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A arte do scratch Em tempos de mudanças tecnológicas, Djs garantem a sobrevivência do vinil Daniel Vieira E xtrair efeitos sonoros dos velhos vinis, os ‘bolachões’, e animar uma balada onde todos dançam no mesmo ritmo, é colocar em prática uma arte que ganha novos segmentos, graças às inovações tecnológicas. Essa arte tem um personagem principal: o Disk-jóquei (Dj) que, além de selecionar as a lista de músicas (set list), apresenta as suas técnicas de ‘scratch’, traduzidas como a arte de ‘riscar’os discos. Cabe ao DJ acompanhar e dar suporte ao grupo de cantores, denominados mestres de cerimônia ou mc´s. Assim como a cultura hip-hop, a arte do DJ veio dos EUA. Aqui no Brasil, graças a um grupo de disk-jockeys dedicadas, seguimos o mesmo caminho. Nos Estados Unidos, nomes como DJ Grand Master Flash e DJ Afrika Bambaata revolucionaram a técnica dos toca-discos e fizeram com que milhares de pessoas seguissem seus passos ao redor do mundo. Entretanto, mudanças tecnológicas provocam mudanças e dão origem a novos segmentos E um exemplo que desencadeou uma nova escola, é o novo leitor de CDs, o CDJ, um CD player que ocupa o lugar do vinil. Entretanto, os fãs do antigos bolachões, seguem na área. No Brasil, quando falamos de DJ, um nome não passa em branco. Conhecido nas ruas como DJ Hum, o paulista Humberto Martins, iniciou a sua carreira em 1985, ano em que o hip-hop explodia nos bairros da periferia do Brasil. Junto com Mc aíde, outro paulista, o DJ Hum formou uma das duplas mais famosas da cena hip-hop brasileira, e, que, atualmente, Ano 6 | Edição 11 | Outubro de 2010 | Versão MURAL Curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista do IPA | www.metodistadosul.edu.br/universoipa IPA - INSTITUTO PORTO ALEGRE DA IGREJA METODISTA - Conselho Diretor: Presidente, Edson Santa Rita Ruibm • Vice-presidente, Ricardo Hidetoshi Watanabe Secretária: Márcia Flori Maciel de Oliveira Canan Conselheiros: Vilmar Pontes da Fonseca, Maria Flávia Kovalski e Marcelo Montanha Haygertt. CENTRO UNIVERSITáRIO METODISTA IPA - Reitor, Norberto da Cunha Garin. Jornal elaborado pelos(as) estudantes do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista do IPA - Disciplinas Produção e Planejamento Gráfico e Editorial I, Projeto Experimental I, Técnicas de Entrevista e Reportagem, Redação e Expressão Oral I e Fotografia • Coordenação de Jornalismo: Mariceia Benetti Professores(as): Lisete Ghiggi e Everton Terres • Reportagem e Editoração: Daniel Vieira EXPEDIENTE constituem uma parceria de peso. Milhares de disc-jockeys surgem no mercado em expansão. Entretanto, um dos DJs que representa o nosso Estado em vários campeonatos nacionais, responde algumas questões sobre a sua carreira e deixa um recado especial para os futuros DJs. Entrevista Conhecido como Dickjay, Fabrí- cio Chagas de Moura, 24 anos, de- dica-se à arte de tocar com o vinil desde a adolescência, e é hoje des- taque na noite porto-alegrense. Universo IPA – De que forma ocorreu o teu primeiro contato com os toca-discos? Fabrício Chagas de Moura - Foi meio loco, porque fui convidado para uma apresentação do grupo ‘Antigenocidio’, e a rapaziada gos- tou tanto do meu trabalho que acabou me convidando para fazer parte do grupo. Universo IPA - Como é ser uma resistência na cultura hip-hop, quando a muitos Dj´s preferem tocar em aparelhos de CDJ? Fabrício - Fazer parte da cultura hip hop, já me faz sentir honrado. E sobre os DJs que tocam com CDJ, respeito o trabalho, até porque te- mos alguns que representam mui- to, mas sou fã do vinil. Universo IPA - Qual o teu reca- do para os futuros DJs? Fabrício - Se você realmente tem vontade de se tornar DJ, basta ser uma pessoa dedicada, treinar e saber ouvir os colegas profissionais que querem ajudá-lo.

