanhosa ligada ao sudeste da Grécia Cen-tral por uma estreita faixa de terra, o Istmo de Corinto. Limita-se ao norte com o Golfo de Corinto, a oeste com o Mar Jônio, a leste com o Golfo Sarônico e o Mar Egeu e, ao sul, com o Golfo da Messênia, o Golfo da Lacônia e a ilha de Citera.

As mais importantes regiões peloponésicas são, do norte para o sul: Acaia, Élida, Corín-tia, Argólida, Arcádia, Messênia e Lacônia. Há três grandes ilhas próximas às costa: Ce-falênia e Zacinto (noroeste) e Citera (sul). A Megárida, que compreende parte do Istmo de Corinto, é tratada aqui por conveniência.

Acaia e Élida A Acaia compreende o extremo norte da península, entre a encosta setentrional dos montes Erimanto e Cilene, ao sul, e o Golfo de Corinto; no extremo sul, em no limite com a Arcádia, ficava o famoso Lago Estínfale, drenado em tempos modernos. Nas pequenas, numerosas e férteis planícies encravadas entre as montanhas e o mar há vestígios de cidad-elas e cemitérios do Período Micênico. Mais tarde as principais comunidades da região fo-ram Patrai e a cidade de Hélike, sede de famo-so santuário consagrado a Posídon.

A Élida, situada no extremo noroeste do Pe-loponeso, é constituída por uma planície fértil, própria para pastagens e, nas terras altas, por florestas. Três rios irrigam a região: o Peneu, o Alfeu e o Neda; assim como na Acaia, a plu-viosidade é bem maior que a de outras regiões gregas. Na Antiguidade os lugares mais fa-mosos eram o porto de Cilene e as a cidade de Élis e Olímpia. No Altis, nome do bosque próximo de Olímpia onde ficava um famoso santuário dedicado a Zeus, eram celebrados os Jogos Olímpicos.

Vista do Poloneso

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Arcádia A Arcádia se localiza no centro do Pelo-poneso e não tem contato direto com o mar; é constituída, basicamente, por um extenso e fértil platô, o planalto de Trípolis, próprio para a criação de animais, e por planaltos menores, como o de Megalópolis. Altas montanhas rec-obertas de florestas cercam a região, especial-mente ao norte; as mais elevadas são o Mon-te Erimanto (2224 metros), o Monte Cilene (2376 metros) e o Monte Khelmos (2355 met-ros). O rio Alfeu corta a região em direção ao oeste. As comunidades arcádicas mais impor-tantes foram a cidade de Tegéia, sede do san-tuário de Atena Aléia; Bassae, na encosta do Monte Licaion (1398 metros), onde se local-iza o famoso templo de Apolo Epicúrio e as cidades de Mantinéia, Aséia e Megalópolis.

Argólida A Argólida é uma grande península de forma triangular que forma o extremo nord-este do Peloponeso e avança dentro do Golfo Sarônico. A parte norte da região, separada da Coríntia por maciços de pedra calcárea, é con-stituída pela fértil Planície Argiva (de Argos), com cerca de 250 m2, irrigada pelos rios Ína-co e Erasino; a parte sul, por montanhas não muito elevadas, as Adheres, e por pequenos planaltos irrigados por numerosas fontes. A costa da parte sul tem excelentes portos. As comunidades mais importantes foram, na parte norte, Argos, Epidauro (sede de um celebrado santuário de Asclépio), Lerna, Midéia, Micenas, Náuplion, Tirinto e Treze-na; na parte sul, a Caverna Franchti, Mases, Halieis, Hermíon e Metana, perto de um vul-cão extinto de mesmo nome.

Coríntia e Megárida A Coríntia, localizada no extremo nord-este do Peloponeso, limita-se com a Acaia, a Arcádia, a Argólida e o Istmo de Corinto. A região é constituída, basicamente, pela fér-til Planície de Corinto. A cidade de Corinto, a mais importante da região, ocupa posição estratégica na entrada do Istmo e, com isso, sempre controlou o acesso terrestre ao Pelo-poneso e teve acesso direto ao mar através do Golfo de Corinto. Outras cidades importantes na Antiguidade foram Sicíon e Ístmia; em Per-acora, perto de Ístmia, havia um importante santuário dedicado a Hera. O Istmo de Corinto se estende no sentido sudoeste-nordeste. A Megárida é uma peque-na região que abrange a parte leste do istmo e uma pequena planície situada a oeste da

LacôniaA Lacônia, conhecida na Antiguidade por Lacedemônia, abrange toda a região sudeste do Peloponeso. Limita-se ao norte com a Ar-gólida e a Arcádia, a oeste com a Messênia e ao sul e a leste com o Mar Egeu e a ilha de Citera. O terreno é montanhoso e compreende basicamente a planície do vale do Rio Eurotas, que corre em direção ao Golfo da Lacônia, ao sul.

Messênia A Messênia compreende a parte sudoeste do Peloponeso, separada da Lacônia pelo Mon-te Taígeto; limita-se ao norte com a Élida e a Arcádia e, ao sul e a oeste, com o Mar Jônio. A parte oeste do território, montanhosa e dom-inada pelo Monte Egaleu, é habitável apenas ao longo da costa. A área central e oriental é irrigada pelo Rio Pamisos.

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Trazendo desde a ant igu i-dade part icu lar idades na cu l inár ia , a Gréc ia fez com que vár ios de seus pratos predominassem em toda a Europa até os d ias de ho je .

Vinho acompanhado de folhas recheadas com ervas e ar-ros, juntamente com azeitonas, um belo prato típico grego.

HEMISPHERE GASTRONOMIA

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REFEIÇões diárias Para a primeira refeição do dia podemos ci-tar o iogurte grego caracterizado por ser suave e encorpado. Pode estar acompanhado de fru-tas e coberto pelo delicioso mel produzido na Grécia. Sucos naturais também fazem parte desta refeição. Massas folhadas para tortas também fazem sucesso, e estão entre as especialidades. As tortas podem ter um único tipo de queijo como recheio, ou ter vários tipos do mesmo, como as “tiropitas”. Existe, por exemplo, a “spana-kopita”, feita com recheio de spinafre, entre outras, como as que possuem um recheio doce. Um lanche rápido pode ter como base o “giros pita”, feito com carne de carneiro ou pernil; é temperado e fatiado. Pode ser servido

no prato com salada e outros acompanhamen-tos, como por exemplo, cebola e iogurte. Pode também ser enrolado na “pita”, que é similar a um pão sírio. Assim, come-se com a mão, como um sanduíche. Já as sobremesas, geralmente são feitas no local de venda, e temos como exemplo: “louk-oumádes”, que são bolinhos fritos, com mel e canela e “bougátsa”, que é um doce de creme ou queijo, com canela e açúcar. Podemos citar outros doces: “halvá”, “baklavás”, “kadaífi”. Há também o arroz doce, conhecido como “rizogalo” e a torta de leite, conhecida como “galaktobúreko”. Completando as sobreme-sas, temos as frutas como os figos, que estão por toda parte nas ilhas entre agosto e setem-bro.

Iogurte grego.Loukoumades.

Spanakopita.

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IGREDIENTES Típicos A Grécia é privilegiada at-ravés de sua posição geográ-fica próxima ao Mar Mediter-râneo e seu clima propício, ela produz ingredientes ex-tremamente saborosos. Como exemplo é possível citar as frutas e hortaliças que amad-urecem sem umidade e com todo o esplendor, agradam ao paladar de todos, e contam tam-bém com aromas únicos, muito intensos. Também são cultivados na Grécia: vagem, okra, pimentões e cebolas, além de outros exem-plos. Para compor a ali-mentação básica, os gregos contavam com pães, leite, azeitonas e uvas. Entre os ingredi-entes utilizados na cozinha grega podemos mencionar: berinjela, ervilha, abóbora, pimentão, pepino, alho, arroz, quiabo e cebola. Porém, grão-de-bico e lentil-ha merecem destaque. Outros ingredientes como nozes e gergelim também aparecem em várias receitas. Utilizado também, principalmente nas regiões costeiras, é o peixe. Já o trigo é considerado o ce-real básico, embora a cevada também seja comum. Outro ponto importante, é que a uti-lização de elementos doces e

salgados é normal na Grécia. O limão também está pre-sente em diversos pratos gregos, como por exemplo, no avgolemono, que é uma sopa popular no país, com sa-bor marcante e que tem como base arroz, ovos e limão. Há também o molho avgolemo-no, que também conta com a combinação de limão e ovos, é utilizado com vários tipos

de carne, embora devido à criação de cabras e ovelhas ser favorecida pelo terreno do país, pratos com carne, bovina, são raros. Utilizam mel em diversos pratos, visto que antigamente o açúcar não existia, e o mel fora a melhor alternativa para suprir a ausência do açúcar. É extraído do néctar de árvores frutíferas e cítricas, como limoe-iros por exemplo. Há também o mel do tomilho, e o produz-ido a partir das pinhas que são originadas pelas árvores

coníferas. Não podemos esquecer o azeite de oliva, elemento an-tigo da culinária grega, re-sponsável pelo toque especial de sua comida e que é pro-duzido a partir das oliveiras, características da costa med-iterrânea. Conforme descri-to em publicações médicas em revistas de cardiologia, o consumo do azeite grego

e de vinho em pequenas dos-es compõe uma a l i m e n t a ç ã o preventiva às doenças cardía-cas.Ervas e temper-os são utiliza-dos na culinária grega, mais do que em outras culinárias. Te-

mos como exemplo, orégano, alho, cebola, folhas de lou-ro, manjericão. Entre outros como, endro, menta, tomilho e funcho. É comum também a utilização de cravo e canela em receitas gregas, oriundas do norte do país. O sabor da comi-da grega costuma ser marcado pela utilização de noz-moscada.

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Não há nada melhor que se deliciar com peixes e frutos do mar recém-pescados, fri-tos ou grelhados, em uma tav-erna na praia ou em frente ao porto, com o Egeu brilhando ao sol em sua frente. Nas tav-ernas das praias faça um aper-itivo com octapodi (polvo) ao molho vinagrete e kalamara-kia (lulas fritas). No almoço experimente a Barbúnia (tril-ha) e o Lavráki (robalo) ou , se preferir, os excelentes garides (camarões) e astakós (lagostas). Os camarões da ilha de Limnos e as lagostas da ilha de Fourni são os mel-hores. Nas cidades, escolha o polvo ou o peixe que vai para a grelha. Os ouriços do mar, dizem os gregos, são afrodisíacos. Difí-ceis de serem encontrados em Atenas, são servidos nas ilhas no horário do pôr-do-sol, tem-perados com azeite e limão, junto com outros mezédes e ouzo. Nada mais delicioso do que apreciar o imenso sol se pondo a sua frente, com pais-agem de casinhas brancas e muitas flores, com esse aper-itivo.

o que experimentar nas ilhas da grécia?

Mel, um dos igredientes mais uti-lizados nas receitas gregas.

Prato de frutos do mar, com peixes e temperos, muito apreciado nas ilhas.

Prato típico de frutos do mar.

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Ninguém sabe ao certo como o hábito sur-giu, mas os especialistas dizem que ele já fa-zia parte da cultura grega há quatro mil anos. Uma das possíveis explicações seria o fato de os gregos antigos acreditarem que o barulho afastava os maus espíritos. “Mas, além disso, quebrar pratos é prova do desapego aos bens materiais”, diz a pedagoga Alexandra George Stavracas, diretora do Instituto Educacional, em São Paulo. Nos tempos modernos, a quebradeira tam-bém adquiriu sentidos mais simples, sendo usada para demonstrar apreciação do público por um cantor ou para animar um grupo de pessoas que estivesse dançando.

