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POLITRAUMAS Professor : Alexandre

Politrauma

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POLITRAUMASProfessor : Alexandre

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Tipos de Ferimentos

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I)QUANTO AO AGENTE CAUSAL• 1. Incisas ou cortantes - provocadas por

agentes pérfuro-cortantes• Predomínio do comprimento sobre a

profundidade• Bordas regulares, nítidas e retilíneas• Corte com profundidade igual de um

extremo à outro da lesão• Parte mediana mais profunda.

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I)QUANTO AO AGENTE CAUSAL•2.Corto-contusa - o traumatismo

causa a penetração do instrumento Ex.machado.

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I)QUANTO AO AGENTE CAUSAL

3.Perfurante: por agentes longos e pontiagudos Ex. prego, alfinete. Transfixante- atravessa um órgão- gravidade depende do órgão.

4. Pérfuro-contusas - arma de fogoUm ou dois orifícios(entrada/saída), o de entrada e o de saída.

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I)QUANTO AO AGENTE CAUSAL•5.Lácero-contusas – compressão/esmagamento da pele

tração: rasgo /retirada tecidual•bordas são irregulares•mais de um ângulo•Ex: mordida de cão

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I)QUANTO AO AGENTE CAUSAL•6.Perfuro-incisas - por instrumentos

pérfuro-cortantes gume e ponta•Ex: punhal. • Externamente- uma pequena lesão• Profundamente-comprometimento de

órgãos importantes.

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I)QUANTO AO AGENTE CAUSAL• 7.Escoriação-tangencial à superfície cutânea,

com arrancamento/retirada da pele.

• 8. Equimose -rotura de capilares, sem perda da continuidade da pele

• 9.Hematoma-rotura de capilares com extravasamento formando uma cavidade da pele.

• 10. Bossa- Edema característico de regiões onde a tábua óssea é saliente a pele.

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II)QUANTO AO GRAU DE CONTAMINAÇÃO• 1.Limpa – produzidas em ambiente cirúrgico Sem contato com sistema digestório, respiratório ou genito-

urinárioRisco de infecção baixíssima- 1 a 5%.•

2.Limpa-contaminada/Potencialmente contaminada

contaminação grosseiraExs: faca de cozinha, objetos com sujidade situações cirúrgicas com abertura do sistema

digestório,respiratório ou genito-urinário Risco de infecção- 3 a 11%.

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II)QUANTO AO GRAU DE CONTAMINAÇÃO•3.Contaminada - há reação inflamatória Houve contato com terra, fezes,lama Com mais de seis horas após o ato Risco de infecção -10 a 17%.

•4.Infectada - sinais nítidos de infecção.

EDEMA-CALOR-RUBOR-DOR-SECREÇÃO

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III)QUANTO A INTEGRIDADE DA PELE•1.ABERTAABRASÃO: escoriação superficialEX: asfalto.

INCISÃO: provocada por objeto cortante EX: faca ou vidro

LACERAÇÃO: irregular, dilacera a pele e outros tecidos moles

Ocorre por ação de força externa exercida sobre o corpoDestruição tecidual acentuada, favorece a necrose e a

contaminação.

PUNTIFORME: penetração de objeto pontiagudo EX: prego ou projétil de fogo Sangramento externo pequeno e dano interno grave. Grande risco de tétano

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ConcussãoConcussão é uma breve perda de consciência depois do traumatismo sendo atribuída por uma desconexão funcional entre o tronco cerebral e os hemisférios e geralmente recobre a consciência antes de 6 horas

Contusão  As contusões cerebrais são lesões derivadas de algum traumatismo craniano que são causadas por um impacto direto e violento na cabeça.

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TIPOS DE TCE Traumatismos cranianos

fechadosFratura com afundamento

de crânio

Fratura exposta do crânio

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Sinais e sintomas do trauma crânio-encefálico (TCE) Cefaléia e/ou dor no local da lesão.Náuseas e vômitos.Alterações da visão Alteração do nível de consciência podendo chegar a inconsciência.Ferimento ou hematoma no couro cabeludo.Deformidade do crânio (depressão ou abaulamento).Anisocoria.Epistaxe e ou OtorragiaLíquido claro (líquor) que flui pelas orelhas ou nariz.Alteração dos sinais vitais.

