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Olhares sobre o 18º Congresso Trienal da IPA International Play Association

Congresso Cardiff - IPA 2011

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Olhares sobre o 18º Congresso Trienal da IPA

International Play Association

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IPA International Play Association

IPA – International Play Association - organização sem fins lucrativos, fundada há 50 anos na Dinamarca e com representação em mais de 50 países. Tem Status Consultivo do UNICEF, é membro do ECOSOC e, por suas ações no mundo, recebeu o título de Mensageira da Paz da ONU onde possui assento.

Missão: “Proteger, preservar e promover o direito de crianças e jovens de ter acesso às atividades lúdicas e culturais, através de ações concretas de mobilização da comunidade, em consonância com o Artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança da ONU.”

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IPA BRASIL - Associação Brasileira pelo Direito de Brincar

• Ponto de Cultura do MINC e da Secretaria de Estado da Cultura-SP. Filiada à IPA internacional; Membro da Rede Nacional Primeira Infância-RNPI;

• Consultoria, Programas e Projetos, com foco no brincar;

• Capacitação de Agentes do Brincar e Ludoeducadores;

• Eventos comunitários e Foruns de debates para a troca de experiências sobre as atividades lúdicas e culturais, contribuindo para a formulação de políticas públicas sobre e para o Brincar;

• Parceria no Solar dos Querubins para: planejamento, implantação, manutenção e supervisão das ações.

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18ª Conferência IPA-Cardiff

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ABERTURA RT Hon Carwyn Jones- Primeiro Ministro do

País de Gales “ Brincar e aprendizado ativo

são os ingredientes fundamentais para o nosso curriculo de 3 a 7 anos de idade. Brincar bem planejado ajuda e encoraja as crianças a pensar, encontrar o sentido no mundo à sua volta, a desenvolver suas habilidades de comunicação, competências físicas e a serem criativas”.

País de Gales- 2002- Política para o Brincar.Plano de implementação da política para o brincar-2006

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SAUDAÇÃO IPADra. Theresa Casey-Presidente

“ Sabemos que há barreiras enormes para as crianças brincarem. Estas barreiras são tristemente ampliadas para as crianças com muitas dificuldades ou em situações de desvantagem, para as quais brincar tem um papel crucial de proteção, sobrevivência e desenvolvimento. A história da IPA revela o poder de uma comunidade de ativistas comprometidos, trabalhando localmente, nacionalmente e internacionalmente para promover mudanças e defender os direitos das crianças.”

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TEMÁTICATEMA PRINCIPAL:

“ Brincando em direção ao Futuro - Sobrevivendo e Florescendo”

SUB-TEMAS:

• Brincar – individual e social

• Brincar – ambiente e espaço

• Brincar – sociedade e cultura

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INPUTS SOBRE O BRINCAR

“Brincar requer cooperação, justiça, negociação, pedir desculpas, perdoar, confiança, ler a intenção, a corporalidade e a crença do outro com empatia e uma teoria em mente” Mark Bekoff. Professor Emérito de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade do Colorado. Fellow da Sociedade de Comportamento Animal e da Fundação Guggenheim.

“ Brincar é importante para o desenvolvimento social, físico (ossos, músculos, tendões e juntas), aeróbico, cognitivo e treino para o inesperado. Brincar é viver”Stina Willumsen-Depto. Para as crianças e juventude e Câmara municipal de Odense/Dinamarca

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INPUTS SOBRE O BRINCAR “ A visão do governo do País de Gales é de que o

brincar e a infância precisam ser protegidos. Além de remover as barreiras que impedem as crianças e jovens de ter o direito de brincar e experimentar, nós também encorajamos os planejadores e os legisladores, para que ouçam os pontos de vista das crianças e jovens, enfatizando a importancia de envolve-los na criação de comunidades amigáveis para eles.”

Keith Towler – Arte educador e assistente social. Foi diretor da NACRO, organização para a redução do crime, diretor da Save the Children e representante da Convenção dos Direitos da Criança-ONU. Atual Comissario das crianças para o País de Gales (defesa de direitos).