Por volta da década de 1930, quebrar pratos havia se tornado uma prática tão comum que os restaurantes costumavam comprar cerâmi-cas especiais para serem espatifadas no final da noite. Hoje, porém, esse hábito é ilegal nos restau-rantes, clubes noturnos e tavernas na Grécia. O tradicional costume foi substituído pelo ato de atirar flores.Tudo por causa da grande quantidade de pessoas que acabavam se ferin-do com os pedaços de cerâmica quando a festa ficava muito animada.

Restaurante Azzolin

De onde vem o costume grego de quebrar pratos?

HEMISPHERE CURIOSIDADES

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Isso pra mim é grego! Desde a Idade Média, o grego foi sempre visto como coisa difícil. Até hoje dizem: “Isso pra mim é grego, não entendo”, ou seja, “não percebo nada disso, não ligo”. Aceitar desafios, inovar, viver a diversidade, servem exata-mente para incentivar a entender suas próprias atitudes e rever seus valores, criam situações que o ajudam a ver conexão entre ações e resultados, au-mentando sua capacidade de superação. Isso é desfiar sua visão de mundo, desafiar a si mesmo, crescer. O que pra você é grego?

Em 99% dos lugares que você vai, se você quiser ver o cardápio, você tem que pedir. Prin-cipalmente nas cafeterias. Todo mundo já sabe mais ou menos o que tem no lugar, e não varia muito de um lugar pro outro, então quando o garçom vem (este que está sem uniforme, ves-tido como uma pessoa normal, e você tem que conhecer a cara pra saber quem é na hora que quiser chamar, pois confundir algum outro cli-ente com o garçom é gafe total!!), ele já anota todos os pedidos (geralmente de cabeça!). Por falar nisso, aqui nas lojas e restaurantes quase todo mundo fala inglês, principalmente os jovens. E boa parte dos cardápios e avisos é também é escrita em inglês. E na hora de pagar, você deixa o dinheiro certinho na mesa e vai embora, sem precisar ir pra fila do caixa ou esperar o garçom! E ninguém tem medo de ser sacaneado, eles confiam que, se a pes-soa saiu, ela pagou direito. A não ser que você precise de troco, daí você chama o garçom, e

é a única vez que as pessoas levantam o braço pra chamá-lo. Pra sermos atendidos, temos que esperar o garçom vir (por mais que de-more), e é deselegante chamar a não ser pra pagar. Parte boa: não tem 10% e não tem gor-geta!

Cardápio restaurante Hellenikon

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Andar na calçada na Grécia é coisa de tur-ista! O normal é andar na rua mesmo, encost-ado nos carros estacionados, ou atravessar no meio da rua correndo, parar no meio de pis-ta de mão dupla... Mas depois de um tempo, você percebe por que evitar as calçadas: o pavimento é quase sempre torto, com piso on-dulado, algumas rachaduras, lixo, tangerinas podres caídas das árvores, cocô de cachorro... e muita gente! (provavelmente, turistas).

O transporte público é excelente! Existe um passe único pra qualquer tipo de trans-porte (ônibus, metrô ou TRAM), que é válido por 1h30min! Ou seja, você compra um tick-et, valida ele numa máquina dentro ou fora do veículo (que coloca a hora e a data), e você tem 1h30mim pra rodar por aí em qualquer meio de transporte, quantas vezes quiser! E pra estudantes, a tarifa é só 0,50€, sem contar que você pode comprar um ticket semanal ou mensal, que ainda sai mais em conta! Além disso, embora às vezes esteja lotado de gente (e disso acho que nenhum país tem como fugir muito), o transporte público aqui é muito fácil, você fica pouco tempo esperando na estação,

as rotas são simples, tudo é bem informado, e às vezes ainda é escrito e anunciado (metrô e TRAM) em inglês.

Conforto e excelência notransporte

público

Caminhada pelas ruas gregas

Transporte público TRAM

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Transporte público TRAM

Como a Gréc ia se comporta em termos econômicos , um pa í s r i co em cu l tura mov imentado pe los tur i s tas de todo o mundo .

Partenon, grande ponto turístico de Atenas.

HEMISPHERE ECONOMIA

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A economia dos gregos era de acordo com as possibi l i-dades e condições geográficas, a metrópole exportava azeite v inho e artigos de cerâmica. As colônias forneciam madeiras, peles, metais, lãs e cereais. O relevo montanhoso era o obstáculo para as comuni-cações comerciais isso fez com que pequenas comunidades surgissem.

Mosteiro da Santíssima Trindade

O turismo é a atividade mais importante do setor, sendo responsável por 15% do PIB.

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A Economia da Grécia inclui-se entre as economias desenvolvidas. É capitalista do tipo misto, com grande participação do setor público (40% do PIB) e renda per cap-ita de aproximadamente 2/3 daquela regis-trada nos principais países da Eurozona. A indústria responde por 17,9% do PIB e a agricultura por 3,3%, enquanto que o setor de serviços responde por cerca de 78,8%, com destaque para o turismo que gera cer-ca de 15% do PIB do país. Por outro lado, apresenta um déficit comercial constante, em 2009 as importações totalizaram 64 bil-hões contra exportações de 21 bilhões.

A Grécia é um dos países que mais se beneficiaram da união dos países europeus. Obteve um crescimento de 3,3% em sua economia após a união e vem obtendo taxas de crescimento na casa dos 4% desde o ano 2000, excedendo em mais de 1% a média da União Europeia.

A população ativa é de 4,93 milhões de pessoas. Em 2006, 17% estavam no setor primário, 20% no secundário e 63% no terciário. Em abril de 2010, o governo so-cialista, eleito em outubro de 2009, pediu ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Zona Euro para enfrentar a cri-se. Em maio, anuncia um plano de austeri-dade, visando reduzir o deficit público.No setor primário os principais produtos são, o trigo, milho, cevada, açúcar de beter-raba, azeitona, vinho, tabaco, batata, carne, tomate e banana; laticínios; pão, ovos e leite e no setor secundário as indústrias da Grécia estão ligadas aos setores de: têxteis, produtos metálicos, petróleo, gás.

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As i lhas gregas merecem a fama que têm e são repletas de atrações turísticas. Não se pode general izá-las: são muitas, e cada uma é ún ica em cenário, h istória e encantos.

HEMISPHERE CAMINHOS MARÍTIMOS

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A melhor época para se visitar as ilhas gregas é de abril até a primeira quinzena de outubro. Depois acaba a festa, tudo fecha e, em algumas ilhas gregas você não encontra viva alma nas ruas. Em agosto, entretanto, faz um calor excessivo, todas as ilhas estão entupidas de turistas e os preços disparam.

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M I K O N O SM i k o n o s é f a m o s a e c o n h e c i d a p o r s u a s b a l a d a s . M a s s e v o c ê b u s c a u m p o u c o d e p a z , t a m b é m e n c o n t r a r á s o s s e g o n a b e l a i l h a .

De luxuosos hotéis a charmosos albergues, a porção de terra mais famosa da Grécia agrada a todos os gostos e bolsos. Cos-tumava ser odestino preferido de gays, mas hoje se caracteriza pela diversidade de público. Desde famílias inteiras a jovens mochileiros, a ilha encanta qualquer um. Saindo do porto de Pireus, o tempo gasto até a ilha é de cinco horas de ferryboat e três horas nos barcos rápidos.

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Mikonos, que significa “ilha branca”, pertence ao grupo das Cíclades – assim chama-das as ilhas que formam uma espécie de circunferência à volta de Delos, ilha sagrada dos gregos no Mar Egeu.Mikonos, a mais famosa das ilhas da Grécia, recebe visi-tantes há mais de meio sécu-lo. As ruas estreitas formam uma espécie de labirinto.Os bem preservados moin-hos acrescentam um sabor de cultura e costumes, ainda mais reforçados por museus e o histórico sítio arqueológico em Delos, pequena ilha sob a jurisdição de Mikonos, a ape-nas 2 km a oeste da ilha. O lugar é facilmente alcançado por meio de excursões diárias que partem do porto principal e de algumas das praias mais movimentadas.Chora é a capital e, logo ao chegar, seu imaginário do que é uma ilha grega tem as ex-pectativas preenchidas: o mar azul de cor incrível, trans-parente, areia clara e peixes nadando à sua volta, além das típicas casinhas brancas de portas e janelas azuis. A vontade, muitas vezes, é fi-car somente contemplando o visual.Ao desembarcar no porto, prepare-se para ser abordado por uma série de guias lo-cais que oferecem todos os tipos de serviços possíveis: transporte para as praias da ilha, alojamento e pacotes de passeios para um dia. Caso

não tenha nada programado, aproveite para comparar os preços e checar o que cada serviço oferece. São comuns em todas as ilhas gregas ofer-tas desse tipo de serviço no desembarque dos barcos. A maior parte deles é confiável.De toda forma, o ideal é ter reserva efetuada em algum hotel, albergue ou “casas de locais” que são alugadas du-rante o verão – e que oferecem a infra-estrutura necessária, apesar de pouco conforto. A maior parte dos hotéis e al-bergues disponibiliza serviço gratuito de traslado que sai do porto ou do aeroporto. É importante checar esses de-talhes na hora da reserva.

Uma curiosidade: os albergues nas ilhas se assemelham às pou-sadas brasileiras. Os banheiros não são com-partilhados, o café da manhã é incluso em alguns deles e os mel-hores têm ainda uma piscina para relaxar no final da tarde.

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A diversidade e a quantidade de praias em Mikonos são suas principais característi-cas. Vale a pena alugar uma motoneta ou um carro para poder explorar as praias mais escondidas e desertas.

A diversidade e a quantidade de praias em Mikonos são suas principais características. Vale a pena alugar uma motoneta ou um carro para poder explorar as praias mais escondidas e desertas. Há opções para todas as idades e gostos. A Praia de Elia é a mais longa e povo-ada da ilha. As dezenas de guarda-sóis, cadei-ras ou espreguiçadeiras espalhadas por toda a extensão da areia são disputadas pelo grande número de turistas no verão – e são pagas. É importante sempre checar com antecedência o preço de cada item para evitar abusos.A Praia Platys Gialos é o destino preferido das famílias que vão visitar a ilha por sua ex-celente infraestrutura turística. Como de praxe por lá, a fantástica cor do mar pode ser obser-vada no alto do caminho que leva à praia.Sempre movimentada, conta com bons restau-rantes – e os guarda-sóis e espreguiçadeiras tam-bém podem ser alugados. Outra praia “familiar” é a Agios Stefanos, que fica ao norte da cidade.Se você quer paz e tranqüilidade, também vai encontrar em Mikonos: algumas boas opções

são Agrari, Ftelia, Panormos e Angios Sostis. Apesar de menos concorridas, todas oferecem um barzinho ou restaurante para beber e com-er algo. Uma boa dica é perguntar aos locais se há ainda outras belas praias na região. Eles explicam como se chega lá e você pode descobrir a praia dos seus sonhos.Agora, se quer entender por que Mikonos é famosa por suas baladas, então o seu desti-no deve ser a Praia Paradise. A mais popular da ilha tem a origem do nome nos hippies e mochileiros que a descobriram na década de 1960. Como em outras, o nudismo é permitido.Essa bela praia de grande extensão oferece in-fraestrutura voltada para o público jovem, com festas que duram o dia todo. As baladas na bei-ra da praia lembram um pouco aqueles hotéis de Porto Seguro (BA), com música alta, muita gente bonita e agitação. As praias Paraga e Super Paradise também agradam aos fes-teiros. A última é a única das três que não tem boas opções de acomodação.

p r a i a s e m m i k o n o s

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Praia Super Paradise

Praia Platys Gialos

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Aproveite para visitar uma das 360 igrejas que existem em Mikonos. Uma missa típica da Igreja Ortodoxa Grega é diferente e bonita de ser vista pelo menos uma vez. A Igreja de Parapotiani é linda e merece uma olhadinha.Se quiser fugir das ruas mais movimentadas, vá até Ano Mero, que fica a 8 km do centro de Mikonos. Uma pracinha cercada por restau-rantes e com famílias passeando – lembra um pouco uma cidade do interior brasileiro.Os simpáticos e hospitaleiros donos dos restaurantes criam um clima agradável para você degustar a deliciosa comida que lá é ser-vida e por um preço razoável. Sentar embaixo daquelas árvores, acompanhado de um bom vin-ho típico, pode ser a melhor opção para uma noite calma e romântica.O centrinho da ilha, em Chora, também deve ser visitado, já que é servido pelos melhores restaurantes e lojas de artesanato e de roupas, entre outros. O point preferido dos turistas

costuma ficar lotado nos meses de julho e agosto. Há muita gente bonita e italianos por todos os lados.Você pode jantar nos arredores do porto e ir para algum clube ou boate ali próximo mes-mo. Se busca algo mais sofisticado, não deixe de freqüentar os bares ao redor da Enaplon Dinameon, como o Celebrities ou o Aroma.