Postura de decorticação ou descerebração.

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Distúrbios Causados por Traumatismos Crânio-Encefálicos

Epilepsia Pós-traumáticaAfasia Apraxia Agnosia Amnésia

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GRUPO DE RISCO

CARACTERÍSTICAS

Leve Assintomático, cefaléia, tontura, hematoma ou laceração do couro cabeludo, ausência de critérios de risco moderado ou alto. Glasgow 13 a 15

Moderado Alteração da consciência no momento do traumatismo ou depois; cefaléia progressiva; intoxicação com álcool ou drogas; história inconfiável ou ausente do acidente; idade inferior a 2 anos (a menos que traumatismo seja banal); convulsão pós-traumática, vômito, amnésia; politraumatismo, traumatismo facial grave, sinais de fratura basilar; possível penetração no crânio ou fratura com afundamento; suspeita de violência contra a criança. Glasgow 9 a 12

Alto Depressão da consciência (não claramente devida a álcool, drogas, encefalopatia metabólica, pós-crise); sinais neurológicos focais, nível decrescente da consciência; ferida penetrante do crânio ou fratura com afundamento palpável.glasgow 3 a 8

Classificação do TCE

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Identificação da Cinemática quanto:Ferimentos , concussão, contusão. Tipos de TCEFechado, afundamento ou exposição de crânio. Classificação do TCE

Estímulo doloroso. Aplicar escala de Glasgow.Classificar a gravidade: Leve, moderado e ou grave.

Adotar conduta Decúbito dorsal com elevação de 30º

·        Nunca tentar remover objetos transfixados na cabeça.Não se deve conter sangramento ou impedir a saída de líquor pelo nariz ou orelhas nos traumatismos crânio-encefálicos (TCE). Poderá ocorrer aumento na pressão intracraniana ou infecção no encéfalo.

Tratamento do TCE

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Nunca tentar remover objetos transfixados na cabeça.

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TRAUMA SCORE

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Traumatismos de faceO principal perigo das lesões e fraturas faciais são os fragmentos ósseos e o sangue que poderão provocar obstruções nas vias aéreas.

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Sinais e sintomas Coágulos de sangue nas vias aéreas; Deformidade facial; Equimose nos olhos; Perda do movimento ou impotência funcional da mandíbula; Dentes amolecidos ou quebrados (ou a quebra de próteses dentárias); Grandes hematomas ou qualquer indicação de golpe severo na face.

Tratamento pré-hospitalarÉ o mesmo tratamento utilizado no cuidado de ferimentos

em tecidos moles, sua atenção deve estar voltada para manutenção da permeabilidade das vias aéreas e controle de hemorragias. Monitore os sinais vitais e esteja preparado para o choque.

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TRAUMATISMOS RAQUI MEDULAR (TRM)São aqueles onde ocorre o comprometimento da

estrutura óssea (vértebras) e medula espinal. Os danos causados por traumas nessas estruturas, poderão ocasionar

lesões permanentes, se a região atingida for a cervical poderá comprometer a respiração, levar à paralisia ou até mesmo a

morte.

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Sinais e Sintomas

* Dor regional (pescoço, dorso, região lombar);* Perda da sensibilidade tátil nos membros superiores e inferiores;* Perda da capacidade de movimentação dos membros (paralisia);* Sensação de formigamento nas extremidades;* Deformidade em topografia da coluna;* Lesões na cabeça, hematomas nos ombros, escápula ou região dorsal do paciente;* Perda do controle urinário ou fecal;* Dificuldade respiratória com pouco ou nenhum movimento torácico;* Priapismo (ereção peniana contínua)

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Complicações Paralisia dos músculos do tórax (respiratórios). A respiração sendo feita exclusivamente pelo diafragma. A lesão medular provoca dilatação dos vasos sanguíneos, podendo se instalar o choque (neurogênico).

Tratamento pré-hospitalar Manter a permeabilidade das V A, a respiração e a circulação. Controle o sangramento importante. Administre oxigênio. Evite movimentar o paciente, e não deixe que ele se movimente; Não mobilize uma vítima com trauma de coluna, a menos que necessite RCP, controle de sangramento que ameace a vida, e/ou remoção do local por risco iminente. Imobilize a cabeça e o pescoço com emprego do colar cervical, fixadores de cabeça e prancha rígida. Monitore os sinais vitais constantemente (cuidado com o choque e a parada respiratória).

