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Curso Técnico em Segurança do Trabalho Psicologia do Trabalho

Psicologia do Trabalho - Parte IV

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Page 1: Psicologia do Trabalho - Parte IV

Curso Técnico em Segurança do Trabalho

Psicologia do Trabalho

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Assédio Moral

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Estudos indicam que certos problemas, geralmente percebidos como

“dificuldades originadas nas relações humanas”, têm sua origem em

problemas na organização do trabalho e podem, freqüentemente, degradar o convívio entre as pessoas, a ponto de torná-lo fonte de sofrimento e de atentado à saúde física e mental do trabalhador.

Uma pesquisa realizada evidencia ainda que algumas dificuldades

vivenciadas em relação à organização do trabalho (normas, conteúdo do trabalho, jornada, ritmo, comunicação, hierarquia) podem ser transferidas e

convertidas em problemas aparentemente “pessoais”, entre trabalhadores, usuários e chefes imediatos.

As análises feitas sob o título do “assédio moral”, geralmente, traduzem a

idéia de um conflito, que é determinado unicamente pela “personalidade e sentimentos das pessoas”. Entretanto, observaremos o conceito de

“assédio psicossocial”, que inclui o trabalho e suas condições objetivas de realização como fatores intimamente associados aos conflitos.

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O SOFRIMENTO INVISÍVEL

O sofrimento é controlado pelas estratégias defensivas do ser humano para impedir que se transforme em patologia.

Quando se trata dentro de uma empresa o sofrimento é imediatamente detectado através do rendimento na produção.

A punição é a exclusão imediata do trabalho. Exclusão já se observa em certas técnicas de seleção de pessoal, onde o trabalhador passa por várias etapas de seleção e, em algumas delas, observam seu comportamento e probabilidade de sofrimento.

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“DESCOMPENSAÇÕES”Para entendermos observem a situação descrita a seguir:

“Agitada uma operadora começa, de repente, a tremer e gritar. Alguns momentos depois uma outra tem uma crise de choro e abandona sua função.”

Segue-se em cadeia então uma série de “descompensações”.

Ações possíveis:-Enquanto este incidente fica isolado, a primeira operadora pode ser conduzida a uma enfermaria.-Quando este incidente acontece com diversas operárias, a chefia imediata intervém e, geralmente, diminui o ritmo de trabalho, realiza uma pausa, entre outras ações.

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Observem este outro exemplo de uma pesquisa com operários da fábrica RENAULT:

“Nos finais de semana, quase que regularmente, o ambiente de seção

fica bem especial. Voam parafusos pelo ar, ressoam gritos, apesar do

barulho da máquinas, quebram-se ferramentas, aumentam as peças

quebradas durante a produção e, rejeitadas ao final. Explode,

diretamente, a agressividade contra as chefias. É geralmente nesses

momentos que se vê tambem algumas brigas e socos. Com a

desordem instalada, muitas vezes a linha de produção pára.No fim, os

carros que saem da fábrica naqueles dias têm muito mais defeitos do

que os que saem em outros dias da semana. Os trabalhadores

costumam dizer: ‘é um carro de final de semana’. Os carros desse

período são, via de regra, muito mais defeituosos”.

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Este exemplo demonstra que os ritmos de trabalho são mantidos no nível máximo de tolerância, seus efeitos se farão sentir não somente à distância, mas na mesma semana, entre o começo e o fim dela e, até mesmo, entre o começo e fim do dia.

Mas ainda assim, a chefia esforça-se para manter os ritmos de trabalho num nível tolerado para a maioria dos trabalhadores.

É assim que se define uma norma.

Uma norma de produção, é lógico, mas também uma norma mental.

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Quando o limiar coletivo de tolerância não é ultrapassado, pode acontecer que um trabalhador, isoladamente, não consiga manter os ritmos de trabalho ou manter seu equilíbrio mental. Forçosamente, a saída será individual.Três soluções lhes são possíveis: largar o trabalho, trocar de posto ou mudar de empresa.

É a famosa fórmula da globalização: ROTATIVIDADE!

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O QUE AS EMPRESAS QUEREM?

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O sofrimento mental e a fadiga são proibidos de se manifestarem numa fábrica.

Só a doença é admissível!!

O trabalhador deve apresentar um atestado médico!

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Assistam aos programas de TV com vídeo cacetadas e pensem....

O QUE LEVA UM SER HUMANO A FAZER ESSE TIPO DE COISA?

-Percepção de Risco- Comportamento Seguro

Enfim, pensar antes de agir está totalmente fora de questão!!

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AS QUATRO FONTES DE MOTIVAÇÃO

1ª - Você mesmo: seus pensamentos, atitudes, conceitos familiares.

2ª - Amigos, parentes e colegas solidários: são o time de ouro.

3ª - Mentor emocional: pessoa real ou fictícia.

4ª - Ambiente: ar, iluminação, sons, mensagens motivadoras.