Upload
ana-sofia-victor
View
21
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
Módulo 8 - A Cultura da Gare
Caso prático I. O Palácio da Pena
História da Cultura
e das Artes
11º ano Prof. Ana Sofia Victor
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
1. Classificação O Palácio da Pena
Palácio da Pena
Vila de Sintra, Lisboa
Arquitetura:
D. Fernando II de
Portugal
Barão Ludwig Von
Eschwege
Patrono da obra:
D. Fernando II de
Portugal
Execução: entre 1838 e
1868
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
Retrato de
D. Fernando II,
Adolphe
Pincon, c.
1870.
Retrato da
Rainha D.
Maria II,
John Simpson,
c. 1837.
2.1 A obra no seu tempo (cont.)
2. Contexto histórico-cultural Contexto histórico-cultural da construção do
Palácio da Pena O príncipe D. Fernando era um homem culto,
amante da natureza e colecionador de arte.
Originário da corte austríaca, D. Fernando era
um romântico por natureza, vindo a receber
uma forte influência do Romantismo alemão.
Em 1836, casou com D. Maria II, tornando-se
rei consorte, D. Fernando II de Portugal.
Em 1838, deixou-se encantar pelo sítio da
serra de Sintra e pelas ruínas do antigo
Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da
Pena, adquirindo o espaço e áreas
envolventes para ali erguer um palácio para
residência de verão.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
História do Palácio da Pena e suas influências
Provavelmente, foi a visão insólita das ruínas
do antigo convento por entre as escarpas da
serra, que arrebataram o espírito romântico do
príncipe que, logo após, decidiu erguer um
palácio no local .
Para a conceção do projeto D. Fernando
recorreu ao Barão Ludwing Von Eschwege,
homem viajado e conhecedor dos castelos
fantasiosos erguidos nas margens do
Reno, na Baviera, Alemanha.
Estes empreendimentos de inspiração
gótica respondiam ao espírito romântico
pelo seu ecletismo, exotismo,
extravagância e afirmação do
individualismo dos seus mentores.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
História do Palácio da Pena e suas influências
Ludwig era um geólogo e
mineralogista alemão, amante
de arte e de arquitetura,
também ele um romântico.
D. Fernando foi o
responsável pelo traçado do
edifício, pelas referências
históricas e pelo programa
decorativo.
O palácio foi construído nas
escarpas da serra de Sintra,
a cerca de 500 m de altitude.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
História do Palácio da Pena e suas influências
Neste lugar, situava-se o
Convento dos Frades
Hieronimitas (eremitas de S.
Jerónimo) erguido no reinado de
D. João II (1481-1495), depois
reconstruído por D. Manuel I (r.
1495-1521), vindo a ser doado à
Ordem dos Monges de S.
Jerónimo.
Mais tarde, o convento foi
destruído pelo terramoto de
1755, ficando em ruínas até ser
«descoberto» pelo príncipe D.
Fernando.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
História do Palácio da Pena e suas influências
A principal influência e
inspiração para a conceção do
Palácio da Pena foi o
medievalismo nacional e, em
particular, o Manuelino.
O «estilo manuelino»
correspondia a um período
de exaltação nacional
expresso na epopeia
quinhentista d’Os
Descobrimentos e o que melhor
representava a História e a
cultura nacionais (valores
românticos).
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
Toda a obra acabou por espelhar uma invulgar combinação de
estilos arquitetónicos, com evocações góticas, manuelinas,
renascentistas e mouriscas.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
O Palácio está dividido em
quatro grandes áreas:
A envolvente de muralhas
com ameias medievais com
duas portas;
As reminiscências do antigo
convento com as ameias e a
Torre do Relógio;
O Pátio dos Arcos
O Palácio
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
Entrada no recinto do Palácio
com referências Mouriscas e
Góticas.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
Entrada no recinto do Palácio
com influências manuelinas.
Esta entrada foi inspirada na
Casa dos Bicos de Lisboa, séc.
XVI
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
Torre do Relógio de inspiração
mudéjar ou mourisca. Era onde ficava o
antigo convento.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
Pátio dos Arcos
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
Pátio dos Arcos
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
Pátio dos Arcos
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
Pórtico do Tritão ladeado por
duas torres com profusa
decoração a imitar corais.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
Pórtico do Tritão
Um dos elementos mais
significativos de todo o conjunto
idealizado por D. Fernando.
A figura monstruosa e hibrida que o
decora é meio peixe, meio homem e
devia representar a “criação do
mundo”.
Está sustentada sobre uma concha
que segura a janela.
Sofreu influências da janela
manuelina do convento de Cristo em
Tomar.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
Claustro manuelino que se destaca pelo conjunto de mosaicos
polícromos de inspiração mudéjar.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
A fachada principal do Palácio é
revestida por notáveis painéis de
azulejos mouriscos, de tradição
hispano-árabe.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
No terraço destaca-se a forte presença de
uma guarita neoárabe, rematando o corpo
cilíndrico no cunhal da fachada.
A fachada do pátio principal é pontuada por
um equilibrado arranjo de janelas
renascentistas e a porta com arco mourisco.
O Palácio da Pena
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
O Palácio da Pena
▪ O Palácio da Pena foi classificado Monumento Nacional em 1910 e
integrado na Paisagem Cultural de Sintra classificada pela UNESCO
como Património Mundial da Humanidade, em 1995.
História da Cultura e das Artes / 11.º ano
5. Leitura de significados O Palácio da Pena