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TRAUMATISMOS NO TÓRAX

Sinais e Sintomas Aumento da sensibilidade ou dor no local da fratura que se agrava com os movimentos respiratórios; Respiração superficial (dificuldade de respirar, apresentando movimentos respiratórios curtos); Hemoptise com tosse; Cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas; Postura característica: o paciente fica inclinado sobre o lado da lesão, com a mão ou o braço sobre a região lesada. Imóvel; Sinais de choque (pulso rápido e PA baixa).

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Fratura de CostelasSinais e Sintomas

Dor na região da fratura;Dor à respiração, movimentos respiratórios curtos;Crepitação.

Tratamento pré-hospitalarNa fratura de uma ou duas costelas, o socorrista deverá posicionar o braço do paciente sobre o local da lesão. Usar bandagens triangulares como tipóia e outras para fixar o braço no tórax.Não use esparadrapo direto sobre a pele, para imobilizar costelas fraturadas.

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Tórax InstávelOcorre quando duas ou mais costelas estão quebradas em dois pontos. Provoca a respiração paradoxal.

Tratamento pré-hospitalar

Estabilize o segmento instável que se move paradoxalmente durante as respirações; Use almofadas pequenas ou compressas dobradas presas com fita adesiva larga; O tórax não deverá ser totalmente enfaixado; Transporte o paciente deitado sobre a lesão ou na posição que mais lhe for confortável; Ministre oxigênio suplementar.

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Ferimentos Penetrantes

São os traumas abertos de tórax. Pelo ferimento é possível perceber o ar entrando e saindo pelo orifício.

Tratamento pré-hospitalar

Tampone o local do ferimento usando a própria mão protegida por luvas, após a expiração; Faça um curativo oclusivo com plástico ou papel aluminizado (curativo de três pontas), a oclusão completa do ferimento pode provocar um pneumotórax hipertensivo grave; Conduza com urgência para um hospital e ministrar O2 (ver protocolo local).

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Objetos cravados ou encravados

Não remover corpos estranhos encravados (pedaços de vidro, facas, lascas de madeiras, ferragens, etc.). As tentativas de remoção poderão causar hemorragia grave ou ainda, lesar nervos e músculos próximos da lesão.

Tratamento pré-hospitalar

Controle a hemorragia por pressão direta; Use curativo volumoso para estabilizar o objeto encravado, fixando-o com fita adesiva; Transporte o paciente administrando oxigênio suplementar.

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Amputações Traumáticas

Seu tratamento inicial deve ser rápido, pela gravidade da lesão e pela possibilidade de reimplante. Deve-se controlar a hemorragia, aplicar curativo estéril e fixá-lo com bandagens ou ataduras; guardar a parte amputada envolta em gaze estéril umedecida com soro fisiológico, colocando-a dentro de um saco plástico e este então dentro de um segundo saco ou caixa de isopor repleta de gelo.

"Sem circulação sanguínea os tecidos podem sofrer necrose em até seis horas em temperatura ambiente", afirma o cirurgião Rames Mattar, especialista em reimplante de mão do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

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Lesões do coração e pulmão.

O ar que sai do pulmão perfurado leva ao pneumotórax hipertensivo que resulta em colapso pulmonar. As hemorragias no interior da caixa torácica (hemotórax) provocam compressão do pulmão, levando também à insuficiência respiratória. As lesões na caixa torácica acabam provocando lesões internas nos pulmões e no coração. O sangue envolvendo a cavidade do pericárdio pode também resultar em uma perigosa compressão no coração.

Todas estas lesões são emergências sérias que requerem pronta intervenção médica.

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Sinais e Sintomas (lesões do coração e pulmão)

Atelectasia; Desvio de traquéia; Estase jugular; Cianose; Sinais de choque; Enfisema subcutâneo, etc.

Tratamento pré-hospitalar

Ministre O2 e conduza com urgência para receber tratamento médico.

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ENTORSE LUXAÇÃOFRATURA

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FRATURASClassificação:Facilitar o entendimento: da gravidade da

fratura, do tratamento a ser instituído e do prognóstico.