O QUE VOCÊ NÃO PODE PERDER EM MIKONOS

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S A N T O R I N Ia i l h a n a c r a t e r a d e u m v u l c ã o

Santor i n i forma com Mikonos a dup-la das i l has gregas ma is conhec idas en tre as C í c l ades . Com uma be leza ún i ca e d i versa , é parada obr iga tór ia para quem va i à Gréc ia . O exuber-ante mar azu l se m is tura com as imponentes montanhas de or igem vu lcân ica. Tudo isso se completa com o famoso pôr-do-so l em O ia .

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Da mesma forma que em Mikonos, o fluxo de barcos com destino a Santorini que saem de Pireus é intenso e com horários variados. No barco noturno, o percurso dura cerca de 11 horas, pois pára de ilha em ilha. Se pre-pare para a viagem caso vá de classe econômica: as cadeiras são extremamente descon-fortáveis e o ar-condicionado pouco funciona. Mas há três ou quatro opções de barcos velozes diários, que demoram somente quatro horas. O preço também é bem diferente.Santorini e as ilhas em vol-ta são fruto de sucessivas erupções de vulcões submer-sos. A primeira teria ocorrido há cerca de 80 mil anos e deu origem a uma ilha circular. A segunda, datada de 1.450 a.C., criou uma grande cra-tera no centro dessa ilha e foi a razão da formação do ar-quipélago que tem Santorini como a maior porção de terra. A principal vila é Thera (ou Fira), também centro turístico. Belas praias são encontradas em Perissa,

Kamari, Perivolos, Vlihada e Red Beach.Em Perissa, Fira e Oia você encon-tra toda a infraestrutura necessária. Hotéis, albergues, restaurantes, mercados e farmácias, além de agências de turismo que organi-zam os passei-os existentes.Semelhante a Mikonos, os turistas são abordados por guias locais na saída do porto, que oferecem acomodações, transporte e passeios. Há ônibus que ligam as duas partes da ilha. Fira (com vis-ta para caldei-ras vulcânicas) fica de um lado e Peris-sa (região das praias) do out-ro, mas para se chegar a am-bos os lados

é necessário algum tipo de transporte. Logo na saída do porto, há agências para alu-guel

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gum tipo de transporte. Logo na saída do porto, há agências para aluguel de motoneta e carro. Vale a pena para se chegar às praias mais dis-tantes, já que o transporte público é demorado.Há uma série de bares e restaurantes na orla de Perissa que oferece os mais variados tipos de comida, a preços diversos. Os guarda-sóis e espreguiçadeiras estão presentes em toda a ex-tensão da praia e, a princípio, devem ser pagos. Mas tente pechinchar coma garçonete alegando que irá consumir algo no bar, que não sabia que era pago... e dessa forma pode conseguir um bom desconto.Ao circular pela ilha de um lado para out-ro, tenha na máquina fotográfica um cartão de memória de grande capacidade: a vista é lindíssima e única. Um exemplo é o pôr-do-sol em Oia, tido como um dos mais belos do mundo, em que o azul do mar e as belas casinhas brancas gregas compõem o “quadro” de um tom laranja avermelhado.As “vagas” para assistir ao crepúsculo são dis-putadíssimas. É bom chegar cedo para conse-guir um lugar estratégico. Há bares em que se pode sentar, acompanhado de um bom vinho, e assistir ao espetáculo. Mas ficam logo lota-

dos. Ao final, todos batem palma para agrade-cer à natureza pelo presente que acabaram de receber.Em Santorini, há mais de 250 igrejas com cúpulas e portas azuis. Uma das mais belas é a Anastasis, em Oia (pronunciá-se “ía”), uma vila charmosa e chique. Butiques, hotéis lux-uosos, lojas que vendem roupas de estilistas locais e jóias de prata, além de simpáticos e coloridos bares e restaurantes, espalham-se pelas estreitas vielas.

A Praia de Perissa é uma das mais populares da ilha e as areias negras revelam sua origem vulcânica. Para entrar no mar é necessário um bom par de chinelos ou

papete, já que as pedras estão presentes em toda a parte.

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Fique atento ao comprar as excursões, pois a diferença de preço pode ser até três vezes maior. Os hotéis e albergues costumam vend-er os passeios, mas opte pelas agências orga-nizadoras que estão espalhadas pelas ruas das principais vilas. O passeio é lindíssimo e vale a pena fazê-lo.O tour é uma excelente opção para quem dese-ja visitar todos os importantes pontos turísticos de Santorini em um dia. A partir do antigo porto de Fira, a primeira parada será para conhecer a cratera de Nea Kameni. Prepare as pernas, pois o percurso até o topo das montanhas vulcânicas é um pouco longo. Não esqueça o protetor solar e um boné ou chapéu. A vista é incrível e você ainda ob-serva a cratera pela qual ocorriam as erupções no passado.

De volta ao barco, o próximo destino são as águas quentes do Palea Kame-ni, onde é possível na-dar. Acredita-se que a lama que fica no fundo das águas é medicinal e muitos se arriscam a faz-er uma máscara no rosto por alguns minutos. Em seguida, a ilha de Thir-assia é a próxima para-da para almoço, banho de mar e visita à vila de Manolas. O passeio ter-mina no porto de Oia. Lá você pode se decidir

entre continuar a viagem pelo navio ao porto de Fira ou ficar em Oia para visitar a vila e apre-ciar o famoso pôr-do-sol.A subida para a vila pode ser feita a pé ou mon-tado em mulas. Os animais sobem os quase 600 degraus com os turistas no lombo, ajudando os mais preguiçosos e dando um pouco de aventu-ra ao passeio. De toda forma, o preço do per-curso, que dura cinco minutos no máximo. A subida a pé também pode se transformar em um belo passeio, sem pressa, com fotos tira-das em todos os mirantes. O dia se completa com o espetáculo do pôr-do-sol em Oia. De lá, partem os ônibus que levam de volta à porta da agência de turismo.

RUMO AO VULCÃO

Há vár ios passe ios de um d ia que podem ser fe i tos nos arre-dores de Santor in i . O mais conhec ido de les é o que v is i ta a ca lde ira vu lcân ica.

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Pertence ainda à Grécia a histórica i lha de Rodes, perto da Turquia, ponto de encontro dos cruzados na Idade Média, quando foi ocupada pelos cavaleiros da Ordem de Malta.

O centro histórico de sua maior cidade, tam-bém chamada Rodes, é extremamente bem conservado: rodeado por muralhas, tem anti-gas casas, praças, mesquitas e sinagogas em ruas de pedra. Na rua dos Cavaleiros, ainda existem as hospedarias que abrigavam os que partiam para as Cruzadas. O palácio dos Grãos-Mestres, também medieval, foi restaura-do (e infelizmente um pouco “alterado”...) por Mussolini, que ocupou Rodes durante a Segunda Guerra Mundial. Na entrada do porto de Rodes, onde suposta-mente ficava o lendário Colosso, uma das sete maravilhas do mundo, há, hoje, as famo-sas estátuas da corça e do cervo. A cidadez-

inha de Lindos, também em Rodes, tem duas grandes atrações: o templo de Diana, erguido pelos gregos no cume de um rochedo, e a baía de São Paulo, uma minúscula praia de águas azul-esverdeadas, cercada por falésias, cuja saída para o mar é tão estreita que dá a ilusão, para quem vê de longe, de ser uma lagoa.

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Sem trocadilho, ambos são realmente lindos! De Rodes saem, todas as manhãs, barcos para várias ilhas próximas. A mais simpática é Symi, cujo pequeno porto fica em uma bo-nita baía cercada por casas e prédios de tons pastéis em es-tilo neoclássico.

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C O R F U“ Q u a n t o m a i s e u v e j o d e s s e l u g a r, m a i s e u s i n t o q u e n e n h u m o u t r o l u g a r n a Te r r a p o d e s e r m a i s c h e i o d e b e l e z a ” , e s c r e v e u E d w a r d L e a r e m 1 8 6 3 p a r a d e s c r e v e r a i l h a d e C o r fu .

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Com o passar do tempo, a ilha pode ter muda-do, mas ainda podemos sentir o espírito de um passado longínquo e glorioso. Sua rica herança multi-cultural , seus monumentos históricos, a sua magnífica paisagem natural, suas águas cristalinas, e seu excelente clima durante todo o ano, explicam porque Corfu é um dos destinos mais cosmopolitas do Mediterrâneo, tecendo um poderoso feitiço sobre seus visitantes.Corfu (Kerkyra), ao contrário do resto da Gré-cia, nunca caiu sob a opressão Otomana. Dev-ido às sucessivas dominações dos Venezianos, dos Franceses e dos Britânicos, ao longo dos séculos, a ilha tem tornado-se principalmente parte do Ocidente, em vez do mundo do Le-vante. Sua cultura exerceu forte influência na cidade: foi aqui que a primeira Universi-dade Grega (a Academia Ionîca), a primeira Orquestra Filarmónica e a primeira escola de Belas Artes foram fundadas.Na bela e muito bem preservada Cidade Velha de Corfu, um património mundial da UNES-CO, um “repertório” renascentista, barroco e clássico veio a ser aplicado com sucesso, em tradições artísticas locais. Palácios, fortalezas, austeros edifícios públicos do Estado Vene-ziano dominam exclusivamente com linhas de lavagem secagem, em vielas minúsculas e pequenas praças isoladas. Passeando por um complexo de estreitas ruas de paralelepípe-dos, comescadas e passagens abobadadas, o chamado “kantoúnia”, dá a sensação de se viajar para Gênova ou Nápoles.

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D E S C O B R A O S L U G A R E S M A I S B O N I T O S D A C I D A D E D E C O R F U C A M I N H A N D O AT R AV É S D E :

S P I A N A D AA maior praça dos Balcãs, é o centro da ci-dade, decorada com notáveis obras da arquite-tura francesa do século 19. Pode se assistir aos jogos de cricket, ou participar de concertos musicais organizados durante todo o ano.

L I S T O NMarca registrada da cidade, onde os aristocratas gostavam de passeiar a noi-te. As características arcadas formam um cenário mais romântico para uma xícara de café de boas-vindas em um dos acolhedores cafés da cidade.

O S S U BÚ R B I O S I N T E L I G E N T E SMandoúki, Garitsa e Sarókos.