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BRINCAR INDIVIDUAL E SOCIAL• Brincar com crianças autistas e com crianças com

deficiencia;• Desenvolvimento de competências para a alfabetização,

pelo brincar;• Trabalhando emoções pelo brincar- resiliência;• A importância da arquitetura e paisagismo na criação dos

espaços externos para brincar;• As atividades físicas do brincar e o programa de controle

da obesidade;• Brincar para desenvolver habilidades sociais;• Uso da tecnologia para estimular a criatividade na escola;• O poder do brincar como um recurso para as crianças em

situação de vulnerabilidade;• Pesquisas e militância, como estratégia para influenciar as

políticas públicas para o brincar (Play England- 350 milhões de libras desde 2006)

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BRINCAR INDIVIDUAL E SOCIAL

Playbus – rede de mais de 120 organizações que utilizam ônibus, vans ou outros veículos adaptados, para levar atividades lúdicas e promover reuniões, apoio e acesso a informações qualificadas, oferecendo oportunidades para brincar e de capacitação para comunidades, incluindo remotas areas rurais. Existe em países como: Alemanha, Austria, Suiça, França, Bélgica, Holanda, Itália, Polonia, Grã-Bretanha, Austrália, China e Ucrânia.

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BRINCAR – AMBIENTE E ESPAÇO

• Pesquisas apontam as características de um bom espaço para brincar: refúgio, forma do espaço externo, recursos financeiros, variedade, inovação, acessibilidade, dinâmica e plasticidade, em conjunto com uma moldura conceitual que vê o ambiente que a criança habita como uma experiência crítica e um elemento pedagógico;

• Com o crescimento e adensamento das cidades é essencial propiciar maiores oportunidades para as crianças brincarem em espaços externos e públicos, os preferidos pelas crianças;

• A falta de recursos pode ser suprida pela presença de elementos naturais e a participação da comunidade (fazendinhas urbanas);

• Destaque para a participação das crianças no planejamento, desenvolvimento e funcionamento dos espaços para brincar( Artigo 12º);

• É necessária a participação de arquitetos e paisagistas para oferecer playgrounds com qualidade e segurança;

• Efeitos positivos de brincar na natureza: liberdade, criatividade, atividade física, habilidade motora, imaginação, capacidade de observação e interações sociais;

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BRINCAR – AMBIENTE E ESPAÇO• Reconhecimento da tendência de pais e educadores com a

excessiva preocupação sobre a segurança nos playgrounds, em detrimento da importância das crianças experimentarem e aprenderem com os próprios riscos;

• A participação dos pais de crianças e adolescentes deve ser de apoio e cooperação, com sensibilidade e comunicação, e não de domínio ou separação;

• A educação para a sustentabilidade está ligada ao brincar em espaços naturais, que envolvam a participação de profissionais de diferentes áreas, sendo inclusive uma estratégia para o desenvolvimento saudável das crianças, particularmente as atividades físicas e a “ mão na massa”.

• Espaços culturais como museus também são espaços de brincar;• Importância da presença do ludoeducador nos espaços de brincar

principalmente para mediar conflitos e oferecer oportunidades;• Brincar na escola também pode e deve ser, não estruturado.

Programa de escolas na floresta (Forest School- Inglaterra, EUA, Austrália).

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BRINCAR– SOCIEDADE E CULTURA

• Ouvir a opinião das crianças sobre os seus direitos é fundamental e requer metodologia própria – Parlamento das Crianças- Escócia;

• Brincar é para todos, multiétnico e inclui crianças e adultos com todo o tipo de necessidades e deficiências;

• Brincar pode e deve estar baseado na comunidade, que deve ser capacitada e apoiada em suas iniciativas lúdicas;

• Os riscos criados pelos exageros da midia estão gerando pânico entre pais e crianças, restringindo a confiança destas em ampliar o seu espaço geográfico e provocando seu confinamento doméstico- Inglaterra;

• “Taboo Play” – aborda temas que perturbam os adultos como: desordem, morte, violência, raiva, questão de gêneros – Instituto de Educação de Londres.

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BRINCAR– SOCIEDADE E CULTURA • Crianças pequenas podem aprender sobre sua herança

cultural de uma forma lúdica e interessante - Passaporte da Cultura-Dinamarca;

• Crianças pequenas identificam-se com os heróis dos desenhos animados que, se forem apropriados para a sua idade, podem ter influencia positiva fornecendo material para experiencias, sensações e compreensão – Russia;

• Jogos de faz de conta incluem amigos, famílias e princesas em uma interação verbal e imaginativa – Inglaterra;

• Há evidências do poder do brincar como recurso para crianças em situação de adversidade ou com necessidades especiais;

• A cultura do brincar vem sofrendo mudanças, em decorrencia dos avanços tecnológicos.