1. Qto à localização anatômica:- Intra capsular (intra articular)- Extra capsular (extra articular)- Epifisária (proximal – distal)- Metafisária (proximal – distal_- Diafisária (1/3 proximal – médio – distal)

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FRATURAS2. Qto ao traço de fratura- Incompleto

- Galho verde- Fissura

- Completo- Fratura simples (espiral – oblíqua – transversa)- Fratura em cunha (duplo traço – asa de borboleta)- Fratura complexa (cominutiva)

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FraturasÉ a ruptura total ou parcial da estrutura óssea, podendo ser fechada ou Aberta. •Fratura fechada é aquela onde não há o rompimento da pele

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• Alinhar o membro, quando possível (tracionando-o )

• Se encontrar grande resistência, imobilize na posição encontrada.

• Imobilizar com tala ou material rígido (a imobilização deve atingir uma articulação acima e outra abaixo da fratura)

• Use maca na remoção (movimente a parte afetada o menos possível)

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Fratura Aberta (exposta) é aquela onde há o rompimento da pele, muitas vezes causado pelo próprio fragmento ósseo, podendo ficar o osso exposto ao meio ambiente o que não é regra para todos os casos tais quando o osso perfura e recolhe para dentro dos tecidos, facilitando o contato com bactérias e o risco de infecção.

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• Alinhar o membro, se possível (tracionando)

• Se encontrar grande resistência, imobilize na posição encontrada.

• Curativo com gaze ou pano limpo no local do ferimento

• Controle a hemorragia• Imobilize com tala ou material rígido

• Remova a vítima com maca

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FRATURAS

Tratamento- Fratura exposta (transformá-la em fechada)- Fratura patológica (tratamento da fratura e

da doença básica)- Fratura por estresse (tratamento da fratura

propriamente dita)

1. Provisório2. Definitivo

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FRATURAS

Fatores que interferem na cicatrização:

- Idade do paciente- Intensidade do trauma (grau de necrose)- Doenças (desnutrição – infecção – doenças

metabólicas, tumorais, etc).

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FRATURAS

Diferença entre cicatrização das feridas e consolidação óssea:

O tecido fibroso é transformado em tecido ósseo.

Princípios fundamentais para consolidação:- Vascularização endóstio – perióstio- Coaptação dos bordos- Imobilização

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FRATURASFormação Calo Ósseo- Hematoma- Organização do hematoma – 12 horas- Proliferação celular – 16 horas

- Osteoblastos- Osteoclastos

- Revascularização óssea – 72 horas- Tecido de granulação (fibrose) – 21 dias- Calo mole – 06 a 12 semanas- Calo duro – 12 a 20 semanas

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FRATURAS

Fatores que influenciam na consolidação:- Idade- Estado nutricional- Doenças- Infecções- Mobilidade- Vascularização- Interposição de partes moles

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LUXAÇÃO • Perda da relação articular podendo haver a saída

da extremidade de um osso para fora da cavidade articular.

 Podem ser : 

• quanto a origem -traumáticas, congênitas,patológicas

• quanto a redutibilidade - redutíveis, irredutíveis ou intermitentes

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Luxação Cotovelo

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Luxação falange médio/proximal 4º dedo M/E

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ENTORSES É o resultado de movimentos bruscos que a articulação realiza

acima do normal. Se a lesão for mais violenta pode resultar em torções de osso configurando um quadro de luxação. As entorses são lesões de partes moles podendo ser leves e graves.

• A - Diagnóstico de entorse leve: dor, impotência funcional e aumento de volume;

• B - Diagnóstico de entorse grave: dor, impotência funcional, derrame articular, equimose com e sem rompimento ligamentar.

• C - Exames complementares: Radiografia simples por muitas das vezes vem associada à entorse apresentando fraturas. Ultra-som (U.S.), Ressonância Magnética (R.N.M.) para confirmação de lesão ligamentar ou Radiografia com manobra de stress.

• D – Tratamento: Imobilização com gesso (talas gessadas). Aplicações de gelo por 24 horas, em seguida calor local, analgésicos e antiflogísticos(anti-inflamatórios) .

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Entorse com rompimento tendão calcâneo

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Entorse com rompimento de ligamentos