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A impressionante Fortaleza Velha do secúlo 15, bem como a nova Fortaleza. O Palácio de São Miguel e de Jorge na parte norte da Spi-anada, construídos durante a ocupação Inglesa. Um número considerável de igrejas. A mais imponente é a Catedral da cidade,a Igreja de São Spyridon, santo padroe-iro da ilha, cujas relíquias estão aí guardadas. A torre do sino da igreja, imensamente alto, certamente lembra a de San Giorgio dei Greci em Veneza. Quatro procissões anuais são realizadas todos os anos, durante o qual o corpo de São Spyridon é carregado pelas ruas da cidade (no Do-mingo de Ramos e de Páscoa, em 11 de abril e no primeiro domingo de Novembro). To-das as bandas filarmónicas da cidade acompanham as pro-cissões criando um imponen-te e notável espetáculo.

A S M A I S I M P O R TA N T E S P O N T O S D A C I -D A D E , E L O Q U E N T E S T E S T E M U N H O S D A S U A R I C A H I S T Ó R I A :

VIS ITE UM DOS FASCINANTES MUSEUS DA CIDADE:O Museu de Arte Asiática, único de seu tipo foi funda-do em 1927após a doação de 10,500 itens por Gregorios Manos. Até 1974 era um mu-seu de arte Chinesa e Japone-sa, mas depois foi enriquecido com outras coleções particu-lares. Está localizado no Palácio de São Miguel e George.Museu Arqueológico, onde se pode admirar importantes achados do templo de Artemis e de escavações da antiga cidade de Corfu.Museu Bizantino, está situado na Igreja da Virgem Maria An-tivouniotissa e abriga uma inter-essante coleção de ícones e itens eclesiásticos, do secúlo 15 ao sé-culo 19.

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MO N R E P O S PA L A C E Foi construído pelo Comissiónario Inglês Adams como presente para a sua esposa de Corfu. É um pequeno, mas belo palacío com elementos coloniais, que hoje em dia opera como um museu. Nesta luxuosa residência, nasceu o Principe Filipe, Duque de Edimbur-go e marido de Isabel II. O parque á volta do palacío é ideal para longos e românticos pas-seios.

KA NÓ N I Oferece do seu terrace circular uma vista impressionante sobre a ilha de Pontikoníssi (significa a Ilha dos ratos), um dos mais fo-tografados lugares de Corfu! De acordo com a lenda, este ilhote pedroso era um navio Feácio que se tornou em pedra.

PA L E O P O L I SErgue-se onde a Ágora da cidade antiga de Corfu era localizada. Pode se admirar os vestí-gios de vários edifícios públicos instalados lá junto com santuários, oficinas e residências.

AC H I L L E I O N Achilleion é um palácio de fadas construído entre os ciprestes e as murtas pela Imperatriz Elisabeth da Áustria, que desejava escapar da vida na corte Austríaca. Elisabeth realmente se apaixonou com a ilha, e dedicou este palácio a Aquiles como ela acarinhava a crença de que ele representava a própria alma e justiça da Grécia. A ilha onde Ulisses encontrou a princesa Nausica em uma das cenas mais célebre da Odysseia de Homero, é um destino mágico ao longo do ano: eventos musicais coloridos, festas culinária, festas religiosas, celebrações de carnaval – conhecidas pelas suas profundas influências Venezianas , e mais alegre Páscoa da Grécia formam um delicado mosaico de experiências.

E S T E S Q U AT R O L U G A R E S L O -C A L I Z A D O S A V O L TA D A C I -D A D E D E C O R F U C O S T U M A -VA M S E R O S FAV O R I T O S D O S A R I S T O C R ATA S :

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O cl ima seco e solo árido garantem à Grécia os mel-

hores azeites do mundo.

HEMISPHERE PRODUTOS TÍPICOS

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Plaka é um bairro char-moso, a área mais antiga da capital grega, que fica a dez minutos a pé de Acrópole. Tem ruas estreitas de pedra e paralelepípedo. A maioria ex-clusiva para pedestres. Mas, se há poucos carros circu-lando, há que se ter atenção com as motos. Os gregos são tarados por elas. E por ve-locidade. Plaka é o centro de Atenas desde a Antiguidade e exibe construções até do sé-culo II a.C. Mas a maioria dos edifícios é dos séculos XVIII e XIX. Há dezenas de lojas. Calçados, roupas, artesana-to e produtos típicos. Doces, vinhos, frutas secas e azeites.

Comércio de Plaka

Azeites gregos. Esse deve ser um capítu-lo à parte numa visita à Grécia. Os azeites de Creta estão entre os melhores do mundo. E não há como sair de Atenas sem uns dois, três, cinco vidros de azeite. O clima seco e o solo árido garantem uma produção de 95% de azeite extravirgem. Você vai precisar de uma ajuda do vendedor para saber qual azeite escolher. Mas prefira sempre os de Creta. E, com os vidros de azeite na mochi-la, duas e meia da tarde, é hora de procurar um restaurante.

O calor faz com que as ruas e becos estejam quase vazios. Todos fugindo do sol. Geralmente escolhem o Psaras. É uma tav-erna com comida típica da Grécia. Mas há menu em grego e inglês. Os garçons são simpáticos. Logo trazem para a mesa uma porção de tzatizik. É um antepasto à base de iogurte natural, azeite de oliva, pepinos, sal e pimenta-do-reino branca costumeiramente é servido com pão grago . É refrescante. De-licioso.

Azeite de Oliva

Tzatizik - Prato típico grego

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Segundo a História, as vinhas e o vinho apareceram pela primeira vez na Grécia, por volta de 4000 A.C.. Dionísio, filho de Zeus, era o deus da vegetação e do vinho e era ado-rado com festas e eventos em várias ocasiões. Existem descrições detalhadas de processos de produção de vinho em inscrições que da-tam de 2500 a.C.. A mais antiga prensa de vin-ho do mundo foi conservada na ilha de Creta onde foram encontradas gravetos de parreira em túmulos muito antigos. Na Ilíada, Homero também descreve muitas cidades e regiões da Grécia como produtoras de vinho e elogia as suas tradições na produção desta bebida. Na Grécia Antiga, o vinho era utiliza-do não só como bebida, mas também como medicamento. Era servido em copos de várias formas e tamanhos, cada um com um nome diferente. Vasos como as ânforas eram utiliza-

para servir o vinho no Symposium. As Krati-ras eram vasos largos, de excelente qualidade, usadas para armazenar o vinho. Uma das mais magníficas e também das mais bem conser-vadas, está exposta no Museu Arqueológico de Thessaloniki. Na Grécia são cultivadas cerca de 250 var-iedades de uvas em quase todo o continente e ilhas, de norte a sul, de leste a oeste. Os bons vinhos gregos são de excelente qualidade e considerados dos mais fascinantes da atuali-dade. São elegantes, com muita personalidade e têm encantado os enólogos de todo o mun-do. As uvas autóctones conferem uma tipicidade única ao vinho grego, sendo a Agiorgitiko seu melhor exemplo. Os vinhos desta uva plantada principalmente em Neméa, no Peloponeso, têm um esplendoroso bouquet, paladar rico e inten-so, semelhante ao Merlot, e aveludado no palato.

VINHOS GREGOS

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Um bom exemplo de vinho desta uva é o Ep-ilegmeni Nemea 1997. No norte da Grécia encontram-se muitas áreas de produção de vinho tinto: Naussa, Goumenisa, Amynteo, Siatista e Xalkidiki. Algumas das variedades produzidas na Macedônia são Xynomavro, Mosxomavro e Athiri, produzido nas vinhas do Monte Athos, sendo a Xynomavro muito estruturada e considerada uma das melhores da Grécia. Além disso a Grécia ainda planta as uvas Syrah, Cabernet e Merlot para a elab-oração de muitos vinhos tintos. O Merlot 1997 da Ktima Kir Gianni, de Naussa, é um dos mel-hores vinhos já produzidos na Grécia. Alguns dos vinhos produzidos nas ilhas Creta, Paros e Rodes são, também, muito consumidos.

Merlot 1997 da Ktima Kir Gianni

Existem vinhos brancos secos mui-to bons, especialmente os produzidos nas ilhas Kefalonia (Robola), Limnos e San-torini; desta última ilha, alguns vinhos são premiados na Europa e têm um paladar diferenciado por serem produzidos a partir de uvas assyrtico, de toque cítrico e mar-avilhoso frescor, com muita acidez, além das atiri e aidani, todas cultivadas em solo vulcânico. Outras uvas utilizadas para fab-ricação de vinhos brancos são a moschofi-lero, com aroma de rosas e a malagousiá, de sabor muito rico, além das conhecidas sauvignon blanc e chardonnay. Em Santorini produz-se também o Vin Santo, semelhante ao italiano, sendo um vinho tinto adocicado que deve ser tomado como aperitivo ou após a refeição, sempre bem gelado e de preferência a beira mar. Entretanto o vinho mais apreciado pelo povo grego, muito consumido no verão, é o “retsina”, feito com adição de resina de pinheiro ao vinho branco durante a fermen-tação, muitos deles de fabricação caseira. Quando fresco é suave e parece um vinho branco leve, apesar da maior graduação alcoólica. Tem um paladar único, bastante diferenciado, fornecido pela resina da ma-deira e refrescância.

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HEMISPHERE MODA

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A beleza e o asseio eram para os gre-gos qualidades humanas essenciais. Assim, o vestuário era simples, mas de acentuado valor estético. Compunha-se essencialmente de rou-pas de linho no Verão e de lã no Inver-no, vestindo as mulheres mais abastadas sedas orientais. Estas peças podiam ser compradas na ágora ou confeccionadas artesanalmente pelas mais pobres.Essencialmente, a cor predominante era o branco, embora algumas fossem tingidas de púrpura e violeta.

A indumentária feminina compunha-se es-sencialmente do peplo, manto preso por duas fíbulas, feito com dois rectângulos de tecido, usando-se longo até aos pés. Outra peça indispensável era o quiton, túni-ca feminina presa com cinco ou oito fíbulas. Era considerada a veste mais importante e era um rectângulo de tecido colocado no cor-po, sendo seguro nos ombros e por baixo dos braços com uma das laterais abertas e outra fechada. Nos ombros era seguro com broches ou agulhas e na cintura era amarrado por um cordão ou cinto. O exômis, manto feito com um rectângulo de tecido atado apenas num ombro, com bar-ras decorativas, era usado essencialmente para segurar os seios, existindo também com esta finalidade uma faixa de tecido, chamada str-phion.

Vestimentas gregas femininas

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Quanto ao calçado andava-se descalço em casa. Quando saíam, os gregos usavam sandálias, as krêpis, simples sola amarrada com correias, que deixava livre a parte su-perior do pé. As mulheres usavam sandálias de diferentes tipos, essencialmente de cou-ro, ornamentadas com cuidado e elegância e pintadas com atraentes cores. Jóias, sobretudo de ouro e prata e mui-to trabalhadas eram atributos das mulheres mais ricas.

Os cabelos e os diferentes tipos de penteado, longos e encaracolados, eram muito aprecia-dos pelas gregas, surgindo pela primeira vez na ilha de Creta, em 4000 a.C. o rabo-de-cava-lo. Os cosméticos, óleos, pomadas, graxas e loções eram usados para dar brilho, sendo os cabelos loiros raros e admirados pelas mul-heres e, naturalmente, pelos homens.

Talvez nada no mundo da moda tenha mudado com tanta freqüência através dos séculos quanto o estilo dos cabelos.Desde a antigüidade, tanto homens quanto mulheres, têm demonstrado grande preocupação com a saúde e beleza dos cabelos.

Penteados gregos

Penteados gregos atuais

krêpis - Sandália grega

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Ensaio fotográfico de uma modelo grega.