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BRINCAR– SOCIEDADE E CULTURA

• Na formação do ludoeducador, filmes e fotografias são materiais para uma prática reflexiva;

• A inclusão da arte na formação do ludoeducador tem um impacto criativo na prática e nos recursos lúdicos;

• A capacitação e o empoderamento dos ludoeducadores é essencial para estimular as atividades, validando, enriquecendo e desenvolvendo as experiências lúdicas entre as pessoas;

• Brincar tem um valor intrínseco e a difusão de informações a esse respeito tem implicações diretas na defesa do direito da criança brincar (advocacy);

• Os centros de cultura lúdica são para toda a família e podem incluir as artes em geral, principalmente a música.

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INDICADORES PARA O BRINCAR NA COMUNIDADE - ESCÓCIA

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INDICADORES PARA O BRINCAR NA COMUNIDADE - ESCÓCIA

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INDICADORES PARA O BRINCAR NA COMUNIDADE - ESCÓCIA

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INDICADORES PARA O BRINCAR NA COMUNIDADE - ESCÓCIA

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INDICADORES PARA O BRINCAR NA COMUNIDADE - ESCÓCIA

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MODELO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA COMUNIDADE AMIGA DO BRINCAR

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CONSULTA GLOBAL SOBRE O DIREITO DA CRIANÇA BRINCAR – PROJETO IPA com o apoio da FUNDAÇÃO BERNARD VAN LEER

Quando - Entre janeiro e junho de 2010- 8 países em 4 continentes. Paises representados: Japão; África do Sul; Tailândia; Índia; Bulgária; Líbano; Quenia; México. Participaram também a diretoria da IPA e um representante da Fundação Bernard Van Leer.

Objetivos: • Mobilizar uma rede mundial de defensores do Artigo 31

e ampliar o conhecimento sobre a importância do brincar nas vidas das crianças;

• Obter material específico para demonstrar a violação do direito de brincar;

• Formular recomendações práticas para os governos, sobre o tema, no sentido de atender ao que preconiza o Artigo 31.

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CONSULTA GLOBAL SOBRE O DIREITO DA CRIANÇA BRINCAR

Participantes: mais de 350 adultos envolvidos com o direito de brincar e 400 crianças. Foram identificadas 115 violações do direito de brincar, pelo mundo. Caso do Japão ( 200 sucídios/ano- “ abuso educacional”).

Resultados - Apesar da importância do brincar em cada aspecto da vida das crianças, a consulta indicou um perturbador baixo entendimento do brincar por parte de pais, profissionais, gestores públicos e legisladores. Ficou claro que esta é a principal razão das violações do direito de brincar.

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INFRAÇÕES CONTRA O DIREITO DE BRINCAR AO REDOR DO MUNDO

1. Adultos desqualificam a importância do brincar;

2. Os ambientes são pouco seguros;3. Medo dos pais;4. Políticas públicas para o brincar, inadequadas

ou inexistentes;5. Espaços ou equipamentos inadequados para o

brincar;6. Medo de reclamações judiciais, por parte de

gestores, instituições e profissionais;7. Pressão excessiva pelo conhecimento

academico;

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INFRAÇÕES CONTRA O DIREITO DE BRINCAR AO REDOR DO MUNDO

8. Falta de reconhecimento da importância do brincar nas escolas;

9. Tempo de lazer programado e estruturado;10. Tecnologia e a comercialização do brincar

das crianças;11. Institucionalização das crianças;12. Exclusão, discriminação, segregação e

marginalização das crianças;13. Pobreza e dificuldades de sobrevivência;14. Trabalho infantil e exploração.

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CONSULTA GLOBAL SOBRE O DIREITO DA CRIANÇA BRINCAR

Conclusões:

• Para melhor defender o direito de brincar é preciso destacar a importância do envolvimento massivo, no processo de educação para todos os públicos, visando melhorar o entendimento sobre o tema;

• comunicar aos legisladores e gestores públicos de todas as áreas, sobre a importância de se incluir o brincar em todos os programas voltados para as crianças;

• capacitar amplamente os profissionais que atuam com e para as crianças, no sentido de que compreendam a importância e as estratégias para se garantir o direito de brincar.

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TENDÊNCIAS/PROPOSIÇÕES• Ampliar o investimento na formação/capacitação

do Playworker ( Ludoeducador) e em pesquisas sobre a criança e o brincar;

• Brincar como política pública e compromisso dos governos e cidadãos, que devem atuar em rede;

• Brincar como política de direitos e de inclusão de toda criança e jovem e como estratégia para o desenvolvimento sustentável;

• Brincar nos espaços externos e na natureza, com a participação ativa de todos os segmentos – brincar com base na comunidade;

• Incentivo à participação das crianças e jovens no planejamento dos espaços de brincar e seu uso;

• Estímulo ao brincar não estruturado, nas escolas.