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A arte do scratchEm tempos de mudanças tecnológicas, Djs garantem a sobrevivência do vinil

Daniel Vieira

E xtrair efeitos sonoros dos velhos vinis, os ‘bolachões’, e animar uma balada onde todos dançam no mesmo ritmo,

é colocar em prática uma arte que ganha novos segmentos, graças às inovações tecnológicas.

Essa arte tem um personagem principal: o Disk-jóquei (Dj) que, além de selecionar as a lista de músicas (set list), apresenta as suas técnicas de ‘scratch’, traduzidas como a arte de ‘riscar’os discos.

Cabe ao DJ acompanhar e dar suporte ao grupo de cantores, denominados mestres de cerimônia ou mc´s. Assim como a cultura hip-hop, a arte do DJ veio dos EUA. Aqui no Brasil, graças a um grupo de disk-jockeys dedicadas, seguimos o mesmo caminho. Nos Estados Unidos,

nomes como DJ Grand Master Flash e DJ Afrika Bambaata revolucionaram a técnica dos toca-discos e fizeram com que milhares de pessoas seguissem seus passos ao redor do mundo.

Entretanto, mudanças tecnológicas provocam mudanças e dão origem a novos segmentos E um exemplo que desencadeou uma nova escola, é o novo leitor de CDs, o CDJ, um CD player que ocupa o lugar do vinil. Entretanto, os fãs do antigos bolachões, seguem na área.

No Brasil, quando falamos de DJ, um nome não passa em branco. Conhecido nas ruas como DJ Hum, o paulista Humberto Martins, iniciou a sua carreira em 1985, ano em que o hip-hop explodia nos bairros da periferia do Brasil.

Junto com Mc Thaíde, outro paulista, o DJ Hum formou uma das duplas mais famosas da cena hip-hop brasileira, e, que, atualmente,

Ano 6 | Edição 11 | Outubro de 2010 | Versão MURAL Curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista do IPA | www.metodistadosul.edu.br/universoipa

IPA - InstItuto Porto Alegre dA IgrejA MetodIstA - Conselho diretor: Presidente, Edson Santa Rita Ruibm • Vice-presidente, Ricardo Hidetoshi Watanabe • Secretária: Márcia Flori Maciel de Oliveira Canan Conselheiros: Vilmar Pontes da Fonseca, Maria Flávia Kovalski e Marcelo Montanha Haygertt. Centro unIversItárIo MetodIstA IPA - reitor, Norberto da Cunha Garin. jornal elaborado pelos(as) estudantes do curso de jornalismo do Centro universitário Metodista do IPA - disciplinas Produção e Planejamento Gráfico e Editorial I, Projeto Experimental I, Técnicas de Entrevista e Reportagem, Redação e Expressão Oral I e Fotografia • Coordenação de jornalismo: Mariceia Benetti Professores(as): Lisete Ghiggi e Everton Terres • reportagem e editoração: Daniel Vieira

e x P e d I e n t e

constituem uma parceria de peso.Milhares de disc-jockeys surgem no

mercado em expansão. Entretanto, um dos DJs que representa o nosso Estado em vários campeonatos nacionais, responde algumas questões sobre a sua carreira e deixa um recado especial para os futuros DJs.

EntrevistaConhecido como Dickjay, Fabrí-

cio Chagas de Moura, 24 anos, de-dica-se à arte de tocar com o vinil desde a adolescência, e é hoje des-taque na noite porto-alegrense.

universo IPA – de que forma ocorreu o teu primeiro contato com os toca-discos?

Fabrício Chagas de Moura - Foi meio loco, porque fui convidado para uma apresentação do grupo ‘Antigenocidio’, e a rapaziada gos-tou tanto do meu trabalho que acabou me convidando para fazer parte do grupo.

universo IPA - Como é ser uma resistência na cultura hip-hop, quando a muitos dj´s preferem tocar em aparelhos de Cdj?

Fabrício - Fazer parte da cultura hip hop, já me faz sentir honrado. E sobre os DJs que tocam com CDJ, respeito o trabalho, até porque te-mos alguns que representam mui-to, mas sou fã do vinil.

universo IPA - Qual o teu reca-do para os futuros djs?

Fabrício - Se você realmente tem vontade de se tornar DJ, basta ser uma pessoa dedicada, treinar e saber ouvir os colegas profissionais que querem ajudá-lo.