Paris Hilton e Isabel Lucas e a moda grega

A vestimenta principal era o Quiton, um rectângulo de tecido que se assemel-ha a uma túnica colocada no corpo, presa nos ombros e debaixo dos braços. Sobre os ombros era presa com broches ou agul-has de nome Fíbula e na cintura por um cordão ou cinto. Esta era bastante longa chegando, nos adultos, a bater no torno-zelo e, no caso dos mais jovens, até aos joelhos. A vestimenta feminina era ligeiramente diferente da masculina. Resumia-se a um tecido rectangular, continha cordões ou correias ao nível da cintura como dec-oração e eram bastante decotados.

Na Grécia Antiga criou-se o critério clássico de beleza: a harmonia pela sime-tria entre os lados esquerdo e direito do indivíduo. Para eles era mais importante o valor estético do que o erotismo.Estes tinham como constante nas ves-timentas, decorações de origem arqui-tectónica e isso reflecte-se no corte retan-gular das roupas. A população grega utilizava uma túnica ornamentada com este corte. Os materiais mais utilizados na elaboração desses mes-mos trajes eram a lã artesanal, o linho e em algumas ocasiões a seda.

A evolução da moda grega

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Paris Hilton e Isabel Lucas e a moda grega

Como vimos, o vestuário era parte integrante do ideal de beleza para a mulher grega. Razão tinha a estilista france-sa Alix Grés quando afirmou que o vestuário da Grécia antiga foi o que mais influen-ciou a moda actual.

Jessica Alba - vestido Inspirado na Moda Grega

Influência gregana moda atual

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MODA

Por mais de mi l anos, os gregos d is-putaram compet ições esport i vas que insp iraram as O l impíadas modernas como forma de se manterem a lerta e preparados para as guerras.

HEMISPHERE ESPORTES

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Festivais de honra a Zeus viram espetáculo moderno

Templo de Zeus, um dos símbolos das Olimpíadas. A idéia de um festival esportivo nos moldes das Olimpíadas surgiu na Era Antiga, aproxima-damente 2500 a.C., quando os gregos realizavam festivais em honra a Zeus. Conta a lenda que os Jogos foram criados por Hércules, que plantou a oliveira de onde eram retiradas as folhas para a confecção da coroa dos vencedores. O termo olímpico, chegaria quase dois mil anos depois. Em 776 a.C., quando os nomes dos vencedores começaram a ser registrados, Ifitos, o rei de Ilia, fez uma aliança com Licur-go, monarca de Esparta, e Clístenes, rei da Pissa. O acordo foi selado no templo de Hera, no santuário de Olímpia, surgindo assim o nome Olimpíadas. Esse tratado estabeleceu uma "trégua sagra-da" em toda a Grécia enquanto os Jogos eram realizadas. Essa trégua era respeitada à risca. Na Guerra do Peloponeso, oponentes teriam parado o combate, competindo lado a lado e só após a declaração dos vencedores olímpi-cos, resumido a guerra. A vitória nos Jogos Olímpicos consagrava o atleta e proporcionava

a ele uma recepção de herói no retorno à sua cidade de origem. Na Olimpíada de 776 a.C., uma forte chuva des-abou sobre Olímpia, limitando as competições a uma corrida pelo estádio. Dessa forma, após a úni-ca prova, foi conhecido o primeiro campeão olím-pico: o cozinheiro Coroebus de Elis, vencedor de uma corrida de 192,27 metros. Após a primeira Olimpíada, ficou acertado que os Jogos seriam realizados a cada quatro anos, durante os meses de julho ou agosto. Aos poucos, o número de competições foi au-mentando, até chegar a dez eventos no quinto século antes de Cristo: corrida, pentatlo, arre-messo de disco, salto em distância, lançamen-to de dardo, luta, boxe, pancrácio, corrida de bigas e corrida de cavalos, tudo em cinco dias. Podiam competir gregos que fossem cidadãos livres e nunca tivessem cometido assassinatos ou outros crimes.

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Excluídas, mulheresdisputavam a Heraea

Ritual da tocha olimpica, em Olimpia.

Com exceção das sacerdot-isas de Dêmetra, apenas os homens podiam assistir às disputas. Pouco antes dos Jo-gos Olímpicos, as mulheres, usando cabelos soltos e túni-cas curtas e competindo no mesmo estádio de Olímpia, participavam de uma outra competição, a Heraea, em homenagem à Hera, mulher de Zeus.A decadência dos Jogos Olím-

picos da Era Antiga começou em 456 a.C., quando os roma-nos invadiram e dominaram a Grécia. O espírito original de integração foi aos poucos sen-do deixado de lado e as dispu-tas, antes cordiais, passaram a ser encaradas como combates.A última Olimpíada da Era Antiga foi disputada em 393 d.C., quando o imperador Teodósio I proibiu a adoração aos deuses e cancelou os Jo-gos. Desde 776 a.C. foram re-alizados 293 Jogos.A celebração dos Jogos Olím-picos ficou adormecida por 1500 anos. Em 1896, graças aos esforços do francês Pierre de Coubertin foram realizados os primeiros Jogos Olímpicos modernos, na Grécia.

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modalidades olimpícas surgidas na grécia

lançamento de disco

lançamento de dardo

Corrida de 100 metros, Olimpíadas de Atenas, 2004.

É uma modalidade muito antiga, documentada em rela-tos míticos. Nas competições, o peso do disco variava con-forme a categoria, cujos critérios de classificação eram a força e o peso dos atletas. Os dis-cos, inicialmente de pedra e depois de metal, eram redon-dos, chatos e bem polidos. Pesavam em média 5 quilos e tinham 21 cm de diâmetro. Para torná-los mais aderentes

às mãos, era permitido gravar neles círculos ou figuras. O lançamento era feito de um ponto determinado e o local onde o disco caía era marca-do com uma estaca, para con-frontar-se os diferentes resul-tados. Vencia a competição quem lançasse mais longe. Há um recorde registrado de 29,28 m de distância.

O dardo, arma corrente na caça e na guerra, media aproximadamente 1,70 m e era da grossura de um dedo, mas o usado nas práticas es-portivas e nas competições não tinha ponta, a fim de evi-tar-se acidentes. Além disso, o dardo possuía um lastro na extremidade e, no seu cen-

tro de gravidade, um propul-sor em forma de cordão de couro de aproximadamente quarenta centímetros. Esse cordão era enrolado ao longo do cabo e terminava por um anel, no qual o atleta introdu-zia o dedo indicador. Ao ser ativado, o propulsor imprimia ao dardo um movimento de ro-tação, potencializando seu alca-nce. Algumas pinturas de vasos

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luta livrecorrida de cavalos

corrida de bigasboxe

pancrácio

Representação da luta livre, que in-fluenciou o boxe, pintura em vaso, da Grécia Antiga.

Representação da luta grega, con-hecida como pancrácio, influenciou nas artes marciais.

sugerem também que o dardo podia ser usado numa prática de “tiro ao alvo”: traçava-se um círculo, à distância desejada, devendo o atleta fazer o dardo cair dentro dele.

Na Grécia, ganhou regras para a Olimpíada, lembrando o es-porte autal. Os lutadores ganha-vam pontos por jogar o opo-nente de costas no chão e um combate terminava na terceira queda.

A modalidade chegou aos Jo-gos da Antiguidade 688 a.C. Os lutadores treinavam com lu-vas protegendo as mãos, mas lu-tavam com tiras de couro duro, para causar mais danos aos ad-versários durante o combate.

Essa modalidade só entrou no currículo olím-pico em 648 a.C. O pancrácioera usado como base do treinamento de luta dos soldados. His-toriadores relatam diversos tipos de pancrácio, in-cluindo formas de luta no solo, lembrando aspectos de artes marciais.

Esporte aristocrático, disputa-do em hipódromos como o de Olímpia. Com várias modali-dades disputadas sobre cela, as corridas de cavalo são as únicas que previam a disputa feminina.

O hipódromo de Olímpia era gigante e podia abrigar até 60 bigas correndo ao mesmo tem-po. As corridas tinham duas variáveis, com bigas puxadas por dois ou quatro cavalos.

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Corrida

pentatlosalto em distância

Primeiro e mais nobre esporte das Olimpíadas da Era Antiga, começou com o “stadium”, em que os atletas corriam nus uma distância do estádio (192,27 m) de Olímpia. Até a 13a edição, em 728 a.C, foi a única com-petição disputada.

Stadium em Ol-impia, onde ocor-riam as disputas de corridas, na Grécia Antiga.

Era considerado o evento mais importante dos Jogos e seus vencedores eram coroa-dos campeões olímpicos. Eram disputados salto em distância, arremesso de disco, lança-mento de dardo, pancrácio e corrida. Caso o atleta vencesse três das cinco disputas era considerado o campeão.

Cada atleta competia com pesos nas mãos, usados para aumentar o momento do salta. No impulso, o salta-dor balançava os pesos para frente, acumulando energia. Durante o salto, voltava a bal-ançar os braços para frente, para tentar ampliar o voo.

No final, movendo o braço, o atleta mudava seu centro gravitacional, para se esticar e potencializar sua marca.

Representação da corrida grega, pin-tura da Grécia Antiga sobre vaso.

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A Gréc ia até ho je inf luenc ia o nosso cot id i-ano, se ja pe la fi losofia , pe las artes, pe la matemát ica ou pe lo teatro, esse pa ís fo i uma grande referênc ia para nossa h istór ia .

A importância de se conhecer a Grécia da Antiguidade (que se desenvolveu entre 2000 a.C. e 500 a.C.) é que a herança de sua cultura atravessou os séculos, chegando até os nossos dias. Foram influências no campo da filosofia, das artes plásticas, da arquitetura, do teatro, enfim, de muitas ideias e conceitos que deram origem às atuais ciências humanas, exatas e biológicas. No entanto, não podemos confundir a An-tiguidade grega com o país Grécia que existe hoje. Os gregos atuais não são descendentes diretos desses povos que começaram a se or-

ganizar a mais de quatro mil anos atrás. Mui-ta coisa se passou entre um período e outro e aqueles gregos antigos perderam-se na mis-tura com outros povos. Depois, a Grécia an-tiga não formava uma nação única, mas era composta de várias cidades, que tinham suas próprias organizações sociais, políticas e econômicas. Apesar dessas diferenças, os gregos tinham uma só língua, que, mesmo com seus dialetos, podia ser entendida pelos povos das várias regiões que formavam a Grécia. Esses povos tinham também a mesma crença religiosa e

HISTÓRIAHEMISPHERE

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e compartilhavam diversos valores culturais. Assim, os festivais de teatro e os campeona-tos esportivos, por exemplo, conseguiam re-unir pessoas de diferentes lugares da Hélade, como se chama o conjunto dos diversos povos gregos.

AZEITE DE OLIVA

Ho je os gregos l ideram o rank ing de maior consumo de aze i te no mundo: são cerca de 22 l i tros por pes-soa/por ano.

O azeite é um dos mais antigos produtos produzidos pelo homem. Entre os vestígios mais antigos que fazem referência ao azeite, encontram-se assentamentos pliocênicos na Itália, além de restos, fossilizados, de 12000 anos AC, em plena era do Cromagnon. Há referências ao azeite em relevos, pinturas, ân-foras e murais do Egito Antigo, Grécia Clás-sica e Roma Imperial. Segundo alguns registros históricos, o cul-

tivo de oliveiras para a ex-tração do azeite data da Síria Antiga sendo explorado pelos povos egípcios e armênios. Na Grécia Antiga, a oliveira tinha grande importância e algumas passagens mitológi-cas mencionam a oliveira e sua criação. Como a lenda da própria criação da cidade de Atenas. Diz a lenda que Atena, a deusa da sabedoria e inteligência, disputou com Posidon, o deus supremo dos mares, o apadrinhamento da cidade. Para isso, estabele-ceu-se um concurso. Vence-ria aquele que desse o melhor presente à população local. Posidon criou um rio salgado, portanto, inútil. Já Atena cri-ou a oliveira, que produzia al-imentos, o azeite e a madeira. Com isso, venceu a disputa e deu seu nome à cidade...

