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Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 67-68

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A peça Macbeth, de William Shakespeare, é uma tragédia, escrita nos inícios do século XVII.

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O sketch «William Shakespeare’s MacDonald» aproveita alguns dos seus motivos (as personagens de alta estirpe, Macbeth e Lady Macbeth, tornadas MacDonald e Lady MacDonald; as bruxas; as profecias), mas altera elementos importantes da intriga. Essas reformulações fazem perigar o tom elevado que é de regra nas tragédias. O tópico dos «hambúrgueres», a convocação do campo lexical da alimentação (quer da

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comida rápida quer dos pratos tradicio-nais), uma interrupção das bruxas para perguntarem «como é que vai o nosso Benfica?», o registo popular-familiar aqui e ali («bom dinheirinho», «chicha», «o um-dois-três», «saudinha») contradizem a gravidade habitual na tragédia. A tragédia deve ser susceptível de suscitar, simultaneamente, compaixão e temor, o que é contrariado pelos temas desta falsa obra de Shakespeare, MacDonald.

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Para o seu Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett preferiu a etiqueta «drama», porque pretendia, aproveitando embora um clima idêntico ao de uma tragédia, poder incumprir algumas das regras típicas daquele género teatral (sobretudo em aspetos formais — a unidade do espaço e do tempo, a escrita em verso). Dirá o autor que o Frei Luís de Sousa, quanto à índole, seria uma tragédia; quanto à forma, um drama.

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No sketch é quase ao contrário: os aspetos de formais (de toilete, digamos) da tragédia parecem mais preservados; é o conteúdo que é sobretudo pervertido). O desfecho — que, numa tragédia, é sempre carregado de fatalidade, imposto pelo Destino, pelo Fatum — é que também não se concretiza, como conclui a putativa rainha do MacDonald: «Que raio de mariquinhas me saíste!».

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Unidade de tempo? Oito dias (vs. 24 horas)

I ato — 6.ª feira, 28 de julho de 1599

II ato — 6.ª feira, 4 de agosto de 1599 (=21.º aniversário de Alcácer Quibir)

III ato — 6.ª feira/Sábado, 4/5 de agosto de 1599

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Unidade de lugar? Numa mesma cidade (vs. um único cenário)

Ato I — Palácio de Manuel de Sousa

Ato II — Palácio de D. João de Portugal

Ato III — Parte baixa do palácio de D. João de Portugal (em dois quadros)

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Em verso? Não, em prosa.

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Estilo elevado

Elevada estirpe das personagens

Desfecho fatal

Representação (vs. história, biografia)

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câmara — sala, quarto noviço — que está ainda no processo de integração numa ordem religiosacharão — objeto envernizado, lacadobufete — secretária; aparador de sala de jantartamborete — espécie de bancocontador — armário com pequenas gavetasledo — alegre

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linhas 3-4

Vê-se toda Lisboa porque a casa-palácio fica em Almada 

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linha 4

O retrato será de Manuel de Sousa

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ll. 15-16

O facto de Madalena recitar o passo dos Lusíadas que precede a chegada dos algozes de Inês de Castro («Estavas, linda Inês») pretenderá acentuar os hábitos literários da personagem / prenunciar que algo funesto sucederá / possibilitar analogias entre os amores de Inês e de Madalena

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ll. 19-21

Madalena considera-se mais infeliz do que Inês

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[Inês]

Naquele engano d’alma ledo e cego,Que a fortuna não deixa durar muito…

— Com paz e alegria d’alma… um engano, um engano de poucos instantes que seja… deve de ser a felicidade suprema neste mundo. E que importa que o não deixe durar muito a fortuna? Viveu-se, pode-se morrer. Mas eu!...

[Madalena]

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l. 21

O pronome pessoal «ele» tem função de sujeito

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Oh! Que o não saiba ele ao menos complemento direto sujeito

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l. 21

Este pronome «ele» refere-se a Manuel de Sousa Coutinho

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Oh! Que o não saiba ele ao menos, que não suspeite o estado em que eu vivo… este medo, estes contínuos terrores, que ainda me não deixaram gozar um só momento de toda a imensa felicidade que me dava o seu amor.

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ll. 15-27

No monólogo de Madalena, as reticências, a interrogação e as exclama-ções concorrem para exprimir a angústia / a intranquilidade

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