ORIGEM DO TEATROOCIDENTAL

Professora Andrea Dressler

10 perguntas respondidas sobre

1. Qual a diferença entre a linguagem das artes cênicas e as demais?

A linguagem das artes cênicas é efêmera. Acontece naquele momento e pronto! Você só terá acesso à ela se alguém filmar

e deixar registrado. É diferente de uma pintura ou uma escultura, basta você ir a um museu e ela estará lá.

2. Aonde começou o teatro?

É difícil definir com exatidão a origem geográfica do teatro, visto que manifestações

culturais acontecem paralelamente e de formas similares em todo o mundo.

Porém, o teatro ocidental, como conhecemos hoje, teria surgido, segundo estudiosos, a

partir do ritual do ditirambo.

3. O que é um ditirambo?

Era um ritual sagrado praticado na Grécia antiga em homenagem ao deus Dionísio, deus do vinho e da fertilidade (também

chamado de dionisíacas).Os primeiros registros dessas manifestações datam aproximadamente do século VII a.C.

4. E como era antes disso?

Antes dos ditirambos os rituais representavam cultos agrários, de morte e ressureição.

Neles, animais eram sacrificados em homenagem aos deuses e a pele usada como uma espécie de

vestimentas em danças nas quais imitavam animais, com dizeres aos deuses.

Daí teriam surgido as primeiras formas de representação dramática.

5. Quem foi o primeiro ator?

Téspis é considerado o primeiro ator de que se tem conhecimento.

Ele viajava de cidade em cidade organizando celebrações do ditirambo.

Conta-se que um dia, em uma dessas celebrações, ao invés de homenagear Dionísio dizendo “Oh Dionísio, tu é o deus do vinho!”, ele disse: “Eu,

Dionísio, sou o deus do vinho!”. Assim ele criou o papel do ator e do personagem.

6. Como foi o desenvolvimento do teatro ocidental?

Com o tempo, as celebrações foram se organizando ainda mais em sua forma, com a criação de diálogos, a separação de

funções, criação de situações para representar histórias em devoção primeiro a Dionísio e depois a outros deuses, até se

chegar a uma estrutura mais formal. Depois surgiram os primeiros textos teatrais e construíram os primeiros teatros

onde as peças eram representadas.Durante a Antiguidade Clássica grega, período que vai do século

VIII ao II a.C., a Grécia experimentou o auge das produções teatrais dessa época, principalmente no século V a.C.

Existiam atores, autores e festivais organizados e patrocinados pelo Estado, nos quais a participação da população era, muitas

vezes, obrigatória.

7.Qual a origem da palavra drama?

Esse termo é usado para referir a uma encenação ou algum texto transformado em

ação, dramatizado.Por esse motivo, o teatro também é chamado

de arte dramática ou linguagem dramática.Portanto, a palavra drama, no teatro, não esta

relacionada somente com tristeza, choro e morte.

8. O que é gênero dramático?

Gênero no teatro é usado para definir uma categoria tem que a peça está inserida.

Os gêneros mais comuns no teatro ocidental são: tragédia, comédia, drama, farsa, auto,

ópera, musical. Os mais importantes na Antiguidade Clássica

era a tragédia e a comédia.

9. Qual o objetivo da tragédia?

A palavra “tragédia” vem do grego tragoedia. Tragos significa “bode”, ou oidé, “ode”, “canto”. Assim, a

tragédia pode ser entendida como “canto do bode”.Na Grécia Antiga o maior objetivo era mostrar como os humanos estavam condicionados à vontade dos deuses

e como qualquer deslize, por menos intencional que fosse, levaria o personagem à desgraça inevitável.

Além disso, essas peças serviam para ensinar a moral e dar ao cidadão um sentido de identidade.

10. Qual a diferença entre comédia e tragédia?

A palavra “comédia” vem da junção dos termos gregos komos, que significa “rurais” ou “campestres” e ode, que

significa “canto” (cantos rurais).As tragédias cultuavam os deuses e suas regras sociais, já

as comédias se desdobravam dos rituais de fertilidade, celebrando a vida e os assuntos mais mundanos,

cotidianos, cultuando o divertimento.Na comédia os personagens eram inventados, as histórias

falavam de zombaria, defeitos, vícios, críticas sociais, sempre de forma divertida e improvisada. E os finais eram

felizes.

arteeducaçãodf.blogspot.com.br

BibliografiaArte – Estudo e ensino. Autores: Tatiane Cristina Gusmão e Hugo Luis

Barbosa Bozzano. 1ª ed. IBEP, São Paulo, 2013.