Azeite de oliva e vinagre.

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civil ização minóica Não se sabe exatamente qual é a origem da Civilização Minóica, mas sabe-se que a ilha de Creta foi ocupada por volta do ano 6000 a.C por povos neolíticos. Datam de três séculos depois as primeiras marcas de presença humana que são representadas através de peças de cerâmica, enquanto isso as características da arquitetura se assemelhavam muito com as do Egito e do Ori-ente Médio da mesma época e de períodos posteriores. Também é incerto o termo Minóico que é utilizado para caracterizar a civilização, foi um arqueólogo inglês que assim a chamou. Pode ser que a palavra Minos representasse alguém específico entre esse povo, mas como os minóicos

se chamavam ainda é um mistério, o que se sabe apenas é que a palavra egípcia Keftiu e a semítica Kaftor são referentes aos habitantes da ilha de Cre-ta.Um contingente humano se estabeleceu na ilha de Creta cultivando trigo e lentilhas e criando bois e cabras, a agricultura era favorecida pelo terreno e a pesca por se tratar de uma

Palácio de Knos-sos.

Fruta da oliveira.

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por se tratar de uma ilha. Somente em torno de 3800 a.C. que o cobre tomou o lugar da pe-dra na elaboração de utensílios, mudando os hábitos dos habitantes. A Civilização Minói-ca propriamente dita só teve início por volta do ano 2700 a.C. quando os registros escritos eram utilizados e após se formar uma unidade política e um exército. Esse momento marca o começo da Idade do Bronze e um período de muita atividade na ilha de Creta. O apogeu da Civilização Minóica ocorreu ao redor do ano 1700 a.C. quando um grande ter-remoto assolou a ilha destruindo os palácios de Knossos, Festos, Malia e Kato Zakros. Após a tragédia, os palácios foram reconstruídos em maior escala, a população aumentou, constru-iu-se um sistema de esgoto, túmulos maiores e esculturas mais elaboradas. Esse momento é o começo do Período Neo-Palaciano, o qual denota o ápice da Civilização Minóica. \Em meio ao próspero momento foram con-struídas naus rápidas e resistentes o suficiente

para transpor o Mar Mediterrâneo. Ocorreu a expansão comercial através da exportação de jóias, cerâmica, azeite e lã, assim como a ex-pansão territorial e política com a fundação de colônias em ilhas do Mar Egeu e na Sicília. A decadência da Civilização Minóica aconte-ceu no final do Período Neo-Palaciano, quando a cultura ruiu e os palácios foram novamente destruídos. Mais tarde outro desastre natural contribuiu para a derrocada de tal povo, a ex-plosão de um vulcão na ilha de Santorini fez com quetsunamis atingissem os portos de ilha de Creta. Os principais mercados dos Minói-cos foram destruídos e abriu-se espaço para a chegada dos Dórios, tribo indo-européia, que conquistaram os decadentes Minóicos. Estes perderam a capacidade de sustentar comércio com outras culturas e nem conseguiam mais defenderem-se dos invasores, o resultado foi o surgimento de uma guerra civil fragmentando a civilização em vários grupos. Para colocar um fim à Civilização Minóica,

Palácio de Knossos.

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os Dórios invadiram a ilha de Creta ocupando as cidades abandonadas e construindo sobre as cidades destruídas suas novas bases e as-similaram em 1380 a.C. os Minóicos restantes que se refugiaram no leste da ilha. A cultura Minóica foi muito significativa no Mar Egeu e gerou um legado que se as-sociou com a cultura dos povos gregos ge-rando a Civilização Micênica. A Civilização Minóica é identificada como uma civilização matriarcal, a mulher tinha muita importância na sociedade e desenvolvia funções religio-sas, administrativas e políticas. Era um povo pacífico, crente em vários deuses e seguros de que a mulher era elemento fundamental para a pacificação social, tanto que o principal sím-bolo religioso de veneração era uma deusa.

Palácio de Knossos.

Pintura no palácio de Knossos.

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Os gregos foram os primeiros artistas re-alistas da história, ou seja, os primeiros a se preocupar em representar a natureza tal qual ela é. Para fazerem isso, foi fundamental o estudo das proporções, em cuja base se en-contra a consagrada máxima segundo a qual o homem é a medida de todas as coisas. Po-dem-se distinguir quatro grandes períodos na evolução da arte grega: o geométrico, o arcai-co, o clássico e o helenístico. No chamado período geométrico, a arte se restrigiu à decoração de variados utensílios e ânforas. Esses objetos eram pintados com motivos circulares e semicirculares, dispos-tos simetricamente. A técnica aplicada nesse trabalho foi herdada das culturas cretense e micênica. Passado muito tempo, a partir do século VII a.C., durante o denominado perído arcaico, a arquitetura e a escultura experimentaram um notável desenvolvimento graças à influência

Vista da ilha Santorini

dessas e outras culturas mediterrâneas. Também pesaram o estudo e a medição do antigo megaron micênico, sala central dos palácios de Micenas a partir da qual con-cretizaram os estilos arquitetônicos do que seria o tradicional templo grego.Entre os séculos V e IV a.C., a arte grega con-solida suas formas definitivas. Na escultura, somou-se ao naturalismoe à proporção das figuras o conceito de din-amismo refletido nas estátuas de atle- tas omo o Discóbolo de Miron e o Doríforo de Policleto. Na arquitetura, em contrapartida, o aperfeiçoamento da óptica (perspectiva) e a fusão equilibrada do estilo jônico e dórico trouxe como resultado o Par-tenon de Atenas, modelo clássico por excelência da arquitetura dessa época. No século III, durante o período helenístico, a cultura grega se difunde, principalmente

ARQUITETURAHEMISPHERE

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graças às conquistas e expansão de Alenxandre Magno, por toda a bacia do Mediterrâneo e Ásia Menor. Não resta dúvida de que o templo foi um dos legados mais importantes da arte grega ao Ocidente, devendo suas origens ser procura-das no megaron miscênico, aposento de mor-fologia bastante simples, apesar de ser a aco-modação principal do palácio do governante, sendo este, no princípio, o esquema que marcou os cânones da edificação grega. Foi a partir do aperfeiçoamento dessa for-ma básica que se configurou o templo grego tal como o conhecemos hoje. No princípio, os materiais utilizados eram o adobe - para as paredes - e a madeira - para as colunas. Mas, a partir do século VII a.C. (período arcaico), eles foram caindo em desuso, sendo substituí-dos pela pedra. Essa inovação permitiu que fosse acrescentada uma nova fileira de colu-nas na parte externa (peristilo) da edificação, fazendo com que o templo obtivesse um gan-ho no que toca à monumentalidade. Surgiram então os primeiros estilos arquitetônicos: o dórico, ao sul, nas costas do Peloponeso, e o jônico, a leste. Os templos dóricos eram em geral baixos e maciços. As grossas colunas que lhes da-vam sustentação não dispunham de base, e o fuste tinha forma acanelada. O capitel, em geral muito simples, termina-va numa moldura convexa chamada

Imagem do Pártenon

Templo de Poseidon

nava numa moldura convexa chamada de equino. As colunas davam suporte a um en-tablamento (sistema de cornijas) formado por uma arquitrave (parte inferior) e um friso de tríglifos (decoração acanelada) entremeado de métopas. A construção jônica, de dimensões maiores, se apoiava numa fileira dupla de col-unas, um pouco mais estilizadas, e apresenta-va igualmente um fuste acanelado e uma base sólida. O capitel culminava em duas colu-nas graciosas, e os frisos eram decorados em altos-relevos.

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Mais adiante, no período clássico (séculos V e IV a.C.), a arquitetura grega atingiu seu ponto máximo. Aos dois estilos já conhecidos veio se somar um outro, o coríntio, que se carac-terizava por umcapitel típico cuja extremidade era decorada por folhas de acanto. As formas foram se estilizando ainda mais e acrescentou-se uma terceira fileira de colunas. O partenon de Atenas é a mais evidente ilustração desse brilhante período arquitetônico grego. Na época da hegemonia helenística (sé-culo III a.C.), a construção, que conser-vou as formas básicas do período clássico.

As colunas de capitéis rica mente decorados sustentavam frisos trabalhados em relevo, exibindo uma elegância e um trabalho dificilmente superáveis. No mundo grego, os es-tilos eram identificados de acordo com as ordens ar-quitetônicas que regulamenta-vam toda a obra dos artistas. A ordem dórica é expressa por uma coluna simples, com can-eluras profundas, sem base e encimada por um capitel. A jônica é mais fina e graciosa, tem coluna canelada e capitel com volutas. A ordem corín-tia, por sua vez, tem coluna bem canelada e capitel pro-fusamente decorado com fol-hagens, o que o faz bastante diferente dos outros.s.

Altar do Templo de Zeus

Templo de Zeus

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Os gregos cr iaram vár ios mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o ob jet i vo de preservar a memória h istór ica de seu povo. Há três mi l anos, não hav ia exp l icações c ient íficas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontec imentos h istór icos.

Para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram trans-mitidas, principalmente, através da literatura oral. Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psi-cológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.

Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou per-sonagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas.

MITOLOGIAHEMISPHERE

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principais seres mitológicos da grécia antiga

Heróis: seres mortais, fil-hos de deuses com seres hu-manos. Exemplos: Herácles ou Hércules e Aquiles.

Ninfas: seres femininos que habi-tavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.

Sátiros: figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.

Centauros: corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.

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Sereias: mulheres com meta-de do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus can-tos atraentes.

Górgonas: mulheres, es-pécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa.

Quimera: mistura de leão e cabra que soltava fogo pelas ventas.

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minotauro O Minotauro (touro de Mi-nos) é uma figura mitológi-ca criada na Grécia Antiga. Com cabeça e cauda de touro num corpo de homem, este personagem povoou o imag-inário dos gregos, levando medo e terror. De acordo com o mito, a criatura habitava um labirinto na Ilha de Creta que era governada pelo rei Minos.Conta o mito que ele nasceu em função de um desrespeito de seu pai ao deus dos mares, Poseidon. O rei Minos, an-tes de tornar-se rei de Cre-ta, havia feito um pedido ao deus para que ele se tornasse o rei. Poseidon aceita o pedi-do, porém pede em troca que Minos sacrificasse, em sua homenagem, um lindo touro branco que sairia do mar. Ao re-ceber o animal, o rei ficou tão impressiona-do com sua beleza que resolveu sacrificar um outro touro em seu lugar, esperando que o deus não percebesse. Muito bravo com a atitude do rei, Poseidon resolve castigar o mortal. Faz com que a es-posa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro. Isso não só aconteceu como também ela acabou ficando grávida do animal. Nas-ceu desta união o Minotauro. Desesperado e com muito medo, Minos solicitou a Dédalos que este construísse um labirinto gigante para prender a criatura. O labirinto foi construído no subsolo do palácio de Minos, na cidade de Cnossos, em Creta. Após vencer e dominar, numa guerra, os at-enienses , que haviam matado Androceu (filho de Minos), o rei de Creta ordenou que fossem enviados todo ano sete rapazes e sete moças

deAtenas para serem devorados pelo Minotauro. Depois do terceiro ano de sacrifícios, o herói grego Teseu resolve apresentar-se voluntaria-mente para ir à Creta matar o Minotauro. Ao chegar na ilha, Ariadne (filha do rei Minos) apaixona-se pelo herói grego e resolve ajudá-lo, entregando-lhe um novelo de lã para que Teseu pudesse marcar o caminho na entrada e não se perder no grandioso e perigoso la-birinto. Tomando todo cuidado, Teseu escon-deu-se entre as paredes do labirinto e atacou o monstro de surpresa. Usou uma espada mági-ca, que havia ganhado de presente de Ariadne, colocando fim aquela terrível criatura. O herói ajudou a salvar outros atenienses que ainda estavam vivos dentro do labirinto. Saíram do local seguindo o ca minho deixado pelo novelo de lã. O mito do Minotauro foi um dos mais con-tados na época da Grécia Antiga. Passou de geração em geração, principalmente de forma

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oral. Pais contavam para os filhos, filhos para os netos e assim por diante. Era uma maneira dos gregos ensinarem o que poderia aconteceu àqueles que desrespeitassem ou tentassem en-ganar os deuses.

Palácio de Knossos, localizado na ilha de Creta. Abriga uma pintura representando o mito do labirinto do minotauro.

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medusa A Medusa é uma figura do mundo mitológico da Gré-cia Antiga. Representada por uma mulher com enormes serpentes na cabeça, possuía também presas de bronze e asas de ouro. As lendas e mi-tos gregos contavam que ela tinha o poder de transformar em estátuas de pedra as pes-soas que olhassem direta-mente em seus olhos.Era uma das três irmãs gór-gonas, porém, ao contrário das outras duas (Euriále e Es-teno), Medusa era mortal. Era filha de Ceto e Fórcis (divindades marinhas). Assim como suas out-ras duas irmãs, foi transformada em monstro pela deusa Atena. Na Grécia Antiga, quase to-das as pessoas tinham muito medo da Medusa. De acor-do com a mitologia, ela habitava o extremo ocidente da Grécia, em companhia de suas irmãs. Na mitologia grega, Medusa foi morta pelo herói Perseu. Usando seu escudo de bronze bem polido, olhou para ela at-ravés do reflexo para não ser transformado em pedra. Após decaptá-la, entregou a cabeça à deusa Atena, que a fixou ao seu escudo.

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ZEUS Zeus é o principal deus da mitologia grega. Era con-siderado, na Grécia Antiga, como o deus dos deuses. O nome Zeus em grego antigo significava “rei divino”. Zeus era filho mais jovem do casal de titãs Cronos e Rea. Casou-se com a deusa e irmã Hera (deusa do casamen-to). Porém, de acordo com a mitologia grega, teve várias amantes (deusas e mortais) e vários filhos destes relaciona-mentos. Os filhos mais con-hecidos de Zeus são: Apolo (deus da medicina e da luz), Atenas (deusa da sabedoria e da estratégia), Hermes (deus do comércio e dos viajantes), Perséfone (deusa do mundo subterrâneo), Dionísio (deus do vinho) , Herácles (herói grego) , Helena (princesa grega) , Mi-nos (rei de Creta) e Hefesto (deus do fogo). De acordo com a crença dos gregos antigos, Zeus fica-va no Monte Olimpo gover-nando tudo o que acontecia na Terra. Era considerado tam-bém o deus do céu e do trovão. Era representado nas pin-turas e esculturas num trono ou em pé, ao lado de um raio, carvalho, touro ou águia. Es-tas representações simboli-zavam qualidades e poderes (rapidez, força, energia, co-mando) atribuídos ao deus.

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afrodite Na mitologia grega, Afrodite era a deusa do amor, da beleza corporal e do sexo. Para os gregos, ela tinha uma forte influência no desenvolvimento e prazer sexual das pessoas. Era considerada também a deusa protetora das prostitutas na Grécia Antiga. Foi cultuada nas cidades de Esparta, Atenas e Corinto. De acordo com a mitologia, Afrodite nasceu na ilha de Chipre. Filha de Zeus (deus dos de-uses) e Dione (deusa das ninfas), casou-se com Hefesto (deus do fogo). Porém, em função de

suas vontades e desejos, possuiu vários amantes (homens mortais e outros deuses). Chegou a ter um filho, Enéias (importante herói da Guerra de Tróia) com o amante Anquises. Com Hermes (deus mensageiro) teve o filho Hermafrodito. Com Ares (deus da guerra) teve os filhos Eros (deus da paixão e do amor) e Anteros (deus da ordem). Com Apolo (deus da luz, da cura e das doenças) teve o filho Himeneu (deus do casa-mento).

Com Dionísio (deus do praz-er, das festas e do vinho) teve o filho Príapo (deus da fertil-idade).

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poseidon

hades

Na mitologia grega, Poseidon era o deus dos mares. Representado como um homem forte, com barbas e segurando sempre um tridente. Era filho do titã Cronos e Rea, irmão de Zeus (deus dos deuses) e de Hades (deus das almas dos mortos, do subterrâneo). De acordo com a mitologia grega, Poseidon teve várias amantes e com elas vários filhos como, por exemplo, o gigante Órion e o ci-clope Polifemo. Poseidon aparece em vários mitos da Gré-cia Antiga. Num deles, disputou com a deusa Atena o controle da cidade-estado de Atenas, porém saiu derrotado. Num outro mito ajudou os gregos na Guerra de Tróia. Fez isto para se vingar do rei de Tróia que não havia lhe paga-do pela construção do muro na cidade.

Na mitologia grega, Hades era o deus re-sponsável por governar o mundo subterrâneo e as almas após a morte. Era filho de Cronos e de Réia, irmão de Zeus (deus dos deuses) e de Poseidon (deus dos mares). A passagem mitológica mais conhecida en-volvendo o deus Hades é aquela em que ele rapta Perséfone, filha da deusa Deméter, para viver com ele no mundo subterrâneo, tornan-do-a sua esposa. Este mito é mais conhecido como o Rapto de Cora (como Perséfone era retratada na mitologia romana). Hades era um deus que provocava muito medo na Grécia Antiga. Como estava relacio-nado com a morte, os gregos evitavam falar seu nome. De acordo com a mitologia grega, Hades era muito quieto, intimidativo e impie-doso. Não gostava de oferendas e sacrifícios. Tam-bém não costuma interferir nos assuntos terrenos.

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hera Na mitologia grega, Hera representava a di-vindade do casamento, protetora das mulheres e dos nascimentos. Esposa e irmã de Zeus (deus dos deuses), ela possuía uma personali-dade forte, marcada pela agressividade, orgul-ho e pelo ciúme. Este comportamento fazia com que ela ficasse perseguindo as amantes de Zeus. Num dos mitos, Hera tenta matar o herói grego Heracles (Hércules), quando este ainda era apenas um bebê. De acordo com os mitos, Hera mostrava ape-nas os olhos para os mortais e apresentava-se sempre com uma coroa de ouro na cabeça. Ela marcava os locais que protegia com penas de pavão (seu pássaro favorito). Hera possuía sete templos na Grécia, que, de acordo com a mitologia, foram destruídos pelo herói Heracles que a aprisionou num jar-ro de barro. Conforme a mitologia, Hera tinha como prin-cipal rival a deusa Afrodite (do amor). Mui-to vaidosa, Hera tinha raiva de Afrodite, pois queria ser mais bonita do que a deusa do amor.

Zeus e Hera.

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APOLO

ARtemis Na mitologia grega, Apolo era o deus das artes, da músi-ca, da profecia, da verdade, da poesia, da harmonia, da perfeição e da cura. Consid-erado um dos mais impor-tantes, versáteis e venerados deuses da Grécia Antiga, pois era um dos deuses olímpicos. Era também muito importante na mitologia romana. Era filho de Zeus (deus dos deuses) e Leto (deusa do anoitecer) e irmão de Ártemis (deusa da caça). Era pai de Asclépio (deus da Medicina e da cura) e Aristeu (deus da agricultura e vegetação). Possuia vários atributos e funções, tais como:- Tornar as pessoas conscientes dos pecados cometidos;- Agia na purificação dos

pecados cometidos pelas pessoas;- Responsável pelas leis religiosas;- Tinha comando sobre as musas (entidades mitológicas que inspiravam as atividades artísticas);- Responsável e patrono do Oráculo de Delfos;- Iniciar os jovens no mundo dos adultos. Um dos fatos interessantes deste deus é que ele podia agir de forma positiva ou negati-va. Ele tinha poder para criar pragas e doenças, mas também podia trazer a cura e a proteção contra as forças maléficas.

Na mitologia grega, Árte-mis era a deusa da caça, da luz suave e da vida selvagem. Era filha de Zeus com Leto (deusa da noite clara). Era considerada, na mitolo-gia grega, como a mais pura de todas as deusas. Era repre-sentada nas pinturas e escul-turas sempre vestida com uma túnica branca, trazendo ao seu lado um cão ou um animal (geralmente um veado) rep-resentando a caça. Aparece também com arco e flechas de prata (presentes de seu pai Zeus). De acordo com a mitologia grega, Zeus deu de presente à filha Ártemis uma corte re-pleta de ninfas, tornando-a a rainha dos bosques. É comum

também a imagem de Árte-mis rodeada de ninfas em um lindo bosque.

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aresatena

Ares, na mitologia grega, era o deus da guerra. Filho de Zeus (deus dos deuses), Ares e Hera (deusa do casamento, irmã e esposa de Zeus). De acordo com a Ilíada (po-ema de Homero), Ares tinha uma quadriga (carroça puxa-da por 4 cavalos). Os garan-hões, de acordo com o poema, eram imortais e soltavam fogo pelas narinas. Os gregos costumavam faz-er sacrifícios de animais, na noite anterior aos combates, para conseguir a ajuda do deus Ares. Conforme os mitos gregos, o deus Ares teve vários filhos e filhas. Entre eles, podemos citar: Cicno (ladrão de estra-das que foi assassinado pelo herói Heracles); Anteros, Deimos e Phobos (filhos de Ares com Afrodite) e Hipólita

(filha de Ares com a rainha am-azona Otréra).

Atena era a deusa grega da sabedoria e das artes. Os ro-manos a chamavam de Min-erva. Foi concebida da união de Zeus e da deusa Métis. Era uma deusa virgem, linda guerreira protetora de seus heróis escolhidos e também de sua cidade Atenas. Era a filha predileta de Zeus, porém quando Métis fi-cou grávida, Zeus a engoliu a esposa com medo de sua filha nascer mais poderosa que ele e lhe tirar o trono, mas para que isso acontecesse conven-ceu Métis a participar de uma brincadeira divina, onde cada um se transformava em um animal diferente e Métis pou-co prudente acabou se trans-formando em uma mosca, e Zeus a engoliu e Métis foi

para a cabeça dele. Mas com o passar dos anos, Zeus sen-tiu uma forte dor de cabeça e pediu para Hefesto lhe desse uma machadada, foi então que Atena já adulta saltou de dentro do cérebro de seu pai, já com armadura, elmo e escudo. Ela leva uma lança em sua mão, mas que não significa guerra e sim uma estratégia de vencer, também foi a inven-tora do freio, sendo a primeira que amansou os cavalos para que os homens conseguissem domá-los. A cidade Atenas era sua preferida já que levou seu nome e onde também se fa-zia cultos em sua homenagem.

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cronos hermes Na mitologia grega, Cronos era o deus da agricultura e também simbolizava o tem-po. Filho de Urano (céu) e Gaia (terra) era o mais jovem da primeira geração de titãs. De acordo com a mitologia, Cronos tirou seu pai do pod-er, casou-se com a irmã Réia e governou durante a Idade Dourada da mitologia. Seu poder perdurou até ser der-rubado pelos filhos Zeus, Po-seidon e Hades. De acordo com a mitologia, Cronos temia uma profecia segundo a qual seria tirado do poder por um de seus fil-hos. De temperamento vio-lento e negativo, Cronos pas-sou a matar e devorar todos os filhos gerados com Réia. Porém, a mãe conseguiu sal-var um deles, Zeus, escon-dendo-o numa caverna da ilha de Creta. Para enganar Cronos, Réia deu a ele uma pedra embrulhada num pano

que ele comeu sem perceber. Ao crescer, Zeus libertou os titãs e com a ajuda deles fez Cronos vomitar os irmãos (Hades, Hera, Héstia, Posei-don e Deméter). Zeus, com a ajuda dos irmãos e dos titãs, expulsou Cronos do Olimpo e governou como o rei dos deuses gregos. Como tinha derrotado o pai Cronos, que simbolizava o tempo, Zeus tornou-se imortal, poder es-tendido também aos irmãos.

Na mitologia grega, Her-mes era o deus mensage-iro, dos pesos e medidas, dos pastores, dos oradores, dos poetas, do atletismo, do comércio, das estradas e via-gens e das invenções. Era con-siderado, na Grécia Antiga, o patrono dos diplomatas, dos comerciantes, da ginástica e dos astrônomos. Hermes era filho de Zeus (deus dos deuses) e de Maia (uma das plêiades). A crença em Hermes espalhou-se por várias regiões da Grécia Antiga. Após a Grécia ser conquis-tada pelo Império Romano, a figura e o mito de Hermes sofreu um sincretismo com o deus romano Mercúrio (deus do lucro, do comér-cio e também o mensageiro dos deuses).De acordo com relatos literários, o mito de Hermes surgiu no período arcaico

da história da Grécia (en-tre 700 a.C e 500 a.C) na região da Península do Peloponeso. De acordo com os mitos mais an-tigos, Hermes, em seu primeiro dia de vida, re-alizou vários feitos: criou a lira (instrumento musi-cal), criou o fogo, os sac-rifícios em homenagem

aos deuses, etc. Ele foi muito popular na Antiguidade Clássica. Vári-os templos foram construídos em sua homenagem em várias regiões da Grécia. Como era patrono da ginástica e da luta, havia estátuas de Hermes es-palhadas por vários ginásios da Grécia Antiga. Teve muitos amores e filhos. De acordo com a mitologia, foram filhos de Hermes: Herma-frodito (com Afrodite), Pã (com a ninfa Dríope), Evandro (com

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hefesto

Na Mitología Grega , Hefes-to era o deus do trabalho, do fogo, dos artesãos, dos es-cultores e da metalurgia. Era muito importante na religião grega, principalmente nas ci-dades onde a prática da man-ufatura era intensa como, por exemplo, a cidade de Atenas. Era filho de Hera (deusa do nascimento e do casamento) com Zeus (de acordo com Homero, na Ilíada, Zeus era o pai de Hefesto). Com relação a aparencia, Hefesto era feio, coxo e man-co. Ele andava carregando va-sos pintados e um bastão. Em algumas imagens, ele aparece com os pés na posição con-trária. Aparece também quase

sempre trabalhando em uma bigorna, suado e com a barba por fazer. Dizem os mitos gregos, que sua aparência era tão horrível que sua mãe o atirou do Mon-te Olímpo quando viu seu rosto. Foi neste momento que ficou com o problema físico na perna. De acordo com os mitos gregos, Hefesto era casado com Afrodite, porém não teve filhos. Hefesto tinha uma grande capacidade de criação. De acordo com a mitologia, foi ele quem fez o escudo de Zeus, usado na batalha contra os titãs. Ele também constru-iu pra si um lindo e grandioso palácio de bronze. Entre suas criações está Pandora, a pri-meira mulher mortal.

Karmentis) e Dáfnis (com uma ninfa não identificada).

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PERSONALIDADESHEMISPHERE

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Anastácius Sakis Rouvas nasceu em 05 de Janeiro de 1972, em Corfu, Grécia, é cantor, ator, atleta e modelo grego. É cantor , Ator e Modelo profissional já fez vários trabalhos pelo mundo passando Estados Unidos e Todo continente Americano e Europeu. Foi eleito o homem mais bonito do mundo em 2009Em 2004 representou a Grécia na 49ª edição do Festival Eurovisão da Canção, em Istam-bul, Turquia, alcançando o terceiro lugar no pódio com o hit Shake it.Ele é ganhador de vários álbuns de platina e tem colaborado com inúmeros nomes da indústria fonográfica não só na Grécia, mas

também com compositores famosos interna-cionalmente como Desmond Child.Em 2006, foi apresentador do Festival Euro-visão da Canção em Atenas, juntamente com a atriz greco-americana Maria Menounos.Em 2009, participou do concurso Eurovision com a música "This is our night", e acabou ficando em sétimo lugar no pódio.Em setembro de 2010 Sakis Rouvas apre-sentou juntamente com outros artistas como Henrique Iglesias e Pamela Anderson o con-curso europeu Eurovoice.

Ensaio fotográfico, Sákis Rouvás.

Sák is Rouvás é o cara comple-to , é grego, cantor pop , ator, modelo e at leta . Na i n terne t, e l e ganhou o t í t u l o de "O homem ma is bon i to do mun-do" . E l e é cons iderado como o R i cky Mart i n da Gréc ia !

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Yanni nasceu em Kalamata, na costa do Mediterrâneo, em 1954. Filho de Sotiri e Felit-sa Chryssomallis. Segundo de três filhos, Yanni tem um irmão e uma irmã mais nova. Com-partilhando um amor profundo pela música, a família passou a maior parte de seu tempo tocan-do e cantando juntos.Os pais de Yanni deram uma típica vida grega para o menino. Ele cresceu pescando, nadando, e indo à escola como qualquer outro garoto de sua cidade, com uma exceção: Yanni nasceu para compor música. Começou a to-car piano aos seis anos de idade, mas se recusou a ir à aulas de piano formal. Quando criança, Yanni ouvia uma música em sua cabeça e ele simplesmente queria ouví-la sair do piano também, assim ele precisou aprender a tocar para que isso acontecesse. Ele sentiu uma cer-ta liberdade com as teclas que poderia ter sido esmagada sob o peso da aprendizagem estruturada.

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“Lembro quando eu era jovem e meu pa i me levava para longas caminhadas pe las montanhas da Gréc ia . E durante estes passe ios e le tentava me ens inar sobre a v ida . E le sempre estava tentando nos ens inar s impl ic idade e apre-c iação pe la natureza. Gostava de d izer que as melhores co isas na v ida estão à d ispos ição de todos, porque estão dentro de nós, como Verdade, Imaginação, Cr iat i v i-dade, Amor, Gent i leza , Compaix-ão. Então, vocês compreendem, grandeza não tem nada a ver com sucesso, ou d inhe iro , ou bens.”

Aos 18 anos, mudou-se para os Esta-dos Unidos, onde cursou psicologia na Universidade de Minnesota por três anos e meio. No entanto, ao terminar a faculdade, decidiu abandonar a carreira de psicólogo antes mesmo de iniciá-la, resolvendo dedicar-se apenas à música. Aos 21 anos, Yanni aprendeu a tocar teclado sozinho e passou a fazer parte de uma banda de rock local intitulada Chameleon.Alguns anos depois, decidiu mudar-se para Los Angeles com o baterista Char-lie Adams, que conhecera na época do Chameleon, e começou a gravar suas próprias composições pelo selo Private Music. Em 1986 lançou seu primeiro álbum, Keys To Imagination. O ál-bum trouxe a Yanni um impressionante séquito de fãs.A partir daí, não demorou muito para o tecladista estabelecer-se como um con-ceituado músico de estúdio, composi-tor de jingles e produtor. Pouco tempo depois, Yanni tornou-se um dos artistas mais vendidos do selo Private Music.Considerado um dos nomes de maior destaque no segmento instrumental, a fama de Yanni aumentou a partir de seu relacionamento com a atriz amer-icana Linda Evans, no início da déca-da de 1990. Por ser muito popular nos Estados Unidos na época, Evans foi a maior responsável pelo grande interes-se da mídia pelo tecladista. Eles tiveram um relacionamento de amor que durou nove anos.Por ser autodidata, Yanni não sabe ler ou escrever músicas do modo tradicion-al. Ao invés disso, inventou uma manei-ra própria de compor ainda na infância e continua criando suas músicas usando a mesma técnica até hoje, depois de quase vinte anos de carreira e mais de vinte e dois discos. Sua sonoridade é ao mesmo tempo acessível e elaborada, sempre

unindo o pop e a música clássica. As composições de Yanni também ficaram famosas nos Estados Unidos após terem sido usadas em programas de televisão e na abertura dos Jogos Olímpicos.

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ENTREVISTAHEMISPHERE

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Paulo Coelho re-alizou uma festa de comemoração do re-corde de suas vendas do seu livro “O Alqui-mista”, e para festejar essa grande conquista, a festa foi em um apar-tamento em Atenas, no esplendor da Grécia.

“Será uma boa maneira de chamar a atenção para out-ro lado da Grécia. As pessoas falam apenas de crise, de deses-pero, mas esquecem que ali estão pessoas com esperança, trabalhando e tentando sair da crise com muita dignidade.” Conta Paulo Coelho.

Atenas a cidade da coroa de violetas e do manto verde água, o por do sol sobre a ci-dade e a orla do mar que a rodeia. Abrindo a varanda, a Acrópole e o majestoso Partenón estão à nossa frente... Impressionante, Fídi-as! Posso passar por Atenas mil vezes, mas sempre tenho que sub-ir a Acrópole. Nem me preocupo muito com o Monte Likabetus aqui ao lado, que bem vale uma subida, primeiro vem esta colina sagrada. E então Patmos, você não vai acredi-tar, mas nesta mesmís-sima ilha de Patmos São João Evangelis-ta sentou-se e escre-veu nada menos que o Apocalipse... Sim, Patmos era conhecida como a Jerusalém do Ocidente... O Mosteiro e a gruta onde o Livro foi escrito ainda estão

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numa paz serena sob o céu inimaginavelmente azul e poderoso. O porto abaixo da encosta coalhado de barcos, barquinhos e barcões... Uma paisagem que não se esquece. Mikonos, aqui então são as célebres Ilhas Cíclades! “Cí-clades” vem de “círculo”, uma série de ilhas à volta da ilha sagrada de Delos. Cara, chique, popular, sofisticada, pelicanos caminhando pe-las ruelas empedradas. Sua

Alefkándra, área conhecida por “pequena Veneza” é ab-surdamente encantadora... À beira mar suas casas com-põe um quadro ao por do sol, junto com os moinhos de vento, caramanchões de flores, joalherias faiscantes, butiques sofisticadas, cafés e restaurantes, polvos secando ao sol... Mikonos vale uma semana de dolce far niente, com certeza!Fale a verdade, é aqui que é

o Continente perdido da At-lântida? Como é que esta ilha vulcânica colonizada pelos minóicos em 3000 a.C. en-trou em erupção em 1450 a.C. e ganhou a forma de uma lua crescente? Pois é, mistéri-os da meia noite. Mas ela também pertence às Cíclades, o tal círculo sagrado. Olha, sagrada mesmo é a paisagem. Vai ser linda assim... Mar azul profundo, céu azul turquesa, casinhas brancas, flores col-oridas... Pronto, acabaram os adjetivos. Porque o nome “Santorini”? Porque os vene-zianos amavam Santa Irene e pronto, ficou Santorini, San-ta Irene. Uma semana aqui equivale a uma eternidade no paraíso, assino em baixo. Saudações vulcânicas.

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JANELA FOTOGRÁFICAHEMISPHERE

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Nesta edição trazemos e mostramos fotografias exclusivas do Flickr clicadas por pessoas que já visitaram a Grécia. Se você quiser enviar suas imagens, crie uma conta no flickr e envie os links para o nosso site, para que sejam públicadas futuramente! E boa viagem!

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